A Vida Debaixo Do Sol
A Vida Debaixo Do Sol
A Vida Debaixo Do Sol
Be nne De n
Revisão
Fátima Rios
Capa
BJ (Foco Editorial)
Coodenador de produção
Denis Frota
Direitos Reservados. Obra protegida
Impressão e acabamento pela Lei dos Direitos Autorais.
Viena Gráfica e Editora Permitimos a cópia deste livro para
fins de evangelização, com distribuição
gratuita.
As citações da Bíblia neste livro foram extraídas
Contatos:
da Bíblia 98 – Freeware. Programa gratuito
E-mail: [email protected]
disponível nos sites:
Site: www.benneden.org
www.jesuslife.org - www.biblia.net
Frota, Denis
F961c
Denis Frota (Benne Den)
A Vida Debaixo do Sol e O Mais Extraordinário Projeto de Vida -
2ª.ed. - Benneden.org – CE - 2007, 14 x 21, 176 páginas.
ISBN – 85-906141-5-8
CDD-231
P re fá cio
sugeridas.
Tenha uma ótima leitura e excelentes resultados!
14
k Denis Frota, DD
A vi d a d e b a ixo d o s o l
O q u e vo cê b u s c a ?
O q u e vo c ê b u s c a ?
Evidentemente que a queda espiritual resultou em per-
das extremamente significativas para o homem, daí sua busca
existencial contínua (quase sempre inconsciente) de felici-
dade ou de sentido para a vida. Todos, na verdade, buscam o
conserto interior, uma reengenharia da alma danificada pelo
pecado.
Nem sempre estamos cônscios de que seguimos o curso
certo da vida ou que trilhamos na direção de nossa felicidade. 19
Muitos atos inconscientes e espontâneos são indícios fortíssi- k
mos de que buscamos significado e realização. Nossos pensa-
mentos e dilemas também apontam para uma causa maior: a
A vi d a d e b a ixo d o s o l
conquista de algo que não sabemos ao certo; nossa essência
mais profunda, ou elevada, insiste em utilizar todos os recur-
sos da insatisfação para nos comunicar a falta de algo primaz
em nosso ser.
A insatisfação vivencial, refletida nos diversos segmentos
da vida, social, profissional, afetivo, educacional e familiar, é
muito mais do que um simples desprazer ou frustração. Na
verdade a insatisfação existencial é mais um sério alerta de que
nossa realidade continua fora do caminho de Deus, de que
estamos seguindo por um caminho errado.
Um dos aspectos positivos do vazio da alma é que essa ca-
rência existencial mostra que em nosso interior há um espaço
Em b u s c a
d e a lgo m a is
[ a b u s c a e xi s t e n cia l]
Em b u s c a d e a lgo m a is
Quando o vazio grita a ausência da felicidade, temos a
impressão de que existe algo lá fora, em algum lugar, capaz
de nos preencher com saciedade. Diante disso há explosões e
implosões de emoções; alguns se afogam nos prazeres carnais,
outros recuam e mergulham nos pensamentos e sentimentos
de uma vida interior.
Como mecanismo de defesa, a alma pode acionar a ima-
ginação porque ela é a única capaz de gerar sonhos e fantasias
a partir de um simples comando da vontade. Além disso, ela 25
também não trava diante do impossível. As probabilidades k
lógicas são irrelevantes diante da multiplicidade de idéias que
conseguem superar mundos, espaço, tempo e razão. Mas até
os devaneios têm seus limites; o pensamento imaginativo ul- A vi d a d e b a ixo d o s o l
O q u e vo c ê b u s c a ?
27
k
A vi d a d e b a ixo d o s o l
Notas:
1 BOLT, MARTIN – David G. Myers – INTERAÇÃO HUMANA – Edições
Vida Nova – 1ª edição – 1989
Os q u e b u s c a m
s e n s a çã o
[o s s e n s o r i a i s , e xp r e s s ivo s ]
Os q u e b u s ca m s e n s a çã o
competência e poder pessoal. A maioria gosta de testar os limites
à sua volta e consideram que a maior parte das regras e regula-
mentos deve ser distorcida ou mesmo infringida. São algumas
vezes pouco convencionais em sua abordagem e apreciam aju-
dar os outros a desconsiderar o que é aceito e esperado.
Gostam de viver livremente e procuram por entretenimen-
to e variedade nas situações cotidianas. Eles lidam de forma
imaginativa com os relacionamentos sociais e, com freqüên-
cia, têm um grande número e variedade de amigos e conheci-
dos. Podem mostrar ótimo humor e otimismo.
33
Os Expressivos podem ser uma companhia estimulante e k
encantadora e, com freqüência, inspiram os outros a se envol-
verem em seus projetos através de seu entusiasmo contagioso.
Eles preferem tentar entender e ser receptivo às pessoas em A vi d a d e b a ixo d o s o l
vez de julgá-las.
Aqueles que têm o perfil do tipo sensorial são cheios de
entusiasmo e novas idéias. Otimistas, espontâneos, criativos
e confiantes. Têm uma mente original e um forte senso do
possível. Para o tipo expressivo a vida é um drama excitante.
Os Expressivos possuem habilidades sociais natas, ou seja,
têm a capacidade de se relacionar e empatizar com os outros,
mantendo uma comunicação eficiente com as outras pessoas.
Os Sensoriais são curiosos, mas preferem entender em
vez de julgar. Imaginativos, adaptáveis e alertas, valorizam
a inspiração acima de tudo e são com freqüência inventores
engenhosos. Eles por vezes são inconformistas, e são bons
Ár e a s d e At u a çã o P r o fi s s io n a l
34 As pessoas do tipo expressivo fazem escolhas baseadas prin-
k cipalmente na busca da satisfação e realização pessoal.
Todas profissões que tenham contato com público: vendas,
jornalismo, dramaturgia, publicidade, direito, cargos de co-
A vi d a d e b a ixo d o s o l
Po n t o s P a r a An á l i s e e Mu d a n ça
Pontos Fracos (Aspectos Negativos)
Age sem pensar – desorganizado – Tendência a lascívia -
Dificuldade para concentrar-se em leitura ou tarefas que exi-
jam atenção – Pouca produtividade – Indisciplinado – Co-
meça e não termina seus planos – Responde e se comprome-
te sem pensar. Não cumpre. Turbulento, não conhece suas
Os q u e b u s ca m s e n s a çã o
de pensar.
Os Sensoriais precisam aprender a monitorar e gerenciar
seus impulsos. Devem ter a capacidade de controlar e ter
domínio sobre as próprias pulsões e conseguir aceitar o adia-
mento da satisfação de seus desejos quando necessário.
Não é bom agir sem refletir; e o que se apressa com
seus pés erra o caminho.
Provérbios 19.2 35
k
Uma vez que os sensoriais acham tão fácil gerar idéias, A vi d a d e b a ixo d o s o l
têm dificuldade em concentrarem-se em apenas uma coisa
por vez e podem ter problemas em tomar decisões. Eles vêem
tantas possibilidades que têm dificuldade em selecionar a me-
lhor atividade ou interesse para seguir. Algumas vezes fazem
escolhas ruins ou se envolvem em muitas atividades simul-
taneamente. Escolher cuidadosamente onde concentrar sua
energia ajudará a evitar consumir seu tempo e a dissipar seus
consideráveis talentos.
Estão mais interessados em resolver os problemas de for-
ma rápida e sem esforço e tendem a saltar diretamente para a
próxima crise e a não concluir as partes menos excitantes dos
projetos atuais. Eles lucrariam em aprender a aplicar técnicas
Há um caminho que ao homem parece direito, mas
o fim dele conduz à morte.
Provérbios 14.12
36
k Eles podem perder oportunidades pela falta de planeja-
mento. Algumas vezes assumem tarefas demais a um só tempo
e podem se encontrar sobrecarregados e incapazes de manter
seus compromissos. Preferem apreciar o momento presente
A vi d a d e b a ixo d o s o l
Onde não há conselho, frustram-se os projetos; mas
com a multidão de conselheiros se estabelecem.
Provérbios 15.22
Os q u e b u s ca m s e n s a çã o
Os que buscam a sensação são líderes naturais, populares e
carismáticos. Eles tendem a ser ótimos comunicadores e nor-
malmente usam seus dons de expressão verbalmente.
Os Sensoriais são tão empáticos que podem se tornar ex-
cessivamente envolvidos com os problemas ou sentimentos
dos outros.
Devido esse entusiasmo e pressa em prosseguir para seu
próximo desafio, algumas vezes fazem suposições incorretas ou
tomam decisões muito rapidamente, sem reunir todos os fa-
tos importantes. Eles precisam diminuir o ritmo e prestar mais 37
atenção aos detalhes de seus projetos. Se esperarem até que in- k
formação suficiente seja conhecida eles podem evitar erros.
Para um sensorial a parte divertida de um projeto é a so-
lução inicial de um problema e a criação de algo novo. Eles A vi d a d e b a ixo d o s o l
gostam de exercitar sua inspiração nas partes importantes e
desafiadoras de um problema. Depois desse estágio, eles com
freqüência perdem interesse e carecem da autodisciplina ne-
cessária para completar o que iniciaram. É provável que come-
cem muitos projetos, mas concluam poucos. Eles produzem
melhores resultados quando concluem as partes tediosas e as
mais necessárias de um projeto até que esteja completo. Ano-
tar em papel fatos poderá ajudá-los a evitar que se distraiam.
Normalmente os sensoriais não são bem organizados. Po-
dem se beneficiar em aprender e aplicar gerenciamento de
tempo e habilidades organizacionais pessoais. Lucram quando
dade particular.
Algumas vezes os que buscam sensação apenas improvi-
sam no ato, em vez de planejar e preparar antecipadamente.
Porque acham que o recolhimento de informação é tedioso,
correm o risco de nunca passarem do estágio da “idéia bri-
lhante” ou, uma vez que tenham começado nunca termina-
rem. Sempre inquietos, eles prefeririam não ter que lidar com
detalhes cansativos e se deslocar para alguma outra coisa nova
ou incomum.
38
As pessoas sensoriais são mais efetivas quando consciente-
k mente observam o mundo a sua volta e recolhem impressões
mais objetivas tornando assim suas inovações aplicáveis.
A vi d a d e b a ixo d o s o l
Os q u e b u s c a m
id e n t id a d e
[ o s e xi s t e n ci a i s , a n a lis t a s ]
O s q u e b u s c a m id e n t id a d e
quanto a expor suas idéias.
Os existenciais têm um dinamismo psíquico interior, por
isso valorizam a vida interior acima de todas as coisas. Sensí-
veis, idealistas e leais, eles têm um forte senso de honra com
relação aos seus valores internos e são, com freqüência, mo-
tivados por uma profunda crença pessoal ou pela devoção a
uma causa que sintam ser valiosa.
Habitam um mundo de idéias. Eles são independentes,
pensadores originais com fortes sentimentos, princípios fir-
mes e integridade pessoal.
Confiam em suas próprias idéias e decisões mesmo em face 43
do ceticismo. Eles são motivados por uma visão interna que k
valorizam acima de todos os outros fatores, incluindo opinião
prevalecente ou autoridade estabelecida. Eles freqüentemente
A vi d a d e b a ixo d o s o l
vêem significados mais profundos e têm uma percepção in-
tuitiva das situações. Suas inspirações são importantes e váli-
das para eles, mesmo que os outros não compartilhem do seu
entusiasmo.
Os existenciais tendem a ter personalidades profundas e
complexas e podem ser, ao mesmo tempo, sensíveis e inten-
sos. Eles podem ser reservados e difíceis de se conhecer, mas
são desejosos de compartilhar seus mundos internos com
aqueles em que confiam.
Eles tendem a ter um pequeno círculo de amizades pro-
fundas e duradouras e podem gerar muita amabilidade e en-
tusiasmo nas circunstâncias apropriadas.
Ár e a s d e At u a çã o P r o fi s s io n a l
O existencial pode assumir posições de pequena ou grande
responsabilidade e atuar bem na área financeira ou outra que
exija agilidade e intelectualidade. Tem habilidade com tarefas
detalhadas ou de improvisação rápida. Muitos dos grandes
gênios do mundo – artistas, músicos, inventores, filósofos,
Po n t o s P a r a An á l i s e e Mu d a n ça
Pontos Fracos (Aspectos Negativos)
Egocêntrico - Não faz amigos com facilidade - Não procura
as pessoas. Deixa que elas o procurem. -Revive acontecimen-
O s q u e b u s c a m id e n t id a d e
tos e decisões passadas - Inclinado a auto-análise complacente
- Interesse excessivo pela sua condição física - Fica alimentan-
do desejos de vingança- Hipocondríaco - Se ofende muito
facilmente - Desconfiado - Dado a suposições desfavoráveis -
Dificilmente perdoa - Dotado de autocompaixão - Pessimista
- Inseguro - Temeroso - Crítico inflexível - Depressivo - Varia
sua disposição de espírito conforme a situação- Foge da reali-
dade e entra em devaneio - Mau humorado - Deixa-se levar a
mórbidas condições mentais - Acha que sempre estão conspi-
rando contra ele - Tudo que o afeta é algo capital - Triste- Não
social- Pensamentos Negativos- Preocupados- Queixosos. 45
k
Os existenciais precisam aprender a monitorar e gerenciar
suas emoções e sentimentos. Devem ter a capacidade de re-
conhecer, compreender e dirigir os próprios sentimentos e A vi d a d e b a ixo d o s o l
estados de humor. Saber trabalhar com as emoções e senti-
mentos de forma que eles tenham uma expressão apropriada;
perceber e compreender o que está por trás dos sentimentos;
encontrar caminhos para manejar a contento os medos, a an-
siedade, a raiva e a tristeza. Capacidade de dirigir as emoções
e sentimentos a serviço de seus objetivos.
Quando a lógica cede o domínio para os sentimentos, os
existenciais cometem erros factuais. Quando os seus sonhos
se tornam fora de contato com a realidade, os outros podem
vê-los como frívolos e místicos. Eles lucrariam se pedissem o
conselho de pessoas mais práticas para descobrir se suas idéias
são aplicáveis e úteis no mundo real.
sua volta.
Os existenciais podem refletir sobre uma idéia muito mais
tempo do que é realmente necessário para começar um proje-
to. Suas tendências perfeccionistas podem levá-los a refinar e
polir suas idéias por tanto tempo que eles nunca as compar-
tilham. Isto é perigoso, uma vez que é importante para o que
busca identidade encontrar formas de expressar as suas idéias.
Para evitar que fiquem desencorajados, eles precisam se esfor-
çar no sentido de se tornarem mais orientados para a ação.
Os existenciais são emocionalmente envolvidos em seus
46 empreendimentos e muito sensíveis às críticas. Para complicar
k ainda mais as coisas, eles tendem a exigir muito de si mesmos
quando ambicionam pelos seus próprios padrões inatingíveis.
Isso pode levar a um sentimento de inadequação, mesmo que
A vi d a d e b a ixo d o s o l
O s q u e b u s c a m id e n t id a d e
Embora demonstrem uma fria reserva pelo lado de fora,
preocupam-se profundamente por dentro. Eles são humanos,
empáticos, compreensivos e muito sensíveis aos sentimentos
dos outros. Eles evitam conflito e não estão interessados em
impressionar ou dominar ninguém, a menos que os seus valo-
res estejam em jogo. Com freqüência preferem comunicar os
seus sentimentos pela escrita, em vez de oralmente. Quando
eles estão persuadindo os outros da importância de seus ide-
ais, podem ser muito convincentes.
Os existenciais, apesar de serem profundamente sentimen-
tais, raramente expressam a intensidade de seus sentimentos e 47
com freqüência parecem reticentes e calmos. Entretanto, uma k
vez que conheçam você, eles são entusiásticos e calorosos. São
amigáveis, mas tendem a evitar a socialização superficial. Eles
A vi d a d e b a ixo d o s o l
valorizam pessoas que se empenham em compreender seus
objetivos e valores.
Os q u e b u s c a m
s e gu ra n ç a
[o s d i p l o m á t i c o s , s i m é t r ico s ]
O s q u e b u s c a m s e gu ra n ç a
Práticos e realistas são eficientes e cuidadosos. Os diplomáti-
cos são meticulosamente precisos e metódicos, com grandes po-
deres de concentração. O que quer que façam, concluem com
ordem e confiança. Eles têm idéias inabaláveis e bem fundadas
e são difíceis de se distraírem ou se desencorajarem uma vez que
tenham iniciado o que acreditam ser o melhor curso de ação.
Pontos Fortes (Aspectos Positivos)
Tranquilo, calmo – Leal, confiável e equilibrado. É racional
– Controlado, mantém as emoções sob controle – Raramente
53
explode em raiva ou riso – Aprecia artes – Fino gosto pelas k
coisas; Gosta do convívio social – Despreocupado com as cir-
cunstâncias em redor – Sente mais emoções do que demonstra
– Prático e eficiente – Provoca gargalhadas sem esboçar um A vid a d e b a ixo d o s o l
sorriso; Cérebro organizado, boa Memória – Trabalha bem sob
tensão – Pouco – Vida regrada e hábitos ordenados – Tende à
rotina e a tradição – É mais espectador do que modificador das
circunstâncias – Metódico. Suas coisas estão sempre arrumadas
– É de bom coração mas não deixa transparecer – Capaz, cum-
pridor de suas obrigações e horários – Conciliador e negociador
– Pacificador nato – Sabe ouvir com paciência e atenção – Bom
conselheiro – Paciente, age por princípios.Prudente.
Caracteristicamente discretos e trabalhadores, os diplomáti-
cos têm um ótimo julgamento prático e memória para detalhes.
Eles podem citar evidências precisas para apoiar suas opiniões e
aplicar suas experiências passadas às suas decisões presentes.
Ár e a s d e At u a çã o P r o fi s s io n a l
As pessoas diplomáticas fazem escolhas baseadas principal-
mente na busca da segurança pessoal e financeira.
Po n t o s P a r a An á l i s e e Mu d a n ça
Pontos Fracos (Aspectos Negativos)
Cético – Frio – Moroso – Indolente – Sem motivação
O s q u e b u s c a m s e gu ra n ç a
– Provocador – Distante e gélido – Obstinado – Egoísta – In-
deciso- Vacilante – Resistente – Avarento – Senso de humor
mordaz/satírico -Descompromissado – Quando se sente for-
çado, torna-se mais vagaroso – Espectador da vida sem se en-
volver – Acomodado – Usa seu humor contra outros – Con-
servador por comodismo – Disfarça sua obstinação com seu
humor – Não se envolve – Vacila entre o desejo de fazer e de
não fazer alguma coisa – Procrastinador (sempre deixa tudo
para mais tarde) – Entediado – se envolve com as atividades
do próximo – Temeroso – Vício da retenção.
