Sistema Firjan Mapeamento Industria Naval 2015
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DA INDÚSTRIA
NAVAL
Plano de ação para seu
fortalecimento
Agosto/2015
www.firjan.com.br
EXPEDIENTE
Sistema FIRJAN
Federação das Indústrias do Estado do Rio de Janeiro
MAPEAMENTO
Presidente: Eduardo Eugenio Gouvêa Vieira
Vice-presidência Executiva
Vice-presidente: Geraldo Benedicto Hayen Coutinho
NAVAL
Diretoria Executiva de Operações
Diretor e Superintendente: Alexandre dos Reis
Gerência Geral de Suporte Empresarial
Gerente: Alexandre Castanhola Gurgel
Gerência de Petróleo, Gás e Naval
Plano de ação para seu Gerente: Karine Barbalho Fragoso de Sequeira
fortalecimento Equipe
Bruno Martins dos Santos
Bruno Soares de Moura
Fernanda Fontana Pinheiro
Fernanda Medeiros Araujo
Fernando Luiz Ruschel Montera
Gabriel Garcia Plat Israel
Heber Silva Bispo
Ian Almeida Costa
Itamar Alves dos Santos Junior
Julia Fernandes Oliveira
Renata van der Haagen Henriques de Abreu
Thiago Valejo Rodrigues
Verônica França Pereira
Projeto Gráfico
Gerência de Comunicação de Marketing do Sistema FIRJAN
Apoio Técnico: ONIP
Apoio Institucional: Governo do Estado do Rio de Janeiro
Agosto/2015
ORGANIZAÇÕES PARTICIPANTES
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APRESENTAÇÃO
O setor naval tem funções estratégicas para a economia de uma nação. No Rio de Janeiro
esse setor tem seu nascedouro e ainda hoje representa a maior concentração das atividades
relacionadas.
O segmento de defesa militar garante a segurança do país, com navios de guerra, pesquisa e
desenvolvimento de sistemas navais para proteção da costa marítima. A indústria mercante, por
sua vez, visa ao transporte em águas interiores com navios de pesquisa, navios e barcos pesqueiros,
além do transporte marítimo de carga e de passageiros. Já o segmento offshore compreende a
operação de plataformas, navios-sonda, FPSOs – Floating Production Storage and Offloading, e
outras embarcações que suportam a exploração e produção de petróleo e gás natural.
Também fazem parte do setor naval a indústria náutica, com a construção e reparação de
embarcações de esporte, turismo e lazer, e a indústria de navipeças, que engloba todas as
empresas e atividades que fabricam e prestam serviços ligados à construção e reparação naval.
De fato, nos últimos anos, tradicionais estaleiros foram reabertos no estado, o que significou a
criação de milhares de empregos no setor e a geração de oportunidades na cadeia de fornecedores
da indústria da construção e reparação naval.
Este documento é uma síntese do Projeto para a Cadeia Produtiva da Construção e Reparação
Naval do estado do Rio de Janeiro, que contou com o apoio técnico da Organização Nacional
da Indústria do Petróleo (ONIP), por solicitação do Sistema FIRJAN – Federação das Indústrias do
estado do Rio de Janeiro, através do SENAI Rio.
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O projeto identificou o cenário atual da indústria da construção e reparação naval, contemplando
o panorama mundial, Brasil e Rio de Janeiro, com foco nos segmentos naval mercante, naval
offshore e naval militar.
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OBJETIVOS
O resultado do projeto permitirá ao Sistema FIRJAN a captura de ações para inserção no seu
plano de ações, de forma integrada, com legitimidade, visibilidade e conteúdo pela construção
em parceria com a indústria do Rio de Janeiro.
Para alcançar seus objetivos, o projeto foi realizado de acordo com o esquema a seguir, que
representa de forma resumida suas etapas.
Visão 2020
Workshops
Plano de Ação
Percepções
Cadeia Produtiva
Cenários
u u u u
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CENÁRIOS
Para o cenário atual, foi considerado o relatório Global marine trends – 2013 a 2030. As infor-
mações aqui apresentadas também são utilizadas para a elaboração de outros documentos e
análises de referência para o setor naval.
