PDF Avaliação Psicopedagógica
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Prezado aluno,
Bons estudos!
1 ASPECTOS HISTÓRICOS E REGULAMENTAÇÃO DA PSICOPEDAGOGIA
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Na década de 1970, os problemas de aprendizagem eram reconhecidos como
fator orgânico na determinação da forma de tratamento, muitas vezes associados à
disfunção neurológica, ou seja, ainda mantendo a visão medicalizada de suas origens.
Nesse período, as altas taxas de evasão e repetência levaram alguns profissionais a se
concentrarem no diagnóstico e na intervenção dos problemas de aprendizagem.
Assim, para Fagali (2007), uma das matrizes que produziram cursos de
psicopedagogia foi o Instituto Sedes Sapietiae, quando mencionou que as raízes dos
cursos de formação em psicopedagogia são as geradoras de líderes de mudança que,
ao prosperarem, também passaram a formar membros da Associação de
Psicopedagoga em São Paulo.
Desta forma, a formação ocorre em todas as fases da nossa vida e constitui uma
aprendizagem contínua de experiência, mudança e conhecimento específico. No
entanto, a formação profissional e a aprendizagem específica é um processo que
possibilita a formação e a competência para exercer um oficio.
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A especialização em cada caso deve andar de mãos dadas com o antigo e o
novo, ou seja, no Brasil, o credenciador pode ser entendido como uma visão
corporativa. Estabelecemos que muitos comportamentos profissionais
regulamentados são legitimados socialmente (como vimos na psicopedagogia),
porém, exigem segurança de credenciamento. Esse reconhecimento em nossa
cultura ocorre quando a validade de um certificado de conclusão de curso é
emitido por um órgão regulador relevante para o campo nacional e refletido por
meio de leis e regulamentos. (NOFFS, 2016, p. 113)
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2 A ATUAÇÃO DA PSICOPEDAGOGIA
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A psicopedagogia clínica é realizada terapeuticamente, e os psicopedagogos que
atuam nas clínicas e se concentram em descobrir por que o sujeito não está aprendendo
e como ajudá-lo (BOSSA, 2000, p. 8). À medida que o trabalho se desenvolve, o
psicopedagogo colabora na construção da autoestima, levando assim o sujeito a
descobrir suas habilidades e talentos e construir seu conhecimento. O atendimento
clínico ocorre em centros de saúde e clínicas, geralmente de forma individual.
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Assim, um psicopedagogo pode atuar em escolas e empresas (pedagogia
institucional) e clínicas (pedagogia clínica), pois através de sua formação procura
preencher as lacunas encontradas na formação inicial de psicólogos e educadores,
utilizando uma abordagem e aprofundamento teórico e aspectos práticos.
Especificamente utilizado para realizar tarefas psicopedagógicas típicas em contexto
escolar.
Na perspectiva de Carvalho:
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Na visão de Gortázara (1995), as intervenções psicopedagógicas podem ocorrer
de diferentes formas ou em diferentes momentos antes que o tema seja explicado pelo
professor do grupo/turma; concomitantemente em sala de aula, ou após o assunto ter
sido explicado apenas em sala de aula.
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Como pode ser observado na literatura descrita, os psicopedagogos são
profissionais que se preparam para a prevenção, diagnóstico e tratamento das
dificuldades de aprendizagem escolar.
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por condições orgânicas e culturais. Cabe a esses profissionais identificar as rupturas no
processo de aprendizagem e mediar entre alunos, professores e familiares a utilização
de métodos de intervenção para estimular a aprendizagem, uma vez que a primeira
entrevista psicopedagógica deverá ser focada nos problemas familiares. Assim sendo, a
teoria da psicanálise estabelece que a aprendizagem não vai do simples ao complexo,
mas do complexo ao simples (do geral para o particular); e a complexidade é que dá
significado.
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multidimensional em que fatores orgânicos, cognitivos, afetivos, sociais e pedagógicos
influenciam os problemas de aprendizagem.
Com base em todas essas reflexões, vale também considerar as mudanças que
ocorreram na formação do educador para que ele desenvolva uma consciência de suas
habilidades, uma visão de como trabalhar em diferentes espaços tendo as ferramentas
para fazê-lo. Performances, fundamentos teóricos e recursos podem ser atuados de
forma completa e agregada dependendo do espaço disponível e das necessidades dos
alunos
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Inclusiva e Libra, na maioria das vezes, a má formação ou síndrome não representa
incapacidade para aprender coisas novas ou desenvolvimento cognitivo.
