Soares, Emilly v. C. Borges Et Al. Anatomia (Caps. 1 e 2)
Soares, Emilly v. C. Borges Et Al. Anatomia (Caps. 1 e 2)
Soares, Emilly v. C. Borges Et Al. Anatomia (Caps. 1 e 2)
à Anatomia
Orientada
para a Clínica
SUMÁRIO
1. Definição de Anatomia.................................................................................................. 3
2. Posição Anatômica....................................................................................................... 4
3. Planos Anatômicos....................................................................................................... 5
4. Termos de Movimento.................................................................................................. 6
5. Variações anatômicas.................................................................................................. 6
6. Conclusão...................................................................................................................... 8
Referências......................................................................................................................... 9
Autor: Allison Diêgo da Silva Bezerra
1. DEFINIÇÃO DE ANATOMIA
• Plano mediano (sagital mediano): Este plano divide o corpo em duas partes, es-
querda e direita. O plano sagital mediano ou médio divide o corpo em duas partes
iguais, esquerda e direita.
• Planos sagitais: São planos verticais que atravessam o corpo, paralelos ao plano
mediano, dividindo as estruturas em duas partes, direita e esquerda não neces-
sariamente do mesmo tamanho.
• Plano frontal (ou coronal): Este plano divide o corpo em duas partes, anterior
(frente) e posterior (atrás).
• Plano transversal (ou axial): Este plano divide o corpo em duas partes, superior
(cima) e inferior (baixo). Planos que atravessam o corpo em ângulos retos aos
planos mediano e frontal.
• Flexão: Este é o movimento que diminui o ângulo entre duas partes do corpo,
aproximando a estrutura do ponto de referência, como dobrar o cotovelo.
• Extensão: Este é o movimento que aumenta o ângulo entre duas partes do corpo,
afastando a estrutura do ponto de referência, como endireitar o cotovelo.
• Abdução: Este é o movimento de uma parte do corpo para longe do plano médio
do corpo, como mover o braço para longe do corpo.
• Adução: Este é o movimento de uma parte do corpo em direção ao plano médio
do corpo, como mover o braço para perto do corpo.
• Rotação: Este é o movimento de uma parte do corpo em torno de seu eixo, como
girar a cabeça de um lado para o outro.
5. VARIAÇÕES ANATÔMICAS
Muitas das estruturas que compõem o corpo humano são comuns para todos os
indivíduos. No entanto, em alguns casos, podem estar presentes alterações nessas
estruturas que são comuns para a maioria das pessoas. Esse conceito é conhecido
como variações anatômicas.
Essas variações podem ocorrer em diversos níveis, desde o nível celular até a estru-
tura de órgãos e sistemas completos do corpo. As variações anatômicas podem sofrer
influência tanto de fatores genéticos quanto de fatores ambientais, sendo, portanto,
influenciadas pela idade, sexo e biotipo do indivíduo. Os biotipos são divididos em três
grupos principais:
A anatomia é uma ciência fundamental na medicina que estuda a estrutura dos orga-
nismos. A compreensão da posição anatômica, dos planos anatômicos e dos termos
de movimento é essencial para a prática médica. A anatomia fornece a base para a
compreensão da fisiologia e da patologia, e é crucial para o diagnóstico e o tratamento
das doenças.
Macroscopica Sagital
Microscopica Coronal
Transversal
Termos de Movimento
Aducão Rotacão
Escrito por Allison Diêgo da Silva Bezerra em parceria com inteligência artificial via chat GPT 4.0.
Sanar
Rua Alceu Amoroso Lima, 172, 3º andar, Salvador-BA, 41820-770
Introdução à
Neuroanatomia
SUMÁRIO
1. Alguns aspectos filogênicos do sistema nervoso.................................................3
2. Planos anatômicos..............................................................................................5
Referências.........................................................................................................................21
1. ALGUNS ASPECTOS FILOGÊNICOS
DO SISTEMA NERVOSO
O sistema nervoso é um dos principais agentes responsáveis pelas extraordinárias
capacidades humanas, além dos processos de perceber, agir, aprender e lembrar. Tais
atividades só foram possíveis por meio da atividade de bilhões de células compo-
nentes do tecido neuronal (neurônios e neuroglias), conferindo a nós a consciência, o
pensamento e o comportamento.
