Pericardite

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Giovanna Vilas Boas - TXIII Módulo 2 – Dispneia | P7

Etiopatogenia  Síndrome de lesão do pericárdio


Pericardite – inflamação
Suas causas são divididas em duas: FISIOPATO
aguda do pericárdio

a) INFECCIOSA: • Quadro inflamatório  acúmulo de líquido


• Responsável por 5% dos pacientes no PS
• Pericardite viral  + comum no espaço entre a membrana serosa e o
por dor torácica
 Processo inflamatória ocorre por ação coração
• Países desenvolvidos: maioria dos casos é
direta do vírus, ou por uma resposta  Derrame pericárdico
de origem viral
imune • Consequências desse derrame
• Derrame pericárdico: mais frequente
• Pericardite bacteriana: pode manifestar  Um grande acúmulo pode acabar
quando é por tuberculose
geralmente com derrame pericárdico, comprimindo o coração, pelo
podendo ter origem por pneumonia; aumento da pressão intrapericárdica
Classificação
empiema; disseminação hematogênica;  leva a um tamponamento cardíaco
• Doença primária ou secundária, pós-cirurgia cardíaca ou pulmonar
geralmente benigna e autolimitada  Pericardite tuberculosa: tem Quadro clínico
• Pode cursar com derrame ou constrição diminuído com o controle efetivo da
- Variedade de sinais e sintomas
pericárdica  aumenta mortalidade doença
inespecíficos  depende de sua etiologia
• Classificadas de acordo com a evolução e  Presente em pacientes com hiv +
apresentação clínica Principais manifestações clínicas:
 Aguda b) NÃO INFECCIOSA
 Crônica • Autoimune • DOR TORÁCICA
 Derrame pericárdico e tamponamento • Neoplásica  Aguda e pleurítica, exacerbando na
cardíaco • Metabólica inspiração e com tosse
 Constritiva  Uremia; gota; hipotireoidismo  Melhora sentando-se e inclinando-se
 Recorrente (mixedema) para frente
• Traumática  Diminui a pressão sobre o
 IAM pericárdio parietal
• Início tardio • Paciente com etiologia viral
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 Pode ter sinais e sintomas de infecção • Diagnóstico feito pela presença de pelo • Estágio 1 (momento da dor):
sistêmica  febre e leucocitose menos dois dos critérios supradesnivelamento côncavo difuso do
 Pode ter pródromos semelhante a  Dor torácica típica segmento ST, com infradesnivelamento
uma gripe  Fricção pericárdica do segmento PR
• ATRITO PERICÁRDICO  Alteração no ECG • Estágio 2: retorno dos segmentos ST e PR
 Fricção entre as duas camadas do  Derrame pericárdico novo ou aos padrões normais.
pericárdio inflamado agravado • Estágio 3: inversão difusa da onda T
• Estágio 4: retorno da onda T ao padrão
ECG normal

DIAGNÓSTICO Suas alterações podem ser de acordo com


• Seta preta: supra de ST
os estágios de evolução da doença
• Seta azul: infra de PR
• História clínica e exame físico

Ecocardiograma (ECO) • Aumento de ecogenicidade  relacionada Raio-X tórax


a fibrose
• Aumento do espessamento pericárdico e • Possui alguma alteração em caso de
derrame pericárdico derrame pericárdico e tamponamento
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 Irá mostrar aumento da área cardíaca, • ECOCARDIOGRAMA: disfunção • Drenagem do líquido pericárdico  reduz
pela presença do líquido ventricular e/ou déficit segmentar de início pressão intrapericárdica  melhora
recente ou com piora progressiva hemodinâmica do paciente
Diagnóstico diferencial • RESSONÂNCIA: edema miocárdico

Miocardite

• Doença inflamatória do miocárdio TRATAMENTO


(musculo cardíaco)  pode ser causada
por forma infecciosa ou não-infecciosa

MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS – inespecífico

• Fadiga; dor torácica; arritmias; morte


súbita
• Evolução p/ insuficiência cardíaca (IC)

DIAGNÓSTICO

• Aumento de marcadores cardíacos 


troponina
• ECG: pode ser normal ou ter achados • Colchicina:
inespecífico  Benefício na redução da dor e
 alterações inespecíficas do segmento ST, prevenção de recorrência
batimentos ectópicos atrial ou  Deve ser associada ao AINH
ventriculares únicos, arritmias
Caso de tamponamento cardíaco:
ventriculares complexas

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