Assim como aqueles alunos que não conseguem aprender no chamado ambiente
formal, na faixa etária ideal, com a mesma capacidade de aprender, bagagem cultural e
conhecimento de suas próprias experiências, devem ser valorizados, compreendidos e
educados em uma forma que eles se sintam apreciados Maneira respeitosa. Nesse
raciocínio, Maria Glória Gohn afirma:
Nota-se que essas são apenas algumas das muitas disciplinas consideradas
essenciais para a formação de educadores, e todas respeitam a expertise de cada
disciplina e visam compreender coisas como infância, adolescência, política, história,
sociedade, cultura, criatividade e outros conceitos.
Começando com uma visão geral de como os educadores são formados, passa-
se a discutir como tudo isso prepara e contribui para o trabalho em um espaço
educacional formal ou informal e como eles aproveitam oportunidades, ideias e
desenvoltura. Vendo a necessidade e considerando as diversas barreiras (políticas,
econômicas e sociais) que impedem milhares de pessoas de aprender todos os anos, o
analfabetismo e a desigualdade estão aumentando no Brasil. A constatação de que as
pessoas não podem receber a educação formal de maneira tradicionalmente esperada
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cria na pedagogia a necessidade de considerar a atuação dos educadores em espaços
educativos não escolares.
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história, à cultura e ao contexto social, e que pode se desenvolver localmente. Em
contextos sociais e institucionais fora da escola, há necessidade de mediação e
expressão de saberes que contribuam para a construção do conhecimento e do
pensamento crítico e criativo de indivíduos em diferentes fases da vida e até mesmo de
comunidades inteiras.
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Esse entendimento pode e deve ser aplicado a qualquer área de ensino onde os
educadores pretendam focar nas necessidades dos alunos, trabalhando com eles
conteúdos que atendam às necessidades de formação exigidas para cada situação,
como nas escolas: em hospitais: o conteúdo necessário para que o estudante internado
possa acompanhar seus estudos sem prejuízo de compreensão e tempo; nas ONGs:
mediação pedagógica bem treinada, relacionada à teoria prática e consideração da
formação humana dos alunos; nos sistemas prisionais: enriquecimento do tempo que
essas pessoas passam na prisão para ajudá-los a reabilitar suas penas; nas
corporações: conhecimentos necessários para o desempenho dos funcionários suas
funções com maior apropriação, entre muitos outros espaços.
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absorvido. Uma sociedade educacional que visualiza o conhecimento como algo fluido,
transitando entre os mais diversos ambientes, classes sociais e ciclos de vida, carece
principalmente de material organizado e estruturado preparado para esse fim, que
possibilite a comunicação e a troca. O conhecimento não é apenas o principal polo de
crescimento da vida humana, mas um fator de desenvolvimento pessoal, no contexto de
novos modos de vida social‖, com poder de impactar positivamente na visão de
dignidade social, na luta por uma sociedade mais equilibrada e pela redução da
desigualdade social.
Neste contexto, deve-se notar que enquanto a Educação Não Formal é uma
alternativa para aqueles que não podem continuar seus estudos de forma tradicional, o
ensino fora da escola não é de maneira alguma um substituto para os métodos formais
e deve ser visto como um complemento e agregador que podem de certo modo incluir
associações formal e informal.
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é escasso o espaço para formar professores com foco específico ou pelo menos prontos
para trabalhar dessa forma.
Portanto, para que os educadores atuem de forma não formal na educação seja
verdadeiramente produtivo, os profissionais envolvidos devem estar preparados (desde
a graduação e ao longo de suas carreiras) para melhor atender as diversas necessidades
específicas possíveis, e compreender (através da observação, pesquisa e análise) as
peculiaridades de cada situação em que atuam (nos hospitais, empresas, unidades
prisionais, museus, ONGs, etc.).
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de novos grupos de interesse em aprender e a consequente atualização e ampliação de
o foco da prática docente, neste caso também inserido no processo de formação em
creches, hospitais (pedagogia hospitalar), empresas (pedagogia empresarial), etc., de
acordo com medidas socioeducativas (sociopedagogia), sindicatos, áreas jurídica e
psicológica (pedagogia jurídica e psicopedagogia), etc.
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Em todo o país, os profissionais da educação tiveram um começo difícil, pois o
programa de 1939 instaurou sérias complicações, o bacharel não contava com auxílios
no seu campo profissional, e os licenciados tiveram problemas por não terem uma área
de especialização, tornando-se um momento extremamente difícil profissionalmente. Era
complicado para um professor definir onde ele poderia desenvolver sua função e,
segundo o autor, essas dificuldades só foram amenizadas na década de 1960, quando
o currículo foi alterado para ajudar a formar professores focados em disciplinas de
ensino.
Outro documento legal baseado nas diretrizes da Carta Magna brasileira são as
Diretrizes Curriculares Pedagógicas Nacionais, publicadas desde 2006, que ampliam o
espaço, as atribuições, as funções, os perfis e os mercados da prática profissional
educacional para além do espaço do escolar, enfatizando o desempenho moral e o
impacto positivo no compromisso em diferentes fases do desenvolvimento humano.
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Por fim, a partir desta breve história da Educação, Pedagogia e Educação em
espaços Não Escolares, pode-se concluir que a ação instrucional está cada vez mais
consciente da necessidade de uma mediação fundamentada e determinada, capaz de
atuar com igual tato em espaços alternativos em espaços formais, ou seja, dispostos e
interessados em trocar conhecimentos contextualizados com vistas à transformação
libertadora de indivíduos críticos, autônomos e socialmente agregados.
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A pedagogia empresarial está associada ao departamento de recursos humanos
de uma empresa e tem como objetivo promover a aprendizagem e a qualificação através
do desenvolvimento de competências no ambiente de trabalho, desde a observação das
atividades desenvolvidas, até à aplicação de estratégias de promoção de bolsas.
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Os professores são como mediadores no processo de aprendizagem, através do
conhecimento teórico e prático aprendido ao longo da vida acadêmica, os alunos podem
perceber diferentes formas de adquirir conhecimentos prévios, utilizar problemas do
mundo real e identificar processos de aprendizagem e erros por meio da
experimentação. Através da prática e estudo das inúmeras disciplinas ensinadas em sala
de aula, os alunos sistematizam novos conhecimentos.
Segundo, Brum e Pavão (2014), a psicopedagogia pode ser feita nas escolas
tanto de forma preventiva quanto terapêutica. As formas de prevenção passam por
diversos espaços de reflexão, por isso a psicopedagogia tem caráter interdisciplinar,
trabalhando para melhorar as dificuldades de aprendizagem, buscando compreender as
causas das dificuldades de aprendizagem e auxiliar por meio de ferramentas e métodos
psicopedagógicos.
6 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
ANJOS, Elza Karina Oliveira dos; DIAS, Juliana Rocha Adelino. Psicopedagogia: sua
história, origem e campo de atuação. Revista REVELA, Praia Grande, n. 18, jul. 2015.
BRANDÃO, Carlos Rodrigues. O Que é educação? 49 ed. São Paulo: Brasiliense, 2007.
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GALVÃO, I. Henri Wallon: uma concepção dialética do desenvolvimento infantil. 17.
Ed. Petrópolis: Vozes, 2008.
GIL, Antonio Carlos. Como classificar as pesquisas?. In: GIL, Antonio Carlos (org.).
Como elaborar projetos de pesquisa. 4. ed. São Paulo: Atlas, 2002.
GIL, Antônio Carlos. Métodos e técnicas de pesquisa social. 6. ed. São Paulo: Atlas,
2014.
SCOZ, Beatriz Judith Lima. FELDMAN, Claudia, et al. Contribuições para a educação
pós-moderna. Petrópolis, RJ: Vozes, 2004.
SEVERO, José Leonardo Rolim de Lima. Educação não escolar como campo de
práticas pedagógicas. RBEP: Estudos, Rev. Bras. Estud. Pedagog. (online), Brasília,
v. 96, n. 244, p. 561-576, set./dez., 2015.
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WEISS, Maria Lucia Lemme. Psicopedagogia clínica: uma visão diagnóstica dos
problemas de aprendizagem escolar. Rio de Janeiro: DP & A, 2004.
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