Instituto Superior de Ciencias e Educaca
Instituto Superior de Ciencias e Educaca
Instituto Superior de Ciencias e Educaca
DE
TRONCO COMUM
1º Ano
Créditos (CFG): 4
Número de Temas: 24
Fax: 23 32 64 06
E-mail: [email protected]
Website: www.isced.ac.mz
Agradecimentos
Elaborado por:
Índice
Visão geral 1
Unidade 3. A Leitura 17
Introdução ............................................................................................................. 17
Sumário ........................................................................................................................... 20
Exercícios ........................................................................................................................ 20
Unidade 5. O Resumo 25
Introdução ............................................................................................................. 25
Sumário ........................................................................................................................... 27
Exercícios ........................................................................................................................ 27
Unidade 6. A Síntese 30
Introdução ............................................................................................................. 30
ISCED – MANUAL DE TÉCNICAS DE EXPRESSÃO ORAL E ESCRITA
Sumário ........................................................................................................................... 32
Exercícios ........................................................................................................................ 32
Unidade 7. A Ortografia 33
Introdução ............................................................................................................. 33
Sumário ........................................................................................................................... 38
Exercícios ........................................................................................................................ 39
Unidade 8. A Pontuação 40
Introdução ............................................................................................................. 40
Sumário ........................................................................................................................... 47
Exercícios ........................................................................................................................ 48
Sumário ........................................................................................................................... 67
Exercícios ........................................................................................................................ 68
Sumário ........................................................................................................................... 94
Exercícios ........................................................................................................................ 94
VISÃO GERAL
Objectivos do Módulo
Páginas introdutórias
Um índice completo.
Uma visão geral detalhada do curso / módulo, resumindo os
aspectos-chave necessários para completar o estudo.
Recomendamos vivamente que leia esta secção com atenção
antes de começar o seu estudo.
Outros recursos
Para quem esteja interessado em aprender mais, apresentamos
uma lista de recursos adicionais para você explorar. Estes recursos
podem incluir livros, artigos ou sites na internet.
ISCED – MANUAL DE TÉCNICAS DE EXPRESSÃO ORAL E ESCRITA
Comentários e sugestões
Esta é a sua oportunidade para nos dar sugestões e fazer
comentários sobre a estrutura e o conteúdo do curso / módulo. Os
seus comentários serão úteis para nos ajudar a [re] avaliar e
melhorar este curso / módulo.
Ícones de actividade
Habilidades de estudo
Precisa de apoio?
Avaliação
UNIDADE 1
O PROCESSO DE COMUNICAÇÃO
Introdução
Nesta primeira unidade, abordamos o processo de comunicação
porque constitui a base da nossa comunicação no quotidiano.
Neste processo, são estudados os elementos que garantem uma
comunicação perfeita.
Focalizamos também as funções de comunicação que se
relacionam intrinsecamente com os factores da comunicação para
o processo comunicacional.
Ao completar esta unidade / lição, será capaz de:
O Processo de comunicação
Ciclo comunicacional:
receptor.
Tipos de Linguagem
Elementos da comunicação
A comunicação acompanha o ser humano desde seu nascimento,
sendo processada em todo tempo, independentemente da forma
ou da localização. O sucesso de toda a actividade profissional é
uma comunicação eficaz.
Funções da linguagem
Exemplo:
Pelo amor de Deus, preciso encontrar algo, nem que sejam cinco
meticais!
ISCED – MANUAL DE TÉCNICAS DE EXPRESSÃO ORAL E ESCRITA
Exemplo:
Exemplo:
4. Função Fáctica
Exemplo:
5. Função Poética
Exemplo:
6. Função Metalinguística
Exemplos:
Sumário
Em síntese:
O processo da comunicação mobiliza todos os factores da
comunicação, partindo do emissor que codifica uma mensagem
ISCED – MANUAL DE TÉCNICAS DE EXPRESSÃO ORAL E ESCRITA
Exercícios
Texto 2
UNIDADE 2
1
RUIZ, J. Álvaro, Metodologia Científica: Guia para eficiência nos estudos,
São Paulo: ATLAS 1991
2
ESTANQUEIRO, A. G. Aprender a Estudar, Lisboa: Texto ed. 2001
ISCED – MANUAL DE TÉCNICAS DE EXPRESSÃO ORAL E ESCRITA
3
RUIZ, J. Álvaro, Metodologia Científica: Guia para eficiência nos estudos,
São Paulo: ATLAS 1991
4
RUIZ, J. Álvaro, Metodologia Científica: Guia para eficiência nos estudos,
São Paulo: ATLAS 1991
ISCED – MANUAL DE TÉCNICAS DE EXPRESSÃO ORAL E ESCRITA
Sumário
Em síntese:
A adopção de um ou do outro método de estudo nos
estabelecimentos educacionais tem como objecto alcançar os
objectivos preconizados nos programas. Assim, com a adopção do
método PBL esperamos que o processo seja eficaz e que o aluno
sinta que tem todas as ferramentas necessárias para o seu
progresso.
A programação, a perseverança e a responsabilidade nas
actividades será como sempre a base do êxito educacional do
estudante.
