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Economia Criativa

Você pega o seu celular e abre o aplicativo de


uma rede social. Ali, você encontra fotos bem
produzidas e vídeos de pessoas que anunciam
produtos, vendem seus serviços e divulgam
suas artes.

Ou. então, você se prepara para ir a um show:


escolhe uma roupa legal, passa um perfume e
fica pronto para para curtir a noite com os
amigos, ao som de uma banda.

Na livraria, você lê a sinopse de um livro com


uma capa interessante.

Em casa, você procura uma resenha sobre


aquele livro pra saber se vale a pena comprar e
encontra um blog cheio de resenhas
interessantes.
Em todas essas situações, você está
consumindo produtos e serviços
relacionados à chamada Economia Criativa:
desde o trabalho do influenciador digital,
passando pelos produtos de moda e
perfumaria, chegando até à música e a
literatura.

Todos esses elementos estão relacionados a


essa categoria econômica que foi definida
recentemente, mas que vem ganhando cada
vez mais espaço na economia dos países.

Aliás, em um mundo em constante


transformação, impulsionado por avanços
tecnológicos sem precedentes, a economia e
a indústria se encontram em meio a uma
revolução.
Todos esses elementos estão
relacionados a essa categoria
econômica que foi definida
recentemente, mas que vem
ganhando cada vez mais espaço
na economia dos países.

Aliás, em um mundo em
constante transformação,
impulsionado por avanços
tecnológicos sem precedentes,
a economia e a indústria se
encontram em meio a uma
revolução.
A chamada Indústria 4.0, caracterizada pela
interconexão digital e pela automação de
processos, está redefinindo a forma como
produzimos e consumimos bens e serviços.

Nesse cenário de mudanças radicais, a


Economia Criativa surge como um
componente essencial e dinâmico, moldando
não apenas o mercado, mas também nossa
cultura e sociedade.

Isso porque até mesmo o computador ou o


celular na nossa mão, embora relacionados a
essa indústria altamente digital e
automatizada, são frutos de mentes criativas
que trabalharam desde o design à resolução
de problemas, para que eles funcionassem da
melhor maneira possível.
A Economia Criativa, termo cunhado pelo
professor John Howkins em 2001, representa
um novo modelo de economia. Ela se baseia na
ideia de que a criatividade e o conhecimento
são recursos valiosos que podem gerar valor
econômico.

Diferentemente da economia tradicional, que se


concentra na manufatura, agricultura e no
comércio, a criativa se volta para o potencial
individual e coletivo de produzir bens e serviços
criativos. E ela abrange uma ampla variedade de
setores.
Segundo as Nações Unidas, essas atividades
são baseadas no conhecimento e resultam em
produtos tangíveis e intangíveis.

Os produtos tangíveis são bens físicos,


palpáveis e concretos, que podem ser
percebidos pelos nossos sentidos, como visão,
tato e audição.

Os intangíveis, por outro lado, são aqueles que


não têm presença física e não podem ser
tocados. Eles são baseados em ideias,
conhecimento, experiências ou serviços.
Os produtos desse modelo de economia são
intelectuais e artísticos, e possuem conteúdo
criativo e valor econômico. Diante de tantas
possibilidades, o modelo é composto por
segmentos diversificados:

A Arquitetura, com a criação de projetos


arquitetônicos inovadores que vão desde
edifícios residenciais a estruturas comerciais
icônicas.

As Artes Cênicas e Visuais, que englobam teatro,


dança, ópera, pintura, escultura e outras formas
de arte performática e visual.

O Artesanato, com a produção de itens


artesanais únicos, muitas vezes feitos à mão,
que refletem tradições culturais e habilidades
artísticas.
O Cinema, por meio da criação de filmes e
produções cinematográficas, desde
documentários impactantes até produções de
grande orçamento.

O Design, seja o gráfico, de moda, de produtos,


de interiores e outras formas que moldam
nossa experiência visual e prática.

A Mídia e Publicidade, setor que abrange


jornalismo, publicação, publicidade e marketing
e desempenha um papel vital na criação e
disseminação de conteúdo criativo.

Os Jogos Eletrônicos e Videogames, que são


uma indústria em rápido crescimento,
combinando tecnologia avançada com
narrativas e experiências de entretenimento.
A Moda, com a criação de roupas, acessórios e
tendências que influenciam nossa cultura e
nosso estilo de vida.

A Música, que vai desde a composição e a


interpretação até a distribuição de faixas e
álbuns.

A própria Tecnologia, já que a inovação


tecnológica é fundamental para um modelo
econômico que preza pela criatividade,
impulsionando novas plataformas e experiências
digitais.

E também o turismo, que envolve a exploração


de destinos culturais, festivais e experiências
únicas.
A Economia Criativa, devido à sua amplitude e
diversidade, desempenha um papel
fundamental na promoção da cultura e na
criação de identidade em diversas partes do
mundo.

