Número: 0000201-59.2016.5.19.0007

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Tribunal Regional do Trabalho da 19ª Região - 1º Grau

PJe - Processo Judicial Eletrônico


Consulta Processual

26/07/2016
Número: 0000201-59.2016.5.19.0007
Data Autuação: 19/02/2016
Classe: AÇÃO TRABALHISTA - RITO SUMARÍSSIMO
Valor da causa: R$ 26.821,19
Partes
Tipo Nome
AUTOR LUCIANO DA SILVA
ADVOGADO HUGO RAFAEL MACIAS GAZZANEO - OAB: AL10729
RÉU CISNE IND. E COM. DE REFRIGERANTES LTDA.
ADVOGADO LUANA ACIOLI DE CASTRO LOPES - OAB: AL9826
Documentos
Id. Data de Juntada Documento Tipo
8f5dd 19/02/2016 10:11 Petição Inicial Petição Inicial
14
e93a9 19/02/2016 10:11 Procuração + Docs. Pessoais - Luciano da Silva Procuração
bc
4b331 19/02/2016 10:11 TRCT - Luciano da Silva Termo de Quitação de Rescisão do
0a Contrato de Trabalho
19fcc 19/02/2016 10:11 Comprovantes de Recebimento - FGTS - Luciano da Documento Diverso
12 Silva
2bf62 19/02/2016 10:11 Extrato Analítico FGTS - Luciano da Silva Extrato de Conta do FGTS
a7
c33f6 19/02/2016 10:11 Boletim de Ocorrência - Luciano da Silva Documento Diverso
e9
393a0 19/02/2016 13:37 Notificação Notificação
d1
ed9bb 27/04/2016 15:28 Habilitação em processo Petição (outras)
76
fe5b8 27/04/2016 15:28 Contrato social Contrato Social
0c
0cdd8 27/04/2016 15:28 PROCURAÇÃO Procuração
80
9aaac 27/04/2016 15:28 PROCURAÇÃO Procuração
ca
8fa60 27/04/2016 15:28 PROCURAÇÃO Procuração
d4
f673a 27/04/2016 15:28 Carta de preposição Documento Diverso
19
f82f95 27/04/2016 15:36 Contestação Contestação
f
fc183 27/04/2016 15:36 Ficha e Contrato Luciano da Silva.compressed (1) Ficha de Empregado
9e
97806 27/04/2016 15:36 Contra Cheques 2010 Luciano da Silva .compressed Contracheque / Hollerith
98
3eae8 27/04/2016 15:36 Contra Cheques 2011 Luciano da Silva.compressed Contracheque / Hollerith
73
9e4ea 27/04/2016 15:36 Contra cheques 2012 Luciano da Silva.compressed Contracheque / Hollerith
3f
5c78c 27/04/2016 15:36 Contra cheques 2013 Luciano da Silva.compressed Contracheque / Hollerith
17
411cd 27/04/2016 15:36 Contra cheques 2014 Luciano da Silva.compressed Contracheque / Hollerith
56
7243c 27/04/2016 15:36 Contra cheques 2015 Luciano da Silva.compressed Contracheque / Hollerith
ff
bd77e 27/04/2016 15:36 Extrato FGTS Luciano da Silva.compressed Extrato de Conta do FGTS
2d
1154a 27/04/2016 15:36 Ferias 1 Luciano da Silva .compressed Documento Diverso
d2
2166d 27/04/2016 15:36 Ferias 2 Luciano da Silva .compressed Documento Diverso
74
2192e 27/04/2016 15:36 Ferias 3 Luciano da Silva .compressed Documento Diverso
36
30d8b 27/04/2016 15:36 Ferias 4 Luciano da Silva.compressed Documento Diverso
b7
9ac68 27/04/2016 15:36 Ferias 5 Luciano da Silva.compressed Documento Diverso
47
6c74e 27/04/2016 15:36 Ferias 6 Luciano da Silva .compressed Documento Diverso
18
5d7bc 27/04/2016 15:36 Ferias 7 Luciano da Silva .compressed Documento Diverso
84
d7a41 27/04/2016 15:36 Rescisao Luciano da Silva.compressed Termo de Homologação de Rescisão do
c4 Contrato de Trabalho
ea5e3 28/04/2016 12:36 Ata da Audiência Ata da Audiência
97
5db11 27/05/2016 14:36 Sentença Sentença
56
c4190 27/05/2016 19:15 Planilha de cálculos Certidão
f0
54c7a 27/05/2016 19:15 201-59.2016 Planilha de Cálculos
65
1690a 02/06/2016 16:10 EMBARGOS DE DECLARAÇÃO Embargos de Declaração
fc
88bca 13/06/2016 11:51 Despacho Despacho
e3
1105f 20/06/2016 17:37 Contrarrazões de Embargos de Declaração Contrarrazões
e3
d33d4 15/07/2016 11:52 Decisão Decisão
26
36e52 15/07/2016 11:52 Decisão Notificação
3d
EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DA ___ VARA DO TRABALHO
DE MACEIÓ - ALAGOAS

LUCIANO DA SILVA, brasileiro, alagoano, casado, desempregado, inscrito no


CPF sob o nº 043.198.094-24, com RG nº 99001260997 SSP/AL, residente e domiciliado
na Rua Boa Sorte, n° 322, Loteamento Novo Mundo, CEP: 57045-750, Maceió/AL, vem
respeitosamente à presença de Vossa Excelência, através de seus advogados ao final
assinados, apresentar a presente:

RECLAMAÇÃO TRABALHISTA

em face de CISNE IND. E COMERCIO DE REFRIGERANTES LTDA., Pessoa


Jurídica de Direito Privado, inscrita no CNPJ sob o nº 02.551.621/0001-99, com endereço
na Avenida Menino Marcelo, s/n°, Lotes 06 e 07, Serraria, Maceió/AL, CEP: 57.046-000,
pelas razões de fato e de direito que se seguem:

.PRELIMINARMENTE

Assinado eletronicamente. A Certificação Digital pertence a: HUGO RAFAEL MACIAS GAZZANEO Num. 8f5dd14 - Pág. 1
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.DA COMPETÊNCIA DA JUSTIÇA DO TRABALHO PARA JULGAR O
PRESENTE FEITO

Compete à Justiça do Trabalho as questões, não apenas patrimoniais, mas também


morais decorrentes da relação de trabalho, por inexistência de restrição neste sentido
pelo artigo 114 da Constituição Federal, conforme posicionamentos do Colendo Supremo
Tribunal Federal e diversos Tribunais do Trabalho. Sem haver restrição de estar a causa
fundada em legislação trabalhista ou civilista, se o direito postulado decorre de fato
ocorrido no âmbito do contrato de trabalho, a competência passa a ser direciona à
Justiça do Trabalho.

Neste sentido, pretensão quanto à indenização por dano moral, em determinados


casos, por invocação do artigo 114 constitucional, estarão no âmbito de processamento e
julgamento pela Justiça do Trabalho, eis que a competência desta prefere à da Justiça
Comum, tanto federal quanto local, de caráter meramente residual, à falta de ressalvas
expressas.

.DA COMPETÊNCIA DESTE JUÍZO PARA O PRESENTE FEITO.

Determina o art. 651, da CLT que a competência para o julgamento das ações
trabalhistas é determinada pela localidade onde o empregado, reclamante ou reclamado,
prestar serviços ao empregador, ainda que tenha sido contratado noutro local ou no
estrangeiro

No presente caso, a reclamante prestou serviço no município de MACEIÓ, sendo,


portanto, competente este Juízo para o processamento e julgamento do presente feito.

.DO MÉRITO

.DO CONTRATO DE TRABALHO - ADMISSÃO, FUNÇÃO E SALÁRIO:

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O reclamante foi contratado pela reclamada na condição de AUXILIAR
ADMINISTRATIVO, em 01.09.2005, com a remuneração de R$1.122,66 (um mil, cento
e vinte e dois reais e trinta e sessenta e seis centavos), conforme TRCT em anexo. No dia
06.11.2015, o reclamante recebeu aviso prévio, tendo seu contrato rescindido no mesmo
dia.

Ademais, a reclamada não depositou a multa de 40% referente ao FGTS, bem


como deixou de depositar algumas competências dos depósitos fundiários, conforme
extrato analítico anexo à exordial.

.DAS VERBAS CONTRATUAIS E INDENIZATÓRIAS

O reclamante laborou por aproximadamente 03 anos e 01 mês para a reclamada, que


ao demiti-lo não quitou todos os encargos trabalhistas. Senão, vejamos:

.DO NÃO RECOLHIMENTO DO FGTS; MULTA DE 40%.

O Artigo 15 da lei 8036/90, reza que:

Art. 15. Para os fins previstos nesta lei, todos os


empregadores ficam obrigados a depositar, até o dia 7
(sete) de cada mês, em conta bancária vinculada, a
importância correspondente a 8 (oito) por cento da
remuneração paga ou devida, no mês anterior, a cada
trabalhador, incluídas na remuneração as parcelas de que
tratam os arts. 457 e 458 da CLT e a gratificação de Natal
a que se refere a Lei n° 4.090. de 13 de julho de 1962, com
as modificações da Lei n° 4.749, de 12 de agosto de 1965.

Conforme se verifica pela análise do extrato analítico da conta vinculada do obreiro


(doc. anexo), verifica-se que não se depositou as competências referentes aos meses de
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Agosto/06, Junho/07, Outubro/2012 e Dezembro/2014. Em assim sendo, requer, desde
já, o pagamento das diferenças de FGTS referentes ao contrato de trabalho havido entre as
partes.

Reitere-se que a quebra do vínculo de emprego se deu por iniciativa do empregador


sem justo motivo e, quando tal situação se vislumbra, deverá o empregador arcar com o
pagamento de 40% do saldo existente na conta vinculada do seu empregado.

Destarte, diante do fato de que até a presente data o reclamante não recebeu o valor
referente a multa de 40% do FGTS, conforme previsão do artigo 18§ 1º da Lei nº 8.036/90,
requer seu imediato pagamento, visto a natureza alimentar dos valores depositados, bem
como incida a multa prevista no art. 477 da CLT sobre os valores.

.DAS MULTAS DOS ARTIGOS 467 E 477 DA CLT

Não tendo sido pago o valor referente aos 40% do FGTS, à título de verba
rescisória ao reclamante até a presente data, violados estão os artigos 467 e 477, §6º, da
CLT, razão pela qual, é devida a multa prevista no § 8º do 477, bem como a prevista no
artigo 467 da CLT, caso tal valor não seja pago em primeira audiência, o que desde já se
requer.

.DAS VERBAS RESCISÓRIAS

Conforme se verifica no TRCT anexo, as verbas rescisórias do obreiro foram


calculadas de maneira correta, resultando-se dos cálculos o valor liquido de R$ 5.369,18.

Ocorre que a empresa impôs o recebimento de uma MOTO pelo obreiro, atribuindo o
valor de R$ 4.000,00 ao bem, somente pagando a diferença no valor de R4 1.369,18 ao
mesmo.

De acordo com o entendimento trazido no art. 477, §4º, da CLT, o pagamento das
verbas rescisórias somente pode ser feito através de dinheiro ou cheque visado, podendo
também ser comprovado através de depósito bancários, segundo portaria vigente exarada
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pela SRT (SECRETARIA REGIONAL DO TRABALHO). Segue a transcrição do artigo e
da portaria respectiva.

Art. 477 - É assegurado a todo empregado, não existindo prazo estipulado para a
terminação do respectivo contrato, e quando não haja êle dado motivo para
cessação das relações de trabalho, o direto de haver do empregador uma
indenização, paga na base da maior remuneração que tenha percebido na mesma
emprêsa. (Redação dada pela Lei nº 5.584, de 26.6.1970).

(...)

§ 4º - O pagamento a que fizer jus o empregado será efetuado no ato da


homologação da rescisão do contrato de trabalho, em dinheiro ou em cheque
visado, conforme acordem as partes, salvo se o empregado fôr analfabeto,
quando o pagamento sòmente poderá ser feito em dinheiro. (Redação dada pela
Lei nº 5.584, de 26.6.1970).

(...)

(...)

EMENTA Nº 6

HOMOLOGAÇÃO. MEIOS DE PROVA DOS PAGAMENTOS.

A assistência ao empregado na rescisão do contrato de trabalho compreende os


seguintes atos: informar direitos e deveres aos interessados; conciliar
controvérsias; conferir os reflexos financeiros decorrentes da extinção do
contrato; e zelar pela quitação dos valores especificados no Termo de Rescisão
do Contrato de Trabalho. Dada a natureza de ato vinculado da assistência, o
agente somente deve admitir os meios de prova de quitação previstos em lei ou
normas administrativas aplicáveis, quais sejam: o pagamento em dinheiro ou
cheque administrativo no ato da assistência; a comprovação da transferência dos
valores, para a conta corrente do empregado, por meio eletrônico, por depósito
bancário, ou ordem bancária de pagamento ou de crédito.

(...)

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Em assim sendo, requer o pagamento das diferenças contidas nas verbas rescisórias,
sendo estas na ordem de R$ 4.000,00, ou uma avaliação judicial na motocicleta para
averiguar se, de fato, o valor de mercado da mesma é no importe de R$ 4.000,00.

.DA INDENIZAÇÃO MATERIAL EM RAZÃO DE ROUBO DE MOTOCICLETA


DE PROPRIEDADE DO OBREIRO, QUANDO EM SERVIÇO.

Conforme se verifica pela análise do Boletim de Ocorrência anexado aos autos, na


tarde do dia 11/07/2007 (quarta-feira), o reclamante teve uma moto HONDA/NXR 150
roubada, quando estava parado em um sinal.

Informa o reclamante que no período da manhã prestava serviços internos na


empresa e que, por volta das 11 horas iniciava sua jornada externa, quando, normalmente,
resolvia coisas em bancos e transportava valores de um local para o outro.

Alega ainda que, quando da realização de sua jornada externa, fazia todo o seu
transporte com a sua moto pessoal, sendo a propriedade de motocicleta uma exigência da
empresa quando da contratação. Informa que estava saindo de um banco, após realizar
operações para empresa, quando foi abordado pelos ladrões.

Quando do ocorrido, se dirigiu a gerência da empresa para saber como iria ficar a
situação em relação a sua moto, oportunidade na qual foi informado de que haveria
ressarcimento pela perda do bem, contudo NUNCA houve o aludido ressarcimento.

Isso posto, torna-se imperiosa a necessidade de haver o ressarcimento do obreiro pelo


bem roubado em serviço, já que o mesmo o estava utilizando no momento da prestação
laboral e foi uma exigência da empresa quando da contratação a propriedade de veículo
tipo motocicleta.

Tal entendimento é respaldado pela jurisprudência pátria, inclusive já houve decisão


em caso similar pelo colendo TST. Seguem algumas jurisprudências, inclusive a oriunda
do aludido órgão:

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Processo: RR 32200-29.2008.5.18.0010

Relator(a): Fernando Eizo Ono

Julgamento: 06/03/2013

Órgão Julgador:TST/4ª Turma.

Publicação: DJ 15/03/2013.

Ementa:

(...)

V. Recurso de revista de que não se conhece. DANOS MATERIAIS.


INDENIZAÇÃO DECORRENTE DE FURTO DE VEÍCULO
(MOTOCICLETA). VALOR DA INDENIZAÇÃO (R$5.000,00). I. O
Tribunal Regional negou provimento ao recurso ordinário interposto pela
Reclamada e manteve a sentença, em que se condenou a Recorrente ao
pagamento de indenização no valor de R$ 5.000,00, pelos danos materiais
sofridos pelo Autor em decorrência do furto de sua motocicleta, por entender
que, ao condicionar a contratação do Reclamante à utilização de veículo próprio
para a execução do contrato de trabalho, a Reclamada tornou-se "responsável
por eventual perda ou deterioração" do veículo, "independentemente de culpa ou
dolo". II. A Reclamada requer a exclusão da condenação ao pagamento de
indenização por danos materiais decorrentes do furto do veículo do Autor
(motocicleta). Sucessivamente, caso mantida a condenação, pleiteia a redução do
valor arbitrado em origem. III. No que diz respeito ao pedido principal
(afastar a condenação ao pagamento da indenização por danos materiais
decorrentes do roubo da motocicleta do Autor), o recurso de revista não
merece conhecimento. Não há violação do art. 818 da CLT, pois a
controvérsia não foi solucionada à luz do critério de distribuição do encargo
probatório entre as partes. IV. Tampouco há violação do art. 393, caput e
parágrafo único, do CC, que exime o devedor de responder pelos prejuízos
resultantes de caso fortuito ou força maior, se expressamente não se houver
por eles responsabilizado. No caso concreto, ao decidir que a Reclamada é
responsável pelos prejuízos suportados pelo Reclamante, a Corte Regional
não ofendeu o disposto nos referidos preceitos legais, porque entendeu que a
situação fática debatida está disciplinada especificamente pela legislação
trabalhista (art. 2º da CLT) e, não, pela legislação civil. V. Os arestos
transcritos às fls. 607/610 não servem para demonstração de conflitos de
teses, pois não trazem a fonte oficial nem o repositório autorizado em que
foram publicados, desatendendo ao preconizado na Súmula nº 337, I, alínea
a, deste Tribunal Superior. VI. No tocante ao pedido subsidiário (redução do
valor da indenização por danos materiais), o recurso de revista tampouco merece
conhecimento. O Tribunal Regional concluiu que o valor da indenização por
danos materiais é "compatível com o mercado e a depreciação do bem, em
relação ao valor de compra constante da Nota Fiscal de fl. 84". Assim, não há
violação do art. 884 do Código Civil, porque a controvérsia não foi solucionada
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Número do documento: 16021910054638200000003636579
à luz desse dispositivo de lei, e porque o art. 884 trata de matéria diversa da
abordada nos presentes autos (obrigação de restituir valor indevidamente
auferido, para evitar enriquecimento sem causa). VII. Recurso de revista de que
não se conhece.

(...)