Dessa forma, a neuroanatomia entra como o estudo de tal sistema, num parâmetro
macroscópico, observando suas generalidades e particularidades. Além disso, é impor-
tante sabermos que esse sistema está intimamente relacionado ao processo evolutivo
dos seres vivos, de tal forma, que a sua adaptação foi possível a partir do desenvolvimen-
tos de três propriedades básicas:
Introdução à Neuroanatomia 3
Com o aparecimento de seres mais complexos, como os animais, suas células,
que obedecem a essas propriedades, se especializaram – as células da contratilida-
de se tornaram as musculares primitivas, passando a ocupar posições mais internas
nesses organismos, perdendo, assim, contato com o meio externo. No entanto, na
superfície externa desses animais, surgiram células bem diferenciadas, sendo elas
responsáveis pela captação de estímulos (irritabilidade), os redirecionando-os para
as células musculares (condutibilidade).
Essas novas células, especializadas tanto na irritabilidade como na condutibilida-
de, consistem nos primeiros neurônios. Esse tipo celular, sendo a unidade fundamen-
tal, com função básica de receber, processar e transmitir informação, é responsável
pela captação da informação, conduzi-la ao SNC (sistema nervoso central) e retrans-
miti-la para os órgãos alvos no corpo. Ademais, a depender de sua função, ela pode
ser considerada:
Propriedades
básicas dos
seres vivos
Introdução à Neuroanatomia 4
2. PLANOS ANATÔMICOS
Focando um parâmetro microscópico, a visualização da divisão anatômica do sis-
tema nervoso é muito facilitada com o entendimento da tridimensionalidade de suas
estruturas em nosso organismo. Para isso, vamos voltar aos conceitos de plano ana-
tômico, não sendo restrito ao estudo da neuroanatomia, mas muito utilizado na inter-
pretação da neuroimagem. Temos em número de 3 planos anatômicos principais:
Divisão anatômica
O sistema nervoso é dividido anatomicamente num componente central e num
periférico.
O sistema nervoso central (SNC) consiste nas estruturas nervosas localiza-
das dentro do esqueleto axial, sendo elas: a cavidade craniana e o canal vertebral.
Respectivamente a esses espaços, temos as seguintes estruturas que compõem o
SNC: o encéfalo e a medula espinhal. Juntos, eles formam o neuroeixo.
Introdução à Neuroanatomia 5
A estrutura mais cranial, o encéfalo, corresponde à verdadeira maquinaria no fun-
cionamento do nosso corpo, sendo a porção mais central dentro do crânio. Ela ainda
é subdividida em:
Introdução à Neuroanatomia 6
Neste material, vamos apenas introduzir e definir cada um desses componentes
do SNC, para, quando formos estudar cada qual em seus respectivos materiais, tere-
mos uma noção básica de sua definição, anatomia e função. Beleza?
Então, começando pelo cérebro, sabemos que ele é composto pelo telencéfalo
e pelo diencéfalo. A primeira estrutura consiste em dois hemisférios corticais e na
lâmina terminal. Cada hemisfério possui 3 polos (frontal, temporal e occipital), 3
margens (superior, medial e inferior), 5 lobos (frontal, parietal, temporal, occipital e
insular – sendo o último “escondido” pelo parênquima cortical) e 3 faces (dorsolate-
ral, medial e inferior). E são nessas faces que encontramos os sulcos e os giros, que
serão melhor estudados em próximos resumos.
Introdução à Neuroanatomia 7
O cerebelo, por sua vez, segue uma topografia anatômica semelhante ao cérebro:
possui dois hemisférios, unidos agora por um vérmis, localizado na linha media-
na; seu córtex cerebelar é percorrido por sulcos, delimitando folhas (e não giros!).
Diferente das demais estruturas já citadas, que estão localizadas no compartimento
supratentorial da base do crânio, o cerebelo se encontra no compartimento infraten-
torial. Ele é dividido em lobo flóculo-nodular, lobo anterior e lobo posterior. Na semio-
logia neurológica, testamos a funcionalidade do cerebelo principalmente durante os
exames de coordenação e equilíbrio.
