CURSO DE BOAS PRÁTICAS EM AUDITORIAS - Apostila

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2023

CURSO DE BOAS
PRÁTICAS EM
AUDITORIAS

APOSTILA -
BOAS PRÁTICAS
EM AUDITORIAS
REVISÃO 00

AAP CONSULTORIA EMPRESARIAL | SÃO PAULO E MINAS GERAIS


(11) 5093-7001 / (37) 3512-5359 / (31) 99808-5789
CURSO DE BOAS PRÁTICAS EM AUDITORIAS

CONTEÚDO

Conceitos importantes ......................................................................................................... 03

Aspectos éticos e comportamentais na auditoria ............................................................ 07

Exercícios ............................................................................................................................... 10

01
CURSO DE BOAS PRÁTICAS EM AUDITORIAS

NOTA
Este material e o respectivo treinamento foram desenvolvidos pela AAP Consultoria
Empresarial exclusivamente para a Komatsu Internacional do Brasil e não se trata
de uma formação de auditores completa, mas sim de diretrizes metodológicas, éticas
e comportamentais a serem aplicadas por auditores e auditados nas atividades de
auditorias cruzadas da Komatsu.

02
CURSO DE BOAS PRÁTICAS EM AUDITORIAS

Conceitos importantes
Auditoria

Exame formal, sistemático e independente realizado por pessoal qualificado, com o


objetivo de verificar a adequação e a conformidade em relação aos requisitos
especificados, através de evidências objetivas.

Evidência objetiva

Comprovação efetiva daquilo que é verificado. São consideradas evidências


objetivas:

- Documentos;

- Registros;

- Observações visuais; e

- Declarações.

Equipe auditora

Time que executa a auditoria, formado por um auditor líder (responsável pela
condução da auditoria) e por um ou mais auditores acompanhantes (que realizam
tarefas específicas estabelecidas pelo líder).

Auditado

Agente que sofre a auditoria, responsável pela apresentação das evidências objetivas.

Dinâmica de auditoria

A auditoria é conduzida pelo auditor, que realiza perguntas com o objetivo de


verificar o atendimento dos requisitos auditados. Já o auditado responde às
perguntas apresentando as evidências objetivas solicitadas.

O esquema a seguir ilustra essa dinâmica:

03
CURSO DE BOAS PRÁTICAS EM AUDITORIAS

Documento base de auditoria

Conjunto de requisitos a serem verificados em uma auditoria. Deve ser plenamente


conhecido pela equipe auditora

“Check list”

Documento de auditoria que contém todos os requisitos do documento base a serem


verificados pela equipe auditora. Geralmente os requisitos do “check list” aparecem
na forma de questões, para respostas “sim” (quando atendidos) ou “não” (quando
não atendidos). Deve ser usado como referência, para que não sejam esquecidos
requisitos a serem verificados.

Amostragem

Em geral, não há tempo hábil em uma auditoria para a verificação de todas as


evidências objetivas necessárias. Desta forma surge a necessidade de realizar as
verificações de auditoria através de amostragens, que sejam:

- Significativas (representem o universo total de evidências); e

- Estabelecidas pela equipe auditora (sem interferência dos auditados).

04
CURSO DE BOAS PRÁTICAS EM AUDITORIAS

Resultados de auditoria

Em função das evidências objetivas constatadas, os resultados possíveis em uma


auditoria são:

- Conformidades: quando os requisitos verificados são atendidos e estão


implementados; e

- Não conformidades: quando os requisitos verificados não são atendidos e não estão
implementados.

Para requisitos conformes, os auditores têm duas opções: ou simplesmente relatar a


conformidade ou apontar oportunidades de melhoria (uma vez que a situação é de
conformidade, no máximo cabem melhorias, não correções). Cabe aos auditados
acatarem ou não as sugestões de melhoria da equipe auditora.

