E-Book - Psicoterapia Na Adolescência 1 Edição

Fazer download em pdf ou txt
Fazer download em pdf ou txt
Você está na página 1de 17

e-book

Psicoterapia na
Adolescência

Mirella Nobre - CRP 15/4467


Olá, sou Mirella Nobre, psicóloga e mestra em
psicologia, tenho formação em Terapia Cognitivo
Comportamental e estou me especializando nesta
mesma abordagem com crianças e adolescentes.

É com muita satisfação que compartilho este e-


book com vocês. Com ele tenho o intuito de
contribuir para a prática clínica com
adolescentes e auxiliar quanto a melhorias nos
atendimentos que visam a regulação emocional
dos nossos jovens.

Sejam todos muito bem-vindos!

October 16th
2:00-6:00pm
MIRELLA Main Building
Marketing
RODRIGUES
Management
NOBRE
ENTREVISTA INICIAL:
1 PAIS E ADOLESCENTES

É comum surgir a dúvida quanto ao


primeiro atendimento no processo
atendo primeiro terapêutico do adolescente. Preciso
começar afirmando para vocês que
os pais ou o
não existe uma regra para dizer a
adolescente?
ordem dos atendimentos, se
primeiro recebemos no consultório
os pais ou os jovens. Vou então
apresentar como eu costumo fazer
na minha prática e está trazendo um
bom resultado.

Atualmente com os jovens menores de 18 anos inicio o processo


terapêutico realizando o primeiro atendimento com os pais, em caso de
pais separados atendo um por vez (são duas sessões). Penso que
precisamos nos certificar de que os responsáveis pelos jovens menores
de idade estejam cientes da presença deles na psicoterapia.

Quando maiores de 18 anos, faço a primeira sessão com o próprio


adolescente e o aviso da necessidade de chamar os pais para uma
sessão. Fazemos combinados sobre as demandas que posso conversar
com os pais ou responsáveis e sobre os assuntos que o adolescente
gostaria que não fosse passado. Nesse momento é importante deixar
claro a questão do sigilo (será apresentada no Termo de Compromisso
Terapêutico), porém apontar para o nosso direito de quebra de sigilo
em situações nas quais a vida do paciente está em risco, como ideação
suicida e automutilação, por exemplo.
ENTREVISTA INICIAL:
1 PAIS E ADOLESCENTES

Sessão inicial com pais e/ou responsáveis:


Exame clínico e psicológico (anamnese);
Colaboração de familiares e escola;
Disponibilidade para ir a algumas sessões;
Termo de compromisso terapêutico e ficha de frequência;
Solicitar feedback e expectativas.

Sessão inicial com o adolescente:


Exame clínico e psicológico (anamnese);
Participação ativa na psicoterapia;
Termo de compromisso terapêutico e ficha de frequência;
Solicitar feedback e expectativas:
O que você vivenciou hoje aqui que é importante para você lembrar?
Quanto você sentiu que poderia confiar no seu terapeuta?
Houve qualquer coisa que incomodou você durante a terapia hoje?
Quão propenso você está em contribuir com o processo?
VISITA ESCOLAR
2
Antes de realizar a visita escolar, é importante lembrarmos que o
adolescente e os pais/responsáveis precisam ficar cientes dessa visita,
o que será passado para a escola e devemos questioná-los se há algo
que eles gostariam que não fosse mencionado, devemos então manter o
sigilo profissional nesses casos.

Esta visita, geralmente, é marcada através de ligação para a escola,


pergunto se há a presença de um psicólogo(a) escolar e marco um
horário com este profissional. Em caso de não haver, podemos marcar
um horário com a coordenação pedagógica específica do ensino
fundamental ou ensino médio, a depender do ano escolar do paciente.