Ela não apenas impulsiona o crescimento


econômico, mas também enriquece a vida
cultural e social de uma sociedade.

Um dos principais modos pelos quais ela


promove a cultura é por meio da preservação
das tradições culturais.

Festivais de música folclórica em todo o mundo,


como o Festival Inti Raymi, no Peru, celebram
não apenas a cultura local, mas também atraem
turistas e geram receita para as comunidades.
Além disso, a diversidade cultural é promovida
por essa economia por meio da valorização
das diferentes expressões culturais.

Um exemplo notável é o mercado de alimentos


étnicos, que permite que pessoas de
diferentes origens compartilhem suas
cozinhas tradicionais.

Lugares que servem comida étnica, como


comida tailandesa, mexicana ou etíope, não
apenas celebram a diversidade, mas também
incentivam o entendimento intercultural.
A Economia Criativa também fornece uma
plataforma para que indivíduos e grupos
expressem suas identidades e perspectivas
únicas.

A indústria da moda, por exemplo, permite que


designers expressem sua criatividade por meio
de roupas e acessórios. A Semana de Moda de
Paris é um evento icônico que reúne estilistas
de todo o mundo, cada um trazendo sua visão
única para a passarela.

Além disso, essa vertente econômica é um


importante gerador de empregos,
especialmente entre os jovens que muitas
vezes buscam carreiras criativas.
Por exemplo, startups tecnológicas que se
concentram em aplicativos de entretenimento,
como música ou jogos, não apenas criam
empregos, mas também impulsionam a
inovação em suas respectivas indústrias.

Locais com forte presença de Economia


Criativa muitas vezes se tornam destinos
turísticos populares.

Por exemplo, a cidade de Salvador, no Brasil, é


conhecida por sua rica herança cultural afro-
brasileira. O turismo cultural floresce ali, com
visitantes interessados em experiências que
incluem música, dança, arte e culinária
tradicionais.
A Economia Criativa não apenas preserva o
passado, mas também impulsiona a inovação e
a modernização.

O desenvolvimento de tecnologias criativas,


como realidade virtual para experiências
culturais imersivas, exemplifica como a
criatividade está avançando nas indústrias
tradicionais.

Além disso, a Economia Criativa promove a


educação e a capacitação. Programas de
treinamento e cursos voltados para as artes e
criatividade são essenciais para desenvolver
talentos e habilidades em várias áreas criativas,
desde atuação até design gráfico.
Com tudo isso, percebe-se que esse modelo
econômico não é um fenômeno restrito a uma
única nação. Ele está florescendo em todo o
mundo, impulsionado pela globalização e pela
conectividade digital.

No Brasil, por exemplo, o setor cultural e


criativo representa uma parte significativa da
economia. Segundo pesquisa da Firjan, de
2017, a Economia Criativa movimentou
impressionantes R$ 171,5 bilhões e gerou mais
de 837 mil empregos formais naquele ano.

A relevância dessa vertente econômica é tão


grande que as Nações Unidas declararam 2021
como o Ano Internacional da Economia
Criativa para o Desenvolvimento Sustentável.
O Brasil está bem posicionado para liderar
essa revolução criativa. O país já é
reconhecido internacionalmente por sua
cultura vibrante e diversificada, e a
criatividade tem o potencial de impulsionar
ainda mais o desenvolvimento econômico e
cultural.

Projetos de lei, como o que visa criar a


Política Nacional de Desenvolvimento da
Economia Criativa, criado em 2022, indicam
que o governo reconhece a importância
desse setor e busca promovê-lo.
A Economia Criativa é um motor de crescimento econômico, inovação cultural e empoderamento
individual e coletivo.

À medida que nos dirigimos para um futuro cada vez mais baseado no conhecimento, esse
modelo econômico se tornará uma força ainda mais influente, moldando a forma como vivemos,
trabalhamos e nos expressamos em todo o mundo.
Questões
1) Quanto ao contexto sobre a Economia Criativa, analise as assertivas abaixo.

I. Transformar criatividade em resultado e que pensar as relações em comunidade é um novo olhar


denominado economia criativa, o qual pede multidisciplinaridade por parte do empreendedor, atenção a
novas profissões e tem a economia colaborativa como seu carro-chefe.
II. Valoriza mais o processo do que o produto, reconhecendo que, além de seus benefícios econômicos, gera
um valor não monetário que contribui notavelmente com a consecução de desenvolvimento sustentável
inclusivo e centrado nas pessoas.
III. Empreendedorismo é sinônimo de economia criativa.