Para os requisitos não conformes, os auditores devem sempre reportar os desvios


encontrados, para que os auditados providenciem, em tempo hábil, as ações de
disposição (atacando o efeito do problema) e as ações corretivas (que atacam a causa
do problema, evitando a sua reocorrência).

Esquematicamente:

Relatório de auditoria

Registro emitido pela equipe auditora e que detalha o resultado da auditoria, com
todas as conformidades e não conformidades percebidas ao longo da atividade. Seu
conteúdo precisa ser coerente com tudo o que ocorreu na auditoria. Deve ser
entregue aos auditados para que providenciem as melhorias, disposições e ações
corretivas necessárias.

05
CURSO DE BOAS PRÁTICAS EM AUDITORIAS

Etapas de auditoria

São três as etapas que compõe um ciclo de auditoria, a saber:

- Planejamento: etapa inicial do ciclo de auditoria. Contempla:

- programa de auditoria (datas, escopo, equipes auditoras e plantas auditadas);

- preparação do “check list”; e

- comunicação das datas da auditoria aos auditados.

- Execução: etapa de realização propriamente dita da auditoria. Contempla:

- reunião de abertura;

- execução da auditoria;

- preparação do relatório; e

- reunião de encerramento, com a apresentação oficial dos resultados.

- Acompanhamento: etapa facultativa, só é realizada quando forem detectadas não


conformidades na execução da auditoria. Contempla:

- planejamento;

- volta a campo, para verificação do fechamento das não conformidades; e

- fechamento do ciclo com a apresentação dos resultados.

06
CURSO DE BOAS PRÁTICAS EM AUDITORIAS

Aspectos éticos e comportamentais na auditoria


Responsabilidades

Toda auditoria é uma imposição aos auditados, logo a responsabilidade pela


adequada condução de todo o processo é exclusiva da equipe auditora. Jamais os
auditores devem permitir que o processo de auditoria escape dos limites
estabelecidos pelas boas práticas e por uma conduta pautada na ética das relações
interpessoais. Auditores não devem se mostrar autoritários, “donos da razão” ou
excessivamente rigorosos, à medida que seu trabalho não é estabelecer requisitos aos
auditados, mas sim interpretá-los de acordo com os critérios previamente
estabelecidos entre as partes.

Comportamento

Os auditores devem sempre ser educados e cordiais. Quando necessário, devem


fazer e refazer suas perguntas aos auditados, como requerido. Ao se depararem com
uma não conformidade, é uma boa prática deixar essa situação absolutamente clara
aos auditados. Caso os ânimos se exaltem, cabe aos auditores buscarem o retorno às
condições adequadas para a continuidade da auditoria ou, caso isso não seja
possível, interromperem a atividade, decidindo posteriormente se é viável seguir ou
se a auditoria deve ser suspensa, relatando o ocorrido no respectivo relatório.

Confidencialidade

Todas as informações apresentadas durante uma auditoria devem ser encaradas pela
equipe auditora como confidenciais, ou seja, não devem ser divulgadas em nenhuma
proporção sem a prévia autorização dos auditados.

Imparcialidade

Auditores devem demonstrar comportamento imparcial durante todas as atividades


de auditoria. Eventuais laços de amizade, antipatias ou desavenças com auditados
não podem jamais interferir na conduta, nos critérios dotados pela equipe auditora,
nem mesmo nos resultados de auditoria. Auditores verificam cenários e não a
competência dos auditados.

07
CURSO DE BOAS PRÁTICAS EM AUDITORIAS

Transparência

O objetivo primordial de uma auditoria é verificar a situação da organização


auditada frente aos requisitos estabelecidos. Não é papel dos auditores medir a
competência individual ou coletiva dos auditados. Tanto auditores quanto auditados
devem considerar o objetivo primordial da auditoria ao longo de sua realização e,
desta forma, realizar suas atividades com total transparência, seja para formular
questionamentos, seja para apresentar evidências objetivas. É muito mais produtivo
aos auditados admitir uma falha do que tentar “maquiá-la”. Produzir cenários
irreais apenas para ludibriar auditores não ajuda na melhoria das rotinas de uma
organização; ao contrário, tal postura pode distorcer a percepção das chefias em
relação à situação real de um determinado processo, camuflando assim a eventual
necessidade de investimentos e de reforço no treinamento do pessoal envolvido.

