Manual de Boas Praticas

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Manual de

Boas Práticas
Clínicas e Consultórios
Setembro de 2018
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C

CM

MY

CY

CMY

K
SISTEMA UNIMED Desenvolvimento:
Núcleo de Qualficação e
Fundado há mais ponto de vista econô-
Desenvolvimento de
de cinco décadas, o mico e administrativo. Recursos Assistenciais
Sistema Unimed é hoje
a maior iniciativa do FESP Contato:
nucleo.qualificaçao@
cooperativismo médico A Fesp foi criada em
unimedfesp.coop.br
em todo o mundo e a 1971, com o objetivo
maior rede de assistên- de integrar as Unimeds
cia médica do Brasil, do Estado de São Paulo
estando presente em por meio de assessoria
84% do território técnica e pela troca de
nacional. A Federação experiências. Adi-
das Unimeds do Estado cionalmente à essa
de São Paulo (Fesp) é vertente institucional,
uma das cooperativas a Federação também
médicas que agregam exerce o papel de ope-
esse sistema. radora, comercializando
Unidas pela marca e gerenciando planos
Unimed e também pelo de saúde. Para aten-
modelo de atendimen- der seus clientes com
to, as cooperativas do excelência, a coope-
Sistema Unimed traba- rativa conta com uma
lham em conjunto, mas rede direta com mais de
são independentes do 1.400 prestadores.

2 Manual de Boas Práticas 3


Capítulo 1 LIMPEZA, DESINFECÇÃO E ESTERILIZAÇÃO

profissional de saúde.
Durante os exames

INTRODUÇÃO Capítulo 1: físicos (determinação


do pulso, da pressão

E
arterial, da temperatura
Em busca da melhoria necessário haver evidência
LIMPEZA, corporal).
Após contato com o
contínua dos serviços do fato e/ou documento. DESINFECÇÃO E paciente - O objetivo é
prestados aos clientes, A visita será agen-
a Unimed Fesp iniciou dada com antecedência,
ESTERILIZAÇÃO a proteção do profissio-
nal e das superfícies e
um processo de avalia- conciliando dias e horários
objetos imediatamente
ção e mensuração da favoráveis ao prestador.
próximos ao paciente,
qualidade de sua rede de Vale ressaltar que a visita
evitando a transmissão
prestadores. de boas práticas não é
de microrganismos do
Nas visitas técnicas, punitiva e não gerará
HIGIENIZAÇÃO próprio paciente.
a equipe da Unimed Fesp custos ao prestador, pois
DAS MÃOS Antes de realizar proce-
irá conhecer o ambien- o objetivo principal é a
Essa é a medida indi- dimentos assistenciais e
te físico, a estrutura, a melhoria contínua.
vidual mais simples e manipular dispositivos
segurança, o conforto, a No intuito de nortear
menos dispendiosa para invasivos - O objetivo é
complexidade, a resoluti- o processo de desenvolvi-
prevenir a propagação a proteção do paciente,
vidade e os processos dos mento, o Núcleo de Qua-
das infecções relacio- evitando a transmissão
locais onde os pacientes lificação da Unimed Fesp
nadas à assistência à de microrganismos
do Sistema Unimed são disponibiliza este Manual
saúde. Deve ser feita: oriundos das mãos do
atendidos, além de avaliar de Boas Práticas para
Antes do contato com o profissional de saúde.
e trocar informações sobre Clínicas e Consultórios. Ele
paciente - O objetivo a Quando em contato
práticas e processos. Para é dividido por capítulos
é proteção do paciente, com membranas mu-
que o critério atenda a exi- que serão desenvolvidos
evitando a transmissão cosas (administração
gência de forma integral é ao longo do tempo.
de microrganismos de medicamentos pelas
oriundos das mãos do vias oftálmica e nasal);

4 Manual de Boas Práticas 5


Capítulo 1 LIMPEZA, DESINFECÇÃO E ESTERILIZAÇÃO

com pele não intacta Antes de calçar luvas evitando a transmissão por exemplo. g
Ao iniciar o turno de refeições.
(realização de curativos, para inserção de dispo- de microrganismos E quando: trabalho. g
Após o término do
aplicação de injeções); e sitivos invasivos oriundos das mãos g
As mãos estiverem g
Antes e após a remo- turno de trabalho.
com dispositivos invasi- que não requeiram do profissional de visivelmente sujas ou ção de luvas. g
Após várias aplica-
vos (cateteres intravas- preparo cirúrgico - saúde. Durante a contaminadas com g
Antes e após o uso do ções consecutivas de
culares e urinários, tubo Tem como objetivo a inserção de cateteres sangue ou outros flui- banheiro. produto alcoólico para
endotraqueal). proteção do paciente, vasculares periféricos, dos corporais. g
Antes e depois das as mãos.

PASSO A PASSO

1. Abrir a torneira 2. Aplicar na palma da mão 6. Esfregar o dorso dos 7. Esfregar o polegar
e molhar as mãos uma quantidade suficiente dedos de uma mão com direito com o auxílio
evitando encos- de sabonete líquido para a palma da mão oposta, da palma da mão
tar-se na pia. cobrir todas as superfícies segurando os dedos, com esquerda, utilizando
das mãos (seguir a quan- movimento de vai-e-vem e movimento circular e
tidade recomendada pelo vice-versa. vice-versa.
fabricante).

9. Esfregar o punho esquer- 10. Enxaguar as mãos


4. Esfregar a palma
do com o auxílio da palma retirando os resíduos
da mão direita contra
da mão direita, utilizando de sabonete, no
o dorso da mão es-
movimento circular e vice- sentido dos dedos
querda entrelaçando
-versa. para os punhos. Evitar
os dedos e vice-versa.
contato direto das
3. Ensaboar as palmas 5. Entrelaçar os dedos 8. Friccionar as polpas digitais e unhas
mãos ensaboadas
das mãos, friccionan- e friccionar os espa- da mão esquerda contra a palma da
com a torneira.
do-as entre si. ços interdigitais. mão direita, fechada em concha, fazen-
do movimento circular e vice-versa.