Os diplomáticos costumam ficar desmotivados, por isso 55
k
precisam apreender a rate da automotivação, ou seja, saber
encontrar meios para se motivar na conquista dos objetivos
de vida. A vi d a d e b a ixo d o s o l
Um problema comum para os diplomáticos é a tendência
de se perderem nos detalhes e nas operações cotidianas de um
projeto. Uma vez imersos, eles podem ser rígidos e relutantes
em adaptar ou aceitar um outro ponto de vista. Eles tendem a
ser céticos de novas idéias se não vêem sua aplicação prática e
imediata. Eles necessitam se esforçar em olhar seus objetivos
gerais e avaliar outras alternativas que poderiam ter sido consi-
deradas. Reunir uma maior quantidade de informações e tentar
conscientemente antecipar as implicações futuras de seu com-
portamento aumentará a efetividade em todas as áreas.
Os diplomáticos têm dificuldade em compartilhar suas re-
ações, sentimentos e preocupações com os outros porque para
Os q u e b u s c a m
o co n h e cim e n t o
[ o s d i r e c i o n a i s , d i re t ivo s ]
O s q u e b u s c a m o c o n h e c im e n t o
persuadidos por qualquer outra coisa que não a lógica.
Os direcionais são realistas, práticos e objetivos. Eles estão
mais interessados nas “coisas reais” do que nas intangíveis, tais
como idéias abstratas e teorias. Eles tendem a não estar inte-
ressados por assuntos para os quais eles não vêem uma aplica-
ção prática. Eles sabem o que está acontecendo a sua volta e
estão preocupados principalmente com o aqui e agora.
Vivem de acordo com certo conjunto de regras, por isso são
coerentes e responsáveis. Eles tendem a ser tradicionais e inte-
ressados em manter as instituições estabelecidas. Os diretivos
são consistentes em seus relacionamentos, embora a sua vida
emocional e social não seja tão importante para eles quanto ou- 61
tros aspectos da vida. Eles se sentem à vontade em formar uma k
opinião sobre os outros e podem ser disciplinadores rígidos.
Os direcionais quando têm administração de objetivos
conseguem estabelecer propósitos realistas em todas as áreas A vi d a d e b a ixo d o s o l
da vida.
Os que buscam conhecimento são sociáveis, diretos, ami-
gáveis e fáceis de se conhecer.
Áre a s d e At u a çã o P r o fi s s io n a l
Cargos de liderança (diretores, donos de empresas), geren-
tes, direito (advogado, juiz), coordenação ou cargos de chefia.
Muitos dos grandes generais foram do tipo diretivo. Quem tem
o temperamento que busca conhecimento pode vir a ser um
bom administrador, gerente, planejador, produtor ou ditador.
O s q u e b u s c a m o c o n h e c im e n t o
próprios planos que eles não param para ouvir o que os outros
têm a dizer. Eles naturalmente não perguntam “o que então”,
e assim perdem possíveis significados, implicações, conexões
e padrões. Uma maneira fácil de se proteger de ser intolerante
é esperar alguns segundos antes de falar, dando aos outros a
chance de oferecer sua contribuição.
Podem ter reações explosivas a situações aparentemente
insignificantes, e estas erupções podem ser dolorosas para
aqueles próximos a eles.
Os direcionais pensam demais e estão sujeitos à ansiedade
e ao stress, por isso precisam ter a capacidade de controlar as
tensões cotidianas a que se submetem, mantendo o controle 63
das mudanças que aconteçam. k
A vid a d e b a ixo d o s o l
Não andeis ansiosos por coisa alguma; antes em
tudo sejam os vossos pedidos conhecidos diante de
Deus pela oração e súplica com ações de graças;
Filipenses 4.6
64
k
A vi d a d e b a ixo d o s o l
To d o s b u s c a m
o ve n t o
1 - Os q u e s e g u e m s e u s p r ó p r io s
p e n s a m e n t o s e d e s e j o s p e s s o a is
Aqui estão aqueles que seguem a vida por instinto e ambi-
ções pessoais. É um grupo ambicioso, mas egoísta, que bus-
ca apenas interesses pessoais, diversões, bens, conquistas ou
projeções.
Alguns se destacam porque são idealistas e conquistado-
res, mas no fim das contas percebem que edificaram sobre a
areia:
• São aqueles que correm, mas ninguém sabe
para onde;
• São aqueles que ajuntam, mas ninguém sabe
para que ou para quem.
3 - Os q u e t ê m d ú v i d a s
O terceiro grupo é aquele que vive com um questiona-
mento de vida: Estou no lugar certo, fazendo a coisa certa?
É isto que Deus quer para minha vida? Esse grupo vive num
dilema: Ficar parado ou arriscar ir em frente sem saber o ca-
68 minho?
k A angústia maior é que esse grupo tem a consciência de
que é preciso discernir o caminho a seguir, e por não ter des-
coberto sua vocação, todo o potencial humano fica latente,
A vi d a d e b a ixo d o s o l
To d o s b u s c a m o ve n t o
Seja qual for o seu tipo existencial, saiba que a Bíblia Sa-
grada proclama que todos os projetos humanos de busca de
sentido e felicidade, debaixo do Sol, terminam em decepção e
fracasso. Por quê? Por duas razões fundamentais:
Cr i a ç ã o e Q u e d a
Deus criou o primeiro homem à sua imagem e semelhan-
ça, dotado, dentre outras maravilhas, de realização plena. O
primeiro homem possuía uma triunidade perfeita e funcional.
O sopro de vidas: espiritual, psíquica e biológica, mantinha
a ordem, equilíbrio e funcionamento saudável em todos os
aspectos.
insatisfação e sofrimento.
É evidente que o pecado adâmico não é o único responsá-
vel pela condição de vida debaixo do Sol, do lado de fora do
Éden. O pecado praticado por cada ser humano reforça ainda
mais os efeitos de nossa natureza caída, aumentando o vazio,
o sofrimento existencial, o surgimento de doenças e a morte.
Seja quem for e onde estiver, você será um descendente
de Adão, vivendo debaixo do Sol, do lado de fora do Jardim
do Éden. O que cada pessoa sente é a perda, a ausência, o re-
sultado de uma queda espiritual. Este sentimento existencial
provoca uma eterna insatisfação porque o homem quer voltar
a ser o que era desde o princípio.
To d o s b u s c a m o ve n t o
que o mundo oferece, mas chega a conclusão de que esta é
uma corrida inútil, que não satisfaz plenamente o homem,
pois está limitada aquilo que a traça e a ferrugem corroem e
que passa com o tempo. No final dessa busca só há cansaço e
a sensação de ter corrido atrás do vento.
Deus colocou no espírito do homem o senso de eternida-
de, por isso não consegue satisfação plena no que é passageiro
e perecível. Sua necessidade interior busca algo que seja real
para ser abraçado no tempo presente, mas que vá além disso;
71
algo espiritual que gere expectativas de segurança eterna e que k
dê continuidade ao prazer de estar sempre avançando em di-
reção a Deus numa plenitude infinita.
A Bíblia aponta o caminho de Deus para o homem. O A vi d a d e b a ixo d o s o l
Criador, em sua infinita misericórdia, não deixou o homem
abandonado e sem direção. Ele nos deu o Manual da Vida, o
livro santo que nos ensina sobre o mais extraordinário projeto
de vida. Deus tem um projeto de vida para o homem. Ele tem
um plano para seguirmos em busca de nossa realização e feli-
cidade. A Bíblia fala dessa outra opção de busca e corrida. Em
Filipenses 3:14, o apóstolo Paulo diz que está numa corrida
na direção de Cristo. Ele fala do prêmio da soberana vocação
em Cristo. Nessa corrida há perdas e abandonos de valores
enganosos, temporais e passageiros, para que avancemos em
direção ao que satisfaz plenamente e é eterno.
Po r q u e b u s c a m o s
e n ã o a ch a m o s ?
[O p e c a d o e a s a l t e r a çõ e s
d a p e r c e p çã o :
Fí s i c a , P s i co l ó g i c a e E s p ir it u a l]
Enganoso é o coração, mais do que todas as coisas,
e perverso; quem o poderá conhecer?
Jeremias 17:9
As faculdades do homem interior foram seriamente afeta-
das com o pecado. Esta é a grande razão para a existência de
milhares de religiões, as quais expressam inconscientemente
o desejo espiritual do homem de voltar-se para Deus, sem
excluir as falhas terríveis no discernimento da verdade.
A busca pela felicidade é severamente prejudicada porque
as faculdades de percepção e discernimento do homem não
oferecem uma orientação segura.
Co m o De s f ru t a r d e Ori e nt a ç ã o
S e g ura ?
76
k A Bíblia Sagrada funciona como Manual do Criador,
servindo de toda orientação segura para a vida. A Bíblia re-
presenta um absoluto infalível; o padrão apresentado pelas
Escrituras deve ser projetado para governar e guiar todos os
A vid a d e b a ixo d o s o l
Po r q u e b u s c a m o s e n ã o a c h a m o s ?
absoluto por meio do qual o estado do homem possa ser
julgado.
As Escrituras Sagradas se apresentam como o único pa-
drão certo capaz de avaliar a situação do homem em todas
as épocas e em todas as culturas. Por este padrão o indivíduo
pode ser avaliado, analisado, e desse modo ser julgado.
Sem o estabelecimento de um padrão universal, a vontade
e o plano de Deus para a humanidade seriam sujeitas às mes-
mas incertezas da sociedade.
