Número: 0000201-59.2016.5.19.0007
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26/07/2016
Número: 0000201-59.2016.5.19.0007
Data Autuação: 19/02/2016
Classe: AÇÃO TRABALHISTA - RITO SUMARÍSSIMO
Valor da causa: R$ 26.821,19
Partes
Tipo Nome
AUTOR LUCIANO DA SILVA
ADVOGADO HUGO RAFAEL MACIAS GAZZANEO - OAB: AL10729
RÉU CISNE IND. E COM. DE REFRIGERANTES LTDA.
ADVOGADO LUANA ACIOLI DE CASTRO LOPES - OAB: AL9826
Documentos
Id. Data de Juntada Documento Tipo
8f5dd 19/02/2016 10:11 Petição Inicial Petição Inicial
14
e93a9 19/02/2016 10:11 Procuração + Docs. Pessoais - Luciano da Silva Procuração
bc
4b331 19/02/2016 10:11 TRCT - Luciano da Silva Termo de Quitação de Rescisão do
0a Contrato de Trabalho
19fcc 19/02/2016 10:11 Comprovantes de Recebimento - FGTS - Luciano da Documento Diverso
12 Silva
2bf62 19/02/2016 10:11 Extrato Analítico FGTS - Luciano da Silva Extrato de Conta do FGTS
a7
c33f6 19/02/2016 10:11 Boletim de Ocorrência - Luciano da Silva Documento Diverso
e9
393a0 19/02/2016 13:37 Notificação Notificação
d1
ed9bb 27/04/2016 15:28 Habilitação em processo Petição (outras)
76
fe5b8 27/04/2016 15:28 Contrato social Contrato Social
0c
0cdd8 27/04/2016 15:28 PROCURAÇÃO Procuração
80
9aaac 27/04/2016 15:28 PROCURAÇÃO Procuração
ca
8fa60 27/04/2016 15:28 PROCURAÇÃO Procuração
d4
f673a 27/04/2016 15:28 Carta de preposição Documento Diverso
19
f82f95 27/04/2016 15:36 Contestação Contestação
f
fc183 27/04/2016 15:36 Ficha e Contrato Luciano da Silva.compressed (1) Ficha de Empregado
9e
97806 27/04/2016 15:36 Contra Cheques 2010 Luciano da Silva .compressed Contracheque / Hollerith
98
3eae8 27/04/2016 15:36 Contra Cheques 2011 Luciano da Silva.compressed Contracheque / Hollerith
73
9e4ea 27/04/2016 15:36 Contra cheques 2012 Luciano da Silva.compressed Contracheque / Hollerith
3f
5c78c 27/04/2016 15:36 Contra cheques 2013 Luciano da Silva.compressed Contracheque / Hollerith
17
411cd 27/04/2016 15:36 Contra cheques 2014 Luciano da Silva.compressed Contracheque / Hollerith
56
7243c 27/04/2016 15:36 Contra cheques 2015 Luciano da Silva.compressed Contracheque / Hollerith
ff
bd77e 27/04/2016 15:36 Extrato FGTS Luciano da Silva.compressed Extrato de Conta do FGTS
2d
1154a 27/04/2016 15:36 Ferias 1 Luciano da Silva .compressed Documento Diverso
d2
2166d 27/04/2016 15:36 Ferias 2 Luciano da Silva .compressed Documento Diverso
74
2192e 27/04/2016 15:36 Ferias 3 Luciano da Silva .compressed Documento Diverso
36
30d8b 27/04/2016 15:36 Ferias 4 Luciano da Silva.compressed Documento Diverso
b7
9ac68 27/04/2016 15:36 Ferias 5 Luciano da Silva.compressed Documento Diverso
47
6c74e 27/04/2016 15:36 Ferias 6 Luciano da Silva .compressed Documento Diverso
18
5d7bc 27/04/2016 15:36 Ferias 7 Luciano da Silva .compressed Documento Diverso
84
d7a41 27/04/2016 15:36 Rescisao Luciano da Silva.compressed Termo de Homologação de Rescisão do
c4 Contrato de Trabalho
ea5e3 28/04/2016 12:36 Ata da Audiência Ata da Audiência
97
5db11 27/05/2016 14:36 Sentença Sentença
56
c4190 27/05/2016 19:15 Planilha de cálculos Certidão
f0
54c7a 27/05/2016 19:15 201-59.2016 Planilha de Cálculos
65
1690a 02/06/2016 16:10 EMBARGOS DE DECLARAÇÃO Embargos de Declaração
fc
88bca 13/06/2016 11:51 Despacho Despacho
e3
1105f 20/06/2016 17:37 Contrarrazões de Embargos de Declaração Contrarrazões
e3
d33d4 15/07/2016 11:52 Decisão Decisão
26
36e52 15/07/2016 11:52 Decisão Notificação
3d
EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DA ___ VARA DO TRABALHO
DE MACEIÓ - ALAGOAS
RECLAMAÇÃO TRABALHISTA
.PRELIMINARMENTE
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.DA COMPETÊNCIA DA JUSTIÇA DO TRABALHO PARA JULGAR O
PRESENTE FEITO
Determina o art. 651, da CLT que a competência para o julgamento das ações
trabalhistas é determinada pela localidade onde o empregado, reclamante ou reclamado,
prestar serviços ao empregador, ainda que tenha sido contratado noutro local ou no
estrangeiro
.DO MÉRITO
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O reclamante foi contratado pela reclamada na condição de AUXILIAR
ADMINISTRATIVO, em 01.09.2005, com a remuneração de R$1.122,66 (um mil, cento
e vinte e dois reais e trinta e sessenta e seis centavos), conforme TRCT em anexo. No dia
06.11.2015, o reclamante recebeu aviso prévio, tendo seu contrato rescindido no mesmo
dia.
Destarte, diante do fato de que até a presente data o reclamante não recebeu o valor
referente a multa de 40% do FGTS, conforme previsão do artigo 18§ 1º da Lei nº 8.036/90,
requer seu imediato pagamento, visto a natureza alimentar dos valores depositados, bem
como incida a multa prevista no art. 477 da CLT sobre os valores.
Não tendo sido pago o valor referente aos 40% do FGTS, à título de verba
rescisória ao reclamante até a presente data, violados estão os artigos 467 e 477, §6º, da
CLT, razão pela qual, é devida a multa prevista no § 8º do 477, bem como a prevista no
artigo 467 da CLT, caso tal valor não seja pago em primeira audiência, o que desde já se
requer.
Ocorre que a empresa impôs o recebimento de uma MOTO pelo obreiro, atribuindo o
valor de R$ 4.000,00 ao bem, somente pagando a diferença no valor de R4 1.369,18 ao
mesmo.
De acordo com o entendimento trazido no art. 477, §4º, da CLT, o pagamento das
verbas rescisórias somente pode ser feito através de dinheiro ou cheque visado, podendo
também ser comprovado através de depósito bancários, segundo portaria vigente exarada
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pela SRT (SECRETARIA REGIONAL DO TRABALHO). Segue a transcrição do artigo e
da portaria respectiva.
Art. 477 - É assegurado a todo empregado, não existindo prazo estipulado para a
terminação do respectivo contrato, e quando não haja êle dado motivo para
cessação das relações de trabalho, o direto de haver do empregador uma
indenização, paga na base da maior remuneração que tenha percebido na mesma
emprêsa. (Redação dada pela Lei nº 5.584, de 26.6.1970).
(...)
(...)
(...)
EMENTA Nº 6
(...)
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Em assim sendo, requer o pagamento das diferenças contidas nas verbas rescisórias,
sendo estas na ordem de R$ 4.000,00, ou uma avaliação judicial na motocicleta para
averiguar se, de fato, o valor de mercado da mesma é no importe de R$ 4.000,00.
Alega ainda que, quando da realização de sua jornada externa, fazia todo o seu
transporte com a sua moto pessoal, sendo a propriedade de motocicleta uma exigência da
empresa quando da contratação. Informa que estava saindo de um banco, após realizar
operações para empresa, quando foi abordado pelos ladrões.
Quando do ocorrido, se dirigiu a gerência da empresa para saber como iria ficar a
situação em relação a sua moto, oportunidade na qual foi informado de que haveria
ressarcimento pela perda do bem, contudo NUNCA houve o aludido ressarcimento.
