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O cuidado de enfermagem

direcionado ao neonato e à
criança com problemas
respiratórios:
Oxigenoterapia
Profª Emanuella Silva Joventino
Profª Leidiane Minervina 1
Adaptação à vida
Extra-Uterina
◼ Alteração fisiológica mais importante:
- Transição da circulação fetal ou placentária para
uma respiração independente.

2
Fisiologia Respiratória

3
1/3 do líquido
pulmonar:
expelido no
momento do
parto;

2/3: circulação
pulmonar e o
sistema
linfático
absorvem

4
TRANSIÇÃO
CÁRDIO-RESPIRATÓRIA
A
R A
A
R R

Feto

∙ Eliminação do
líquido pulmonar
∙ Vasodilatação
pulmonar RN 5
O processo de maturação anatômica e funcional
dos pulmões requer alguns aspectos para a função
respiratória normal:
- pelo menos, 35 semanas de gestação;
- o desenvolvimento funcional do pulmão fetal e
- a produção de surfactante são necessários para a
função respiratória normal.

6
MATURIDADE BIOQUÍMICA
⚫Depende do SURFACTANTE: Substância
sintetizada pelos pneumócitos tipoII, presentes
desde a 20-24sg, somente sintetizado e reciclado
ao redor de 34 a 35sg.
⚫O surfactante atua diminuindo a tensão
superficial ar-água nos alvéolos, prevenindo o
colapso alveolar
⚫Torna os alvéolos “secos”
⚫Constituído de fosfolípedes, gordura neutra,
colesterol e proteína
7
8
9
Considerações iniciais...

Dentro dos primeiros


No útero, o pulmão do minutos de vida, o
feto está cheio de líquido é absorvido ou
líquido. expelido, fazendo o
pulmão inflar com ar.

A maturação
O surfactante é
pulmonar se dá no
funcional no final da
mínimo com 35
gestação.
semanas gestacionais.
10
Considerações iniciais...
Recém-nascidos Ao nascer
(RN) apresenta
O RN apresenta
prematuros número de
respiração nasal
carecem de bronquíolos e
e vias estreitas.
agente alvéolos
tensoativo. incompletos.

Em recém-nascidos e
Tem menos
crianças com menos de 6
cartilagem e
ou 7 anos as ventilações
tecido na
são principalmente
traqueia e
diafragmáticas ou
brônquios.
abdominais 11
Considerações iniciais

Recém-nascidos e
Na infância a
crianças de pouca
bifurcação da traqueia
idade tendem a
situa-se ao nível da 3ª.
estenosar (edema e
vértebra torácica.
secreções)

A respiração é menos
O volume de ar
rítmica em recém-
inspirado aumenta
nascidos que na
com a idade.
criança de maior idade

12
Oxigenoterapia

Consiste na
administração de O oxigênio é um gás
oxigênio em uma transparente, incolor,
concentração de insípido, inodoro,
pressão superior à comburente,
encontrada na discretamente mais
atmosfera ambiental pesado do que o ar
para corrigir e/ou atmosférico,
atenuar uma encontrado em torno
deficiência de de 21%. Frio, seco e
oxigênio ou hipóxia. vasoconstrictor.

13
Oxigenoterapia
◼ Indicação: ▪ Hipotensão;
▪ Hipoxemia; ▪ Taquicardia, palidez
▪ Cianose; e má perfusão;
▪ Apneia prolongada; ▪ Taquipneia;
▪ Batimento de asa ▪ Bradipneia;
de nariz; ▪ Tiragem intercostal
▪ Aumento de esforço e/ou subcostal;
respiratório; ▪ Retração esternal;
▪ Respiração tipo ▪ Gemência.
“gasping”;
14
15
Dispensação do oxigênio

◼ Cilindro;
◼ Sistema de tubulação;

◼ Fluxômetro e regulador de
pressão para liberação.

