BRITO Et Al., 2022 Maranhão

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Prevalência de genótipos de HPV e


avaliação de sua relevância clínica no
carcinoma espinocelular de laringe em
um estado do Nordeste do Brasil – um
estudo retrospectivo
Carlos Brito1, Rachel D. Cossetti2,3, Diego Agra de Souza3, Marcos Catanha3,
Pablo de Matos Monteiro4e Flávia Castello Branco Vidal1,5
1Programa de Pós-Graduação em Saúde do Adulto, Universidade Federal do Maranhão, São Luís, Maranhão,
Brasil
2Departamento de Medicina I, Universidade Federal do Maranhão, São Luís, Maranhão, Brasil
3Departamento de Patologia, Instituto Maranhense de Oncologia Aldenora Belo, São Luís, Maranhão, Brasil
4Departamento de Farmácia, Universidade Federal do Maranhão, São Luís, Maranhão, Brasil
5Departamento de Morfologia, Universidade Federal do Maranhão, São Luís, Maranhão, Brasil

ABSTRATO
Fundo. A alta prevalência e incidência de tumores de cabeça e pescoço fazem do Brasil o
terceiro país com maior número de casos dessas neoplasias malignas. Os principais fatores de
risco são o tabagismo e o consumo de álcool; no entanto, o número de casos relacionados
com o papilomavírus humano (HPV) triplicou, demonstrando uma mudança no perfil da
doença. Estudos relataram que a prevalência de HPV no carcinoma espinocelular de laringe
(LSCC) varia entre 8% e 83%. O papel do HPV como um importante fator causador do LSCC
permanece obscuro.
Métodos. Este estudo retrospectivo incluiu 82 pacientes com CECE diagnosticados entre 2014
e 2019 em dois hospitais oncológicos de São Luís, Brasil. Os dados sociodemográficos, clínicos
e as características histopatológicas dos tumores foram coletados diretamente dos
prontuários. O material genético foi extraído de amostras embebidas em parafina por meio de
Submetido8 de março de 2022
reação em cadeia da polimerase (PCR) e sequenciamento automatizado para detecção e
Aceitaram14 de junho de 2022
Publicados12 de julho de 2022 genotipagem do HPV. Os resultados por variáveis sociais e clinicopatológicas foram então
comparados por meio do teste qui-quadrado e análise multivariada.
autor correspondente
Flávia Castello Branco Vidal, Resultados. As análises sociodemográficas demonstraram que a maioria dos pacientes eram
[email protected] homens (87,8%), pardos (75,6%) e residentes na capital (53,7%). Eles geralmente tinham baixa
Editor acadêmico escolaridade (53,7%), possuíam apenas o ensino fundamental (completo/incompleto) e 51,2%
Vladímir Uversky trabalhavam por conta própria em ocupações como agricultura ou pesca. Hábitos de tabagismo e
Informações adicionais e consumo de álcool foram observados em aproximadamente metade dos pacientes. Com relação às
declarações podem ser características clínicas, 39% dos pacientes apresentavam estadiamento T1/T2, 51,2% não
encontradas na página 9
apresentavam metástase à distância e 30,5% apresentavam invasão linfonodal. O DNA do HPV foi
DOI10.7717/peerj.13684 detectado em metade das amostras (50%), sendo o tipo 16 altamente oncogênico o mais prevalente.
Não houve relação significativa observada entre os aspectos econômicos, educacionais e
direito autoral
2022 Brito et al. ocupacionais com o HPV LSCC nos dados apresentados, embora a análise multivariada tenha
demonstrado que o DNA do HPV tinha maior probabilidade de estar presente em tumores T3-T4 (p
Distribuído sob
=0.002).
Creative Commons CC-BY 4.0

