Apostila Direito Constitucional Poder Judiciario
Apostila Direito Constitucional Poder Judiciario
Apostila Direito Constitucional Poder Judiciario
Willian Afonso
Direito Constitucional – Professor Willian Afonso
PODER JUDICIÁRIO
INTRODUÇÃO
O poder Judiciário tem por atividade fim dirimir conflitos de interesses, em busca de pacificação social.
A sua função principal (típica/precípua), portanto, é a jurisdicional, ou seja, de aplicar o direito a situações concretas.
O Poder Judiciário é inerte, só agindo após ser provocado.
O Judiciário, de forma atípica, também exerce funções administrativas (licitações, concursos públicos, etc.) e legislativas
(quanto, por exemplo, elabora seu regimento interno).
ESTATUTO DA MAGISTRATURA
Direito Constitucional – Professor Willian Afonso
Segundo expresso na CF/88, Lei Complementar, de iniciativa do STF, disporá sobre o estatuto da magistratura. O ponto
é objeto recorrente de questões de concurso, com as bancas tentando confundir os candidatos em relação à espécie legislativa
(cita, por exemplo, lei ou regimento interno) e a competência para a iniciativa de lei (citam, por exemplo, o STJ ou o Presidente
da República.
❖ Da Promoção
Antes de estudarmos os critérios estabelecidos pela CF/88 para definir a forma de promoção de magistrados,
importante que tenhamos uma noção de como funciona a organização da justiça, em especial no 1º grau de jurisdição.
Nesses termos, importante sabermos que “comarca”, termo que diz respeito ao território em que o magistrado exerce
sua competência, pode abranger um ou mais municípios, a depender de alguns fatores.
Além disso, cada comarca, é bom que se diga, pode ser composta por apenas um juiz ou por vários juízes, apresentar
uma ou mais varas e ser classificadas como de primeira ou segunda entrância, existindo, ainda, a comarca de entrância
especial.
A comarca de primeira entrância é de menor tamanho, a comarca de segunda entrância de tamanho intermediário e a
de entrância especial aquela de maior amplitude.
Quando um juiz ingressa no Poder Judiciário (por meio de concurso público), são lotados nas Varas de primeira
instância, e a partir de então podem ir progredindo na carreira (sendo promovidos, de entrância para entrância), até que
alcancem a entrância especial.
Segundo estabelecido na Constituição Federal:
1. antiguidade e;
2. merecimento
A primeira vaga é preenchida por antiguidade, de modo que, a segunda que surgir será preenchida por merecimento,
assim ocorrendo de forma sucessiva, atendidas as seguintes normas:
Exemplo: Se em uma comarca existem 100 magistrados, o que for promovido por merecimento, além de estar em
exercício há mais de 2 anos na entrância, deverá estar entre os 20 juízes mais antigos (primeira quinta parte da lista de
antiguidade).
✓ na apuração de antiguidade, o tribunal somente poderá recusar o juiz mais antigo pelo voto fundamentado de dois
terços de seus membros, conforme procedimento próprio, e assegurada ampla defesa, repetindo-se a votação até fixar-
se a indicação;
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✓ não será promovido o juiz que, injustificadamente, retiver autos em seu poder além do prazo legal, não podendo
devolvê-los ao cartório sem o devido despacho ou decisão;
ATENÇÃO: O acesso aos tribunais de segundo grau far-se-á por antiguidade e merecimento, alternadamente, apurados na última ou única
entrância, de forma que para o magistrado chegar ao Tribunal de 2ª instância, ele precisará estar na entrância especial ou na única, no caso de
não haver outras.
❖ Dos Subsídios
Os subsídios recebidos pelos magistrados devem ser escalonados:
✓ Os subsídios dos ministros dos Tribunais Superiores devem corresponder a 95% do subsídio mensal fixado para os
Ministros do STF;
✓ O subsídio dos demais magistrados não pode exceder 95% daquele fixado para os Ministros dos Tribunais Superiores.
✓ De uma classe para a outra, a diferença de subsídio não será maior que 10% nem inferior a 5%.
➢ todos os julgamentos dos órgãos do Poder Judiciário serão públicos, e fundamentadas todas as decisões, sob pena de
nulidade, podendo a lei limitar a presença, em determinados atos, às próprias partes e a seus advogados, ou somente
a estes, em casos nos quais a preservação do direito à intimidade do interessado no sigilo não prejudique o interesse
público à informação;
➢ As decisões administrativas serão motivadas e em sessões públicas; as disciplinares em face de magistrado devem ser
tomadas sempre por maioria absoluta.
