Brochura Contrato de Seguro
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CONTRATO DE SEGURO
Título
O ABC do Contrato de Seguro
Edição
Instituto de Supervisão de Seguros de Moçambique
Editorial e Layout
Serviços Jurídicos | Repartição de Comunicação e Relações com os Consumidores
A seguradora só pode aceitar a cobertura de riscos que estejam incluídos nos ramos de
seguro cuja exploração tenha obtido a necessária autorização.
b) seguro de pessoas - aquele em que o risco é associado a vida humana, sendo o sinistro
derivado de acidentes pessoais, de doença ou de morte da pessoa segura, pagando a
seguradora as prestações convencionadas ou indemnizatórias contratualmente estipu-
ladas.
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8. DEPOIS DE A SEGURADORA RECEBER A” PROPOSTA DE SEGURO” SIGNIFICA QUE
ACEITOU A PROPOSTA?
Recebida a proposta do tomador de seguro, o segurador pode, se julgar necessário,
solicitar ao proponente o envio de novos elementos e prestação de informações adicio-
nais no prazo que lhe fixar mas não inferior a dez dias. A proposta considera-se aceite e
o contrato celebrado nos termos propostos, se a seguradora nada disser no prazo de
quinze dias a contar da data da recepção da proposta, ou se for o caso, dos elementos
das informações adicionais.
O tomador do seguro, se tiver agido de boa-fé, pode evitar a resolução mediante solici-
tação à seguradora da proposta de novas condições, devendo, em caso de aceitá-Ias,
assumir ainda o pagamento de todas as despesas ocasionadas pela sua actuação. Ou,
durante a vigência e nos oito dias subsequentes ao seu conhecimento, comunicar ao
segurador todos os factos ou circunstâncias susceptíveis e determinar o agravamento
do risco.
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a) a seguradora determina o prémio que fixaria no momento da celebração do contrato
caso tivesse conhecido o facto omitido ou declarado inexactamente, estabelecendo
uma proporção entre esse prémio e aquele que foi pago;
b) a seguradora fica obrigada a pagar a indemnização correspondente ao sinistro, em
proporção idêntica a calculada nos termos da alínea anterior, salvo o disposto na alínea
seguinte: e
c) a seguradora, demonstrando que em caso algum teria celebrado o contrato se tivesse
conhecido o facto omitido ou declarado inexactamente, não fica obrigada a efectuar a
prestação, havendo devolução integral do prémio que haja sido pago correspondente
a anuidade em que se tiver verificado o sinistro.
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15. O QUE SÃO CONDIÇÕES GERAIS, ESPECIAIS E PARTICULARES?
a) Condições gerais são aquelas que integram o conjunto de cláusulas que definem
basicamente o tipo de seguro acordado e são válidas para todos os contratos da mesma
natureza, por exemplo, as coberturas e exclusões gerais e os direitos e obrigações das
partes;
b) Condições especiais são aquelas que concretizam as condições gerais, delimitando o
tipo de seguro, designadamente excluindo certos aspectos de risco assumido pelo segu-
rador.
c) Condições particulares são aquelas que identificam em concreto o risco transferido
para seguradora, bem como os demais elementos identificados no contrato.
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20. QUANDO É QUE SE CONSIDERA CELEBRADO O CONTRATO DE SEGURO?
Recebida a proposta do tomador do seguro, o segurador pode, se julgar necessário,
solicitar informações adicionais no prazo que lhe fixar mas não inferior a dez dias.
A cobertura efectiva dos riscos apenas se verifica a partir do momento em que é feito o
pagamento do prémio do seguro ou fracção, atingindo então o contrato de seguro a sua
plena eficácia.
A comunicação deve ser feita pelo tomador do seguro ou pelo segurado, quando este
tenha conhecimento do contrato ou do sinistro.
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QUAL É A FORMA QUE REVESTE O CONTRATO DE SEGURO?
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DICIONÁRIO DE SEGUROS
1. Acta adicional - documento que contém as alterações das condições de uma apólice
de seguro.
6. Âmbito do contrato de seguro - definição das garantias, riscos cobertos e riscos excluí-
dos.