ACESSO ABERTO S

Como citar este artigoBrito C, Cossetti RD, de Souza DA, Catanha M, de Matos Monteiro P, Vidal FCB. 2022. Prevalência de genótipos de HPV e
avaliação de sua relevância clínica no carcinoma espinocelular de laringe em um estado do Nordeste do Brasil – um estudo retrospectivo.PeerJ10
:e13684http://doi.org/10.7717/peerj.13684
assuntosBiologia Molecular, Virologia, Doenças Infecciosas, Oncologia
Palavras-chaveInfecções por papilomavírus, Neoplasias laríngeas, Carcinoma espinocelular de cabeça e pescoço,
Prevalência

INTRODUÇÃO
A alta incidência e prevalência do carcinoma espinocelular de cabeça e pescoço fazem do Brasil o
país com o terceiro maior número de casos dessa neoplasia maligna (Johnson et al., 2020). A
mortalidade por esta doença é elevada dependendo do estágio da lesão no momento do
diagnóstico, sendo a doença a sexta causa de morte no mundo (Cohen et al., 2019; Johnson et al.,
2020).
O carcinoma espinocelular de cabeça e pescoço constitui um grupo diversificado de cânceres
com diferentes comportamentos e prognósticos, necessitando de diferentes abordagens de
tratamento. A doença pode ocorrer em vários locais, como cavidade oral, orofaringe, nasofaringe,
hipofaringe, laringe, seios paranasais e glândulas salivares.Cohen et al., 2019). A exposição a
agentes cancerígenos, incluindo tabaco e álcool, é o factor causal dominante. Na última década,
descobriu-se que o papilomavírus humano (HPV) desempenha um papel na carcinogênese
orofaríngea, e o envolvimento do HPV em outros locais da cabeça e pescoço tornou-se mais
proeminente.Amit et al., 2016).
O papel do HPV no carcinoma espinocelular de orofaringe está bem estabelecido; no entanto,
seu papel no carcinoma espinocelular de laringe (LSCC) permanece obscuro. A prevalência
relatada de HPV no LSCC varia muito entre os estudos, variando de 8% a 83% (Zhang et al., 2016;
Erkul et al., 2017;Tong et al., 2018;Vázquez-Guillen et al., 2018; Yang et al., 2019). O tipo de HPV
mais frequentemente isolado em tumores de laringe é o tipo 16, geralmente seguido pelo tipo 18.
Kariche et al., 2018;Dogantemur et al., 2020).
O LSCC é o segundo carcinoma espinocelular mais comum de cabeça e pescoço (Vázquez-Guillen et
al., 2018). É altamente metastático, com uma taxa de sobrevivência de 5 anos que não excede 50% para
tumores em estágio IV.Kariche et al., 2018). Ocorre principalmente entre a quinta e a sétima década de
vida e afeta predominantemente homens (Instituto Nacional do Câncer do Brasil, 2020). No Brasil, a taxa
de incidência anual padronizada por idade por 100.000 homens é de 5,33, em comparação com 4,18 na
América do Sul e 3,59 em todo o mundo (OIC, 2016). A incidência de mortalidade também é maior no
Brasil, de 4,45 em comparação com 3,21 na América do Sul e 2,17 em todo o mundo (OIC, 2016)

Tal como no cancro da cabeça e pescoço, o HPV é um importante factor prognóstico no LSCC,
considerado como possivelmente influenciando o prognóstico e as decisões de tratamento.Huang e
O'Sullivan, 2017). Existem poucos estudos brasileiros sobre câncer de laringe associado à infecção por
HPV e nenhum incluiu pacientes do estado do Maranhão, que fica em uma região muito pobre do Brasil.
Nosso objetivo no presente estudo foi, portanto, realizar uma análise retrospectiva da prevalência do
HPV e seus genótipos como fatores no desenvolvimento do câncer de laringe na população afetada na
região Nordeste do Brasil.

Brito et al. (2022),PeerJ, DOI 10.7717/peerj.13684 14/02


MATERIAIS E MÉTODOS
Inscrição e aprovação ética
Neste estudo retrospectivo, analisamos espécimes de carcinoma espinocelular de laringe fixados em
formol e embebidos em parafina, coletados em dois hospitais públicos de referência em oncologia no
Maranhão, estado do Nordeste do Brasil. O estudo incluiu 82 amostras de pacientes com diagnóstico de
carcinoma de laringe entre janeiro de 2014 e dezembro de 2019.
As informações dos pacientes e as características histopatológicas dos tumores foram obtidas
dos prontuários médicos. Como as amostras consistiam em tumores parafinizados, não foi
necessário obter consentimento informado por escrito dos pacientes. A identidade dos pacientes
não foi divulgada no estudo, que foi aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa da Universidade
Federal do Maranhão (registro número 3.023.486).

Critério de inclusão
Os pacientes foram incluídos quando blocos de parafina e lâminas histológicas de carcinoma de laringe,
provenientes de biópsia ou de tratamento cirúrgico em qualquer fase do seguimento, estavam disponíveis nos
arquivos dos serviços de patologia.

Critério de exclusão
Os pacientes foram excluídos caso seus prontuários e/ou blocos tumorais de parafina não fossem
encontrados ou não fossem suficientes para análise laboratorial no estudo.

Extração de DNA e análise de HPV


As amostras foram revisadas por um patologista e foram selecionados blocos representativos do
tumor (contendo mais de 50% da área total do fragmento).
Para extração de DNA, 15 cortes de aproximadamente 5μm de espessura contendo material
biológico. Os cortes foram armazenados em tubos de 2,0 mL a 4◦C até a etapa de extração do
DNA.
O DNA genômico foi extraído das amostras utilizando o kit ReliaPrep FFPE gDNA Miniprep da
Promega (Promega, WI, EUA), de acordo com o protocolo de extração sugerido pelo fabricante.
Para avaliar a concentração e qualidade do material biológico, as amostras foram quantificadas
utilizando um espectrofotômetro Nanodrop Lite. As concentrações foram relatadas em
nanogramas por microlitro, e a qualidade do DNA foi verificada pela leitura da proporção de
comprimento de onda de 260/280 nm. Quando as proporções estavam na faixa de 1,7 a 1,9, o
material foi considerado puro.
As reações de nested PCR foram realizadas utilizando um termociclador Veriti de 96 poços
(Applied Biosystems, Thermo Scientific, Califórnia, EUA), com os primers PGMY09 e PGMY11 para a
primeira rodada e os primers GP + 5 e GP + 6 para a segunda rodada (Vidal et al., 2016).
As amostras foram purificadas utilizando o kit GenElute PCR Clean-Up (Merck KGaA, Darmstadt,
Alemanha) de acordo com as instruções do fabricante e foram posteriormente quantificadas. O
sequenciamento automatizado foi realizado pela empresa ACTGene Análises Moleculares que
atualmente presta serviços de sequenciamento de DNA, utilizando a plataforma AB 3500 (Applied
Biosystems, Thermo Scientific, Waltham, MA, EUA). As amostras foram diluídas em 6
μL de uma solução contendo 30–60 ng de produto de amplificação purificado, 5 picomoles de
primer e água bidestilada.

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Para confirmar e identificar o tipo de HPV, as sequências de nucleotídeos das amostras sequenciadas
foram comparadas e submetidas ao World Nucleotide Database (GenBank) utilizando o programa
BLAST.

Análise estatística
As variáveis categóricas são apresentadas como porcentagens e o teste qui-quadrado foi utilizado para
comparações entre grupos. A significância estatística foi fixada emp <0.05. Após análise univariada,
variáveis significativas (p <0.05) foram selecionados para análise de regressão logística binária para
avaliar sua relação com a infecção pelo HPV.

RESULTADOS
A análise mostrou que a maioria dos pacientes eram homens (87,8%), pardos (75,6%) e procedentes da
capital do estado (53,7%). Além disso, 53,7% tinham apenas o ensino fundamental (completo/incompleto)
e 51,2% trabalhavam por conta própria em ocupações como agricultura ou pesca. Os dados de
estadiamento do câncer de laringe mostraram que 29,3% apresentavam doença em estágio N0; 39%,
estágio T1/T2; e 51,2%, estágio M0. Por fim, 51,2% eram não fumantes e 57,3% não alcoólatras (tabela 1).