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Processo: RR 32200-29.2008.5.18.0010
Julgamento: 06/03/2013
Publicação: DJ 15/03/2013.
Ementa:
(...)
(...)
Grifo Nosso
Publicação: 21/09/2012
Ementa:
Julgamento: 20/06/2001
Publicação: DJ 17/08/2001.
Ementa:
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VENDEDOR RECEBE INDENIZAÇÃO POR FURTO DE MOTO QUE
UTILIZAVA A SERVIÇO DA EMPRESA.
"A controvérsia não foi solucionada à luz do artigo 884 do Código Civil,
que trata de matéria diversa da abordada nos presentes autos - obrigação de
restituir valor indevidamente auferido, para evitar enriquecimento sem causa",
ressaltou o ministro. Com estes argumentos, a Quarta Turma, em decisão
unânime, não conheceu do recurso de revista quanto a essa questão.
Processo: RR - 32200-29.2008.5.18.0010
(...)
Diante da leitura dos artigos supramencionados, conclui-se que toda vez que o
empregado prestar serviços após esgotar-se a jornada normal de trabalho haverá trabalho
extraordinário, que deverá ser remunerado com o adicional de, no mínimo, 50% superior
ao da hora normal.
Além disso, as verbas rescisórias não foram pagas da maneira correta, tendo em
vista que o mesmo recebeu um bem móvel como parte do pagamento de sua rescisão, além
de que não teve indenizada motocicleta que foi roubada em serviço.
A Constituição Federal, em seu artigo 5°, dispõe que a proteção à intimidade, vida
privada, honra e imagem são direitos fundamentais, e sua violação pode ensejar a
reparação por dano moral.
Art. 5º
(...)
(...)
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Na atual ordem jurídica constitucional, dano moral não é mais entendido como
apenas aquele que atinge o âmbito psíquico da pessoa, causando-lhe "grande abalo
psicológico", mas sim como aquele que atinge os direitos da personalidade do indivíduo,
bem como a sua dignidade.
Nesse ínterim, os nossos Tribunais não têm acolhido os argumentos trazidos no bojo
de determinados processos, onde as partes alegam que situações como a que se vislumbrou
no presente caso não caracterizam dano moral em razão do fato ilícito ter causado "mero
incomodo".
A condenação em danos morais, não deve ser apenas suficiente para amenizar o
sofrimento das vítimas, mas principalmente para dissuadir empresas que praticam abusos
similares ao da Reclamada a praticar novos ilícitos perante seus funcionários.
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Ementa: RECURSO ORDINÁRIO DO RECLAMANTE.
INDENIZAÇÃO POR DANOSMORAIS. ATRASO NO
PAGAMENTO DAS VERBAS RESCISÓRIAS. BAIXA DACTPS.
Caso em que o atraso no pagamento das verbas rescisórias é
presumível, levando-se em conta a determinação judicial, em sede de
antecipação de tutela, para anotação da data da baixa do contrato de
trabalho na CTPS do reclamante, o que gerou prejuízos que
extrapolaram o limite do mero dissabor cotidiano. Devido o
pagamento de indenização por danos morais. Processo n° RO
00008281720135040741 RS 0000828-17.2013.5.04.0741; Relatora:
MARIA DA GRAÇA RIBEIRO CENTENO; Órgão Julgador: Vara
do Trabalho de Santo Ângelo; Julgamento: 10/07/2014.
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.Da função Reparatória, Punitiva e Pedagógica do Dano Moral:
Além da função reparatória - a indenização tem por finalidade reparar o dano sofrido
pela vítima, - há quem sustente que a indenização por dano moral tem também função
punitiva e pedagógica. Punitiva, porque serviria para punir o causador do dano e
pedagógica, porque visaria a reprimir e evitar práticas danosas reiteradas.
Enunciado 379, IV Jornada de Direito Civil: "O art. 944, caput, do Código Civil não
afasta a possibilidade de se reconhecer a função punitiva ou pedagógica da
responsabilidade civil."
(Grifo Nosso)
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Para que essas finalidades sejam alcançadas, o valor da indenização não deve ser
tão alto a ponto de causar enriquecimento ilícito da vítima, nem tão ínfimo sob o ponto de
vista do ofensor.
Cabe analisar no caso concreto o que seria razoável e o que seria ínfimo,
principalmente quando se trata de uma situação tão esdrúxula, qual seja responsabilidade
por gerar à outrem aborrecimentos e insegurança em razão de descumprimento de
obrigação legal.
Rui Stoco, em sua obra Responsabilidade Civil e sua Interpretação Judicial, 4 ed.
Ver. Atual. E ampl. Editora RT, p.59, nos traz que: "a noção de responsabilidade é a
necessidade que existe de responsabilizar alguém por seus atos danosos".
À luz do artigo 186 do Código Civil, aquele que, por ação ou omissão voluntária,
negligência ou imprudência, violar direito e causar dano a outrem, ainda que
exclusivamente moral, comete ato ilícito.
Dano moral, frise-se, é o dano causado injustamente a outrem, que não atinja ou
diminua o seu patrimônio; é a dor, a mágoa, a tristeza infligida injustamente a outrem com
reflexo perante a sociedade.
A respeito, o doutrinador Yussef Said Cahali aduz: "O dano moral é presumido e,
desde que verificado ou pressuposto da culpabilidade, impõe-se a reparação em favor do
ofendido" (Yussef Said Cahali, in Dano e sua indenização, p. 90).
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"Art. 927. Aquele que, por ato ilícito, causar dano a outrem, fica
obrigado a repará-lo".
Bem se vê, à saciedade, ser indiscutível a prática de ato ilícito por parte das
requeridas, configurador da responsabilidade de reparação dos danos morais suportados
pelo autor.
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.DO BENEFÍCIO DA JUSTIÇA GRATUITA
O Autor declara ser pobre na forma da lei, não tendo, portanto, condições de mover
a presente demanda sem prejuízo de seu sustento e de sua família.
Assim, na forma do artigo 4º §1º da Lei 7.510/86, que deu nova redação à Lei
1.060/50 e do art. 790-A, da CLT, requer o autor que lhe sejam concedidos os benefícios
da justiça gratuita.
DO PEDIDO:
g) Pagamento das Horas Extras e seus reflexos nas verbas contratuais (13ª salário;
Férias + 1/3; FGTS e DSR) e rescisórias (13º salário proporcional; Férias + 1/3
proporcionais; Multa de 40% do FGTS; Saldo de Salário; Aviso Prévio), por serem
habituais;
Atribui à causa o valor de R$ 26.821,19 (vinte e seis mil oitocentos e vinte e um reais e
dezenove centavos).
Nestes Termos,
OAB/AL 10.746
CÁLCULOS
TOTAL: 26.821,19
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Carta AR
JUSTIÇA DO TRABALHO
TRIBUNAL REGIONAL DO TRABALHO - 19ª REGIÃO 9912341402
7ª Vara do Trabalho de Maceió
Avenida da Paz, 1994, Centro, MACEIO - AL - CEP: 57020-440 DR/AL
TEL.: (82) 21218155 - EMAIL: [email protected]
TRT19/Correios
DESTINATÁRIO:
CISNE IND. E COM. DE REFRIGERANTES LTDA.
AVENIDA MENINO MARCELO , s/n, Travessa Antares II, Lote 06 e 07, SERRARIA,
MACEIO - AL - CEP: 57046-000
CR: JO343692077BR
PROCESSO: 0000201-59.2016.5.19.0007
AÇÃO TRABALHISTA - RITO SUMARÍSSIMO (1125)
AUTOR: LUCIANO DA SILVA
RÉU: CISNE IND. E COM. DE REFRIGERANTES LTDA.
NOTIFICAÇÃO PJe-JT
Fica V. Sa. notificado(a) para comparecer à audiência designada para o dia 28/04/2016 08:40h
na sala de audiências da 7ª Vara do Trabalho de Maceió, com endereço na Avenida da Paz,
1994, Centro, MACEIO - AL - CEP: 57020-440, e responder aos termos do processo
supramencionado, cuja petição inicial e documentos poderão ser acessados via internet, no site
http://pje.trt19.jus.br/documentos, digitando-se a(s) chave(s) abaixo.