O padrão absoluto de Deus é estabelecido e aplicado pela
autoridade de suas leis universais distribuídas em Sua Palavra.
Ninguém pode escapar da realidade das exigências da vontade
de Deus. 77
Nossa capacidade não deve ser avaliada somente pelos k
nossos próprios critérios; a medida de Deus é sempre mais
confiável.
A vid a d e b a ixo d o s o l
Podemos ver com a alma o que os olhos não conseguem;
Podemos entender com o coração o que a razão não discerne.
Podemos compreender com a Bíblia o que seria impossível
de uma outra forma. A Bíblia é o lugar onde o homem deve
silenciar para ouvir Deus falar.
A Bíblia é o manual do criador, inerrante, infalível e abso-
luto. Toda a Bíblia aponta para Jesus Cristo. A Fonte de toda
Sabedoria e conhecimento é Cristo. Colossenses 2:3.
O cristão tem o privilégio de aprender do Melhor, do
Mestre dos mestres, através da Bíblia Sagrada. Aprendendo
sempre de Cristo, o discípulo será um sábio por excelência.
A So l u ç ã o d e D e u s p a r a
o Pe c a d o d o H o m e m
A vi d a d e b a ixo d o s o l
Po r q u e b u s c a m o s e n ã o a c h a m o s ?
decisão que já havia sido tomada desde a eternidade. O pri-
meiro grande passo foi deixar a glória para assumir a forma
humana. “O qual, existindo na natureza de Deus ... esvaziou-se
a si mesmo, e assumiu a natureza de servo, transformando-se na
aparência humana”. Ele não somente assumiu a forma huma-
na, mas também se rebaixou ao nível de servo.
Para poder assumir o nosso lugar, o segundo Adão, tinha
que ser justo e perfeito. (Hebreus 4:15; 9:28) Ao mesmo
tempo tinha que morrer. Como poderia morrer sendo justo?
Somente se fosse acusado e condenado injustamente. E foi
exatamente o que aconteceu. Devido às suas obras maravilho-
sas que praticava, e suas palavras compassivas e convincentes,
as multidões o seguiam para ouvi-lo e por ele serem curadas.
79
Isto desagradou profundamente aos líderes religiosos judaicos k
e eles então procuravam prendê-lo para matá-lo.
Jesus Cristo, o segundo Adão, não viveu somente para ser
um modelo a ser seguido, um mestre com verdades éticas, mo- A vi d a d e b a ixo d o s o l
rais e espirituais inigualáveis, um mártir de uma boa causa, mas
principalmente para assumir a nossa culpa e morrer em nosso
lugar. O texto sagrado diz que o castigo que nos traz a paz esta-
va sobre ele, e pelas suas pisaduras fomos sarados. (Isaías 53:5)
A razão principal da vinda do Senhor Jesus Cristo foi a
sua morte substituta na cruz do calvário. Ele assumiu o nosso
lugar. Ele assumiu o meu lugar. Jesus morreu no seu lugar. Por
natureza somos pecadores, transgressores, inimigos de Deus
em pensamentos, palavras, atos e omissões. Não basta usar o
nome dele de vez em quando para querer agradá-lo, ou colo-
car um adesivo Bíblico no carro, ou algum objeto que lembre
dele. Nada disso o impressiona.
Po r q u e b u s c a m o s e n ã o a c h a m o s ?
disposto a voluntariamente entregar sua vida por nós. Para
assumir a culpa das nossas transgressões Jesus foi pregado
na cruz.
Só que não seria o suficiente Jesus ter morrido pelos pe-
cados. Era necessário que ele ressuscitasse para sermos justi-
ficados dos pecados. A ressurreição seria a prova final de que
ele era Deus e de que ele tinha a autoridade para não somente
perdoar, mas também para justificar.
A pessoa que aceita o sacrifício do Senhor Jesus Cristo em
sua vida está livre de todo e qualquer pecado do passado e se
tornou nova criatura, como um bebê recém-nascido. Quando
você recebe a justiça de Cristo, você é visto diante de Deus
como Cristo: puro, sem pecado, justo, e por essa razão, está 81
preparado para entrar na presença de Deus. k
A s a l v a çã o é p o r m e i o d e Cr is t o
A vi d a d e b a ixo d o s o l
Uma das maiores preocupações do ser humano é a de não
chegar à morte sem antes ter sentido o significado, a direção
e o propósito que somente Deus pode trazer à vida. O ensino
no Antigo Testamento de que nós, sem a ajuda divina, nos
afogamos mais e mais nas ondas do desespero, é apoiado pela
experiência daqueles que tentam viver sem Deus. Israel não
podia reconciliar-se com Deus seguindo seus próprios passos;
e muito menos nós. Seguindo outros deuses e filosofias, o ser
humano ofende a Deus. Apenas Deus pode nos perdoar e nos
levar de volta ao seu amor. Através da morte e ressurreição do
seu Filho, Deus fez por nós aquilo que não podíamos fazer
por nós mesmos: Ele cancelou nossa culpa!
Po r q u e b u s c a m o s e n ã o a c h a m o s ?
de novo, no Reino de Cristo, existimos para fazer a vontade
de Deus, nosso próprio Criador e Pai.
Há um outro fato de que devemos estar cientes: é essencial
entregar a vida a Deus, através de Cristo, apesar do custo pessoal
deste passo. Ainda sofreremos decepções, dores, enfermidades, a
velhice e a morte, mesmo quando somos cristãos. Cada cristão
está sujeito a conflitos, sofrimentos e, às vezes, a perseguições
por causa da sua fé em Cristo (João 16.33; 2 Timóteo 3.12).
Apesar destas dificuldades, a nossa vida em Cristo pode trazer
um prazer profundo e durável:
Meus irmãos, tende por motivo de toda a alegria o
83
passardes por várias provações k
Tiago 1.2
A vi d a d e b a ixo d o s o l
“A quem (Cristo), não havendo visto, amais;no qual, não
vendo agora, mas crendo, exultais com alegria indizível e cheia
de glória, obtendo o fim da vossa fé: a salvação da vossa alma”
1 Pedro 1.8-9. “Mas, se sofrer como cristão, não se envergonhe
disso; antes, glorifique a Deus com esse nome”1 Pedro 4.16.
Nas palavras de Jesus, cujo sacrifício nos reconciliou com
Deus, somos exortados a ouvir a sua Palavra e crer Nele para
ganhar a vida eterna e passar “da morte para a vida” João 5.24.
Lembre-se de que Cristo não nos prometeu uma vida fácil e
livre de problemas. Ele nos disse que ainda teríamos dificulda-
des; porém também disse que sempre estaria com seus autênti-
cos discípulos (João 16.33). Hoje, a tristeza e o sofrimento são
A g l ó ri a d a vi d a e t e rn a
Temos esperança em Cristo, não somente por podermos
Po r q u e b u s c a m o s e n ã o a c h a m o s ?
Po r q u e
o s e n t im e n t o
d e a n gú s t ia ?
Todos que vivem debaixo do Sol sofrem de culpa, mas não
querem admitir isso. Quem nos dera sentir que, na realida-
de, somos falhos, negligentes e pecadores. Quem nos dera ter
consciência que pecamos por palavras, pensamentos, senti-
mentos, atos e omissões.
Somos negligentes com nossa família, ingratos e rebeldes
com nossos pais, insubmissos às autoridades, orgulhos, etc.
Quem nos dera sentir que nossos pensamentos e ações não
são moralmente corretos.
Há pessoas que se consideram pecadoras, mas ignoram
como corrigir o estado em que se encontram. A maioria, no
88 entanto, não quer ser tratada na alma, prefere continuar na
k ilusão de que dias melhores virão. Agindo assim essas pessoas
endurecem seus corações e ficam mais distantes da cura.
Nossas preocupações e apreensões sobre nossas fraquezas
A vi d a d e b a ixo d o s o l
Cu l p a u n i v e r s a l
A humanidade sofre de um conflito interior, todavia gran-
de parte ignora completamente qual é o seu verdadeiro pro-
blema. Pensa que a causa de seu dilema está do lado de fora:
no sistema, no governo, no trabalho...Einstein, o físico do
Século XX, escreveu em 1948:
“O único verdadeiro problema de todos os
tempos se acha no coração e nos pensamentos
Po r q u e o s e n t im e n t o d e a n gú s t ia ?
mas o poder da maldade do coração humano, sua
força explosiva para o mal”.
O p e ca d o é ge ra l
O pecado ilude, depois escraviza, destrói e mata o homem.
Jeremias foi um grande profeta de Deus nos dias do Antigo
Testamento. Ele escreveu algo sobre a caminhada do homem:
Eu sei, ó Senhor, que não cabe ao homem determi-
nar o seu caminho, nem ao que caminha o dirigir
os seus passos
Jeremias 10.23
Po r q u e o s e n t im e n t o d e a n gú s t ia ?
Há caminho que ao homem parece direito, mas ao
cabo dá em caminhos de morte”
Provérbios 14.12
Todo homem é pecador por natureza. O pecado está na es-
sência moral da natureza humana. Temos uma natureza peca-
minosa que nos inclina para o pecado. E o salário do pecado
é a morte, física e eterna.
A Bíblia nos ensina que o homem não pode resolver por
si mesmo o problema do pecado. Não pode, por si mesmo,
encontrar a solução para a sua culpa. Sozinho, o homem não
consegue alcançar o verdadeiro propósito espiritual para a sua
vida. 91
k
A Palavra de Deus declara que não há ninguém que seja
justo, nem um sequer: “... pois todos pecaram e carecem da
glória de Deus” Romanos 3.12,23. A vi d a d e b a ixo d o s o l
Deus, na sua infinita graça e misericórdia, não deixou o
homem ficar a mercê de um destino cruel de perdição eterna.