5
ESTANQUEIRO, A. G. Aprender a Estudar, Lisboa: Texto ed. 2001
ISCED – MANUAL DE TÉCNICAS DE EXPRESSÃO ORAL E ESCRITA
Exercícios
UNIDADE 3 - A LEITURA
Introdução
No processo de ensino e aprendizagem é preciso compreender
que o êxito nos estudos provém da adopção de técnicas de estudo
e de leitura. Fazer uma boa leitura significa criar condições para
que a leitura termine na compreensão dos conteúdos. Assim,
nesta unidade, pretendemos apresentar algumas técnicas que lhe
poderão ajudar nos seus estudos.
Ao completar esta unidade / lição, será capaz de:
6
Gomes A. Didáctica de Ensino da Língua Portuguesa, Vol. II, 2002
ISCED – MANUAL DE TÉCNICAS DE EXPRESSÃO ORAL E ESCRITA
subjectivos.
Segundo Potts (1989:56)7
No se tido ge é i o, a ualidade de u a leitu a é a so a
de todos os elementos que estão presentes numa peça
impressa, que influencia o êxito que um grupo de leitores
consegue com ela. O êxito é medido pela extensão em que
o texto é compreendido, a velocidade óptima é tida como
i te essa te.
Como se afirma na citação, o êxito da leitura é avaliado
pelo grau da compreensão do texto no processo de ensino e
aprendizagem. Se os estudantes não forem capazes de transmitir
o conteúdo patente no texto, ou seja, de mostrar que
conhecimentos adquiriram ou, ainda, de usar os conhecimentos
para responder a determinadas necessidades, então, eles não
entenderam o texto. Porém, a leitura é antecedida por uma
selecção de obras que normalmente nos é apresentada pelo
docente mas se assim não suceder siga as instruções que se
seguem.
7
In Didáctica de ensino da língua portuguesa.
8
ESTANQUEIRO, A. Aprender a Estudar, Lisboa: Texto ed. 2001
9
ESTANQUEIRO, A, Aprender a Estudar, Lisboa: Texto ed. 2001
ISCED – MANUAL DE TÉCNICAS DE EXPRESSÃO ORAL E ESCRITA
10
RUIZ, J. Álvaro, Metodologia Científica: Guia para eficiência nos estudos,
São Paulo: ATLAS 1991
ISCED – MANUAL DE TÉCNICAS DE EXPRESSÃO ORAL E ESCRITA
Sumário
Em síntese:
A qualidade de uma leitura é a soma de todos os
elementos que estão presentes nele, que influenciam no
êxito que um grupo de leitores consegue com ela. O
resultado da leitura é medido pela extensão em que o
texto é compreendido, a velocidade óptima é tida como
i te essa te.
Exercícios
UNIDADE 4
A TOMADA DE NOTAS
Introdução
A tomada de notas constitui uma síntese dos conteúdos lidos e
todo o estudante deverá conhecer e usar correctamente estas
regras. Assim, nesta unidade apresentamos as diferentes formas
de tirar apontamentos e as orientações recomendadas para cada
método.
Ao completar esta unidade / lição, será capaz de:
A Tomada de Notas
Um bom leitor, para além de sublinhar, também faz anotações
quer no papel quer no próprio texto de apoio. Estas anotações,
principalmente, as feitas no texto são a prova do seu espírito
crítico. Enfim, as anotações são reacções ou comentários pessoais
e podem expressar-se através de formas diversificadas:
Ponto de interrogação (?) como sinal de dúvida;
Ponto de exclamação (!) como sinal de surpresa ou
entusiasmo;
Letras diversas para fazer uma observação simples como
por ex: B - bom, I - importante ou interessante, N – não, R-
rever e outras;
Palavras que resumam o núcleo central de um parágrafo;
Uma nota de referência sobre os assuntos defendidos pelo
mesmo autor ou por autores diferentes (ESTANQUEIRO,
2001).
Nota:
ISCED – MANUAL DE TÉCNICAS DE EXPRESSÃO ORAL E ESCRITA
11
Estanqueiro, A, Aprender a Estudar, Lisboa: Texto ed. 2001
ISCED – MANUAL DE TÉCNICAS DE EXPRESSÃO ORAL E ESCRITA
facilmente reformulados. à
Tipos de esquemas:
Ainda na mesma abordagem, refere-se que existem os seguintes
tipos de esquema: Índices, quadros, gráficos, desenhos ou mapas
e todos estes tipos de esquema podem ser encontrados nos
manuais.
De acordo com Ruiz, as regras do resumo são:
Ser fiel ao texto;
Apanhar o tema do autor;
Ser simples, claro e destacar os títulos e subtítulos;
Subordinar as ideias aos factos;
Manter um sistema uniforme de observação.
Nota: Os esquemas não são aconselháveis pela insuficiência de
informações.
O resumo
Segundo Estanqueiro (2001: 52, 53),
Resumir é abreviar, tornar mais curto um texto. Isto exige
capacidade para seleccionar e reformular as ideias essenciais,
usando frases bem articuladas.
Às pessoas pouco treinadas na técnica do resumo, propomos a
seguinte metodologia:
1.º Compreender o texto, na sua globalidade;
2.º Descobrir a ideia-chave ou tópico de cada parágrafo;
3.º Registar numa folha de rascunho o conjunto dos vários
tópicos, recolhidos parágrafo a parágrafo;
4.º Reconstruir o texto, de um modo pessoal, respeitando
sempre o plano e o pensamento do autor.
Um bom resumo, tal como um bom esquema, tem quatro
características fundamentais:
Brevidade - os pontos principais da matéria são registados
de forma abreviada. Um bom resumo não ultrapassa um
quarto do texto inicial.