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Número do documento: 16021913371432000000003639030
O NÃO COMPARECIMENTO IMPORTA JULGAMENTO DA AÇÃO A REVELIA, ALÉM DE
CONFISSÃO QUANTO À MATÉRIA DE FATO.
OBS: Caso não consiga consultar a petição inicial via internet, deverá comparecer na secretaria
da vara antes do dia da audiência para receber as orientações.
Assinado eletronicamente. A Certificação Digital pertence a: FELIPE RAMALHO DE MORAES Num. 393a0d1 - Pág. 2
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Número do documento: 16021913371432000000003639030
EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ FEDERAL DA 7ª VARA DO TRABALHO DE
MACEIÓ - ESTADO DE ALAGOAS.
Termos em que,
Pede Deferimento.
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Número do documento: 16042715215678100000003997463
Maceió/AL, 27 de abril de 2016.
OAB/AL 9.826
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Número do documento: 16042715230171200000003997466
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Número do documento: 16042715260629700000003997525
EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ FEDERAL DA 7ª VARA DO TRABALHO DE
MACEIÓ - ESTADO DE ALAGOAS.
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Número do documento: 16042715310437500000003997609
Reclamante: Luciano da Silva
CONTESTAÇÃO
em face da Reclamação Trabalhista proposta por LUCIANO DA SILVA, pelos substratos fáticos e
supedâneos jurídicos doravante consubstanciados:
Ocorre que, as alegações e pedido do Reclamante não merecem prosperar, uma vez que todas
as verbas contratuais eventualmente devidas foram pagas no curso do contrato de trabalho, e, na
rescisão do contrato de trabalho a Reclamada realizou o escorreito pagamento dos valores devidos,
tendo a rescisão, inclusive sido homologada pelo sindicato sem qualquer ressalva.
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Número do documento: 16042715310437500000003997609
II - PREJUDICIAL DE MÉRITO: DA PRESCRIÇÃO QUINQUENAL.
Conforme visto, o Reclamante foi contratado em 2005, o que caracteriza mais de 10(dez)
anos de vínculo empregatício junto à Reclamada.
Neste sentido, diante da omissão do Reclamante durante todos esses anos quanto à sua
suposta insatisfação, e com o objetivo de se evitar pedidos excessivos, a CF em seu artigo 7°, inciso
XXIX prevê juntamente com o artigo 11 da CLT a prescrição quinquenal. Vejamos:
Art. 7º São direitos dos trabalhadores urbanos e rurais, além de outros que visem à
melhoria de sua condição social:
XXIX - ação, quanto aos créditos resultantes das relações de trabalho, com prazo
prescricional de cinco anos para os trabalhadores urbanos e rurais, até o limite de dois
anos após a extinção do contrato de trabalho.
I - em cinco anos para o trabalhador urbano, até o limite de dois anos após a extinção do
contrato;
Ou seja, a discussão processual a ser travada nos presentes autos deve observar os cinco anos
anteriores ao ajuizamento da presente ação. Assim, somente encontra-se passível de análise nestes autos a
relação contratual mantida entre as partes a partir de fevereiro de 2011, devendo este juízo extinguir do
processo eventual discussão com relação às verbas trabalhistas eventualmente devidas em relação a
período anterior.
Neste sentido, o pleito de Dano Material elaborado pelo Reclamante encontra-se prescrito,
pois, conforme asseverado pelo mesmo, ocorreu em julho de 2007,ou seja,quase 10 (dez)anos antes da
propositura da presente ação.
Neste sentido, explique-se que a competência trabalhista para as ações de reparação civil, nos
termos da pretensão da Reclamante, so-mente ficou pacificada sob a vigência da Emenda Constitucional
nº 45, de 31.12.2004, a partir de quando se pode dizer, definitivamente, que a prescrição passou a ser
regida pelo art. 7º, XXIX, da Constituição Federal, segundo o qual a "ação, quanto aos créditos
resultantes das relações de trabalho, com prazo prescricional de cinco anos para os trabalhadores
urbanos e rurais, até o limite de dois anos após a extinção do contrato de trabalho.".
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Número do documento: 16042715310437500000003997609
Ou seja, o Reclamante pode ajuizar a Reclamação Trabalhista no máximo até dois anos após o
termino do contrato de trabalho, o que, de fato ocorreu, entretanto, somente poderia pleitear direitos
relativos aos cinco anos anteriores ao ajuizamento.
Assim, em relação ao dano material decorrente da relação de trabalho, no caso de fato lesivo
verificado na vigência do atual Código Civil (11.01.2003) até a data da EC 45 (31.12.2004) submetem--se
ao prazo de 03 anos. Entretanto, os fatos lesivos verificados na vigência da EC 45 comportam o prazo de
05 (cinco) anos para ação, limitado a 02 (dois) anos após a extinção do contrato de trabalho.
Assim, o fato é que, seja para a aplicação do art. 7º, XXIX, da Constituição Federal, esta que
prevê prazo de 05 (cinco) anos para ação, limitado a 02 (dois) anos após a extinção do contrato de
trabalho, seja para a aplicação do prazo prescricional inserido no Código Civil, limitado a 03 (três) anos
após a ocorrência do fato, em se tratando de um fato ocorrido em 2007, por qualquer ângulo que se
analise o pleito, é inconteste que a pretensão autoral, decorrente da indenização por danos morais, foi
atingida pela prescrição.
Portanto, considerando que o direito não socorre aos que dormem, deve este d. Juízo
reconhecer a prescrição do presente pleito, julgando extinto o pedido com resolução do mérito, em
razão da ocorrência da prescrição devidamente demonstrada.
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IV - DO RESSARCIMENTO DO DANO. CONFISSÃO POR PARTE DO RECLAMANTE.
Caso este juízo decida por não acolher a tese da prescrição do dano material, o que se admite
apenas para fins de argumentação, imperioso esclarecer que o próprio obreiro confessa que a Reclamada o
ressarciu com a entrega de uma moto.
Entretanto, de forma ardilosa assevera o Reclamante que "a empresa impôs o recebimento de
uma MOTO pelo obreiro, atribuindo o valor de R$ 4.000,00 ao bem, somente pagando a diferença no
valor de R4 1.369,18 ao mesmo.", tentando fazer crer este juízo que a moto foi entregue como forma de
pagamento da rescisão.
Entretanto, a Reclamada impugna desde já tal alegação, explicando que pagou a rescisão em
dinheiro, conforme TRCT homologada pelo sindicato, e entregou a moto como forma de indenizar o
Reclamante, pela moto furtada no ano de 2007.
Destarte, não há o que se falar em pagamento de indenização por danos materiais em razão do
furto da sua moto, também porque o próprio Reclamante afirma que a Reclamada já lhe indenizou com
outra moto.
V - DA JORNADA DE TRABALHO.
Alega em sua inicial, "ia das 7:30/08:00H às 17:00h, sem intervalo para alimentação e
descanso, o que perfaz uma jornada diária de 08:30 horas/09:00H, de segunda a sexta.".
A Reclamada, desde já, impugna-se a jornada declinada na petição inicial, tendo em vista que
não corresponde à realidade fática, sendo tais alegações inverídicas.
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TRABALHO EXTERNO. ART. 62, I, CLT. HORAS EXTRAS. INTERVALO
INTRAJORNADA. LABOR AOS FERIADOS. CONTROLE DE JORNADA NÃO
PROVADO. Nos termos do artigo 62, I, da CLT, o exercício de função externa à
empresa não enseja pagamento de horas extraordinárias, em razão da
incompatibilidade de controle da jornada com a atividade realizada. O que
caracteriza essa exceção é a circunstância de os trabalhadores estarem fora da
permanente fiscalização e controle do empregador, ante a impossibilidade de
conhecer-se o tempo realmente dedicado à empresa. Assim, o contrário deve ser
satisfatoriamente provado, o que não ocorreu na hipótese, porquanto embora seja
incontroverso que havia o controle sobre a movimentação dos veículos da empresa, o
que poderia viabilizar, em tese, concomitante averiguação da jornada, esse controle
era realizado por empresa terceirizada, com o intuito meramente de zelar pela
segurança da carga transportada. Inexistindo nos autos prova de efetivo controle de
horário pelo empregador, não há como deferir as horas extras postuladas na inicial.