(Cetro) É correto o que se afirma em:

a) I e III, apenas.
b) III, apenas.
c) I, II e III.
d) II e III, apenas.
e) I e II, apenas.
Questões
2) Com o pós-fordismo, a ‘desmetropolização’ gerou um esvaziamento (PUCRJ) No trecho citado, o geógrafo se refere a
de investimentos produtivos nas tradicionais metrópoles mundiais e um modelo de políticas públicas municipais para a
afetou, inclusive, as áreas emergentes da América Latina e Ásia do Sul. cidade do Rio de Janeiro que priorize a
Em algumas grandes metrópoles, buscam-se ações que reduzam os
impactos do desmonte dos setores geradores de emprego que afeta
a) economia criativa.
milhões de pessoas em megarregiões densamente povoadas.
b) flexibilização da indústria.
Nesse contexto, leia os trechos selecionados a seguir:
c) globalização da cultura.
d) modernização portuária.
[...] O Rio de Janeiro, ao longo de sua história, exerceu papel de e) valorização da construção civil.
protagonista na produção cultural e intelectual [...] do Brasil. Não
podemos compreender o país sem a bossa nova, o samba e o funk; sem
as novelas e os filmes produzidos e ambientados na cidade; sem a moda
da praia e do subúrbio carioca; sem os projetos de arquitetos, designers e
publicitários que se alimentaram da cultura carioca, única, em seus
processos de criação. [...] É justamente este histórico que nos faz
defender [...] tais ações [...] como um eixo central do desenvolvimento do
Rio de Janeiro e, consequentemente, como preocupação primordial no
planejamento e gestão das políticas públicas municipais. [...]

(Adaptado de trechos da entrevista do geógrafo João Luiz de Figueiredo ao jornal o Globo On Line,
Opinião, de 14/06/2017. Endereço eletrônico: https://oglobo.globo.com/opiniao/cultura-criatividade-
contra-crise-21333327#ixzz5Nv3c6brD. Acesso: 21 de julho de 2018)
Questões
3) A economia criativa tem se destacado como uma importante fonte de crescimento econômico em
muitos países. Ela abrange uma ampla gama de setores, desde artes e entretenimento até design e
tecnologia. Uma das características distintivas da economia criativa é:

a) sua ênfase exclusiva na produção de bens físicos, como obras de arte e produtos de design.
b) sua dependência exclusiva de financiamento governamental para sustentar suas atividades.
c) sua capacidade de gerar valor econômico por meio do conhecimento, criatividade e expressão
cultural.
d) sua falta de conexão com a cultura e a identidade de uma sociedade.
e) sua exclusão de setores tradicionais, como agricultura e manufatura.
Questões
4) A economia criativa tem sido elogiada por sua capacidade de gerar inovação e crescimento econômico, mas
também enfrenta desafios únicos. Um desses desafios diz respeito à questão da propriedade intelectual e dos
direitos autorais. Muitas vezes, os criativos enfrentam dilemas éticos e legais ao equilibrar a proteção de seus
trabalhos e a promoção da cultura e da inovação.

Nesse contexto, qual das seguintes situações exemplifica um dilema comum relacionado à propriedade intelectual
na economia criativa?