Análises de HPV por nested PCR demonstraram que metade das amostras foram positivas para
o vírus. Os pacientes foram, portanto, divididos em dois grupos: HPV+ e HPV–.
Na análise univariada do qui-quadrado entre os dois grupos, apenas a localização residencial, o
estágio T e o tabagismo foram estatisticamente significativos (p <0.05,tabela 1). Uma análise de
regressão logística binária multivariada foi então realizada para verificar as relações entre essas
variáveis e a presença de HPV.
Na análise multivariada, a localização residencial não foi significativa em termos de sua relação
com a infecção pelo HPV, e o tabagismo não foi uma variável explicativa para a infecção pelo HPV.
Em contrapartida, o estágio da doença T3/T4 diminuiu as chances de o paciente pertencer ao
grupo HPV em 0,234 (IC 0,066 a 0,837,p <0.05;mesa 2) e aumentou as chances do paciente
pertencer ao grupo HPV+.
figura 1mostra os tipos de HPV encontrados em amostras de câncer de laringe HPV+. Os tipos 16, 45
e 33 de alto risco oncogênico foram observados na maioria dos pacientes (68,3%). O tipo 6, um HPV de
baixo risco, foi encontrado em 1 paciente. Em 12 amostras não foi possível a determinação do tipo de
HPV pela técnica de sequenciamento automático. O HPV 16 foi o tipo mais prevalente nesta coorte (n=22,
53,65%).

DISCUSSÃO
De acordo com publicações recentes, a idade média dos pacientes com câncer de laringe é de 65
anos, com maior proporção de homens do que de mulheres (Kariche et al., 2018;Tong et al., 2018;
Koroulakis e Agarwal, 2022). Nossos pacientes eram predominantemente homens e eram um
pouco mais jovens, com idade média de 62 ou 63 anos (grupos HPV+ e HPV-).
Analisando a distribuição geográfica, os pacientes com câncer de laringe HPV+ vieram principalmente
da capital, enquanto os pacientes com câncer de laringe HPV+ vieram principalmente do interior do
estado. A diferença foi estatisticamente significativa pelo teste qui-quadrado, mas essa significância foi
perdida quando a regressão logística binária foi aplicada. Diferenças entre

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tabela 1Dados sociodemográficos e clínicos de 82 pacientes com carcinoma espinocelular de laringe por status de HPV.

Total Papilomavírus humano


(N=82)
Positivo Negativo P-valora
(N=41) (N=41)
N % N % N %
Anos de idade) Significar (±) 62,24±8.7 63,26±9.2 0,5
Fêmea 10 12.2 6 14.6 4 9,8
Sexo 0,5
Macho 72 87,8 35 85,4 37 90,2
Branco 9 11 4 9,8 5 12.2
Preto 8 9,8 3 7.3 5 12.2
Grupo étnico 0,7
Marrom 62 75,6 32 78 30 73,2
Outro 3 3.7 2 4.9 1 2.4
Interior 38 46,3 15 36,6 23 56,1
Origem 0,05
Capital 44 53,7 26 63,4 18 43,9
Analfabeto 9 11 6 14.6 3 7.3
Escolaridade Escola primária 45 54,9 23 56,1 22 53,7 0,4
Ensino médio 28 34.1 12 29,3 16 39
Aposentado 32 39 17 41,5 15 36,6
Ocupação Autônomo 42 51.2 23 56,1 19 46,3 0,8
Outro 8 9,8 1 2.4 17 17.1
Não 24 29,3 13 31,7 11 26,8 0,4
Sim 25 30h48 11 44 14 56
Linfonodo 3 7.3 8 19,5
invasão 1 2.4 2 4.9
1 2.4 0 0
Não avaliado 33 40,24 17 51,5 16 48,5
T1/T2 32 39 16 39 16 39,0 0,05
Estágio T T3/T4 20 24,4 14 34.1 6 14.6
Não avaliado 30 36,6 11 26,8 19 46,3
Não 42 51.2 20 48,8 22 53,7 0,5
Estágio M
Sim 1 1.2 1 2.4 0 0
Metástase distante
Não avaliado 39 47,6 20 51.3 19 48,7
Sim 40 48,8 16 39 24 58,5 0,05
Fumar
Não 42 51.2 25 61 17 41,5
Álcool Sim 47 57,3 25 61 22 53,7 0,5
consumo Não 35 42,7 16 39 19 46,3
Notas.
Os dados são apresentados como médias com desvio padrão, frequências e proporções.
aPelo teste qui-quadrado com significância aceita de 95%;∗p <0.05.