Grifo Nosso

Processo: RO 02644201102903009 0002644-34.2011.5.03.0029

Relator(a): Marcio Ribeiro do Valle

Órgão Julgador: TRT/3 - Oitava Turma

Publicação: 21/09/2012

20/09/2012. DEJT. Página 146. Boletim: Não.

Ementa:

DANOS MATERIAIS. ROUBO DE VEÍCULO DE PROPRIEDADE DO


EMPREGADO UTILIZADO NA PRESTAÇÃO DE SERVIÇOS. RISCO DO
EMPREENDIMENTO.

O artigo 2º da CLT é claro ao dispor que "considera-se empregador a


empresa, individual ou coletiva, que, assumindo os riscos da atividade
econômica, admite, assalaria e dirige a prestação pessoal de serviços".
Assim, o risco do negócio deve ser suportado, exclusivamente, pelo
empregador, considerando que também é ele quem usufrui sozinho dos
lucros desse negócio. No caso, era condição indispensável para a
contratação do Autor que ele fosse proprietário de uma moto para poder
desenvolver suas atividades laborais. Neste contexto, a Reclamada deve
arcar com os ônus da sua escolha, haja vista que o fornecimento dos
instrumentos de trabalho, necessários para a prestação de serviços, constitui
sua obrigação, sob pena de transferência dos riscos da atividade
empresarial. Desse modo, se o Reclamante teve a sua moto roubada, a qual
era imprescindível para a prestação de serviços, durante o expediente
laborativo, tratando-se tal hipótese de risco inerente à atividade
empresarial, sendo completamente ilegal a responsabilização do empregado
em tais casos, correta a decisão primeva que condenou a Reclamada ao
pagamento da indenização por danos materiais postulada.
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Grifo Nosso

Processo: RR 4654512319985095555 465451-23.1998.5.09.5555

Relator(a): Horácio Raymundo de Senna Pires

Julgamento: 20/06/2001

Órgão Julgador:TST/3ª Turma.

Publicação: DJ 17/08/2001.

Ementa:

PROC. Nº TST-RR-465.451/98.8BANCÁRIO. ASSALTO. DANO AO


VEÍCULO DO EMPREGADO UTILIZADO, A SERVIÇO DO BANCO,
PARA TRANSPORTE DE VALORES. INDENIZAÇÃO REQUERIDA.
COMPETÊNCIA DA JUSTIÇA DO TRABALHO.

O judiciário trabalhista é competente para o julgamento de demanda decorrente


do contrato de emprego, como se verifica na espécie, em que o bancário, a
serviço do Banco, é vítima de assalto, sofrendo dano o veículo de sua
propriedade, utilizado para transporte de valores. A reparação do ilícito deve ser
a mais ampla possível, não bastando a restituição, pelo empregador, do valor da
franquia do seguro do veículo, sem condenar a depreciação do mesmo. Violação
ao art. 114 da Constituição Federal não demonstrada. Revista não conhecida.
DESCONTOSFISCAIS E PREVIDENCIÁRIOS. A jurisprudência desta Corte é
no sentido de que compete a Justiça do Trabalho autorizar os descontos fiscais e
previdenciários quando do pagamento dos débitos trabalhistas, em face do
Provimento 01/96 da Corregedoria Geral da Justiça do Trabalho (Orientação
Jurisprudencial nº 141 da SDI). Recurso conhecido e provido.

Segue também a transcrição de noticia publicada no sítio digital oficial do colendo


TST, no qual a decisão acima explanada é trazida em destaque, como uma inovação
daquela corte:

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VENDEDOR RECEBE INDENIZAÇÃO POR FURTO DE MOTO QUE
UTILIZAVA A SERVIÇO DA EMPRESA.

A Primo Schincariol Indústria de Cervejas e Refrigerantes S.A. foi


condenada pela Justiça do Trabalho a indenizar um ex-empregado que teve sua
motocicleta furtada durante o horário de serviço. A contratação do vendedor
tinha sido condicionada à utilização de veículo próprio. Assim, a empresa
tornou-se responsável pela perda ou deterioração da moto.

Estipulada em R$ 5 mil, a indenização por danos materiais fixada pela


Justiça do Trabalho de Goiás não foi alterada pela Quarta Turma do Tribunal
Superior do Trabalho (TST), no julgamento. Ao analisar o tema, o colegiado
entendeu que o recurso de revista da Schincariol pretendendo o fim da
condenação não reunia condições para ter o mérito examinado.

O trabalhador comprovou que o furto da motocicleta ocorreu em dia útil,


em horário comercial, durante o desempenho das suas atividades profissionais
em prol da Schincariol. Alegou também que, ao ser contratado, foi exigido que
possuísse um veículo tipo motocicleta, condição primordial para obter o
emprego, e que a empregadora pagaria uma ajuda de custo para manutenção do
veículo, como fez.

A motocicleta, assim, era exigida para o exercício da função de vendedor


externo, a serviço e em proveito da atividade empresarial. O vendedor requereu,
então, a condenação da empregadora ao pagamento de indenização no valor
equivalente ao veículo furtado durante a prestação de serviço, sob o fundamento
de que a empresa deveria suportar os riscos inerentes à atividade econômica.

O pedido foi julgado procedente logo na primeira instância, ainda mais


que o preposto da empresa confirmou a argumentação do trabalhador, ao dizer
em audiência que "a única forma do reclamante trabalhar era em veículo próprio
porque a empresa não fornece veículos". A Schincariol, então, recorreu ao
Tribunal Regional do Trabalho da 18ª Região (GO), sustentando que era opção
do autor utilizar veículo próprio para desempenhar suas atividades e que jamais
o obrigou a isso.

Ao julgar o recurso, o TRT manteve a sentença de primeiro grau.


Baseou-se no artigo 2º da Consolidação das Leis do Trabalho (CLT), segundo o
qual, cabe ao empregador fornecer as ferramentas que irão viabilizar as
atividades laborais. Dessa forma, entendeu que, a partir do momento em que a
empresa transfere o risco de sua atividade ao empregado, exigindo-lhe a
utilização de seus bens particulares para a execução do contrato, torna-se
responsável por eventual perda ou deterioração, independentemente de culpa ou
dolo.

O caso chegou ao TST por meio de novo recurso da empresa. Segundo o


relator, ministro Fernando Eizo Ono (foto), o recurso de revista empresarial não
merecia conhecimento porque a decisão regional não violou os artigos 818 da
CLT e 393, caput e parágrafo único, do Código Civil, nem os julgados
apresentados para comprovação de divergência jurisprudencial atendiam aos
requisitos essenciais.
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A Schincariol tentou ainda reduzir o valor da indenização. Quanto a isso,
o ministro Eizo Ono verificou que a conclusão do TRT tinha sido que o valor da
indenização por danos materiais era compatível com o mercado e a depreciação
do bem, em relação ao valor de compra constante da Nota Fiscal. Assim, ao
alegar violação do artigo 884 do Código Civil, a empresa utilizou legislação não
condizente com aquela em que se baseou o Tribunal Regional para a solução do
caso.

"A controvérsia não foi solucionada à luz do artigo 884 do Código Civil,
que trata de matéria diversa da abordada nos presentes autos - obrigação de
restituir valor indevidamente auferido, para evitar enriquecimento sem causa",
ressaltou o ministro. Com estes argumentos, a Quarta Turma, em decisão
unânime, não conheceu do recurso de revista quanto a essa questão.

Processo: RR - 32200-29.2008.5.18.0010

Segundo informações repassadas pelo obreiro, à época do roubo o valor da moto


girava em torno de R$ 8.000,00 (oito mil reais), pelo que requer a indenização material do
gasto com a moto desde a data do fato ocorrido.

.DAS HORAS EXTRAS

A jornada de trabalho do obreiro ia das 7:30/08:00H às 17:00h, sem intervalo para


alimentação e descanso, o que perfaz uma jornada diária de 08:30 horas/09:00H, de
segunda a sexta.

Pelo que se percebe, a jornada de trabalho do reclamante ultrapassava o limite de


horas determinado pela CLT (08 horas diárias e 44 horas semanais), o que enseja o
pagamento de Horas Extras. Normalmente o reclamante perfazia 01:30 horas extras
diárias, o que ocorria quase que de maneira simétrica, devendo-se levar em conta que na
jornada alegada NÃO HAVIA gozo de intervalo para alimentação e descanso.

É assegurada constitucionalmente a jornada de trabalho de 8 horas diárias e 44 horas


semanais para os trabalhadores urbanos, sendo que qualquer trabalho acima do fixado na
CF importará em prorrogação da jornada, devendo o empregador remunerar o serviço
extraordinário superior, no mínimo, em 50% à hora do normal, consoante prevê o art. 7º,
XVI, da CF, abaixo transcrito.
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Art. 7º São direitos dos trabalhadores urbanos e rurais, além de outros que visem
à melhoria de sua condição social:

(...)

XVI - remuneração do serviço extraordinário superior, no mínimo, em cinqüenta


por cento à do normal;

Estabelece, também, o art. 58 da CLT:

A duração normal do trabalho, para os empregados em qualquer atividade


privada, não excederá de 8 (oito) horas diárias, desde que não seja fixado
expressamente outro limite.

Diante da leitura dos artigos supramencionados, conclui-se que toda vez que o
empregado prestar serviços após esgotar-se a jornada normal de trabalho haverá trabalho
extraordinário, que deverá ser remunerado com o adicional de, no mínimo, 50% superior
ao da hora normal.

No caso em apreço, verifica-se que a Reclamante cumpria diariamente 01:30 horas


extraordinárias durante o período de vigência do contrato de trabalho, sendo que a
Reclamada jamais lhe efetuou o pagamento destas horas extraordinárias e seus reflexos
(por serem habituais), tampouco em sua rescisão contratual, valores estes que faz jus a
Reclamante em receber, conforme demonstrado acima.

.DO DANO MORAL

Conforme se extrai da documentação anexa, o reclamante teve seu vinculo


empregatício findado em 06.11.2015, porém até a presente data não foi pago a multa de
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40% do FGTS, valor este que o autor contava para sua subsistência quando da sua
rescisão.

Além disso, as verbas rescisórias não foram pagas da maneira correta, tendo em
vista que o mesmo recebeu um bem móvel como parte do pagamento de sua rescisão, além
de que não teve indenizada motocicleta que foi roubada em serviço.

As condutas da reclamada geraram dificuldades de manutenção de sua subsistência


familiar, bem como lhe causou sérios aborrecimentos e constrangimentos.

A Constituição Federal, em seu artigo 5°, dispõe que a proteção à intimidade, vida
privada, honra e imagem são direitos fundamentais, e sua violação pode ensejar a
reparação por dano moral.

Art. 5º

(...)

V - é assegurado o direito de resposta, proporcional ao agravo, além


da indenização por dano material, moral ou à imagem;

(...)

X - são invioláveis a intimidade, a vida privada, a honra e a imagem


das pessoas, assegurado o direito a indenização pelo dano material
ou moral decorrente de sua violação;

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Na atual ordem jurídica constitucional, dano moral não é mais entendido como
apenas aquele que atinge o âmbito psíquico da pessoa, causando-lhe "grande abalo
psicológico", mas sim como aquele que atinge os direitos da personalidade do indivíduo,
bem como a sua dignidade.

Ora, a dor, o sofrimento, vexame, o abalo emocional, etc., são consequências do


dano moral, e não sua causa, de modo que "pode ofensa à dignidade da pessoa humana
sem dor, vexame, sofrimento, assim como pode haver dor, vexame e sofrimento sem
violação da dignidade" (CAVALIERI FILHO, Sergio. Programa de Responsabilidade
Civil. 6ª edição. São Paulo: Malheiros, 2006, p. 101)

Nesse ínterim, os nossos Tribunais não têm acolhido os argumentos trazidos no bojo
de determinados processos, onde as partes alegam que situações como a que se vislumbrou
no presente caso não caracterizam dano moral em razão do fato ilícito ter causado "mero
incomodo".

No presente caso, além do evidente desrespeito com o reclamante e os


aborrecimentos e abalos psicológicos sofridos, que de nada valeu as gotas de suor
derramadas em prol da reclamada, a mesma veio a causar prejuízos efetivos ao autor, e
tudo isso em decorrência da sua falta de responsabilidade no momento de proceder
com a rescisão, bem como negativa de direitos legais de ressarcimento do obreiro.

Apenas a título informativo, o reclamante sempre fora um funcionário exemplar que


sempre cumpriu suas atribuições de maneira integral. O que aconteceu é absolutamente
inaceitável, especialmente pelo fato de vir de um condomínio do porte da reclamada.

A condenação em danos morais, não deve ser apenas suficiente para amenizar o
sofrimento das vítimas, mas principalmente para dissuadir empresas que praticam abusos
similares ao da Reclamada a praticar novos ilícitos perante seus funcionários.

Seguem algumas jurisprudências a respeito do tema:

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Ementa: RECURSO ORDINÁRIO DO RECLAMANTE.
INDENIZAÇÃO POR DANOSMORAIS. ATRASO NO
PAGAMENTO DAS VERBAS RESCISÓRIAS. BAIXA DACTPS.
Caso em que o atraso no pagamento das verbas rescisórias é
presumível, levando-se em conta a determinação judicial, em sede de
antecipação de tutela, para anotação da data da baixa do contrato de
trabalho na CTPS do reclamante, o que gerou prejuízos que
extrapolaram o limite do mero dissabor cotidiano. Devido o
pagamento de indenização por danos morais. Processo n° RO
00008281720135040741 RS 0000828-17.2013.5.04.0741; Relatora:
MARIA DA GRAÇA RIBEIRO CENTENO; Órgão Julgador: Vara
do Trabalho de Santo Ângelo; Julgamento: 10/07/2014.

Ementa: RECURSO ORDINÁRIO. DANO MORAL. ATRASO


NO PAGAMENTO DAS VERBAS RESILITÓRIAS.
CONFIGURAÇÃO. Embora o empregador tenha o direito
potestativo de rescindir o contrato de trabalho, tem o ônus de pagar,
no prazo legal, todas as verbas devidas, bem como dar baixa na
CTPS do trabalhador e entregar-lhe as guias para saque do FGTS e
do seguro-desemprego a fim de que se mantenha até obter nova
colocação no mercado de trabalho. Não o fazendo, deixa o
empregado subitamente desprovido de meios de arcar com suas
despesas e sustentar sua família, ficando privado até mesmo dos
valores que o auxiliariam em sua subsistência até obter uma nova
fonte de renda. O dano moral se configura por se tratar de dano in
re ipsa. Cabendo a reparação pelo sofrimento causado ao trabalhador
que se viu desprotegido e sem meios de sobreviver com a atitude
ilícita de seu empregador. Processo ° RO 00007911020135010341
RJ; Relator: Flavio Ernesto Rodrigues Silva; Órgão Julgador:
Décima Turma; Publicação: 20/10/2014.

Diante de tal situação, não pode a empresa ré prostrar-se impune.

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.Da função Reparatória, Punitiva e Pedagógica do Dano Moral:

Além da função reparatória - a indenização tem por finalidade reparar o dano sofrido
pela vítima, - há quem sustente que a indenização por dano moral tem também função
punitiva e pedagógica. Punitiva, porque serviria para punir o causador do dano e
pedagógica, porque visaria a reprimir e evitar práticas danosas reiteradas.

Enunciado 379, IV Jornada de Direito Civil: "O art. 944, caput, do Código Civil não
afasta a possibilidade de se reconhecer a função punitiva ou pedagógica da
responsabilidade civil."

REsp 860705. ADMINISTRATIVO - RESPONSABILIDADE


CIVIL - PENSIONAMENTO POR MORTE DE FILHO NO
INTERIOR DE ESCOLA MANTIDA PELO PODER PÚBLICO -
DEVER DE VIGILÂNCIA - DANO MATERIAL - SÚMULA
282/STF - DANO MORAL - AUMENTO DE VALOR DE
INDENIZAÇÃO.

1. Aplica-se a Súmula 282/STF em relação à tese em torno do dano


material, pois o Tribunal de origem não emitiu juízo de valor sobre
ela.

2. O valor do dano moral tem sido enfrentado no STJ com o


escopo de atender a sua dupla função: reparar o dano buscando
minimizar a dor da vítima e punir o ofensor para que não volte a
reincidir.

3. Fixação de valor que não observa regra fixa, oscilando de acordo


com os contornos fáticos e circunstanciais.

4. Aumento do valor da indenização para 300 salários mínimos.

5. Recurso especial conhecido em parte e, nessa parte, parcialmente


provido.

(Grifo Nosso)

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Para que essas finalidades sejam alcançadas, o valor da indenização não deve ser
tão alto a ponto de causar enriquecimento ilícito da vítima, nem tão ínfimo sob o ponto de
vista do ofensor.

Cabe analisar no caso concreto o que seria razoável e o que seria ínfimo,
principalmente quando se trata de uma situação tão esdrúxula, qual seja responsabilidade
por gerar à outrem aborrecimentos e insegurança em razão de descumprimento de
obrigação legal.

MARIA HELENA DINIZ (Curso de Direito Civil Brasileiro, 7º vol., 9ª ed.,


Saraiva), ao tratar do dano moral, ressalva que a reparação tem sua dupla função, a penal
"constituindo uma sanção imposta ao ofensor, visando à diminuição de seu patrimônio,
pela indenização paga ao ofendido, visto que o bem jurídico da pessoa (integridade física,
moral e intelectual) não poderá ser violado impunemente", e a função satisfatória ou
compensatória, pois "como o dano moral constitui um menoscabo a interesses jurídicos
extrapatrimoniais, provocando sentimentos que não têm preço, a reparação pecuniária
visa a proporcionar ao prejudicado uma satisfação que atenue a ofensa causada." Daí, a
necessidade de observar-se as condições de ambas as partes.

.Dos Elementos Do Dano Moral

Rui Stoco, em sua obra Responsabilidade Civil e sua Interpretação Judicial, 4 ed.
Ver. Atual. E ampl. Editora RT, p.59, nos traz que: "a noção de responsabilidade é a
necessidade que existe de responsabilizar alguém por seus atos danosos".

