Engenharia Do Trânsito - Sinalização, Características E Classificações

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ENGENHARIA DO TRÂNSITO - SINALIZAÇÃO,


CARACTERÍSTICAS E CLASSIFICAÇÕES
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ENGENHARIA DO TRÂNSITO - SINALIZAÇÃO,


CARACTERÍSTICAS E CLASSIFICAÇÕES

DÚVIDAS E ORIENTAÇÕES
Segunda a Sexta das 09:00 as 18:00

ATENDIMENTO AO ALUNO
[email protected]
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Sumário

MOBILIDADE E CIRCULAÇÃO ................................................................................................................ 4

DIRETRIZES PARA A MELHORIA NA ACESSIBILIDADE E MOBILIDADE ................................................... 9

ENGENHARIA DE TRÁFEGO .................................................................................................................. 9

ELEMENTOS DA ENGENHARIA DE TRÁFEGO ........................................................................................ 9

SINALIZAÇÃO VIÁRIA E FISCALIZAÇÃO ELETRÔNICA .......................................................................... 14

SINALIZAÇÃO VIÁRIA .......................................................................................................................... 14

FISCALIZAÇÃO ELETRÔNICA ............................................................................................................... 22

REFERÊNCIAS ..................................................................................................................................... 25
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MOBILIDADE E CIRCULAÇÃO

https://useargo.com/mobilidade-urbana-os-desafios-de-se-locomover-nos-principais-
centros-urbanos/

Em nosso país e no mundo, a questão da mobilidade urbana e circulação dos usuários das
vias vem ocupando a agenda do setor público e gerando preocupação na população em geral. Não
se trata de um problema específico de uma região, um Estado ou um país, mas sim, do mundo
globalizado como um todo uma vez que o processo de urbanização está cada vez mais acelerado.
Portanto, se torna difícil a missão de se desenvolver uma civilização sustentável, principalmente em
países que não têm um bom planejamento infraestrutural.
Até as primeiras décadas do século 20, apenas 20% da população brasileira morava nas
cidades, e o restante estava nas áreas rurais. Hoje a situação é oposta, e mais de 80% da população
mora nas cidades, principalmente nas regiões metropolitanas, que, em alguns casos, sofreram um
crescimento desordenado com baixos investimentos em transporte e descuidos na construção de
edificações e calçadas, prejudicando as condições de acessibilidade e mobilidade. Nesse sentido, os
assuntos ligados à mobilidade urbana e circulação têm se destacado como um dos maiores desafios
encontrados, uma vez que seus impactos estão diretamente ligados à qualidade de vida da
população, inclusão social e fontes geradoras de poluição.
Considerando o trânsito em geral como um elemento básico da mobilidade urbana e
circulação e o conceituando como um compartilhamento do espaço, área que as pessoas dividem
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com o intuito de se locomoverem (RIGER, 2017), pode-se chegar à conclusão de que o Agente da
Autoridade de Trânsito possui papel importante nesse ciclo e necessita conhecer conceitos de
mobilidade e circulação para que possa efetivamente atuar em prol de um trânsito seguro.
O trânsito seguro é baseado em um tripé que está sustentado pela Engenharia, pela
Educação e pelo Esforço Legal (ROZESTRATEN, 1988). Podemos encontrar esse tripé evidenciado
nos capítulos VI e VII da Lei nº 9.503, de 23 de setembro de 1997, que institui o Código de Trânsito
Brasileiro (CTB). Ao se referir ao CTB quanto a conceitos e definições ligados à mobilidade, à
circulação e, consequentemente, ao trânsito, não podemos deixar de citar o Anexo I do referido
Código, que trata dos conceitos e das definições.
Praticamente uma leitura obrigatória para o Agente da Autoridade de Trânsito, o Anexo I do
CTB nos apresenta uma lista de termos utilizados na legislação pertinente ao trânsito e suas
definições e conceitos. Vejamos abaixo algumas delas:
• Agente da Autoridade de Trânsito - pessoa, civil ou policial militar credenciado pela
autoridade de trânsito para o exercício das atividades de fiscalização, operação, policiamento
ostensivo de trânsito ou patrulhamento.
• Autoridade de Trânsito - dirigente máximo de órgão ou entidade executivo integrante
do Sistema Nacional de Trânsito ou pessoa por ele expressamente credenciada.

• Calçada - parte da via, normalmente segregada e em nível diferente, não destinada à


circulação de veículos, reservada ao trânsito de pedestres e, quando possível, à implantação de
mobiliário urbano, sinalização, vegetação e outros fins.
• Ciclofaixa - parte da pista de rolamento destinada à circulação exclusiva de ciclos,
delimitada por sinalização específica.
• Estacionamento - imobilização de veículos por tempo superior ao necessário para
embarque ou desembarque de passageiros.
• Faixas de Trânsito - qualquer uma das áreas longitudinais em que a pista pode ser
subdividida, sinalizada ou não por marcas viárias longitudinais, que tenham uma largura suficiente
para permitir a circulação de veículos automotores.
• Ilha - obstáculo físico, colocado na pista de rolamento, destinado à ordenação dos
fluxos de trânsito em uma interseção.
• Parada - imobilização do veículo com a finalidade e pelo tempo estritamente necessário
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para efetuar embarque ou desembarque de passageiros.