16
Oxigenoterapia
◼ O oxigênio pode causar efeitos
secundários:
▪ Pode afetar a síntese de surfactante;
▪ Pode causar barotrauma;
▪ O oxigênio pode ser tóxico para a
retina imatura dos prematuros
(especialmente os que tem menos de
33 semanas);

◼ Cuidado com a umidade e


temperatura do O2.
17
Intoxicação por O2
◼ Resseca a mucosa do sistema respiratório;
◼ A exposição prolongada a altas pressões de
O2 pode ser lesiva para alguns tecidos e
funções corporais;
◼ Os órgãos mais vulneráveis aos efeitos
adversos da oxigenação excessiva é a RETINA
do PMT e os PULMÕES em qualquer idade;
Os efeitos tóxicos do oxigênio
sobre os vasos da retina podem ter
consequências no estágio de
desenvolvimento desses vasos.

18
Intoxicação por O2

◼ Como resultado do processo do metabolismo do


oxigênio produzem-se radicais livres com grande
capacidade para reacionar quimicamente com o
tecido pulmonar. Estes radicais são tóxicos para
as células da árvore traqueobronquial, assim
como também o alvéolo pulmonar;
◼ Com altas concentrações de O2 ocorre
destruição oxidativa do tecido pulmonar;
◼ Edema, atelectasia, hemorragia intraalveolar e
diminuição da substância tensoativa do pulmão.
19
Intoxicação por O2
◼ Hiperventilação induzida;
◼ Atelectasia- colapso de parte ou de todo o pulmão;
o pulmão “murcha”numa parte ou na sua totalidade
por um bloqueio na passagem de ar pelos brônquios
de maior ou menor calibre (brôquio ou bronquíolo);
◼ Dispneia, agitação;
◼ Fadiga, indisposição;
◼ Retinopatia da prematuridade;
◼ Displasia broncopulmonar.

20
Oxigenoterapia
◼ Monitorização da SatO2.
▪ Saturação de O2 : quantidade de O2
na Hb.
▪ RN com IG < 33s - 85 a 90%.
▪ RN com IG de 33 a 37s - 90 a 94%.
▪ RN com IG >37s- 94 a 97%.

◼ Oximetria de pulso;
◼ Monitorização transcutânea.

21
Sat O2
◼ OXIMETRIA DE PULSO
▪ Simples, contínuo, não invasivo;
▪ Saturação de O2: orienta a
terapia;
▪ Sensor: diodo emissor de luz e
fotodetector;
▪ Local: redor do pé e mão;
▪ Fluxo sanguíneo pulsátil: fator
fisiológico;
▪ Movimento interfere na
sensibilidade.

22
Oxigenoterapia
◼ Tecnologias:
▪ Cateter nasal;
▪ Cânula nasal
▪ Oxi-hood;
▪ Máscara simples e de Venturi;
▪ CPAP;
▪ ECMO;
▪ Ventilação mecânica.
◼ Nebulização;
◼ Terapia com óxido nítrico;
◼ Terapia com surfactante;
◼ Aspiração de vias aéreas;
◼ Gasometria.
23
24
Oxigenoterapia
◼ Assistência de enfermagem:

▪ Explicar o procedimento;
▪ Deixar que explore o material;
▪ Manter VAS por aspiração, S/N;
▪ Proporcionar uma fonte de umidificação;
▪ Verificar as concentrações de O2;
▪ Observar a resposta da criança ao oxigênio;
▪ Organizar os cuidados de enfermagem de modo que a
interrupção da terapia seja mínima;
▪ Verificar todo o equipamento a cada plantão ou
conforme CCIH (limpeza; desinfecção e troca);
25
Oxigênio inalatório

26
Cateter nasal

◼ O O2 é administrado
diretamente na cavidade
nasal.
◼ É empregado quando o
paciente requer uma
concentração média ou baixa
de O2.
◼ Fácil aplicação, mas nem
sempre é bem tolerada
principalmente por crianças.
◼ 2 a 5 litros-minuto.
◼ FiO2 < 41%.
27
Cateter nasal
◼ Vantagens:
▪ Método econômico e que utiliza
dispositivos simples;
▪ Facilidade de aplicação.
◼ Desvantagens:
▪ Nem sempre é bem tolerado em função
do desconforto produzido;
▪ A respiração bucal diminui a fração
inspirada de O2;
▪ Irritabilidade tecidual da nasofaringe;
▪ Facilidade no deslocamento do cateter;
▪ Não permite nebulização;
▪ Necessidade de revezamento das narinas
a cada 8 horas.
28
Cânula nasal
◼ Baixo fluxo;
◼ Normalmente, em
neonatos o fluxo do
oxigênio não deve
ultrapassar 1 ℓ/min.
◼ Acima de 6l-min produzem
irritação e não melhoram a
oxigenação;
◼ Garante FiO2 de até 45%.

