Língua Portuguesa II: Universidade Católica de Moçambique Centro de Ensino À Distância
Língua Portuguesa II: Universidade Católica de Moçambique Centro de Ensino À Distância
Língua Portuguesa II: Universidade Católica de Moçambique Centro de Ensino À Distância
Língua Portuguesa II
Código: (P0183)
Módulo Único
24 Unidades
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Agradecimentos
A Universidade Católica de Moçambique-Centro de Ensino à Distância e os autores
do presente manual, dr. Jane Mutsuque, agradecem a colaboração dos seguintes
indivíduos e instituições na elaboração deste manual.
Índice
Visão Geral 5
Bem-vindo à Língua Portuguesa II ........................................................................... 5
Objectivos da cadeira ................................................................................................. 6
Quem deveria estudar este módulo?........................................................................ 6
Como está estruturado este módulo......................................................................... 7
Ícones de actividade................................................................................................... 8
Habilidades de estudo................................................................................................ 8
Precisa de apoio? ....................................................................................................... 9
Tarefas (avaliação e auto-avaliação)........................................................................ 9
Avaliação ................................................................................................................... 10
Sumário ..................................................................................................................... 59
Exercícios .................................................................................................................. 60
Visão Geral
Objectivos da cadeira
Páginas introdutórias
Um índice completo.
Conteúdo da cadeira
A cadeira está estruturada em unidades de aprendizagem.
Cada unidade incluirá, o tema, uma introdução,
objectivos da unidade, conteúdo da unidade incluindo
actividades de aprendizagem, um sumário da unidade e
uma ou mais actividades para auto-avaliação.
Outros recursos
Para quem esteja interessado em aprender mais,
apresentamos uma lista de recursos adicionais para você
explorar. Estes recursos podem incluir livros, artigos ou sites
na internet.
Comentários e sugestões
Esta é a sua oportunidade para nos dar sugestões e fazer
comentários sobre a estrutura e o conteúdo da cadeira. Os
seus comentários serão úteis para nos ajudar a avaliar e
melhorar este manual.
Ícones de actividade
Habilidades de estudo
Evite plágio.
Centro de Ensino à Distância 9
Precisa de apoio?
Caro estudante:
Os tutores têm por obrigação monitorar a sua aprendizagem,
dai o estudante ter a oportunidade de interagir
objectivamente com o tutor, usando para o efeito os
mecanismos apresentados acima.
Avaliação
Introdução
Nesta que é a primeira unidade nos ocuparemos a falar da
argumentação. O discurso argumentativo é aquele que visa
intervir sobre as opiniões, atitudes ou comportamentos do
interlocutor ou de um auditório tornando credível ou aceitável
um enunciado. Este, tem, pois, a intenção de argumentar –
impor a força ilocutória - para alcançar o efeito de persuadir,
de modificar opiniões ou crenças do interlocutor.
Texto
Odeio telefonemas e telefones
Gosto de atendedores
Sumário
Argumentar é expressar uma convicção e uma explicação
para persuadir o interlocutor a modificar o seu
comportamento para tomar o nosso ponto de vista.
Exercícios
1. Analise os elementos do texto “Odeio telefonemas…”, do
ponto de vista temático, das teses, argumentos e
organização retórica.
2. Utilizando os conhecimentos adquiridos, produza um
texto argumentativo com um tema sua escolha.
Centro de Ensino à Distância 15
Introdução
O uso, ou conhecimento dos recursos estilísticos é essencial
para a interpretação de enunciados literários em diferentes
aulas de ensino de Língua Portuguesa. Nesta unidade
didáctica vamos estudar alguns desses recursos de língua.
Sumário
Análise estilística de um texto é um percurso de
levantamento dos elementos estruturantes e constitutivos de
um dado texto ou intervenção linguística.
Exercícios
1. Liste e explique 10 recursos estilísticos que conhece.
2. Atente ao texto:
PAUSA
Quando pouso os óculos sobre a mesa para uma pausa na leitura
de coisas feitas ou na leitura de minhas próprias coisas
surpreendo-me a indagar com que se parecem os óculos sobre a
mesa.
E dai?
– Mais o melhor -pondera-me, com a sua voz pausada, o meu
Sancho Pança –, o melhor é repor depressa os óculos no nariz.
Introdução
Vamos agora, nesta unidade, mudar um pouco o assunto
que até então vínhamos tratando. Vamos falar de uma das
classes gramaticais – a morfologia. Dentro desta vamos
reflectir sobre algumas das suas subclasses, neste caso o
substantivo.
Definir morfologia;
Classificar os vocábulos da língua portuguesa;
Definir substantive;
Objectivos
Classificar os substantivos;
Fazer a flexão dos substantivos.
Quanto ao Tipo
Quando se referir a especificação dos seres, pode ser
classificado em:
Concreto: designa seres que existem ou que podem
existir por si só. Ex.: casa, cadeira.
Quanto ao Número
Os substantivos apresentam singular e plural.
Nos substantivos simples, para formar o plural,
acrescenta-se à terminação em n, vogal ou ditongo o s. Ex:
elétron/ elétrons, povo/ povos, caixa/ caixas, cárie/ cáries; a
terminação em ão, por ões, ães, ou ãos; as terminações em
s, r, e z, por es; terminações em x são invariáveis;
terminações em al, el, ol, ul, trocam o l por is, com as
seguintes exceções: "mal" (males), "cônsul" (cônsules),
"mol" (mols), "gol" (gols); terminação em il, é trocado o l por
is (quando oxítono) ou o il por eis (quando paroxítono).
Quanto ao Grau
Obs: Grau não é Flexão, é derivação. Os substantivos
possuem três graus, o aumentativo, o diminutivo e o
normal que são formados por dois processos:
Analítico: o substantivo é modificado por adjectivos
Centro de Ensino à Distância 30
Sumário
Exercícios
Introdução
Continuamos nesta unidade a fazer uma reflexão sobre a
morfologia. Desta vez vamos falar dos determinantes e sua
função nos sintagmas.
Definir o determinante;
Determinar a função de um determinante dentro de
uma frase;
Objectivos Definir o artigo.
Sumário
Exercícios
Introdução
Ainda nesta senda das classes morfológicas vamos nesta
unidade fazer referência a constituição dos adjectivos e dos
advérbios. Pretende-se neste dois elementos conhecer os
seus constituintes, suas flexões e suas relações com outros
constituintes frásicos.
o Homens arrogantes
o Mulheres arrogantes
Observação:
Comparativo de Superioridade
Mais + ADJETIVO + que (do que ou entre)
João é mais alto do que a Joana.
João é mais estudioso do que Chissano.
Comparativo de Igualdade
Tão + ADJETIVO + quanto (como). Exemplos:
1. Carlos é tão forte quanto Júnior.
2. O ferro é tão útil quanto o zinco.
3. A água é tão necessária quanto o ar.
4. Jean é tão alto quanto Nandinho.
5. Marlene é tão inteligente quanto Eliane
6. Danilo é tão bonito quanto Paulo.
Comparativo de Inferioridade
Menos + ADJETIVO + que. Exemplos:
1. Rebeca é menos veloz que Pietro.
2. Roberto é menos esperto que Carla.
3. Hebe é menos bonita que Juliana Paes.
4. Lidia é menos elegante que Carla.
Centro de Ensino à Distância 39
Grau Comparativo
a. Grau Comparativo de Superioridade: Ex. "A cidade
Obs.:
- Os advérbios que se relacionam ao verbo são palavras que
expressam circunstâncias do processo verbal, podendo
assim, ser classificados como determinantes. Por exemplo:
Ninguém manda aqui!
Mandar: verbo
Aqui: advérbio de lugar = determinante do verbo
Saiba que:
- Para se exprimir o limite de possibilidade, antepõe-se ao
advérbio o mais ou o menos. Por exemplo:
Ficarei o mais longe que puder daquele garoto. Voltarei o
menos tarde possível.
IMPORTANTE:
Distinção entre Advérbio e Pronome Indefinido:
Há palavras como muito, bastante, etc., que podem
aparecer como advérbio e como pronome indefinido.
Advérbios Interrogativos
São as palavras: onde? Aonde? Donde? Quando? Como?
Por que? Nas interrogações directas ou indirectas,
referentes às circunstâncias de lugar, tempo, modo e causa.
Veja:
Interrogação Directa Interrogação Indirecta
Como aprendeu? Perguntei como aprendeu.