pacientes dependendo das regiões geográficas em que vivem são possivelmente atribuíveis a
diferentes hábitos sociais e sexuais (Hoffmann e Quabius, 2021).
O tabagismo é um importante fator de risco na patogênese dos tumores laríngeos.Zhang et al.,
2016;Erkul et al., 2017;Tong et al., 2018;Koroulakis e Agarwal, 2022). Geralmente, os pacientes não
fumantes são em sua maioria HPV+ e os fumantes são em sua maioria HPV–(Xu et al., 2014;

Brito et al. (2022),PeerJ, DOI 10.7717/peerj.13684 14/05


mesa 2Análise multivariada das associações entre infecção pelo HPV e características
sociodemográficas de pacientes com carcinoma espinocelular de laringe.

Papilomavírus humano

Proporção de chances – (IC 95%) Estatística Wald Valor P


Origem

Interior 0,425 (0,166–1,091) 3.165 0,075


Capital Referência

Estadiamento T

T1/T2 0,588 (0,193–1,607) 1.170 0,279


T3/T4 0,234 (0,066–0,827) 5.083 0,002
Não avaliado Referência

Fumar
Sim 0,484 (0,191–1,230) 2.325 0,127
Não Referência

Notas.
Os dados foram avaliados por análise de regressão logística binária. A significância estatística foi fixada emp <0.05. OR, razão
de chances; IC, intervalo de confiança.

figura 1Distribuição de pacientes com câncer de laringe (n=41) estratificado por tipo de HPV.
DOI em tamanho real: 10.7717/peerj.13684/fig-1

Hoffmann e Quabius, 2021). Uma distribuição semelhante foi observada em nossa população de estudo.
No grupo HPV+ predominaram os não fumantes, enquanto no grupo HPV a maioria dos pacientes eram
fumantes.p<0,05). Contudo, a significância estatística desta variável foi perdida quando a regressão
logística binária foi aplicada.
Em outros estudos, não foi encontrada relação significativa entre tabagismo e presença de
HPV; ambas as variáveis devem, portanto, ser consideradas como fatores independentes no
processo oncogênico da laringe (Sánchez Barrueco et al., 2017;Dogantemur et al., 2020).

Brito et al. (2022),PeerJ, DOI 10.7717/peerj.13684 14/06


O alcoolismo também é descrito como fator de risco para esse tipo de tumor; no entanto, seu uso não
foi relacionado à infecção por HPV, o que foi observado por outros (Erkul et al., 2017;Dogantemur et al.,
2020).
Infelizmente, os dados da classificação TNM não estavam disponíveis para todos os pacientes. Os
estadiamentos N0 e M0 foram prevalentes entre os tumores analisados. Nenhuma associação estatística com
infecção por HPV foi observada, como em outros estudos (Xu et al., 2014;Erkul et al., 2017;Sánchez Barrueco et
al., 2017;Dogantemur et al., 2020).
O estadiamento T1-T2 foi prevalente, mas um maior índice de tumores T3-T4 foi observado no grupo
HPV+ em comparação com o grupo HPV-. Ao aplicar a regressão logística binária, observamos que
pacientes estadiados como T3-T4 tiveram maior chance de apresentar DNA de HPV. Resultados
semelhantes foram observados em uma população turca (Erkul et al., 2017). Duray e coautores (2011)
descobriram que os casos de LSCC em estágio IV apresentaram maior positividade para HPV em
comparação aos casos em estágio I e II. Um estudo grego encontrou uma associação significativa entre a
positividade do DNA do HPV e o LSCC pouco diferenciado (Laskaris et al., 2014).
Na verdade, atualmente é incerto se a positividade do HPV no LSCC poderia ser usada como fator
prognóstico. Há forte apoio na literatura para a associação entre carcinomas HPV-positivos e melhores
prognósticos, especialmente nos carcinomas de orofaringe, mas para o LSCC os resultados ainda são
controversos. Geralmente, o autor não encontrou nenhuma diferença ou uma melhora leve, mas não
significativa, em termos de sobrevida global ou livre de doença para casos positivos para HPV.