A única conclusão a que se pode chegar é a de que a reparabilidade do dano moral


puro não mais se questiona no direito brasileiro, porquanto uma série de dispositivos
constitucionais e infraconstitucionais garantem sua tutela legal.

À luz do artigo 186 do Código Civil, aquele que, por ação ou omissão voluntária,
negligência ou imprudência, violar direito e causar dano a outrem, ainda que
exclusivamente moral, comete ato ilícito.

Para que se caracterize o dano moral, é imprescindível que haja:


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a) ato ilícito, causado pelo agente, por ação ou omissão voluntária,
negligência ou imprudência;

b) ocorrência de um dano, seja ele de ordem patrimonial ou moral;

c) nexo de causalidade entre o dano e o comportamento do agente.

A presença do nexo de causalidade entre os litigantes está patente, sendo


indiscutível o liame jurídico existente entre eles, pois se não tivesse havido o
descumprimento das obrigações legais por parte da reclamada, o reclamante não se
restaria prejudicado, além de ter sofrido com aborrecimentos e constrangimentos.

Dano moral, frise-se, é o dano causado injustamente a outrem, que não atinja ou
diminua o seu patrimônio; é a dor, a mágoa, a tristeza infligida injustamente a outrem com
reflexo perante a sociedade.

Neste sentido, pronunciou-se o E. Tribunal de Justiça do Paraná:

"O dano simplesmente moral, sem repercussão no patrimônio, não


há como ser provado. Ele existe tão-somente pela ofensa, e dela é
presumido, sendo bastante para justificar a indenização" (TJPR -
Rel. Wilson Reback - RT 681/163).

A respeito, o doutrinador Yussef Said Cahali aduz: "O dano moral é presumido e,
desde que verificado ou pressuposto da culpabilidade, impõe-se a reparação em favor do
ofendido" (Yussef Said Cahali, in Dano e sua indenização, p. 90).

Em sentido similar, preconiza o Art. 927 do Código Civil:

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"Art. 927. Aquele que, por ato ilícito, causar dano a outrem, fica
obrigado a repará-lo".

Não se pode deixar de favorecer compensações psicológicas ao ofendido moral que,


obtendo a legítima reparação satisfatória, poderá, porventura, ter os meios ao seu alcance
de encontrar substitutivos, ou alívios, ainda que incompletos, para o sofrimento. Já que,
dentro da natureza das coisas, não pode o que sofreu lesão moral recompor o "status quo
ante" restaurando o bem jurídico imaterial da honra, da moral, da auto estima agredidos,
por que o deixar desprotegido, enquanto o agressor se quedaria na imunidade, na sanção?

Harmonizando os dispositivos legais feridos é de inferir-se que a reparação


satisfatória por dano moral é abrangente a toda e qualquer agressão às emanações
personalíssimas do ser humano, tais como a honra, dignidade, reputação, liberdade
individual, vida privada, recato, abuso de direito, enfim, o patrimônio moral que resguarda
a personalidade no mais lato sentido.

Em que pese o grau de subjetivismo que envolve o tema da fixação da reparação,


vez que não existem critérios determinados e fixos para a quantificação do dano moral, a
reparação do dano há de ser fixada em montante que desestimule o ofensor a repetir
o cometimento do ilícito.

Na aferição do quantum indenizatório, CLAYTON REIS (Avaliação do Dano


Moral, 1998, Forense), em suas conclusões, assevera que deve ser levado em conta o grau
de compreensão das pessoas sobre os seus direitos e obrigações, pois "quanto maior,
maior será a sua responsabilidade no cometimento de atos ilícitos e, por dedução lógica,
maior será o grau de apenamento quando ele romper com o equilíbrio necessário na
condução de sua vida social". Continua, dizendo que "dentro do preceito do 'in dubio pro
creditori' consubstanciada na norma do art. 948 do Código Civil Brasileiro, o importante
é que o lesado, a principal parte do processo indenizatório seja integralmente satisfeito,
de forma que a compensação corresponda ao seu direito maculado pela ação lesiva."

Bem se vê, à saciedade, ser indiscutível a prática de ato ilícito por parte das
requeridas, configurador da responsabilidade de reparação dos danos morais suportados
pelo autor.

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.DO BENEFÍCIO DA JUSTIÇA GRATUITA

O Autor declara ser pobre na forma da lei, não tendo, portanto, condições de mover
a presente demanda sem prejuízo de seu sustento e de sua família.

Assim, na forma do artigo 4º §1º da Lei 7.510/86, que deu nova redação à Lei
1.060/50 e do art. 790-A, da CLT, requer o autor que lhe sejam concedidos os benefícios
da justiça gratuita.

DO PEDIDO:

Diante de todo o exposto, vem o autor, respeitosamente à presença de V. Exa.,


REQUERER:

a) O processamento da presente demanda pelo rito sumaríssimo, por se enquadrar nos


termos de adequação legal ao aludido rito, com a análise do resumo de cálculos
abaixo do presente rol de pedidos;

b) A citação da reclamada no endereço mencionado no preâmbulo para, querendo,


contestar a presente ação, sobe pena de confissão e revelia;

c) A condenação da Reclamada ao pagamento do FGTS das competências não


recolhidas, quais sejam: Agosto/06, Junho/07, Outubro/2012 e Dezembro/2014,
acrescido da multa de 40%;

d) Multa do art. 477, §8º e 467, ambos da CLT;

e) Pagamento das diferenças rescisórias em razão do pagamento de parte das verbas


através da doação de um bem móvel (R$ 4.000,00);
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f) O pagamento de indenização a título de Danos Materiais sofridos pelo reclamante
em razão da não restituição da motocicleta roubada em serviço (R$ 8.000,00), com
as devidas atualizações desde a data do ato delituoso;

g) Pagamento das Horas Extras e seus reflexos nas verbas contratuais (13ª salário;
Férias + 1/3; FGTS e DSR) e rescisórias (13º salário proporcional; Férias + 1/3
proporcionais; Multa de 40% do FGTS; Saldo de Salário; Aviso Prévio), por serem
habituais;

h) O pagamento de indenização a título de Danos Morais sofridos pelo reclamante de


acordo com a fundamentação supra, no valor mínimo de R$ 5.000,00;

i) O pagamento de custas, despesas processuais e demais cominações legais, bem


como que sejam os pedidos acima atualizados monetariamente e acrescidos dos
juros de mora, contados da data do ato lesivo;

j) Que seja deferido o benefício da Justiça Gratuita e suas implicações legais;

k) Provar o alegado por todos os meios em Direito admitidos, especialmente


testemunhais, documentais e periciais, bem como o depoimento pessoal do
requerido.

Atribui à causa o valor de R$ 26.821,19 (vinte e seis mil oitocentos e vinte e um reais e
dezenove centavos).

Nestes Termos,

Pede e Espera Deferimento.


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Maceió, 19 de fevereiro de 2016.

Hugo R. Macias Gazzaneo Lucas de Góes Gerbase

OAB/AL 10.729 OAB/AL 10.828

Alan Souza Arruda

OAB/AL 10.746

CÁLCULOS

• FGTS (valor do salário x 8% x nº de meses em aberto) = 1.122,66 x 8% x 4 =


R$ 359,25.

• MUTA DE 40% DO FGTS(valor sacado pelo obreiro + diferenças dos meses


em aberto x 40%) = 7.160,80 + 359,25 x 40% = R$ 3.008,02.

• MULTA DO ART. 477 (valor equivalente a um mês de remuneração) = R$


1.122,66.
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• MULTA DO ART. 467 SOBRE 40% FGTS (40% FGTS x 50%) = 3.008,02 x
50% = R$ 1.504,01.

• DIFERENÇAS RESCISÓRIAS (valor da rescisão (TRCT) - valor


efetivamente recebido) = 5.369,18 - 1.369,18 = R$ 4.000,00.

• DANOS MATERIAIS = R$ 8.000,00

• HORAS EXTRAS (valor do salário / 176 x 50 % x nº de dias trabalhados nos


últimos 05 anos) = 1.122,66 /176 x 50% x 1.200 = R$ 3.827,25

• DANOS MORAIS = R$ 5.000,00

TOTAL: 26.821,19

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Carta AR
JUSTIÇA DO TRABALHO
TRIBUNAL REGIONAL DO TRABALHO - 19ª REGIÃO 9912341402
7ª Vara do Trabalho de Maceió
Avenida da Paz, 1994, Centro, MACEIO - AL - CEP: 57020-440 DR/AL
TEL.: (82) 21218155 - EMAIL: [email protected]
TRT19/Correios

DESTINATÁRIO:
CISNE IND. E COM. DE REFRIGERANTES LTDA.
AVENIDA MENINO MARCELO , s/n, Travessa Antares II, Lote 06 e 07, SERRARIA,
MACEIO - AL - CEP: 57046-000

CR: JO343692077BR

PROCESSO: 0000201-59.2016.5.19.0007
AÇÃO TRABALHISTA - RITO SUMARÍSSIMO (1125)
AUTOR: LUCIANO DA SILVA
RÉU: CISNE IND. E COM. DE REFRIGERANTES LTDA.

Data da AUDIÊNCIA: 28/04/2016 08:40h

NOTIFICAÇÃO PJe-JT

Fica V. Sa. notificado(a) para comparecer à audiência designada para o dia 28/04/2016 08:40h
na sala de audiências da 7ª Vara do Trabalho de Maceió, com endereço na Avenida da Paz,
1994, Centro, MACEIO - AL - CEP: 57020-440, e responder aos termos do processo
supramencionado, cuja petição inicial e documentos poderão ser acessados via internet, no site
http://pje.trt19.jus.br/documentos, digitando-se a(s) chave(s) abaixo.

Documentos associados ao processo

Título Tipo Chave de acesso**


Boletim de Ocorrência - Luciano
Documento Diverso 16021910105959200000003636620
da Silva
Extrato Analítico FGTS -
Extrato de Conta do FGTS 16021910103206700000003636616
Luciano da Silva
Comprovantes de Recebimento -
Documento Diverso 16021910092115600000003636606
FGTS - Luciano da Silva
Termo de Quitação de
TRCT - Luciano da Silva Rescisão do Contrato de 16021910090228100000003636602
Trabalho
Procuração + Docs. Pessoais -
Procuração 16021910075400700000003636593
Luciano da Silva
Petição Inicial Petição Inicial 16021910054638200000003636579

Assinado eletronicamente. A Certificação Digital pertence a: FELIPE RAMALHO DE MORAES Num. 393a0d1 - Pág. 1
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Número do documento: 16021913371432000000003639030
O NÃO COMPARECIMENTO IMPORTA JULGAMENTO DA AÇÃO A REVELIA, ALÉM DE
CONFISSÃO QUANTO À MATÉRIA DE FATO.

A defesa e os documentos deverão ser apresentados eletronicamente no sistema PJe até


01(uma) hora antes da audiência, sem prescindir da presença da parte, ou oralmente na forma
do art. 847 da CLT. Deverá também apresentar o número do CPF, CNPJ ou CEI, cópia do
contrato social ou última alteração, onde conste o nome e CPF do(s) proprietário(s) ou sócios.

As testemunhas, no máximo de 02(duas), deverão comparecer independentemente de


notificação (art. 852-H, §2º, da CLT).

OBS: Caso não consiga consultar a petição inicial via internet, deverá comparecer na secretaria
da vara antes do dia da audiência para receber as orientações.

MACEIO, 19 de Fevereiro de 2016.

FELIPE RAMALHO DE MORAES


Diretor de Secretaria

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Número do documento: 16021913371432000000003639030
EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ FEDERAL DA 7ª VARA DO TRABALHO DE
MACEIÓ - ESTADO DE ALAGOAS.

Autos nº: 0000201-59.2016.5.19.0007

Reclamante: Luciano da Silva

Reclamada: Cisne Indústria e Comércio de Refrigerantes Ltda.

CISNE INDÚSTRIA E COMÉRCIO DE REFRIGERANTES LTDA., pessoa jurídica de


direito privado, inscrita no CNPJ sob o nº 02.551.621/0001-99, com endereço localizado na Av. Menino
Marcelo, s/n, lotes 06 e 07, Serraria, nesta capital, neste ato representada por seu administrador Elzio Leal
Albuquerque, brasileiro, casado, inscrito no CPF sob 133.482.994-20, portador da cédula de identidade
sob o nº200.654 SSP/AL, residente e domiciliado nesta capital, por intermédio de seus advogados
infra-assinados, legalmente habilitados, conforme procuração em anexo (doc. 01), com endereço
profissional situado à Avenida Dr. Antônio Gomes de Barros, nº 625, The Square Park Office, sala 701,
Jatiúca, Maceió/AL, CEP 57036-000, onde indicam para o recebimento das intimações forenses, vem,
perante Vossa Excelência REQUERER a juntada do instrumento de procuração que segue em anexo,
para que surta seus efeitos legais.

Outrossim, , REQUER que as intimações referentes a estes autos sejam PUBLICADAS


EXCLUSIVAMENTE em nome da advogada LUANA ACIOLI DE CASTRO LOPES inscrita na
OAB/AL sob o nº 9.826.

Termos em que,

Pede Deferimento.

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Número do documento: 16042715215678100000003997463
Maceió/AL, 27 de abril de 2016.

Luana Acioli de C. Lopes

OAB/AL 9.826

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Número do documento: 16042715230171200000003997466
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Número do documento: 16042715260629700000003997525
EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ FEDERAL DA 7ª VARA DO TRABALHO DE
MACEIÓ - ESTADO DE ALAGOAS.

Autos nº: 0000201-59.2016.5.19.0007

Assinado eletronicamente. A Certificação Digital pertence a: LUANA ACIOLI DE CASTRO LOPES Num. f82f95f - Pág. 1
http://pje.trt19.jus.br/primeirograu/Processo/ConsultaDocumento/listView.seam?nd=16042715310437500000003997609
Número do documento: 16042715310437500000003997609
Reclamante: Luciano da Silva

Reclamada: Cisne Indústria e Comércio de Refrigerantes Ltda.

CISNE INDÚSTRIA E COMÉRCIO DE REFRIGERANTES LTDA., pessoa jurídica de


direito privado, inscrita no CNPJ sob o nº 02.551.621/0001-99, com endereço localizado na Av. Menino
Marcelo, s/n, lotes 06 e 07, Serraria, nesta capital, neste ato representada por seu administrador Elzio Leal
Albuquerque, brasileiro, casado, inscrito no CPF sob 133.482.994-20, portador da cédula de identidade
sob o nº200.654 SSP/AL, residente e domiciliado nesta capital, por intermédio de seus advogados
infra-assinados, legalmente habilitados, conforme procuração em anexo (doc. 01), com endereço
profissional situado à Avenida Dr. Antônio Gomes de Barros, nº 625, The Square Park Office, sala 701,
Jatiúca, Maceió/AL, CEP 57036-000, onde indicam para o recebimento das intimações forenses, vem,
perante Vossa Excelência, apresentar

CONTESTAÇÃO

em face da Reclamação Trabalhista proposta por LUCIANO DA SILVA, pelos substratos fáticos e
supedâneos jurídicos doravante consubstanciados:

I - DO CONTRATO DE TRABALHO E SUA RESCISÃO.

O Reclamante foi admitido em 01 de setembro de 2005, na função de office boy, sendo


demitido sem justa causa em 06 de novembro de 2015, quando então recebia um salário mensal de R$
1.122,66 (um mil, cento e vinte e dois reais e sessenta e seis centavos).

Irresignado com a dispensa, o Reclamante pleiteia o pagamento de verbas rescisórias, multa


de 40% sobre o seu FGTS, danos morais e materiais e horas extras, entre outros.

Ocorre que, as alegações e pedido do Reclamante não merecem prosperar, uma vez que todas
as verbas contratuais eventualmente devidas foram pagas no curso do contrato de trabalho, e, na
rescisão do contrato de trabalho a Reclamada realizou o escorreito pagamento dos valores devidos,
tendo a rescisão, inclusive sido homologada pelo sindicato sem qualquer ressalva.

Ou seja, verifica-se que a presente Reclamação Trabalhista nada mais é, senão a


irresignação do Reclamante diante da sua dispensa, inexistindo, portanto, a prática de qualquer ato
ilícito por parte da Reclamada, conforme restará demonstrado nesta contestação.

Assinado eletronicamente. A Certificação Digital pertence a: LUANA ACIOLI DE CASTRO LOPES Num. f82f95f - Pág. 2
http://pje.trt19.jus.br/primeirograu/Processo/ConsultaDocumento/listView.seam?nd=16042715310437500000003997609
Número do documento: 16042715310437500000003997609
II - PREJUDICIAL DE MÉRITO: DA PRESCRIÇÃO QUINQUENAL.

Conforme visto, o Reclamante foi contratado em 2005, o que caracteriza mais de 10(dez)
anos de vínculo empregatício junto à Reclamada.

Neste sentido, diante da omissão do Reclamante durante todos esses anos quanto à sua
suposta insatisfação, e com o objetivo de se evitar pedidos excessivos, a CF em seu artigo 7°, inciso
XXIX prevê juntamente com o artigo 11 da CLT a prescrição quinquenal. Vejamos:

Art. 7º São direitos dos trabalhadores urbanos e rurais, além de outros que visem à
melhoria de sua condição social:

XXIX - ação, quanto aos créditos resultantes das relações de trabalho, com prazo
prescricional de cinco anos para os trabalhadores urbanos e rurais, até o limite de dois
anos após a extinção do contrato de trabalho.

Art. 11 - O direito de ação quanto a créditos resultantes das relações de trabalho


prescreve:

I - em cinco anos para o trabalhador urbano, até o limite de dois anos após a extinção do
contrato;

Ou seja, a discussão processual a ser travada nos presentes autos deve observar os cinco anos
anteriores ao ajuizamento da presente ação. Assim, somente encontra-se passível de análise nestes autos a
relação contratual mantida entre as partes a partir de fevereiro de 2011, devendo este juízo extinguir do
processo eventual discussão com relação às verbas trabalhistas eventualmente devidas em relação a
período anterior.

III - PREJUDICIAL DE MÉRITO: DA PRESCRIÇÃO DO DANO MATERIAL.