a) Um artista musical recusa-se a licenciar sua música para uso comercial, alegando que isso diluiria seu valor
artístico.
b) Uma empresa de design de moda registra um design de vestuário exclusivo como marca registrada para evitar a
cópia por concorrentes.
c) Um estúdio de cinema processa um fã que criou uma paródia de um filme famoso e a compartilhou online.
d) Um escritor publica uma série de contos em um blog e permite que os leitores os compartilhem livremente,
desde que atribuam a autoria.
e) Um estúdio de desenvolvimento de jogos cria uma mecânica de jogo única e solicita uma patente para proteger
sua inovação.
Redação
Na prova de redação, o tema da Economia Criativa pode ser apresentado como uma proposta
desafiadora que requer uma análise aprofundada e reflexiva por parte dos candidatos. Uma possível
proposta poderia ser: "A Economia Criativa como Motor de Desenvolvimento Sustentável: Desafios e
Oportunidades". Nesse contexto, os candidatos seriam solicitados a discutir os conceitos-chave da
Economia Criativa, suas implicações para o desenvolvimento econômico e social, bem como os
dilemas éticos e legais que surgem no caminho. Além disso, poderiam ser convidados a examinar
exemplos práticos de políticas públicas voltadas para a promoção da Economia Criativa em regiões
específicas e a avaliar seu impacto. Uma redação eficaz exigiria uma análise crítica, uma
compreensão abrangente do tema e a capacidade de apresentar argumentos convincentes sobre
como a Economia Criativa pode ser um catalisador do crescimento sustentável em um mundo cada
vez mais orientado pela criatividade e inovação.
Como Aparece nas Provas
O tema da Economia Criativa pode surgir de maneira abrangente e desafiadora em provas e
vestibulares, cobrindo aspectos conceituais e práticos. As questões podem testar o entendimento
dos candidatos sobre as características distintivas da Economia Criativa, como sua ênfase no valor
gerado por meio da criatividade e expressão cultural, a multidisciplinaridade envolvida, bem como os
dilemas éticos relacionados à propriedade intelectual. Além disso, é comum ver questões
contextualizadas, como no exemplo da cidade do Rio de Janeiro, onde políticas públicas estão
sendo direcionadas para promover o desenvolvimento com base na Economia Criativa. Portanto, os
estudantes devem estar preparados para demonstrar um conhecimento sólido sobre esse tema,
relacionando-o tanto aos princípios fundamentais quanto às aplicações práticas em diferentes
contextos, como cultura, arte, design e empreendedorismo.
Gabarito
afirmar que empreendedorismo é sinônimo de economia criativa, já
1) [E] que são conceitos distintos e podem coexistir em diferentes
contextos econômicos.
A alternativa III está incorreta, porque ela afirma que
"empreendedorismo é sinônimo de economia criativa". No
entanto, essa afirmação não é verdadeira, pois 2) [A]
empreendedorismo e economia criativa são conceitos distintos,
embora possam estar relacionados. Alternativa B: Incorreta. Flexibilização da indústria: não há menção
O empreendedorismo refere-se à atividade de criar e desenvolver na citação sobre a flexibilização da indústria como foco das políticas
novos negócios, produtos ou serviços, muitas vezes envolvendo a públicas no Rio de Janeiro. O texto se concentra na cultura e na
identificação de oportunidades de mercado, a alocação de criatividade como elementos centrais.
recursos e a gestão de riscos. O empreendedorismo pode ocorrer Alternativa C: Incorreta. Globalização da cultura: embora o texto
em diversos setores da economia, não se limitando apenas à mencione a importância da cultura carioca, não sugere que a
economia criativa. globalização da cultura seja o foco das políticas públicas. Pelo
Por outro lado, a economia criativa está relacionada a setores que contrário, a ênfase está na preservação e promoção da cultura local.
envolvem a criação, produção e distribuição de bens e serviços Alternativa D: Incorreta. Modernização portuária: não há indicação
baseados no conhecimento, na criatividade e no capital no texto de que a modernização portuária seja um ponto central das
intelectual. Ela abrange áreas como artes, cultura, design, mídia, políticas públicas mencionadas. A discussão gira em torno da cultura
tecnologia, entre outras. Embora o empreendedorismo possa ser e da criatividade.
uma parte da economia criativa, nem todo empreendedorismo se Alternativa E: Incorreta. Valorização da construção civil: o texto não
encaixa nesse conceito. Existem empreendedores em setores trata da valorização da construção civil como um elemento central
tradicionais e não criativos. das políticas públicas. Novamente, a ênfase está na cultura e na
Portanto, a alternativa III está incorreta, porque não é apropriado economia criativa.
Gabarito
3) [C] 4) [C]

Alternativa A: Incorreta. A economia criativa não se limita Alternativa A: Incorreta. Essa situação não exemplifica um dilema
apenas à produção de bens físicos, mas também inclui serviços, relacionado à propriedade intelectual, mas sim uma escolha pessoal
como música ao vivo, software criativo, publicidade, entre outros. do artista em não licenciar sua música para fins comerciais. Não
Alternativa B: Incorreta. Embora alguns projetos e iniciativas na envolve conflito de direitos autorais.
economia criativa possam receber apoio financeiro do governo, ela Alternativa B: Incorreta. Embora isso envolva a proteção da
é frequentemente impulsionada pelo setor privado e pela iniciativa propriedade intelectual, não representa um dilema comum
empreendedora. relacionado à propriedade intelectual na economia criativa. É uma
Alternativa D: Incorreta. A economia criativa está medida legal para proteger um design exclusivo.
intrinsecamente ligada à cultura e à identidade de uma sociedade. Alternativa D: Incorreta. Essa situação não representa um dilema
Muitos dos setores da economia criativa, como artes, música e relacionado à propriedade intelectual, pois o escritor está permitindo
design, refletem e promovem a cultura local e global, explicitamente que os leitores compartilhem e atribuam a autoria,
desempenhando um papel fundamental na formação da identidade não havendo conflito significativo de direitos autorais.
cultural. Alternativa E: Incorreta. Essa é uma medida comum para proteger
Alternativa E: Incorreta. A economia criativa não exclui propriedade intelectual na indústria de jogos, mas não exemplifica
automaticamente os setores tradicionais, como agricultura e um dilema comum. A solicitação de patentes é uma ação legal para
manufatura. Em vez disso, ela se concentra em setores que têm proteger inovações específicas.
uma ênfase especial na criatividade, inovação e expressão cultural.
Os setores tradicionais também podem incorporar elementos da
economia criativa em suas operações para promover a inovação.
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