Estudos epidemiológicos relataram que as taxas de infecção por HPV no câncer de laringe variam de
8% a 83% (Zhang et al., 2016;Erkul et al., 2017;Tong et al., 2018;Vázquez-Guillen et al., 2018;Yang et al.,
2019). Estas diferenças nos resultados podem ser atribuídas a uma variedade de factores, tais como
diferenças na distribuição geográfica da população, grupo étnico (diferentes culturas), tipo de material
biológico analisado (fresco ou fixado em formalina) e sensibilidade e especificidade dos métodos de
teste utilizados. (Gama et al., 2016).
Em nosso estudo, metade das amostras continha DNA do HPV. Para detecção do HPV foram
utilizadas amostras fixadas em formalina e nested PCR com primers PGMY09/11 e GP5+/6+ (Gravitt
et al., 2000). A sensibilidade deste método e a sua capacidade de amplificar e detectar mais de 25
genótipos de HPV levaram-no a ser considerado um “padrão ouro” para a detecção de HPV (Abreu
et al., 2012;Li et al., 2013;Hoffmann e Quabius, 2021).
Vázquez-Guillen et al. (2018)relataram uma prevalência de DNA de HPV de 47,7% em suas 195
amostras de LSCC fixadas em formalina de uma população mexicana. Eles usaram um método molecular
baseado na hibridização reversa (Vázquez-Guillen et al., 2018).Tong et al. (2018) analisaram 211 pacientes
chineses com LSCC. Eles também usaram o método nested PCR para detectar DNA do HPV e
encontraram uma prevalência um pouco maior que a nossa, 62,6% (Tong et al., 2018).
Em relação à distribuição geográfica, revisões sistemáticas e estudos de meta-análise demonstraram
que a prevalência do HPV é significativamente maior na América do Sul, em comparação com a Ásia,
América do Norte e Europa (Kreimer et al., 2005;Li et al., 2013). Dois estudos turcos revelaram uma
prevalência de DNA do HPV de 12,2% e 26,02% (Erkul et al., 2017;Dogantemur et al., 2020), semelhante a
um estudo espanhol em que o DNA do HPV foi detectado em 22,76% das amostras (Sánchez Barrueco et
al., 2017).Hernández et al. (2014)observaram uma prevalência de DNA do HPV de 21% em uma
população americana.