29
Cânula nasal
◼ Vantagens:
▪ Relativamente simples –
dispositivos simples;
▪ Facilidade de aplicação;
▪ Convivência - pode comer,
falar, sem obstáculos;
▪ Facilidade de manter em
posição.

30
Cânula nasal
◼ Desvantagens:

▪ Não pode ser usada por


pacientes com problemas
nos condutos nasais;
▪ Concentração de O2
inspirada desconhecida;
▪ De pouca aceitação por
crianças pequenas;
▪ Não permite nebulização.

31
Material necessário para cateter ou
cânula nasal

◼ Fluxômetro para oxigênio;


◼ Mangueira para oxigênio;
◼ Micropore;
◼ Conexão para umidificação.

32
Instalação de cateter ou cânula nasal
◼ Lavar as mãos;
◼ Reunir todo o equipamento;
◼ Selecionar tamanho da cânula;
◼ Preparar a criança para o procedimento;
◼ Conectar o fluxômetro ao O2;
◼ Conectar o umidificador e encher com H2O
destilada estéril;
◼ Conectar uma extremidade do látex na porção
indicada do umidificador;
◼ Conectar a outra extremidade do látex à
cânula;
◼ Acionar o fluxômetro na quantidade prescrita;
◼ Verificar se o O2 está fluindo; 33
Instalação de cateter ou cânula nasal
◼ Colocar as pontas nasais dentro do meato
externo das narinas;
◼ Passar a conexão da cabeça ao redor das
orelhas e ajustá-la sob o queixo ou passá-la ao
redor e atrás da cabeça;
◼ Instruir a criança a respirar pelo nariz;
◼ Instalar oxímetro;
◼ Manter constante monitorização da
concentração de O2, através do oxímetro;
◼ Organizar o material e descartar o que for
necessário;
◼ Realizar higienização das mãos;
◼ Registrar o procedimento. 34
35
36
37
Oxi-hood
◼ Também chamado de
capacete ou halo.
◼ Oxigênio umidificado e
aquecido;
◼ Administração contínua;
◼ Indicações:
▪ RN que respira
espontaneamente;
▪ estresse respiratório
mínimo a moderado;
▪ gasometria com
parâmetros de
normalidade.
◼ Requerem concentração
de oxigênio de 60%
38
Oxi-hood

◼ Vantagens:
▪ Fácil visibilidade e acesso à
criança;
◼ Desvantagens:
▪ Retirar o RN para alimentar
e cuidar;
▪ Altos fluxos de gás podem
produzir níveis prejudiciais
de ruídos.

39
Oxigenoterapia
◼ Fração de O2 e ar comprimido (Fluxo de 8L)
Oxigênio Ar comprimido Fi (%)
8 0 100
7 1 90
6 2 80
5 3 70
4 4 60
3 5 50
2 6 40
1 7 30
40
Material para instalação do oxi-hood

◼ Fluxômetro de oxigênio;
◼ Fluxômetro de ar
comprimido;
◼ Mangueiras;
◼ Capacetes;
◼ Umidificador;
◼ Água destilada estéril.