6 Manual de Boas Práticas 7


Capítulo 1

CONCEITOS Artigos - Compreen- conectados com este


Limpeza - É o processo dem instrumentos, sistema, pois possuem
manual ou mecânico objetos de natureza di- alto risco de causar
de remoção de suji- versa, utensílios (talhe- infecção. Estes reque-
dade, mediante o uso res, louças, comadres, rem esterilização para
de água limpa, sabão e papagaios e outros), satisfazer os objetivos
detergente neutro ou acessórios de equipa- a que se propõem.
detergente enzimático, mentos, instrumental g
A
 rtigos semicríticos:
para manter em estado odontológico e outros. aqueles que entram
de asseio os artigos e em contato com a pele
superfícies reduzindo a Superfícies - Compre- não intacta ou com
população microbiana. endem mobiliários, mucosas íntegras.
A limpeza constitui, pisos, paredes, portas, Exigem desinfecção
ainda, o primeiro passo tetos, janelas, equi- de médio ou alto nível,
nos procedimentos pamentos e demais ou esterilização.
técnicos de desinfec- instalações. g
A
 rtigos não críticos:
ção e esterilização, àqueles que entram
considerando que a tornando-os seguros e pelo meio químico, testes microbiológicos PROCESSAMENTO em contato com a pele
presença de matéria para o manuseio. por meio de produtos padrão. A probabilidade DE ARTIGOS íntegra do usuário.
orgânica protege os denominados de desin- de sobrevida do micror- Classificação de acordo Requerem limpeza
microrganismos do Desinfecção - É o fetantes. ganismo no item sub- com o risco e potencial e/ou desinfecção de
contato com agentes processo físico ou metido ao processo de de contaminação: baixo ou médio nível.
desinfetantes e esteri- químico de destruição Esterilização - É o pro- esterilização é menor g
A
 rtigos críticos: aque- Deve-se atentar para
lizantes. de microrganismos, ex- cesso de destruição de que um em um milhão les que entram em o risco de transmissão
ceto os esporulados. A todos os microrganis- (10/6). A esterilização contato com tecidos secundária por parte
Descontaminação - É desinfecção é realizada mos, inclusive esporu- é realizada pelo calor, estéreis ou com o dos profissionais que
o processo de redução por meio físico, através lados, a tal ponto que germicidas químicos, sistema vascular, bem lidam com o artigo e
dos microrganismos de da água quente (60 a não seja mais possível óxido de etileno, radia- como todos os que entrem em contato
artigos e superfícies, 90º C) ou em ebulição, detectá-los através de ção e outros. estejam diretamente com o usuário.

8 Manual de Boas Práticas 9


Capítulo 1 LIMPEZA, DESINFECÇÃO E ESTERILIZAÇÃO

RELACIONAMOS ABAIXO ALGUNS ARTIGOS COM A RESPECTIVA CLASSIFICAÇÃO ESPECIFICAÇÕES


ARQUITETÔNICAS
CRÍTICOS SEMICRÍTICOS NÃO-CRÍTICOS Cada estabelecimento
Metais sem/fio de corte; me- Inaladores, máscaras de Termômetro. deverá ter ambientes
tais sem motor; instrumental nebulização, extensores com dimensões físicas
cirúrgico. plásticos, ambú, cânula de compatíveis com o uso
Guedel, macronebulização. proposto, sendo que de-
Tecido para procedimento ci- Válvulas de ambú com Esfigmomanômetro coberto verá ainda apresentar as
rúrgico (ex: enxerto vascular). componentes metálicos; por plástico. seguintes características:
máscaras de ambú. gAcesso livre para reti-
PVC, nylon, plástico. Circuitos de respiradores; Esfigmomanômetro coberto rada de pacientes em
cânula endotraqueal. por brim. situações emergenciais;
g O piso deverá ser liso,
Tubos de látex, acrílico, sili- Lâmina de laringoscópio Cabo de laringoscópio.
impermeável, lavável e
cone, teflon. (sem lâmpada); lâmpada do
resistente a saneantes;
laringoscópio.
g As paredes das áreas
Vidraria e borracha para Espéculos vaginais, nasais, Comadres e papagaios.
como sala de esteri-
aspiração. otológicos (metálicos).
lização de materiais,
Peças de mão de motores. Esdoscópios do trato digesti- Bacias, cubas, jarros e baldes. de procedimentos esterilização de ma-
vo e respirátorio. médicos/enfermagem, terial, cozinha/copa e tos para pacientes e
Fibra ótica: endoscópios, Mamadeira; bicos de ma- Recipiente para guardar ma- de exames, depósito de lavanderia, as janelas funcionários, deverão
artroscópios, laparoscópios, madeira; utensílios plásticos madeiras e bicos já processa- material, cozinha/copa, deverão ser providas conter lixeira com
aparelhos de cistoscopia. para preparo das mamadei- dos e embalados. sanitários, deverão ser de telas com trama tampa e pedal, pia
ras; copos e talheres. revestidas de material milimétrica; com água corrente,
Observação: considerar todo artigo como contaminado. liso, resistente, imper- g Nas salas cirúrgicas sabão líquido e toalha
meável e lavável. não será permitido o descartável – em bom
g Nas salas para realiza- uso de paredes divisó- estado de conservação,
ção de procedimentos rias móveis; organização e limpeza;
médico-cirúrgicos, g Os sanitários, distin- g Os consultórios de gi-

10 Manual de Boas Práticas 11


Capítulo 1 LIMPEZA, DESINFECÇÃO E ESTERILIZAÇÃO

necologia e obstetrícia, da a existência de ralos Conceitos


proctologia e urologia nos ambientes onde os Classificação de super- Observação:
devem, obrigatoria- pacientes são examina- fícies segundo o risco as áreas críticas e
mente, dispor de ba- dos ou tratados. potencial de transmis-
semicríticas
nheiro anexo para uso são de infecções:
exclusivo de pacientes LIMPEZA E g
Áreas não críticas - requerem limpe-
em exame; DESINFECÇÃO São áreas não ocu- za e desinfecção
g Deve existir lavatório EM CLÍNICAS E padas por pacientes diárias
exclusivo para lavagem CONSULTÓRIOS e onde não se reali-
e as áreas não
das mãos da equipe de A limpeza e desin- zam procedimentos
assistência. Caso exista fecção de superfícies clínicos, como as áreas críticas apenas
um sanitário ou banhei- em serviços de saúde administrativas e de limpeza
ro dentro do consultó- compreende a limpeza, circulação.
rio/sala, fica dispensada desinfecção e conserva- g
Áreas semicríticas - maior risco de trans-
a existência de lava- ção das superfícies fixas São áreas ocupadas missão de infecções,
tório extra, exceto os e equipamentos perma- por pacientes com ou seja, áreas onde se
consultórios referidos nentes das diferentes doenças infecciosas realizam procedimen-
no item anterior; áreas. Esses procedimen- de baixa transmis- tos invasivos e/ou que
g Deve existir pia exclu- tos têm a finalidade de sibilidade e doenças possuem pacientes de
siva para limpeza e/ou preparar o ambiente para não infecciosas, isto risco ou com sistema
descontaminação de suas atividades, man- é, aquelas ocupadas imunológico compro-
artigos; tendo a ordem e con- por pacientes que metido, como UTI, clí-
g Todas as áreas “molha- servando equipamentos não exijam cuidados nicas, salas de cirurgias,
das” do estabelecimen- e instalações, evitando intensivos ou de iso- pronto-socorro, central
to assistencial de saúde principalmente a disse- lamento, como sala de de materiais e esterili-
devem ter ralos com fe- minação de microrganis- pacientes, central de zação, áreas de descon-
chos hídricos (sifões) e mos responsáveis pelas triagem etc. taminação e preparo
tampa com fechamento infecções relacionadas à g
Áreas críticas - São as de materiais, cozinha,
escamoteado. É proibi- assistência à saúde. áreas que oferecem lavanderia e etc.