Neste sentido, o pleito de Dano Material elaborado pelo Reclamante encontra-se prescrito,
pois, conforme asseverado pelo mesmo, ocorreu em julho de 2007,ou seja,quase 10 (dez)anos antes da
propositura da presente ação.

Neste sentido, explique-se que a competência trabalhista para as ações de reparação civil, nos
termos da pretensão da Reclamante, so-mente ficou pacificada sob a vigência da Emenda Constitucional
nº 45, de 31.12.2004, a partir de quando se pode dizer, definitivamente, que a prescrição passou a ser
regida pelo art. 7º, XXIX, da Constituição Federal, segundo o qual a "ação, quanto aos créditos
resultantes das relações de trabalho, com prazo prescricional de cinco anos para os trabalhadores
urbanos e rurais, até o limite de dois anos após a extinção do contrato de trabalho.".

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http://pje.trt19.jus.br/primeirograu/Processo/ConsultaDocumento/listView.seam?nd=16042715310437500000003997609
Número do documento: 16042715310437500000003997609
Ou seja, o Reclamante pode ajuizar a Reclamação Trabalhista no máximo até dois anos após o
termino do contrato de trabalho, o que, de fato ocorreu, entretanto, somente poderia pleitear direitos
relativos aos cinco anos anteriores ao ajuizamento.

Assim, em relação ao dano material decorrente da relação de trabalho, no caso de fato lesivo
verificado na vigência do atual Código Civil (11.01.2003) até a data da EC 45 (31.12.2004) submetem--se
ao prazo de 03 anos. Entretanto, os fatos lesivos verificados na vigência da EC 45 comportam o prazo de
05 (cinco) anos para ação, limitado a 02 (dois) anos após a extinção do contrato de trabalho.

Este é o atual entendimento da recentíssima jurisprudência do TST:

RECURSO DE REVISTA. PRESCRIÇÃO. INDENIZAÇÃO POR DANOS MATERIAL


E MORAL DECORRENTES DA RELAÇÃO DE EMPREGO. A jurisprudência desta
Corte Superior corrobora o entendimento do Regional de que o prazo prescricional para
requerer indenização por danos material e moral, em virtude da relação de emprego, é o
disciplinado no art. 7.º, XXIX, da Constituição Federal. Recurso de Revista não
conhecido. (TST - RR: 1306004120075010025 130600-41.2007.5.01.0025, Relator:
Maria de Assis Calsing, Data de Julgamento: 03/06/2009, 4ª Turma,, Data de Publicação:
19/06/2009)

DANOS MORAIS E MATERIAIS. PRESCRIÇÃO. FATO OCORRIDO


POSTERIORMENTE À EMENDA CONSTITUCIONAL Nº 45. AÇÃO AJUIZADA
APÓS TRANSCORRIDOS DOIS ANOS DO TÉRMINO DO VÍNCULO. Tal como
proferido, o v. acórdão está em conformidade com a jurisprudência desta Corte, que se
posicionou no sentido de ser trabalhista a prescrição aplicável às pretensões reparatórias
calcadas em fatos ocorridos após promulgada a Emenda Constitucional nº 45/2004. Logo,
tendo a lesão se consolidado em 28/2/2009, o término do contrato em 5/5/2009 e o
ajuizamento da ação em 24/10/2011, após, portanto, o biênio prescricional, o
processamento da revista encontra óbice na Súmula nº 333 desta Corte e no art. 896, § 4º,
da CLT. Agravo de instrumento não provido." (Processo nº AIRR -
1179-57.2011.5.04.0030 Data de Julgamento: 18/03/2015, Relator Desembargador
Convocado: Breno Medeiros, 8ª Turma, Data de Publicação: DEJT 20/03/2015).

Assim, o fato é que, seja para a aplicação do art. 7º, XXIX, da Constituição Federal, esta que
prevê prazo de 05 (cinco) anos para ação, limitado a 02 (dois) anos após a extinção do contrato de
trabalho, seja para a aplicação do prazo prescricional inserido no Código Civil, limitado a 03 (três) anos
após a ocorrência do fato, em se tratando de um fato ocorrido em 2007, por qualquer ângulo que se
analise o pleito, é inconteste que a pretensão autoral, decorrente da indenização por danos morais, foi
atingida pela prescrição.

Portanto, considerando que o direito não socorre aos que dormem, deve este d. Juízo
reconhecer a prescrição do presente pleito, julgando extinto o pedido com resolução do mérito, em
razão da ocorrência da prescrição devidamente demonstrada.
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http://pje.trt19.jus.br/primeirograu/Processo/ConsultaDocumento/listView.seam?nd=16042715310437500000003997609
Número do documento: 16042715310437500000003997609
IV - DO RESSARCIMENTO DO DANO. CONFISSÃO POR PARTE DO RECLAMANTE.

Caso este juízo decida por não acolher a tese da prescrição do dano material, o que se admite
apenas para fins de argumentação, imperioso esclarecer que o próprio obreiro confessa que a Reclamada o
ressarciu com a entrega de uma moto.

Entretanto, de forma ardilosa assevera o Reclamante que "a empresa impôs o recebimento de
uma MOTO pelo obreiro, atribuindo o valor de R$ 4.000,00 ao bem, somente pagando a diferença no
valor de R4 1.369,18 ao mesmo.", tentando fazer crer este juízo que a moto foi entregue como forma de
pagamento da rescisão.

Entretanto, a Reclamada impugna desde já tal alegação, explicando que pagou a rescisão em
dinheiro, conforme TRCT homologada pelo sindicato, e entregou a moto como forma de indenizar o
Reclamante, pela moto furtada no ano de 2007.

Destarte, não há o que se falar em pagamento de indenização por danos materiais em razão do
furto da sua moto, também porque o próprio Reclamante afirma que a Reclamada já lhe indenizou com
outra moto.

V - DA JORNADA DE TRABALHO.

Alega em sua inicial, "ia das 7:30/08:00H às 17:00h, sem intervalo para alimentação e
descanso, o que perfaz uma jornada diária de 08:30 horas/09:00H, de segunda a sexta.".

A Reclamada, desde já, impugna-se a jornada declinada na petição inicial, tendo em vista que
não corresponde à realidade fática, sendo tais alegações inverídicas.

Ademais, é pacífico o entendimento jurisprudencial de que o trabalho externo, incompatível


com o controle de jornada, não gera direito ao pagamento de horas extraordinárias, uma vez que o
empregador não conhece o tempo em que, efetivamente, o seu funcionário está a serviço da empresa.
Senão vejamos:

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TRABALHO EXTERNO. ART. 62, I, CLT. HORAS EXTRAS. INTERVALO
INTRAJORNADA. LABOR AOS FERIADOS. CONTROLE DE JORNADA NÃO
PROVADO. Nos termos do artigo 62, I, da CLT, o exercício de função externa à
empresa não enseja pagamento de horas extraordinárias, em razão da
incompatibilidade de controle da jornada com a atividade realizada. O que
caracteriza essa exceção é a circunstância de os trabalhadores estarem fora da
permanente fiscalização e controle do empregador, ante a impossibilidade de
conhecer-se o tempo realmente dedicado à empresa. Assim, o contrário deve ser
satisfatoriamente provado, o que não ocorreu na hipótese, porquanto embora seja
incontroverso que havia o controle sobre a movimentação dos veículos da empresa, o
que poderia viabilizar, em tese, concomitante averiguação da jornada, esse controle
era realizado por empresa terceirizada, com o intuito meramente de zelar pela
segurança da carga transportada. Inexistindo nos autos prova de efetivo controle de
horário pelo empregador, não há como deferir as horas extras postuladas na inicial.
Recurso Ordinário ao qual se nega provimento. (TRT-23 - RO: 526201100823006 MT
00526.2011.008.23.00-6, Relator: DESEMBARGADORA MARIA BERENICE, Data de
Julgamento: 23/05/2012, 2ª Turma, Data de Publicação: 24/05/2012)

Destarte, tendo sido contratado para a função de Office boy, recebendo, inclusive o adicional
de periculosidade para o exercício desta função, o Reclamante, este não laborava na sede da Reclamada,
realizando atividade externa, e sem controle de jornada.

Pelo exposto não há como persistir a alegação de que o Reclamante realizava horas extras,
devendo ser julgado improcedente este pedido.

VI - DO INTERVALO INTRAJORNADA.

No que tange ao intervalo intrajornada, o raciocínio é o mesmo, uma vez que, conforme já
mencionado, o Reclamante não laborava dentro da Reclamada, mas sim, fazia serviço externo e a
Reclamada não tinha controle de sua jornada, apenas quando regressava a empresa.

Em casos semelhantes ao que ora se discute, nos quais funcionários que realizam serviços
externos, alheios ao controle do empregador, os tribunais pátrios são uníssonos quanto a impossibilidade
de pagamento de intervalo intrajornada, entre outros:

HORAS EXTRAS. INTERVALO INTRAJORNADA. SERVIÇOS EXTERNOS.


Considerando a natureza das atividades desempenhadas pelo empregado, bem como
a inexistência de fiscalização por parte da empresa no intervalo destinado ao
repouso e alimentação, não há como acolher o pedido de horas extras pelo alegado
gozo parcial do intervalo intrajornada. (TRT-1 - RO: 00140008220095010342 RJ ,
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Relator: Monica Batista Vieira Puglia, Data de Julgamento: 14/05/2014, Quarta Turma,
Data de Publicação: 27/05/2014).

PRESTAÇÃO DE SERVIÇO EXTERNO. INTERVALO INTRAJORNADA


REDUZIDO. ÔNUS DA PROVA. Em se tratando de serviço prestado externamente,
o gozo de intervalo intrajornada abaixo dos parâmetros legais mínimos, em
decorrência das exigências do serviço, demanda prova sólida, a cargo do reclamante.
Sentença mantida. (TRT-18 996201000218008 GO 00996-2010-002-18-00-8, Relator:
PAULO PIMENTA, Data de Publicação: DJ Eletrônico Ano V, Nº 10 de 21.01.2011,
pág.10.).

Ademais, em se tratando de serviço prestado em ambiente externo à empresa, não basta a


simples alegação de que não gozava de intervalo intrajornada, sendo necessária a prova de tal alegação, o
que, não foi providenciado pelo Reclamante.

Portanto, nos termos da jurisprudência colacionada, deve este juízo julgar improcedente o
pleito do Reclamante, não havendo o que se falar em incidência de tais verbas no cálculo do repouso
semanal remunerado, conforme pretendido pelo Reclamante.

VII - DA MULTA DE 40% DO FGTS.

No que tange ao pedido de condenação da Reclamada na multa de 40% do FGTS, outra sorte
não merece o Reclamante uma vez que todos os valores devidos foram pagos no ato da rescisão do
contrato de trabalho.

Portanto, não há o que se falar em condenação da Reclamada no pagamento de tal verba,


uma vez que devidamente recolhida.

VIII - DO ESCORREITO PAGAMENTO DAS VERBAS RESCISÓRIAS. ASSISTÊNCIA DO SINDICATO


DA CATEGORIA.

Sabe-se que o artigo 477, §1º da CLT determina quea quitação dos empregados com mais de
um ano de serviço prestado para a mesma empresa terá sua validade condicionada à assistência da
entidade sindical ou autoridade do Ministério do Trabalho - Delegacia Regional do Trabalho (DRT), e
que o pagamento das verbas rescisórias deverá ser efetuado no ato da assistência.

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Neste ínterim, compulsando o TRCT do Reclamante, verifica-se que o mesmo foi
homologado pelo sindicato correspondente a categoria, este que verificou o pagamento de todas as verbas
devidas, inexistindo qualquer ressalva.

Ora Excelência, a homologação do TRCT, portanto, é garantia que protege aquele que age de
boa fé na relação, buscando trazer segurança jurídica aos pagamentos já efetuados, evitando assim, o risco
de nova cobrança dos valores já pagos.

Neste sentido, o enunciado 330 do TST é contundente ao asseverar que "A quitação passada
pelo empregado, com assistência de entidade sindical de sua categoria, ao empregador, com
observância dos requisitos exigidos nos parágrafos do art. 477 da CLT, tem eficácia liberatória em
relação às parcelas expressamente consignadas no recibo, salvo se oposta ressalva expressa e
especificada ao valor dado à parcela ou parcelas impugnadas.".

Portanto, a quitação abrange toda a parcela, e não apenas os valores lançados. Assim, não
pode o Reclamante, após a homologação do TRCT, ingressar com uma Reclamação Trabalhista
pretendendo o pagamento de diferenças, sob a alegação de que o pagamento não foi realizado em
dinheiro, e sim, na troca de uma moto, posto que a simples apresentação do TRCT homologado é
suficiente para afastar o pedido, pois presente a prova do regular pagamento do devido, não se discutindo
mais, o mérito do valor do pagamento.

Assim sendo, é de fácil constatação que não merece prosperar o pleito do Reclamante no
sentido de condenar a Reclamada ao pagamento de verbas rescisórias, uma vez que as verbas devidas
foram pagas de maneira escorreita, inclusive com a homologação do sindicato competente.

IX - DA INEXISTÊNCIA DE DANOS MORAIS.

Pretende ainda o Reclamante a condenação da Reclamada em danos morais justificando o


seu pleito na alegação de que "As condutas da reclamada geraram dificuldades de manutenção de sua
subsistência familiar, bem como lhe causou sérios aborrecimentos e constrangimentos..".

Ocorre que, ao analisar ainda que de forma rasa os argumentos da inicial, percebe-se que a
Reclamada, em nenhum momento, agiu com ilicitude, inexistindo negligência ou intenção de prejudicar e
ofender o Reclamante, não passando os alegados danos de meras argumentações desprovidas de qualquer
fundamento ou prova.

Ademais, a indenização por danos morais somente seria admitida se houvesse ocorrido
algum fato excepcional, causador de efetivo abalo de ordem subjetiva (v.g., humilhação, vexame público)
o que não foi referido pelo Reclamante na inicial, e nem poderia.

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Desta forma, o Reclamante não logrou êxito em demonstrar a ocorrência de abalo de
ordem moral subjetiva eventualmente causada, ou mesmo ofensa a algum dos atributos de sua
personalidade (honra, imagem, integridade física), situações que poderiam justificar a indenização por
danos morais.

Assim, tem-se que a indenização por danos morais somente se justificaria se tivesse
ocorrido algum tipo de prejuízo à moral e dignidade do Reclamante, com a demonstração do nexo de
causalidade e da culpabilidade do agente decorrente da ilicitude do ato. No presente caso, evidencia-se a
ausência dos requisitos acima descritos.

Por todo o exposto, resta caracterizada a inexistência de eventuais danos sofridos pelo
Reclamante, haja vista que não há sequer a demonstração de qual fato teria causado o suposto abalo
moral, bem como não houve comprovação de prejuízos morais por ele suportados.

Destarte, considerando que a reparação do dano pressupõe a culpabilidade do ofensor, quer


o seja a título de dolo ou de culpa, culpabilidade indiscernível na vicissitude, característica esta que não se
apresenta nos fatos, bem como que somente é devida indenização por danos morais, quando houver culpa
no sentido estrito da palavra do empregador, ausente tais pressupostos, não há o que se falar em
condenação da Reclamada em danos morais.

X- DA CONCLUSÃO.

Pelo exposto, requer a este juízo que se digne em, extinguir do processo discussões relativas
às verbas trabalhistas eventualmente devidas em relação a período anterior a fevereiro de 2011,
SOBRETUDO O DANO MATERIAL PLEITEADO, EM RAZÃO DA PRESCRIÇÃO, bem como,
se digne em julgar pela IMPROCEDÊNCIA TOTAL DA AÇÃO no sentido de:

a) Julgar improcedente o pedido do pagamento das competências de FGTS dos meses de


Agosto de 2006, Junho de 2007, Outubro de 2012 e Dezembro de 2014;

b) Julgar improcedente o pedido de multa de 40% do FGTS;

c) Julgar improcedente o pedido de pagamento de diferença de verbas rescisórias;

d) Julgar improcedente o pedido de danos morais;

e) Julgar improcedente o pedido de horas extras e seus reflexos;

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f) Julgar improcedente o pedido de danos materiais;

g) Julgar improcedente o pedido de multa dos artigos 477 e 467 da CLT;

Protesta a contestante pela produção de todas as provas em direito admitidas, requerendo


juntada de documentos anexos, e a notificação do Reclamante, inclusive para depoimento pessoal, sob
pena de confissão, a teor do Enunciado 74 da Súmula do TST, bem como prova testemunhal.

Termos em que,

Pede e aguarda Deferimento

Maceió/AL, 27de abril de 2016.

Luana Acioli de C. Lopes


OAB/AL 9.826

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ATA DE AUDIÊNCIA

PROCESSO: 0000201-59.2016.5.19.0007
RECORRENTE: LUCIANO DA SILVA
RECORRIDO(A): CISNE IND. E COM. DE REFRIGERANTES LTDA.

Em 28 de abril de 2016, na sala de sessões da MM. 7ª VARA DO TRABALHO DE MACEIO/AL,


sob a direção do Exmo(a). Juiz ALAN DA SILVA ESTEVES, realizou-se audiência relativa ao processo
identificado em epígrafe.

Às 10h57min, aberta a audiência, foram, de ordem do Exmo(a). Juiz do Trabalho, apregoadas as


partes.

Presente o(a) recorrente, acompanhado(a) do(a) advogado(a), Dr(a). HUGO RAFAEL MACIAS
GAZZANEO, OAB nº 10729/AL.

Presente o preposto do(a) recorrido(a), Sr(a). JOSÉ MARIA MEDEIROS DOS SANTOS,
acompanhado(a) do(a) advogado(a), Dr(a). VICTOR MARANHÃO ROCHA, OAB nº 11395/AL.

INSTALADA AUDIÊNCIA.

CONCILIAÇÃO REJEITADA.

Defesa escrita, com documentos apresentada pela reclamada.

ALÇADA FIXADA CONFORME A INICIAL.