Ele providenciou um salvador para o homem. Foi por isso
que Jesus veio ao mundo: para fazer, a nosso favor, aquilo que
nós não podemos fazer por nós mesmos – atingir a salvação!
A Bíblia nos declara que Jesus veio para buscar e salvar os
perdidos (Lucas 19.10). A nossa condição pecaminosa se
descreve como uma separação eterna entre nós e Deus. Esta
separação é devida aos pecados de cada um. O profeta Isaías
descreveu esta cena, dizendo:
Isaías 59.2).
É justamente por causa da universalidade do pecado que a
mensagem redentora de Cristo foi dirigida a todas as pessoas.
(Mateus 28.19). Todos nós precisamos desta mensagem salva-
dora, porque todos somos pecadores e culpados perante Deus,
por isso todos nós carecemos do perdão que existe apenas em
Cristo – o único perdão que pode trazer paz à consciência e
felicidade eterna ao coração humano.
Ao vencer a morte pela sua ressurreição, Jesus Cristo pro-
vou ao mundo que é o Senhor da Vida, o único que pode
nos livrar da morte e da condenação eterna. Jesus oferece a
92
k cada pessoa a grande oportunidade de “se voltar para Deus”,
receber o perdão dos pecados, para que possa fazer parte do
seu Reino (Colossenses 1.13-14).
Quando alguém sabe o que Deus providenciou em seu
A vi d a d e b a ixo d o s o l
De s e s p e r o o u s a l v a çã o
Po r q u e o s e n t im e n t o d e a n gú s t ia ?
Quem segue na ilusão de um projeto de vida sem Deus,
está em situação de risco espiritual constante. Mesmo que
consiga um contentamento aparente, no fim das contas, o
resultado será culpa e desespero. (Romanos 6.12-23).
Aqueles que vivem com a finalidade de satisfazer seus de-
sejos carnais são escravos do pecado. A liberdade de quem
vive sem Cristo é falsa. Quem quer “ganhar” a vida do seu
próprio jeito, acabará perdendo-a para sempre. Mas, aqueles
que confiam suas vidas a Cristo encontram a verdadeira liber-
tação dos pecados e da culpa; recebem a paz real e obtêm o
dom gratuito de Deus, “a vida eterna em Cristo Jesus, nosso
Senhor” (Romanos 6.23).
93
O Pe r i g o d e Vi v e r In d e p e n d e n t e k
Nã o B a s t a Ac re d i t a r e m De u s
Po r q u e o s e n t im e n t o d e a n gú s t ia ?
A Bíblia mostra como podemos “acreditar em Deus” e es-
tar vivendo em tremendo engano (e pecado) por não fazer-
mos a vontade Dele, e sim a nossa.
Nem todo o que me disser: ‘Senhor, Senhor’, entrará
no Reino dos Céus, mas aquele que fizer a vontade
de meu Pai que está nos Céus. Muitos naquele Dia
me dirão: ‘Senhor, Senhor, não profetizamos em teu
nome? E em teu nome expulsamos demônios? E em
teu nome fizemos muitas obras maravilhosas? ’ En-
tão lhes direi: “Nunca lhes conheci”! Retirem-se de
mim, vocês que praticam a ilegalidade!
Mateus 7:21-23. 95
k
Co n c l u s ã o
Só há uma maneira de escapar da culpa e da condenação
eterna: Deixar de viver seu próprio caminho para abraçar o
projeto de vida de Deus para o homem: Jesus Cristo.
A única solução para o homem pecador é voltar-se para
Deus, através de Jesus Cristo. Talvez tenha que voltar-se ainda
sujo, desorientado, envergonhado, miserável, ferido, desuma-
nizado, frustrado, angustiado, sem paz. O mais importante é
que ao voltar-se para Deus estará mudando de direção, acer-
tando o caminho de casa.
Deus espera o retorno do homem. A confissão com arre-
pendimento nos aproxima de Deus e muda nossa história.
96 Deus aguarda seu retorno. Ele já deu prova disso. Há 2000
k anos enviou Jesus para assumir sua culpa, pagar pelos seus
erros numa cruz. Jesus veio para ser seu Salvador e lhe recon-
ciliar com Deus.
A vi d a d e b a ixo d o s o l
O q u e b u s ca m o s
e s t á e m Je s u s
Si m b o l i s m o d a N a t u r e za d e Cr is t o
Por volta do ano 590 a.C., o profeta Ezequiel viu “quatro
O q u e b u s c a m o s e s t á e m Je s u s
seres viventes” (anjos querubins) cada um com “quatro fa-
ces”: a de um leão, de um novilho, de um homem e de uma
águia.
... e a semelhança dos seus rostos era como o rosto de
homem; e à direita todos os quatro tinham o rosto
de leão, e à esquerda todos os quatro tinham o rosto
de boi; e também tinham todos os quatro o rosto de
águia.
Ezequiel 1:10
101
k
Nos dias do Novo Testamento, o apóstolo João, aproxima-
damente no ano 96 d.C, teve uma visão do trono de Deus e
diante dele “quatro seres viventes”, com aspectos semelhantes A vi d a d e b a ixo d o s o l
à descrição do profeta Ezequiel.
...e o primeiro ser era semelhante a um leão; o se-
gundo ser, semelhante a um novilho; tinha o ter-
ceiro ser o rosto como de homem; e o quarto ser era
semelhante a uma águia voando.
Apocalipse 4:7
A igreja cristã identifica os quatro seres viventes, vistos por
Ezequiel e João, como quatro anjos querubins, guardiões do
do Trono;
• Rosto de Leão - anjo situado ao lado direito
do Trono;
• Rosto de Homem – anjo localizado atrás do
Trono;
• Rosto de Novilho – anjo ao lado esquerdo
do Trono.
O q u e b u s c a m o s e s t á e m Je s u s
seres viventes são quadriforme", e portanto, "o Evangelho
também é quadriforme".
Antigas gravuras e escritos de pais da igreja, como Vitorino
e Jerônimo (no Séc. IV) relacionam os quatro seres viventes
aos quatro Evangelhos e estes, por sua vez, relacionam-se com
a pessoa de Jesus Cristo.
• Evangelho de Mateus – O Leão – Jesus é o
leão da tribo de Judá. O rei dos reis. O Rei
dos Judeus; Evangelho escrito especialmente
para os hebreus;
• Evangelho de Marcos - O Novilho - Jesus é
103
o servo que se oferece em sacrifício em favor k
dos homens. Evangelho escrito especialmen-
te para os gentios, os romanos.
A vi d a d e b a ixo d o s o l
• Evangelho de Lucas – O Homem – Jesus é
apresentado como o homem perfeito, à ima-
gem e semelhança de Deus, sem pecado. O
Evangelho de Lucas foi escrito especialmen-
te para os gregos.
• Evangelho de João – A Águia – Jesus é apre-
sentado como sendo Deus. Evangelho escri-
to para o povo de Deus, a igreja.
Quatro Evangelhos para quatro tipos de pessoas: Os he-
breus, os romanos, os gregos e os santos da igreja do Senhor.
Seguindo esse critério de pensamento podemos dizer que
O q u e b u s c a m o s e s t á e m Je s u s
• Filho de Davi - (Mt 21.9): revela sua origem,
da linhagem do rei Davi, da tribo de Judá.
O Rei dos judeus, Rei dos reis e Senhor dos
senhores.
• Outras expressões que provam sua realeza:
Leão Da Tribo De Judá Ap 5:5;
• Príncipe – Ap 1:5; Re: De Israel Mt 27:42; Jo
1:49; Rei Dos Reis Ap 17:14; 19:16; Senhor
Dos Senhores Ap 19:16.
4) Novilho – O novilho está relacionado com o sacrifício 105
expiatório de Jesus. k
Jesus é Servo. Jesus é o Sumo-Sacerdote, o bom pastor que
dá a vida pelas suas ovelhas – Ele veio salvar os homens.
A vi d a d e b a ixo d o s o l
• Servo - indica sua submissão completa ao Pai,
até o ponto de morrer por nós: Is 52.13-53.12,
Mt 12.18, Fp 2.7-8.
• Outras expressões que provam seu sacerdó-
cio e sacrifício expiatório: Cordeiro De Deus
Jo 1:29, 36; Intercessor – Rm 8:34; Hb 7:25;
Jesus (Salvador) Mt 1:21; Páscoa 1Co 5:7;
Pastor (1 Pe 5:4; Jo 10:11,14; Hb 13:20; Sl
23:1);Bom Pastor Jo 10:11; Mediador 1Tm
2:5; Sacerdote Hb 4:14;Sacrifício Ef 5:2.
Salvador Lc 1:47; Lc 2:11; Sumo Sacerdote
Hb 3:1; 7:1.
E s p i r i t u a l i d a d e e H u m a n id a d e
1) Profeta - Celestial - Filho de Deus – Ungido, Opera-
dor de Milagres - Jesus é carismático, simpáti-
co, comunicativo e envolvente. Ele é amável,
alegre, compassivo e bondoso.
Procuravam prendê-lo, mas temeram o povo, por-
quanto este o tinha por profeta.
Mateus 21:46
106
k Respondeu-lhe Simão Pedro: Tu és o Cristo, o Filho
do Deus vivo.