Clareza - os factos ou as ideias são apresentados sem
ISCED – MANUAL DE TÉCNICAS DE EXPRESSÃO ORAL E ESCRITA
Sumário
Em síntese:
A actividade de tirar apontamento constitui um dos
processos fundamentais para a captação e retenção da
matéria, pois, por meio dos apontamentos aprendemos
melhor e as nossas informações ficam guardadas para
sempre. Os apontamentos podem ser de três tipos:
Transcrição, esquemas e resumos
Exercícios
UNIDADE 5
O RESUMO
Introdução
Qualquer estudante do ensino superior deve ser capaz de resumir
textos de carácter científico ou didáctico, pois, por meio dos
resumos, os resultados adquiridos nos estudos são mais eficazes e
mais amplos.
Nesta unidade, veremos as estratégias usadas para a redução de
um texto – a técnica de resumo - especificamente o método
RASERO.
ISCED – MANUAL DE TÉCNICAS DE EXPRESSÃO ORAL E ESCRITA
Sumário
Em síntese:
Resumir é apresentar de forma contraída, reduzida ou abreviada,
as ideias principais de um texto. E para chegarmos a ele, há que
fazer uma operação mental insubstituível: dispensar o que não é
significativo. Ao dispensar o que é secundário, valorizará só o que
é fundamental. Por isso, um resumo bem feito é económico em
palavras e rico em significado.
Exercícios
UNIDADE 6
A SÍNTESE
Introdução
Para a elaboração de qualquer texto, seja de que natureza
for, é necessário seguir um determinado percurso de forma a
atingir uma hiperestrutura textual coerente e coeso.
Portanto, nesta unidade apresentamos o percurso
metodológico que deve ser seguido na produção ou elaboração de
uma síntese.
Ao completar esta unidade / lição, será capaz de:
Percurso de elaboração
Os passos a seguir para a elaboração de uma síntese assentam na
compreensão do texto, na elaboração de um plano ou no
reagrupamento das ideias e na redacção.
I. Compreensão do texto
Deve-se fazer uma leitura activa, tal como no resumo mas em
menor profundidade. Implica destacar as palavras-chave, ideias-
chave e fazer anotações numa folha, usando frases soltas.
II. Plano ou reagrupamento de Ideias
Engloba os seguintes pontos:
1. Apresentação – Ide tifi aà oà texto,à oà te aà
tratado, o nome do autor e eventualmente a
tese ;à
2. Ilustração – expõeà osà fa tosà espeita tesà aoà
tema; noutros casos, histo iaàoàp o le a ;
3. Causas – diag osti aàoàestadoàdaà uest o,ài doà
at à sàsuasào ige s ;
4. Efeitos – eú eàasà o se u ias ;
5. Remédios – i di aà asà soluçõesà ap ese tadasà
pelos autores para alterar os efeitos ou resolver
osàp o le as ;
6. Conclusão – ap ese taà asà o side açõesà fi aisà
dosàtextos.
12
Esteves Rei, Curso de Redacção II, Porto: Porto Editora, p.82
13
idem
ISCED – MANUAL DE TÉCNICAS DE EXPRESSÃO ORAL E ESCRITA
Aspectos a evitar
1. Não se deve utilizar frases e expressões inteiras
do texto;
2. Não se deve fazer comentários ao texto.
Sumário
Em síntese:
Exercícios
UNIDADE 7
A ORTOGRAFIA
Introdução
A Língua Portuguesa constitui, para além de elemento de
Unidade Nacional em Moçambique, um meio de comunicação.
Assim, ao futuro técnico/gestor, que usará esta língua como
instrumento de comunicação, torna-lhe imperativo dominá-la.
Portanto, é importante que se esteja atento à correcção linguística
dos enunciados que ouvimos ou que lemos no dia-a-dia.
Conceito da ortografia
A Ortografia é a parte da Gramática que ensina a maneira correcta
de escrever as palavras. (Pinto; Lopes; Neves: 2001: 4)
A habilidade de escrever é uma arma eficaz de sucesso, tanto na
escola como na profissão.
Na escola, a escrita é uma das formas de expressão mais
valorizada na avaliação dos estudantes, em quase todas as
disciplinas.
Pela vida fora, as pessoas, mesmo seguindo profissões técnicas,
ISCED – MANUAL DE TÉCNICAS DE EXPRESSÃO ORAL E ESCRITA
__ A eliminação do e ou do i:
adquado (errado) __adequado
advinhar (errado ) __ adivinhar
establecer ( errrado) __ estabelecer
intlectual ( errado) __ intelectual
Sumário
Em síntese:
A correcção na escrita é indispensável porque para se fazer
entender é necessário que a linguagem usada e a ortografia das
palavras sejam claras e correctas.
Contudo, saber escrever é ter a ferramenta necessária para
o sucesso no contacto em toda sociedade.
ISCED – MANUAL DE TÉCNICAS DE EXPRESSÃO ORAL E ESCRITA
Exercícios
UNIDADE 8
A PONTUAÇÃO
Introdução
Pontuar uma frase escrita corresponde ao estabelecimento
das pausas na comunicação oral e é apresentar a ideia que se
pretende transmitir com exactidão e precisão.
A má utilização dos sinais de pontuação pode resultar na
completa ambiguidade comunicativa. Assim, nesta unidade
apresentamos os diferentes sinais de pontuação e as regras
usadas para a sua aplicação ou utilização.