Recurso Ordinário ao qual se nega provimento. (TRT-23 - RO: 526201100823006 MT
00526.2011.008.23.00-6, Relator: DESEMBARGADORA MARIA BERENICE, Data de
Julgamento: 23/05/2012, 2ª Turma, Data de Publicação: 24/05/2012)
Destarte, tendo sido contratado para a função de Office boy, recebendo, inclusive o adicional
de periculosidade para o exercício desta função, o Reclamante, este não laborava na sede da Reclamada,
realizando atividade externa, e sem controle de jornada.
Pelo exposto não há como persistir a alegação de que o Reclamante realizava horas extras,
devendo ser julgado improcedente este pedido.
VI - DO INTERVALO INTRAJORNADA.
No que tange ao intervalo intrajornada, o raciocínio é o mesmo, uma vez que, conforme já
mencionado, o Reclamante não laborava dentro da Reclamada, mas sim, fazia serviço externo e a
Reclamada não tinha controle de sua jornada, apenas quando regressava a empresa.
Em casos semelhantes ao que ora se discute, nos quais funcionários que realizam serviços
externos, alheios ao controle do empregador, os tribunais pátrios são uníssonos quanto a impossibilidade
de pagamento de intervalo intrajornada, entre outros:
Portanto, nos termos da jurisprudência colacionada, deve este juízo julgar improcedente o
pleito do Reclamante, não havendo o que se falar em incidência de tais verbas no cálculo do repouso
semanal remunerado, conforme pretendido pelo Reclamante.
No que tange ao pedido de condenação da Reclamada na multa de 40% do FGTS, outra sorte
não merece o Reclamante uma vez que todos os valores devidos foram pagos no ato da rescisão do
contrato de trabalho.
Sabe-se que o artigo 477, §1º da CLT determina quea quitação dos empregados com mais de
um ano de serviço prestado para a mesma empresa terá sua validade condicionada à assistência da
entidade sindical ou autoridade do Ministério do Trabalho - Delegacia Regional do Trabalho (DRT), e
que o pagamento das verbas rescisórias deverá ser efetuado no ato da assistência.
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Neste ínterim, compulsando o TRCT do Reclamante, verifica-se que o mesmo foi
homologado pelo sindicato correspondente a categoria, este que verificou o pagamento de todas as verbas
devidas, inexistindo qualquer ressalva.
Ora Excelência, a homologação do TRCT, portanto, é garantia que protege aquele que age de
boa fé na relação, buscando trazer segurança jurídica aos pagamentos já efetuados, evitando assim, o risco
de nova cobrança dos valores já pagos.
Neste sentido, o enunciado 330 do TST é contundente ao asseverar que "A quitação passada
pelo empregado, com assistência de entidade sindical de sua categoria, ao empregador, com
observância dos requisitos exigidos nos parágrafos do art. 477 da CLT, tem eficácia liberatória em
relação às parcelas expressamente consignadas no recibo, salvo se oposta ressalva expressa e
especificada ao valor dado à parcela ou parcelas impugnadas.".
Portanto, a quitação abrange toda a parcela, e não apenas os valores lançados. Assim, não
pode o Reclamante, após a homologação do TRCT, ingressar com uma Reclamação Trabalhista
pretendendo o pagamento de diferenças, sob a alegação de que o pagamento não foi realizado em
dinheiro, e sim, na troca de uma moto, posto que a simples apresentação do TRCT homologado é
suficiente para afastar o pedido, pois presente a prova do regular pagamento do devido, não se discutindo
mais, o mérito do valor do pagamento.
Assim sendo, é de fácil constatação que não merece prosperar o pleito do Reclamante no
sentido de condenar a Reclamada ao pagamento de verbas rescisórias, uma vez que as verbas devidas
foram pagas de maneira escorreita, inclusive com a homologação do sindicato competente.
Ocorre que, ao analisar ainda que de forma rasa os argumentos da inicial, percebe-se que a
Reclamada, em nenhum momento, agiu com ilicitude, inexistindo negligência ou intenção de prejudicar e
ofender o Reclamante, não passando os alegados danos de meras argumentações desprovidas de qualquer
fundamento ou prova.
Ademais, a indenização por danos morais somente seria admitida se houvesse ocorrido
algum fato excepcional, causador de efetivo abalo de ordem subjetiva (v.g., humilhação, vexame público)
o que não foi referido pelo Reclamante na inicial, e nem poderia.
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Desta forma, o Reclamante não logrou êxito em demonstrar a ocorrência de abalo de
ordem moral subjetiva eventualmente causada, ou mesmo ofensa a algum dos atributos de sua
personalidade (honra, imagem, integridade física), situações que poderiam justificar a indenização por
danos morais.
Assim, tem-se que a indenização por danos morais somente se justificaria se tivesse
ocorrido algum tipo de prejuízo à moral e dignidade do Reclamante, com a demonstração do nexo de
causalidade e da culpabilidade do agente decorrente da ilicitude do ato. No presente caso, evidencia-se a
ausência dos requisitos acima descritos.
Por todo o exposto, resta caracterizada a inexistência de eventuais danos sofridos pelo
Reclamante, haja vista que não há sequer a demonstração de qual fato teria causado o suposto abalo
moral, bem como não houve comprovação de prejuízos morais por ele suportados.
X- DA CONCLUSÃO.
Pelo exposto, requer a este juízo que se digne em, extinguir do processo discussões relativas
às verbas trabalhistas eventualmente devidas em relação a período anterior a fevereiro de 2011,
SOBRETUDO O DANO MATERIAL PLEITEADO, EM RAZÃO DA PRESCRIÇÃO, bem como,
se digne em julgar pela IMPROCEDÊNCIA TOTAL DA AÇÃO no sentido de:
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f) Julgar improcedente o pedido de danos materiais;
Termos em que,
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Número do documento: 16042715345311300000003997671
ATA DE AUDIÊNCIA
PROCESSO: 0000201-59.2016.5.19.0007
RECORRENTE: LUCIANO DA SILVA
RECORRIDO(A): CISNE IND. E COM. DE REFRIGERANTES LTDA.
Presente o(a) recorrente, acompanhado(a) do(a) advogado(a), Dr(a). HUGO RAFAEL MACIAS
GAZZANEO, OAB nº 10729/AL.
Presente o preposto do(a) recorrido(a), Sr(a). JOSÉ MARIA MEDEIROS DOS SANTOS,
acompanhado(a) do(a) advogado(a), Dr(a). VICTOR MARANHÃO ROCHA, OAB nº 11395/AL.
INSTALADA AUDIÊNCIA.
CONCILIAÇÃO REJEITADA.
Sobre defesa e documentos, o reclamante disse que: "discorda a afirmativa sobre o pagamento de
multa de 40% do FGTS, porque não há comprovação nos autos quanto ao pagamento. Manifesta-se pela
improcedência da tese trazida em prejudicial de mérito da prescrição do dano material alegado.
O reclamante disse: que recebeu a moto e está com o recibo assinado para transferir para o seu
nome; que essa moto foi avaliada em R$ 4.000,00; que assinou os papéis na empresa, não foi no
sindicato, depois recebeu o valor do depósito na sua conta naquele valor de R$ 1.369,18; que recebeu o
FGTS e seguro desemprego; que essas moto foi para pagamento da rescisão e também porque como
motoboy não poderia ficar sem a moto.
O preposto disse: a moto que foi dada para negociação da recisão do reclamante; que era
interesse do próprio reclamante; que o reclamante não ficou no prejuízo comm relação a rescisão; que não
sabe se a diferença fora depositada ou dada diretamente ao reclamante.
O Juízo indefere outras diligências requeridas pelo reclamante, pois o processo encontra-se apto
para julgamento. Sem dúvidas.
As partes declaram que não tem outras provas. Foi encerrada a instrução. Razões finais
reiterativas da inicial e defesa.
Partes cientes.
Nada mais.