12 Manual de Boas Práticas 13


Capítulo 1 LIMPEZA, DESINFECÇÃO E ESTERILIZAÇÃO

Regras básicas:
A sala de espera
TIPOS DE LIMPEZA: 1 Limpeza Concorrente - Consiste no processo de g

limpeza diária de todas as áreas críticas, com a deverá proporcionar


É importante a adoção
intenção da manutenção do asseio, o abastecimen- condições para que os
de medidas preventivas,
to e a reposição dos materiais de consumo diário
com a implantação de pacientes aguardem o
(sabonete líquido, papel higiênico, papel toalha
normas e rotinas para di-
interfolhado etc.), a coleta de resíduos de acordo atendimento sentados,
minuir os riscos ocupacio- e deve possuir boa
com a sua classificação, higienização molhada dos
nais a que estão expostos
banheiros, limpeza de pisos, superfícies horizon- ventilação natural ou
os profissionais de saúde.
tais e equipamentos mobiliários, proporcionando artificial.
“O uso indevido e ina-
ambientes limpos e agradáveis.
dequado de produtos g
Superfícies da sala salubridade na clínica único, de cima para
destinados a limpeza, clínica devem ser im- ou consultório. baixo (do teto para
descontaminação, desin- permeáveis, permitin- Nunca efetuar varre- o chão). Nunca em
2 Limpeza Terminal - Consiste no processo de
g

fecção de superfícies e
limpeza e/ou desinfecção de todas as áreas, com a do a desinfecção. dura a seco para não vaivém.
artigos hospitalares levam
milhões de dólares a se- intenção de reduzir sujidade e, consequentemente, g
Cortinas de material provocar a presença g
Remover rapidamente
rem gastos por ano, sem a população microbiana, reduzindo a possibilidade que permitam a hi- de partículas em sus- matéria orgânica das
de contaminação ambiental. É um procedimento
que os objetivos sejam gienização. Cortina de pensão. superfícies.
atingidos. ”(3) realizado periodicamente de acordo com a criti-
cidade das áreas (crítica, semicrítica e não crítica), pano não é indicada. g
Evitar atividades que g
Os armários devem
com data, dia da semana e horário pré-estabeleci- g
Á rea de atendi- favoreçam o levanta- ser de superfície lisa,
dos em cronograma mensal. Inclui todas as superfí- mento separada do mento das partículas impermeável e de pre-
cies e mobiliários. escritório, para evi- em suspensão, como ferência de cor clara
tar reservatórios de o uso de aspirado- para facilitar a desin-
microrganismos. res de pó (indicado fecção e a visualização
3 As superfícies em serviços de saúde compreendem:
mobiliários, pisos, paredes, divisórias, portas e maça- g
Na área de atendi- somente em áreas de sujidades. Super-
netas, tetos, janelas, equipamentos para a saúde, di- mento do paciente, administrativas). fícies e mobiliários
vãs, suporte para soro, luminárias, bebedouro e outros. o ideal é não conter g
Começar a limpeza da estão sujeitos ao toque
O trabalho de limpeza, desinfecção e esterilização em
plantas, aquários, área menos conta- das mãos, respingos e
clínicas e consultórios deve ser realizado com cuida-
do e atenção, pois ações evitam a proliferação de vírus quadros, sofás e outros minada para a mais aerossóis.
e bactérias para clientes/pacientes e funcionários. materiais que possam contaminada. g
A caixa d’água deve
constituir focos de in- g
Limpar em sentido passar por um proces-

14 Manual de Boas Práticas 15


Capítulo 1 LIMPEZA, DESINFECÇÃO E ESTERILIZAÇÃO

so rigoroso de limpeza superfícies e processo za do local. distintas (área suja e área dotada de ponto todos os funcionários,
a cada seis meses. de esterilização de g
Equipamentos para área limpa) e ventila- de água, cuba e ban- abrangendo avental,
g
Todas as áreas da clí- materiais. Isto precisa esterilização devem ções independentes, cada para recepção de luva, máscara e óculos,
nica precisam estar em ser documentado por estar fora da área diretas ao exterior e material contaminado, dentre outros – quan-
perfeitas condições de escrito para não deixar de atendimento. O separadas até o teto, expurgo e lavagem e do indicados.
organização e limpeza. dúvidas e ser o emba- local onde o material com guichê de passa- outra para o preparo, g
Atenção especial para
g
A administração do samento de todas as é esterelizado, deve gem, sem cruzamento esterilização, guar- a rotina de verificação
estabelecimento ações visando à limpe- apresentar duas áreas de fluxo, sendo uma da e distribuição do de prazos de validade
precisa ser objetiva material. de medicamentos e
e rigorosa, deixando g
Adotar bancadas se- solução.
claras para seus fun- paradas para lavagem g
Possuir Depósito de
cionários as rotinas e de mãos e lavagem Material de Limpeza
fluxos do procedimen- de instrumentais para (DML) – Sala des-
tos de desinfecção das que o fluxo de mate- tinada à guarda de
riais seja adequado. aparelhos, utensílios
Quando estiverem e material de limpeza,
Adotar banca- na mesma bancada dotada de tanque de
das separadas devem ter distância lavagem.
compatível entre elas, Todos os desinfetan-
para lavagem de
g

ou barreira para que tes e antissépticos a


mãos e lavagem respingos da pia de serem usados devem
de instrumentais lavagem de instru- ter a chancela do
para que o fluxo mental não contamine Ministério da Saúde.
a de lavagem de mãos Igualmente, os produ-
de materiais seja
(lavatório). tos e medicamentos
adequado g
Os Equipamentos de utilizados precisam
Proteção Individu- estar registrados neste
al (EPIs) devem ser mesmo orgão.
disponibilizados para g
A coleta do lixo dos

16 Manual de Boas Práticas 17


Capítulo 1 LIMPEZA, DESINFECÇÃO E ESTERILIZAÇÃO

consultórios médicos e tecidos por meio da aplicados em superfí- microrganismos.


deverá ser realizada diminuição da tensão cies ou artigos por meio g
Desvantagens: infla-
separada do lixo co- superficial. Os deter- de fricção. mável, volátil, opaci-
mum, conforme nor- gentes possuem efetivo g
Características: bacte- fica acrílico, resseca
ma determinada pela poder de limpeza, ricida, virucida, fungi- plásticos e borrachas;
Legislação Municipal. principalmente pela cida e tuberculocida. ressecamento da pele.
g
Quanto às instalações presença do surfactante Não é esporicida. g
Concentração de uso:
sanitárias, devem na sua composição. O g
Fácil aplicação e ação 60% a 90% em solução
cumprir sua finalidade surfactante modifica as imediata. de água volume/vo-
exclusiva, dispondo de propriedades da água, g
Indicação: mobiliário lume.
vaso sanitário, lavató- saneantes, como sabões O ideal é pos- diminuindo a tensão em geral. A descrição dos pro-
rio, toalhas de papel, e detergentes na dilui- superficial facilitando Mecanismo de ação: cedimentos, materiais
suir sanitá-
g

