Manual de Boas Praticas

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CLÍNICA GERBATI

ODONTOLOGIA E ESTÉTICA

MANUAL DE BOAS PRÁTICAS


SAÚDE ESTÉTICA

ELABORADO POR APROVADO POR DATA APROVACAO


ASS: ASS:

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ODONTOLOGIA E ESTÉTICA

SUMÁRIO

1. INTRODUÇÃO................................................................................PÁGINA 03
1.1 Objetivo do manual de boas práticas............................................PÁGINA 03
1.2 Definições......................................................................................PÁGINA 03
1.3 Identificação do estabelecimento..................................................PÁGINA 05
1.4 Histórico........................................................................................PÁGINA 05
1.5 Resolução do conselho de classe.................................................PÁGINA 05
2. RISCOS A SAÚDE..........................................................................PÁGINA 05
3. MEDIDAS DE SEGURANÇA..........................................................PÁGINA 06
3.1 Higiene e apresentação pessoal...................................................PÁGINA 06
3.2 Higienização das mãos.................................................................PÁGINA 06
3.2.1 Higienização das mãos com água e sabonete líquido.............PÁGINA 07
3.2.2 Higienização das mãos com álcool 70%..................................PÁGINA 08
3.3 Vacinação.................................................................................PÁGINA 09
3.4 Manejo de Resíduos.................................................................PÁGINA 10
3.5 Acidentes e alergias..................................................................PÁGINA
12
3.6 Uso de equipamentos de proteção individual- EPI...................PÁGINA 12
3.6.1 Luvas de procedimentos...........................................................PÁGINA 12
3.6.2 Luvas de auto proteção (luvas de “borracha”) .........................PÁGINA 13
3.6.3 Máscara, gorros ou tocas e óculos de proteção.......................PÁGINA 13
3.6.4 Aventais impermeáveis.............................................................PÁGINA 13
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3.7 Limpeza, desinfecção e esterilização de utensílios..................PÁGINA 13


3.7.1 Limpeza....................................................................................PÁGINA 14
3.7.2 Desinfecção..............................................................................PÁGINA 15
3.8 Limpeza e desinfecção de superfícies...........................................PÁGINA
16
4. DOCUMENTAÇÃO SOLICITADA PELA VIGILÂNCIA SANITÁRIA PÁGINA
17
5. ESTRUTURA FÍSICA DO ESTABELECIMENTO............................PÁGINA
17
6. EQUIPAMENTOS E PRODUTOS...................................................PÁGINA 18
6.1 Equipamentos...........................................................................PÁGINA 18
6.2 Cosméticos...............................................................................PÁGINA 18
6.3 Produtos de limpeza e desinfecção..........................................PÁGINA 19
6.4 Mobiliários.................................................................................PÁGINA 19
6.5 Toalhas e lençóis de tecido ou descartáveis............................PÁGINA 20
7. CONTROLE DE VETORES E PRAGAS.........................................PÁGINA 20
8. ÁGUA E ESGOTO..........................................................................PÁGINA 21
9. CAPACITAÇÃO..............................................................................PÁGINA 21
10. ANEXOS........................................................................................PÁGINA
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1.INTRODUÇÃO

1.1 Objetivo do Manual de Boas Práticas


Esse Manual tem como objetivo contribuir para as boas práticas dos
profissionais que atuam nos seguimentos de saúde estética de forma a garantir
segurança ao profissional e a seus clientes e a qualidade nos serviços
prestados, evitando riscos à saúde. Para tanto, apresenta noções da
transmissão de doenças, riscos da atividade, medidas de segurança, normas
da Vigilância Sanitária para processos de trabalho, produtos, equipamentos,
materiais e instalações.

1.2 Definições

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Área de processamento de artigos: local onde são realizadas lavagem,


preparação, desinfecção ou esterilização de instrumentais utilizados nos
procedimentos.
Artigos: compreendem instrumentos de naturezas diversas, acessórios de
equipamentos e outros. Exemplo: pinça, espátula, tesoura, cuba, cânula e etc...
Artigo Descartável: É o produto que, após o uso, perde suas características
originais e não deve ser reutilizado e nem reprocessado.
Higienização: operação que compreende duas etapas, a limpeza e a
desinfecção.
Limpeza: Consiste na remoção de sujidades visíveis e detritos dos artigos,
realizada com água adicionada de sabão ou detergente, por ação mecânica,
com consequente redução da carga microbiana. Deve preceder os processos
de desinfecção ou esterilização.
Desinfecção: processo físico ou químico que elimina a maioria dos
microrganismos patogênicos de objetos inanimados e superfícies.
Esterilização: Processo físico ou químico ou físico-químico que elimina todas
as formas de vida microbiana, incluindo os esporos bacterianos.
Manual de Boas Práticas: documento que descreve as rotinas realizadas pelo
Consultório.
Registro: anotação em planilha com data e identificação do funcionário.
Resíduos: materiais a serem descartados, oriundos da área de prestação de
serviços.
Saneantes: produtos destinados à higienização, desinfecção ou desinfestação.
Procedimento Operacional Padronizado - POP: procedimento escrito de
forma objetiva que estabelece instruções sequenciais para a realização de
operações rotineiras e específicas no Consultório.
Controle Integrado de Vetores e Pragas Urbanas: sistema que incorpora
ações preventivas e corretivas destinadas a impedir a atração, o abrigo, o
acesso e a proliferação de vetores e pragas urbanas que comprometam a
qualidade higiênico-sanitária do estabelecimento e dos procedimentos.
AIDS
Doença provocada por um vírus que destrói as defesas imunitárias do
organismo, e o expõe a diversas infecções oportunistas temíveis. O vírus (HIV)
é transmitido pelo sangue e pelo esperma.
Autoclave
Aparelho composto por vasos de pressão equipados com acessórios, que
possuem duas câmaras concêntricas, cilíndricas ou retangulares, separadas
por um espaço (chamado camisa), no qual é introduzido vapor. A autoclave é
utilizada para esterilização de materiais.
Bactérias
Microrganismos que causam infecções.
Desinfetantes
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Produtos químicos que têm na sua composição substâncias microbicidas,


apresentando efeito letal para alguns germes.
Detergentes enzimáticos
São compostos basicamente por enzimas, surfactantes e solubilizantes. A
combinação balanceada desses elementos faz com que o produto possa
remover a matéria orgânica da superfície do material, em curto período de
tempo (1 a 15 minutos, em média 03 minutos). Os detergentes não são
bactericidas e não removem óleos e pomadas.
Equipamentos
Aparelhos que são utilizados na execução de procedimentos. Exemplo:
autoclave, foco, cadeira maca, etc... Os equipamentos devem ter registro na
ANVISA.
Equipamento de proteção individual (EPI)
Todo o dispositivo de uso individual destinado a proteger a integridade do
profissional da saúde, dos funcionários e dos pacientes tais como luvas,
máscaras, avental e óculos de proteção.
Hepatite
Toda afecção inflamatória do fígado e mais particularmente a de natureza viral.
Matéria orgânica
Qualquer fluído corporal. Ex: sangue, saliva, lágrima, urina, fezes, suor, dentre
outros.
Material de superfície
Materiais pouco densos que não exigem a penetração do vapor.
Material de densidade
Materiais espessos, formados de fibras, que exigem a penetração do vapor.
Papel grau cirúrgico
É o papel que apresenta características físicas, químicas e biológicas que
permitem a esterilização e manutenção de esterilidade do produto. É próprio
para embalagem de artigos a serem submetidos ao processo de esterilização.
Segregação
É a separação dos resíduos no momento e local da sua geração.

1.3 Identificação do estabelecimento


(Descreva aqui a identificação do seu consultório/clínica com nome, CNPJ,
endereço, telefone, site, responsável técnico e conselho)

1.4 Histórico
(Descreva aqui o histórico do seu consultório/clínica: em que ano foi fundada,
por quem, em qual cidade)

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1.5 Resolução do conselho de classe


(Descreva aqui a resolução do conselho de classe do responsável técnico,
como exemplo utilizamos a resolução do conselho federal de farmácia CFF)
A Resolução do Conselho Federal de Farmácia (CFF) no 573, de 22 de maio
de 2013, que dispõe sobre as atribuições do farmacêutico no exercício da
saúde estética e da responsabilidade técnica por estabelecimentos que
executam atividades afins, os farmacêuticos regularmente inscritos nos
Conselhos Regionais de Farmácia que estejam capacitados técnica,
cientificamente e profissionalmente estão habilitados a exercer atividades na
área.

2. RISCOS A SAÚDE
Apesar da indiscutível importância deste segmento para a sociedade, esta
atividade não está isenta de riscos. Diversos estudos apontam o risco à saúde
que profissionais e clientes estão sujeitos, em especial à transmissão de
doenças e alergias. Os profissionais deste ramo manuseiam áreas do corpos e
rostos habitadas por microrganismos que podem ser transmitidos pelas mãos
do profissional, pelos utensílios e produtos contaminados ou por acidentes com
os materiais perfurocortantes.
As lesões na pele, visíveis ou não, são a principal porta de entrada de
microrganismos como bactérias, fungos e vírus. Algumas bactérias e fungos
estão presentes no corpo humano sem causar doenças, entretanto quando
ocorrem lesões ou abrasões da pele estes microrganismos penetram em nosso
corpo podendo causar infecções bacterianas manifestadas como furúnculos ou
abscessos e infecções fúngicas conhecidas como micoses. Os vírus podem
causar verrugas, tumores na pele, hepatites B e C e infecções pelo vírus da
imunodeficiência humana (HIV). Também pode ocorrer a transmissão de
parasitas causando escabiose (sarna) e pediculose (piolhos).
Alguns produtos utilizados nos clientes e nos processos de limpeza e
desinfecção podem causar alergias, intoxicações e outros danos em
profissionais e usuários. Nos profissionais também são comuns lesões
vasculares como varizes e desordens músculo-esqueléticas da coluna, ombros,
mãos e punhos ocasionados por longos períodos na posição sentada ou em
pé, pela postura e mobiliários inadequados e longas jornadas de trabalho
executando os mesmos movimentos sem períodos de descanso.

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3. MEDIDAS DE SEGURANÇA
Algumas medidas simples, abordadas nos tópicos a seguir, podem ser adota-
das para controlar o risco de disseminação de doenças:
• Higiene e apresentação pessoal;
• Higienização das mãos;
• Vacinação;
• Descarte adequado de perfurocortantes;
• Medidas adotadas nos acidentes;
• Uso de equipamentos de proteção individual - EPI;
• Limpeza, desinfecção e esterilização de utensílios;
• Limpeza e desinfecção de superfícies

Este conjunto de medidas deve ser seguido em todos os atendimentos, pois


muitas vezes é impossível saber só pela aparência se o cliente é portador de
algum microrganismo ou doença. Muitas vezes a pessoa nem sabe que está
doente, pois não apresenta nenhum sintoma

3.1 Higiene e apresentação pessoal


Os profissionais devem manter rigorosa higiene pessoal, usar preferencial-
mente uniforme de cor clara e calçados fechados, manter as unhas curtas e
limpas e evitar o uso de adornos como anéis, pulseiras, relógios. Não é
permitido fumar nas dependências do consultório.

3.2 Higienização das mãos


É uma das medidas mais importantes e simples para evitar a disseminação de
microrganismos. Tem como finalidade remover sujidades, suor, oleosidade,
microorganismos e células mortas.
A higienização pode ser feita com água e sabonete líquido ou com álcool 70%.

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As unhas longas e adornos dificultam a higienização das mãos e servem de


abrigo para microrganismos e outras.

3.2.1 Higienização das mãos com água e sabonete líquido


Quando:
• As mãos estiverem visivelmente sujas ou contaminadas com sangue ou
secreções corporais;
• Ao iniciar e terminar o turno de trabalho; e antes e após cada
atendimento;
• Antes e após ir ao banheiro;
• Antes e após colocar as luvas;
• Antes e após as refeições;
• Após manipular materiais de limpeza e desinfecção;
• Após várias aplicações seguidas de álcool.

Como:
• Molhar as mãos com água e aplicar sabonete líquido;
• Friccionar todas as superfícies das mãos conforme figura abaixo;
• Enxaguar as mãos e secar com papel toalha.

Importante:
As toalhas de tecido e sabonetes em barra são reservatórios de
microrganismos sendo desaconselhado.

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3.2.2 Higienização das mãos com álcool 70%


O álcool 70% reduz a quantidade de microrganismos, mas não remove
sujidades.

Quando:
• As mãos não estiverem visivelmente sujas;
• Antes e após cada atendimento;
• Ao trocar de área: da virilha para o buço, dos pés para as mãos;
• Após contato com objetos (celular, maçanetas, etc) durante o
atendimento.

Como:

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• Aplicar o álcool 70% nas mãos;


• Friccionar todas as superfícies das mãos conforme figura abaixo;
• Deixar o álcool secar naturalmente, sem uso de toalhas, tecidos ou
papel.
Importante:
Utilizar apenas álcool específico para higienização das mãos na concentração
de 70%.

3.3 Vacinação
A vacinação tem a finalidade de adquirir imunidade protegendo nosso
organismo de alguns microrganismos e vírus.
Como existe possibilidade de contato com sangue, é fundamental que os
profissionais da saúde estética façam uso da profilaxia por meio da vacinação
para Hepatite B, Difiteria e Tétano, além da SCR (Sarampo, Caxumba e
Rubéola) fazem parte do Calendário Vacinal de Adultos, são de extrema
importância e gratuitas em todos o território nacional em postos de saúde. São
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necessárias três doses das vacinas Hepatite B, Difiteria e Tétano e apenas 1


dose da SCR para conferir imunidade.
A vacinação contra o tétano é importante, pois esta doença pode ser
transmitida por lesões na pele provocadas por quaisquer materiais: desde
queimaduras até cortes com metais, não necessariamente enferrujados.

3.4 Manejo de resíduos


A geração de resíduos na (Insira o nome do seu consultório/clínica) acontece a
todo instante durante a realização dos serviços.
O manejo de resíduos é o processo de gerenciamento do resíduo desde a sua
geração até o descarte final.
O correto manejo de resíduos tem como objetivo preservar a saúde dos
pacientes e profissionais da clínica e proteger o meio ambiente.
A clínica segue o disposto no PGRSS.
A primeira etapa do gerenciamento de resíduos é a segregação ou separação
dos resíduos, no momento e no local de sua geração, acondicionando-os
imediatamente de acordo com a classificação.
Os resíduos gerados no estabelecimento são depositados, após embalados,
em local apropriado, protegidos contra acesso de roedores e outros animais,
fora da área de atendimento, enquanto aguardam o recolhimento.
Os resíduos gerados pela Clínica estão enquadrados:

Resíduos Infectantes ou biológicos


Segregados e acondicionados no local gerador do resíduo em uma lixeira com
pedal, identificada, forrada internamente com saco plástico branco, leitoso, com
capacidade para 30L (conforme a norma NBR 7500 da ABNT).
Identificação da lixeira e do saco branco leitoso:
Símbolo de risco biológico, com rótulo de fundo
branco, desenho e contornos pretos, acrescido da
expressão RESÍDUO INFECTANTE.
A lixeira é de material liso, lavável, resistente à
punctura, ruptura, vazamento e tombamento, com
tampa e sistema de abertura sem contato manual,
com cantos arredondados.
O saco plástico é constituído de material resistente a
ruptura, vazamento e impermeável.
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Quando o volume de resíduos atinge 2/3 da capacidade total do saco, ou então


no final do dia, independente do volume, a boca do saco é amarrada para
fechá-lo.
O lixo é recolhido pela funcionária, munida de luvas de borracha, máscara e
óculos de proteção e transportado para o local do Armazenamento Temporário
(expurgo) onde é armazenado dentro de coletor enquanto aguarda a coleta
externa realizada pelo órgão da prefeitura responsável.
Um novo saco de lixo é colocado na lixeira.

Resíduos comuns (domiciliares)


Os resíduos comuns (papel de uso sanitário, absorventes higiênicos, luvas de
procedimentos que não entraram em contato com sangue ou líquidos
corpóreos, artigos e materiais utilizados na área de trabalho, incluindo
vestimentas e Equipamento de Proteção Individual (EPI), desde que não
apresentem sinais ou suspeita de contaminação química, biológica ou
radiológica, sobras de alimentos, resíduos da área administrativa, entre outros)
são acondicionados em uma lixeira com pedal, forrada com saco plástico
resistente preto ou azul, com capacidade para 30L.
A lixeira está identificada com os dizeres: Lixo Comum.
Quando o volume de resíduos atinge 2/3 da capacidade total do saco, ou no
fim do expediente, a boca do saco é amarrada para fechá-lo, e o lixo é
encaminhado pela funcionária munida de luvas de borracha, até a lixeira da
calçada para coleta de lixo e fica aguardando recolhimento pela empresa
responsável pelo serviço público de recolhimento de lixo que realiza o
transporte até o aterro sanitário local.

Resíduos Perfurocortantes (agulhas, utensílios de vidro quebrados na


clínica e outros similares)
O acondicionamento é feito em uma caixa de papelão (Descarpack®) com
tampa, constituída de material rígido, resistente à punctura, ruptura e
vazamento.
A caixa é identificada com o símbolo de risco biológico, com rótulo de fundo
branco, desenho e contorno preto, acrescido da inscrição de RESÍDUO
PERFUROCORTANTE ou PERFUROCORTANTE.

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Quando os resíduos atingirem 3/4 da capacidade da caixa ou de acordo com


as instruções do fabricante, a caixa é encaminhada pela funcionária munida de
luvas de borracha, máscara e óculos de proteção, para a área de expurgo,
onde permanece armazenada aguardando a coleta externa realizada por
empresa terceirizada que fará o tratamento e a disposição final.
O recolhimento de resíduos bem como higienização das lixeiras e EPI’s é
realizado pela funcionária munida de luvas de borracha, máscara e óculos de
proteção, avental e calçado fechado com solado antiderrapante.

O POP - Manejo de resíduos descreve detalhadamente o procedimento


completo de manejo dos resíduos desde a geração até o descarte final, bem
como o procedimento de higienização de lixeiras e EPI’s.

3.5 Acidentes e alergias


Lesões decorrentes de acidentes com materiais perfurocortantes como
agulhas, tesouras, lâminas, potencialmente contaminadas deve ser
imediatamente lavadas com água corrente em abundância e sabão. Não usar
substâncias químicas como água sanitária e outros desinfetantes, pois eles
aumentam a área lesada e consequentemente a exposição ao material
infectante.
Nos acidentes envolvendo mucosas, como a dos olhos, deve-se lavar o local
imediatamente com água corrente em abundância.
Nas reações alérgicas e intoxicações por produtos químicos devem ser segui-
das as instruções dos fabricantes.

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As pessoas acidentadas ou com manifestação de reação alérgica devem ser


encaminhadas imediatamente para a UPA (Unidade de Pronto Atendimento)
mais próxima;

3.6 Uso de equipamentos de proteção individual- EPI


Os EPI são dispositivos ou produtos de uso individual utilizados pelo
profissional para prevenção de riscos que ameaçam a sua segurança e saúde
no trabalho. Seu uso é necessário em alguns momentos do atendimento, ao
manusear os produtos de limpeza e desinfecção, cosméticos e alguns
instrumentais.

3.6.1 Luvas de procedimentos


São descartáveis e devem ser utilizadas quando houver risco de contato com
sangue, fluidos corporais, secreções, excreções, mucosas, pele não íntegra e
artigos, superfícies ou equipamentos contaminados.
Alguns cuidados devem ser tomados ao utilizar as luvas
• Não tocar superfícies e materiais com as mãos enluvadas (telefone,
maça- neta, porta, caneta, etc);
• Trocar as luvas ao mudar de procedimento contaminado para outro
limpo;
• Desprezar as luvas após cada atendimento e durante um mesmo
atendimento se estiver danificada.
3.6.2 Luvas de auto proteção (luvas de “borracha”)
São de uso individual e devem ser utilizadas para proteção das mãos e ante-
braços durante as atividades de limpeza e desinfecção.

3.6.3 Máscara, gorros ou tocas e óculos de proteção


Devem ser utilizadas nas tarefas onde há possibilidade de projeção de
fragmentos, partículas e respingos de líquidos diversos atingirem o profissional.

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3.6.4 Aventais impermeáveis


São necessários nas tarefas em que exista risco de umidade e respingo de
líquidos diversos no corpo ou roupa do profissional.

3.7 Limpeza, desinfecção e esterilização de utensílios e artigos


Os utensílios e artigos podem ser contaminados durante o atendimento e servir
como fonte de transmissão, por isso eles têm que ser adequadamente
processados. O processamento é um conjunto de ações relacionadas à
limpeza, secagem, embalagem, desinfecção ou esterilização, armazenamento
e distribuição. Os utensílios devem estar em bom estado de conservação a fim
de atender sua função com segurança e facilitar seu processamento. Durante
todo o processo os profissionais devem seguir as medidas de segurança para
evitar acidentes.
A limpeza bem feita é capaz de reduzir a quantidade de microrganismos dos
utensílios, mas não de eliminá-los. Por isso necessita ser seguida de
desinfecção ou esterilização dependendo das características e uso dos
utensílios. É preciso que cada etapa seja executada de maneira correta e
cuidadosa para garantir produtos seguros para os clientes e profissionais.
Tipos de Artigos:

Artigos não críticos


São aqueles que entram em contato com a pele íntegra ou não entram em
contato com o usuário.
Devem ser submetidos ao processo de limpeza e lavados com água e sabão a
cada atendimento e depois desinfetados.
Artigos críticos
Instrumentos de natureza perfurocortante (instrumentais) que podem ocasionar
a penetração através da pele e mucosas e, portanto, necessitam de tratamento
específico (esterilização) após o uso, para se tornarem livres de quaisquer
microrganismos capazes de transmitir doenças.
Artigos descartáveis
São todos artigos utilizados pelo consultório que possuem uso único e,
portanto, são descartados após o uso, não podendo ser reutilizados.

3.7.1 Limpeza
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É o processo mecânico de remoção de sujidade e de redução da quantidade


de microrganismos dos utensílios mediante o uso de água e detergente, de
forma a tornar o produto seguro para manuseio e preparado para desinfecção
ou esterilização. É a primeira e mais importante etapa para eficácia dos
procedimentos de desinfecção e esterilização, pois a presença de sujidade
protege os microrganismos do contato com agentes desinfetantes e
esterilizantes. Nenhum processo substitui a limpeza, mesmo os de desinfecção
e de esterilização. Para segurança do profissional que realiza a limpeza é
fundamental a utilização de calçados fechados, uniforme e dos equipamentos
de proteção individual.
- EPI: óculos de proteção, máscara, avental impermeável e luvas de segurança
(“luvas de borracha”).
Deixar os utensílios em recipientes com água até iniciar o processo de limpeza,
que deverá ser feita com água corrente e detergente líquido por meio de fricção
utilizando escovas com cerdas de nylon resistentes.
A escolha do detergente para limpeza deve ser criteriosa para não danificar os
utensílios. Estes produtos devem estar regularizados na ANVISA e serem de
uso institucional.
O enxágue abundante com água corrente é importante para remover sujidades
e resíduos do detergente e outros produtos químicos. A secagem deve ser feita
imediatamente. Evitar secagem espontânea, pois sais minerais contidos na
água podem aderir ao material provocando manchas e danos após a
esterilização.
Ao final, uma inspeção visual cuidadosa deve ser feita para verificar se os
utensílios ficaram limpos, se estão íntegros e funcionando bem.

3.7.2 Desinfecção
É o processo químico que elimina de objetos e superfícies a maioria dos
microrganismos que causam doenças. Existem no mercado diversos produtos
desinfetantes, os mais utilizados são:

Álcool etílico 70%


• Usar após a limpeza com água e detergente;
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• Friccionar a área aplicada; o produto age por fricção;


• Manter os recipientes fechados, pois o álcool evapora.

Como utilizar:
• Limpar;
• Secar;
• Embeber pano seco com o produto;
• Friccionar a superfície desejada, esperar secar e repetir três vezes a
aplicação.

Hipoclorito de sódio 1%
• Deve ser usado após a limpeza com água e detergente;
• Não age como desinfetante na presença de sujidade;
• É contraindicado para metais, devido ação corrosiva. Possui ação
descolorante;
• As soluções devem ser estocadas em recipientes fechados e opacos;
• Sua ação como desinfetante ficará comprometida caso seja misturado
com detergente ou outros produtos químicos, podendo inclusive se tornar
tóxico.
Como utilizar:
• Limpar;
• Secar;
• Imergir os utensílios na solução de Hipoclorito de Sódio 1% por 30
minutos;
• Enxaguar;
• Secar.
Os utensílios devem ser embalados para protegê-los de contaminação durante
o transporte e armazenamento, mantendo-os esterilizado até o uso. As
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embalagens devem estar devidamente regularizadas na ANVISA e a mais


utilizada é o papel grau cirúrgico. Os utensílios devem ser embalados em kits
individualizados.
A segurança do processo de esterilização depende de todas as fases do pro-
cessamento dos utensílios. A sobrevivência dos microrganismos ao processo
de esterilização pode decorrer de falhas humanas como limpeza e preparo
inadequado do material e de falhas mecânicas como a falta de manutenção e
defeitos da autoclave.

O controle de qualidade da esterilização inclui:

• Monitoramento mecânico: manutenção preventiva periódica e


manutenção corretiva da autoclave;
• Monitoramento físico: acompanhamento frequente do tempo,
temperatura e pressão dos ciclos para verificar se os parâmetros da autoclave
estão em conformidade com o que foi preconizado;
• Monitoramento químico: utilização de indicadores em cada embalagem
(fita zebrada) para identificar os kits que já foram esterilizados e utilização de
integradores químicos periodicamente;
• Monitoramento biológico: deve ser realizado periodicamente

3.8 Limpeza e desinfecção de superfícies


A limpeza e desinfecção das superfícies é uma atividade essencial para
manutenção e conservação das instalações e equipamentos e para
organização do processo de trabalho. As superfícies compreendem as
paredes, piso, teto, sanitários, mobiliários, portas, janelas, equipamentos.
Falhas neste processo podem ter como consequências a disseminação e
transferência de microrganismos para as pessoas, ambiente e utensílios,
colocando em risco a segurança dos clientes e dos profissionais.
• Realizar a limpeza e organização diária do estabelecimento;
• Limpar o banheiro com água e detergente neutro e desinfetar o vaso
sanitário com hipoclorito de sódio a 1%;
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• Limpar as macas, cadeiras, bancadas e armários com água e detergente


neutro periodicamente e desinfetar com álcool 70% após cada atendimento;
• Utilizar sempre luvas de borracha e calçados fechados nos
procedimentos de limpeza e desinfecção.

4. DOCUMENTAÇÃO SOLICITADA PELA VIGILÂNCIA SANITÁRIA


• Alvará de Localização e Funcionamento;
• Alvará de Autorização Sanitária;
• Manual de boas práticas;
• Registro de manutenção preventiva e corretiva dos equipamentos;
• Registro de monitoramento da esterilização;
• Comprovante de recolhimento dos resíduos perfurocortantes.

5. ESTRUTURA FÍSICA DO ESTABELECIMENTO


• Piso, paredes e teto de material resistente a limpeza com água e sabão
e desinfetantes, de cor clara, liso, sem trincas, rachaduras, buracos, vaza-
mentos, infiltrações, bolor;
• Ralos com sistema de fechamento;
• Água encanada potável;
• Ligação do esgoto na rede pública;
• Divisórias entre macas nas áreas de massagem e tratamentos do corpo,
de forma a garantir a privacidade dos clientes;
• Iluminação natural ou artificial que permita a realização das atividades
com segurança;
• Ventilação natural ou artificial adequada que garanta ambientes
arejados;
• Instalação elétrica sem fiação exposta e compatível com o número de
equipamentos (para evitar sobrecargas evite extensões ou benjamins);

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• Bancadas de material resistente a limpeza e desinfecção e em bom


esta- do de conservação;
• Armários para guarda de pertences dos profissionais;
• Banheiro com vaso sanitário com tampa, descarga funcionando, lixeira,
pia
com água corrente, suportes abastecidos com sabonete líquido e papel
toalha;
• Dispensadores de álcool 70% ou pia com dispensadores de sabonete
líquido e papel toalha para higienização das mãos em todos os recintos onde
são realizados procedimentos em clientes;
• Área de limpeza, desinfecção e esterilização com: bancada com pia para
limpeza de material, bancada seca, autoclave e armário ou recipientes com
tampa de material resistente à limpeza e desinfecção para guarda de material
esterilizado;
• Recinto ou armário para guarda de materiais de limpeza;
• O estabelecimento deve ser mantido em boas condições de limpeza,
higienização e conservação geral, retirando os materiais alheios;
• O estabelecimento deve possuir dimensionamento adequado,
compatível com as atividades realizadas, não possuindo ligação direta com
residências.

6. EQUIPAMENTOS E PRODUTOS
6.1 Equipamentos
Os equipamentos utilizados nos procedimentos de estética e beleza e os de
esterilização devem possuir número de registro na Agência Nacional de
Vigilância Sanitária (ANVISA). O serviço deverá manter manual técnico do
equipamento em português e registros de manutenção preventiva e corretiva
realizada conforme orientação do fabricante.

6.2 Cosméticos

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Os produtos utilizados para embelezamento pertencem à categoria dos


cosméticos e são regulamentados pela ANVISA. Ao adquirir os produtos
verifique no rótulo:
• Nome do produto;
• Marca;
• Lote;
• Prazo de validade;
• Conteúdo;
• País de origem;
• Fabricante/importador;
• Composição do produto;
• Finalidade de uso do produto;
• Instruções em língua portuguesa;
• Autorização de Funcionamento da indústria na ANVISA;
• Número de registro ou notificação no Ministério da Saúde/ ANVISA.
Os produtos devem ser guardados e protegidos da luz, calor e umidade,
separados de alimentos e produtos de limpeza.
Antes de aplicar qualquer produto sobre a pele, cabelos ou unhas, perguntar ao
cliente se ele (a) tem algum tipo de alergia aos componentes químicos do
produto a ser utilizado.
Não deve haver fracionamento e/ou mistura tecnicamente inaceitável dos
produtos químicos utilizados.

6.3 Produtos de limpeza e desinfecção


• Os produtos utilizados para limpeza e desinfecção devem estar
regulariza- dos na ANVISA como produtos para uso institucional;
• Os produtos devem ser utilizados conforme das instruções do fabricante;

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• A ação dos desinfetantes fica comprometida caso ocorra mistura com


água, detergente ou outros produtos químicos;
• As embalagens dos produtos químicos não podem ser reutilizadas;
• Os profissionais devem conhecer e seguir as instruções de segurança
dos
produtos utilizados.

6.4 Mobiliários
• Os colchonetes das macas e demais mobiliários almofadados devem
sem revestidos de material lavável e impermeável, e mantidos sem furos,
rasgos, sulcos ou reentrâncias;
• Os mobiliários devem ser de material resistente a limpeza e desinfecção
e mantidos em bom estado de conservação;

6.5 Toalhas e lençóis de tecido ou descartáveis


• todas as macas devem ser protegidas com lençóis descartáveis ou os
lençóis devem ser trocados a cada cliente;
• As toalhas devem ser trocadas a cada cliente. Deve ser utilizada uma
toalha para cada procedimento, independente de ser o mesmo cliente;
• As toalhas e lençóis de tecido ou descartáveis devem estar limpos;
• Não é recomendada a lavagem manual de roupas utilizadas por clientes.
O processamento destas roupas deverá ser feito em máquina de lavar;
• As toalhas e lençóis descartáveis ou de tecido devem ser guardados de
forma organizada em local limpo, seco e arejado;

7. CONTROLE DE VETORES E PRAGAS


A clínica adota ações contínuas de organização e higiene com o objetivo de
impedir a atração, o acesso, o abrigo e/ou proliferação de pragas e vetores que
comprometam a qualidade higiênico-sanitária do serviço prestado em suas
instalações, mantendo a sua área livre de sujidades e resíduos, além de não

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permitir a presença de papel, papelão ou material em desuso dentro do


consultório ou nos seus arredores.
As medidas de controle incluem a realização de um programa periódico de
desinsetização e desratização de maneira segura e eficaz, incluindo controle
químico aplicado por empresa especializada e devidamente autorizada,
segundo cronograma de visitas pré-determinado.
A contratada deve emitir certificado de garantia do serviço, o qual é renovado
periodicamente e mantido em local de fácil acesso.
Durante a aplicação dos produtos químicos, são tomados os devidos cuidados
para evitar a contaminação de produtos, utensílios e equipamentos.
O procedimento completo está descrito no POP – Controle integrado de
pragas.

8. ÁGUA E ESGOTO
A (Nome do seu consultório/clínica) utiliza água potável fornecida pelo sistema
de abastecimento público e possui reservatório de água com capacidade
suficiente à sua demanda diária, que é limpo e desinfetado a cada 06 (seis)
meses.
O reservatório é mantido com tampa de material impermeável, não corrosivo,
em bom estado de conservação e sem rachaduras.
A higienização é realizada dentro da frequência exigida (na instalação, a cada
seis meses ou quando ocorrer algum acidente que possa contaminar a água) e
são feitos registros na Planilha de registro de higienização da caixa d’água.
A empresa responsável pela higienização apresenta o Comprovante de
execução da limpeza da caixa d’água que é devidamente arquivado.
O procedimento para higienização da caixa d’água está descrito
detalhadamente no POP – Manutenção e higienização do reservatório
água.
O esgoto sanitário e as águas residuais da clínica têm como destinação final a
rede de esgoto sanitário. Os ralos possuem sistema de fechamento.

9. CAPACITAÇÃO
Todo serviço deve ter um Manual de Rotinas e Procedimentos onde estarão
descritos, para cada serviço prestado, o passo a passo e as recomendações
sobre as atividades executadas. Todos os profissionais devem ser capacitados
para executar as rotinas pertinentes às atividades que desempenha.

ELABORADO POR APROVADO POR DATA APROVACAO


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ASS: ASS:

10. ANEXOS

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