ALAN DA SILVA ESTEVES
Juiz do Trabalho
Recorrente Recorrido(a)
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http://pje.trt19.jus.br/primeirograu/Processo/ConsultaDocumento/listView.seam?nd=16042812354722000000004002736
Número do documento: 16042812354722000000004002736
Advogado(a) do Recorrente Advogado(a) do Recorrido(a)
Diretor(a) de Secretaria
Assinado eletronicamente. A Certificação Digital pertence a: ALAN DA SILVA ESTEVES Num. ea5e397 - Pág. 3
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Número do documento: 16042812354722000000004002736
PODER JUDICIÁRIO
JUSTIÇA DO TRABALHO
TRIBUNAL REGIONAL DO TRABALHO DA 19ª REGIÃO
7ª Vara do Trabalho de Maceió
RTSum 0000201-59.2016.5.19.0007
AUTOR: LUCIANO DA SILVA
RÉU: CISNE IND. E COM. DE REFRIGERANTES LTDA.
JUSTIÇA DO TRABALHO
PROCESSO Nº 0000201-59.2016.5.19.0007
RELATÓRIO.
Trata-se de reclamação trabalhista interposta LUCIANO DA SILVA contra CISNE IND. E COM. DE
REFRIGERANTES LTDA nos termos dos pedidos veiculados pela petição inicial de Id. nº8f5dd14.
O feito foi instruído com prova documental juntada pelas partes e com depoimentos colhidos em
audiência de id nºea5e397.
FUNDAMENTAÇÃO.
DAS PRELIMINARES
Convencimento. Acolhe-se. Prescritas às pretensões anteriores aos últimos cinco anos da propositura da
demanda, por isso, como a reclamação fora distribuída em 19/02/2016, tal instituto é aplicado aos
eventuais créditos anteriores a 19/02/2011.
Convencimento. O pleito de indenização por danos morais formulado tem natureza de crédito trabalhista,
ou pelo menos revestido assim, apesar de um "DNA" cível, e como tal deve se submeter ao prazo
prescricional estabelecido pela norma especial contida no inciso XXIX do art. 7º da Constituição Federal
que impõe ocorrência da prescrição em 5 anos.
Como o dano foi perpetrado, segundo a inicial, em 11/07/2007, operou-se a prescrição quinquenal total
em 11/07/2012, não sendo mais possível a sua discussão.
Preliminar acolhida para atingir especificamente o pedido de pagamento de indenização a título de Danos
Materiais sofridos pelo reclamante em razão da não restituição da motocicleta roubada em serviço, com as
devidas atualizações desde a data do ato delituoso.
DO MÉRITO.
O reclamante informa que foi demitido sem justa causa em 06/11/2015, oportunidade em que assinou,
juntamente com a empresa e com assistência de sindicato responsável, a guia TRCT de id nº4b3310a.
Ainda conforme a exordial, os créditos rescisórios reconhecidos pela empresa foram pagos, parte em
dinheiro, e parte mediante a tradição de uma moto avaliada em R$4.000,00. Tendo em vista que tais
créditos devem ser obrigatoriamente pagos em dinheiro, o reclamante vem a Juízo pleitear a repetição de
tais valores.
A empresa atesta que efetuou o depósito integral em dinheiro e que também lhe transferiu a moto como
forma de ressarci-lo de prejuízos com o furto sofrido em 2007.
Convencimento. Segundo o art. 477, §4º da CLT o pagamento das verbas rescisórias será feito ao
empregado no ato da homologação da rescisão em dinheiro ou cheque, ou, somente em dinheiro, se o
empregado for analfabeto.
Note-se que o objetivo da norma é proteger o empregado para que seja efetivamente pago tudo o que lhe
for devido e para evitar que haja assinatura e homologação do TRCT com pagamento deferido para outro
momento sem que ocorra efetivamente. Entretanto, se o trabalhador é adequadamente assistido pelo
sindicato responsável, é corretamente instruído sobre a forma de quitação de suas verbas rescisórias e opta
por recebê-las de qualquer outra maneira (in natura, em parcelas, etc.) que considera mais conveniente e
proveitosa, não há que se falar em prejuízo ou nulidade.
Aqui, o empregado trabalha como motoboy, profissão para a qual é essencial o uso de motocicleta.
Conforme o próprio trabalhador atesta na petição inicial e, posteriormente em depoimento pessoal, no
momento da rescisão não era mais proprietário de moto alguma o que certamente lhe traria prejuízos.
Chegou mesmo a informar em sede de audiência que a ausência do veículo lhe causava prejuízos
profissionais, daí porque aceitou que parte do pagamento rescisório fosse feito mediante a tradição da
motocicleta nova. A opção lhe trouxe certamente benefícios e foi devidamente cumprida pela empresa.
Saliente-se ainda que, além de não haver sido detectado prejuízo ao empregado, como já mencionado, não
há indícios de coação para aceitação da proposta da empresa. Especialmente porque a rescisão foi feita
sob a tutela de sindicato competente e sem inclusão de qualquer ressalva, demonstrando que o aceite do
empregado foi livre e legítimo.
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Número do documento: 16050209123677900000004015604
Por tudo o quanto exposto, especialmente por não ter sido identificado prejuízo ao empregado e por ter
havido reconhecido pagamento de valor equivalente às verbas rescisórias devidas, ainda que mediante
depósito e entrega de moto, o Juízo julga improcedentes os pedidos de: (a) Pagamento das diferenças
rescisórias em razão do pagamento de parte das verbas através da doação de um bem móvel (R$
4.000,00); (b) Multa do art. 477, §8º e 467, ambos da CLT, já que as verbas rescisórias incontroversas
foram pagas dentro do prazo legal, (c) O pagamento de indenização a título de Danos Morais sofridos
pelo reclamante em função de ter recebido parte das verbas rescisórias in natura.
O reclamante relata que cumpria jornada das 07h30min às 17h00min sem intervalo intrajornada nem
pagamento de horas extras.
A empresa contesta arguindo que o empregado fazia jornada externa não sujeita a controle e, como tal,
não faz jus ao pagamento de horas extras nem de intervalo intrajornada.
Embora se tratasse de motorista, empregado que faz trabalho externo e que, por isto, geralmente não está
sujeito a controle de jornada, no caso dos autos o controle era possível, e como tal, exigível. É que,
conforme testemunha ouvida, o reclamante comparecia a sede da empresa, pelo menos, no início e fim da
jornada, de sorte que, mesmo realizando a maior parte de suas atribuições na rua, ficava diretamente
vinculado ao controle da empresa que, nos casos dos motoboys, soem receber diariamente atividades,
documentos para entrega, pagamentos bancários, cheques para compensar, documentos para autenticar,
etc. mantendo vínculo constante com o empregador.
Assim, não se pode admitir a arguição da empresa de que era funcionário externo, não sujeito a controle
de jornada. Era, ao contrário, ônus da empresa efetuar tal controle de apresentá-lo em juízo sob penas de
se admitir por verdadeira a jornada informada na inicial.
No presente caso, além de tal presunção, observa-se que a única testemunha ouvida relatou que o
empregado iniciava e findava sua jornada em horários compatíveis com os informados na exordial,
constituindo mais um elemento de convicção válido para adoção dos parâmetros informados pelo
demandante.
Por todo o exposto, em especial a ausência de controles fidedignos de jornada e a compatibilidade entre
os horários atestados pela testemunha e os descritos na inicial, o Juízo admite que o reclamante cumprida
jornada das 07h30min ás 17h00min de segunda à sexta-feira.
Quanto ao intervalo intrajornada, era ônus do reclamante comprovar sua supressão, mas não se
desincumbiu adequadamente. É que a única testemunha ouvida, embora tenha mencionado que o autor
dispunha de apenas 20 ou 30 minutos para refeição, afirmou também que costumava trabalhar na rua,
indo à empresa rapidamente para buscar documentos ou para resolver assuntos pontuais. Desta forma,
embora seu depoimento possa atestar que era concedido descanso para almoço (já que via o empregado se
alimentando) não é contundente quanto ao tempo despendido nesta atividade, até porque, a visita rápida à
empresa teria que durar mais de uma hora para que a testemunha atestasse com segurança que o intervalo
concedido ao autor era inferior a 60 minutos.
Assim, considerados estes parâmetros, consta-se que a jornada semanal do reclamante encontrava-se
dentro das 44 horas fixadas por lei, de forma que são improcedentes os pleitos de: (a) horas de intervalo
intrajornada mais reflexos, (b) Horas Extras mais 50% e seus reflexos em 13ª salário; Férias + 1/3; FGTS
mais multa de 40%; DSR e verbas rescisórias como 13º salário proporcional; Férias + 1/3 proporcionais;
Saldo de Salário; Aviso Prévio.