8. Boa-fé - regra de conduta fundamental exigível das partes que celebram o contrato de
seguro, neste caso o tomador de seguro e a seguradora. Valor que se traduz em uma
postura correcta e leal; a este conceito estão ligadas as ideias de fidelidade, lealdade,
honestidade e confiança na realização e cumprimento do que é acordado entre as
partes.
9. Capital seguro – valor máximo que o segurador paga em caso de sinistro, mesmo que
o prejuízo seja superior. Este valor é, normalmente, definido nas condições particulares
da apólice.
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DICIONÁRIO DE SEGUROS
11. Corretor de seguros – mediador sob forma de sociedade comercial, que, nos termos
do Regime Jurídico dos Seguros, aprovado pelo Decreto-Lei n.o 1/2010 de 31 de Dezem-
bro, e demais disposições regulamentares, se encontra devidamente autorizado para o
exercício da corretagem de seguros, desenvolvendo a sua actividade de forna indepen-
dente em nome e no interesse legítimo dos respectivos tomadores de seguros e segura-
dos. Este mediador recomenda livremente ao tomador de seguro, de acordo com os
critérios de conveniência deste, os contratos a celebrar e as empresas de seguro em que
melhor podem ser colocados.
12. Dano – prejuízo sofrido por alguém. O dano pode ser causado por perda, des-
truição ou avaria de bens ou por lesão que afecte a saúde física ou mental de uma
pessoa.
15. Justa causa – razão aceitável à luz das regras legais e contratuais do caso em concre-
to.
20. Prémio de seguro ou simplesmente prémio – valor que o tomador de seguro paga à
seguradora para as coberturas ou benefícios ou reparações garantidos numa apólice,
como contrapartida do risco assumido pela mesma seguradora.
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DICIONÁRIO DE SEGUROS
21. Promotor de seguros - pessoa singular que, actuando unicamente por conta de uma
ou várias seguradoras sujeitas a uma mesma influência dominante, que o designa(m) e
sob sua exclusiva orientação e responsabilidade, promova para aquela(s) a celebração
de contratos e operações de seguros.
23. Resolução – cessação antecipada de um contrato de seguro por iniciativa de uma das
partes, havendo justa causa.
24. Resseguro - O contrato pelo qual uma seguradora faz segurar, por sua vez, parte dos
riscos que assume.
28. Seguro - proveito ou benefício resultante de um acordo por virtude do qual uma
parte (segurador) se obriga a providenciar a outra (segurado) um pagamento ou remu-
neração ou qualquer outra prestação, no caso de destruição ou prejuízo, ou dano a uma
pessoa especificada ou coisa na qual o outro possui um interesse.
29. Seguro de acidentes pessoais - aquele que cobre o risco da verificação de lesão
corporal, incapacidade temporária, invalidez permanente total au parcial ou morte da
pessoa segura, por causa súbita, externa e imprevisível.
31. Seguro de colheitas - aquele que garante uma indemnização calculada sobre o
montante de danos verificados em culturas.
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DICIONÁRIO DE SEGUROS
32. Seguro de crédito - aquele que garante pagamento ao credor do valor remanescente
da dívida do mutuário em caso de morte ou de ocorrência de circunstâncias anormais
que obstem ao cumprimento da respectiva obrigação pecuniária, nos termos conven-
cionados na correspondente apólice.
33. Seguro de doença - aquele em que a seguradora cobre os riscos relacionados com a
saúde ou a prevenção da doença da pessoa segura, realizando a prestação contra-
tualmente acordada.
36. Seguro de grupo não contributivo - seguro de grupo em que o tomador do seguro
contribui na totalidade para o pagamento do prémio de seguro.
38. Seguro de incêndio - aquele em que a seguradora se obriga dentro dos limites
estabelecidos na lei e no contrato a indemnizar os danos produzidos por incêndio no
objecto seguro.
39. Seguro de pessoas –seguro que respeita a vida, saúde e integridade física de uma
pessoa ou de um grupo de pessoas, identificadas no contrato.