Já como estrutura mais caudal do encéfalo, temos o tronco encefálico, também
sendo a porção mais primitiva dentre as outras. O tronco está intimamente relacio-
nado com o funcionamento da homeostase do corpo, sendo de extrema importância
para a manutenção da vida. Podemos evidenciar isso, por exemplo, por meio dos
exames feitos para diagnosticar morte encefálica, que testam se o tronco está fun-
cionante ou não. Profundamente a ele, temos diversos núcleos de pares cranianos,
além da formação reticular. Num ponto de vista anatômico, o tronco encefálico é di-
vidido em, no sentido craniocaudal: mesencéfalo, ponte e bulbo.
É bom lembrarmos que internamente ao encéfalo, temos estruturas chamadas de
ventrículos encefálicos, por onde circula o liquor, diminuindo o efeito do peso do en-
céfalo além de fornecer proteção mecânica a seus componentes.
Introdução à Neuroanatomia 8
Figura 5: Representações dos exames de coleta de LCR por punção lombar.
Fonte: Aldona Griskeviciene/Shutterstock.com
Como último componente do SNC, temos o mais caudal e primitivo, que é a me-
dula espinhal. Ela consiste numa massa cilindroide de tecido nervoso situado dentro
do canal vertebral da coluna, limitada superiormente pelo bulbo, ao nível do forame
magno, e inferiormente até a vértebra L2.
Introdução à Neuroanatomia 9
Já os gânglios, correspondem ao aglomerado de corpos neuronais localizados fo-
ra do SNC. Da mesma forma que os nervos, os gânglios também são caracterizados
como sensitivos ou motores (participam do sistema nervoso autônomo).
Por fim, as terminações nervosas, localizadas na extremidade das fibras consti-
tuintes dos nervos, também segue a mesma divisão: uma motora, formada pela placa
motora; e uma sensitiva, composta pelos exteroceptores (recebem estímulos do meio
externo), visceroceptores (recebem estímulos dos órgãos internos) e propriocepto-
res (informam o SNC sobre a posição do corpo ou sobre a força necessária para a
coordenação).
Introdução à Neuroanatomia 10
DIVISÃO ANATÔMICA DO SISTEMA NERVOSO
Telencéfalo
Cérebro
Diencéfalo
Bulbo
Cranianos
Nervos
Sistema Espinhais
nervoso
Gânglios
periférico
(SNP)
Terminações
nervosas
Introdução à Neuroanatomia 11
Divisão embriológica
Desde o início de sua formação, o tubo neural não possui calibre uniforme. Sendo
assim, sua dilatação possui certas irregularidades, formando distintas estruturas do
nosso SNC. A parte cranial, que formará o arquencéfalo ou encéfalo primitivo, se di-
lata à medida que ocorre seu desenvolvimento, diferente da porção mais caudal, que
dá origem à medula primitiva.
Vale ressaltar que não existe apenas um par de dilatações bilaterais no arquencé-
falo e sim três vesículas encefálicas primitivas. De cranial para caudal, temos:
Introdução à Neuroanatomia 12
• Prosencéfalo: com o desenvolvimento do embrião, é formado deste duas vesí-
culas, o telencéfalo e o diencéfalo.
• Durante o desenvolvimento do prosencéfalo, as vesículas telencefálicas
laterais crescem muito mais que as diencefálicas, ao ponto que, ao com-
pletar a formação do SNC do embrião, os hemisférios cerebrais oriundos
do telencéfalo escondem quase completamente a parte mediana dele
mesmo, além do diencéfalo.
• Mesencéfalo: durante o desenvolvimento embrionário, ele não se modifica.
• Rombencéfalo: dará origem ao metencéfalo (formando a ponte e o cerebelo) e
ao mielencéfalo (formando o bulbo).
Introdução à Neuroanatomia 13
Divisão fisiológica
O sistema nervoso, a partir de um viés fisiológico, pode ser dividido em sistema
nervoso somático e sistema nervoso visceral. Enquanto o primeiro está relacionado
com a forma que o organismo interage com o meio ambiente externo a ele, o segun-
do está relacionado com o controle das vísceras par a homeostasia corpórea. Além
dessas diferenças, tanto a divisão somática, como a divisão visceral possuem um
componente aferente e um outro eferente.
No caso do somático, seu componente aferente é responsável por conduzir ao
SNC os impulsos originados nos receptores periféricos, informando-os acerca do
mecanismo externo que causou essa irritação. Já o eferente atua levando as in-
formações processadas nos centros nervosos até os nossos músculos estriados
esqueléticos, realizando os movimentos voluntários. Temos como exemplo de uma
ação cooperativa entre esses dois componentes o arco reflexo.
Introdução à Neuroanatomia 14
DIVISÃO EMBRIOLÓGICA DO SISTEMA NERVOSO
Telencéfalo
Cérebro
Prosencéfalo Diencéfalo
Cerebelo e
Rombencéfalo Metencéfalo ponte
Mielencéfalo Bulbo
Introdução à Neuroanatomia 15
Em relação ao visceral, tanto o aferente como o eferente atuam na integração
das diversas vísceras visando a manutenção da constância do nosso meio interno.
Sendo assim, o componente aferente é responsável por conduzir os impulsos nervo-
sos originados em nossos visceroceptores até o nosso SNC. Já o eferente, atua le-
vando tais impulsos até nossas vísceras, enviando a resposta processada em nosso
centro nervoso até glândulas, músculos lisos ou músculo estriado cardíaco.
Introdução à Neuroanatomia 16
Diferenças anatômicas e farmacológicas entre
os sistemas simático e parassinpático
Componentes do sna Simpático Parassimpático
Toracolombar Craniossacral
Origem
(T1 à l2) (Tronco encefálico e S2 à S4)
Fibras
Curta Longa
pré-ganglionares
Fibras
Longa Curta
pós-ganglionares
Neurotransmissores
Acetilcolina Acetilcolina
(sinapse com gânglio)
Neurotransmissores
Noradrenalina* Acetilcolina
(sinapse com víscera)
Introdução à Neuroanatomia 17
• Núcleo de Edinger-Westphal – nervo oculomotor (III), que inerva os músculos
intrínsecos da pupila.
• Núcleo salivatório superior – nervo facial (VII), que inerva as glândulas sub-
mandibulares e sublinguais.
• Núcleo lacrimal – nervo facial (VII), que inerva a glândula lacrimal.
• Núcleo salivatório inferior – nervo glossofaríngeo (IX), que inerva as glândulas
parótidas.
• Núcleo motor dorsal do vago – nervo vago (X), responsável pelas funções pa-
rassimpática do trato digestório e cardiorrespiratório.
• Núcleo ambíguo – nervo vago (X), que inerva a laringe e a faringe.
Sistema Aferente
nervoso
somático Eferente
Simpático
Sistema Aferente
nervoso Parassimpático
visceral Eferente (SNA)
Introdução à Neuroanatomia 18
Divisão com base na segmentação ou
metameria
Introdução à Neuroanatomia 19
DIVISÃO COM BASE NA SEGMENTAÇÃO DO SISTEMA NERVOSO
Tronco encefálico
Sistema Cérebro
Sistema
nervoso
nervoso Medula espinhal
suprasseg-
segmentar
mentar Cerebelo
SNP
Unidade
funcional do
sistema
nervoso
Primeiros
neurônios
Irritabilidade Condutibilidade
Propriedades
básicas
Células musculares
Contratilidade
primitivas
Introdução à Neuroanatomia 20
REFERÊNCIAS
MACHADO, A.B.M. Neuroanatomia Funcional, 3ª ed., 2014.
MENESES, M.S. Neuroanatomia Aplicada, 3ª ed., 2011.
GRAY, H. Gray’s Anatomy, 41st, 2016.
BAEHR, M. Duus’ Diagnóstico Topográfico em Neurologia, 5ª ed., 2015.
KANDEL, E. R. Princípios de neurociências, 5ª ed. 2014
Introdução à Neuroanatomia 21
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