Complexo de Édipo

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PSICOLOGIA CLÍNICA E TÉCNICAS

PSICOTERAPÊUTICAS I
4ª FASE – PSICOLOGIA

O sentido sexual
dos nossos atos

Pulsões e
distribuição da
Energia Psíquica

Profª. Vanusa
A sexualidade é uma dimensão humana
essencial e deve ser entendida na totalidade
dos seus sentidos, como tema e área de
conhecimento. O primeiro teórico a falar
sobre a sexualidade infantil foi Sigmund
Freud.

Freud dedicou-se a estudar a teoria da


sexualidade, pois ela está presente desde a
infância e abarca outras esferas da vida.
A ideia de sexualidade estudada e
proposta por Freud, tem pouco a ver
com o objetivo puramente biológico
de reprodução.
 Para a Psicanálise a significação dos nossos atos
falhos é uma significação sexual.

É sexual porque a fonte e o objetivo das


tendências pulsionais são sexuais.

A fonte é um representante pulsional cujo


conteúdo representativo corresponde a uma região
do corpo muito sensível, chamada zona erógena.
 Pulsões sexuais – são múltiplas, povoam o
território do inconsciente, cuja existência
remonta desde o estado embrionário e só cessa
com a morte. Suas manifestações mais
marcantes aparecem durante os cinco
primeiros anos de vida.
 PULSÃO SEXUAL – 4 elementos.

 Fonte – de onde ela brota (zona erógena);


 Força que a move;
 Objetivo que a atrai;
 Objeto, meio pelo qual tenta chegar ao objetivo
ideal. (coisa ou pessoa).
 Sexual em Psicanálise é toda conduta
que, partindo de uma região erógena
do corpo e apoiando-se numa fantasia,
proporciona um certo tipo de prazer.

 Ex. O prazer de mamar do bebê.


 Seio materno - primeiro objeto sexual.

 Necessidade, desejo e amor.

 Necessidade – de um órgão cuja satisfação ocorre


com um objeto concreto;

 Desejo – expressão da pulsão sexual, nasce de uma


zona erógena do corpo.

 Amor – apego ao outro sem o suporte de uma zona


erógena definida.

 Fonte: O Prazer de Ler Freud.


OS IMPULSOS
 Um impulso “é um constituinte psíquico,
geneticamente determinado, que, quando em ação,
produz um estado de excitação psíquica ou, como
dizemos, freqüentemente, de tensão.”

 É esta tensão que conduz o indivíduo para a


atividade.

 Embora geneticamente determinada, pode ser


alterada pela experiência individual.

 Esta atividade pode levar a algo como cessação,


tensão ou a gratificação.
 Para Freud, existe um quantum de energia psíquica
com o qual as pessoas estão investidas. A este
quantum de energia psíquica Freud chamou de
cathexis (catexia).

 Cathexis é a quantidade de energia psíquica que se


dirige ou se liga a representação mental de uma
pessoa ou coisa. O impulso e sua energia psíquica são
considerados como fenômenos puramente
intrapsíquicos.

 O que é catexizado são as lembranças, pensamentos e


fantasia do objeto, que compreende o que chamamos
representações mentais ou psíquicas.

 Ex: mãe na mente da criança.


 Freud dividiu os impulsos em: sexual e de auto-
conservação, passando depois a classificá-los como
sexuais e agressivos.
 Sexuais – componente erótico das atividades mentais
(libido).
 Agressivos – componentes puramente destrutivos.

 Estas forças instintivas já estão presentes no bebê e


mais tarde produz os desejos sexuais dos adultos. Elas
podem ser descritas de forma sistemática através do
processo de desenvolvimento normal.

 São fases que se confundem e se superpõem de modo


que a transição de uma para outra é muito gradual.
Fixação – ocorre quando há uma persistência de
catexis libidinal em um objeto de uma fase
determinada. Pressupõe uma possível
psicopatologia.

Refluxo ou regressão - retorno a uma


modalidade ou objeto mais remoto de
gratificação.

Ex. Criança diante do nascimento de um irmão.


 Impulsos agressivos - mostram a mesma
capacidade de fixação, regressão e a mesma
manifestação oral, anal e fálica dos impulsos
sexuais.

 Os objetos são usados como meio de


destruição.

 Exemplos: morder, reter as fezes, fantasias com o


pênis.
A gratificação do impulso sexual é
uma descarga que além de aliviar a
tensão, ocasiona também prazer.
DISTRIBUIÇÃO E UTILIZAÇÃO
DA ENERGIA PSÍQUICA
A dinâmica da personalidade consiste na
maneira pela qual a energia psíquica é
distribuída e usada pelo Id, Ego e Superego.

 Existecompetição entre os três sistemas pela


posse de quantidade de energia.

 Um sistema domina a energia disponível em


detrimento dos outros.

 Quando um sistema se torna mais forte, os


outros dois se tornam mais fracos.
O Id utiliza a energia para a ação reflexa e
satisfação dos desejos, por meio do processo
primário.

 Ambas as atividades estão a serviço do princípio


do prazer.

O investimento de energia em uma ação ou


imagem que gratificará o instinto é chamado de
escolha objetal do instinto ou catexis do objeto.

O Id não sabe discriminar objetos. Ex: Bebê-


fome. Leva tudo à boca.
 Parte da energia é utilizada pelo ego para restringir a
ação impulsiva e irracional do Id. Essas forças de
restrição são chamadas anti-catexis, para distingui-las
das forças de impulsão – catexis.

 A energia do ego pode também ser deslocada para


formar novas catexis do objeto, formando assim dentro
do ego, um complexo sistema de interesses, atitudes e
preferências.

 Não servem para satisfazer diretamente as


necessidades básicas do organismo, mas estão
relacionadas por laços associativos com os objetos que
satisfazem as necessidades.
 Ex: colecionar receitas culinárias, etc.
OEgo tem disponibilidade de energia para
aplicar em outros objetos.

Oego usa a energia como um executivo da


personalidade que busca efetivar uma
integração dos três sistemas. Busca a harmonia
interior da personalidade.

Omecanismo de identificação responde também


pela ativação do sistema do superego.
 Entre as primeiras catexis do objeto da criança estão as
dos pais.

 Mas os pais desempenham também o papel de


disciplinadores.

 A criança aprende a identificar e relacionar seus


comportamentos com as sanções e proibições aplicadas
pelos pais; introjeta os imperativos morais dos pais por
meio de catexis originais, tendo-os por agentes de
satisfação das suas necessidades.Aprende os ideais dos
pais que vão formar o ideal do seu ego e capta
proibições que vão formar sua consciência.

 Dessa forma o superego tem acesso ao reservatório de


energia do Id, por meio da identificação da criança com
os pais.
 O trabalho do superego está muitas vezes em
oposição direta aos impulsos do id. Contudo muitas
vezes o superego pode ser corrompido pelo Id.

 Ex: matar em nome de um fervor moralista.

 O ego tem que refrear tanto os impulsos do id, como


o superego, por isso necessita de muita energia.

 Quando o id detém grande soma de energia, o


comportamento da pessoa apresenta tendência à
impulsividade e ao primitivismo.
 Quando o superego controla a maior parte da energia,
o funcionamento da personalidade é dominado por
considerações moralistas mais do que realistas.

 As anti-catexis da consciência podem prender o ego a


vínculos morais e evitar toda sorte de ação, ao passo
que as catexis do ideal de ego podem estabelecer
padrões tão elevados para o ego que a pessoa torna-se
constantemente frustrada e pode desenvolver
sensação depressiva de fracasso.
 As mudanças repentinas e imprevisíveis de energia, de
um sistema a outro e de catexis e anti-catexis são
comuns nas duas primeiras décadas de vida, antes que
se estabilize a distribuição de energia.

 A personalidade fica assim num fluxo dinâmico.

 A dinâmica da personalidade, portanto, consiste em


impulsos, catexis, e forças repressoras, anti-catexis.
Todo o conflito reflete a oposição entre estas duas
forças.

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