Sobre defesa e documentos, o reclamante disse que: "discorda a afirmativa sobre o pagamento de
multa de 40% do FGTS, porque não há comprovação nos autos quanto ao pagamento. Manifesta-se pela
improcedência da tese trazida em prejudicial de mérito da prescrição do dano material alegado.

INÍCIO DA INSTRUÇÃO. DISPENSADOS OS DEPOIMENTOS DAS PARTES, SEM


OPOSIÇÃO.

INTERROGATÓRIO DA PRIMEIRA TESTEMUNHA DO RECLAMANTE. EMANOEL


MESSIAS NUNES DA SILVA, brasileiro, solteiro, cobrador, residente na Trav. Tobias Barreto, n. 3,
Bebedouro, Maceió, Alagoas, CPF 052.382.987-65. AOS COSTUMES, NADA DISSE. TESTEMUNHA
ADVERTIDA E COMPROMISSADA NA FORMA DA LEI. QUE trabalhou na reclamada no período de
fevereiro de 2007 e saiu no dia 15.11.2015, na função de cobrador, no horário das 08 às 18 horas, com
meia hora de almoço, de segunda a sábado, sábado até meio dia; que o reclamante fazia serviços de
motoboy dentro e fora da empresa; que o reclamante utillizava moto; que o reclamante chegava na
empresa 07:30/08 horas e saía 17/18 horas, com 20 a 30 minutos de almoço; que o reclamante fazia isso
para não perder o horário de banco; que a moto que o reclamante utilizava era de propriedade dele; que
lembra que aconteceu um furto na moto do reclamante, mas não sabe a data; que o reclamante disse na
época e todos na empresa sabiam; que foi roubada a moto e os pertences; que não sabe se o reclamante
deu queixa na polícia; que roubaram a moto do reclamante em serviço; que não sabe informar se a
empresa ajudou o reclamante a recuperar a moto; que a empresa comprou uma moto e deixou com o
reclamante usar; que o reclamante não recuperou a moto que foi roubada, de sua propriedade. O advogado
do reclamante não tem perguntas. PERGUNTAS DO ADVOGADO DA RECLAMADA. que o serviço
do depoente era de cobrador e fazia cobranças externas, mas ia na empresa prestar contas e pegar
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Número do documento: 16042812354722000000004002736
documentos, indo de manhã e no final da tarde; que sabe informar o horário de entrada do reclamante,
pois na maioria das vezes quando chegava já encontrava o reclamante lá; que algumas vezes que foi na
empresa prestar contas de valores altos, isso no horário de almoço, viu o reclamante almoçando por lá
numa quentinha; que esclarece que não era todos os dias que encontrava o reclamante na empresa, isso
acontecendo também no final da jornada; que o depoente não tinha horário fixo para ir na empresa; que ia
prestar contas no financeiro da empresa, mas o reclamante estava lá auxiliando. NADA MAIS DISSE
NEM LHE FOI PERGUNTADO.

O reclamante pediu a palavra e queria suscitar um incidente para esclarecimento. O reclamante


afirma que recebeu na sua rescisão apenas R$ 1.368.00 e uma moto no valor restante da rescisão de R$
4000,00 o que totalizou R$ 5.368,00. Na contestação da empresa item IV afirma a reclamada que pagou
arescisão em dinheiro em sua totalidade e que forneceu uma moto ao reclamante como forma de
compensação pela moto furtada em 2007. Portanto, verificando alegação do reclamante que somente
recebeu em pecunia o valor de R$ 1.369.18 bem como que tal valor foi pago através de depósito bancário
requer que o Juízo determine a intimação da empresa para que comprove a totalidade do pagamento bem
como que intime autoridade responsável pela homologação do TRCT para prestar esclarecimentos. O
Juízo em nome da equidade resolve investigar o incidente. Vista a reclamada para falar sobre o incidente
suscitado. A reclamada impugna tal incidente haja vista que toda a matéria de fato já encontra-se muito
bem exposta na peça de defesa da reclamada. O Juízo resolve apenas, por enquanto, inferir
esclarecimentos do reclamante e preposto.

O reclamante disse: que recebeu a moto e está com o recibo assinado para transferir para o seu
nome; que essa moto foi avaliada em R$ 4.000,00; que assinou os papéis na empresa, não foi no
sindicato, depois recebeu o valor do depósito na sua conta naquele valor de R$ 1.369,18; que recebeu o
FGTS e seguro desemprego; que essas moto foi para pagamento da rescisão e também porque como
motoboy não poderia ficar sem a moto.

O preposto disse: a moto que foi dada para negociação da recisão do reclamante; que era
interesse do próprio reclamante; que o reclamante não ficou no prejuízo comm relação a rescisão; que não
sabe se a diferença fora depositada ou dada diretamente ao reclamante.

O Juízo indefere outras diligências requeridas pelo reclamante, pois o processo encontra-se apto
para julgamento. Sem dúvidas.

As partes declaram que não tem outras provas. Foi encerrada a instrução. Razões finais
reiterativas da inicial e defesa.

Segunda proposta conciliatória recusada.

Sentença para a data abaixo.

Partes cientes.

Cientes os presentes (Súmula 197 do col. TST).

Audiência encerrada às 11h44min.

Nada mais.
ALAN DA SILVA ESTEVES
Juiz do Trabalho

Recorrente Recorrido(a)

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Número do documento: 16042812354722000000004002736
Advogado(a) do Recorrente Advogado(a) do Recorrido(a)

Paula Taciana C Lins de Lima

Diretor(a) de Secretaria

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PODER JUDICIÁRIO
JUSTIÇA DO TRABALHO
TRIBUNAL REGIONAL DO TRABALHO DA 19ª REGIÃO
7ª Vara do Trabalho de Maceió
RTSum 0000201-59.2016.5.19.0007
AUTOR: LUCIANO DA SILVA
RÉU: CISNE IND. E COM. DE REFRIGERANTES LTDA.

JUSTIÇA DO TRABALHO

TRIBUNAL REGIONAL DO TRABALHO DA 19ª REGIÃO

7ª VARA DO TRABALHO DE MACEIÓ

PROCESSO Nº 0000201-59.2016.5.19.0007

SENTENÇA EM AÇÃO TRABALHISTA

Parte Demandante: LUCIANO DA SILVA

Parte Demandada: CISNE IND. E COM. DE REFRIGERANTES LTDA.

Analisados os autos, foi proferida a seguinte sentença:

RELATÓRIO.

Trata-se de reclamação trabalhista interposta LUCIANO DA SILVA contra CISNE IND. E COM. DE
REFRIGERANTES LTDA nos termos dos pedidos veiculados pela petição inicial de Id. nº8f5dd14.

Devidamente notificada a reclamada, CISNE IND. E COM. DE REFRIGERANTES LTDA,


apresentou contestação de Id. nºf82f95f.

O feito foi instruído com prova documental juntada pelas partes e com depoimentos colhidos em
audiência de id nºea5e397.

A tentativa de conciliação restou frustrada. A alçada foi fixada conforme a exordial.

O feito está maduro para julgamento.

Passo a fundamentar e decidir.

FUNDAMENTAÇÃO.

DAS PRELIMINARES

1. Da preliminar de prescrição quinquenal.

Alegação da reclamada, na defesa, de prescrição quinquenal (CF, art. 7º, XXIX).

Convencimento. Acolhe-se. Prescritas às pretensões anteriores aos últimos cinco anos da propositura da
demanda, por isso, como a reclamação fora distribuída em 19/02/2016, tal instituto é aplicado aos
eventuais créditos anteriores a 19/02/2011.

2. Da preliminar de prescrição do pedido de indenização por dano moral decorrente de roubo de


moto.
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Número do documento: 16050209123677900000004015604
A empresa suscita que o descrito roubo da moto do reclamante durante o expediente de trabalho ocorreu
em 11/07/2007, de forma que a cobrança de indenização por danos morais decorrentes deste fato quase
nove anos depois, estaria prescrita.

Convencimento. O pleito de indenização por danos morais formulado tem natureza de crédito trabalhista,
ou pelo menos revestido assim, apesar de um "DNA" cível, e como tal deve se submeter ao prazo
prescricional estabelecido pela norma especial contida no inciso XXIX do art. 7º da Constituição Federal
que impõe ocorrência da prescrição em 5 anos.

Como o dano foi perpetrado, segundo a inicial, em 11/07/2007, operou-se a prescrição quinquenal total
em 11/07/2012, não sendo mais possível a sua discussão.

Preliminar acolhida para atingir especificamente o pedido de pagamento de indenização a título de Danos
Materiais sofridos pelo reclamante em razão da não restituição da motocicleta roubada em serviço, com as
devidas atualizações desde a data do ato delituoso.

DO MÉRITO.

3. Do pagamento da diferença de créditos rescisórios.

O reclamante informa que foi demitido sem justa causa em 06/11/2015, oportunidade em que assinou,
juntamente com a empresa e com assistência de sindicato responsável, a guia TRCT de id nº4b3310a.
Ainda conforme a exordial, os créditos rescisórios reconhecidos pela empresa foram pagos, parte em
dinheiro, e parte mediante a tradição de uma moto avaliada em R$4.000,00. Tendo em vista que tais
créditos devem ser obrigatoriamente pagos em dinheiro, o reclamante vem a Juízo pleitear a repetição de
tais valores.

A empresa atesta que efetuou o depósito integral em dinheiro e que também lhe transferiu a moto como
forma de ressarci-lo de prejuízos com o furto sofrido em 2007.

Convencimento. Segundo o art. 477, §4º da CLT o pagamento das verbas rescisórias será feito ao
empregado no ato da homologação da rescisão em dinheiro ou cheque, ou, somente em dinheiro, se o
empregado for analfabeto.

Note-se que o objetivo da norma é proteger o empregado para que seja efetivamente pago tudo o que lhe
for devido e para evitar que haja assinatura e homologação do TRCT com pagamento deferido para outro
momento sem que ocorra efetivamente. Entretanto, se o trabalhador é adequadamente assistido pelo
sindicato responsável, é corretamente instruído sobre a forma de quitação de suas verbas rescisórias e opta
por recebê-las de qualquer outra maneira (in natura, em parcelas, etc.) que considera mais conveniente e
proveitosa, não há que se falar em prejuízo ou nulidade.

É exatamente disto que se trata o presente caso.

Aqui, o empregado trabalha como motoboy, profissão para a qual é essencial o uso de motocicleta.
Conforme o próprio trabalhador atesta na petição inicial e, posteriormente em depoimento pessoal, no
momento da rescisão não era mais proprietário de moto alguma o que certamente lhe traria prejuízos.
Chegou mesmo a informar em sede de audiência que a ausência do veículo lhe causava prejuízos
profissionais, daí porque aceitou que parte do pagamento rescisório fosse feito mediante a tradição da
motocicleta nova. A opção lhe trouxe certamente benefícios e foi devidamente cumprida pela empresa.

Saliente-se ainda que, além de não haver sido detectado prejuízo ao empregado, como já mencionado, não
há indícios de coação para aceitação da proposta da empresa. Especialmente porque a rescisão foi feita
sob a tutela de sindicato competente e sem inclusão de qualquer ressalva, demonstrando que o aceite do
empregado foi livre e legítimo.

Assinado eletronicamente. A Certificação Digital pertence a: ALAN DA SILVA ESTEVES Num. 5db1156 - Pág. 2
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Número do documento: 16050209123677900000004015604
Por tudo o quanto exposto, especialmente por não ter sido identificado prejuízo ao empregado e por ter
havido reconhecido pagamento de valor equivalente às verbas rescisórias devidas, ainda que mediante
depósito e entrega de moto, o Juízo julga improcedentes os pedidos de: (a) Pagamento das diferenças
rescisórias em razão do pagamento de parte das verbas através da doação de um bem móvel (R$
4.000,00); (b) Multa do art. 477, §8º e 467, ambos da CLT, já que as verbas rescisórias incontroversas
foram pagas dentro do prazo legal, (c) O pagamento de indenização a título de Danos Morais sofridos
pelo reclamante em função de ter recebido parte das verbas rescisórias in natura.

4. Das horas extras e das horas de intervalo intrajornada. .

O reclamante relata que cumpria jornada das 07h30min às 17h00min sem intervalo intrajornada nem
pagamento de horas extras.

A empresa contesta arguindo que o empregado fazia jornada externa não sujeita a controle e, como tal,
não faz jus ao pagamento de horas extras nem de intervalo intrajornada.

Convencimento. Primeiramente cabe indicar que o reclamante ocupava o posto de auxiliar


administrativo, mas que efetivamente cumpria função de motoboy.

Embora se tratasse de motorista, empregado que faz trabalho externo e que, por isto, geralmente não está
sujeito a controle de jornada, no caso dos autos o controle era possível, e como tal, exigível. É que,
conforme testemunha ouvida, o reclamante comparecia a sede da empresa, pelo menos, no início e fim da
jornada, de sorte que, mesmo realizando a maior parte de suas atribuições na rua, ficava diretamente
vinculado ao controle da empresa que, nos casos dos motoboys, soem receber diariamente atividades,
documentos para entrega, pagamentos bancários, cheques para compensar, documentos para autenticar,
etc. mantendo vínculo constante com o empregador.

Assim, não se pode admitir a arguição da empresa de que era funcionário externo, não sujeito a controle
de jornada. Era, ao contrário, ônus da empresa efetuar tal controle de apresentá-lo em juízo sob penas de
se admitir por verdadeira a jornada informada na inicial.

No presente caso, além de tal presunção, observa-se que a única testemunha ouvida relatou que o
empregado iniciava e findava sua jornada em horários compatíveis com os informados na exordial,
constituindo mais um elemento de convicção válido para adoção dos parâmetros informados pelo
demandante.

Por todo o exposto, em especial a ausência de controles fidedignos de jornada e a compatibilidade entre
os horários atestados pela testemunha e os descritos na inicial, o Juízo admite que o reclamante cumprida
jornada das 07h30min ás 17h00min de segunda à sexta-feira.

Quanto ao intervalo intrajornada, era ônus do reclamante comprovar sua supressão, mas não se
desincumbiu adequadamente. É que a única testemunha ouvida, embora tenha mencionado que o autor
dispunha de apenas 20 ou 30 minutos para refeição, afirmou também que costumava trabalhar na rua,
indo à empresa rapidamente para buscar documentos ou para resolver assuntos pontuais. Desta forma,
embora seu depoimento possa atestar que era concedido descanso para almoço (já que via o empregado se
alimentando) não é contundente quanto ao tempo despendido nesta atividade, até porque, a visita rápida à
empresa teria que durar mais de uma hora para que a testemunha atestasse com segurança que o intervalo
concedido ao autor era inferior a 60 minutos.

Assim, considerados estes parâmetros, consta-se que a jornada semanal do reclamante encontrava-se
dentro das 44 horas fixadas por lei, de forma que são improcedentes os pleitos de: (a) horas de intervalo
intrajornada mais reflexos, (b) Horas Extras mais 50% e seus reflexos em 13ª salário; Férias + 1/3; FGTS
mais multa de 40%; DSR e verbas rescisórias como 13º salário proporcional; Férias + 1/3 proporcionais;
Saldo de Salário; Aviso Prévio.

5. Das competências faltantes de FGTS.


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Número do documento: 16050209123677900000004015604
O reclamante foi demitido sem justa causa e reclama que os pagamentos de FGTS não foram corretos
especificamente quanto há algumas competências que aponta.

Convencimento. Era ônus da empresa comprovar os recolhimentos de FGTS e não o fez adequadamente.
Note-se que o extrato juntado conforme documento de id nºbd77e2d revela competências em aberto,
impondo a conclusão de que há créditos a pagar.

Assim, o Juízo julga procedente o pedido de pagamento de diferença de FGTS, autorizada, desde já a
dedução dos valores indicados no extrato juntado pela empresa e já indicado linhas acima.

6. Dos benefícios da justiça gratuita.

Requerido pela reclamante na inicial. Defere-se o requerido. Tem-se a presunção de hipossuficiência do


trabalhador decorrente de seu pedido, de sua alegação de que não tem condições de arcar com os custos
do processo, além do possível estado de desemprego.

7. Dos honorários advocatícios.

Sem razão. O reclamante não cumpre os pressupostos da Lei n. 5584/70 e consubstanciados na Súmula n.
219 do C. TST, como, por exemplo, estar assistido por seu sindicato de classe. Pleito improcedente.

CONCLUSÃO:

Ante o exposto, decide este Juiz, titular da 7ª Vara do Trabalho de Maceió:

(1) ACOLHER a preliminar de prescrição quinquenal dos títulos anteriores a 19/02/2011;

(2) ACOLHER a preliminar de prescrição do pedido de pagamento de indenização a título de Danos


Materiais sofridos pelo reclamante em razão da não restituição da motocicleta roubada em serviço, com as
devidas atualizações desde a data do ato delituoso;

(3) JULGAR PROCEDENTES EM condenando a reclamada, CISNE IND. E COM. DE


REFRIGERANTES LTDA, a pagar a reclamante, LUCIANO DA SILVA, a quantia líquida de R$
2.001,54, referente ao pagamento de: diferença de FGTS, autorizada, desde já a dedução dos valores
indicados no documento de id nºbd77e2d. Tudo conforme cálculos de liquidação que integram a presente
sentença para todos os efeitos.