Onde mora? Indaguei onde morava.
Por que choras? Não sei por que riem.
Aonde vai? Perguntei aonde ia.
Donde vens? Pergunto donde vens.
Quando voltas? Pergunto quando voltas.
Grau Comparativo
Forma-se o comparativo do advérbio do mesmo modo
que o comparativo do adjectivo:
a. de igualdade: tão + advérbio + quanto (como). Por
exemplo: Renato fala tão alto quanto João.
b. de inferioridade: menos + advérbio + que (do que).
Por exemplo: Renato fala menos alto do que João.
c. de superioridade:
Analítico: mais + advérbio + que (do que). Por
exemplo: Renato fala mais alto do que João.
Sintético: melhor ou pior que (do que). Por
exemplo: Renato fala melhor que João.
Grau Superlativo
O superlativo pode ser analítico ou sintético:
a. Analítico: acompanhado de outro advérbio.
Por exemplo: Renato fala muito alto.
o Muito = advérbio de intensidade
o Alto = advérbio de modo
b. Sintético: formado com sufixos.
Por exemplo: Renato fala altíssimo.
Atenção:
Não confunda locução adverbial com a locução
prepositiva. Nesta última, a preposição vem sempre depois
do advérbio ou da locução adverbial.
Por exemplo:
Perto de, antes de, dentro de, etc.
Centro de Ensino à Distância 47
Sumário
Exercícios
Introdução
Nesta unidade vamos debruçar acerca do verbo. Para além
do conceito, vamos estudar a estrutura do verbo, a
classificação, as formas de classificação, os modos verbal,
aspecto verbal e voz verbal.
Definir verbo
Indicar a estrutura do verbo
Classificar os verbos
Objectivos Flexionar os verbos
Definir aspecto verbal
Distinguir verbos na voz activa e passiva
Obs.:
O verbo pôr, assim como seus derivados (compor, repor,
depor, etc.), pertencem à 2ª conjugação, pois a forma arcaica
do verbo pôr era poer. A vogal "e", apesar de haver
desaparecido do infinitivo, revela-se em algumas formas do
verbo: põe, pões, põem, etc.
Centro de Ensino à Distância 50
Observe:
- Quando o vi, cumprimentei-o. O aspecto é perfeito, pois o
processo está concluído.
Formas Nominais
Além desses três modos, o verbo apresenta ainda formas que
podem exercer funções de nomes (substantivo, adjectivo,
advérbio), sendo por isso denominadas formas nominais.
Observe:
a) Infinitivo Impessoal: exprime a significação do verbo de
modo vago e indefinido, podendo ter valor e função de
substantivo. Por exemplo:
Viver é lutar. (= vida é luta)
É indispensável combater a corrupção. (= combate à)
colocação.
c) Gerúndio: o gerúndio pode funcionar como adjectivo ou
advérbio. Por exemplo:
Saindo de casa, encontrei alguns amigos. (função de
advérbio)
Nas ruas, havia crianças vendendo doces. (função
adjectivo)
Obs.:
Não confundir o emprego reflexivo do verbo com a noção de
reciprocidade. Por exemplo:
Os lutadores feriram-se. (um ao outro)
Obs.:
O agente da passiva geralmente é acompanhado da
Centro de Ensino à Distância 58
Obs.:
É menos frequente a construção da voz passiva analítica com
outros verbos que podem eventualmente funcionar como
auxiliares. Por exemplo:
A moça ficou marcada pela doença.
exemplo:
Abriram-se as inscrições para o concurso.
Destruiu-se o velho prédio da escola.
Obs.:
O agente não costuma vir expresso na voz passiva sintética.
Curiosidade:
A palavra passivo possui a mesma raiz latina de paixão (latim
passio, passionis) e ambas se relacionam com o significado
sofrimento, padecimento. Daí vem o significado de voz
passiva como sendo a voz que expressa a acção sofrida pelo
sujeito.
Sumário
Exercícios
Introdução
A partir desta unidade vamos passar a falar da sintaxe, do
funcionamento das orações. Especificamente vamos falar da
relação de subordinação em frases relativas e integrantes.