Ao completar esta unidade / lição, será capaz de:
Aplicar correctamente os diferentes sinais de pontuação;
Identificar erros de pontuação em textos produzidos.
Enunciar as regras para a utilização de sinais de pontuação.
Objectivos
Definição
Designa-se por pontuação ao sistema de utilização de certos sinais
gráficos convencionais (NOGUEIRA, 1989:67). Entretanto,
FERREIRA e FIGUEREDO a es e ta à ue:à àa pontuação não é só
importante para exprimirmos com clareza o que pretendemos
dizer. É-o também para uma boa e expressiva leitura dos textos .
Os sinais de pontuação contribuem para nos dar a entoação de
vida à leitura e fazer as pausas necessárias.
Tipos de pontuação
Os sinais de pontuação são: ponto final (.), ponto e vírgula (;),
vírgula (,), ponto de interrogação (?), ponto de exclamação (!) as
eti iasà … ,àasàaspasà « » ,àví gulasàaltasà à àoàpa teseà à ,àeà
o travessão (-). Dentre vários sinais de pontuação existentes
podem ser agrupados em sinais que marcam a pausa e os que
marcam a melodia (cf. FERREIRA, FIGUEREDO e CUNHA e CINTRA).
Vírgula (,)
A vírgula, que marca uma pausa de pequena duração. Emprega-se
não só para separar elementos de uma oração, mas também em
orações de um só período. Quando a vírgula se encontra no
interior da oração serve para:
a) Separar elementos que exercem a mesma função sintáctica
(sujeito composto, complementos, adjuntos), quando não vêm
unidos pelas condições e, ou e nem.
Ex: A sua frota, a sua boca, o seu sorriso, as suas lágrimas,
enchem-lhe a voz de formas e de o es…
Observação:
Quando os adjuntos adverbiais são de pequeno corpo (um
advérbio, por exemplo), costuma-se dispensar a vírgula. A vírgula
ISCED – MANUAL DE TÉCNICAS DE EXPRESSÃO ORAL E ESCRITA
Ponto (.)
O ponto assinala a pausa máxima da voz depois de um grande
fónico da final descendente.
Emprega-se, pois, fundamentalmente, para indicar o término
de uma oração declarativa, seja ela absoluta, seja a derradeira de
um período composto:
Ex: Entardecer no Anjico. Estou parada, sozinha, na frente da
casa de Estancia olhando para o poente. O Sol parece uma grande
laranja temporã, cujo sumo escorre pelas faces da tarde. O ar
cheira a guaço queimado. Um silêncio de paina crepuscular
envolve todas as coisas. A terra parece anestesiada, raras estrelas
começam a apontar no firmamento, mais adivinhadas do que
ISCED – MANUAL DE TÉCNICAS DE EXPRESSÃO ORAL E ESCRITA
Observação
Além de servir para marcar uma pausa longa, o ponto tem
outra utilidade. É o sinal que se emprega depois de qualquer
palavra escrita abreviadamente.
Assim: V. S.ª (vossa senhoria), Dr. (Doutor).
Nota-se que, se a palavra assim reduzida estiver no fim do
período, este encerra-se com o ponto abreviativo, pois não se
coloca outro ponto depois dele.
Os dois pontos
Os dois pontos servem para marcar, na escrita, uma sensível
suspensão da voz na melodia de uma frase não concluída.
Emprega-se, pois para enunciar:
i) Uma citação.
Ex: Armando voltou para dizer:
— Não enganei ninguém, camarada. Era bicho.
ii) uma enumeração explicativa:
Ex: Não foi ele, outros seriam: pajens, gente de guerra, vadios
de estalagens, andenjos das estradas.
iii) um esclarecimento, uma síntese ou uma consequência do
que foi enunciado:
Ex: e a facilidade traduz-se por isto: criarem-se hábitos.
Não era desgosto: era cansaço e vergonha.
Observação
Depois do vocativo que encabeça cartas, requerimentos, ofícios,
etc. Costuma-se colocar dois pontos, vírgula ou ponto, havendo
escritores, que nestes casos, dispensam qualquer pontuação.
Assim:
Prezado senhor: prezado senhor.
ISCED – MANUAL DE TÉCNICAS DE EXPRESSÃO ORAL E ESCRITA
Observação
O ponto de interrogação nunca se usa no fim de uma indirecta.
Termina com uma entoação descendente, exigindo, por isso, um
ponto.
Exemplo:
— Quem chegou? [= interrogação directa]
— Diga-me que chegou [= interrogação indirecta]
Sumário
Em síntese:
ISCED – MANUAL DE TÉCNICAS DE EXPRESSÃO ORAL E ESCRITA
Exercícios
UNIDADE 9
Objectivos
Sumário
Em síntese:
Em qualquer língua, torna-se muito importante saber interpretar
textos com precisão embora seja uma tarefa que requer muito
treino; porém, há várias formas de se incrementar esta habilidade.
Exercícios
UNIDADE 10
A FRASE
Introdução
Muitos alunos, estudantes universitários e até académicos
têm demonstrado imensas dificuldades na compreensão da
estrutura frásica. É importante fixar o seguinte: a estrutura básica
do Português é SVO, significando: Sujeito, Verbo e Objecto.
Objectivos
A Frase
De acordo com Celso Cunha, a frase é u e u iado de se tido
completo, a unidade mínima de comunicação. à14
A Frase e Oração
A frase pode conter uma ou várias orações. A frase contém mais
do que uma oração quando tem mais do que um verbo conjugado.