sabão líquido e lixeira ção recomendada. Em a sua penetração nas desnaturação das pro- e produtos de limpeza
com tampa e pedal. A locais onde há presença rio feminino, superfícies, dispersando teínas que compõem podem ser consultada
secretária e os funcio- de matéria orgânica, masculino e um e emulsificando a suji- a parede celular dos no Anexo I.
nários responsáveis torna-se necessária adaptado para dade. O detergente tem
pela limpeza devem a utilização de outra a função de remover
pacientes com
estar atentos para categoria de produtos tanto sujeiras hidrosso-
verificar a necessidade saneantes, que são os necessidades lúveis quanto aquelas IMPORTANTE
de recomposição do chamados desinfetan- especiais não solúveis em água.
Torna-se necessário criar consciência entre os profis-
material. tes.
sionais de saúde, adotando-se posturas centradas na
g
Isolar áreas em refor- Principal produto utili-
biossegurança. Para tanto, é preciso criar protocolos
mas ou em construção, Principais produtos base de sais alcalinos de zado na desinfecção de
para acompanhar de perto os acidentes de trabalho
utilizando tapumes e utilizados na limpeza ácidos graxos asso- superfícies - Álcool
com exposição aos materiais biológicos. Além disso,
plástico. de superfícies - Sabões ciados ou não a outros Os álcoois etílico e
outra meta de suma importância é assegurar que os
Para que a limpeza e detergentes tensoativos. isopropílico são os
processos de desinfecção e esterilização sejam real-
atinja seus objetivos, O sabão é um produto O detergente é um principais desinfetantes
mente adequados e com eficácia comprovada.
torna-se imprescindível para lavagem e limpeza produto destinado à utilizados em serviços
a utilização de produtos doméstica, formulado à limpeza de superfícies de saúde, podendo ser

18 Manual de Boas Práticas 19


Capítulo 1 LIMPEZA, DESINFECÇÃO E ESTERILIZAÇÃO

ESTERILIZAÇÃO métodos de esterili-


O processo de zação, é necessário
esterilização requer invólucro para os artigos Não podemos
monitoramento das que forem submetidos esquecer os
etapas, qualificação ao procedimento. As equipamentos
operacional no mo- medidas e tamanhos dos
mento da instalação, invólucros vai depender
de proteção
controle do equipa- do tamanho do artigo, individual para
mento, checagem da sendo fundamental re- realizar esse
função do equipamento gistrar o conteúdo, com processo de
após consertos e prazos data da esterilização e
de validade da este- validade.
esterilização.
rilização do material
esterilizado. Tipos de embalagens
Para realizar o pro- g
Tecido;
cesso de esterilização g
Não tecidos;
é necessário ter área g
Papel grau cirúrgico;
suja, para a realização g
Papel crepado; Vapor saturado (auto-
da descontaminação g
Containers rígidos. clave): as autoclaves são ser evitado, pois tem ser aquelas recomenda- do profissional que
prévia do material equipamentos que se menos calor que o va- das pelo fabricante. preparou.
utilizado, e área limpa Métodos de esterilização utilizam de vapor sa- por saturado e produz g
Os artigos (instru- g
Os pacotes devem ser
para preparo e desin- Métodos físicos: são turado para realizarem gotículas de água em mentais, espéculos colocados no equi-
fecção ou esterilização aqueles que utilizam o processo de esterili- suspensão, o que pode e outros) devem ser pamento, de modo
do material. É preciso calor em diferentes zação. Vapor saturado causar problemas, tanto acondicionados em que permita a devida
contemplar os equi- formas e alguns tipos de significa temperatura na esterilização como embalagens específi- circulação do vapor.
pamentos de proteção radiação para esterilizar equivalente ao ponto na secagem final do cas. Todos os pacotes g
Observar e registrar
individual na realização artigos, como por exem- de ebulição da água e material. Os tempos, deverão ser identifi- a temperatura e/ou
desse processo. plo autoclaves a vapor e na pressão estabelecida. temperaturas e pressão cados com a data da pressão e monitorar o
Para utilizar os estufa (calor seco). O vapor úmido deve das autoclaves deverão esterilização e o nome tempo de exposição,

20 Manual de Boas Práticas 21


da no termostato. tubos e reentrâncias. O imóvel precisa des- necessária a certificação
g
Deverá ser realizado g
Observar tempo de tinar um local específi- de segurança de sua es-
periodicamente, uma exposição, de acordo co para esterilização e terilização para usuários
vez por semana no com o fabricante. guarda dos materiais que e profissionais de saúde.
mínimo, o controle bio- g
Manter os recipientes passarem pelo processo. Para isso, devem ser uti-
lógico com amostras do tampados. lizados testes biológicos
Bacillus subtillis. Estes g
Observar a validade do Validação ou monito- (validação de processos)
controles devem ser produto. ração do processo de e a manutenção peri-
registrados em livro ou g
Enxaguar com água esterilização ódica e preventiva das
pasta própria. potável (múltiplos Para a liberação de autoclaves, seguindo a
conforme orientações termostato. enxágues). uso de um artigo pro- rotina de trabalho abai-
do fabricante. g
Os artigos a serem Exposição a produtos g
Secar e acondicionar. cessado na autoclave é xo especificada:
g
Deve ser realizado esterilizados em estufa químicos
o controle biológi- deverão estar acondi- São métodos quími- ROTINA PARA TESTE BIOLÓGICO
co com amostras do cionados em estojos de cos de esterilização que Quando Como Observação
Bacillus stearothermo- alumínio ou aço inoxi- utilizam agentes líquidos g
 ma vez por
U g Identificar os tubetes (fundo, meio, fren- g Os testes deverão ser
philus, periodicamente dável, ou embalagem por imersão, e requerem semana. te, número do ciclo e número do aparelho realizados no primeiro
Após a manutenção esterilizador). ciclo da semana.
(no mínimo uma vez compatível. cuidados no manuseio, g

do aparelho. Suspeita Fazer 3 embalagens e colocar os tubetes den- Todos os testes de-
por semana). Tam- A temperatura para como por exemplo, utili-
g g
g

de deficiência do tro da embalagem (um em cada embalagem) verão ser registrados


bém poderá ser feito garantir a esterilização zando EPI. aparelho. g Identificar a embalagem por fora com a na ficha ou no livro de
o controle químico é de 170º C por 1 hora g Sempre que próteses mesma identificação dos frascos de teste controle de resultados.
com integrador. Estes ou 160º C por 2 horas. Desinfecção e órteses estiverem biológico.
incluídas na carga a Dispor os pacotes com os tubetes no apare-
controles devem ser g
O tempo para esterili- A. Meio químico (passos) g

ser esterilizada. lho de acordo com as posições identificadas.


registrados em livro zação deve ser contado g
Imergir o artigo em g Suspeita de deficiên- g Realizar o processo de esterilização.
ou pasta própria. a partir do momento solução desinfetante cia do aparelho g Retirar os frascos do teste biológico das
em que o filete de mer- (fricção se não puder embalagens após o ciclo.
Calor seco (estufa) cúrio do termômetro emergir). g Deixar os tubetes em temperatura ambiente
g
Toda estufa deverá ter longo de bulbo atingir a g
Usar EPI. por 10 minutos.
Colocar os tubetes na incubadora.
termômetro de bulbo e temperatura programa- Preencher o interior dos
g
g

22 Manual de Boas Práticas 23


Capítulo 1 LIMPEZA, DESINFECÇÃO E ESTERILIZAÇÃO

O controle de quali- unidade e armários de gos contaminados.


dade da esterilização é fácil visualização para g
Devem ser trocadas
um processo contínuo controle do lote. Os EPIs são equi- após contato com ma-
que envolve observação pamentos para terial biológico, entre
de parâmetros durante o EQUIPAMENTOS os trabalhadores as tarefas e procedi-
processo de esterilização. DE PROTEÇÃO mentos num mesmo
INDIVIDUAL – EPI
se protegerem paciente.
Prazo de validade da São os equipamen- contra o contato g
Devem ser removidas
esterilização tos que os trabalhado- com o sangue e logo após o uso antes
É consenso na res devem usar para outros fluidos de tocar em artigos
literatura que o prazo protegerem-se contra e superfícies sem
de validade deve ser o contato com sangue
orgânicos. material biológico e
estabelecido por cada e outros fluidos orgâ- antes de atender outro
serviço, de acordo com nicos provenientes do paciente.
as características do in- atendimento ao usuário, condições de segu- g
Luvas estéreis: estão
vólucro selecionado, do e contra umidade dos rança, tranquilidade e indicadas para proce-
método de selagem das procedimentos de lim- bem-estar, para que se dimentos invasivos e
embalagens, do número peza e desinfecção de evitem acidentes. assépticos.
e condição de manipu- artigos e superfícies. Os g
Luvas grossas de bor-
lação dos pacotes antes EPIs devem ser utiliza- A. Luvas racha: estão indicadas
do uso e das condições dos pelos trabalhadores g
Devem ser usadas em para limpeza de mate-
de estocagem. no manejo dos usuários, procedimentos que riais e de ambiente.
São considera- dos artigos e superfí- envolvam sangue,
das condições ideais cies, quando da realiza- fluidos corporais, B. Máscaras, óculos
de estocagem destes ção de suas atividades. secreções, excreções de proteção ou escudo
materiais: setor fecha- Além dos EPIs, (exceto suor), mem- facial
do, janelas vedadas, deve-se proporcionar branas mucosas, pele g
A máscara cirúrgica
ambiente limpo, con- aos trabalhadores um não íntegra e durante e óculos de proteção,
trole de temperatura e ambiente que atenda as a manipulação de arti- ou escudo facial, são

24 Manual de Boas Práticas 25


Capítulo 1 LIMPEZA, DESINFECÇÃO E ESTERILIZAÇÃO

utilizados em procedi- é indicado para lava- (10ml de alvejante co- envolvam dispersão de
mentos e servem para gem de materiais em mercial a 2 a 2,5% para aerossóis, projeção de
proteger as mucosas áreas de expurgo. cada litro de água). partículas e proteção
dos olhos, nariz e boca g
O avental sujo será de pacientes quando
de respingos (gotícu- removido após o D. Gorros o atendimento estiver
las) gerados pela fala, descarte das luvas e O gorro é indica- relacionado a proce-
tosse ou espirro de as mãos devem ser do especificamente dimentos cirúrgicos. É
pacientes, ou durante lavadas para evitar para profissionais o caso da odontologia,
atividades de assistên- transferência de que trabalham com oftalmologia, otorrino-
cia e de apoio. microrganismos a procedimentos que laringologia, cirurgia
g
Outra indicação de uso outros pacientes ou
destes equipamentos ambientes.
é durante a mani- g
Guarda-pó, ou jaleco, ATENÇÃO
pulação de produtos deve ser usado por
químicos como em todos os profissio- g
 escolha do EPI dependerá do procedimento a ser
A
farmácia hospitalar, nais de saúde que realizado pelo profissional.
áreas de expurgo ou atuam diretamente g
 s EPIs não descartáveis são de uso individual. Quan-
O
do forem atingidos por sangue/secreções, devem ser
de desinfecção de arti- mentos que tenham Os EPIs não no atendimento de
gos onde existe o risco probabilidade de gerar usuários. Deve ser higienizados após o uso. Diariamente, os calçados,
químico de contato. respingos ou contato
descartáveis trocado diariamente luvas e avental de borracha devem ser lavados, desin-
de sangue, fluidos são de uso indi- ou quando apresentar fetados, secos e armazenados em local arejado.
C. Avental corporais, secreções vidual. Quando contaminação. g
 s profissionais, quando acidentados, devem comuni-
O
car seus acidentes à chefia imediata.
g
O avental (limpo, não ou excreções. forem atingidos g
A lavagem domiciliar
estéril) serve para pro- O avental será selecio- de aventais contami-  s profissionais devem ser estimulados a utilizar os
O
por sangue/se-
g g

teger a pele e prevenir nado de acordo com a nados deve ser prece- EPIs, por meio de discussões nos locais de trabalho a
sujidade na roupa con- atividade e quantidade creções, devem dida de desinfecção, respeito dos riscos a que estão envolvidos.
tra acidentes térmicos, de fluido encontrado ser higieniza- por 30 minutos em g
 esta forma, eles tornam-se profissionais responsá-
D
veis, conscientes e participativos.
mecânicos e químicos (plástico ou tecido). dos após o uso. solução de hipoclo-
ou durante procedi- g
O avental de plástico rito de sódio a 0,02%