Brito et al. (2022),PeerJ, DOI 10.7717/peerj.13684 14/07


Um estudo norte-americano demonstrou que a baixa escolaridade e o baixo nível de renda estavam
relacionados à presença de DNA do HPV em tumores de cabeça e pescoço.Shewale et al., 2021). Sabe-se
que a infecção pelo HPV é mais prevalente em países pobres e em desenvolvimento, onde as condições
sanitárias e o acesso aos cuidados de saúde não são eficientes nem suficientes.de Martel et al., 2020;
Kombe Kombe et al., 2021). A cidade brasileira onde nosso estudo foi realizado está em uma região que
possui o segundo pior índice de desenvolvimento humano do Brasil segundo dados oficiais (IBGE-
Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística, 2010). Essas circunstâncias podem explicar a alta
prevalência de DNA do HPV em nossas amostras.
Do total de casos de HPV+, 68,3% tinham genótipo de HPV de alto risco, como os encontrados
por Vázquez-Guillen et al. (2018)(72%). O HPV 16 foi o genótipo mais frequentemente identificado
em nosso estudo, o que é consistente com outros estudos (Hernández et al., 2014;Erkul et al.,
2017;Sánchez Barrueco et al., 2017;Tong et al., 2018;Vázquez-Guillen et al., 2018). O HPV 18 é o
segundo genótipo mais comum em cânceres de laringe (Xu et al., 2014;Sánchez Barrueco et al.,
2017), embora não tenha sido detectado em nossos pacientes.
O HPV 6, um genótipo pouco oncogênico, foi observado em um paciente em nosso estudo. Outros
pesquisadores também encontraram HPV 6 em amostras de tumores de laringe (Castellsagué et al.,
2016; Kariche et al., 2018). O HPV 6 é altamente prevalente na papilomatose laríngea e uma pequena
fração desses casos se transforma em malignidades (1–4%) (Carvalho et al., 2021). Nenhum histórico
médico estava disponível para nosso paciente com HPV 6, um homem de 58 anos, que nos permitisse
sugerir que tal mudança tivesse ocorrido.
A vacinação profilática contra o HPV pode levar a um declínio mundial no carcinoma
espinocelular de cabeça e pescoço causado pelo HPV.Hoffmann e Quabius, 2021). No Brasil, o
governo ofereceu uma vacina tetravalente para os genótipos 6, 11, 16 e 18 (Wendland et al., 2021).
Nossos resultados mostram que a vacina tetravalente cobre a maioria dos casos, mas a vacina
nonavalente pode ser mais eficiente, pois também inclui HPV 31, 33, 45, 52 e 58. Os genótipos 33 e
45 foram observados em nossa população com câncer de laringe.
De acordo com a 8ª edição doClassificação TNM para Câncer de Cabeça e Pescoço,O status do HPV é
um importante fator prognóstico que pode influenciar as decisões de tratamento.Huang e O'Sullivan,
2017). A mais alta precisão na determinação do status do HPV é, portanto, de extrema importância.
Sempre que possível, devem ser utilizados métodos baseados em PCR, ainda referidos como padrão-
ouro.
Um ponto forte do nosso estudo é que ele é o primeiro a incluir uma população do Nordeste
brasileiro, cujo status socioeconômico é significativamente inferior ao das regiões mais conhecidas do
Sudeste do Brasil, incluindo os estados de São Paulo e Rio de Janeiro (IBGE-Instituto Brasileiro de
Geografia e Estatística, 2010).
No geral, o tamanho da amostra foi pequeno para executar modelos multivariáveis, e esta é uma
limitação do nosso estudo. Muitos pacientes foram excluídos do estudo porque os blocos contendo as
amostras tumorais não foram encontrados e/ou os dados dos prontuários eram insuficientes. Só
recentemente os registros médicos dos pacientes se tornaram eletrônicos e fáceis de encontrar.
Antigamente eram mantidos manualmente, com mau preenchimento e difícil acesso, principalmente
para pacientes falecidos.

Brito et al. (2022),PeerJ, DOI 10.7717/peerj.13684 14/08


A infecção pelo HPV pode desempenhar um papel importante na iniciação e progressão do câncer de
laringe, mas o assunto ainda precisa de esclarecimentos, visto que as taxas de infecção pelo HPV variam muito
entre os estudos.

CONCLUSÕES
Nossos achados demonstram uma importante prevalência de HPV em uma amostra de tumores
epidermóides de laringe em uma população do Nordeste do Brasil, sendo o tipo altamente oncogênico
16 o genótipo de HPV mais prevalente. Além disso, pacientes com LSCC HPV+ apresentaram maior índice
de tumores T3-T4. Nosso estudo é o primeiro no Brasil a incluir apenas tumores de laringe em uma
população nordestina. Esses dados são importantes para melhorar nosso conhecimento sobre o papel e
as consequências da infecção pelo HPV nos tumores de laringe. As limitações incluem o esclarecimento
do efeito do HPV no prognóstico do LSCC, visto que alguns dados importantes estavam ausentes nos
prontuários. Mais estudos para avaliação de marcadores moleculares como a expressão de p16 e p53
são necessários para esclarecer as modificações proteicas que o HPV pode causar no CEC de laringe.