Convencimento. Era ônus da empresa comprovar os recolhimentos de FGTS e não o fez adequadamente.
Note-se que o extrato juntado conforme documento de id nºbd77e2d revela competências em aberto,
impondo a conclusão de que há créditos a pagar.
Assim, o Juízo julga procedente o pedido de pagamento de diferença de FGTS, autorizada, desde já a
dedução dos valores indicados no extrato juntado pela empresa e já indicado linhas acima.
Sem razão. O reclamante não cumpre os pressupostos da Lei n. 5584/70 e consubstanciados na Súmula n.
219 do C. TST, como, por exemplo, estar assistido por seu sindicato de classe. Pleito improcedente.
CONCLUSÃO:
(3) JULGAR IMPROCEDENTES os pedidos de: (a) Pagamento das diferenças rescisórias em razão do
pagamento de parte das verbas através da doação de um bem móvel (R$ 4.000,00); (b) Multa do art. 477,
§8º e 467, ambos da CLT, já que as verbas rescisórias incontroversas foram pagas dentro do prazo legal,
(c) O pagamento de indenização a título de Danos Morais sofridos pelo reclamante em função de ter
recebido parte das verbas rescisórias in natura, (d) horas de intervalo intrajornada e reflexos, (e) Horas
Extras mais 50% e seus reflexos em 13ª salário; Férias + 1/3; FGTS mais multa de 40%; DSR e verbas
rescisórias como 13º salário proporcional; Férias + 1/3 proporcionais; Saldo de Salário; Aviso Prévio, (f)
Honorários advocatícios;
(5) FIXAR as custas processuais no importe de R$ 40,03, calculadas sobre R$ 2.001,54, a serem
suportadas pelo reclamado;
(8) DECLARAR que as partes têm responsabilidades pelos encargos trabalhistas e fiscais nos limites
legais. A reclamada tem a obrigação de recolher. Ficam autorizadas as devidas retenções e recolhimentos
pela reclamada.
(9) DECLARAR que o título deferido tem natureza indenizatória e não há base de cálculo de contribuição
previdenciária;
(10) DECLARAR que a sentença foi antecipada da pauta designada, mas as partes ficam cientes da data
anteriormente marcada para efeito da súmula 197 do C. TST.
Alan Esteves
Juiz Titular
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Número do documento: 16050209123677900000004015604
PODER JUDICIÁRIO FEDERAL
JUSTIÇA DO TRABALHO
TRIBUNAL REGIONAL DO TRABALHO - 19ª REGIÃO
7ª Vara do Trabalho de Maceió
Avenida da Paz, 1994, Centro, MACEIO - AL - CEP: 57020-440
TEL.: (82) 21218155(82) 21218155
EMAIL: [email protected]
PROCESSO: 0000201-59.2016.5.19.0007
AÇÃO TRABALHISTA - RITO SUMARÍSSIMO (1125)
AUTOR: LUCIANO DA SILVA
RÉU: CISNE IND. E COM. DE REFRIGERANTES LTDA.
CERTIDÃO
Certifico que a planilha de cálculos que integra a sentença de mérito segue em anexo.
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Poder Judiciário Processo 0000201-59.2016.5.19.0007
Justiça do Trabalho da 19ª Região Cálculo 0150.2016.0007
Assinado eletronicamente. A Certificação Digital pertence a: NILSON DE SOUZA BOMFIM JUNIOR Num. 54c7a65 - Pág. 1
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Relatório Resumo - Ultima Atualização em 21/SET/2015 - Formatado para papel A4 6.0 R12 C12 (26/05/2016 17:53:30) NILSON.JUNIOR
Número do documento: 16052719150019300000004162232
JurisCalc - Demonstrativo da Contribuição Social - Parcelas Deferidas
x
Competênci Verbas Verbas Total Verbas INSS INSS Retido INSS a Correção Juros INSS INSS INSS Total INSS Juros Multa Total
Remuneratória Remuneratóri Remuneratórias Segurado Recolher Monetária Trab % Segurado Empresa Terceiro Geral
do Pacto as Deferidas Atualizad Atualizad Atualizad
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Relatório Previdencia - Ultima Atualização em 22/OUT/2013 - Formatado para papel A4
Base Calculado
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Relatório FGTS - Ultima Atualização em 01/Jul/2011 - Formatado para papel A4
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Número do documento: 16052719150019300000004162232
JurisCalc - Demonstrativo da Apuração do Imposto de Renda Retido na Fonte
x
Qtde de Meses
(A)Valor Tributável (E)INSS Segurado (I)Dedução
(B)Juros Proporcionais (F)Pensão (J)IRRF Apurado
(C)Dependentes (G)Base de cálculo IRRF (K)Juros
(D)Aposentado Maior 65 (H)Alíquota (L)Multa
(M)Soma
Total IRRF Apurado
Total IRRF Recolhido
Total IRRF A Recolher
Juros 1 - Juros Simples de 0,5% a.m. até 26/02/1987, conforme art. 1062 do CC
Juros 2 - Juros Capitalizados de 1% a.m. a partir de 27/02/1987, conforme DL 2322/1987
Juros 3 - Juros Simples de 1% a.m. pro rata die, a partir de 04/03/1991, conforme lei 8177/91
Juros 4 - Juros Fazenda Pública pro rata die, a partir de 24/08/2001, conforme MP 2180-35/2001
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Relatório Juros - Ultima Atualização em 17/JUN/2014 - Formatado para papel A4 6.0 R12 C12 (26/05/2016 17:53:30) NILSON.JUNIOR
Número do documento: 16052719150019300000004162232
Poder Judiciário Processo 0000201-59.2016.5.19.0007
Justiça do Trabalho da 19ª Região Cálculo 0150.2016.0007
FGTS + MULTA PAGOS (TRCT, CONTA VINCULADA OU ALVARÁ) Período de 01/09/2005 a 06/11/2015
Não há incidências
Valor Informado
Período Mensal Base Div Mult Qtde Prop Dobra Dias Calculado Pago Diferença Índice Valor Corr.
1 a 06/11/2015 0,00 1,00 1,00 1,00 Não Não 30/30 0,00 7.168,37 -7.168,37 1,009569 -7.236,97
-7,236.97
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Relatório Demonstrativo - Ultima Atualização 31/JAN/2014 - Formatado para papel A4 Folha 04 de 04 6.0 R12 C12 (26/05/2016 17:53:30) NILSON.JUNIOR
Número do documento: 16052719150019300000004162232
EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DA 7ª VARA DO TRABALHO DA COMARCA
DE MACEIÓ-AL.
Processo nº 0000201-59.2016.5.19.0007
LUCIANO DA SILVA, devidamente qualificado nos autos do processo acima epigrafado, por seu
advogado que esta subscreve, inconformado com a respeitável sentença de ID 5db1156, vem tempestiva e
respeitosamente perante Vossa Excelência opor:
EMBARGOS DE DECLARAÇÃO
com base no artigo 897-A da CLT e 937 e seguintes do CPC, pelos fatos e fundamentos expostos a seguir.
.DA TEMPESTIVIDADE
Conforme consta na Sentença, (ID 5db1156), a decisão foi proferida no dia 27 de maio de 2016.
Como o prazo previsto para a interposição dos Embargos de Declaração é de 05 (cinco) dias,
tempestivo, portanto, o presente Recurso.
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.SÍNTESE DO PROCESSO
Foi proposta Reclamação Trabalhista pelo embargante em face de CISNE IND. E COMERCIO
DE REFRIGERANTES LTDA., pleiteando Diferenças de Verbas Rescisórias; Horas Extras; Dano
Material; Dano Moral; Recolhimento do FGTS das competências de Agosto/06, Junho/07,
Outubro/2012 e Dezembro/2014; Multa de 40% e as Multas dos artigos 467 e 477, §8º da CLT.
.SÍNTESE DA SENTENÇA
Em sua decisão, o Exo. Juízo do Trabalho de 1º grau julgou procedente em parte os pedidos
elaborados na exordial, contudo não analisou o pedido da incidência da Multa de 40% sobre o
pagamento das diferenças de FGTS, razão pela qual julgou improcedentes os pedidos de
condenação nas Multas dos artigos 467 e 477, §8º da CLT.
