GP22 - Aula 010 - Planejamento - Riscos - 2024
GP22 - Aula 010 - Planejamento - Riscos - 2024
GP22 - Aula 010 - Planejamento - Riscos - 2024
Planejamento
– Gestão de Riscos –
Governança Corporativa
4
Riscos
O risco é o efeito que a incerteza tem sobre os objetivos da
organização.
É a possibilidade de ocorrência de eventos que afetem a realização ou
alcance dos objetivos, combinada com o impacto dessa ocorrência sobre
os resultados pretendidos.
Não existe risco zero: risco é inerente a qualquer atividade e impossível
de eliminar!
Há inúmeros riscos inerentes à gestão dos recursos públicos e privados,
às operações das organizações e até mesmo pessoais, e à fiscalização
dos resultados dos processos.
A gestão desses riscos é o elemento-chave para a gestão das
organizações porque a criação de novos produtos/serviços visam gerar
valor para a sociedade, particularmente às partes interessadas.
5
O gerenciamento de riscos possibilita tratar as incertezas, os riscos e as
oportunidades de forma a aprimorar a capacidade de geração de valor.
Ou seja, o reconhecimento dos riscos e das oportunidades é um fator
inerente ao processo decisório e à gestão das agências públicas.
O valor é maximizado quando estabelecem a estratégia e objetivos a
fim de alcançar o ponto de equilíbrio entre metas e retorno esperados.
Esse ponto de equilíbrio está relacionado ao APETITE AO RISCO – o
nível de riscos que se está disposto a aceitar protege o valor dos
stakeholders (partes interessadas) ao orientar a alocação dos recursos:
o tipo e quantidade de riscos reflete toda a filosofia da organização,
influenciando sua cultura e estilo gerencial.
Dessa forma, os gestores podem alinhar o nível aceitável em relação às
metas estabelecidas para cada objetivo específico, definindo a
TOLERÂNCIA AO RISCO – variações aceitáveis de acordo com o apetite
ao risco.
6
Gestão de Riscos
Ao entender que o risco é toda e qualquer atividade ou influência,
interna ou externa, que pode prejudicar os resultados, sejam eles
operacionais ou financeiros, evidencia-se sua a importância.
Essas imprevisibilidades, aliadas à uma gestão enfraquecida, podem
causar danos irreparáveis à organização.
Gestão de riscos refere-se à estratégia (princípios, estrutura e processo
de resposta) para gerenciar riscos e gerenciamento de riscos refere-se à
aplicação dessa estratégia através monitoria de suas ocorrências.
Assim, gerenciamento de riscos é a metodologia que estabelece
estratégias para monitorar/controlar os riscos.
Dessa maneira, também é responsabilidade da gestão de riscos criar
políticas ou ferramentas de RESPOSTA AOS RISCOS que permitam trata-
los com rapidez, minimizando danos, particularmente nos projetos.
7
CONTRIBUIÇÃO DESCRIÇÃO DA GESTÃO DE RISCOS
Organizações consideram o apetite a risco ao avaliar as opções
Alinhar o apetite a risco e a
estratégicas e fixar objetivos compatíveis com a estratégia
estratégia
escolhida, desenvolvendo mecanismos para administrá-los.
Organizações estabelecem parâmetros para identificar e tratar
Otimizar as decisões de
riscos – prevenção, redução, compartilhamento e/ou aceitação –
resposta a risco
por meio de metodologias e técnicas na tomada de decisão.
Reduzir surpresas e Organizações aprimoram sua capacidade de identificar eventos
prejuízos operacionais em potencial, avaliar os riscos e estabelecer respostas,
promovendo emprego reduzindo a probabilidade de surpresas e dos custos ou
adequado dos recursos prejuízos inerentes.
Fornecer respostas Organizações reconhecem e gerem os riscos de forma
integradas aos riscos integrada.
Organizações são capazes de identificar e explorar os eventos
Aproveitar oportunidades
que representam oportunidades.
Organizações avaliam as necessidades gerais de capital com
Melhorar a alocação de
maior eficiência e otimizam a sua alocação por dispor de
capital
informações relevantes quanto aos riscos de gestão.