(3) JULGAR IMPROCEDENTES os pedidos de: (a) Pagamento das diferenças rescisórias em razão do
pagamento de parte das verbas através da doação de um bem móvel (R$ 4.000,00); (b) Multa do art. 477,
§8º e 467, ambos da CLT, já que as verbas rescisórias incontroversas foram pagas dentro do prazo legal,
(c) O pagamento de indenização a título de Danos Morais sofridos pelo reclamante em função de ter
recebido parte das verbas rescisórias in natura, (d) horas de intervalo intrajornada e reflexos, (e) Horas
Extras mais 50% e seus reflexos em 13ª salário; Férias + 1/3; FGTS mais multa de 40%; DSR e verbas
rescisórias como 13º salário proporcional; Férias + 1/3 proporcionais; Saldo de Salário; Aviso Prévio, (f)
Honorários advocatícios;

(4) DEFERIR ao reclamante os benefícios da Justiça Gratuita;

(5) FIXAR as custas processuais no importe de R$ 40,03, calculadas sobre R$ 2.001,54, a serem
suportadas pelo reclamado;

(6) DECLARAR que se trata de sentença líquida;

(7) ESTABELECER as seguintes condições de cumprimento da sentença, a teor do § 1º do art. 832 da


CLT, por ser o meio mais adequado de efetividade do processo e incentivar a cultura do cumprimento
espontâneo da decisão: (a) a reclamada deve pagar o valor devido ao reclamante, correspondentes aos
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Número do documento: 16050209123677900000004015604
títulos julgados procedentes, no prazo de 15 dias, com juros e correção monetária, a contar do trânsito em
julgado da decisão; (b) caso não pague, incorrerá em multa de 8% do montante atualizado da dívida e,
também, considerar-se-á, desde logo, já citada executoriamente, sujeitando-se às medidas de constrição,
independentemente de nova intimação;

(8) DECLARAR que as partes têm responsabilidades pelos encargos trabalhistas e fiscais nos limites
legais. A reclamada tem a obrigação de recolher. Ficam autorizadas as devidas retenções e recolhimentos
pela reclamada.

(9) DECLARAR que o título deferido tem natureza indenizatória e não há base de cálculo de contribuição
previdenciária;

(10) DECLARAR que a sentença foi antecipada da pauta designada, mas as partes ficam cientes da data
anteriormente marcada para efeito da súmula 197 do C. TST.

Maceió, AL, data do sistema PJE.

Alan Esteves

Juiz Titular

MACEIO, 27 de Maio de 2016

ALAN DA SILVA ESTEVES


Juiz do Trabalho Titular

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PODER JUDICIÁRIO FEDERAL
JUSTIÇA DO TRABALHO
TRIBUNAL REGIONAL DO TRABALHO - 19ª REGIÃO
7ª Vara do Trabalho de Maceió
Avenida da Paz, 1994, Centro, MACEIO - AL - CEP: 57020-440
TEL.: (82) 21218155(82) 21218155
EMAIL: [email protected]

PROCESSO: 0000201-59.2016.5.19.0007
AÇÃO TRABALHISTA - RITO SUMARÍSSIMO (1125)
AUTOR: LUCIANO DA SILVA
RÉU: CISNE IND. E COM. DE REFRIGERANTES LTDA.

CERTIDÃO

Certifico que a planilha de cálculos que integra a sentença de mérito segue em anexo.

MACEIO, 27 de Maio de 2016.

NILSON DE SOUZA BOMFIM JUNIOR


p/Diretor de Secretaria

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Poder Judiciário Processo 0000201-59.2016.5.19.0007
Justiça do Trabalho da 19ª Região Cálculo 0150.2016.0007

JurisCalc - Resumo do Demonstrativo do Cálculo


LUCIANO DA SILVA x CISNE IND. E COM. DE REFRIGERANTES LTDA.
FGTS 6.554,57
FGTS + MULTA PAGOS (TRCT, CONTA VINCULADA OU ALVARÁ) -7.236,97
MULTA SOBRE FGTS 2.621,83

Principal Corrigido 0,00 Bruto devido ao Reclamante 2.001,54


FGTS (8%) + Reflexos - Pago -682,40 Depósito FGTS + Juros de Mora 0,00
Multa FGTS + Reflexos 40,00 2.621,83 Honorários devidos a terceiros 0,00
Juros de Mora sobre FGTS 62,11 IRRF do Reclamante 0,00
Bruto devido ao Reclamante (1) 2.001,54 Líquido devido ao Reclamante (5) 2.001,54

INSS Segurado 0,00


INSS Empresa 23,00 0,00
Contribuição Social (Multa FGTS 10%) 0,00
Contribuição Social 0,5% 0,00
Outros débitos do reclamado (3) 0,00 Total devido ao INSS 0,00

Total Parcial 2.001,54

Custas de Conhecimento 40,03 Base de cálculo IRRF 0,00


Custas de Liquidação 0,00 IRRF do Reclamante 0,00
Custas pelo Reclamado (4) 40,03

Total devido pelo Reclamado (1+2+3+4) 2.041,57

Valores corrigidos pelo índice TR Mensal Emitido em 26/05/2016


Base das custas processuais = Bruto devido ao reclamante + Outros débitos do reclamado Valores atualizados até 26/05/2016
Percentual de Parcelas Remuneratórias: 0,00 % Percentual de Parcelas Tributáveis : 0,00 %

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Relatório Resumo - Ultima Atualização em 21/SET/2015 - Formatado para papel A4 6.0 R12 C12 (26/05/2016 17:53:30) NILSON.JUNIOR
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JurisCalc - Demonstrativo da Contribuição Social - Parcelas Deferidas
x
Competênci Verbas Verbas Total Verbas INSS INSS Retido INSS a Correção Juros INSS INSS INSS Total INSS Juros Multa Total
Remuneratória Remuneratóri Remuneratórias Segurado Recolher Monetária Trab % Segurado Empresa Terceiro Geral
do Pacto as Deferidas Atualizad Atualizad Atualizad

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Relatório Previdencia - Ultima Atualização em 22/OUT/2013 - Formatado para papel A4

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JurisCalc - Demonstrativo de Incidência de FGTS nas Parcelas Deferidas
x

Base Calculado

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Relatório FGTS - Ultima Atualização em 01/Jul/2011 - Formatado para papel A4
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JurisCalc - Demonstrativo da Apuração do Imposto de Renda Retido na Fonte
x
Qtde de Meses
(A)Valor Tributável (E)INSS Segurado (I)Dedução
(B)Juros Proporcionais (F)Pensão (J)IRRF Apurado
(C)Dependentes (G)Base de cálculo IRRF (K)Juros
(D)Aposentado Maior 65 (H)Alíquota (L)Multa
(M)Soma
Total IRRF Apurado
Total IRRF Recolhido
Total IRRF A Recolher

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NILSON DE SOUZA acordo com
JUNIOR as instruções normativas 1127/2011 e 1145/2011 Num. 54c7a65 - Pág. 4
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Relatório IRRF - Ultima Atualização em 22/OUT/2013 - Formatado para papel A4

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Poder Judiciário Processo 0000201-59.2016.5.19.0007
Justiça do Trabalho da 19ª Região Cálculo 0150.2016.0007
JurisCalc - Demonstrativo de Apuração de Juros
LUCIANO DA SILVA x CISNE IND. E COM. DE REFRIGERANTES LTDA.
Data Inicial Data Final Capital Dias Meses Taxa Mensal Taxa Acumulada Juros
19/02/2016 26/05/2016 Juros Tipo 3 1.939,44 96 1,0000 % 3,20 % 62,11
62,11

Juros 1 - Juros Simples de 0,5% a.m. até 26/02/1987, conforme art. 1062 do CC
Juros 2 - Juros Capitalizados de 1% a.m. a partir de 27/02/1987, conforme DL 2322/1987
Juros 3 - Juros Simples de 1% a.m. pro rata die, a partir de 04/03/1991, conforme lei 8177/91
Juros 4 - Juros Fazenda Pública pro rata die, a partir de 24/08/2001, conforme MP 2180-35/2001
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Relatório Juros - Ultima Atualização em 17/JUN/2014 - Formatado para papel A4 6.0 R12 C12 (26/05/2016 17:53:30) NILSON.JUNIOR
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Poder Judiciário Processo 0000201-59.2016.5.19.0007
Justiça do Trabalho da 19ª Região Cálculo 0150.2016.0007

JurisCalc - Demonstrativo de Cálculo


LUCIANO DA SILVA x CISNE IND. E COM. DE REFRIGERANTES LTDA.
Período do Calculo: 01/09/2005 06/11/2015 Data Ajuizamento: 19/02/2016 Data Liquidação: 26/05/2016

FGTS Período de 01/09/2005 a 06/11/2015


Não há incidências

( ( Base 3 / 1,00 ) x Percentual do FGTS ) x Quantidade


Período Mensal Base Div Mult Qtde Prop Dobra Dias Calculado Pago Diferença Índice Valor Corr.
1 a 30/09/2005 300,00 1,00 0,08 1,00 (30/30) Não 30/30 24,00 0,00 24,00 1,129071 27,10
1 a 31/10/2005 300,00 1,00 0,08 1,00 (30/30) Não 30/30 24,00 0,00 24,00 1,126705 27,04
1 a 30/11/2005 300,00 1,00 0,08 1,00 (30/30) Não 30/30 24,00 0,00 24,00 1,124536 26,99
1 a 31/12/2005 600,00 1,00 0,08 1,00 (30/30) Não 30/30 48,00 0,00 48,00 1,121990 53,86
1 a 31/01/2006 300,00 1,00 0,08 1,00 (30/30) Não 30/30 24,00 0,00 24,00 1,119386 26,87
1 a 28/02/2006 300,00 1,00 0,08 1,00 (30/30) Não 30/30 24,00 0,00 24,00 1,118575 26,85
1 a 31/03/2006 300,00 1,00 0,08 1,00 (30/30) Não 30/30 24,00 0,00 24,00 1,116261 26,79
1 a 30/04/2006 350,00 1,00 0,08 1,00 (30/30) Não 30/30 28,00 0,00 28,00 1,115308 31,23
1 a 31/05/2006 350,00 1,00 0,08 1,00 (30/30) Não 30/30 28,00 0,00 28,00 1,113206 31,17
1 a 30/06/2006 350,00 1,00 0,08 1,00 (30/30) Não 30/30 28,00 0,00 28,00 1,111054 31,11
1 a 31/07/2006 350,00 1,00 0,08 1,00 (30/30) Não 30/30 28,00 0,00 28,00 1,109112 31,06
1 a 31/08/2006 350,00 1,00 0,08 1,00 (30/30) Não 30/30 28,00 0,00 28,00 1,106417 30,98
1 a 30/09/2006 350,00 1,00 0,08 1,00 (30/30) Não 30/30 28,00 0,00 28,00 1,104736 30,93
1 a 31/10/2006 350,00 1,00 0,08 1,00 (30/30) Não 30/30 28,00 0,00 28,00 1,102669 30,87
1 a 30/11/2006 350,00 1,00 0,08 1,00 (30/30) Não 30/30 28,00 0,00 28,00 1,101257 30,84
1 a 31/12/2006 700,00 1,00 0,08 1,00 (30/30) Não 30/30 56,00 0,00 56,00 1,099583 61,58
1 a 31/01/2007 350,00 1,00 0,08 1,00 (30/30) Não 30/30 28,00 0,00 28,00 1,097182 30,72
1 a 28/02/2007 350,00 1,00 0,08 1,00 (30/30) Não 30/30 28,00 0,00 28,00 1,096391 30,70
1 a 31/03/2007 350,00 1,00 0,08 1,00 (30/30) Não 30/30 28,00 0,00 28,00 1,094338 30,64
1 a 30/04/2007 380,00 1,00 0,08 1,00 (30/30) Não 30/30 30,40 0,00 30,40 1,092948 33,23
1 a 31/05/2007 380,00 1,00 0,08 1,00 (30/30) Não 30/30 30,40 0,00 30,40 1,091105 33,17
1 a 30/06/2007 380,00 1,00 0,08 1,00 (30/30) Não 30/30 30,40 0,00 30,40 1,090065 33,14
1 a 31/07/2007 380,00 1,00 0,08 1,00 (30/30) Não 30/30 30,40 0,00 30,40 1,088466 33,09
1 a 31/08/2007 380,00 1,00 0,08 1,00 (30/30) Não 30/30 30,40 0,00 30,40 1,086873 33,04
1 a 30/09/2007 380,00 1,00 0,08 1,00 (30/30) Não 30/30 30,40 0,00 30,40 1,086490 33,03
1 a 31/10/2007 380,00 1,00 0,08 1,00 (30/30) Não 30/30 30,40 0,00 30,40 1,085251 32,99
1 a 30/11/2007 380,00 1,00 0,08 1,00 (30/30) Não 30/30 30,40 0,00 30,40 1,084611 32,97
1 a 31/12/2007 760,00 1,00 0,08 1,00 (30/30) Não 30/30 60,80 0,00 60,80 1,083917 65,90
1 a 31/01/2008 380,00 1,00 0,08 1,00 (30/30) Não 30/30 30,40 0,00 30,40 1,082824 32,92
1 a 29/02/2008 380,00 1,00 0,08 1,00 (30/30) Não 30/30 30,40 0,00 30,40 1,082561 32,91
1 a 31/03/2008 415,00 1,00 0,08 1,00 (30/30) Não 30/30 33,20 0,00 33,20 1,082118 35,93
1 a 30/04/2008 415,00 1,00 0,08 1,00 (30/30) Não 30/30 33,20 0,00 33,20 1,081086 35,89
1 a 31/05/2008 415,00 1,00 0,08 1,00 (30/30) Não 30/30 33,20 0,00 33,20 1,080291 35,87
1 a 30/06/2008 415,00 1,00 0,08 1,00 (30/30) Não 30/30 33,20 0,00 33,20 1,079054 35,82
1 a 31/07/2008 415,00 1,00 0,08 1,00 (30/30) Não 30/30 33,20 0,00 33,20 1,076993 35,76
1 a 31/08/2008 415,00 1,00 0,08 1,00 (30/30) Não 30/30 33,20 0,00 33,20 1,075300 35,70
Assinado eletronicamente. A Certificação Digital pertence
1 a 30/09/2008 a: NILSON DE
415,00 SOUZA BOMFIM
1,00 0,08 JUNIOR 1,00 (30/30) Não 30/30 33,20 0,00 33,20 1,073186
Num. 54c7a65 -35,63
Pág. 6
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Relatório Demonstrativo - Ultima Atualização 31/JAN/2014 - Formatado para papel A4 Folha 01 de 04 6.0 R12 C12 (26/05/2016 17:53:30) NILSON.JUNIOR
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LUCIANO DA SILVA x CISNE IND. E COM. DE REFRIGERANTES LTDA.
Período do Calculo: 01/09/2005 06/11/2015 Data Ajuizamento: 19/02/2016 Data Liquidação: 26/05/2016

FGTS Período de 01/09/2005 a 06/11/2015


Não há incidências

( ( Base 3 / 1,00 ) x Percentual do FGTS ) x Quantidade


Período Mensal Base Div Mult Qtde Prop Dobra Dias Calculado Pago Diferença Índice Valor Corr.
1 a 31/10/2008 415,00 1,00 0,08 1,00 (30/30) Não 30/30 33,20 0,00 33,20 1,070503 35,54
1 a 30/11/2008 415,00 1,00 0,08 1,00 (30/30) Não 30/30 33,20 0,00 33,20 1,068774 35,48
1 a 31/12/2008 830,00 1,00 0,08 1,00 (30/30) Não 30/30 66,40 0,00 66,40 1,066482 70,81
1 a 31/01/2009 415,00 1,00 0,08 1,00 (30/30) Não 30/30 33,20 0,00 33,20 1,064523 35,34
1 a 28/02/2009 465,00 1,00 0,08 1,00 (30/30) Não 30/30 37,20 0,00 37,20 1,064043 39,58
1 a 31/03/2009 465,00 1,00 0,08 1,00 (30/30) Não 30/30 37,20 0,00 37,20 1,062516 39,53
1 a 30/04/2009 465,00 1,00 0,08 1,00 (30/30) Não 30/30 37,20 0,00 37,20 1,062033 39,51
1 a 31/05/2009 465,00 1,00 0,08 1,00 (30/30) Não 30/30 37,20 0,00 37,20 1,061557 39,49
1 a 30/06/2009 465,00 1,00 0,08 1,00 (30/30) Não 30/30 37,20 0,00 37,20 1,060861 39,46
1 a 31/07/2009 465,00 1,00 0,08 1,00 (30/30) Não 30/30 37,20 0,00 37,20 1,059747 39,42
1 a 31/08/2009 465,00 1,00 0,08 1,00 (30/30) Não 30/30 37,20 0,00 37,20 1,059538 39,41
1 a 30/09/2009 465,00 1,00 0,08 1,00 (30/30) Não 30/30 37,20 0,00 37,20 1,059538 39,41
1 a 31/10/2009 465,00 1,00 0,08 1,00 (30/30) Não 30/30 37,20 0,00 37,20 1,059538 39,41
1 a 30/11/2009 465,00 1,00 0,08 1,00 (30/30) Não 30/30 37,20 0,00 37,20 1,059538 39,41
1 a 31/12/2009 930,00 1,00 0,08 1,00 (30/30) Não 30/30 74,40 0,00 74,40 1,058974 78,79
1 a 31/01/2010 510,00 1,00 0,08 1,00 (30/30) Não 30/30 40,80 0,00 40,80 1,058974 43,21
1 a 28/02/2010 510,00 1,00 0,08 1,00 (30/30) Não 30/30 40,80 0,00 40,80 1,058974 43,21
1 a 31/03/2010 510,00 1,00 0,08 1,00 (30/30) Não 30/30 40,80 0,00 40,80 1,058136 43,17
1 a 30/04/2010 914,67 1,00 0,08 1,00 (30/30) Não 30/30 73,17 0,00 73,17 1,058136 77,43
1 a 31/05/2010 536,00 1,00 0,08 1,00 (30/30) Não 30/30 42,88 0,00 42,88 1,057596 45,35
1 a 30/06/2010 536,00 1,00 0,08 1,00 (30/30) Não 30/30 42,88 0,00 42,88 1,056974 45,32
1 a 31/07/2010 536,00 1,00 0,08 1,00 (30/30) Não 30/30 42,88 0,00 42,88 1,055759 45,27
1 a 31/08/2010 536,00 1,00 0,08 1,00 (30/30) Não 30/30 42,88 0,00 42,88 1,054800 45,23
1 a 30/09/2010 536,00 1,00 0,08 1,00 (30/30) Não 30/30 42,88 0,00 42,88 1,054060 45,20
1 a 31/10/2010 536,00 1,00 0,08 1,00 (30/30) Não 30/30 42,88 0,00 42,88 1,053563 45,18
1 a 30/11/2010 536,00 1,00 0,08 1,00 (30/30) Não 30/30 42,88 0,00 42,88 1,053209 45,16
1 a 31/12/2010 1.072,00 1,00 0,08 1,00 (30/30) Não 30/30 85,76 0,00 85,76 1,051730 90,20
1 a 31/01/2011 567,00 1,00 0,08 1,00 (30/30) Não 30/30 45,36 0,00 45,36 1,050979 47,67
1 a 28/02/2011 567,00 1,00 0,08 1,00 (30/30) Não 30/30 45,36 0,00 45,36 1,050428 47,65
1 a 31/03/2011 601,00 1,00 0,08 1,00 (30/30) Não 30/30 48,08 0,00 48,08 1,049157 50,44
1 a 30/04/2011 986,67 1,00 0,08 1,00 (30/30) Não 30/30 78,93 0,00 78,93 1,048770 82,78
1 a 31/05/2011 590,00 1,00 0,08 1,00 (30/30) Não 30/30 47,20 0,00 47,20 1,047126 49,42
1 a 30/06/2011 590,00 1,00 0,08 1,00 (30/30) Não 30/30 47,20 0,00 47,20 1,045960 49,37
1 a 31/07/2011 590,00 1,00 0,08 1,00 (30/30) Não 30/30 47,20 0,00 47,20 1,044677 49,31
1 a 31/08/2011 590,00 1,00 0,08 1,00 (30/30) Não 30/30 47,20 0,00 47,20 1,042512 49,21
1 a 30/09/2011 590,00 1,00 0,08 1,00 (30/30) Não 30/30 47,20 0,00 47,20 1,041468 49,16
1 a 31/10/2011 590,00 1,00 0,08 1,00 (30/30) Não 30/30 47,20 0,00 47,20 1,040822 49,13
1 a 30/11/2011 590,00 1,00 0,08 1,00 (30/30) Não 30/30 47,20 0,00 47,20 1,040151 49,10
1 a 31/12/2011 1.180,00 1,00 0,08 1,00 (30/30) Não 30/30 94,40 0,00 94,40 1,039178 98,10
1 a 31/01/2012 659,00 1,00 0,08 1,00 (30/30) Não 30/30 52,72 0,00 52,72 1,038281 54,74
1 a 29/02/2012 659,00 1,00 0,08 1,00 (30/30) Não 30/30 52,72 0,00 52,72 1,038281 54,74
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LUCIANO DA SILVA x CISNE IND. E COM. DE REFRIGERANTES LTDA.
Período do Calculo: 01/09/2005 06/11/2015 Data Ajuizamento: 19/02/2016 Data Liquidação: 26/05/2016