Mundo
Carteira de encomendas totais – o cenário para 2030 prevê perdas de fatias de mercado
para Japão e Coreia do Sul, com ganhos para a China. A China deverá assumir a liderança
mundial no setor da construção naval.
Cenário Offshore
∞ Plataformas tipo FPSO, navios-sonda, unidades flutuantes de LNG – Liquefied
Natural Gas: prossegue a liderança dos estaleiros coreanos na construção.
∞ Módulos de processamento topside: equipamentos permanecem com maior
demanda.
∞ Navio petroleiro: é o único tipo de navio para o qual se prevê uma diminuição
nas entregas até 2030. Domínio de mercado pela China de 44% a 55%, Coreia do
Sul de 25% a 27%, e países emergentes de 8% a 20% em 2030.
∞ Navios gaseiros: o total de entregas irá subir até 2030 e a Coreia do Sul perderá
sua participação de mercado para a China, que deve alcançar até 53% em 2030.
∞ Os estaleiros da Europa sugerem aos governos maior apoio para ampliar sua
participação no segmento offshore.
∞ A redução do preço do barril de petróleo impacta a atratividade dos projetos
offshore, o que deve provocar uma desaceleração desse mercado no mundo.
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Cenário mercante
∞ Navios porta-contêineres: entregas totais aumentarão em 2030, com mercado
dominado pela China, com participação entre 39% a 48%, e Coreia do Sul, de
40% a 44%.
∞ Navios graneleiros: entregas totais aumentarão em 2030, com mercado domi-
nado pela China, de 40% a 59%, e pelos países emergentes, de 26% a 43%.
∞ Os estaleiros da Europa organizam-se para assegurar o aumento da sua partici-
pação no mercado de navios especiais.
Cenário de defesa militar – o dado mais incerto dentro do contexto da indústria naval
mundial é referente à construção de embarcações militares pela indústria de defesa.
Esse setor é carregado de sigilo e influenciado pelas mudanças políticas, o que incre-
menta a incerteza nas encomendas.
Brasil
Panorama atual
Polos navais do Brasil – cada polo naval possui um determinado perfil de produção,
com algumas sobreposições, sendo o polo naval do Rio de Janeiro o maior e mais
capacitado.
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Construção naval e offshore no Brasil
Cenário mercante – para esse cenário prevê-se um crescimento dominado por navios
afretados de 11% ao ano, dada a comercialização de produtos, concentrada em granéis
sólidos, sendo minério de ferro o responsável por concentrar mais de 30% da movimen-
tação total de cargas.
Rio de Janeiro
O cenário para o estado, que é fortemente impactado pelo cenário offshore nacional,
foi complementado a partir da fase denominada Percepções, através de entrevistas rea-
lizadas com os principais atores do setor no Rio de Janeiro, e apresentado no capítulo
dedicado a essa etapa.
Como destaque, registra-se que a indústria do Rio de Janeiro tem todos os meios para
modificar o cenário e transformar seu desempenho para crescer sua participação nos
cenários nacional e internacional.
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CADEIA PRODUTIVA
O Rio de Janeiro tem a maior concentração de estaleiros do país. Esses estaleiros têm
diversidade de configuração, porte e atuação. São observados núcleos de atividades produtivas
nos polos de Angra dos Reis, Rio de Janeiro – Baía de Guanabara, Niterói – Ponta d’Areia e Ilha
da Conceição, e São Gonçalo. A seguir, a lista dos principais estaleiros do estado.