Outra normativa de suma importância a respeito do assunto é a Lei nº 12.587, de 3 de
janeiro de 2012, que institui as diretrizes da Política Nacional de Mobilidade Urbana. Segundo essa
Lei, a Política Nacional de Mobilidade Urbana é instrumento da política de desenvolvimento urbano
de que tratam o inciso XX do art. 21 e o art. 182 da Constituição Federal de 1988, objetivando a
integração entre os diferentes modos de transporte e a melhoria da acessibilidade e mobilidade das
pessoas e cargas no território do município.

Política Nacional de Mobilidade Urbana


A lei busca definir o que já estava garantido pela Constituição Federal de 1988- CF/88: o
direito que toda a população tem de deslocar-se e de ter acesso aos sistemas de transporte e aos
diversos bairros e distritos em seu município de residência. Além disso, a lei define que a política de
mobilidade deve seguir o que está previsto no Estatuto da Cidade (Lei no 10.257, de 10 de julho de
2001).
Em seu art. 2o, a Lei define que a Política Nacional de Mobilidade Urbana tem por objetivo
contribuir para o acesso universal à cidade, o fomento e a concretização das condições que
contribuam para a efetivação dos princípios, objetivos e diretrizes da política de desenvolvimento
urbano, por meio do planejamento e da gestão democrática do Sistema Nacional de Mobilidade
Urbana.
Em seu art 4º, a Lei nº 12.587 traz as seguintes definições:
Art. 4o Para os fins desta Lei, considera-se:
I - transporte urbano: conjunto dos modos e serviços de transporte público e privado
utilizados para o deslocamento de pessoas e cargas nas cidades integrantes da Política Nacional de
Mobilidade Urbana;
II - mobilidade urbana: condição em que se realizam os deslocamentos de pessoas e
cargas no espaço urbano;
III - acessibilidade: facilidade disponibilizada às pessoas que possibilite a todos autonomia
nos deslocamentos desejados, respeitando-se a legislação em vigor;
IV – modos de transporte motorizado: modalidades que se utilizam de veículos
automotores;
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V - modos de transporte não motorizado: modalidades que se utilizam do esforço


humano ou tração animal;
VI - transporte público coletivo: serviço público de transporte de passageiros acessível a
toda a população mediante pagamento individualizado, com itinerários e preços fixados pelo poder
público;
VII - transporte privado coletivo: serviço de transporte de passageiros não aberto ao
público para a realização de viagens com características operacionais exclusivas para cada linha e
demanda;
VIII - transporte público individual: serviço remunerado de transporte de passageiros aberto
ao público, por intermédio de veículos de aluguel, para a realização de viagens individualizadas;
IX - transporte urbano de cargas: serviço de transporte de bens, animais ou mercadorias;
X - transporte motorizado privado: meio motorizado de transporte de passageiros
utilizado para a realização de viagens individualizadas por intermédio de veículos particulares;
XI - transporte público coletivo intermunicipal de caráter urbano: serviço de transporte
público coletivo entre Municípios que tenham contiguidade nos seus perímetros urbanos;
XII - transporte público coletivo interestadual de caráter urbano: serviço de transporte
público coletivo entre Municípios de diferentes Estados que mantenham contiguidade nos seus
perímetros urbanos; e
XIII - transporte público coletivo internacional de caráter urbano: serviço de transporte
coletivo entre Municípios localizados em regiões de fronteira cujas cidades são definidas como
cidades gêmeas.

Por fim, podemos concluir que existe uma série de conceitos e definições ligados ao tema e
que aqui apresentamos alguns que são considerados mais relevantes. Porém, o assunto não se
limita ao então abordado neste tópico. Nesse sentido, é importante que o Agente da Autoridade de
Trânsito esteja sempre atento à utilização de termos adequados á situação e que, em caso de
dúvida, saiba pesquisar a respeito filtrando informações para obter conceitos e definições
adequados e corretos.

Desafios para uma mobilidade urbana mais sustentável


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Com o crescimento desordenado das cidades, a qualidade da mobilidade urbana tem se


deteriorado dia após dia, e os índices de mobilidade da população, especialmente das pessoas de
baixa renda, estão cada vez menores.
Dois aspectos contribuem para a crise de mobilidade nos grandes centros:
• O aumento das externalidades produzidas pelo transporte individual (exemplos:
acidentes, congestionamentos e poluição).
• A exclusão social, já que muitas pessoas não conseguem usar os diversos modos de
transporte porque eles são muito caros. Elas não conseguem nem sequer pagar o valor das
passagens.