Contribuir para fortalecer a Organizações são capazes de adaptar-se às mudanças e
sustentabilidade garantir a sustentabilidade de suas operações. 8
Internacionalmente os principais modelos de referência em gestão de riscos
aplicáveis às organizações são o ISO 31000:2009 e o COSO-ERM/GRC.
Outros padrões de gestão de riscos e qualidade, como o OCEG (Reino
Unido), o AS/NZS 4360:2004 (Austrália e Nova Zelândia) e a Norma
FERMA (União Europeia), perderam relevância ou foram gradualmente
sendo absorvidos pelo padrão ISO 31000.
A norma ISO 31000 é utilizada no Brasil (Associação Brasileira de Normas
Técnicas – ABNT), Estados Unidos, Canadá, entre outros países.
A adoção de padrão internacional traz vantagens ao estabelecer referencial
com base nas melhores práticas (benchmarking), compartilhar o
aprendizado entre usuários e associar a imagem da organização ao padrão
das melhores práticas do planeta.
BENCHMARKING é a identificação e pesquisa da concorrência pela análise
das melhores práticas usadas por empresas do mesmo e que podem ser
replicadas.
BENCHMARK é a empresa que serve de exemplo.
9
Gestão dos Riscos em Projetos
Para os projetos, riscos são circunstâncias ou acontecimentos inesperados
ou incertos que, quando ocorrem, afetam o projeto de alguma forma.
Os riscos que merecem mais atenção são os que tendem a afetar as linhas
de base do projeto pois impactam diretamente o alcance dos objetivos.
Os documentos e atividades gerados no planejamento dos riscos são:
1. Plano de Gerenciamento dos Riscos – definir a abordagem e os
processos para gerenciar os riscos.
2. Análise de Riscos:
1. Identificar os riscos;
2. Analisar qualitativamente e quantitativamente os riscos;
3. Planejar as respostas aos riscos identificados.
Ou seja, o plano inclui informações sobre como a equipe irá identificar os
riscos, analisá-los de forma qualitativa e quantitativa, desenvolver plano
de ação e como serão monitorados e controlados (execução).
10
11
Gerenciamento
dos Riscos
PMBOK
12 12
13
Estrutura Analítica de Riscos
A análise qualitativa de riscos de um projeto pode começar como uma
identificação das categorias principais de riscos específicos, sendo um
processo semelhante à criação da Estrutura Analítica do Projeto – EAP.
As categorias e subcategorias de riscos para o projeto podem ser
hierarquizadas em uma Estrutura Analítica de Riscos – EAR, para uma
posterior identificação dos riscos específicos dentro de cada subcategoria.
O formato gráfico, como o exemplo apresentado no próximo quadro,
facilita a visualização dos tipos de riscos que podem acontecer no projeto
e na maneira como eles se relacionam entre si.
A partir do EAR, o gerente de projeto e as partes interessadas se reúnem
para identificar os riscos e podem criar uma Matriz de Análise Qualitativa
dos Riscos, com todos os parâmetros importantes que podem ser obtidos
através de um brainstorming.
14
Exemplo de EAR – Estrutura Analítica de Riscos
15
16
Em relação à abordagem na análise de riscos:
Qualitativa – é uma análise subjetiva em que os riscos são analisados
considerando suas implicações ao cumprimento dos objetivos do projeto,
sendo que os riscos são analisados numa escala de 1 a 5, por exemplo;
Quantitativa – a análise quantitativa conta com números rígidos, que
recebem uma nota e não uma avaliação – não é necessária para todos os
projetos e pode ser pulada para passar direto para o planejamento de
respostas aos riscos.
Geralmente a abordagem qualitativa é suficiente na maioria dos projetos.
Os riscos a um projeto podem ser classificados em categorias como:
Externos – itens regulatórios, ambientais e governamentais,
fornecedores, mercado etc.
Internos – tempo, custo, inexperiência, planejamento ruim, pessoas,
materiais, equipamentos, área contratual ou jurídica etc.
Técnicos – tecnologia, especificações técnicas, requisitos do produto etc.
17
18
19
Matriz de Riscos
Também chamada de Matriz de Probabilidade e Impacto, é uma
ferramenta de gerenciamento de riscos que permite de forma
visual identificar quais são os riscos que devem receber mais atenção.