41
Instalação do oxi-hood
◼ Lavar as mãos;
◼ Reunir equipamento;
◼ Preparar a criança para o procedimento;
◼ Conectar o fluxômetro à saída O2 e ar comprimido;
◼ Conectar o umidificador e encher com H2O destilada
estéril;
◼ Conectar látex na porção indicada do umidificador;
◼ Conectar látex no fluxômetro de ar comprimido;
◼ Conectar as extremidades dos dois látex (O2 e ar
comprimido) à conexão em forma de T;
◼ Conectar outro látex na outra ponta da conexão em
forma de T;
42
Instalação do oxi-hood
◼ Acionar os fluxômetros nas quantidades prescrita;
◼ Verificar se o O2 está fluindo;
◼ Acomodar o capacete na cabeça do RN, com cuidado;
◼ Conectar a outra extremidade do látex na entrada de ar
◼ Adequar o fluxo de oxigênio e ar comprimido conforme
prescrição médica;
◼ Instalar oxímetro no RN;
◼ Manter constante monitorização da concentração de 02,
através do oxímetro;
◼ Organizar o material e descartar o que for necessário;
◼ Realizar higienização das mãos;
◼ Registrar procedimento. 43
Forma de montar um oxi-hood
Oxigênio
_
_ _
_ __
_
_ __
_
_ __
_
_
__ Ar Comprimido
_
_ __
_
_
_ _ _
_
_ _ _
_ Traquéia Inspiratória

Mistura dos Gases

hood

Conexão Y
Copo
humidificador
44
45
CPAP: "continuous positive airway pressure"
(pressão positiva contínua nas vias aéreas)
◼ Não-invasiva;
◼ Evita a intubação traqueal;
◼ Menor incidência de
barotrauma;
◼ Previne o colapso alveolar;
◼ Redução da frequência dos
episódios de apneia;
◼ Profilaxia da insuficiência
respiratória aguda.
◼ Processo de desmame da
ventilação mecânica.
46
CPAP
◼ Consiste em administrar a
mistura de oxigênio e ar
comprimido sobre pressão
contínua, através de
dispositivos nasais,
aumentando a capacidade
funcional residual e
reduzindo a resistência
vascular dos pulmões,
melhorando a oxigenação.

47
CPAP
◼ Mantém pressão positiva nas vias
respiratórias durante a fase
expiratória, permitindo distensão
mais eficiente dos alvéolos.
◼ Diminui a resistência supraglótica,
previne atelectasia, aumenta a
estabilidade da parede torácica,
melhora a capacidade funcional
residual e reduz episódios de
apneia no recém-nascido • Pode comprometer retorno
venoso, diminuir o fluxo
prematuro.
sanguíneo para os rins,
◼ Diminui a resistência nas vias diminuir irrigação do TGI,
respiratórias. aumentar a pressão
◼ Tem efeito protetor de surfactante. intracraniana.

48
CPAP
◼ Indicação do CPAP:

▪ Membrana Hialina;
▪ Taquipneia Transitória do
RN;
▪ Apneia e bradicardia do
RNPT;
▪ Síndrome de Aspiração de
Mecônio;
▪ Obstrução das VAS;
▪ Desmame do respirador. 49
CPAP

50
CPAP
◼ Vantagens:
▪ Método econômico que utiliza
dispositivos simples;
◼ Desvantagens:
▪ Nem sempre é bem tolerado em
função do desconforto produzido;
▪ A respiração bucal diminui a fração
inspirada de O2;
▪ Irritabilidade tecidual da nasofaringe
(isquemia e necrose);
▪ Facilidade no deslocamento do
cateter;
▪ Não permite nebulização.
51
CPAP

52
CPAP

◼ Como montar o CPAP:


▪ Dois sistemas para a geração da CPAP:
▪ Incorporado ao ventilador mecânico (VM), com
características próprias de cada fabricante;
▪ Sistema construído de maneira artesanal (selo
d'água).
▪ Ambos necessitam de um gerador de fluxo
contínuo, um sistema de conexão às vias aéreas
e um dispositivo para a geração de pressão
positiva. 53
CPAP incorporado ao VM
◼ A CPAP endotraqueal é
menos utilizada, apesar de
ser uma forma segura para
manter a pressão média de
vias aéreas e controlar a
fração inspirada de oxigênio
(FiO2);
◼ Sua pouca utilização está
associada com a intubação
traqueal e pela resistência ao
fluxo aéreo, podendo
aumentar o trabalho
respiratório;
54
CPAP artesanal
◼ O uso de prongas nasais curtas
e de menor resistência à
passagem do fluxo aéreo
(maior diâmetro interno) é a
forma mais simples de se
ofertar CPAP e produz
melhores efeitos terapêuticos.
◼ Sua utilização está associada
aos problemas de fixação,
perda da pressão durante o
choro e trauma ao septo nasal.
55
Colocar a parte distal do circuito dentro de
um recipiente contendo água até a altura