Por exemplo:
Durante a noite, houve u a g a de te pestade.
Du a te a oite, houve uma grande tempestade que
provocou muitos estragos. à
A Estrutura da Frase
A oração e os seus elementos
Os elementos fundamentais de uma oração são: o sujeito (simples
ou composto, subentendido, indeterminado ou inexistente) e o
predicado (verbal; nominal).
Oà sujeitoà à a uiloà deà ueà seà falaà ouà so eà ueà seà fazà u aà
afi aç o .àOàp edi adoà àtudoàoà ueàseàdizàdoàsujeito .15
Os outros elementos são: o complemento directo, o complemento
14
Celso Cunha, Nova Gramática do Português Contemporâneo, p. 119
15
J.Esteves Rei, Curso de Redacção I, Porto, Porto Editora, p.14
ISCED – MANUAL DE TÉCNICAS DE EXPRESSÃO ORAL E ESCRITA
do nome.
A Qualidade da Frase
Sumário
Em síntese:
Os elementos fundamentais de uma oração são: o sujeito (simples
ou composto, subentendido, indeterminado ou inexistente) e o
predicado (verbal; nominal).
Ex. Franze (Suj) é o meu professor (Pred.)
Exercícios
UNIDADE 11
Objectivos
17
José Pinto e Maria do Céu Lopes, Gramática do Português Moderno, Lisboa,
Plátano ed., 2002, p.193
ISCED – MANUAL DE TÉCNICAS DE EXPRESSÃO ORAL E ESCRITA
Subordinação
A Coordenação
As o ações da es a atu eza pode se oo de adas e t e si at avés
de o ju ções e lo uções oo de ativas
A Subordinação
Segundo Estevesà Rei,à aà su o di aç oà à à uma relação entre duas
orações que permite a inserção de uma na outra e estabelece uma
hierarquia sintáctica entre elas: uma depende da outra, determinando ou
complementando o sentido. 18
Exemplos: 19 Aquela senhora gritou quando foi assaltada.
Oração subordinante Oração subordinada adverbial temporal
Aquela senhora gritou porque foi assaltada.
Oração subordinante Oração subordinada adverbial causal
As orações subordinadas dependem das orações subordinantes e
esta dependência pode ser feita através de:
Co ju çõesàouàlo uçõesàsu o di ativas:à Elaàg itouà
para que aàso o esse . à*
P o o esàouàadv iosà elativos:à Oà apazàque caiu
magoou-se.
Pronomes ou advérbiosài te ogativos:à Eleàdisseàquem
chega hoje?
Formas verbais não finitas (infinitivo, gerúndio e
pa ti ípio :à Pe s va osàter concluído o trabalho. (=
Pens va osà ueàoàt a alhoàestavaà o luído.
18
J.Esteves Rei, Curso de Redacção I, Porto, Porto Editora, p.30
19
José Pinto e Maria do Céu Lopes, Gramática do Português Moderno, Lisboa,
Plátano ed., 2002, p.196
ISCED – MANUAL DE TÉCNICAS DE EXPRESSÃO ORAL E ESCRITA
Sumário
Em síntese:
A Frase simples é aquela que possui um e único verbo enquanto,
as frases complexas são aquelas que são compostas por mais de
um verbo. Estas podem ser unidas por conjunções ou locuções
coordenativas ou subordinativas, conforme a relação de
coordenação ou subordinação, respectivamente.
Exercícios
UNIDADE 12
ESTUDO DO VERBO
Introdução
O verbo é um elemento fulcral da frase e sem ele não há
frase. Ele designa a acção desenvolvida pelo sujeito. Assim, nesta
unidade, apresentamos a classificação dos verbos quanto à
semântica, quanto à conjugação e quanto à Morfologia.
Ao completar esta unidade / lição, será capaz de:
Indicar as diferentes formas de classificação dos verbos.
Distinguir dos transitivos dos intransitivos;
Objectivos
Quanto à Semântica
- O bebé gatinha.
predicativo.
Quanto à Conjugação
Quanto à Morfologia
Exemplos: caber, medir ("eu caibo", "eu meço", e não "eu cabo",
"eu medo").
Exemplos: ir, ser, ter ("eu vou", "ele foi"; "eu sou", "tu és", "ele
tinha", "eu tivesse", e não "eu io", "ele iu", "eu sejo", "tu sês", "ele
tia", "eu tesse"). O verbo "pôr" pertence à segunda conjugação e é
ISCED – MANUAL DE TÉCNICAS DE EXPRESSÃO ORAL E ESCRITA
Sumário
Em síntese:
A Classe dos Verbos é a classe mais variável que designa uma
ocorrência ou situação. É uma das duas classes gramaticais
nucleares do idioma, sendo a outra o substantivo. É o verbo que
determina o tipo do predicado, que pode ser predicado verbal,
nominal ou verbo-nominal
Exercícios
UNIDADE 13
CONJUGAÇÃO PRONOMINAL
Introdução
A conjugação pronominal é aquela em que o verbo aparece
conjugado com os pronomes. Ela pode ser reflexa ou recíproca de
acordo com a acção do verbo.
Nesta unidade para além das regras também
apresentamos alguns verbos conjugados na forma pronominal.