26 Manual de Boas Práticas 27


Capítulo 1 LIMPEZA, DESINFECÇÃO E ESTERILIZAÇÃO

geral, cirurgia vascular


e outras especialidades
preferência imper-
meáveis (couro ou
calçados de tecido que
umedecem e retêm a
ANEXO 1
cirúrgicas. sintético). sujeira.
g
Não devem ser usados g
Os calçados devem
E. Calçados calçados abertos ou ser cômodos e do tipo MATERIAIS E PRODU- Limpeza e conservação: 1% por 30 minutos.
g
Os calçados indicados chinelos, pois estes antiderrapante. TOS DE LIMPEZA g
 avar com água e
L g
 avar novamente.
L
para o ambiente com possibilitam o risco de g
Em local úmido, os Panos sabão. g
 olocar para secar pen-
C
sujeira orgânica são acidentes. trabalhadores devem Pano de chão: utiliza- g
 azer desinfecção com
F durada pelo cabo.
aqueles fechados, de g
Devem ser evitados os usar botas de borracha. do para varrer, lavar e hipoclorito de sódio a
secar pisos. Deve ser 1%, por 30 minutos. Esponjas
de tecido forte, branco, g
 nxaguar.
E Esponjas de aço: usadas
Referências bibliográficas: embainhado ou areolado g
 olocar para secar.
C para limpeza de super-
1 - Guia de Orientação para Estabelecimentos de Assistência à Saúde Acesso em e de tamanho suficiente fícies com manchas ou
19/06/2018 - http://www.prefeitura.sp.gov.br/cidade/secretarias/upload/guia_fi- para envolver o rodo ou Vassoura de fio sinté- resíduos. É descartável.
nal_1254925733.pdf e http://www.prefeitura.sp.gov.br/cidade/secretarias/upload/orienta- vassoura. tico: usada juntamente Esponja sintética: usada
coes_para_estabelecimentos_assistenciais_de_saude_1255615673.pdf
2 - Boletim Eletrônico de Informações sobre Serviços de Saúde (BISS). ESPECIAL: Os “7 pe-
Limpeza e conservação: com o pano de chão. na limpeza de superfí-
cados” da Odontologia em relação à Vigilância Sanitária Edição nº 2, de 1º de junho de 2007.
g
 avar com água e
L Limpeza e conservação: cies que sofrem danos
Acesso em 25/06/2018 http://www.anvisa.gov.br/servicosaude/biss/2007/02_010607_pe- sabão. g
 avar com água e
L com esponjas de aço.
cados_odontologia.htm g
 azer desinfecção com
F sabão.
3 - http://www.anvisa.gov.br/servicosaude/controle/processamento_artigos.pdf hipoclorito de sódio a g
 olocar para secar pen-
C Escadas: devem ser
4 - Manual de Limpeza e Desinfecção de Superfícies (Versão 1.1) – Acesso em 19/06/2018
1%, por 30 minutos. durada pelo cabo. antiderrapantes com
http://portal.anvisa.gov.br/documents/33852/271892/Manual+de+Limpeza+e+Desinfec%-
C3%A7%C3%A3o+de+Superf%C3%ADcies/1c9cda1e-da04-4221-9bd1-99def896b2b5
g
 nxaguar.
E degraus emborrachados.
5 - RESOLUÇÃO-RDC Nº 50, DE 21 DE FEVEREIRO DE 2002 - Acesso em 25/06/2018 -
g
 olocar para secar.
C Vassoura de vaso Limpeza e conservação:
http://bvsms.saude.gov.br/bvs/saudelegis/anvisa/2002/rdc0050_21_02_2002.html sanitário: utilizada para g
 avar com água e
L
6 - NORMAS E ROTINAS DE PROCESSAMENTO DE ARTIGOS E SUPERFÍCIES MANU- Pano para limpeza: te- limpeza da parte interna sabão.
AL PARA A REDE MUNICIPAL DE SAÚDE DE FLORIANÓPOLIS. Acesso em 18/6/18 2008 cido macio embainhado do vaso sanitário. g
 ecar com pano limpo.
S
http://portal.pmf.sc.gov.br/arquivos/arquivos/pdf/26_10_2009_10.50.39.d685b587076a-
ou areolado, usado para Limpeza e conservação:
7401197dd7a94b058abd.pdf
7 - Orientações Gerais para Central de Esterilização – Série A – Normas e Manuais Técnicos remover poeira; pode g
 avar com água e
L Baldes: devem ser de
no. 108 – Ministério da Saúde, 2001. Acesso em: http://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/ ser umedecido em água, sabão. plástico rígido; geral-
orientacoes_gerais_central_esterilizacao_p1.pdf solução desinfetante ou g
 azer desinfecção com
F mente são estabelecidas
álcool a 70%. hipoclorito de sódio a duas cores, sendo uma

28 Manual de Boas Práticas 29


ANEXO 1 ANEXO 1

para água e outra para sabão. solução de hipoclorito evitar suspensão de excesso e enrolar na local apropriado.
solução detergente. g
 azer desinfecção com
F de sódio 1% por 30min., partículas de poeira e vassoura ou rodo. Observações:
Limpeza e conservação: hipoclorito a 1% se sempre que necessário. dispersão de microrga- g
P assar o pano no piso, g
 ste procedimento
E
g
 avar com água e
L necessário. g
 nxaguar.
E nismos. sem retirar o pano deve ser realizado
sabão. Execução: do chão, iniciando do diariamente.
g
 olocar emborcados
C Desentupidor de vasos Luvas de autoproteção: Reunir o material de fundo da sala e se g
 oda área que per-
T
para secar. e pias: material embor- utilizadas para contato limpeza: 2 baldes, dirigindo para a porta, manece úmida ou
rachado com cabo de com sangue ou líqui- vassoura, rodo, 2 panos de forma que todas as molhada tem mais
Pás de lixo: são de metal madeira ou plástico. dos corporais (material limpos, água, detergen- áreas do piso sejam condições de albergar
ou plástico com cabo Limpeza e conservação: biológico). te líquido e pá de lixo. limpas. e reproduzir germes
longo de plástico ou g
 avar com água e
L Limpeza e conservação: g
C olocar o EPI (luvas, g
R ecolher a sujidade e gram negativos e fun-
madeira, usada para re- sabão. g
 avar com água e sabão
L botas ou sapatos jogar no lixo. gos, as áreas empoei-
colher pequenas porções g
 azer desinfecção com
F g
 azer desinfecção com
F fechados e de se- g
Imergir outro pano no radas podem albergar
de lixo e pó. hipoclorito de sódio a solução de hipoclorito gurança, avental ou balde de água limpa, germes gram positi-
Limpeza e conservação: 1% por 30min. a 1% por 30 minutos. guarda-pó). torcer e enrolar na vos, microbactérias
g
 avar com água e
L g
 nxaguar.
E g
 nxaguar.
E g
P reparar o ambiente vassoura. e outros. Conclui-se,
sabão. g
 eixar secar pendurado
D g
 ecar.
S para limpeza e reunir g
R etirar o sabão do dessa forma, que de-
g
 sfregar com esponja
E pelo cabo. g
 uardar em local
G mobiliário leve para piso, iniciando do ve-se evitar excesso
de aço. próprio. deixar a área livre. fundo da sala e se de água na limpeza,
g
 uardar penduradas
G Escova manual de fios g
E ncher os baldes até a dirigindo para a porta. secar muito bem o
pelo cabo. sintéticos: usada para PROCEDIMENTOS metade, um com água g
S ecar o piso usando o piso e abolir varredura
lavar superfícies com Varredura úmida limpa e o outro com pano bem torcido. seca nas unidades de
Rodo: utilizado para a reentrâncias. Visa a remoção da su- água e detergente g
L impar os rodapés. saúde e outras áreas
remoção de água e lim- Limpeza e conservação: jeira do chão, devendo líquido. g
R ecolocar o mobiliário ddo serviço de saúde.
peza de piso com pano. g
 avar com água e
L ser feita com pano g
Imergir o pano no no local original.
Limpeza e conservação: sabão. limpo umedecido em balde com solução g
L impar o material de Limpeza de pisos
g
 avar com água e
L g
 azer desinfecção com
F água e sabão, a fim de detergente, retirar o trabalho e guardar em Visa à remoção da