CPAP artesanal
_
de 7cm. O tubo deve ficar imerso a uma
profundidade de 5cm (para gerar uma
_ _ pressão positiva de 5cm H2O).
_ __
_
_ __
_
_ __
_
_ __
_
_
_
__ Ar Comprimido
_
_ _ _
_
_ _ _
_
Oxigênio

Mistura dos Gases

Prongas Nasais

_1
Copo _2
humidificador Selo d’água _3
_4
_5
56
CPAP

Posicionar o RN em posição supina (decúbito


dorsal), com a cabeça elevada aproximadamente
a 30 graus.
57
Prongas nasais

Número da Peso do RN (g)


Pronga
0 < 1000g.
1 1000g.
2 2000g.
3 3000g
4 > 3000g

58
59
60
CPAP
◼ Complicações:
▪ Obstrução nasal por
secreções ou crostas;
▪ Erosões no septo e
deformidades nasais;
▪ Distensão gástrica;
▪ Hiperdistensão pulmonar;
▪ Pneumotórax (5%).

Os gases devem ser aquecidos e


umidificados! 61
MÁSCARA SIMPLES

Máscara Simples
Dispositivo mais utilizado quando é preciso faixas
médias de 02.
Oferece de 40 a 60% (6 a 10 l/min).
Necessário, no mínimo, 5l de O2 para evitar a
reinalação de CO2.
A concentração de O2 varia de acordo com o padrão
respiratório.
62
MÁSCARA COM RESERVATÓRIO

MÁSCARA COM REINALAÇÃO PARCIAL


(COM RESERVATÓRIO): máscara facial
simples, com bolsa reservatório, sem
válvula para evitar reinalação. Fluxo
O2 10–12 L/min permite atingir FiO2 50-
60%.
MÁSCARA SEM REINALAÇÃO PARCIAL
OU NÃO REINALANTE (COM
RESERVATÓRIO): máscara com
reservatório, com uma válvula (uni ou
bilateral) para impedir a mistura do ar
ambiente durante a inspiração e uma
válvula para impedir a entrada do ar
exalado dentro do reservatório. Fluxo
de O2 10–15 L/min fornece de forma
segura FiO2 ≥95%.

63
Máscara de Venturi
◼ Constitui o método mais seguro e
exato para liberar a concentração
necessária de oxigênio, sem
considerar a profundidade ou
frequência da respiração.
◼ Não é utilizado em RN.
◼ Devem ser evitadas em pacientes
com quadro de vômitos pelo risco
de broncoaspiração.
◼ Garante 24% a 50% de FiO2
64
Máscara de Venturi
◼ Vantagens:
▪ Ajustável para controlar a
porcentagem de O2;
◼ Desvantagens:
▪ A alimentação interrompe a
50
administração de O2; % 40
%
15 24
▪ As aberturas de entrada de ar L 10 %
L
podem ser ocluídas. 6L

65
66
Máscara de Venturi

67
Ventilação Não Invasiva - VNI
◼ Essa modalidade utiliza o ventilador
convencional, mas o paciente não necessita
estar entubado, e recebe ventilação através de
prongas nasais especiais.
◼ A ventilação fornece pressão positiva na
inspiração e na expiração, a intervalos
predefinidos.
◼ Não é necessário entubação endotraqueal ou
traqueostomia para que o paciente seja
ventilado utilizando este tipo de ventilação.
68
69
Oxigenação Extracorpórea por
Membrana (ECMO)
◼ O sangue do paciente passa
pelo circuito externo, no
qual ocorrem as trocas
gasosas fora do pulmão
(pela perfusão do sangue
através da membrana do
oxigenador), e, em seguida,
volta novamente para a
circulação do paciente via
artéria carótida ou femoral.
70
Oxigenação Extracorpórea por
Membrana (ECMO)
◼ A ECMO implica riscos e potencial de complicações
durante o procedimento, como sangramento, formação de
coágulos, infecções e problemas com o equipamento, que,
apesar de raros, podem ocorrer.
◼ Também se observa aumento da incidência de acidentes
vasculares cerebrais isquêmicos em pacientes que
passaram pelo procedimento. Este fato está relacionado
com a utilização da veia jugular e da artéria carótida para
colocação das cânulas do sistema.
◼ Após o procedimento, esses vasos ficam inutilizados, ou
seja, sofrem lesão permanente, o que reduz
consideravelmente sua função de perfusão sanguínea.
71
Ventilação por via aérea avançada