➢ Órgão especial: tribunais com mais de 25 membros podem criar órgão especial, que terá de 11 a 25 membros, para
exercer funções delegadas do plenário (administrativas e judiciais). Uma metade de seus membros será escolhida por
antiguidade e a outra por eleição pelo pleno.
➢ A atividade do Judiciário é ininterrupta. Não pode haver férias coletivas no Tribunal. Nos dias em que não houver
expediente forense normal, funcionam juízes em plantão permanente.
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DO QUINTO CONSTITUCIONAL
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Como forma de garantir uma composição heterogênea dos Tribunais do país, a Constituição Federal estabeleceu o que
se chama de “quinto constitucional”, que garante que entre os magistrados existiram também pessoas advindas do Ministério
Público e da Advocacia.
Nesses termos, um quinto dos TRFs, TRTs, TJs (também TJDFT) e TST será ocupado por:
As garantias institucionais têm por escopo preservar a independência funcional do Judiciário. Assim é que não
constituem privilégios ou benefícios, mas sim prerrogativas garantidoras, repise-se, da independência de atuação do Poder.
Garantias institucionais
Protegem a instituição do PJ como um todo. São de duas espécies:
Autonomia administrativa (arts. 96 e 99)
O PJ pode se organizar e se administrar. Nesses moldes, os Tribunais podem:
✓ Eleger seus órgãos diretivos e elaborar seus regimentos internos, com observância das normas de processo e das
garantias processuais das partes, dispondo sobre a competência e o funcionamento dos respectivos órgãos
jurisdicionais e administrativos;
✓ Organizar suas secretarias e serviços auxiliares e os dos juízos que lhes forem vinculados, velando pelo exercício da
atividade correicional respectiva;
✓ prover, na forma prevista nesta Constituição, os cargos de juiz de carreira da respectiva jurisdição;
✓ propor a criação de novas varas judiciárias;
✓ prover, por concurso público de provas, ou de provas e títulos, os cargos necessários à administração da Justiça, exceto
os de confiança assim definidos em lei;
✓ conceder licença, férias e outros afastamentos a seus membros e aos juízes e servidores que lhes forem imediatamente
vinculados;
ATENÇÃO: magistrados que ingressam nos tribunais por meio do “quinto constitucional” adquirem vitaliciedade no momento
da posse, não precisando cumprir estágio probatório.
ATENÇÃO: Apenas membros do PJ, do MP e os conselheiros (TCE) e ministros (TCU) dos Tribunais de Contas possuem
vitaliciedade.
Inamovibilidade
Os juízes não podem ser removidos compulsoriamente; não se admite, de regra, a remoção do magistrado sem seu
consentimento. A garantia, segundo entendimento do STF, abarca também juízes substitutos.
❖ Exceções:
✓ remoção compulsória por interesse público, pelo voto da maioria absoluta do tribunal ao qual é vinculado ou do CNJ,
assegurada ampla defesa. (art. 93, VIII)
✓ Determinação do CNJ, como forma de sanção administrativa, assegurada ampla defesa (art. 103-B, § 4º, III).
Irredutibilidade de subsídios
Destaque-se que a irredutibilidade refere-se ao valor nominal (previsto na lei).
ATENÇÃO: assim como promotores e defensores públicos, magistrados têm também independência funcional, que significa que
não respondem hierarquicamente no desempenho de suas atividades funcionais, agindo, nesse caso, de acordo com o livre
convencimento motivado.
VEDAÇÕES
Além da independência do magistrado, visam garantir sua imparcialidade. São elas:
✓ Impedimento de exercer, ainda que em disponibilidade, outro cargo ou função pública, salvo uma de magistério;
✓ Impedimento de receber custas ou participações em processos.
✓ Impedimento de receber contribuições ou auxílios, ressalvadas as exceções previstas em lei;
✓ Impedimento de exercer atividade político-partidária.
✓ Quarentena (EC45/2004): impedimento de exercer advocacia no juízo ou tribunal do qual se ausentou antes de
decorridos 3 anos do afastamento do cargo por aposentadoria ou exoneração.
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RESERVA DE PLENÁRIO
O Poder Judiciário, dentro do sistema de freios e contrapesos, é o responsável pela declaração da inconstitucionalidade
de normas do ordenamento jurídico pátrio.
No ponto, a CF/88 fixa a chamada reserva de plenário (art. 97, CF), segundo a qual somente pelo voto da maioria
absoluta de seus membros ou dos membros do respectivo órgão especial poderão os tribunais declarar a inconstitucionalidade
de lei ou ato normativo do Poder Público.
Sobre o tema, importante conhecer a Súmula Vinculante nº 10 do STF:
✓ Viola a cláusula de reserva de plenário (CF, artigo 97) a decisão de órgão fracionário de tribunal que, embora não declare
expressamente a inconstitucionalidade de lei ou ato normativo do Poder Público, afasta sua incidência, no todo ou em
parte.
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EXERCÍCIOS (CESPE)
1. Entre as funções típicas do Poder Judiciário inclui-se a edição de normas regimentais que disponham sobre a competência
e o funcionamento de seus órgãos jurisdicionais e administrativos
3. A promoção da ação civil pública para a proteção do meio ambiente e o controle externo da atividade policial são funções
institucionais do Poder Judiciário.
5. Não integram o poder judiciário os membros do Ministério Público que oficiam perante o TRE/AL.
8. Os órgãos do Poder Judiciário incluem o Supremo Tribunal Federal (STF) e o Conselho Nacional de Justiça (CNJ).
9. São órgãos do Poder Judiciário, entre outros, o Superior Tribunal de Justiça e o Tribunal de Contas da União.
10. Lei complementar, de iniciativa do Conselho Nacional de Justiça, disporá sobre o Estatuto da Magistratura.
11. O Estatuto da Magistratura é matéria reservada a lei complementar de iniciativa do Supremo Tribunal Federal (STF),
observados os princípios dispostos na CF.
12. O estatuto da magistratura deve ser regulado por lei complementar, cuja proposição é de iniciativa do Supremo Tribunal
Federal.
14. São órgãos do Poder Judiciário, entre outros, a Defensoria Pública da União e a dos estados.
15. O Supremo Tribunal Federal, o Conselho Nacional de Justiça e os Tribunais Superiores são órgãos do Poder Judiciário,
com jurisdição em todo o território nacional e sede na Capital Federal.
16. O Conselho Nacional de Justiça e o TCU são órgãos internos do Poder Judiciário, porém não possuem jurisdição, sendo
apenas órgãos administrativos de fiscalização externa dos demais órgãos.
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17. Apesar de competir ao Conselho Nacional de Justiça o controle da atuação administrativa e financeira do Poder Judiciário
e do cumprimento dos deveres funcionais dos juízes, o texto constitucional não reconhece esse órgão como integrante
do Poder Judiciário.
18. Os tribunais regionais federais, os tribunais de justiça dos estados e do Distrito Federal e os tribunais regionais do
trabalho podem funcionar descentralizadamente, constituindo câmaras regionais, a fim de assegurar o pleno acesso do
jurisdicionado à justiça em todas as fases do processo.
19. A Escola Nacional de Formação e Aperfeiçoamento de Magistrados do Trabalho funcionará junto ao TST, cabendo-lhe,
entre outras funções, regulamentar os cursos oficiais para o ingresso e promoção na carreira.
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20. Além dos juízes oriundos dos tribunais regionais federais e dos desembargadores advindos dos tribunais de justiça,
comporão o STJ, na proporção de um quinto de suas vagas, advogados e membros do Ministério Público com mais de dez
anos de atividade efetiva e mais de dez anos de carreira, respectivamente.
21. O ingresso na carreira da magistratura ocorrerá mediante concurso público de provas e títulos, sem a participação da
Ordem dos Advogados do Brasil.
22. O ingresso na carreira da magistratura ocorre mediante concurso público de provas, com a participação da Ordem dos
Advogados do Brasil em todas as fases, exigindo-se do bacharel em direito, no mínimo, três anos de atividade advocatícia.
23. Não será promovido o juiz que, injustificadamente, retiver autos em seu poder além do prazo legal, não podendo devolvê-
los ao cartório sem o devido despacho ou decisão.
24. Mesmo que um juiz de direito tenha figurado por três vezes alternadas na lista de promoção por merecimento para o
tribunal de justiça e seja também o mais antigo da carreira, a sua promoção pode ser rejeitada pelo voto fundamentado
de dois terços dos desembargadores, desde que observados outros requisitos.
25. A remuneração dos ministros dos tribunais superiores deve corresponder a 95% do subsídio mensal fixado para os
ministros do STF, e os subsídios dos demais magistrados devem ser fixados em lei e escalonados, em níveis federal e
estadual, conforme as respectivas categorias da estrutura judiciária nacional, não podendo a diferença entre uma e outra
ser superior a 10% ou inferior a 5%, nem exceder a 95% do subsídio mensal dos ministros dos tribunais superiores.
26. A CF prevê expressamente que o subsídio dos parlamentares federais e do presidente da República seja igual ao dos
ministros do STF, previsão essa que atende ao princípio da moralidade.
27. A Constituição Federal, após o advento da Emenda Constitucional n.o 45/2004, vedou as férias coletivas nos juízos e
tribunais de segundo grau, o que não se estende aos tribunais superiores.
28. A Constituição autoriza que servidores da justiça possam receber delegação para a prática de certos atos de competência
dos juízes, como atos de administração ou de mero expediente.
29. Os servidores do judiciário não poderão receber delegação para a prática de atos de mero expediente, ainda que sem
caráter decisório.
30. De acordo com a CF, os julgamentos dos órgãos do Poder Judiciário serão públicos e todas as decisões administrativas
dos tribunais ocorrerão em sessões públicas.
31. As decisões dos órgãos do Poder Judiciário devem ser fundamentadas e públicas, ressalvadas as decisões administrativas
em matéria disciplinar.
32. A regra do quinto constitucional aplica-se ao Superior Tribunal de Justiça, ao Tribunal Superior do Trabalho, aos tribunais
regionais federais, aos tribunais dos estados e do DF e territórios e aos tribunais regionais do trabalho.
33. Não poderá ser promovido o juiz que, injustificadamente, retiver autos em seu poder além do prazo legal.
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34. Os juízes, assim como os servidores públicos civis em geral, gozam da garantia da inamovibilidade.
35. De acordo com o STF, a garantia da inamovibilidade não alcança juízes substitutos, ainda que assegurados pelo instituto
da vitaliciedade.
36. O juiz de primeiro grau adquire a garantia da vitaliciedade a partir de sua posse no cargo.
37. O cargo de juiz é vitalício, razão por que seu ocupante somente o perderá por decisão judicial transitada em julgado.
38. A CF assegura aos magistrados a prerrogativa da vitaliciedade. Assim, no caso de um juiz de primeiro grau, a vitaliciedade
é adquirida após três anos de exercício.
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39. A CF conferiu autonomia institucional ao Poder Judiciário, que recebeu, entre outras, garantias de autonomia
orgânicoadministrativa, financeira e funcional, além de ter salvaguardada a independência dos órgãos judiciários.
40. O Poder Judiciário goza de autonomia administrativa, razão por que auto-organiza seus serviços, mas não detém
autonomia financeira.
41. Ao Poder Judiciário é assegurada autonomia administrativa e financeira, devendo os tribunais elaborar suas propostas
orçamentárias, dentro dos limites estipulados, conjuntamente com os demais Poderes, na lei de diretrizes orçamentárias.
42. O encaminhamento, ao Poder Legislativo, das propostas orçamentárias do Supremo Tribunal Federal e dos demais
tribunais superiores cabe ao presidente desse tribunal, com a aprovação dos respectivos tribunais.
43. De acordo com a CF, a atividade político-partidária não é vedada aos juízes, que poderão exercê-la mediante autorização
prévia do tribunal a que se vinculem.
44. Insere-se na esfera das competências privativas do Poder Executivo da União e dos estados a iniciativa de, a requerimento
do tribunal interessado, propor ao Poder Legislativo respectivo a alteração da organização e da divisão judiciárias.
45. O juiz não poderá exercer a advocacia no juízo ou tribunal do qual se afastou, antes de decorridos três anos do
afastamento do cargo por aposentadoria ou exoneração.
46. A regra constitucional que proíbe o magistrado de exercer a advocacia no juízo ou no tribunal do qual se tenha afastado,
antes de decorrido o período de três anos, contados do afastamento do cargo, aplica-se tanto ao Poder Judiciário estadual
quanto ao federal de qualquer instância, incluindo-se o STF, o STJ e os demais tribunais superiores.
47. A regra segundo a qual os juízes não podem, antes de decorridos três anos do afastamento do cargo, exercer a advocacia
no juízo ou no tribunal do qual tenham se afastado aplica-se tanto ao afastamento por aposentadoria quanto ao por
exoneração.
48. Não é permitido aos juízes dedicar-se à atividade político-partidária, salvo se licenciados.
49. Consoante o principio da liberdade de manifestação de pensamento, é permitido a juiz de direito dedicar-se à atividade
político-partidária.
50. A Constituição Federal, visando, principalmente, evitar o arbítrio e o desrespeito aos direitos fundamentais do homem,
previu a existência dos poderes do Estado e do Ministério Público, independentes e harmônicos entre si, repartindo entre
eles as funções estatais e prevendo prerrogativas e imunidades para que bem pudessem exercê-las, bem como criando
mecanismos de controle recíprocos, sempre como garantia da perpetuidade do estado democrático de direito.
Alexandre de Moraes. Direito constitucional. São Paulo: Atlas, 11.ª ed., 2002 (com adaptações).
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Tendo o texto acima como referência, julgue os seguintes itens, a respeito da organização dos poderes.
A garantia de prerrogativas a membros do Poder Judiciário e do Ministério Público, tais como o foro privilegiado, não
conflita com o princípio constitucional da igualdade.
51. Os emolumentos e as custas judiciais são destinados exclusivamente ao custeio dos serviços afetos às atividades
específicas da justiça.
52. A cláusula de reserva de plenário determina que somente pelo voto da maioria absoluta dos membros do tribunal ou do
respectivo órgão especial pode ser declarada a inconstitucionalidade de lei ou ato normativo do poder público.
53. A inconstitucionalidade de uma lei pode ser declarada por um tribunal reunido em maioria simples ou por comissão criada 89
nesse tribunal para julgar o caso.
54. A Constituição Federal (CF) determina a criação, por iniciativa dos tribunais de todo o país, de ouvidorias de justiça com
competência para receber reclamações e denúncias de qualquer pessoa interessada, desde que dirigida contra órgãos ou
serviços auxiliares do Poder Judiciário, excluídos os juízes individualmente considerados.
55. Leis e expedientes administrativos tendentes a intimidar o exercício dos juízes infringem o instituto das garantias judiciais
e direitos fundamentais dos cidadãos, especialmente o direito à tutela judicial e ao processo e julgamento por um tribunal
independente e imparcial.
56. Compete aos juízes federais processar e julgar os crimes políticos e compete ao Supremo Tribunal Federal julgar o recurso
ordinário contra as sentenças advindas do julgamento desses crimes.
57. Somente o Supremo Tribunal Federal, de ofício ou mediante provocação, tem competência para a edição, a revisão e o
cancelamento de súmula vinculante.
58. O Poder Judiciário pode estender a determinada categoria de servidores públicos vantagem concedida a outra categoria
por lei, com base no princípio da isonomia.
59. Entre as importantes funções atribuídas ao CNJ, órgão máximo do Poder Judiciário, está a de processar e julgar os
ministros do STJ nos crimes de responsabilidade.
60. O ministro do STJ que for designado para exercer a função de corregedor do CNJ ficará afastado de suas funções no
tribunal, em virtude de sua dedicação exclusiva ao conselho nesse período.
61; No caso de não haver na comarca vara da justiça do trabalho nem a comarca estar abrangida por sua jurisdição, eventuais
ações trabalhistas dos empregados contra o empregador poderão ser processadas e julgadas por um juiz de direito
investido por lei da jurisdição trabalhista, cabendo recurso para o respectivo tribunal regional do trabalho.
62. O Superior Tribunal de Justiça tem competência para processar e julgar originariamente mandado de segurança contra
seus próprios atos.
GABARITO
1-e; 2-c; 3-e; 4-e; 5-c; 6-c; 7-c; 8-c; 9-e; 10-e; 11-c; 12-c; 13-c; 14-e; 15-e; 16-e; 17-e; 18-c; 19-c; 20-e; 21-e; 22-e; 23-c; 24-
c; 25-e (é subsídio, não remuneração); 26-e; 27-c; 28-c; 29-e; 30-c; 31-e; 32-e; 33-c; 34-e; 35-e; 36-e; 37-e; 38-e; 39-c; 40-
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e; 41-c; 42-e; 43-e; 44-e; 45-c; 46-c; 47-c; 48-e; 49-e; 50-c; 51-c; 52-c; 53-e; 54-e; 55-c; 56-c; 57-c; 58-e; 59-e; 60-e; 61-c;
62-c.
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