Questionamentos que podem ser realizados:

O adolescente encontra-se no estágio


pedagógico esperado para o ano escolar?
Como a escola percebe o desenvolvimento
cognitivo do paciente?
Como a escola avalia as notas do paciente?
Há comportamentos do paciente que
chamem a atenção de professores, do
profissional de psicologia escolar ou dos
próprios alunos?
Como o paciente é visto pelos colegas e pelos
professores?
Como é a interação do paciente com os
outros alunos? É possível afirmar se ele está
inserido em algum grupo específico, se
interage de forma generalizada ou fica
mais isolado?

Por fim, é válido avaliar nesse momento da


visita escolar se a demanda levada pelos pais
e/ou pelo adolescente para o processo
terapêutico também é apresentada ou
percebida pela escola.
QUANDO O ADOLESCENTE NÃO
3 INTERAGE NA SESSÃO

Essa deve ser uma das maiores dúvidas e um dos maiores receios
dos psicólogos, quando o paciente é monossilábico nas respostas e
não consegue interagir durante a sessão.

Mas vamos lá, todos nós estamos sujeitos a receber o paciente que
está indo por obrigação para a psicoterapia e não está conseguindo
perceber nenhuma demanda para levar ao consultório. Nesse
momento eu coloco para vocês quatro sugestões:

Após o consentimento dos pais ou responsável que levou o


paciente para a psicoterapia, esclarecer para o jovem o que foi
colocado como problema e questioná-lo sobre a situação (“Você
concorda ou discorda? Por quê?”);

Usar recursos terapêuticos para iniciar a interação pode ser


essencial nesse momento, apesar de muitos adolescentes,
principalmente os mais velhos, pensarem que não estão alí para
“brincar” ou “jogar”, alguns recursos com questionamentos
diretos nos auxiliam nesse momento e promovem a interação.
Uma dica que eu dou é sempre participar junto com o jovem, por
exemplo, se você irá usar um jogo de cartas com perguntas,
experimente responder uma e ele outra (avalie as situações da
sua vida que podem ser expostas sem que a aliança terapêutica
seja prejudicada);
QUANDO O ADOLESCENTE NÃO
3 INTERAGE NA SESSÃO

Busque interagir com o adolescente questionando-o sobre séries,


filmes, músicas, livros e jogos que são interessantes pra eles. É
importante estarmos atentos às programações preferidas dos
nossos pacientes, assistir a uma série ou a um filme que eles
estão vendo pode melhorar a interação durante a sessão;

Ao perceber que, realmente, o adolescente não está interessado


no processo, não percebe nenhuma demanda e está indo para o
consultório por obrigação, eu sugiro que não haja mais
insistência. Nesse momento o terapeuta em conjunto com os pais
pode optar pela orientação de pais e as sessões passam a ser
realizadas apenas com os eles.

#TQR
minha
terapeuta

BE
HAPPY
4 RECURSOS TERAPÊUTICOS

Primeiras sessões:
4 RECURSOS TERAPÊUTICOS

Emoções:

Ansiedade:
4 RECURSOS TERAPÊUTICOS

Crenças e Distorções Cognitivas:

TDAH e TOC:
4 RECURSOS TERAPÊUTICOS

Livros para ler com os adolescentes:


5 MANEJO DE IDEAÇÃO SUICIDA E
AUTOMUTILAÇÃO
Antes de começarmos a falar sobre este tópico, quero esclarecer
que aqui neste e-book venho falando apenas da nossa prática
clínica, por tanto, quanto ao estudo teórico eu espero que vocês
possam procurar artigos científicos e livros que tratem da sua
abordagem teórica, certo?

Deixo aqui uma dica de livro para quem se interessar pela Terapia
Cognitivo Comportamental:

Atualmente receber pacientes com ideação suicida e com a queixa


de automutilação não é algo incomum nos consultórios de
psiclogia, começo afirmando que diante destas duas queixas é
essencial a presença de um responsável pelo paciente.

Sugiro que você não permita que o adolescente saia de seu


consultório sem que esteja acompanhado por algum responsável
ciente da situação.