30 Manual de Boas Práticas 31


ANEXO 1 ANEXO 1

sujeira mediante esco- balde com solução g


 ecar o piso, utilizan-
S panos de chão. direita. local apropriado.
vação. detergente e, sem do um pano limpo g
C olocar o EPI (luvas, g
Imergir o outro pano Observação: este
Execução retirar o excesso, enrolado na vassoura botas ou sapatos no balde com solução procedimento deve ser
Reunir o material para enrolar na vassoura ou rodo. fechados e de se- detergente; retirar o ex- realizado quinzenal-
lavagem: 2 baldes, ou rodo. g
 ecolocar o mobiliário
R gurança, avental ou cesso e passar no vidro, mente.
vassoura, rodo, panos g
 assar o pano no piso,
P no local original. guarda-pó). moldura da janela ou
limpos, escova manual, molhando toda a área g
 impar o material de
L g
P reparar o ambien- porta, soleira da janela Limpeza do mobiliário,
água, detergente líquido a ser escovada. trabalho e guardar no te para a operação; e maçanetas. bancadas e equipa-
e luvas de autoproteção. g
 sfregar a vassoura no
E local apropriado. afastar os móveis e g
Imergir o outro pano mentos
g
C olocar EPI (luvas, piso, começando dos Observação: este os equipamentos das de limpeza no balde Consiste em retirar a
botas ou sapatos cantos em direção à procedimento deve ser janelas e portas. com água limpa. poeira, lavar, retirar
fechados e de se- porta. realizado quinzenal- g
F orrar o piso com g
P assar o pano em manchas, polir e esco-
gurança, avental ou g
 etirar a água suja,
R mente. pano de chão, colo- toda a extensão da var bancadas, móveis e
guarda-pó). com rodo, até o ralo cando-o debaixo da janela ou porta para equipamentos, diaria-
g
A fastar os móveis da de escoamento. Limpeza de janelas e janela ou porta. remover a solução mente.
parede. g
 epetir toda operação
R portas g
E ncher metade de detergente. Execução
g
R eunir o mobiliário até que a área fique Consiste em retirar a dois baldes, um com g
S ecar a janela ou Reunir o material
leve para desocupar limpa. poeira e manchas das água limpa e outro porta, com pano de necessário: panos de
a área. g
 impar os rodapés
L janelas e portas de ma- com água limpa e limpeza seco. limpeza, 2 baldes, água
g
E ncher a metade dos com escova manual, deira, vidro ou metal. detergente líquido. g
R etirar o pano de chão limpa, detergente líqui-
baldes, um com água se necessário. Execução g
Imergir o pano no colocado debaixo da do e escova
limpa e outro com g
 nxaguar o piso até
E Reunir o material balde com água limpa janela ou porta. g
 olocar o EPI (luvas,
C
água e detergente retirar todo o sabão, necessário: escada, e torcer. g
R ecolocar o mobiliá- botas ou sapatos
líquido. utilizando o pano em- 2 baldes, água limpa, g
R emover a poeira rio e equipamento no fechados e de se-
g
C olocar um pano seco bebido em água limpa detergente líquido, es- passando o pano de local original. gurança, avental ou
na entrada da sala. e enrolando no rodo ponja de aço fina, panos cima para baixo e g
L impar o material de guarda-pó).
g
Imergir outro pano no ou vassoura. de limpeza, espátula, da esquerda para a trabalho e guardar em g
 ncher metade dos
E

32 Manual de Boas Práticas 33


ANEXO 1 ANEXO 1

baldes: um com água limpa. botas ou sapatos na solução detergen- limpos, se necessário mensalmente.
limpa e outro com g
 nxugar o móvel ou
E fechados e de se- te, torcer e enrolar o repetir a operação.
água e detergente equipamento. gurança, avental ou pano em uma vas- g
 etirar a forração dos
R Limpeza de banheiros
líquido. g
 impar o material de
L guarda-pó). soura. móveis e equipamen- Consiste em remover
g
R etirar os objetos de trabalho e guardar em g
A fastar os móveis e g
E sfregar o pano no tos. a sujeira, substâncias
cima e, se possível, local apropriado. equipamentos das teto, sempre num g
 ecolocar o mobiliário
R aderidas, detritos do
do interior do móvel Observação: este pro- paredes. mesmo sentido, e os equipamentos no teto, paredes, lavató-
ou equipamento a ser cedimento deverá ser g
F orrar os móveis e os iniciando de um dos local original. rios, mictórios, ins-
limpo. realizado diariamente e equipamentos. cantos. g
 impar o material de
L talações sanitárias e
g
R etirar a poeira do sempre que necessário. g
E ncher metade dos g
Imergir o pano limpo trabalho e guardar no piso dos banheiros.
móvel ou equipamen- baldes, um com água na água limpa, torcer local apropriado. Promove o controle de
to com o pano úmido Limpeza de tetos e limpa e outro com e enrolar na vassoura. Observações: microrganismos, evi-
dobrado, para obter paredes água e detergente g
R etirar toda solução g
 eve-se dividir o local
D tando transmissão de
várias superfícies de Consiste em retirar líquido. detergente do teto. para limpeza em pe- doenças, controla odo-
limpeza. a poeira e substân- g
Imergir um pano no g
Imergir o pano na quenas áreas para que res, mantém uma boa
g
Imergir o outro pano cias aderidas ao teto, balde com água limpa, solução detergente, seja feito o enxágue aparência e garante o
na solução detergente paredes, luminárias e retirar o excesso de torcer e enrolar na antes de secar a solu- conforto dos usuários.
e retirar o excesso. interruptores. água, enrolar na vas- vassoura. ção detergente. Execução
g
L impar o móvel ou Execução soura ou rodo. g
E sfregar o pano na g
 aredes - iniciar na
P g
 ecolher o lixo (con-
R
equipamento, esfre- Reunir o material de g
R etirar o pó do teto e parede, sempre no parte superior (pró- forme rotina).
gando o pano dobrado limpeza: escada, 2 bal- paredes, com o pano mesmo sentido. ximo ao teto) até a g
 impar tetos e pare-
L
com solução deter- des, vassoura, 3 panos úmido fazendo movi- g
E nrolar na vassoura o metade da parede, e des (conforme rotina).
gente; se necessário de chão, esponja de aço mentos em um único pano com água limpa deste ponto até a par- g
 impar janelas e por-
L
usar a escova. fina, escova, espátu- sentido. e retirar toda solução te inferior (próximo ao tas (conforme rotina).
g
R etirar toda a solução la, água e detergente g
E nxaguar delimitando detergente da parede. piso). g
 impar pias.
L
detergente com pano líquido pequenas áreas. g
V erificar se o teto e g
 ste procedimento
E g
 eparar o material
S
umedecido em água g
 olocar o EPI (luvas,
C g
Imergir outro pano as paredes estão bem deverá ser realizado necessário: panos de