Utiliza para tal os pronomes pessoais me, te, se, nos, vos,
se. Ex.:àVe oà se ta -se à oàP ese teàdoàI di ativoà- Eu
sento-me; Tu sentas-te; Ele/ela senta-se; Nós sentamo-
nos; Vós sentais-vos; Eles/elas sentam-se)
Sumário
Em síntese
Como Já vimos, a conjugação pronominal é aquela em que o verbo
aparece conjugado com os pronomes o, a, os, as que tomam as
formas lo, la, los, las, depois de r, s, ou z e as formas no, na, nos,
nas, depois de ditongo ou vogal nasal (-m, -ão) distinguindo-se da
recíproca a conjugação pronominal reflexa utiliza para tal os
pronomes pessoais me, te, se, nos, vos, se.
Exercícios
UNIDADE 14
O Discurso Directo
O Discurso Directo é um meio de expressão pelo qual se
reproduzem as palavras de uma personagem tal como elas as teria
proferido.
Este tipo de discurso permite um contacto mais estreito entre a
situação criada e o receptor (leitor/ouvinte); actualiza e torna mais
viva a narrativa, mais espontânea, como no teatro.
No Discurso Directo as falas das personagens ganham em
naturalidade, não raras vezes tocadas pela emoção, que o
emprego de exclamações, interjeições, reticências, interrogações,
vocativos e imperativo reforça.
É de salientar que o Discurso Directo pode aparecer sob a forma
de monólogo interior.
O Discurso Indirecto
O Discurso Indirecto é o processo pelo qual o narrador informa o
leitor acerca do que uma personagem teria dito ou pensado, sem
reproduzir exactamente as suas palavras.
Na transposição do Discurso Directo para o Indirecto, notam-se
alterações nas categorias verbais (modo, tempo, pessoa), nos
pronomes, nos determinantes e nos advérbios.
Sumário
Em síntese:
Enquanto o Discurso Directo é um meio de expressão pelo
qual se reproduzem as palavras de uma personagem tal
como elas as teria proferido, o Discurso Indirecto é o
ISCED – MANUAL DE TÉCNICAS DE EXPRESSÃO ORAL E ESCRITA
Exercícios
UNIDADE 15
A FICHA BIBLIOGRÁFICA
Introdução
Nesta secção, pretendemos dar algumas directrizes da
organização de uma referência bibliográfica. Como sabemos, em
ISCED – MANUAL DE TÉCNICAS DE EXPRESSÃO ORAL E ESCRITA
1. A Ficha Bibliográfica
- Número da edição;
- Local (nome da cidade) em que a obra foi editada;
- Nome da editora responsável pela edição do livro;
- Indicação do ano e da(s) página(s).
NB. Outras informações podem ser adicionadas, tais como,
colecção, número do volume, etc.
EX: RUIZ, J. Álvaro, Metodologia Científica: Guia para eficiência
nos estudos, s.e., São Paulo: ATLAS, 1991, p-19
Sumário
Em síntese:
As fichas são um instrumento de trabalho indispensável,
permitindo: identificar as obras, conhecer o seu conteúdo, fazer
citações, conservar críticas, nossas ou de outrem, analisar o
material a utilizar num trabalho.
Exercícios
UNIDADE 16
A FICHA DE LEITURA
Introdução
Na nossa vida de estudantes, temos, vezes sem conta,
deparado com situações em que empreendemos leituras de livros
e/ou outros materiais de consulta diversos, onde a memorização
constitui o elemento chave no processo de busca, sistematização e
ISCED – MANUAL DE TÉCNICAS DE EXPRESSÃO ORAL E ESCRITA
- brevidade;
- uso de verbos activos;
- ausência de repetições.
- sobre a forma;
- sobre o conteúdo;
- sobre a clareza ou a obscuridade do texto;
- sobre a sua comparação com outros textos
- sobre a importância da obra.
ISCED – MANUAL DE TÉCNICAS DE EXPRESSÃO ORAL E ESCRITA
Legenda:
Sumário
Em síntese:
Na nossa vida de estudantes, temos, vezes sem conta, deparado
com situações em que empreendemos leituras de livros e/ou
ISCED – MANUAL DE TÉCNICAS DE EXPRESSÃO ORAL E ESCRITA
Exercícios
UNIDADE 17
O SUMÁRIO
Introdução
O sumário é um texto curto, por definição, e tem por objectivo
relatar as actividades de uma aula (estamos a tratar do sumário da
aula). Este texto relata fiel e fidedignamente as várias etapas que
compõem uma aula. É, com efeito, um texto objectivante
(objectivante na medida em que não é possível ser-se
completamente objectivo, daí que não nos autorizamos a usar o
termo objectivo). No sumário são também usadas expressões
nominalizadas (nominalizações, evitando-se assim a utilização de
verbos conjugados. Sendo o relato de actividades de uma aula
passada/ efectivada, ele deverá ser redigido no fim da aula (não
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Sumário
Definição geral:
Técnicas de elaboração
Análise icónica
Análise linguística
Sumário
Em síntese:
Considera-se, no geral, sumário uma enumeração das divisões
principais e dos artigos contidos numa publicação periódica, num
livro, num relatório ou documento análogo, seguindo a ordem do
texto. Mas o sumário da aula é um texto de construção colectiva.
Exercícios
UNIDADE 18
TEXTOS ADMINISTRATIVOS
Introdução
O processo de redacção e compreensão de texto é tão complexo
que exige, até, o conhecimento da tipologia a que o texto por
produzir ou por ler pertence.