Mateus 16:16
A vi d a d e b a ixo d o s o l
O q u e b u s c a m o s e s t á e m Je s u s
S e nho ri o e S e rvi d ã o .
1) Rei – Senhor – Liderança, domínio e governo – Jesus
Cristo é o Reis dos reis e Senhor dos senhores.
Jesus é dinâmico, determinado, decidido, objeti-
vo e líder nato. Ele é firme, eficiente, audacioso,
poderoso, valente e vitorioso.
... manifestará o bem-aventurado e único soberano, 107
Rei dos reis e Senhor dos senhores. k
I Timóteo 6:15.
A vi d a d e b a ixo d o s o l
No manto, sobre a sua coxa tem escrito o nome: Rei
dos reis e Senhor dos senhores.
Apocalipse 19:16
2) Sacerdote – Salvador – Servo – Serviço, obediência
e sacrifício – Jesus é pacificador (Príncipe
da Paz), conciliador e intercessor. Ele é o
bom pastor. Tranqüilo, prudente, pacien-
te, humilde, servo, obediente.
Re c o rd a n d o
A vi d a d e b a ixo d o s o l
O q u e b u s c a m o s e s t á e m Je s u s
e santidade;
• Homem - Imagem de Deus – O Modelo,
exemplo e referencial de restauração; a nova
vida diante dos homens;
• Novilho - O Serviço sacerdotal, obediência,
sacrifício e submissão; vida solidária, frater-
nal, de ajuda e compaixão;
• Leão - A nossa liderança, governo, conquista
e domínio.
Um a n o va n a t u re z a
[o n a s c i m e n t o e s p ir it u a l]
Um a n o va n a t u re z a
te, nasce de Deus, recebe o Espírito Santo e a vida eterna.
Assim como acontece com a gestação natural, o processo
do nascimento do alto tem um tempo de maturação que varia
de pessoa para pessoa. Todo esse processo, às vezes, acontece
em poucos minutos. Mas, há pessoas que ouvem a palavra
de Deus e não crêem imediatamente; refletem, questionam,
travam uma luta interior durante meses e até anos para uma
decisão final.
115
O certo é que toda pessoa precisa se posicionar claramente k
do lado do Senhor Jesus Cristo. Por isso o confessar faz parte
da decisão:
A vi d a d e b a ixo d o s o l
“Eu vou tomar a decisão de ser um discípulo e
todos vão ficar sabendo que eu agora sigo ao Se-
nhor Jesus Cristo”.
Co nve rs ã o
Quem nasce do Espírito de Deus tem uma conversão, pas-
sa a ter um novo projeto de vida. A conversão promove uma
mudança de comportamento, de acordo com a vontade de
Deus. Como é agradável viver com uma consciência tranqüila
diante de Deus!
Se você ainda não nasceu de Deus e quer que isto aconte-
ça, tome sua decisão agora mesmo, durante a leitura deste ca-
Fé
O homem nasce com a capacidade de crer, mas a fé salva-
dora vem pela Palavra de Deus. A fé salvadora é aquela que
a pessoa confia sua vida aos cuidados de Jesus Cristo; crê no
sacrifício de Cristo na cruz do calvário. Diante da Religião e
suas doutrinas temos crenças, mas diante da Palavra de Deus
recebemos a fé.
Um a n o va n a t u re z a
Um a n o va n a t u re z a
contrários à vontade de Deus que praticamos nas nossas vidas
e nos tornamos aceitáveis diante de Deus.
Não somos somente salvos pela fé, mas também seremos
glorificados pela mesma.
I Coríntios 15:53: “Porque é necessário que isto que é cor-
ruptível se revista de incorruptibilidade, e que isto que é mor-
tal se revista de imortalidade”. Que glória ser revestido pela
imortalidade! 117
Em I João 3:2 lemos estas maravilhosas palavras sobre a k
nossa glorificação: “Amados, já somos agora filhos de Deus,
mas ainda não foi revelado o que seremos, mas sabemos que, A vi d a d e b a ixo d o s o l
quando ele for revelado, seremos semelhantes a ele, porque o
veremos como ele é”.
A glorificação chegará ao ponto de nos tornarmos semel-
hantes ao Senhor Jesus Cristo.
O s d o is ca m in h o s
O s d o is c a m in h o s
da vontade de Deus. Estando no “seu caminho”, você está no
caminho largo, da perdição, da destruição.
É possível que seja mais agradável andar no caminho largo,
porque a maioria faz assim. Já que a maioria se encontra neste
projeto de vida independente, você pode achar que seja o ca-
minho certo, porque diz o adágio popular: “a voz do povo é
a voz de Deus”! Que frase equivocada! O povo normalmente
não tem opinião e é guiado pela influência do poder, do di- 123
nheiro e dos meios de comunicação em massa. Poucas pesso- k
as pensam livremente, têm opinião própria e independência
suficiente para questionar a opinião da maioria. No caminho
A vi d a d e b a ixo d o s o l
amplo a pessoa simplesmente é levada pelo fluxo da multidão.
Levada no rumo errado, levada para a destruição.
A travessia para a vida eterna só pode ser feita por quem
venceu a morte: Jesus Cristo. A vida cristã é trilhada num
caminho apertado porque precisamos renunciar todos os de-
mais guias, incluindo nossos próprios projetos, para seguir o
único capaz de nos conduzir à vida eterna, Jesus.
O caminho para Deus é estreito porque requer uma de-
cisão total. Eu preciso admitir que do meu jeito não posso
agradar a Deus. Vivendo independente não há como voltar-
se para Deus e ser salvo. Apesar de sabermos que esta é a
nossa realidade, falta-nos a humildade de nos submetermos
E, chamando a multidão, junto com os seus discí-
pulos, disse-lhes: ‘Todo aquele que decide seguir-me,
negue-se a si mesmo, tome a sua cruz, e siga-me.
Porque todo aquele que decidir salvar a sua vida,
perdê-la-á, mas todo aquele que perder a sua vida,
O s d o is c a m in h o s
O caminho da salvação é apertado porque requer autone-
gação total e posicionamento público do lado do Senhor Jesus
Cristo. Não é possível ser Cristão e não assumir esta condição
publicamente. De que adianta viver independente, ganhar o
mundo todo, mas sofrer o prejuízo de uma eternidade sem
Deus, sem salvação?
125
A decisão de seguir ao Senhor Jesus Cristo é pessoal. Ela k
não deve ser tomada ou ignorada com base na opinião ou
pressão dos familiares ou amigos. Não podemos nos descul-
par diante de Deus dizendo que “meu pai não queria que eu A vi d a d e b a ixo d o s o l
tomasse esta decisão” ou algo semelhante. Assim como nin-
guém pode tomar essa decisão por nós, deveríamos não per-
mitir ninguém de nos impedir a tomá-la.
A decisão de seguir a Cristo é pessoal. O caminho é aperta-
do, porque pode resultar em rompimentos não desejados. Ao
decidirmos seguir a Cristo, a sociedade, a família, os amigos,
podem nos abandonar e até nos perseguir, porém, a nossa de-
cisão nos assegurará um caminhar com Deus e o seu povo.
A decisão de entrar pela porta estreita e trilhar no caminho
apertado é a única opção que conduz para a vida de paz inte-
rior aqui na terra e felicidade eterna no porvir. Que caminho
glorioso!
A n a t u re z a
d e Cr is t o e m n ó s
[ a n a t u r e z a p e r fe it a ]
ssim como trouxemos a imagem de Adão, devemos
E, assim como trouxemos a imagem do terreno, de-
vemos trazer também a imagem do celestial.
I Coríntios 15:49
A conversão a Jesus Cristo faz surgir uma nova natureza no
interior do homem renascido. O salvo é herdeiro da natureza
de Cristo. Esta herança espiritual não é genética, mas recebi-
da numa experiência chamada de “nascimento espiritual”, que
acontece na conversão do homem a Jesus, e que continua por
toda a vida terrena, até o dia de sua glorificação, onde corpo,
alma e espírito se tornarão incorruptíveis e imortais à seme-
lhança de Cristo.
A natureza de Cristo, implantada no homem convertido,
enfrenta a oposição da natureza adâmica, que luta para perma-
necer com seu espaço e domínio. Diante disso o cristão deve
A n a t u re z a d e Cris t o e m n ó s
• O Discipulado – A maturidade, o desenvol-
vimento do caráter e o crescimento espiritu-
al do discípulo são atingidos através do dis-
cipulado. Mt 11:29 - O aprender de Cristo
é um imperativo dado pelo próprio Senhor;
o discípulo é um aprendiz e Jesus é o Mestre;
ser discípulo significa aprender sempre, estar
envolvido numa experiência que dura a vida
toda, em convivência com Jesus como Se-
nhor e mestre por excelência. É a obediência
aos mandamentos do Mestre que caracteriza 131
o verdadeiro discípulo. Jo15 :14 - O discí- k
pulo precisa aprender a confiar e obedecer, a
amar e a perdoar, a sofrer e a servir. O disci-
A vi d a d e b a ixo d o s o l
pulado também acontece através dos irmãos
mais velhos, os quais instruem os mais novos
na caminhada cristã.
Im a g e m d e Cr i s t o
Debaixo do Sol, toda a personalidade do discípulo de Jesus
Cristo é tocada pela presença do Espírito Santo e no porvir o
crente fiel será plenamente transformado à imagem e seme-
lhança do Filho de Deus.