A seguir, apresentarei um breve protocolo de intervenção que pode


ser utilizado em casos de ideação suicida.
5 MANEJO DE IDEAÇÃO SUICIDA E
AUTOMUTILAÇÃO

Fase inicial :

1. Obter o consentimento informado;


2. Engajar o paciente ativamente em tratamento;
3. Avaliar o risco de suicídio:
- Fatores de risco (características que criam vulnerabilidades
para o engajamento em atos suicidas);
- Fatores de proteção (características que reduzem a
probabilidade do engajamento em atos suicidas);
4. Plano de segurança;
5. Acolhimento e senso de esperança;
6. Desenvolver um plano de tratamento.

Fase intermediária:

1. Segunda avaliação do risco de suicídio (fatores de risco e


proteção), avaliar o uso de álcool e drogas, avaliar a aceitação e o
engajamento do paciente no tratamento e revisar, se necessário,
modificar o plano de segurança;
2. Estratégias comportamentais: aumento das atividades
prazerosas, qualidade das relações interpessoais;
3. Promover alívio físico (relaxamento e respiração), alívio
cognitivo (distração e imaginação positiva) e alívio sensorial
(atividades para ativar os sentidos);
4. Estratégias cognitivas: modificação das crenças centrais, lista
de razões para viver, cartão de enfretamento, aprimorar as
habilidades de resolução de problemas;
5. Reduzir a impulsividade.
5 MANEJO DE IDEAÇÃO SUICIDA E
AUTOMUTILAÇÃO
Fase avançada:

1. Revisão e consolidação das habilidades;


2. Prevenção de recaída;
3. Planejar tratamentos adicionais (continuação do tratamento,
encaminhamento e término do tratamento).

Agora vamos falar sobre alguns aspectos práticos do tratamento


de pacientes adolescentes com a queixa de automutilação. É
importante lembrar que na entrevista inicial com o jovem deve ser
perguntado sobre algum tipo de comportamento que venha a pôr
em risco a vida dele, como por exemplo a automutilação. Pode
acontecer do jovem não relatar este comportamento se nós,
terapeutas, não perguntarmos.

Apresento a vocês o que precisa ser feito diante de um adolescente


que está se mutilando:

Demonstrar tranquilidade e compreensão;


Deixar claro que, apesar de não concordar com o
comportamento, você se importa com ele e quer ajudá-lo;
Compreender que esta foi a estratégia que o paciente encontrou
para lidar com a dor emocional;
Explicar o que é automutilação com uma linguagem acessível
para o adolescente;
Não julgar o comportamento, mas sim demonstrar respeito e
preocupação;
Ouvir o adolescente com atenção.
5 MANEJO DE IDEAÇÃO SUICIDA E
AUTOMUTILAÇÃO

O que NÃO fazer diante de um adolescente que está se mutilando:

Reagir de forma exagerada, isto pode inibir o adolescente e


afastá-lo do tratamento;
Responder com repulsa ou espanto;
Mostrar interesse pelo comportamento de forma excessiva;
Falar sobre automutilação em público, expondo o adolescente;
Fazer muitos questionamentos sobre o comportamento,
podendo fazê-lo reviver o episódio de automutilação;
Prometer que não irá falar sobre este fato com ninguém, é
essencial que o responsável pelo jovem esteja ciente da
situação.

Atitudes que podem ser sugeridas pelo terapeuta para o paciente


adolescente que se mutila ajudar a si mesmo:

Escrever na própria pele com piloto de quadro branco, podem


ser rabiscos no momento da emoção desagradável ou textos
mais elaborados sobre o que está sentindo;
Passar uma borracha onde costuma se machucar;
Segurar uma pedra de gelo ou passá-la onde costuma se
machucar;
Riscar, amassar ou rasgar uma folha de papel em branco.
MINICURSO ONLINE
Psicoterapia na
adolescência
Para estudantes e profissionais de psicologia

SORTEIO Parceria:
@cantinhodopsicologo
MINICURSO ONLINE
Psicoterapia na
adolescência

Obrigada!
(82) 99931-3920
@psico.mirellanobre
[email protected]

Você também pode gostar