72
Ventilação por via
aérea avançada

73
Traqueostomia
◼ Abertura feita na traqueia para
tornar e manter a via aérea
permeável.
◼ Cuidado com fixação e limpeza
da traqueostomia.
◼ As cânulas de traqueostomia são
sondas plásticas ou de metal
que se estendem de uma incisão
na face anterior do pescoço
diretamente para o interior da
traqueia.
74
75
Ventilação mecânica

◼ INTUBAÇÃO:
Procedimento médico.
◼ Semelhante a intubação
de um adulto.
◼ O tubo de um neonato
não possui balão de
fixação.
◼ A fixação é feita por meio
de um esparadrapo acima
do lábio superior.
76
Ventilação mecânica

77
Ventilação mecânica

78
Ventilação mecânica

79
Ventilação mecânica

80
81
Nebulização

◼ É a administração de
pequenas partículas de
água em oxigênio ou ar
comprimido, com ou sem
medicação nas vias aéreas
superiores.

82
Nebulização
◼ Finalidades:
▪ Alívio de processos inflamatórios, congestivos
e obstrutivos;
▪ Umidificação - para tratar ou evitar
desidratação excessiva da mucosa das vias
aéreas;
▪ Fluidificação - para facilitar a remoção das
secreções viscosas e densas;
▪ Administração de mucolíticos - para obter a
atenuação ou resolução de espasmos
brônquicos;
▪ Administração de corticosteróides - ação
antiinflamatória e anti-exsudativa;
▪ Administração dos agentes anti-espumantes -
nos casos de edema agudo de pulmão.
83
Nebulização
◼ Cuidados específicos:
▪ Preparar o material necessário de forma asséptica;
▪ Anotar a frequência cardíaca antes e após o tratamento (se
uso de broncodilatador);
▪ Montar o aparelho regulando o fluxo de O2 ou ar comprimido
com 4 a 5 litros por minuto.
▪ Colocar o paciente numa posição confortável, sentado ou
semi - fowler (maior expansão diafragmática);
▪ Orientar o paciente que inspire lenta e profundamente pela
boca;
▪ Checar na papeleta e anotar o procedimento, reações do
paciente e as características das secreções eliminadas;
▪ Orientar o paciente para manter os olhos fechados durante a
nebulização se em uso de medicamentos.
84
Nebulização
◼ Medicações que podem ser utilizadas:
▪ Berotec - Antiasmático e broncodilatador - age sobre
os receptadores B-2 adrenergéticos da musculatura
brônquica promovendo efeito broncoespasmolítico
rápido e de longa duração; tem como efeitos
colaterais tremores dos dedos, inquietação,
palpitação.
▪ Atrovent: Broncodilatador indicado no tratamento de
doenças obstrutivas dos pulmões, como bronquite ou
asma.
▪ Fluimucil - mucolítico - estimula a secreção de
surfactante e transporte mucociliar; pode causar
broncoconstricção; as ampolas quebradas só podem
ser guardadas no refrigerador por um período de 24
horas.
▪ Muscosolvan - mucolítico e expectorante - corrige a
produção de secreções traqueobrônquicas, reduz sua
viscosidade e reativa a função mucociliar; pode causar
broncoconstricção e transtornos gastrintestinais
85
Espaçadores

86
Terapia com óxido nítrico
◼ Tem efeito vasodilatador
vascular seletivo, dilatando os
vasos pulmonares.
◼ Melhora a perfusão pulmonar
através do relaxamento da
musculatura lisa vascular
pulmonar.
◼ Cuidado!!! O óxido nítrico é um
inibidor potente da agregação
plaquetária, podendo causar
hemorragias.
87
Terapia com surfactante
◼ Fosfolipídeo secretado
dentro dos alvéolos
pela membrana
alveolar que diminui a
força de coesão entre
moléculas de água
presente nos alvéolos.