7.1. Conceito
Frase complexa é aquela que é constituída por duas ou mais
orações. Para passar da frase simples à frase complexa faz-
se por meio de dois processos: a coordenação e
subordinação.
Sumário
Exercícios
Introdução
Ainda sobre orações subordinadas, vamos nesta unidade
focar a nossa atenção para os advérbios.
8.1.1. Causais
As orações causais são aquelas que modificam a oração
principal apresentando uma circunstância de causa, isto é,
respondem à pergunta "por quê?" feita à oração principal.
Exemplos:
Carlos saiu porque precisava.
Amadeu não saiu porque estava frio.
Nilo Lusa deixou o magistério porquanto sua saúde
era precária.
8.1.2. Comparativas
São orações comparativas aquelas que correspondem ao
segundo termo de uma comparação. Exemplos:
Marisa é tão boa digitadora quanto Teresa
"A preguiça gasta a vida como a ferrugem consome o ferro".
São conjunções comparativas: como, mais do que, assim
como, bem como, que nem (como), tanto quanto.
Centro de Ensino à Distância 66
8.1.2. Consecutivas
Orações consecutivas são aquelas que são introduzidas por
um termo intensivo que vem em seguida à oração principal,
acrescentando-lhe ideias e explicações, ou completando-a,
ou tirando uma conclusão. Exemplos:
O Plano de Estabilização Económica foi tão cercado
de flores de todos os lados que não percebemos suas
consequências menos interessantes.
Onde estás, Eliana, que não te vejo!
O Octávio bebia tanto que morreu afogado no seu
próprio vómito.
Faça seu trabalho de tal modo que não venha a
lastimar-se do resultado que dele possa advir.
8.1.4. Concessivas
Orações concessivas são aquelas que se caracterizam pela
ideia de concessão que transmitem à oração principal.
Exemplos:
Ainda que faça frio, o jogo realizará.
Cristiano foi ao parque, embora estivesse chovendo.
Ainda que eu falasse a língua dos homens e falasse a
língua dos anjos, sem amor eu nada seria.
8.1.5. Condicionais
Orações condicionais são aquelas que se caracterizam por
transmitir ideias de condição à oração principal. Exemplos:
Se o filme for ruim, sairei do cinema.
Caso tivesse realizado as obras necessárias, não
teria perdido a eleição.
8.1.6. Conformativas
São orações conformativas aquelas que indicam o modo
como ocorreu a acção expressa na oração principal.
Exemplos:
Conforme as últimas notícias, o mundo corre risco de
uma guerra generalizada.
Realizei seus desejos como você me havia sugerido.
Escrevi carta burocrática, segundo o estilo oficial
estabelece.
8.1.7. Finais
As orações finais são aquelas que indicam o fim ou
finalidade à oração principal. Exemplos:
É preciso que haja políticos de concepções liberais
extremadas para que os conservadores não reduzam
os homens a títeres.
Acenei-lhe para que silenciasse…
Centro de Ensino à Distância 68
8.1.8. Proporcionais
As orações proporcionais são aquelas que transmitem ideia
de proporcionalidade à ideia principal. Exemplos:
À proporção que o tempo passa, a agonia recrudesce.
O barulho de algazarra aumenta à medida que se aproxima
das crianças.
8.1.9. Temporais
São temporais aquelas orações que indicam relação de
tempo naquilo que se refere à acção expressa pela oração
principal. Exemplos:
Enquanto leio poesia, recupero o equilíbrio emocional.
Cada vez que eu penso, te sinto, te vejo...
Sumário
Exercícios
Introdução
Nesta unidade vamos falar de um aspecto muito importante
para a comunicação interpessoal, são os actos de fala.
Vamos procurar compreender o funcionamento dos actos
ilocutório.
Sumário
Exercícios
Introdução
Nesta unidade vamos fazer uma reflexão sobre a
publicidade e sua influência na comunicação inter e multi
pessoal.
Exemplo:
Texto
A supercaneta
- Senhoras, cavalheiros, estudantes, professores, jornalistas,
escritores, poetas, todos os que vivem da pena, para a pena, pela
pena, esta é a caneta ideal, a melhor caneta do mundo! E custa
apenas cem escudos!
Deve ser:
o Conciso; Persuasivo; Informativo.
o E deve ser tudo isso ao mesmo tempo.