Este livro não trata das questões escatológicas, aponta so-
mente para a necessidade de nascermos de Deus e aprender-
Colossenses 1:28
A n a t u re z a d e Cris t o e m n ó s
to são gerados pela ação do Espírito Santo sobre Sua vida. O
cristão precisa do mesmo Espírito que estava em Jesus Cristo
para que sua natureza produza atitudes e hábitos semelhantes
ao de nosso Senhor.
Pela oposição da natureza adâmica não é possível alcan-
çarmos o mesmo nível de perfeição dos atributos de Cris-
to, vivendo debaixo do Sol. Não existe uma transformação
de uma natureza para a outra no momento da conversão. As
duas naturezas estarão presentes no homem interior até o tú-
mulo. Os pensamentos revoltos da velha natureza desafiam
nosso controle com impulsos dominantes que se sobrepõem
133
ao juízo do biblicamente correto. k
A velha natureza, mesmo na vida dos renascidos, continua
atuante até que seja totalmente erradicada na glorificação, por
ocasião da volta de Cristo. Ali não haverá mais Sol... A v id a d e b a i xo d o s o l
A cidade não necessita nem do sol, nem da lua, para
que nela resplandeçam, porém a glória de Deus a
tem alumiado, e o Cordeiro é a sua lâmpada.
Apocalipse 21.23
Mo d u l a ç ã o
Chamamos de Modulação, a capacidade de transitar de
um nível de domínio para outro, pelo exercício da vontade,
sob controle do Espírito Santo.
Se considerarmos, por exemplo, a “irritabilidade” como
134 um ponto negativo de nossa personalidade:
k
• Processada a modulação – verifica-se uma
visível mudança;
A vi d a d e b a ixo d o s o l
A n a t u re z a d e Cris t o e m n ó s
rito Santo, aproxima-se de uma completa transformação.
Enquanto não chega o dia de nossa glorificação contamos
com a preciosa ajuda do Espírito Santo na direção de nossas
vidas. O fruto do Espírito – amor, alegria, paz, longanimida-
de, benignidade, bondade, fidelidade, mansidão e domínio
próprio – representa aquilo que Deus deseja de melhor para
cada um de seus filhos. O fruto do Espírito é a providên-
cia divina para a completa satisfação do homem interior. Gl
5:22-23.Essas nove forças motivacionais são capazes de mo-
dular qualquer área de nossa personalidade, suprir qualquer
necessidade afetiva e corrigir os mais diversos desequilíbrios 135
emocionais na natureza humana. k
Não importam quais sejam as falhas de uma pessoa, o Es-
pírito Santo presta auxílio na modulação de todas as defici-
A vi d a d e b a ixo d o s o l
ências e pontos fracos de um indivíduo, desde que ele queira
viver sob o domínio da natureza de Cristo.
A reengenharia da alma, processada pelo Espírito de Deus,
em conseqüência da submissão do homem a Cristo, não des-
trói sua individualidade, mas dar ao intelecto uma consciên-
cia maior dos perigos de suas fraquezas particulares, fortalece
o ânimo para prevalecer sobre o pecado e motiva o sentimen-
to de amor a Cristo, resultando numa modelagem do cristão
à semelhança da natureza de Jesus.
A reengenharia da alma não destrói a liberdade humana.
Quando nos santificamos, nossa vontade passa a ter atribu-
tos da natureza de Cristo e como resultado temos uma nova
136
k
A vi d a d e b a ixo d o s o l
A r e e n ge n h a ria
d a a lm a
[Mo d u l a n d o a s t e n d ê n cia s ]
Média Dificuldade
Pessimismo - Depressão
Temperamento Explosivo
Grande Dificuldade
Egoísmo
Exibicionismo - Obsessividade
Frieza Afetiva - Comportamento anti-social
A re e n ge n h a ria d a a lm a
A re e n ge n h a ria d a a lm a
interior.
Em termos espirituais, o renascido é salvo e tem seu nome
escrito no Livro da Vida Eterna, mas o que acontece com sua
alma? Como o renascido consegue viver debaixo do Sol, car-
regando ainda a natureza de Adão, com sua inquietante busca
de felicidade?
Nossas vivências confirmam ou modulam as tendências de
nossa natureza. Para se viver debaixo do Sol, não basta a exis-
tência de uma boa natureza implantada no homem interior.
141
Necessário se faz que a mesma processe diariamente pensa- k
mentos, sentimentos e vontades de excelentes parâmetros de
qualidade. Só a Palavra de Deus possui o padrão de qualidade
capaz de reeducar o novo homem na mente de Cristo. É aqui A vi d a d e b a ixo d o s o l
que entra o esforço humano.
Porque, quem conheceu a mente do Senhor, para
que possa instruí-lo? Mas nós temos a mente de
Cristo.
I Coríntios 2:16
Pensai nas coisas que são de cima, e não nas que são
da terra.
Colossenses 3:2
142
Para que, no tempo que vos resta na carne, não
k vivais mais segundo as concupiscências dos homens,
mas segundo a vontade de Deus.
I Pedro 4:2
A v id a d e b a i xo d o s o l
Infelizmente a velha natureza (adâmica) nos acompanhará
até o túmulo. A alma necessita de ordem, amor e paz, mas a
perfeição desse estado, debaixo do Sol, é uma utopia. A con-
quista tem que ser progressiva, a partir de nossa conversão a
Cristo e nunca será total antes da glorificação. Até o retorno
de Cristo devemos falar de conversão, modulação e reengen-
haria da alma segundo os princípios de Deus.
A reengenharia da alma começa com o despojamento do
velho sistema intrínseco à natureza corrompida. Nossa mente
pode ser renovada, ou seja, os nossos pensamentos, sentimen-
tos e vontades, podem e devem ser mudados.
A re e n ge n h a ria d a a lm a
com frutos plenamente satisfatórios. A reengenharia da alma
começa na conversão a Cristo e continua de forma processual
à medida que acontece o despojamento dos velhos hábitos e o
revestimento dos novos, nos padrões de Deus.
O homem precisa renovar sua mente na Palavra de Deus;
aprender a pensar, sentir e decidir segundo Cristo. A natureza
pecaminosa resiste a essa mudança e insiste numa aprendiza-
gem de conceitos e valores sem Deus.
143
k
A v id a d e b a i xo d o s o l
Um a vid a n o v a
Ci d a d ã o d o Re i n o d e D e u s
Quando recebemos a Jesus como Senhor, somos também
recebidos por Deus como filhos. Esse é o grande amor de
Deus: Ele nos faz seus filhos – João 1:12,13; I João 3:1.
seu pai.
• Toda a sua vida deve ser apresentada a Deus.
Viva em intimidade como Ele pela oração e
pela confiança que Ele lhe recebe e lhe ouve
com muito amor. Chame-o de Pai Celestial.
Você pode ter certeza que Ele lhe ama e cui-
da de você como um pai perfeito que nunca
lhe abandona.
• Um filho é herdeiro de tudo de seu pai.
• Juntamente com Jesus, somos herdeiros de
Deus. Tudo que Jesus conquistou e recebeu
do Pai Celestial também pertence a nós. Por
Um a vid a n o va
em que creu em Jesus Cristo como seu Salvador e Senhor.
Su a No va Ma n e i r a d e Vi ve r
Quando estávamos sem Jesus vivíamos de acordo com a
natureza do pecado. Também vivíamos da nossa própria ca-
pacidade e força. A nossa confiança estava em nós mesmos. 149
Quando pensávamos em Deus sempre achávamos que era ne- k
cessário fazer alguma coisa para que Ele ficasse a nosso favor.
Enfim, tudo dependia de nós ou do destino. Na verdade es-
A vi d a d e b a ixo d o s o l
távamos perdidos.
Agora, que conhecemos a Jesus, não vivemos mais pela nossa
capacidade e força pessoal. Também não vivemos mais levados
pelo destino e nem vivemos mais de fazer a vontade da carne.
Como cidadãos do Reino de Deis, vivemos a nova vida
por meio da fé - Romanos 1:17. Nessa nova modalidade de
vida, pela fé, o que vale é o que Deus diz em Sua Palavra. Isso
significa duas coisas:
Viver pela fé é Obedecer a tudo que o Senhor fala na Sua
Palavra.
Aquele que crê em Jesus como Senhor vive em obediência.
Crer, no sentido bíblico, significa obedecer a Deus, praticar
Vid a co m
p ro p ó s it o
Vid a c o m p ro p ó s it o
latim, vocare, que quer dizer “chamado”. Este chamamento é
geralmente entendido como ligação profissional do indivíduo
com uma tendência de vida, a ponto de suas ações e escolhas
serem vistas como resultados de algo predeterminado. Acon-
tece que vocação é muito mais do que uma profissão bem
sucedida ou adequação psicológica ao trabalho.
A vocação é um chamado que vem de Deus para o coração
do homem. Ao atender esse chamado, percebe-se que há uma 155
harmonia entre o sentir, o querer, o conhecer e o fazer. k
Nós cristãos, somos tanto Homo-Psíquicos como Homo-
Pneumáticos. De Adão herdamos uma vocação anímica e de
A vi d a d e b a ixo d o s o l
Cristo, uma vocação ministerial, em processo de descoberta,
aprendizado e crescimento.
Vocação Natural
A vocação natural é aquela em que a pessoa se sente re-
alizada em alguma atividade secular. No sentido comum o
homem pode ter a vocação natural para ser um advogado,
médico, professor, comerciante, etc. A vocação natural está
relacionada com o nosso perfil psicológico e existencial. Ela
permite a combinação entre tendência e aptidão. O vocacio-
nado trabalha em algo que atende aos desejos e aspirações
pessoais.