Estaleiros Localização
Beneteau Brasil Construções de Embarcações S.A. Angra dos Reis
Brasfels S.A. Angra dos Reis
Estaleiro Angra dos Reis (Arpoador Engenharia Ltda.) Angra dos Reis
Aliança S.A. - Indústria Naval e Empresa de Navegação Niterói
Camorim Serviços Marítimos Niterói
Dockshore Navegação e Serviços Ltda. Niterói
DSN EQUIPEMAR Engenharia e Indústria Naval Ltda. Niterói
ENAVAL - Engenharia Naval e Offshore Ltda. Niterói
Estaleiro Brasa Ltda. Niterói
Estaleiro ENAVI Niterói
Estaleiro ETP Niterói
Estaleiro Mac Laren Oil Niterói
Estaleiro Mauá S.A. Niterói
Estaleiro TCE Niterói
NAPROSERVICE Offshore Estaleiros do Brasil Ltda. Niterói
RENAVE - Empresa Brasileira de Reparos Navais S.A. Niterói
UTC Engenharia S.A. Niterói
VARD Niterói S.A. Niterói
Estaleiros Chamon Ltda. Niterói
Estaleiro Minas Niterói
Nitshore Engenharia e Serviços Portuários S.A. Niterói
Arsenal de Marinha do Rio de Janeiro Rio de Janeiro
EISA - Estaleiro Ilha S.A. Rio de Janeiro
Estaleiro Inhaúma (Estaleiro Enseada do Paraguaçu) Rio de Janeiro
ICN - Itaguaí Construções Navais S.A. Rio de Janeiro
RIO NAVE Serviços Navais Ltda. Rio de Janeiro
SERMETAL Estaleiros S.A. Rio de Janeiro
TRIUNFO Operadora Portuária Ltda. Rio de Janeiro
Bravante - Brasbunker Participações - Estaleiro São Miguel São Gonçalo
Dock Brasil Engenharia e Serviços S.A. São Gonçalo
Estaleiro Cassinú São Gonçalo
Estaleiro São Jacinto Ltda. São Gonçalo
O Rio de Janeiro tem vocação natural para a atração de empresas do setor de serviços, para o
setor naval e indústria de navipeças. O estado conta com a presença de cinco das sete principais
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empresas de engenharia naval – Projemar, Kromav Engenharia, CSR Naval & Offshore, Intero-
cean e PRX Engenharia.
Além disso, o estado tem um parque tecnológico dedicado ao segmento offshore. O estado
abriga ainda a sede da Esquadra Brasileira, o Arsenal de Marinha, o Estaleiro ICN – Itaguaí Cons-
truções Navais e a EMGEPRON – Empresa Gerencial de Projetos Navais, todos voltados para as
atividades de defesa militar.
De forma resumida, apresentam-se abaixo as fases que compõem essa cadeia produtiva, abran-
gendo todo o ciclo de vida de uma embarcação, desde o planejamento inicial e a decisão de
construção, até a fase final de demolição.
1 2 3 4 5 7
Planejamento Engenharia Decisão de Construção
Embarcação Demolição
Inicial Naval Construção Naval
em Operação
6
Aceite do
Desenvolvi- projeto da
Processos de
mento de embarcação Processos
Oportunidade Processos lançamento,
de
de Construção projeto de Trâmites de
de Compra acabamento Manutenção e
construção da construção Construção
e entrega Reparação
embarcação Seleção do
estaleiro
Cadeia produtiva
Petróleo e Gás -
Engenharia Naval
Operadoras
Transporte Marítimo
Navipeças
Estaleiros Longo Curso
Transporte Marítimo
Siderurgia
EPCista Cabotagem
Serviços técnicos
Náutico
especializados
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PERCEPÇÕES
A realização de uma série de entrevistas na fase denominada “Análise dos Players da Indústria da
Construção Naval Mercante, Offshore e Defesa Militar do Rio de Janeiro”, envolvendo impor-
tantes atores dos segmentos mercante, offshore e defesa militar, possibilitou coletar uma série
de percepções sobre os três segmentos analisados.
O resultado das entrevistas trouxe as principais percepções dos entrevistados com relação ao
futuro da indústria da construção, manutenção e reparação naval – oportunidades, ameaças e
desafios; dentro do horizonte de cinco anos.
A metodologia utilizada foi baseada em entrevistas presenciais, ou por telefone, suportadas por
um questionário estruturado como um roteiro de perguntas.