Finalizando a parte meritória, julgou improcedentes os pedidos da condenação nas multas dos
artigos 467 e 477,§8º da CLT, dentre outros.
.Da Omissão
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Conforme já relatado, o Douto Juiz de piso concedeu o direito ao embargante ao recebimento das
diferenças dos recolhimentos de FGTS. Porém, não mencionou nada acerca da condenação ao
pagamento da multa de 40%, pedido este relatado de maneira expressa nos Pedidos e Causa de
Pedir.
Ou seja, houve um pequeno equívoco no julgamento do pleito, visto que, pelo fato da omissão em
face da análise do pedido de multa de 40% sobre os recolhimentos de FGTS, gerou o não direito ao
recebimento das multas legais.
Contudo, vale ressaltar que, a quebra do vínculo de emprego se deu por iniciativa do
empregador sem justo motivo, e quando tal situação se vislumbra, deverá o empregador arcar com
o pagamento de 40% sobre o saldo existente na conta vinculada do seu empregado.
Dessa forma, Meritíssimo, pelo fato do embargante não ter recebido a multa de 40% do FGTS,
deveram incidir às multas dos artigos 467 e 477, §8º da CLT.
Assinado eletronicamente. A Certificação Digital pertence a: HUGO RAFAEL MACIAS GAZZANEO Num. 1690afc - Pág. 3
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EMBARGOS DE DECLARAÇÃO. IRREGULARIDADE DE
REPRESENTAÇÃO. EQUÍVOCO DA SECRETARIA, NA JUNTADA DO
INSTRUMENTO DE PROCURAÇÃO REFERIDO EM ATA DE
AUDIÊNCIA. ADMISSÃO DO APELO. SERVIÇOS TERCEIRIZADOS.
ATIVIDADE-MEIO. DIFERENÇA DE FGTS. MULTAS DOS ARTS. 467 E
477 DA CLT.
1.Constatada falta da Secretaria, na juntada do instrumento de procuração, é de
rigor afastar-se a irregularidade de representação declarada.
2 Inviável o enquadramento na categoria bancária, se a atividade da obreira não
se inseria na atividade-fim da beneficiária.
3.A diferença de FGTS, por se tratar de verba rescisória, gera as multas dos
arts. 467e 477da CLT.
4.Embargos providos, com efeito modificativo, para dar provimento parcial ao
recurso empresarial e ao apelo adesivo obreiro. (Processo nº 66600512007506
PE 0066600-51.2007.5.06.0006, Relatora: Aline Pimentel Gonçalves,
Publicação: 19/02/2009). (Grifo nosso).
Dessa forma, resta-se claro a natureza rescisória da multa de 40% sobre os depósitos de FGTS,
devendo, portanto, incidir as multas dos artigos 467 e 477, §8º da CLT.
Conforme mencionado anteriormente, o Douto Magistrado foi omisso quanto à análise do pedido
de multa de 40% sobre os depósitos do FGTS, onde não se manifestou, e pelo fato dessa verba ser
rescisória, o pedido acerca das condenações nas multas dos artigos 467 e 477, §8º da CLT, julgado
improcedente, sob a fundamentação das verbas incontroversas terem sido quitadas dentro do prazo legal,
deve ser reformado, visto sua contradição.
Nos termos do artigo 897-A da CLT, caberá Embargos de Declaração em casos de omissão,
obscuridade e contradição no julgado. Como no presente caso este Douto juízo foi omisso e
contraditório, verifica-se que o presente Embargos é o meio cabível para a respeitável sentença seja
esclarecida.
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Assim sendo, requer seja esclarecida a omissão e contradição da respeitável sentença de ID
5db1156.
Cumpre ressaltar que a respeitável decisão, além de ter sido omissa e contraditória, julgou a Ação
Trabalhista ajuizada como procedente em parte, vindo a prejudicar a Embargante, quanto a estes pleitos,
vez que não foram analisados da forma completa.
O artigo 897-A da CLT, C/C a OJ 142 da SDI do Egrégio TST, permite a obtenção de efeito
modificativo no julgado. Inclusive, conforme menciona o saudoso Valentim Carrion, em sua obra
"Comentários à Consolidação das Leis do Trabalho" (2006, p. 894), o TST entende que, em razão do
efeito modificativo, a parte contrária deve ser intimada para que, sendo sua vontade, se manifeste sobre os
Embargos de Declaração.
. DOS PEDIDOS
Nestes termos,
pede deferimento.
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Maceió, 02 de junho de 2016.
___________________________________
OAB/AL 10.729
_____________________________________
OAB/AL 12.510
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PODER JUDICIÁRIO
JUSTIÇA DO TRABALHO
TRIBUNAL REGIONAL DO TRABALHO DA 19ª REGIÃO
7ª Vara do Trabalho de Maceió
RTSum 0000201-59.2016.5.19.0007
AUTOR: LUCIANO DA SILVA
RÉU: CISNE IND. E COM. DE REFRIGERANTES LTDA.
PROCESSO: 0000201-59.2016.5.19.0007
AÇÃO TRABALHISTA - RITO SUMARÍSSIMO (1125)
AUTOR: LUCIANO DA SILVA
RÉU: CISNE IND. E COM. DE REFRIGERANTES LTDA.
CERTIDÃO
Certifico que os embargos de declaração opostos pela parte reclamante (ID 1690afc) são tempestivos,
pois, embora não tenha constado na ata de audiência de ID ea5e397, por equívoco, a data designada para
a publicação da sentença, a referida decisão fora disponibilizada no sistema PJe em 27/05/2016 e os
embargos apresentados em 02/06/2016.
À consideração superior.
p/ Diretor de Secretaria
DESPACHO
Intime-se a parte reclamada dos termos da sentença de mérito de ID 5db1156, bem como para, querendo,
impugnar os embargos de declaração no prazo legal.
Assinado eletronicamente. A Certificação Digital pertence a: ALAN DA SILVA ESTEVES Num. 88bcae3 - Pág. 2
http://pje.trt19.jus.br/primeirograu/Processo/ConsultaDocumento/listView.seam?nd=16061014213914800000004240962
Número do documento: 16061014213914800000004240962
EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ FEDERAL DA 7ª VARA DO TRABALHO DE
MACEIÓ - ESTADO DE ALAGOAS.
Assinado eletronicamente. A Certificação Digital pertence a: LUANA ACIOLI DE CASTRO LOPES Num. 1105fe3 - Pág. 1
http://pje.trt19.jus.br/primeirograu/Processo/ConsultaDocumento/listView.seam?nd=16062017370877200000004292178
Número do documento: 16062017370877200000004292178
opostos por LUCIANO DA SILVA, pelos substratos fáticos e supedâneos jurídicos doravante
consubstanciados:
É cediço que os embargos declaratórios constituem espécie recursal, cujo cabimento está
diretamente voltado ao aclaramento da sentença, decisão ou acórdão que for omissa, contraditória ou
obscura, não sendo possível seu cabimento em situações diversas, mormente quando se pretende o
reexame do julgado.
Art. 1.022. Cabem embargos de declaração contra qualquer decisão judicial para:
II - suprir omissão de ponto ou questão sobre o qual devia se pronunciar o juiz de ofício
ou a requerimento;
O artigo 489, §1º, por sua vez, traz hipóteses de ausência de fundamentação na decisão, o que,
não é o motivo da irresignação do Embargante, conforme se verifica da leitura dos Embargos de
Declaração que ora se impugna.
Assinado eletronicamente. A Certificação Digital pertence a: LUANA ACIOLI DE CASTRO LOPES Num. 1105fe3 - Pág. 2
http://pje.trt19.jus.br/primeirograu/Processo/ConsultaDocumento/listView.seam?nd=16062017370877200000004292178
Número do documento: 16062017370877200000004292178
Desta feita, dúvidas não restam quanto à taxatividade das hipóteses de cabimento dos
Embargos de Declaração, de forma que tal recurso não se presta para situações diversas daquelas
constantes no artigo supracolacionado, sob pena de não ser conhecido.