Porém, nesta unidade vamos apresentar e tratar especificamente
de textos de carácter administrativo, ou seja, textos funcionais.
Ao completar esta unidade / lição, será capaz de:
A Escrita administrativa
Sumário
Em síntese:
Os textos administrativos são uma tipologia textual que começa
agora a figurar entre os textos trabalhados pela escola. A mudança
de tipo de comunicação dentro da empresa é um outro factor a
explicar esse crescimento: a uma comunicação interpessoal,
individualizada e subjectiva substituiu uma comunicação formal,
tipológica e objectiva, numa palavra impessoal.
Exercícios
UNIDADE 19
FORMAS DE TRATAMENTO
Introdução
Conceito
Segundo Cunha e Cintra (2002:292)20, denominam-se pronomes de
tratamento certas palavras e locuções que valem por verdadeiros
pronomes pessoais como: você, o senhor, Vossa Excelência.
20
Ibdem
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É lícito dizer-se
Sumário
Em síntese:
Exercícios
UNIDADE 20
A CARTA
Introdução
Na unidade 18, abordamos acerca de textos administrativos, num
cômputo geral. Agora, vamos tratar essencialmente da carta, um
dos tipos de texto que pertence à tipologia textual em causa.
Ao completar esta unidade / lição, será capaz de:
Conceber a carta do ponto de vista do conceito tradicional,
por um lado, e moderno, por outro;
Explicar as diferenças básicas encontradas entre a carta e
Objectivos
os restantes textos administrativos;
Justificar a estrutura fulcral de apresentação gráfica da
carta.
A Carta
É uma conversa por escrito, dirigida a uma pessoa ausente -
assim se define tradicionalmente a carta. A simplicidade da
definição não corresponde, porém, à dificuldade em escrever
cartas. Trata-se de um meio de comunicação muito antigo que
tem visto o seu espaço ser conquistado, no mundo moderno,
por meios mais rápidos como o telefone, a rádio, o fax e, em
muitas das suas velhas funções, pelo próprio jornal. Contudo, a
sua actualidade mantém-se tal como as suas características:
economia, personalização, substituto do diálogo.
expressividade e a síntese.
Estrutura:
1. Cabeçalho (nas comerciais) - contém o nome da empresa, o
endereço, o número de telefone, o de telefax e o de
contribuinte.
Exemplo:
Sumário
Em síntese:
A carta é, assim, definida tradicionalmente como uma
conversa por escrito, dirigida a uma pessoa ausente. Ela
classifica-se em privada e comercial, que, por sua vez,
conforme as situações e natureza da comunicação, subdivide-
se cada um dos grupos numa série de outros tipos.
Contribuem como qualidades tais como: a Clareza, a Precisão,
a Concisão, entre outras.
Exercícios
Introdução
Sempre que pretendemos reunir com um público determinado,
seja escolar, comunitário e outro, há sempre uma prévia
necessidade de informar todos os participantes previstos para
fazer parte dessa reunião. Porém, para o efeito, é lhes formulado
um documento numa data que antecede o encontro denominado
Convocatória, o texto de que falaremos nesta unidade.
Ao completar esta unidade / lição, será capaz de:
Convocatória
da convocatória);
- O corpo (onde se encontra inserido o texto
principal. Neste, é devidamente indicado o local, a
data, a hora da reunião, a respectiva ordem de
trabalhos; o assunto ou os assuntos a serem
tratados na reunião; o tipo de sessão ou reunião –
ordinária ou extraordinária; e
- O fecho (a data em que ela é feita, a entidade
responsável pela emissão da convocatória e
finalmente a assinatura desta mesma pessoa).
Técnicas de elaboração
Análise icónica
Análise linguística
Sumário
Em síntese:
Convocatória é um documento que chama sócios, com
antecedência necessária, para reunir, elaborado por quem tem
poderes institucionais para o fazer. Todavia, não há uma técnica
propriamente dita, mas há elementos a ter em conta antes da sua
elaboração: uma agenda, um público-alvo bem definido, a
indicação do local e da data da realização da reunião.
Exercícios
UNIDADE 22
A ACTA
Introdução
Os textos administrativos ou funcionais são textos que se usam
dentro das mesmas instituições ou entre instituições diferentes,
daí a designação de textos institucionais.
Porém, nesta unidade fazemos abordagem da acta, sobretudo a
sua função institucional e técnicas envolvidas na sua elaboração.
Ao completar esta unidade / lição, será capaz de:
Definição
Técnicas de elaboração
NB:
Elementos Discursivos
Sumário
Em síntese:
Exercícios
UNIDADE 23
TEXTO EXPOSITIVO-EXPLICATIVO
Introdução
O texto expositivo-explicativo dá a conhecer e/ou esclarece
determinadas situações ou factos. É um tipo de texto cujo
objectivo se prende essencialmente com o conhecimento da
realidade, a respeito da qual oferece um saber.
Definição
O texto expositivo/explicativo é um tipo de texto cuja intenção de
comunicação se prende essencialmente com conhecimento da
realidade, a respeito da qual oferece um saber.
A finalidade de acção da linguagem a atingir é a de informar, isto
é, de transmitir conhecimentos ao destinatário relativo a um
referente preciso. Por isso, o texto expositivo/explicativo é um
texto conceptual, visa instruir o estado cognitivo do destinatário.