Atenção!!!! O surfactante é armazenado refrigerado,


mas deve ser administrado em temperatura ambiente.
88
Aspiração de vias aéreas
◼ Utilizada para remover a secreção
das vias aéreas.
◼ Escolher sondas de baixo calibre (nº
4 ou 6) e medir quanto inserir.
◼ Cuidado com a possibilidade de
traumatismo das vias aéreas.
◼ Indicada quando houver secreções
que não possam ser removidas por
meios menos traumáticos.
◼ No neonato, a pressão do vácuo do
aspirado recomendada é de 70 a 150
mmHg.
89
Aspiração de vias aéreas
◼ Em pacientes com VM pode ser utilizada a
aspiração com sistema aberto ou fechado.

90
Gasometria
◼ Avaliação da oxigenação e do equilíbrio ácido-
básico do sangue arterial, venoso ou capilar.
PARÂMETROS VALORES NORMAIS
pH: Equilíbrio ácido-básico 7,35-7,45
PO2: Pressão parcial de O2 50-80 mmHg
PCO2: Pressão parcial do CO2 35-45 mmHg
HCO3: concentração total do bicarbonato 22-26

7,35 – 7,45
acidose normal alcalose

91
Cuidados com a administração de O2

◼ Não administrá-lo sem o fluxômetro;


◼ Colocar umidificador com água destilada até o nível
indicado;
◼ Controlar a quantidade de litros por minutos;
◼ Observar se a máscara ou cateter estão bem
adaptados e em bom funcionamento;
◼ Trocar diariamente a cânula, os umidificadores, o tubo
e outros equipamentos expostos à umidade; ou de
acordo com CCIH;
◼ Avaliar o funcionamento do aparelho
constantemente, observando o volume de água do
umidificador e a quantidade de litros por minuto;

92
Cuidados com a administração de O2
◼ Explicar as condutas e as necessidades da
oxigenoterapia ao paciente e acompanhantes e
pedir para não fumar;
◼ Observar e palpar o epigástrio para constatar o
aparecimento de distensão;
◼ Fazer revezamento das narinas a cada 8 horas
(cateter);
◼ Avaliar com freqüência as condições do paciente,
sinais de hipóxia e anotar e dar assistência
adequada;
◼ Manter vias aéreas desobstruídas;
◼ Manter os torpedos de O2 na vertical, longe de
aparelhos elétricos e de fontes de calor;
◼ Controlar sinais vitais.

93
Referências
◻ TAMEZ, R. N.; SILVA, M. J. P. Enfermagem na UTI Neonatal:
assistência ao recém-nascido de alto-risco. 4. ed. Rio de Janeiro:
Guanabara Koogan, 2009.
◻ HOCKENBERRY, M. J.; WILSON, D.; WINKELSTEIN, M. L. Wong.
Fundamentos de Enfermagem Pediátrica. 7. ed. Rio de Janeiro:
Elsevier, 2006.
◻ KOLPEMAN, B. I.; SANTOS, A. M. N.; GOULART, A. L.; ALMEIDA,
M. F. B.; MIYOSHI, M.H.; Guinsburg, R. Diagnóstico e Tratamento
em Neonatologia. São Paulo: Atheneu, 2004.
◻ Brasil. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde.
Departamento de Ações Programáticas e Estratégicas. Atenção à
saúde do recém-nascido: guia para os profissionais de saúde /
Ministério da Saúde, Secretaria de Atenção à Saúde, Departamento
de Ações Programáticas e Estratégicas. – Brasília : Ministério da
Saúde, 2011.
94
Avance uma casa Avance duas casas

Dê um ponto para Não avance


outro grupo nenhuma casa

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95
Obrigada!!
96

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