Oportunidades
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seja para as atividades mercantes de transporte de produtos, seja para a navegação de
passageiros – navios de cruzeiros, embarcações de esporte e recreação.
Para atender às oportunidades existentes nos três segmentos de estudo, foram elenca-
dos pelos entrevistados, como elementos facilitadores:
Ameaças
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Desafios
Entre os desafios existentes nos três segmentos de estudo, foram destacados pelos
entrevistados, como elementos a trabalhar:
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WORKSHOPS
Visão 2020
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Offshore – módulos e integração – consolidar-se como líder nacional na construção
de módulos e integração de FPSO, na manutenção e reparo das unidades offshore em
operação no Brasil, com inserção da indústria local, no projeto e na tecnologia de forma
competitiva.
Offshore – embarcações de apoio marítimo – consolidar-se como o maior polo de
engenharia, construção, reparação naval e suprimento offshore do país, integrando os
diversos segmentos e elos da indústria, para atendimento das demandas internas e com
inserção internacional.
Defesa militar – consolidar-se como o principal parque nacional para engenharia, qua-
lidade, P,D&I em Defesa Militar, construção e reparação militar naval em sinergia com
fornecedores de bens e serviços especializados, dentro do conceito de aplicação dual
(civil e militar), atendendo aos mercados nacional e internacional.
Com o resultado dos workshops, foram definidos eixos estratégicos, visando a contribuir com o
fortalecimento do setor. As ações também foram agrupadas em projetos, relacionados aos eixos.
Eixos estratégicos
3. Promoção e acompanhamento das demandas setoriais junto aos governos estadual e federal
4. Estruturação de mecanismos para maior participação dos fornecedores locais com base
compectiva e ampliação da indústria de navipeças no estado do Rio de Janeiro
A captação de ações para a reparação naval deu-se por meio de documentos disponibilizados
por representantes do segmento. Essas ações foram distribuídas pelos eixos estratégicos eleitos
no processo de consolidação.
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PLANO DE AÇÃO
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4. Estruturação de mecanismos para maior participação dos fornecedores locais com
base competitiva e ampliação da indústria de navipeças no estado do Rio de Janeiro
4.1 Desenvolvimento e implantação de uma ferramenta WEB – market place ou
e-procurement – para aproximar demandantes e ofertantes
4.2 Aperfeiçoamento e manutenção de cadastro específico de navipeças
4.3 Aproximação intensiva entre os demandantes da Marinha do Brasil e a indústria
fluminense
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CONCLUSÕES
A indústria naval do estado do Rio de Janeiro posicionou-se em relação ao seu futuro, dese-
nhando uma vocação que passa pelo reconhecimento do modal marítimo como mola pro-
pulsora de crescimento econômico.
Visão 2020: ser referência como centro de excelência em engenharia, construção, reparação
naval e apoio offshore, com competência para construção e integração de módulos, além de
principal parque nacional para engenharia, qualidade, pesquisa, desenvolvimento e inovação,
construção e reparação militar, fazendo do Rio de Janeiro um ambiente único para a indústria
naval no Brasil.
Dos polos navais existentes hoje no Brasil, o maior deles é o do Rio de Janeiro. Praticamente
todos os tipos de embarcações são produzidos no estado, que conta com a maior concentração
de capacidade produtiva industrial, além da maior e mais especializada força de trabalho.
O cenário atual exige dessa indústria a capacidade de propor soluções coordenadas. A incer-
teza, característica desse cenário, com a interrupção ou mesmo retirada de projetos, torna
fundamental o envolvimento de todas as partes interessadas do setor para a execução de
ações que sejam capazes de minimizar os seus efeitos negativos.
Esse foi o objetivo do Sistema FIRJAN, que através do SENAI Rio e o apoio técnico da ONIP, com
colaboração dos principais agentes, pôde consolidar uma carteira de projetos prioritários de
forma a estruturar um plano de ação para implantação por esses mesmos agentes, congregando
governos, indústria e academia.
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