Possui um texto:
o Verbal: título, slogan, marca, etc.
o Não-verbal: fotografia, cor, layout, etc.
Sumário
Exercícios
Introdução
Nesta unidade didáctica vamos falar sobre as relações
lexicais, mais propriamente das relações de hiperonímia,
hiponímia, homonímia e polissemia.
11.1. Hiperonímia/Hiponímia
Hiponímia - é a relação de sentido não simétrica existente
entre duas palavras e estabelecida segundo critérios de
inclusão.
11.2. Homonímia
Homonímia – é a relação entre unidades lexicais que têm
as mesmas formas gráficas e fonética, mas significados
diferentes.
Ex: O homem pôs termo à discussão.
Não me lembro do termo que ele empregou.
11.3. Polissemia
Polissemia – designa o facto de que um mesmo significante
recobre significados diferentes entre os quais existe uma
intersecção semântica. Tendo a mesma grafia e fonia, têm
vários significados relacionados de forma muito próxima.
Ex: Ele foi chicoteado com um flagelo.
Foi flagelo aquele naufrágio.
Sumário
Exercícios
Introdução
Existem vários processos de formação de palavras na
Língua Portuguesa. Esses processos foram usados ao longo
da história do idioma e podem ser usados actualmente para
a criação de neologismos, quando se quer criar uma palavra
para um conceito até então desconhecido.
12.2. Composição
A composição consiste em formar uma nova palavra pela
união de duas bases. Existem quatro processos de
composição, a saber:
12.3. Estrangeirismo
12.4. Calão
Uma palavra de baixo calão, popularmente conhecida
como palavrão, é um vocábulo que pertence à categoria de
gíria e, dentro desta, apresenta chulo, impróprio, ofensivo,
rude, obsceno, agressivo ou imoral sob o ponto-de-vista de
algumas religiões ou estilos de vida. Palavras de baixo
calão, calão de baixo nível em Portugal ou simplesmente,
palavrões, são formas inadequadas na norma culta da língua
portuguesa e geralmente usados de forma popular e
coloquial, excepto por licença poética.
12.5. Gíria
Gíria é um fenómeno de linguagem especial usada por
certos grupos sociais pertencentes à uma classe ou a uma
profissão em que se usa uma palavra não convencional para
designar outras palavras formais da língua com intuito de
fazer segredo, humor ou distinguir o grupo dos demais
Centro de Ensino à Distância 91
Gíria de grupo
A gíria de grupo é usada por grupos sociais fechados e
restritos, que têm comportamento diferenciado. Possui
carácter criptográfico, ou seja, é uma linguagem codificada
de tal forma que não seja entendida por quem não pertence
ao grupo. O uso de termos gírios dá aos falantes um
sentimento de superioridade, serve como signo de grupo,
contribuindo para o processo de auto-afirmação do
indivíduo. Expressa a oposição aos valores tradicionais da
sociedade e preserva a segurança do grupo, pois em
determinadas situações a comunicação é nula com aqueles
que não pertencem a ele. Quando o significado das gírias
sai do âmbito do grupo, novos termos são criados para que
se mantenha seu carácter criptográfico. Por isso trata-se de
algo efémero, em constante renovação.
Gíria comum
Quando o uso da gíria de grupo expande-se, passa a fazer
parte do léxico popular e torna-se uma gíria comum. É usada
para aproximar os interlocutores, passar uma imagem de
modernidade, quebrar a formalidade, possibilitar a
identificação com hábitos e falantes jovens e expressar
agressividade e injúria atenuada. Torna-se um importante
recurso da comunicação devido a sua expressividade.
12.6. Neologismos
Neologismo é um fenómeno linguístico que consiste na
criação de uma palavra ou expressão nova, ou na atribuição
de um novo sentido a uma palavra já existente. Pode ser
fruto de um comportamento espontâneo, próprio do ser
humano e da linguagem, ou artificial, para fins pejorativos ou
não.
Exemplos:
A palavra espiritismo (fr. spiritisme) surgiu como um
neologismo criado pelo pedagogo francês Allan Kardec,
utilizado pela primeira vez na introdução de O Livro dos
Espíritos (1857), para nomear especificamente o corpo de
idéias por ele sistematizadas, diferenciando-o do movimento
espiritualista em geral.