Entretanto, a sentença em análise se manifestou, tanto no que concerne à multa dos 40% do
FGTS, tanto com relação às multas dos artigos 467 e 477, §8º da CLT, não deixando dúvidas acerca da
improcedência das mesmas.
Assim, após breve explicativa dos fatos que convenceram este juízo, no item 3 da sentença,
restou consignado que "por não ter sido identificado prejuízo ao empregado e por ter havido reconhecido
pagamento de valor equivalente às verbas rescisórias devidas, ainda que mediante depósito e entrega de
moto, o Juízo julga improcedentes os pedidos de: (a) Pagamento das diferenças rescisórias em razão do
pagamento de parte das verbas através da doação de um bem móvel (R$ 4.000,00); (b) Multa do art. 477,
§8º e 467, ambos da CLT, já que as verbas rescisórias incontroversas foram pagas dentro do prazo legal,
(...)".
Por outro lado, a planilha de calculo anexada à sentença traz os valores da condenação, na
qual, se considerou inclusive a multa de 40% sobre o FGTS pleiteada pelo Embargante.
Do mesmo modo, a incidência das multas dos artigos 467 e 477, §8º da CLT, somente seria
possível caso houvesse atraso no pagamento deverbas rescisórias, o que, conforme demonstrado no
entendimento deste juízo, não ocorreu.
Portanto, inexistindo omissão ou contradição na sentença proferida por este juízo, a rejeição
dos Embargos de Declaração e a consequente manutenção da sentença proferida é medida que se impõe.
II - DOS PEDIDOS.
Termos em que
Pede deferimento
OAB/AL n° 9.826
Assinado eletronicamente. A Certificação Digital pertence a: LUANA ACIOLI DE CASTRO LOPES Num. 1105fe3 - Pág. 4
http://pje.trt19.jus.br/primeirograu/Processo/ConsultaDocumento/listView.seam?nd=16062017370877200000004292178
Número do documento: 16062017370877200000004292178
PODER JUDICIÁRIO
JUSTIÇA DO TRABALHO
TRIBUNAL REGIONAL DO TRABALHO DA 19ª REGIÃO
7ª Vara do Trabalho de Maceió
RTSum 0000201-59.2016.5.19.0007
AUTOR: LUCIANO DA SILVA
RÉU: CISNE IND. E COM. DE REFRIGERANTES LTDA.
Relatório: Trata-se de embargos de declaração interpostos por LUCIANO DA SILVA através do qual
pretende atacar sentença de Id nº5db1156.
É, no essencial, o relatório.
Fundamentos:
O embargante alega que houve omissão e contradição na medida em que (A) a sentença não previu o
pagamento de multa de 40% em decorrência do deferimento de diferenças de FGTS mensal, e (B)
indeferiu as multa dos art. 467 e 477 da CLT, a despeito da apontada diferença de multa fundiária.
Conforme se vê da sentença atacada, restou demonstrado que no momento da rescisão, houve pagamento
tempestivo e integral das verbas incontroversas. Registrou-se ainda que o referido adimplemento foi
supervisionado pelo sindicato responsável e assinado pelo trabalhador após entendimento e ponderação
sobre os valores inscritos na guia TRCT. Assim, não se pode falar em verba rescisória incontroversa
inadimplida.
Os títulos deferidos posteriormente em Juízo, especificamente diferenças de FGTS, tiveram reflexo sobre
a multa de 40% do FGTS, implicando em reconhecimento de resíduo de crédito a este título que foi
corretamente computado pelos cálculos de liquidação que integram a sentença, mas não podem ser
reconhecidos como verbas rescisórias incontroversas para fins de incidência de multas dos art. 467 e 477
da CLT.
Assinado eletronicamente. A Certificação Digital pertence a: ALAN DA SILVA ESTEVES Num. d33d426 - Pág. 1
http://pje.trt19.jus.br/primeirograu/Processo/ConsultaDocumento/listView.seam?nd=16063011213659200000004337677
Número do documento: 16063011213659200000004337677
A diferença da multa fundiária foi reflexo de parcela não rescisória, cuja existência e extensão só pôde ser
reconhecida em Juízo após amplo contraditório.
Não há, portanto, que se falar em contradição ou omissão quanto a este ponto.
Por fim, no que diz respeito a diferença de multa fundiária decorrente do deferimento de parcelas em
aberto do FGTS mensal devido durante o contrato de trabalho, igualmente não se observa contradição, já
que a rubrica foi devidamente incluída nos cálculos de liquidação que integram a sentença, não havendo
mais o que acrescentar.
Pleito improcedente.
DISPOSITIVO:
Assim, decide este juízo, conhecer dos embargos para, no mérito, JULGÁ-LOS IMPROCEDENTES,
mantendo na íntegra a sentença de Id nº5db1156.
Intimem-se.
Alan Esteves
Juiz do Trabalho
Assinado eletronicamente. A Certificação Digital pertence a: ALAN DA SILVA ESTEVES Num. d33d426 - Pág. 2
http://pje.trt19.jus.br/primeirograu/Processo/ConsultaDocumento/listView.seam?nd=16063011213659200000004337677
Número do documento: 16063011213659200000004337677
PODER JUDICIÁRIO
JUSTIÇA DO TRABALHO
TRIBUNAL REGIONAL DO TRABALHO DA 19ª REGIÃO
7ª Vara do Trabalho de Maceió
RTSum 0000201-59.2016.5.19.0007
AUTOR: LUCIANO DA SILVA
RÉU: CISNE IND. E COM. DE REFRIGERANTES LTDA.
Relatório: Trata-se de embargos de declaração interpostos por LUCIANO DA SILVA através do qual
pretende atacar sentença de Id nº5db1156.
É, no essencial, o relatório.
Fundamentos:
O embargante alega que houve omissão e contradição na medida em que (A) a sentença não previu o
pagamento de multa de 40% em decorrência do deferimento de diferenças de FGTS mensal, e (B)
indeferiu as multa dos art. 467 e 477 da CLT, a despeito da apontada diferença de multa fundiária.
Conforme se vê da sentença atacada, restou demonstrado que no momento da rescisão, houve pagamento
tempestivo e integral das verbas incontroversas. Registrou-se ainda que o referido adimplemento foi
supervisionado pelo sindicato responsável e assinado pelo trabalhador após entendimento e ponderação
sobre os valores inscritos na guia TRCT. Assim, não se pode falar em verba rescisória incontroversa
inadimplida.
Os títulos deferidos posteriormente em Juízo, especificamente diferenças de FGTS, tiveram reflexo sobre
a multa de 40% do FGTS, implicando em reconhecimento de resíduo de crédito a este título que foi
corretamente computado pelos cálculos de liquidação que integram a sentença, mas não podem ser
reconhecidos como verbas rescisórias incontroversas para fins de incidência de multas dos art. 467 e 477
da CLT.
Assinado eletronicamente. A Certificação Digital pertence a: ALAN DA SILVA ESTEVES Num. 36e523d - Pág. 1
http://pje.trt19.jus.br/primeirograu/Processo/ConsultaDocumento/listView.seam?nd=16071511523041200000004417551
Número do documento: 16071511523041200000004417551
A diferença da multa fundiária foi reflexo de parcela não rescisória, cuja existência e extensão só pôde ser
reconhecida em Juízo após amplo contraditório.
Não há, portanto, que se falar em contradição ou omissão quanto a este ponto.
Por fim, no que diz respeito a diferença de multa fundiária decorrente do deferimento de parcelas em
aberto do FGTS mensal devido durante o contrato de trabalho, igualmente não se observa contradição, já
que a rubrica foi devidamente incluída nos cálculos de liquidação que integram a sentença, não havendo
mais o que acrescentar.
Pleito improcedente.
DISPOSITIVO:
Assim, decide este juízo, conhecer dos embargos para, no mérito, JULGÁ-LOS IMPROCEDENTES,
mantendo na íntegra a sentença de Id nº5db1156.
Intimem-se.
Alan Esteves
Juiz do Trabalho
Assinado eletronicamente. A Certificação Digital pertence a: ALAN DA SILVA ESTEVES Num. 36e523d - Pág. 2
http://pje.trt19.jus.br/primeirograu/Processo/ConsultaDocumento/listView.seam?nd=16071511523041200000004417551
Número do documento: 16071511523041200000004417551