Por se tratar de uma ferramenta para priorização de riscos, ela pode ser
aplicada na etapa de avaliação de riscos – a identificação dos riscos é
uma etapa que deve ser feita antes da aplicação da ferramenta.
O grande diferencial na Matriz de Riscos é a facilidade proporcionada
para visualizar informações sobre um determinado conjunto de riscos.
Por se tratar de uma ferramenta gráfica, se torna fácil identificar quais
os riscos irão afetar menos ou mais a organização, possibilitando a
tomada de decisões e realizando medidas preventivas para os riscos.
Além disso, por ser uma ferramenta de fácil entendimento, colabora com
engajamento da equipe no processo de gestão de riscos.
20
A matriz de risco consiste em uma matriz (tabela) orientada por duas
dimensões para classificar os riscos: probabilidade e impacto.
Há cores diferenciadas entre as células e essas cores indicam o quão alta é
a classificação do risco, ou seja, o quão crítico um determinado risco é.
Podem ser convertidas em números (porcentagens), como por exemplo:
muito baixo = 1 a 10%;
baixo = 11% a 30%;
moderado = 31% a 50%;
alto = 51% a 70%;
muito alto = 71% a 90%.
O impacto se refere às consequências do risco caso ele vier a ocorrer, ou
seja, quais serão os prejuízos ou danos causados caso o risco incida de
fato: muito baixo, baixo, moderado, alto e muito alto.
21
22
23
Risco 001 – QUEDA DAS LINHAS TELEFÔNICAS DISPONÍVEIS
Risco 002 – QUEDA NA INTERNET
Risco 003 – FALTA DE ENERGIA ELÉTRICA
Risco 004 – FALTA DE EQUIPAMENTOS DE TRABALHO
24
25
Esse processo é realizado ao longo de todo o projeto.
26
Esse processo é realizado ao longo de todo o projeto.
27
De modo geral, o gerenciamento de riscos é como um PDCA.
28
Padronização e PDCA
O objetivo do controle e do planejamento da qualidade é a padronização dos
processos para a melhoria contínua.
Neste aspecto, o PDCA é a principal metodologia aplicada para desenvolver
o conceito e a importância da padronização e da melhoria.
É a representação mais conhecida da filosofia do melhoramento contínuo
(kaizen), também conhecido como ciclo Shewhart, seu idealizador, ou como
ciclo Deming, o responsável pelo desenvolvimento e reconhecimento.
As fases são bem definidas e podem ser entendidas pela análise da figura
no próximo quadro:
1. Plan – planejamento;
2. Do – execução;
3. Check – verificação;
4. Act – agir corretivamente.
29
30
O ciclo PDCA é um método de gestão, representando o caminho a ser
seguido para que as metas estabelecidas possam ser atingidas.
Girar o ciclo PDCA significa obter previsibilidade nos processos através da
obediência à padrões – se é bem-sucedido, adota-se o método planejado.
Caso contrário, volta-se ao padrão anterior e recomeça-se a girar o PDCA.
Não obstante, segundo Deming, não basta girar o PDCA: também é preciso
ser coerente – é importante que as pessoas trabalhem juntas, com a
compreensão mútua dos 8 pontos apresentados na figura do quadro anterior
e de como colocá-los em prática.
No entanto, os colaboradores na empresa não agem sozinhos, eles precisam
estar motivados para o que devem fazer, e as metodologia 5S, 5W2H e
Brainstorming, que serão estudadas na próxima aula, ajudam.
De modo geral motivação deve vir da Direção da empresa.
31
Atividades da Aula 10
1. O que são riscos. E o que são riscos no contexto de um projeto?
2. Porque são importantes para um projeto?
3. Quais as fases do gerenciamento de riscos, segundo o PMBOK?
4. O que é uma Estrutura Analítica de Riscos – EAR? Faça um esquema.
5. Quais as duas abordagens para a análise de riscos? Qual a mais
utilizada? Como podem ser classificados os riscos? Dê exemplos.
6. Faça um esquema do gerenciamento de riscos, como um PDCA?
7. O que é o PDCA e quais as suas fases? Faça um esquema.
8. O que é governança corporativa?
9. O que é compliance?
10. Qual a ligação entre compliance e gerenciamento de riscos?