RECONHECIMENTOS
Agradecemos ao Instituto Maranhense de Oncologia Aldenora Belo e ao Hospital Geral Tarquínio Lopes
Filho pelo acesso aos blocos de parafina, lâminas histológicas e dados clínicos e anatomopatológicos dos
pacientes com CEC de carcinoma de células de células e amostras para a pesquisa.

INFORMAÇÕES E DECLARAÇÕES ADICIONAIS

Financiamento

Este estudo foi financiado por bolsas da Fundação de Amparo à Pesquisa e ao Desenvolvimento
Científico e Tecnológico do Maranhão (FAPEMA) UNIVERSAL-00634/18. Os financiadores não
tiveram nenhum papel no desenho do estudo, na coleta e análise de dados, na decisão de
publicação ou na preparação do manuscrito.

Divulgações de subvenções

As seguintes informações sobre a concessão foram divulgadas pelos autores:

Fundação de Amparo à Pesquisa e ao Desenvolvimento Científico e Tecnológico do


Maranhão (FAPEMA): UNIVERSAL-00634/18.

Interesses competitivos
Os autores declaram que não há interesses conflitantes.

Contribuições do autor
• Charlles Brito realizou os experimentos, analisou os dados, preparou figuras e/ou
tabelas, escreveu ou revisou a versão do artigo e aprovou a versão final.
• Rachel D. Cossetti concebeu e projetou os experimentos, foi autora ou revisou os
rascunhos do artigo e aprovou a versão final.

Brito et al. (2022),PeerJ, DOI 10.7717/peerj.13684 14/09


• Diego Agra de Souza analisou os dados, escreveu ou revisou a versão preliminar do artigo e
aprovou a versão final.
• Marcos Catanha analisou os dados, escreveu ou revisou a redação do artigo e
aprovou a redação final.
• Pablo de Matos Monteiro realizou os experimentos, preparou figuras e/ou tabelas e
aprovou a redação final.
• Flavia Castello Branco Vidal concebeu e desenhou os experimentos, analisou os dados,
preparou figuras e/ou tabelas, foi autora ou revisou a versão preliminar do artigo e aprovou a
versão final.

Ética Humana
As seguintes informações foram fornecidas em relação às aprovações éticas (ou seja, órgão de aprovação e
quaisquer números de referência):
O estudo foi aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa da Universidade Federal do
Maranhão (registro número 3.023.486).

Deposição de DNA
As seguintes informações foram fornecidas sobre a deposição de sequências de DNA:
As sequências estão disponíveis no GenBank:
11L:MG850215.1; 14L:MG850244.1; 18L:MN542782.1; 2L:AF548835.1; 23L:
MK716218.1; 24L:MG849618.1; 30L:MG849618.1; 31L:MK387724.1; 32L:EF140818.1; 33L:
MG849618.1; 35L:MG850334.1; 36L:DQ422750.1; 37L:HE798674.1; 38L: KU707481.1; 39L:
MG849618.1; 40L:MK387724.1; 42L:KY595153.1; 43L:HE798668.1; 44L:DQ218252.1; 48L:
LC155251.1; 50L:MG849618.1; 51L:MG849618.1; 53L: MG849618.1; 62L:DQ422750.1; 63L:
MG850720.1; 64L:MK387724.1; 65L:HE798674.1; 66L:MK387724.1; 69L:KJ571159.1; 71L:
JN617898.1; 72L:LC456609.1; 73L:MG848363.1; 75L:MG847721.1; 76L:MG850288.1; 81L:
MG848784.1; 82L:LC155238.1; 83L: MK716218.1; 88L:LC155240.1; 104L:MG848784.1.

Disponibilidade de dados

As seguintes informações foram fornecidas sobre a disponibilidade de dados:


Os dados brutos estão disponíveis noArquivo Suplementar.

Informação complementar
Informações complementares para este artigo podem ser encontradas online emhttp://dx.doi.org/
10.7717/peerj.13684#supplemental-information.

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Brito et al. (2022),PeerJ, DOI 10.7717/peerj.13684 14/14

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