Bom senso

Por vezes a equipe auditora pode simplesmente solicitar aos auditados que corrijam
um pequeno desvio durante a auditoria, evitando assim o relato de uma não
conformidade superficial. Essa prática pode se mostrar eficaz à medida não seja
tomada para problemas graves ou repetitivos. Agir desta forma mostra aos auditados
que a equipe auditora não está “caçando problemas”, ao contrário, está preocupada
com a conformidade e com a boa condução das atividades realizadas pela
organização auditada.

Integridade física

Auditores devem sempre priorizar a integridade física de sua equipe e dos


auditados. Qualquer cenário que exponha quaisquer participantes da auditoria a
perigos e a riscos, sem a implementação das medidas necessárias de controle, deve
ser evitado. Ao se depararem com uma atividade de alto risco sendo realizada de
forma insegura pelo pessoal da organização auditada (ou por terceiros que
trabalham em seu nome), a equipe auditora deve solicitar sua imediata paralização,
relatando o ocorrido no respectivo relatório de auditoria. A segurança é sempre
prioridade em atividades de auditoria, desde o planejamento, execução e reporte dos
resultados.

08
CURSO DE BOAS PRÁTICAS EM AUDITORIAS

Clareza no relato dos resultados

O relatório de auditoria é o registro que evidencia os cenários de conformidade e de


eventuais nãos conformidades verificadas na auditoria. Por tal razão, deve ser
emitido de forma detalhada e com linguagem clara. Todas as evidências objetivas
verificadas na auditoria devem aparecer no relatório, como por exemplo, nomes e
cargos de auditados, códigos e títulos de documentos e de registros, áreas visitadas,
equipamentos verificados, códigos de instrumentos de medição e de ferramentas
verificadas. Eventuais não conformidades devem ser detalhadas, destacando o
requisito auditado que não foi atendido e o caso não conforme em si.

09
CURSO DE BOAS PRÁTICAS EM AUDITORIAS

Exercícios
1) Em uma auditoria de campo, o auditor se deparou com uma situação de total falta de
segurança na operação da organização auditada: um operador realizava um trabalho em
altura sem nenhum EPI nem mesmo um cinto de segurança. Como deve proceder o
auditor líder neste cenário?

2) Durante uma auditoria, o auditado, visivelmente irritado, começa a gritar com os


auditores. Como se isso não bastasse, passa a xingá-los por uma discordância nos registros
que foram solicitados. Como o auditor envolvido nesta situação deve proceder?

3) Durante uma auditoria, o auditor percebe que o auditado está muito nervoso e que este
nervosismo está atrapalhando seu desempenho e sua capacidade de responder as
perguntas feitas. Como o auditor envolvido nesta situação deve proceder?

010
CURSO DE BOAS PRÁTICAS EM AUDITORIAS

4) Ao longo de uma auditoria, a equipe auditora se dá conta de que sempre que solicita
um registro ou um documento há uma demora excessiva em apresenta-lo, o que levanta
desconfianças de que talvez estas evidências tenham sido preparadas no ato da auditoria,
em uma sala ao lado. Como a equipe auditora deve proceder neste cenário?

5) Durante uma auditoria, um auditor passa não só a cobrar as evidências dos auditados,
mas também a “prestar consultoria”. Na sua opinião, este é o papel do auditor?

6) Como os auditados devem proceder no caso do relatório de auditoria ser


completamente diferente daquilo que foi discutido e consensado durante toda a realização
da auditoria?

011

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