Vid a c o m p ro p ó s it o
O se r humano nasce u p ara re alizar
a sua vocação
O que impede nossa vida de fluir? Quando fluímos nos
sentimos motivados, superamos obstáculos e percebemos
nosso progresso. Quando fluímos a vida passa a ter um sen-
tido maior e o nosso ministério é visto como algo prazeroso
e frutífero, apesar das lutas e dificuldades comuns a todos os
homens que querem vencer. 157
k
Mas, nem sempre é assim. O que impede sua vida de fluir
na correnteza da realização? Você pode simplesmente estar pe-
gando a onda errada. Por um motivo qualquer, diante de tanta A vi d a d e b a ixo d o s o l
pressão num mundo freneticamente em processo de mudan-
ça, na sua busca pelo sucesso, você não parou para questionar
qual é a sua onda.Para fluir na vida não basta ter competência
e um propósito, é preciso saber discernir o movimento que
tem a ver com a nossa vocação e seguir com ele, equilibrando-
se e adaptando-se aos movimentos da correnteza.
Lamentavelmente muitos cristãos piedosos estão surfando
na onda errada. Investem anos de vida e depois percebem que
não fluíram porque estavam na onda errada. Entrar por um
caminho que não seja o da nossa vocação ministerial não leva
ninguém à realização, mas à decepção, sentimento de fracasso
e sofrimento.
Se g u i r a v o c a çã o é v i v e n cia r
o p ró p rio d e s t in o
Qualquer pessoa tem uma tendência natural a um destino.
158 A vocação é um chamado íntimo que inclina o indivíduo a
k
um destino.
Discernir a vocação é fundamental, mas não suficiente; é
preciso atender ao chamado e avançar no caminho proposto.
A vi d a d e b a ixo d o s o l
Vid a c o m p ro p ó s it o
Ao dar ouvidos ao Diabo, o primeiro casal desobedeceu a
Palavra de Deus, caiu em pecado, abandonou sua vocação e
perdeu seu estado de glória. O simples desviar-se do caminho
da vocação traz prejuízos enormes para o homem e algumas
dessas perdas são irreversíveis, por isso a vocação deve ocupar
uma parte muito importante de nossa vida.
Todo ser humano precisa conhecer a sua vocação, de modo
que a partir daí seja possível fazer esforços convergentes na di- 159
reção de seu chamado. O maior valor desse conhecimento é k
que ele permite uma melhor e mais firme objetivação dos seus
esforços pessoais, sociais, profissionais e espirituais.
A vi d a d e b a ixo d o s o l
Sabendo qual é sua vocação, você se torna capaz de fazer
o máximo do que depende exclusivamente de você para que
sua vida esteja no centro da vontade de Deus, tenha sentido
e dê certo.
Naturalmente falando, é possível notar que, com ou sem
dinheiro, com ou sem saúde, as pessoas são contentes ou des-
contentes. As contentes são as que, de alguma maneira, con-
seguiram permanecer fiéis às próprias vocações; as infelizes, as
que seguiram por outro caminho.
Um a m is s ã o
d e vid a
O
Deus:
levar a presença de Deus para as outras pessoas!
Todo ser humano tem um duplo chamado de
de Jesus Cristo.
A segunda parte de nossa vocação relaciona-se com a nossa
missão, o que fazemos na qualidade de discípulos. Somos cha-
mados para fazer novos discípulos. Através do nosso testemu-
nho conseguimos atrair pessoas para Cristo. Quem é discípulo
de Jesus Cristo é vocacionado para servir no Reino de Deus
como testemunha fiel, a fim de que o mundo conheça Jesus e
164
seja salvo por Ele. A recompensa maior ao atendermos a esse
k segundo chamado de Deus chama-se galardão. No mundo vin-
douro os que trabalharam para Cristo (fazedores de discípulos)
serão recompensados pelo esforço e dedicação. Todo trabalha-
A vi d a d e b a ixo d o s o l
Um a m is s ã o d e vid a
Como, pois, invocarão aquele em quem não cre-
ram? E como crerão naquele de quem não ouviram?
E como ouvirão, se não há quem pregue. E como
pregarão se não forem enviados? Como está escrito:
Quão formosos são os pés dos que anunciam a paz,
dos que anunciam coisas boas!
165
Romanos 10.14-15. k
Se você é um discípulo de Jesus Cristo, saiba que os seus A vi d a d e b a ixo d o s o l
pés anunciam a paz, e onde eles estiverem será o lugar de tes-
temunhar de Cristo.
Quando o homem atende ao chamado de Deus para ser
um discípulo e para fazer discípulos de Cristo, perceberá que
sua vida passou a ter um propósito.
Te s t e m u n h a n d o
A expressão testemunha é usada comumente para aquela
pessoa que viu ou ouviu algo, sendo chamada para manifestar
ou revelar sobre o que testemunhou. No Novo Testamento,
a palavra testemunha é a tradução do termo grego martyria,
que significa aquele que faz ou diz o testemunho.
Os homens destituídos do conhecimento de Deus estão pri-
vados da verdadeira vida, sobrando-lhes apenas uma subvida que
culminará numa condenação eterna. Deus, por meio de Cristo,
desceu até aos homens para salvá-los e elevá-los à condição de
filhos e não apenas a uma condição de criaturas conhecedoras
de Deus. Você já parou para pensar no que isto significa?
Re l a c i o n a m e n t o
O conhecimento de Deus vem de um relacionamento que
se experimenta. Conhecer a Deus é conhecê-lo como um
Um a m is s ã o d e vid a
enviou o seu Filho ao mundo para que o mundo fosse salvo
por ele. João 3.17. O evangelho de João trata do alcance do
evangelho, usando várias vezes o termo mundo e deixando
claro que os discípulos são as testemunhas dos propósitos de
Deus para toda a sua criação caída. João também registra a
oração de Jesus: Como tu me enviaste ao mundo, eu os envio
também ao mundo. João 17.18. Esta passagem mostra que a
missão de Jesus deve ser continuada pelas suas testemunhas. 167
Ser testemunha de Cristo não significa ser um evangelista. k
Deus chamou de forma diferenciada milhões de pessoas di-
ferentes, capacitando-as também de forma diferenciada com
A vi d a d e b a ixo d o s o l
dons. Todo cristão deve evitar cometer o erro da projeção de
dons, ou seja, esperar que o outro que não tem determinado
dom comporte-se como se o tivesse. Nem todos são evange-
listas, nem todos são profetas. Cada cristão deve somar esfor-
ços no cumprimento da evangelização mundial, contribuindo
com o dom que recebeu para a salvação das pessoas.
Todo cristão deve servir no Reino, como testemunha de
Jesus Cristo, exatamente no lugar que o Senhor designou para
que estivesse ali. Os dons apontam para o nosso ministério;
são sinalizadores do tipo de trabalho e missão que temos que
fazer.
Te s t e m u n h a s P o d e r o s a s
As últimas palavras de Jesus antes de sua ascensão junto
ao Pai foram: “... mas recebereis poder, ao descer sobre vós o
Espírito Santo, e sereis minhas testemunhas tanto em Jeru-
salém como em toda a Judéia e Samaria e até aos confins da
terra. Atos 1.7-8.
Os discípulos foram credenciados como testemunhas de
Cristo. Esse testemunho se dá sob o governo do Espírito Santo.
Um a m is s ã o d e vid a
que o Senhor tinha sobre si quando curava os enfermos e
expulsava os demônios. Este potencial vem sobre o discípulo
com o revestimento de poder do Espírito Santo e continua
com a manifestação dos dons espirituais.
O discípulo é ungido pelo Espírito Santo para curar os
enfermos, dar vista aos cegos e pôr em liberdade os cativos.
Aquele que segue a Cristo busca o poder do Espírito para ser
capacitado no serviço cristão, fazendo o uso adequado dos
169
dons espirituais em sua vida, testemunhando fielmente sobre k
Jesus. Deseja sempre mais de Deus, não para guardar, mas
para abençoar outros. Sai para consolar os quebrantados e sal-
var os perdidos, conquistando vidas e conduzindo-as a um A vi d a d e b a ixo d o s o l
discipulado autêntico.
Somos ungidos com diversas capacitações espirituais para
cumprirmos fielmente nossa vocação de fazer discípulos entre
todos os povos. Cada lugar tem desafios peculiares. Somente
o poder do Espírito Santo confere a capacitação de resposta
correta aos mais variados desafios, levando às pessoas o co-
nhecimento de Cristo, nos diversos segmentos da vida.
Todo discípulo sabe que a unção se renova pelo uso, pelo
movimento de dar e receber, receber e dar. Quando recebe-
mos o óleo fresco da unção e o repassamos ao próximo, pelo
fiel testemunho de Cristo, Deus continua derramando um
novo fluir do Espírito sobre nossa vida e ministério.
Co n c l u s ã o
Debaixo do Sol, no mundo natural, vivemos pela busca
existencial herdada de Adão. Debaixo do Sol, mas no Reino
de Deus, vivemos pelo crer e obedecer a tudo que o Senhor
diz na Bíblia, Sua Palavra. Somos guiados pelo Espírito de
Um a m is s ã o d e vid a
Benne Den
Notas:
1
Introdução ao Aconselhamento Bíblico – John E. Mac Arthur – Hagnos
1 ª ed. - 2004 - Pág 260
Bíblias
Bíblia 98 – Freeware
Livros
A v id a d e b a i xo d o s o l