40. Seguro de vida - aquele que cobre um risco relacionado com a morte ou sobrevivên-
cia da pessoa segura.
42. Seguro pecuário - aquele que garante uma indemnização calculada sobre o
montante de danos verificados em determinado tipo de animais.
43. Seguro de responsabilidade civil - aquele pelo qual a seguradora se obriga, dentro
dos limites estabelecidos na lei e no contrato, a cobrir o risco de constituição no patrimó-
nio do segurado de uma obrigação de indemnizar terceiros, com referência a danos
produzidos por um evento previsto no contrato por cujas consequências ele seja
civilmente responsável.
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DICIONÁRIO DE SEGUROS
47. Seguro de roubo - aquele em que o segurador se obriga, dentro dos limites da lei e
do contrato, a indemnizar os danos derivados da apropriação ilegítima ou da simples
tentativa de apropriação ilegítima por parte de terceiros, das coisas seguras.
48. Seguro de transporte de coisas - aquele que cobre riscos relativos ao transporte de
coisas por via terrestre, fluvial, lacustre ou aérea, nos termos previstos no contrato.
49. Sinistro - a realização, total ou parcial, do risco previsto no contrato de seguro, isto é,
qualquer evento susceptível de fazer funcionar as coberturas de uma apólice.
50. Tomador de seguro - a pessoa singular ou colectiva que, por sua conta, ou por conta
de uma ou várias pessoas, celebra o contrato de seguro com a seguradora, sendo
responsável pelo pagamento do prémio.
52. Valor de referência - valor em função do qual se definem, num determinado momen-
to do contrato, a importância segura, nomeadamente no ramo "Vida” a modalidade de
seguro em que o valor do capital fica ligado a um fundo de investimento.
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INSTITUTO DE SUPERVISÃO DE SEGUROS DE MOÇAMBIQUE
NATUREZA JURÍDICA
O Instituto de Supervisão de Seguros de Moçambique (ISSM), criado pelo Decreto-Lei n.o
1/2010, de 31 de Dezembro, que aprova o Regime Jurídico dos Seguros, funcionando sob
tutela do Ministro que superintende a área das Finanças, é uma pessoa colectiva de direito
público, dotada de personalidade jurídica, com autonomia administrativa e financeira.
OBJECTO
O ISSM tem por objecto, nos termos do no 2 do artigo 5 do mesmo Decreto-Lei:
a) o exercício da supervisão e fiscalização das entidades habilitadas ao exercício das activi-
dades seguradora, de mediação de seguros e resseguro e de gestão dos fundos de pensões
complementares e; b) a supervisão e fiscalização subsidiária da execução da política de inves-
timento da segurança social obrigatória gerida pelo Instituto Nacional de Segurança Social
(INSS) e do Fundo de Pensões dos Trabalhadores do Banco de Moçambique (BM).
PROPÓSITO
O propósito do ISSM é estimular o interesse e cultura de seguros e disseminar mensagens
sobre o mercado segurador à sociedade no geral. O ISSM deseja intensificar a protecção dos
consumidores dotando-lhes de bases e instrumentos que lhes permitam decidir acertada-
mente nas suas escolhas e promover conduta íntegra por parte dos operadores. Pretende,
também, impulsionar um mercado fiável para os investidores e todos os intervenientes na
área de seguros, favorecendo uma indústria de seguros mais sólida, eficiente e eficaz.
MISSÃO
Exercer a super- VISÃO
visão e fiscalização do Ser uma
sector segurador e de instituição de
fundos de pensões comple- referência nacional,
mentares, contribuindo para o regional e
desenvolvimento de um internacional.
mercado sólido, eficiente e
credível.
VALORES
Responsabilidade
Independência
Solidez
por uma indústria de seguros mais sólida,
eficiente e eficaz.
Confidencialidade
Orgulho profissional
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CONTRATO DE SEGURO
INFORME-SE MELHOR
REPÚBLICA DE MOÇAMBIQUE
MINISTÉRIO DAS FINANÇAS
INSTITUTO DE SUPERVISÃO DE SEGUROS DE MOÇAMBIQUE
Nota: