Vírus

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A classificação dos seres vivos CAPÍTULO 1 17

o Reino Plantae (ou Metaphyta) reúne eucariontes pluricelulares e autótrofos


fotossintetizantes. suas células têm paredes de celulose, um polissacarídeo, e cloro-
plastos com as clorofilas a e b. a meiose sempre ocorre na formação dos esporos
(meiose espórica). alguns representantes desse reino são os musgos, as samam-
baias, os pinheiros e as plantas com flores e frutos.
o Reino Animalia (ou Metazoa) agrupa eucariontes heterótrofos que se nutrem
por ingestão dos alimentos. a formação dos gametas envolve meiose (meiose gamé-
tica). após a fecundação, o zigoto passa por mitoses sucessivas, atingindo o estágio
de blástula, uma pequena massa de células indiferenciadas. Para simplificar o estudo,
separaremos os animais em dois grupos, o dos vertebrados e o dos invertebrados.
estes últimos distribuem-se em muitos filos.

tHinKstocK/Getty imaGes
FaBio coLomBini

aLmir candido
Cogumelos (3 cm de altura) são As plantas pertencem ao Reino Plantae. Os cavalos fazem parte do Reino Animalia.
representantes do Reino Fungi.

o que são os vírus?


os vírus não entram na classificação dos reinos explicada anteriormente. são
organismos acelulares, ou seja, sua estrutura não corresponde à de uma célula.
Basicamente, os vírus são formados por um ácido nucleico (dna ou rna) envolto
por uma cápsula proteica (capsídeo). não há, em seu interior, toda a “maquinaria”
necessária para o desempenho de um metabolismo pleno. dessa forma, os vírus só
podem se reproduzir usando os recursos de uma célula. dizemos, assim, que os vírus
são parasitas intracelulares obrigatórios; eles podem infectar células dos demais
organismos, como bactérias, plantas e animais, por exemplo. Quando não estão
infectando uma célula, os vírus são metabolicamente inertes, podendo até mesmo
se cristalizar e permanecer nessa forma por um tempo indefinidamente longo.
o material genético de um vírus pode ser o dna ou o rna. em ambos os casos, a
osni de oLiveira
molécula pode ser de fita simples ou dupla. a sequência de nucleotídeos dessa molé- Dna
“cabeça”
cula tem informações necessárias para o estabelecimento de parte da estrutura de
proteínas componentes do capsídeo e também das proteínas necessárias à reprodu-
ção do vírus, como enzimas, por exemplo.
o capsídeo dos vírus é formado por um número variável de subunidades protei- cápsula
cas e apresenta formas muito diversificadas. Há vírus que são cilíndricos e alongados,
como o vírus do mosaico do tabaco; outros são poliédricos; outros, ainda, de formas Fibras da
“cauda” “cauda”
arredondadas. os vírus que infectam bactérias, conhecidos como bacteriófagos (ou
simplesmente fagos), apresentam uma “cabeça” e uma “cauda” características.

bacteriófago: um dnA-vírus
os bacteriófagos são vírus parasitas de bactérias. o fago t2, por exemplo, que
parasita a Escherichia coli (bactéria comum no intestino humano), tem uma região
semelhante a uma “cabeça”, equivalente ao seu capsídeo, no interior da qual exis-
Esquema representando a
te uma molécula de dna. da “cauda” saem fibras que permitem ao vírus ligar-se à estrutura de um bacteriófago
parede da bactéria; é também a “cauda” que irá injetar o dna viral na bactéria. (fago T2). (Cores fantasia.)
188 UNIDADE 1 CLASSIFICAÇÃO BIOLÓGICA E O ESTUDO DE ALGUNS REINOS

ao se instalar em uma bactéria, o bacteriófago inicia um ciclo vital que pode seguir dois caminhos: um é o ciclo
lítico, e o outro é o ciclo lisogênico.
no primeiro, o vírus é ativo, multiplica-se, havendo a duplicação do dna viral e a síntese das proteínas do capsí-
deo. vários exemplares de bacteriófagos são, assim, produzidos no interior da bactéria, que acaba sofrendo rompi-
mento (lise) e soltando os vírus para o ambiente. o ciclo lítico corresponde a uma ação virulenta do microrganismo.
no ciclo lisogênico, ao contrário, o vírus permanece

eye oF science/sPL/LatinstocK
Aumento de 72 000 vezes.
dormente (ou temperado), sendo chamado profago ou material genético
provírus, uma vez que não se multiplica e não destrói a injetado na
bactéria Bacteriófago
bactéria. no entanto, seu dna fica ligado ao dna do cro-
mossomo bacteriano e ambos se duplicam a cada divisão
da bactéria, podendo permanecer nessa situação por várias
gerações. enquanto ligado ao cromossomo bacteriano, o
dna entra no processo de produção de proteínas. sob cer-
tas condições, no entanto, o provírus pode entrar no ciclo
lítico, retornando, assim, à fase virulenta, com a destruição
da bactéria e a liberação de novas cópias do vírus.

Fotografia ao microscópio eletrônico de bacteriófagos T atacando uma Bactéria


bactéria Escherichia coli. Observe a molécula de DNA sendo injetada
na célula bacteriana (fio azul abaixo dos fagos). (Cores artificiais.)

ciclos de um vírus bAcTeriófAgo

stúdio caParroZ
o bacteriófago injeta
Dna na bactéria. Às vezes, um profago se solta do cromossomo
Dna bacteriano, iniciando um ciclo lítico.

a bactéria se
reproduz, copiando o
cromossomo profago e
a bactéria bacteriano transmitindo-o às
Dna viral
se rompe descendentes.
(lise),
liberando Ciclo lisogênico
novos Ciclo lítico
vírus.

ou Dna do profago

o Dna viral se duplica. há produção de o Dna do bacteriófago


proteínas virais, que, reunidas ao Dna, (profago) liga-se ao
constituem novos bacteriófagos. cromossomo bacteriano.

Esquema representando os ciclos lítico e lisogênico de um bacteriófago. (Elementos fora de proporção de tamanho entre si. Cores fantasia.)

REcURSOS NA WEB

• Dando nomes aos bois... e a todos os animais e plantas


disponível em: <http://chc.cienciahoje.uol.com.br/dando-nomes-aos-bois-e-a-todos-os-animais-e-plantas/>.
• A diversidade de formas de vida e a sua classificação
disponível em: <http://naturlink.sapo.pt/natureza-e-ambiente/Fauna-e-Flora/content/a-diversidade-de-formas-
de-vida-e-a-sua-classificacao?bl=1>.
acessos em: fev. 2016.

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