34 Manual de Boas Práticas 35


ANEXO 1 ANEXO 1

limpeza, detergente na e externa da pia com sanitário. água. realizado diariamente e água e outro com água
líquido, sapólio, esponja água limpa. g
E sfregar o tampo do g
 ar descarga no vaso
D sempre que necessário. e detergente.
sintética e arame. g
 ecar a pia com um
S vaso por cima e por sanitário continuando a g
Imergir o pano de
g
 olocar o EPI (luvas,
C pano seco, polindo a baixo, com a escova esfregar a parte interna Limpeza do aparelho de limpeza no balde com
botas ou sapatos fe- torneira. sintética, usando solu- com vassoura de vaso, ar condicionado solução detergente e
chados e de segurança, g
 impar o material de
L ção detergente. até a água ficar limpa. O objetivo é remover a torcer.
avental ou guarda-pó). trabalho e guardá-lo g
E spalhar sapólio no g
 avar a alavanca ou
L sujidade do aparelho de g
L impar a tampa externa
g
 medecer a esponja de
U em local apropriado. pano embebido em botão de descarga com ar condicionado. do aparelho com o
aço e espalhar o sapó- g
 impar instalações
L solução detergente. pano umedecido em Execução pano.
lio sobre ela. sanitárias. g
E sfregar o assento do água e detergente. g
 rimeiramente, sempre
P g
P assar o outro pano
g
 sfregar a esponja sin-
E g
 eparar o material
S vaso, por dentro e por g
 etirar o detergente
R verificar instruções do com água limpa na
tética com sapólio na necessário: panos de fora com pano. com pano umedecido fabricante. tampa externa do apa-
parte interna da pia. limpeza, vassoura para g
E sfregar a parte externa em água limpa. g
 eparar o material
S relho e remover toda a
g
 assar a esponja com
P vaso sanitário, escova do vaso com pano g
 ecar o tampo e o as-
S necessário: panos de solução detergente.
detergente líquido na sintética, baldes, água embebido em solução sento do vaso sanitário limpeza, 2 baldes, água g
S ecar com pano limpo.
torneira. limpa, detergente líqui- detergente e sapólio. com pano limpo. e detergente líquido. g
R etirar o filtro do apa-
g
 etirar os detritos
R do, sapólio e hipoclori- g
E nxaguar o tampo, o g
 ecar a parte externa
S g
 olocar o EPI (luvas,
C relho.
localizados no interior to de sódio a 1%. assento, a borda e a do vaso e a alavanca ou botas ou sapatos fe- g
P roceder a limpeza do
da válvula, usando um g
 olocar o EPI (luvas,
C parte externa do vaso botão de descarga com chados e de segurança, filtro conforme orienta-
gancho de arame. botas ou sapatos fe- com água limpa. pano limpo. avental ou guarda-pó). ções do fabricante.
g
 sfregar a parte externa
E chados e de segurança, g
J ogar solução deter- g
 impar o material de
L g
 esligar o aparelho
D g
R ecolocar o filtro no
da pia, as torneiras e avental ou guarda-pó). gente e sapólio dentro trabalho e guardá-lo no de ar condicionado da aparelho.
encanamentos sob a g
 ncher metade dos
E do vaso, esfregando-o local apropriado. tomada. g
R ecolocar a tampa
pia com pano umedeci- baldes, um com água com vassoura e vaso, g
 avar o piso (conforme
L g
 etirar a tampa externa
R externa do aparelho.
do em água e deter- limpa e outro com água iniciando pela bor- rotina). do aparelho. g
L igar o aparelho de
gente líquido. e detergente líquido. da interna do vaso e Observação: este pro- g
 ncher metade dos
E ar condicionado na
g
 nxaguar a parte inter-
E g
 ar descarga no vaso
D terminando na saída de cedimento deverá ser dois baldes, um com tomada.

36 Manual de Boas Práticas 37


ANEXO 1 ANEXO 1

g
 impar o material de
L avental ou guarda-pó). gente. autoproteção), balde te (conforme orienta- articulações, serrilhas
trabalho e guardar em g
D esligar o bebedouro g
 riccionar álcool a 70%
F de plástico com tampa ção do fabricante), para e cremalheiras.
local adequado. da tomada. ao redor do disposi- e cesto de lixo vazado remoção dos resíduos g
 olocar o instrumen-
C
Observação: este proce- g
E ncher metade dos tivo de saída de água, de tamanho compatível de matéria orgânica. tal sobre um pano
dimento deverá ser feito dois baldes, um com acionador de água e com a quantidade de g
 bservar para que o
O branco, e avaliar a
quinzenalmente. água limpa e outro com local de escoamento de material (10l), escova instrumental mais pe- limpeza feita, revisan-
água limpa e deter- água. Repetir o procedi- de cerdas duras e finas, sado e maior fique sob do-o cuidadosamente.
Limpeza e desinfecção gente. mento 3 vezes. toalhas ou panos lim- os pequenos e leves. g
 eparar o material por
S
de bebedouro g
Imergir o pano de g
 igar o bebedouro na
L pos e macios e solução g
 avar o instrumental
L tipo de procedimento
Visa remover poeira e limpeza no balde com tomada. de água e detergente peça por peça, cuidado- e prepará-lo.
substâncias aderidas no solução detergente e g
 impar o material de
L enzimático. samente com escova, g
 anter a área limpa e
M
bebedouro, com o obje- torcer. trabalho e guardar em g
U sar EPI para iniciar a realizando movimen- organizada.
tivo de evitar a contami- g
P assar o pano no bebe- local adequado. limpeza do instrumen- tos no sentido das Observações:
nação da água. douro, fazendo movi- Observação: este pro- tal (luva de borracha, serrilhas. Dar atenção g
 utilização de espon-
A
Execução mentos retos, sempre cedimento deverá ser avental impermeável e especial para as arti- ja de aço ou produtos
g
 rimeiramente sempre
P de cima para baixo. realizado diariamente e máscara, se necessário). culações, serrilhas e abrasivos danificam o
verificar instruções do g
M olhar a escova no sempre que necessário. g
M anipular o mate- cremalheiras. material, sendo desa-
fabricante. balde com solução rial cuidadosamente, g
 nxaguar rigorosa-
E conselhável o seu uso.
g
 eparar o material
S detergente. Rotina técnica de lim- evitando batidas ou mente o instrumental g
 ensalmente, revisar
M
necessário: 2 baldes, 3 g
U tilizar a escova para peza manual de instru- quedas. em água corrente, todo o material veri-
panos de limpeza, es- lavar ao redor do dispo- mental g
S eparar o material abrindo e fechando as ficando seu estado de
cova para reentrâncias, sitivo de saída da água É a limpeza do ins- perfuro cortante e lavar articulações. conservação.
água detergente líquido e o acionador de água. trumental após a sua separadamente, evitan- g
 nxugar as peças com
E
e álcool a 70% g
P assar o outro pano utilização. do acidentes. toalha ou pano macio
g
 olocar o EPI (luvas,
C com água limpa no g
 eparar o material: EPI
S g
Imergir o instrumental e limpo, em toda a sua
botas ou sapatos fe- bebedouro e remover (avental impermeá- aberto na solução de extensão, dando es-
chados e de segurança, toda a solução deter- vel, máscara, luvas de água limpa e detergen- pecial atenção para as

38 Manual de Boas Práticas 39


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C

CM

MY

CY

CMY

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