FGTS Período de 01/09/2005 a 06/11/2015


Não há incidências

( ( Base 3 / 1,00 ) x Percentual do FGTS ) x Quantidade


Período Mensal Base Div Mult Qtde Prop Dobra Dias Calculado Pago Diferença Índice Valor Corr.
1 a 31/03/2012 659,00 1,00 0,08 1,00 (30/30) Não 30/30 52,72 0,00 52,72 1,037173 54,68
1 a 30/04/2012 699,00 1,00 0,08 1,00 (30/30) Não 30/30 55,92 0,00 55,92 1,036938 57,99
1 a 31/05/2012 699,00 1,00 0,08 1,00 (30/30) Não 30/30 55,92 0,00 55,92 1,036453 57,96
1 a 30/06/2012 699,00 1,00 0,08 1,00 (30/30) Não 30/30 55,92 0,00 55,92 1,036453 57,96
1 a 31/07/2012 699,00 1,00 0,08 1,00 (30/30) Não 30/30 55,92 0,00 55,92 1,036303 57,95
1 a 31/08/2012 1.168,63 1,00 0,08 1,00 (30/30) Não 30/30 93,49 0,00 93,49 1,036176 96,87
1 a 30/09/2012 699,00 1,00 0,08 1,00 (30/30) Não 30/30 55,92 0,00 55,92 1,036176 57,94
1 a 31/10/2012 699,00 1,00 0,08 1,00 (30/30) Não 30/30 55,92 0,00 55,92 1,036176 57,94
1 a 30/11/2012 699,00 1,00 0,08 1,00 (30/30) Não 30/30 55,92 0,00 55,92 1,036176 57,94
1 a 31/12/2012 699,00 1,00 0,08 1,00 (30/30) Não 30/30 55,92 0,00 55,92 1,036176 57,94
1 a 31/01/2013 699,00 1,00 0,08 1,00 (30/30) Não 30/30 55,92 0,00 55,92 1,036176 57,94
1 a 28/02/2013 699,00 1,00 0,08 1,00 (30/30) Não 30/30 55,92 0,00 55,92 1,036176 57,94
1 a 31/03/2013 734,00 1,00 0,08 1,00 (30/30) Não 30/30 58,72 0,00 58,72 1,036176 60,84
1 a 30/04/2013 1.192,00 1,00 0,08 1,00 (30/30) Não 30/30 95,36 0,00 95,36 1,036176 98,81
1 a 31/05/2013 734,00 1,00 0,08 1,00 (30/30) Não 30/30 58,72 0,00 58,72 1,036176 60,84
1 a 30/06/2013 734,00 1,00 0,08 1,00 (30/30) Não 30/30 58,72 0,00 58,72 1,036176 60,84
1 a 31/07/2013 734,00 1,00 0,08 1,00 (30/30) Não 30/30 58,72 0,00 58,72 1,035959 60,83
1 a 31/08/2013 734,00 1,00 0,08 1,00 (30/30) Não 30/30 58,72 0,00 58,72 1,035959 60,83
1 a 30/09/2013 734,00 1,00 0,08 1,00 (30/30) Não 30/30 58,72 0,00 58,72 1,035877 60,83
1 a 31/10/2013 734,00 1,00 0,08 1,00 (30/30) Não 30/30 58,72 0,00 58,72 1,034925 60,77
1 a 30/11/2013 734,00 1,00 0,08 1,00 (30/30) Não 30/30 58,72 0,00 58,72 1,034711 60,76
1 a 31/12/2013 734,00 1,00 0,08 1,00 (30/30) Não 30/30 58,72 0,00 58,72 1,034200 60,73
1 a 31/01/2014 734,00 1,00 0,08 1,00 (30/30) Não 30/30 58,72 0,00 58,72 1,033037 60,66
1 a 28/02/2014 734,00 1,00 0,08 1,00 (30/30) Não 30/30 58,72 0,00 58,72 1,032483 60,63
1 a 31/03/2014 778,00 1,00 0,08 1,00 (30/30) Não 30/30 62,24 0,00 62,24 1,032208 64,24
1 a 30/04/2014 1.284,00 1,00 0,08 1,00 (30/30) Não 30/30 102,72 0,00 102,72 1,031735 105,98
1 a 31/05/2014 778,00 1,00 0,08 1,00 (30/30) Não 30/30 62,24 0,00 62,24 1,031112 64,18
1 a 30/06/2014 778,00 1,00 0,08 1,00 (30/30) Não 30/30 62,24 0,00 62,24 1,030632 64,15
1 a 31/07/2014 778,00 1,00 0,08 1,00 (30/30) Não 30/30 62,24 0,00 62,24 1,029547 64,08
1 a 31/08/2014 778,00 1,00 0,08 1,00 (30/30) Não 30/30 62,24 0,00 62,24 1,028928 64,04
1 a 30/09/2014 778,00 1,00 0,08 1,00 (30/30) Não 30/30 62,24 0,00 62,24 1,028030 63,98
1 a 31/10/2014 1.045,98 1,00 0,08 1,00 (30/30) Não 30/30 83,68 0,00 83,68 1,026964 85,93
1 a 30/11/2014 1.058,08 1,00 0,08 1,00 (30/30) Não 30/30 84,65 0,00 84,65 1,026469 86,89
1 a 31/12/2014 1.045,98 1,00 0,08 1,00 (30/30) Não 30/30 83,68 0,00 83,68 1,025389 85,80
1 a 31/01/2015 1.076,98 1,00 0,08 1,00 (30/30) Não 30/30 86,16 0,00 86,16 1,024489 88,27
1 a 28/02/2015 1.092,15 1,00 0,08 1,00 (30/30) Não 30/30 87,37 0,00 87,37 1,024317 89,50
1 a 31/03/2015 1.098,37 1,00 0,08 1,00 (30/30) Não 30/30 87,87 0,00 87,87 1,022992 89,89
1 a 30/04/2015 1.136,15 1,00 0,08 1,00 (30/30) Não 30/30 90,89 0,00 90,89 1,021894 92,88
1 a 31/05/2015 1.145,89 1,00 0,08 1,00 (30/30) Não 30/30 91,67 0,00 91,67 1,020717 93,57
1 a 30/06/2015 1.124,04 1,00 0,08 1,00 (30/30) Não 30/30 89,92 0,00 89,92 1,018870 91,62
1 a 31/07/2015 1.122,66 1,00 0,08 1,00 (30/30) Não 30/30 89,81 0,00 89,81 1,016527 91,30
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LUCIANO DA SILVA x CISNE IND. E COM. DE REFRIGERANTES LTDA.
Período do Calculo: 01/09/2005 06/11/2015 Data Ajuizamento: 19/02/2016 Data Liquidação: 26/05/2016

FGTS Período de 01/09/2005 a 06/11/2015


Não há incidências

( ( Base 3 / 1,00 ) x Percentual do FGTS ) x Quantidade


Período Mensal Base Div Mult Qtde Prop Dobra Dias Calculado Pago Diferença Índice Valor Corr.
1 a 31/08/2015 1.973,76 1,00 0,08 1,00 (30/30) Não 30/30 157,90 0,00 157,90 1,014633 160,21
1 a 30/09/2015 1.124,04 1,00 0,08 1,00 (30/30) Não 30/30 89,92 0,00 89,92 1,012688 91,06
1 a 31/10/2015 1.122,66 1,00 0,08 1,00 (30/30) Não 30/30 89,81 0,00 89,81 1,010879 90,79
1 a 06/11/2015 1.122,66 1,00 0,08 1,00 (06/30) Não 30/30 17,96 0,00 17,96 1,009569 18,13
6,554.57

FGTS + MULTA PAGOS (TRCT, CONTA VINCULADA OU ALVARÁ) Período de 01/09/2005 a 06/11/2015
Não há incidências

Valor Informado
Período Mensal Base Div Mult Qtde Prop Dobra Dias Calculado Pago Diferença Índice Valor Corr.
1 a 06/11/2015 0,00 1,00 1,00 1,00 Não Não 30/30 0,00 7.168,37 -7.168,37 1,009569 -7.236,97
-7,236.97

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EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DA 7ª VARA DO TRABALHO DA COMARCA
DE MACEIÓ-AL.

Processo nº 0000201-59.2016.5.19.0007

LUCIANO DA SILVA, devidamente qualificado nos autos do processo acima epigrafado, por seu
advogado que esta subscreve, inconformado com a respeitável sentença de ID 5db1156, vem tempestiva e
respeitosamente perante Vossa Excelência opor:

EMBARGOS DE DECLARAÇÃO

com base no artigo 897-A da CLT e 937 e seguintes do CPC, pelos fatos e fundamentos expostos a seguir.

.DA TEMPESTIVIDADE

Conforme consta na Sentença, (ID 5db1156), a decisão foi proferida no dia 27 de maio de 2016.

Como o prazo previsto para a interposição dos Embargos de Declaração é de 05 (cinco) dias,
tempestivo, portanto, o presente Recurso.

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.SÍNTESE DO PROCESSO

Foi proposta Reclamação Trabalhista pelo embargante em face de CISNE IND. E COMERCIO
DE REFRIGERANTES LTDA., pleiteando Diferenças de Verbas Rescisórias; Horas Extras; Dano
Material; Dano Moral; Recolhimento do FGTS das competências de Agosto/06, Junho/07,
Outubro/2012 e Dezembro/2014; Multa de 40% e as Multas dos artigos 467 e 477, §8º da CLT.

Houve a notificação da reclamada, e mesma compareceu à audiência munida da contestação e sem


proposta de acordo, restando o feito maduro para prolação de sentença.

.SÍNTESE DA SENTENÇA

Em sua decisão, o Exo. Juízo do Trabalho de 1º grau julgou procedente em parte os pedidos
elaborados na exordial, contudo não analisou o pedido da incidência da Multa de 40% sobre o
pagamento das diferenças de FGTS, razão pela qual julgou improcedentes os pedidos de
condenação nas Multas dos artigos 467 e 477, §8º da CLT.

No mérito, julgou procedente o pedido condenando a reclamada, CISNE IND. E COM. DE


REFRIGERANTES LTDA, a pagar a reclamante, LUCIANO DA SILVA, a quantia líquida de R$
2.001,54, referentes ao pagamento de diferença de FGTS, sem analisar o pedido de multa de 40%
sobre a totalidade dos recolhimentos.

Finalizando a parte meritória, julgou improcedentes os pedidos da condenação nas multas dos
artigos 467 e 477,§8º da CLT, dentre outros.

.DAS RAZÕES DOS EMBARGOS

.Da Omissão
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Conforme já relatado, o Douto Juiz de piso concedeu o direito ao embargante ao recebimento das
diferenças dos recolhimentos de FGTS. Porém, não mencionou nada acerca da condenação ao
pagamento da multa de 40%, pedido este relatado de maneira expressa nos Pedidos e Causa de
Pedir.

Dessa forma, tal omissão influenciou no indeferimento do pedido de condenação ao pagamento


das multas dos artigos 467 e 477, §8º da CLT, fundamentando sua decisão no sentido de que as verbas
rescisórias incontroversas foram pagas dentro do prazo legal.

Ou seja, houve um pequeno equívoco no julgamento do pleito, visto que, pelo fato da omissão em
face da análise do pedido de multa de 40% sobre os recolhimentos de FGTS, gerou o não direito ao
recebimento das multas legais.

.Da Contradição + Omissão + Erro de Fato

Foi concedido o direito ao reclamante em receber as diferenças do FGTS das competências de


Agosto/06, Junho/07, Outubro/2012 e Dezembro/2014, contudo como não foi julgado o pedido da
Multa de 40%, entendendo o Juízo que as verbas rescisórias incontroversas restaram pagas dentro do
prazo legal.

Contudo, vale ressaltar que, a quebra do vínculo de emprego se deu por iniciativa do
empregador sem justo motivo, e quando tal situação se vislumbra, deverá o empregador arcar com
o pagamento de 40% sobre o saldo existente na conta vinculada do seu empregado.

Dessa forma, Meritíssimo, pelo fato do embargante não ter recebido a multa de 40% do FGTS,
deveram incidir às multas dos artigos 467 e 477, §8º da CLT.

Outrossim, vejamos alguns julgados sobre esse tema:

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EMBARGOS DE DECLARAÇÃO. IRREGULARIDADE DE
REPRESENTAÇÃO. EQUÍVOCO DA SECRETARIA, NA JUNTADA DO
INSTRUMENTO DE PROCURAÇÃO REFERIDO EM ATA DE
AUDIÊNCIA. ADMISSÃO DO APELO. SERVIÇOS TERCEIRIZADOS.
ATIVIDADE-MEIO. DIFERENÇA DE FGTS. MULTAS DOS ARTS. 467 E
477 DA CLT.
1.Constatada falta da Secretaria, na juntada do instrumento de procuração, é de
rigor afastar-se a irregularidade de representação declarada.
2 Inviável o enquadramento na categoria bancária, se a atividade da obreira não
se inseria na atividade-fim da beneficiária.
3.A diferença de FGTS, por se tratar de verba rescisória, gera as multas dos
arts. 467e 477da CLT.
4.Embargos providos, com efeito modificativo, para dar provimento parcial ao
recurso empresarial e ao apelo adesivo obreiro. (Processo nº 66600512007506
PE 0066600-51.2007.5.06.0006, Relatora: Aline Pimentel Gonçalves,
Publicação: 19/02/2009). (Grifo nosso).

Ementa: Aplicação da multa do artigo 467 da CLT sobre o FGTS +


40%.Tendo em vista que a multa de 40% sobre o FGTS é parcela rescisória
típica e verificando-se que seu inadimplemento restou incontroverso, sobre ela
deve incidir o acréscimo de 50%. Defiro o pagamento da multa do art. 467 da
CLT sobre o FGTS + 40%. Do intervalo - natureza salarial. O intervalo
intrajornada, quando não concedido, tem natureza salarial e deve ser remunerado
com o acréscimo idêntico aos das horas extras e reflexos conforme entendimento
do artigo 71 , parágrafo 4º da CLT e da Orientação Jurisprudencial nº 354 da
SDI-1 do C. TST. Multas - responsabilidade subsidiária. A condenação
subsidiária do tomador de serviços abrange todas as verbas devidas pelo devedor
principal,inclusive as multas do artigo 467 e 477 da CLT . Responsabilidade da
2ª reclamada pelas multas do artigo 467 e 477 da CLT . (Processo nº RECORD
50200720102003 SP 00050-2007-201-02-00-3, Relator: Delvio Buffulin, Órgão
Julgador: 12ª Turma, Publicação: 18/12/2019)

Ementa: RECURSO DE REVISTA. PROCESSO ELETRÔNICO - MULTAS


PREVISTAS NOS ARTS. 467 E 477 DA CLT . NÃO INCIDÊNCIA SOBRE
OS DEPÓSITOS DO FGTS. VERBA DE NATUREZA NÃO RESCISÓRIA.
INCIDÊNCIA SOBRE A MULTA DE 40% DO FGTS. As penalidades
previstas nos arts. 467 e 477 da CLT devem ser interpretadas de maneira
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restritiva, de modo a abranger, em seus cálculos, apenas as verbas de natureza
rescisória. Não se caracterizando como tal, os depósitos do FGTS devem ser
excluídos desta conta. No entanto, a respeito da multa de 40% sobre o FGTS,
a matéria não comporta discussões, porquanto o valor em questão detém
claramente a natureza de verba rescisória, e, por este motivo, deve compor
o cálculo das sanções em deslinde. Recurso de Revista conhecido e
parcialmente provido.(Processo nº RR 3865320135230052, Relator: Márcio
Eurico Vitral Amaro, Órgão Julgador: 8ª Turma, DEJT 27/02/2015). (Grifo
nosso)

Dessa forma, resta-se claro a natureza rescisória da multa de 40% sobre os depósitos de FGTS,
devendo, portanto, incidir as multas dos artigos 467 e 477, §8º da CLT.

Neste caso, evidente a CONTRADIÇÃO e OMISSÃO trazida na aludida parte do dispositivo de


sentença, haja vista o Douto Julgador ter se abstido de levar em consideração o reconhecimento da
multa de 40%, não reconheceu o direito ao embargante ao recebimento das multas dos artigos
supramencionados. O que tem direito.

.DO CABIMENTO DOS EMBARGOS DE DECLARAÇÃO

Conforme mencionado anteriormente, o Douto Magistrado foi omisso quanto à análise do pedido
de multa de 40% sobre os depósitos do FGTS, onde não se manifestou, e pelo fato dessa verba ser
rescisória, o pedido acerca das condenações nas multas dos artigos 467 e 477, §8º da CLT, julgado
improcedente, sob a fundamentação das verbas incontroversas terem sido quitadas dentro do prazo legal,
deve ser reformado, visto sua contradição.

Nos termos do artigo 897-A da CLT, caberá Embargos de Declaração em casos de omissão,
obscuridade e contradição no julgado. Como no presente caso este Douto juízo foi omisso e
contraditório, verifica-se que o presente Embargos é o meio cabível para a respeitável sentença seja
esclarecida.

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Assim sendo, requer seja esclarecida a omissão e contradição da respeitável sentença de ID
5db1156.

.Do Efeito Modificativo

Cumpre ressaltar que a respeitável decisão, além de ter sido omissa e contraditória, julgou a Ação
Trabalhista ajuizada como procedente em parte, vindo a prejudicar a Embargante, quanto a estes pleitos,
vez que não foram analisados da forma completa.

O artigo 897-A da CLT, C/C a OJ 142 da SDI do Egrégio TST, permite a obtenção de efeito
modificativo no julgado. Inclusive, conforme menciona o saudoso Valentim Carrion, em sua obra
"Comentários à Consolidação das Leis do Trabalho" (2006, p. 894), o TST entende que, em razão do
efeito modificativo, a parte contrária deve ser intimada para que, sendo sua vontade, se manifeste sobre os
Embargos de Declaração.

. DOS PEDIDOS

Assim sendo, requer deste douto juízo que:

• Aplique o efeito modificativo na decisão, analisando corretamente os fatos trazidos pelo


embargante e manifeste-se acerca do pedido de multa de 40% sobre os depósitos do FGTS, bem como
condene a embargada ao pagamento das multas dos artigos 467 e 477, §8º da CLT visto sua natureza
rescisória.

• Requer ainda, em razão do efeito modificativo e do próprio Princípio Constitucional do


Contraditório, a intimação da Embargada para que apresente suas contra razões.

Nestes termos,

pede deferimento.

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Maceió, 02 de junho de 2016.

___________________________________

HUGO RAFAEL MACIAS GAZZANEO

OAB/AL 10.729

_____________________________________

FELIPE ALVES PEREIRA

OAB/AL 12.510

Assinado eletronicamente. A Certificação Digital pertence a: HUGO RAFAEL MACIAS GAZZANEO Num. 1690afc - Pág. 7
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Número do documento: 16060216105354200000004195296
PODER JUDICIÁRIO
JUSTIÇA DO TRABALHO
TRIBUNAL REGIONAL DO TRABALHO DA 19ª REGIÃO
7ª Vara do Trabalho de Maceió
RTSum 0000201-59.2016.5.19.0007
AUTOR: LUCIANO DA SILVA
RÉU: CISNE IND. E COM. DE REFRIGERANTES LTDA.

7ª Vara do Trabalho de Maceió/AL


Avenida da Paz, 1994, Centro, MACEIÓ - AL - CEP: 57020-440
TEL.: (82) 21218155
EMAIL: [email protected]

PROCESSO: 0000201-59.2016.5.19.0007
AÇÃO TRABALHISTA - RITO SUMARÍSSIMO (1125)
AUTOR: LUCIANO DA SILVA
RÉU: CISNE IND. E COM. DE REFRIGERANTES LTDA.

CERTIDÃO

Certifico que os embargos de declaração opostos pela parte reclamante (ID 1690afc) são tempestivos,
pois, embora não tenha constado na ata de audiência de ID ea5e397, por equívoco, a data designada para
a publicação da sentença, a referida decisão fora disponibilizada no sistema PJe em 27/05/2016 e os
embargos apresentados em 02/06/2016.

À consideração superior.

MACEIÓ/AL., 10 de Junho de 2016

LAISE ALVES PACHECO,

p/ Diretor de Secretaria

DESPACHO

Intime-se a parte reclamada dos termos da sentença de mérito de ID 5db1156, bem como para, querendo,
impugnar os embargos de declaração no prazo legal.

MACEIÓ/AL., 10 de Junho de 2016.

Assinado eletronicamente pelo Juiz do Trabalho abaixo indicado

(Art. 1º, §2º, III, "a" da Lei nº 11.419,de 19 de dezembro de 2006)


Assinado eletronicamente. A Certificação Digital pertence a: ALAN DA SILVA ESTEVES Num. 88bcae3 - Pág. 1
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MACEIO, 13 de Junho de 2016

ALAN DA SILVA ESTEVES


Juiz do Trabalho Titular

Assinado eletronicamente. A Certificação Digital pertence a: ALAN DA SILVA ESTEVES Num. 88bcae3 - Pág. 2
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EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ FEDERAL DA 7ª VARA DO TRABALHO DE
MACEIÓ - ESTADO DE ALAGOAS.

Autos nº: 0000201-59.2016.5.19.0007

Embargante: Luciano da Silva

Embargada: Cisne Indústria e Comércio de Refrigerantes Ltda.

CISNE INDÚSTRIA E COMÉRCIO DE REFRIGERANTES LTDA., devidamente


qualificada nos autos em epígrafe, por intermédio de sua advogada que esta subscreve, vem perante Vossa
Excelência apresentar

IMPUGNAÇÃO AOS EMBARGOS DE DECLARAÇÃO

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opostos por LUCIANO DA SILVA, pelos substratos fáticos e supedâneos jurídicos doravante
consubstanciados:

I - DA INEXISTÊNCIA DE OMISSÃO E CONTRADIÇÃO NA ANÁLISE DO PRESENTE


PLEITO.

É cediço que os embargos declaratórios constituem espécie recursal, cujo cabimento está
diretamente voltado ao aclaramento da sentença, decisão ou acórdão que for omissa, contraditória ou
obscura, não sendo possível seu cabimento em situações diversas, mormente quando se pretende o
reexame do julgado.

Neste sentido, o Novo Código de Processo Civil, além de determinar as hipóteses de


cabimento dos Embargos de Declaração, semelhante ao que já estava disciplinado no diploma antigo, em
seu artigo 1.022, parágrafo único, estabelece ainda o conceito de decisão omissa. Senão vejamos:

Art. 1.022. Cabem embargos de declaração contra qualquer decisão judicial para:

I - esclarecer obscuridade ou eliminar contradição;

II - suprir omissão de ponto ou questão sobre o qual devia se pronunciar o juiz de ofício
ou a requerimento;

III - corrigir erro material.

Parágrafo único. Considera-se omissa a decisão que:

I - deixe de se manifestar sobre tese firmada em julgamento de casos repetitivos ou em


incidente de assunção de competência aplicável ao caso sob julgamento;

II - incorra em qualquer das condutas descritas no art. 489, § 1o.

O artigo 489, §1º, por sua vez, traz hipóteses de ausência de fundamentação na decisão, o que,
não é o motivo da irresignação do Embargante, conforme se verifica da leitura dos Embargos de
Declaração que ora se impugna.

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Desta feita, dúvidas não restam quanto à taxatividade das hipóteses de cabimento dos
Embargos de Declaração, de forma que tal recurso não se presta para situações diversas daquelas
constantes no artigo supracolacionado, sob pena de não ser conhecido.

Entretanto, mesmo diante da clara literalidade da Lei, o Embargante opôs o presente


Embargos de Declaração sob a alegação de que "o Douto Magistrado foi omisso quanto à análise do
pedido de multa de 40% sobre os depósitos do FGTS, onde não se manifestou, e pelo fato dessa verba ser
rescisória, o pedido acerca das condenações nas multas dos artigos 467 e 477, §8º da CLT, julgado
improcedente, sob a fundamentação das verbas incontroversas terem sido quitadas dentro do prazo legal,
deve ser reformado, visto sua contradição."

Entretanto, a sentença em análise se manifestou, tanto no que concerne à multa dos 40% do
FGTS, tanto com relação às multas dos artigos 467 e 477, §8º da CLT, não deixando dúvidas acerca da
improcedência das mesmas.

Assim, após breve explicativa dos fatos que convenceram este juízo, no item 3 da sentença,
restou consignado que "por não ter sido identificado prejuízo ao empregado e por ter havido reconhecido
pagamento de valor equivalente às verbas rescisórias devidas, ainda que mediante depósito e entrega de
moto, o Juízo julga improcedentes os pedidos de: (a) Pagamento das diferenças rescisórias em razão do
pagamento de parte das verbas através da doação de um bem móvel (R$ 4.000,00); (b) Multa do art. 477,
§8º e 467, ambos da CLT, já que as verbas rescisórias incontroversas foram pagas dentro do prazo legal,
(...)".

Por outro lado, a planilha de calculo anexada à sentença traz os valores da condenação, na
qual, se considerou inclusive a multa de 40% sobre o FGTS pleiteada pelo Embargante.

Do mesmo modo, a incidência das multas dos artigos 467 e 477, §8º da CLT, somente seria
possível caso houvesse atraso no pagamento deverbas rescisórias, o que, conforme demonstrado no
entendimento deste juízo, não ocorreu.

Portanto, inexistindo omissão ou contradição na sentença proferida por este juízo, a rejeição
dos Embargos de Declaração e a consequente manutenção da sentença proferida é medida que se impõe.

II - DOS PEDIDOS.

Face o exposto, dado as razões de fato e de direito apresentadas, requer-se a Vossa


Excelência que se digne em REJEITAR OS EMBARGOS DE DECLARAÇÃO, por inexistir omissão
e contradição alegada pelo Embargante, ou ainda, CONHECER DOS EMBARGOS DE
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DECLARAÇÃO para JULGÁ-LOS IMPROCEDENTES, mantendo na íntegra a r. sentença, por ser
da mais lídima e merecida JUSTIÇA.

Termos em que

Pede deferimento

Maceió/AL, 20 de junho de 2016.

Luana Acioli de C. Lopes

OAB/AL n° 9.826

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PODER JUDICIÁRIO
JUSTIÇA DO TRABALHO
TRIBUNAL REGIONAL DO TRABALHO DA 19ª REGIÃO
7ª Vara do Trabalho de Maceió
RTSum 0000201-59.2016.5.19.0007
AUTOR: LUCIANO DA SILVA
RÉU: CISNE IND. E COM. DE REFRIGERANTES LTDA.

TRIBUNAL REGIONAL DO TRABALHO DA 19ª REGIÃO

7ª VARA DO TRABALHO DE MACEIÓ/AL.

Sentença de Embargos de Declaração

Processo n.º 0000201-59.2016.5.19.0007

Embargado: LUCIANO DA SILVA

Embargante: CISNE IND. E COM. DE REFRIGERANTES LTDA

Sentença de embargos de declaração

Analisados os autos, foi proferida a seguinte decisão:

Relatório: Trata-se de embargos de declaração interpostos por LUCIANO DA SILVA através do qual
pretende atacar sentença de Id nº5db1156.

É, no essencial, o relatório.

Fundamentos:

1. Da regularidade dos embargos. Os embargos foram apresentados por advogado regularmente


constituído pelo reclamante e dentro do prazo legal, como se verifica da certidão de id nº88bcae3.

2. Do mérito dos Embargos de declaração.

O embargante alega que houve omissão e contradição na medida em que (A) a sentença não previu o
pagamento de multa de 40% em decorrência do deferimento de diferenças de FGTS mensal, e (B)
indeferiu as multa dos art. 467 e 477 da CLT, a despeito da apontada diferença de multa fundiária.

Não tem razão o embargante.

Conforme se vê da sentença atacada, restou demonstrado que no momento da rescisão, houve pagamento
tempestivo e integral das verbas incontroversas. Registrou-se ainda que o referido adimplemento foi
supervisionado pelo sindicato responsável e assinado pelo trabalhador após entendimento e ponderação
sobre os valores inscritos na guia TRCT. Assim, não se pode falar em verba rescisória incontroversa
inadimplida.

Os títulos deferidos posteriormente em Juízo, especificamente diferenças de FGTS, tiveram reflexo sobre
a multa de 40% do FGTS, implicando em reconhecimento de resíduo de crédito a este título que foi
corretamente computado pelos cálculos de liquidação que integram a sentença, mas não podem ser
reconhecidos como verbas rescisórias incontroversas para fins de incidência de multas dos art. 467 e 477
da CLT.
Assinado eletronicamente. A Certificação Digital pertence a: ALAN DA SILVA ESTEVES Num. d33d426 - Pág. 1
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Número do documento: 16063011213659200000004337677
A diferença da multa fundiária foi reflexo de parcela não rescisória, cuja existência e extensão só pôde ser
reconhecida em Juízo após amplo contraditório.

Não há, portanto, que se falar em contradição ou omissão quanto a este ponto.

Por fim, no que diz respeito a diferença de multa fundiária decorrente do deferimento de parcelas em
aberto do FGTS mensal devido durante o contrato de trabalho, igualmente não se observa contradição, já
que a rubrica foi devidamente incluída nos cálculos de liquidação que integram a sentença, não havendo
mais o que acrescentar.

Pleito improcedente.

DISPOSITIVO:

Assim, decide este juízo, conhecer dos embargos para, no mérito, JULGÁ-LOS IMPROCEDENTES,
mantendo na íntegra a sentença de Id nº5db1156.

Intimem-se.

Maceió, AL, data do sistema PJE.

Alan Esteves

Juiz do Trabalho

MACEIO, 15 de Julho de 2016

ALAN DA SILVA ESTEVES


Juiz do Trabalho Titular

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JUSTIÇA DO TRABALHO
TRIBUNAL REGIONAL DO TRABALHO DA 19ª REGIÃO
7ª Vara do Trabalho de Maceió
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AUTOR: LUCIANO DA SILVA
RÉU: CISNE IND. E COM. DE REFRIGERANTES LTDA.

TRIBUNAL REGIONAL DO TRABALHO DA 19ª REGIÃO

7ª VARA DO TRABALHO DE MACEIÓ/AL.

Sentença de Embargos de Declaração

Processo n.º 0000201-59.2016.5.19.0007

Embargado: LUCIANO DA SILVA

Embargante: CISNE IND. E COM. DE REFRIGERANTES LTDA

Sentença de embargos de declaração

Analisados os autos, foi proferida a seguinte decisão:

Relatório: Trata-se de embargos de declaração interpostos por LUCIANO DA SILVA através do qual
pretende atacar sentença de Id nº5db1156.

É, no essencial, o relatório.

Fundamentos:

1. Da regularidade dos embargos. Os embargos foram apresentados por advogado regularmente


constituído pelo reclamante e dentro do prazo legal, como se verifica da certidão de id nº88bcae3.

2. Do mérito dos Embargos de declaração.

O embargante alega que houve omissão e contradição na medida em que (A) a sentença não previu o
pagamento de multa de 40% em decorrência do deferimento de diferenças de FGTS mensal, e (B)
indeferiu as multa dos art. 467 e 477 da CLT, a despeito da apontada diferença de multa fundiária.

Não tem razão o embargante.

Conforme se vê da sentença atacada, restou demonstrado que no momento da rescisão, houve pagamento
tempestivo e integral das verbas incontroversas. Registrou-se ainda que o referido adimplemento foi
supervisionado pelo sindicato responsável e assinado pelo trabalhador após entendimento e ponderação
sobre os valores inscritos na guia TRCT. Assim, não se pode falar em verba rescisória incontroversa
inadimplida.

Os títulos deferidos posteriormente em Juízo, especificamente diferenças de FGTS, tiveram reflexo sobre
a multa de 40% do FGTS, implicando em reconhecimento de resíduo de crédito a este título que foi
corretamente computado pelos cálculos de liquidação que integram a sentença, mas não podem ser
reconhecidos como verbas rescisórias incontroversas para fins de incidência de multas dos art. 467 e 477
da CLT.
Assinado eletronicamente. A Certificação Digital pertence a: ALAN DA SILVA ESTEVES Num. 36e523d - Pág. 1
http://pje.trt19.jus.br/primeirograu/Processo/ConsultaDocumento/listView.seam?nd=16071511523041200000004417551
Número do documento: 16071511523041200000004417551
A diferença da multa fundiária foi reflexo de parcela não rescisória, cuja existência e extensão só pôde ser
reconhecida em Juízo após amplo contraditório.

Não há, portanto, que se falar em contradição ou omissão quanto a este ponto.

Por fim, no que diz respeito a diferença de multa fundiária decorrente do deferimento de parcelas em
aberto do FGTS mensal devido durante o contrato de trabalho, igualmente não se observa contradição, já
que a rubrica foi devidamente incluída nos cálculos de liquidação que integram a sentença, não havendo
mais o que acrescentar.

Pleito improcedente.

DISPOSITIVO:

Assim, decide este juízo, conhecer dos embargos para, no mérito, JULGÁ-LOS IMPROCEDENTES,
mantendo na íntegra a sentença de Id nº5db1156.

Intimem-se.

Maceió, AL, data do sistema PJE.

Alan Esteves

Juiz do Trabalho

MACEIO, 15 de Julho de 2016

ALAN DA SILVA ESTEVES


Juiz do Trabalho Titular

Assinado eletronicamente. A Certificação Digital pertence a: ALAN DA SILVA ESTEVES Num. 36e523d - Pág. 2
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