Sumário
Exercícios
Introdução
Nesta décima terceira unidade vamos falar da crónica:
conceito, principais características, natureza e sua
linguagem.
Definir crónica
Descrever as principais características da crónica
Objectivos
Indicar natureza e linguagem
Indicar tipos de crónicas
Analisar um texto
13.1. Conceito
Uma crónica (português europeu) é uma narração, segundo
a ordem temporal. O termo é atribuído, por exemplo, aos
noticiários dos jornais, comentários literários ou científicos,
que preenchem periodicamente as páginas de um jornal.
13.2. Características
A crónica é, primordialmente, um texto escrito para ser
publicado no jornal. Assim o fato de ser publicada no jornal
já lhe determina vida curta, pois à crónica de hoje seguem-
se muitas outras nas próximas edições.
Crónica Descritiva
Ocorre quando uma crónica explora a caracterização de
seres animados e inanimados em um espaço, viva como
uma pintura, precisa como uma fotografia ou dinâmica como
um filme publicado.
Crónica Narrativa
Tem por eixo uma história, o que a aproxima do conto. Pode
ser narrado tanto na 1ª quanto na 3ª pessoa do singular.
Texto lírico (poético, mesmo em prosa). Comprometido com
fatos quotidianos ("banais", comuns).
Crónica Dissertativa
Opinião explícita, com argumentos mais "sentimentalistas"
do que "racionais" (em vez de "segundo o IBGE a
Centro de Ensino à Distância 100
Sumário
Exercícios
Texto
O futebol espanhol, nosso único vizinho, não pára de nos
fornecer bons exemplos de reflexão. Um deles é o desta
renovada equipa comandada por Xavier Clemente, o mais
categorizado treinador espanhol e que, por isso mesmo,
ascendeu ao cargo de seleccionador nacional. Em Espanha,
como em qualquer país com uma opinião pública
minimamente exigente, seria impensável colocar à frente da
selecção um técnico de terceira linha, baratinho, sem clube
que o queira, amigo da malta, com um irmão porreiro e que
é um alho nos negócios.
Nada disso.
Introdução
Vamos falar nesta unidade sobre a estrutura de texto:
estrutura difusa e estrutura compacta.
Sumário
Exercícios
Introdução
Nesta unidade vamos falar sobre os sistemas de análise
textual, a microestrutura, superestrutura, hiperestrutura,
macrostrutura e superstrutura.
15.1. Superestrutruras
As superestrutruras ou hiperestruturas representam as
estruturas globais que caracterizam tipos diferentes de texto,
independentes do conteúdo, isto é, da macroestrutura. É
uma estrutura global que caracteriza a tipologia textual, isto
é, apresenta-se como uma espécie de esquema ao qual o
próprio texto se adapta. Do ponto de vista estrutural, refere-
se a todo o texto quando se diz narrativo, dissertativo ou
descritivo, etc.
Sumário
Exercícios
Introdução
Ainda sobre a análise do texto, vamos nesta unidade falar
sobre a coesão textual.
16.1. Conceito
Os conceitos de coesão (ligação das palavras entre si,
segundo as regras ou mecanismos da gramática da língua) e
de coerência (ligação lógica das ideias) estão intimamente
ligados.
O cão e a lebre
Um cão de caça espantou uma lebre para fora de sua toca, mas
depois de longa perseguição, ele parou a caçada. Um pastor de
cabras vendo-o parar, ridicularizou-o dizendo:
“Aquele pequeno animal é melhor corredor que você”.
Sumário
Exercícios
Introdução
Ainda sobre análise de texto, vamos nesta unidade falar
sobre a coerência textual.
Sumário
Exercício
Introdução
Nesta unidade vamos falar de um outro tipo de elaboração
textual, a entrevista. Vamos procurar entender o
funcionamento deste instrumento e sua importância para
uma investigação.
Sumário
Exercícios
Introdução
Ainda sobre instrumentos de investigação, vamos nesta
unidade falar do inquérito: linguagem, vantagens e
desvantagens e seus principais tipos.