Características
Quanto à organização textual
A análise de qualquer texto requer o conhecimento das regras do
seu funcionamento, da sua estruturação, isto é, da sua gramática.
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compreender o texto.
Características Linguísticas
O texto expositvo/explicativo é um discurso de verdade, a sua
objectividade manifesta-se através de formas linguísticas próprias.
Ele é emitido por um locutor ao qual não são contestados nem o
poder nem o saber. Quando se põe em causa esta autoridade,
entra-se no domínio da polémica, perdendo, assim o estatuto de
texto de explicação. É objectivo e isento de ataques.
A análise deste tipo de discurso mostra a existência de uma
diversidade de modos de comunicação:
emprego da passiva;
nominalizações;
apagamento do sujeito falante;
emprego de um presente com valor genérico;
uso de expressões que explicam os conteúdos
veiculados;
articuladores.
Uma das características do texto expositivo/explicativo consiste na
abstracção do sujeito entanto que membro duma sociedade
determinada; deve neutralizar tudo o que se possa resultar de
uma apreciação pessoal, subjectiva. O discurso expositivo deverá,
por isso, fazer desaparecer do enunciado toda a referência a um
caso particular, a um momento determinado e situar-se no
universal. A forma passiva é um mecanismo para tornar impessoal
o discurso científico; ela é usada como uma estratégia de
objectividade, de afastamento do sujeito enunciador do seu
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discurso.
Em suma, usam-se procedimentos de invisibilidade, mesmo que
em alguns textos apareça um nós, eu, estarão desprovidos do
valor individualizante. Por se tratar de um discurso monológico,
observa-se a ausência de tu.
As nominalizações, processo que consiste na transformação de
um sintagma verbal, ou adjectival num nome, permite, em certos
casos, condensar o que foi dito, assegurar uma determinada
orientação da reflexão.
Exemplo:
Qua do os a i ais e as pla tas o e , os o pos
apodrecem (SV) e acabam por desaparecer na terra. O
apodrecimento (N) é provocado po o ga is os ... .
Quanto aos tempos verbais, a forma essencial é o presente
com valor genérico ou estativo que enuncia as propriedades.
Exemplo:
Oàgatoàé u àa i alàve te ado .
A informação contida nesta frase constitui uma verdade
que perdura, independentemente da sua enunciação.
O presente genérico não pode ser oposto a um passado ou
um futuro, trata-seàdeàu aàfo aàte po alà ze o ,àMai gue ea à
(1991:65).
Um presente com valor deíctico (actual) reenvia ao
momento de exposição.
As expressões explicativas têm um papel importante nos
textos expositivos/explicativos, permitindo ao emissor tornar mais
clara a sua comunicação e orientar a compreensão do receptor.
Definidos como elementos que asseguram as relações
entre as diversas partes do texto, quer a nível intrafrásico,
interfrásico, quer entre parágrafos, no texto
expositivo/explicativo, estes elementos com frequência são de
natureza lógica.
Estes conectores podem marcar laços de adição (também,
igualmente) oposições (mas, ao contrário) laços de consecução ou
de causalidade (porque, visto que, dado que)
Sumário
Em síntese:
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Exercícios
UNIDADE 24
TEXTO EXPOSITIVO-ARGUMENTATIVO
Introdução
O texto argumentativo é um dos textos pertencentes à tipologia
de textos expositivos, no qual o autor apresenta as suas ideias ou
opiniões acerca do que vê, pensa ou sente, ao contrário do que
acontece com o explicativo – texto que apresenta factos sobre
uma realidade.
Nesta unidade pretendemos apresentar a definição do texto
argumentativo; estrutura e vias de argumentação e de explicação,
no quadro do texto expositivo-argumentativo.
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Conceito da Argumentação
nosso entender
para referenciar espaço aqui, ali, lá, acolá, além, naquele lugar,
o lugar onde, ao lado de, à esquerda, à
direita, ao centro, no meio, mais
adiante
para expressar condição, se, a menos que, a não ser que, desde
hipótese que, supondo que, se por hipótese,
admitindo que, excepto se, se por
acaso
disjuntivas
a) Exposição do tema;
Vias de Argumentação
1. Via Lógica
Trata-se, neste primeiro percurso, de modelos de raciocínios
herdados das disciplinas ligadas ao pensamento: a indução, a
dedução, o raciocínio causal.
I. A Indução – é a forma habitual de pensar do
singular ao plural, do particular ao geral. Pode
tomar duas formas: totalizante, quando se
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Sumário
Em síntese:
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Exercícios
UNIDADE 2
O RELATÓRIO
Introdução
Na sua formação académica, a produção dos relatórios constitui
uma fase importantíssima, pois por meio dela o estudante (aluno)
será capaz de apresentar os dados de uma pesquisa.
Este trabalho permitirá que mais tarde, como profissional, possa
ter adquirido e desenvolvido a prática e o raciocínio crítico
necessários à elaboração de um artigo científico.
Ao completar esta unidade / lição, será capaz de:
Sumário
Em síntese:
O relatório é uma declaração formal dos resultados de uma
investigação feita por alguém, que em relação a ela recebeu
instruções de um outro, sob forma de pedido ou ordem.
Apresenta como características:
Uma linguagem simples, clara, objectiva e precisa;
A clareza do raciocínio,
Ser conciso e coerente;
As afirmações devem ser factuais e não opiniões sem
fundamentos;
Evitar o excesso de conclusões.
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Exercícios