Definir inquérito;
Indicar as principais marcas e linguagem do inquérito;
Objectivos
Indicar as vantagens e desvantagens do inquérito;
Indicar os diferentes tipos de inquéritos
Diferenciar a entrevista do inquérito;
Sumário
Exercícios
Introdução
Nesta que é a vigésima vamos falar de dois documentos
administrativos: o aviso e a circular. Pretendemos para além
de conceituar, apresentar diferenças mais evidentes.
Sumário
Exercícios
Introdução
A partir desta unidade vamos mudar um pouco daquilo que
era a nossa temática. Vamos entrar para a literatura, mais
propriamente da poesia lírica.
Influência Tradicional
Corrente tradicionalista (Medida Velha)
Corrente renascentista (Medida Nova)
Centro de Ensino à Distância 130
Recursos Estilísticos
Anáfora: Repetição intensional de uma palavra ou
palavras no início de frases ou versos seguintes, para
destacar o que se repete.
Centro de Ensino à Distância 131
Sumário
Exercícios
Introdução
Ainda sobre os aspectos literários e sobre os textos poéticos
vamos nesta unidade falar sobre a métrica e seu
funcionamento na classificação dos textos poéticos.
Conceituar a métrica
Indicar a estrutura da métrica
Objectivos
Efectuar a escansão métrica
Distinguir a métrica clássica da métrica medieval.
Versos
“Um pouco mais de sol eu era brasa.
Quando eu passo no Saara amortalhada.”
Divisão Silábica
Um - pou - co - mais - de - sol - eu - e - ra - bra - sa.
Quan - do - eu - pas - so - no - Saa - ra - a - mor - ta - lha-
da.
Escansão Métrica
Um 1/ pou 2/ co 3/ mais 4/ de 5/ sol 6/ eu 7/ e 8/ ra 9/ bra 10/ sa.
3 10
Quan 1/ doeu 2/ pa / sso 4/ no 5/ Sa 6/ a 7/ raamor 8/ ta 9/ lha / da.
Tipos de Verso
A um número de sílabas métricas em determinado verso
podem ser atribuídos nomes:
Dodecassílabo: 12 sílabas
Ins | pi | ra | do^a | pen | sar | em | teu | per | fil | di | vi | (no)
1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12
Alexandrino - Dodecassílabo com tónica na sexta e
na décima segunda sílaba, formando dois
hemistíquios.
Decassílabo: 10 sílabas (muito comum em sonetos e
presente em Os Lusíadas de Luís de Camões)
Não | tens | que | ças | da | que | lea | mor | ar | den | (te)
1 2 3 4 5 6 7 8 9 10
Heróico - Decassílabo com sílabas tônicas nas
posições 6 e 10.
Sáfico - Decassílabo com sílabas tônicas nas
posições 4, 8 e 10.
Martelo - Decassílabo Heróico com tônicas nas
posições 3, 6 e 10.
Gaita Galega ou Moinheira - Decassílabo com
tônicas nas posições 4, 7 e 10.
Eneassílabo: 9 sílabas.
Nos | sos | pais | con | du | zis | te^à | vi | tó | (ria)
1 2 3 4 5 6 7 8 9
Redondilha maior ou heptassílabo: 7 sílabas
Se | nho | ra, | par | tem | tão | tris | (tes)
1 2 3 4 5 6 7
Redondilha menor: 5 sílabas
Tan | tos | gri | tos | rou | (cos)
1 2 3 4 5
Centro de Ensino à Distância 136
Sumário
Exercícios
/Fatigado eu corri/
Introdução
Continuamos a falar do papel de Camões na literatura
portuguesa. Nesta unidade vamos falar sobre o texto épico
na literatura.
23.1. A Epopeia
A epopeia é um género narrativo de fundo histórico que
recorre à linguagem ritmada, para narrar poeticamente os
feitos, tradições e ideias de um povo e as aventuras dos
heróis. Assim, acontecimentos reais e imaginários são
transmitidos oralmente dando origem a uma grande
variedade de versões.
Sumário
Exercícios
Introdução
Nesta que é a última unidade vamos falar de uma outra
tipologia de elaboração textual: o drama. Vamos procurar
compreender algumas das suas características e o papel do
seu precursor Gil Vicente.
Sumário
Texto dramático é entendido como aquele que se integra na
forma literária do drama e implica uma comunicação directa
das personagens entre si e com os receptores do enunciado.
Exercícios
Referências Bibliográficas