Grande parte das cidades não desenvolveu bons sistemas de transporte coletivo e se
preocupou em construir ruas e avenidas para os carros. Por causa disso, as condições do trânsito
estão progressivamente se agravando devido à quantidade de automóveis e motocicletas em
circulação.
O que preocupa muito a população são os acidentes e suas consequências. Anualmente
ocorre mais de 1 milhão de acidentes, com 30 mil mortos e 350 mil feridos. No total, são mais de
120 mil acidentados com sequelas permanentes.
Do total de mortos, 50% são pedestres, ciclistas ou motociclistas, sem falar que a falta de
punição imediata reforça o desrespeito pela vida. Todo dia ouvimos alguma notícia envolvendo
acidentes de trânsito e, muitas vezes, os motoristas desrespeitam a lei, estão alcoolizados ou sem
cinto de segurança.

A importância da circulação não motorizada

O art. 6º da Lei nº 12.587 define que a Política Nacional de Mobilidade Urbana é orientada
pelas seguintes diretrizes:
I - integração com a política de desenvolvimento urbano e respectivas políticas setoriais
de habitação, saneamento básico, planejamento e gestão do uso do solo no âmbito dos entes
federativos;
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II - prioridade dos modos de transportes não motorizados sobre os motorizados e dos


serviços de transporte público coletivo sobre o transporte individual motorizado.
O transporte não motorizado é aquele feito sem o uso de veículos motorizados, como, por
exemplo, o deslocamento utilizando bicicletas, a pé ou mesmo os deslocamentos utilizando veículos
de tração animal (charretes, carroças). Caminhar, além de ser a forma mais antiga e básica de
transporte humano, constitui-se no modo de transporte mais acessível e barato.
Outra vantagem importante é que a infraestrutura para os veículos não motorizados é
significativamente mais barata que a dos veículos motorizados. Porém, apesar de a construção de
calçadas ser relativamente barata, a maioria das cidades brasileiras não se preocupa com a
qualidade delas.
Para fortalecer a participação dos modos de transporte não motorizados, a Lei define, no
art. 23, que os entes federativos poderão orientar a destinação de espaço exclusivo nas vias
públicas para os serviços de transporte público coletivo (corredores de ônibus, por exemplo) e
modos de transporte não motorizados (ciclovias, ciclofaixas).

DIRETRIZES PARA A MELHORIA NA ACESSIBILIDADE E MOBILIDADE

Muitas são as ações necessárias para melhorar as condições de acessibilidade e mobilidade


das pessoas. Todos nós conhecemos alguém que possui algum tipo de deficiência ou dificuldade
para se deslocar ou mesmo apresenta dificuldades para pagar as passagens. Muita gente não
consegue nem pegar ônibus para procurar emprego.

ELEMENTOS DA ENGENHARIA DE TRÁFEGO

Para iniciarmos o tema, vamos diferenciar Engenharia de Trânsito e Engenharia de Tráfego.


Engenharia de Trânsito é o conjunto de estudos e projetos de segurança, fluidez, sinalização
e operação de trânsito executadas nas vias públicas. Entende-se ainda por Engenharia de Trânsito o
conjunto de estudos, projetos e serviços referentes à sinalização de trânsito, cujo objetivo é
disciplinar o uso e proporcionar as condições seguras de utilização das vias públicas. Trata,
principalmente, do Sistema de Circulação e Estacionamento, da Sinalização de Trânsito e Gestão de
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Segurança no Trânsito.
Já o conceito de Engenharia de Tráfego é a área do conhecimento que tem como objeto o
planejamento, o projeto geométrico e a operação de tráfego em vias, suas redes, terminais, lotes
lindeiros e relações com outros modos de transporte.
Diferentemente da maioria das outras áreas da engenharia, a Engenharia de Tráfego trata
de problemas que não dependem apenas de fatores físicos, mas frequentemente incluem o
comportamento humano do motorista e do pedestre e suas inter-relações com a complexidade do
ambiente.
A Engenharia de Tráfego visa proporcionar a movimentação segura, eficiente e conveniente
de pessoas e mercadorias. Um conceito mais moderno para Engenharia de Tráfego seria
Engenharia da Mobilidade, que se baseasse em três fatores (VIERA, 1999): engenharia
veicular, engenharia viária e fatores humanos.
Para compreender como funcionam as engenharias de trânsito e de tráfego, é importante
que se conheçam os elementos do sistema de trânsito que serão tratados a seguir.
Agora que você já sabe diferenciar os conceitos de Engenharia de Trânsito e de Tráfego,
vamos conhecer os elementos da Engenharia de Tráfego.
Em muitas bibliografias, o sistema de trânsito é dividido em três partes: a via, o veículo e o
ser humano (usuário). No CTB compõe o trânsito as pessoas, os veículos e os animais, isolados ou
em grupos, conduzidos ou não. Neste tópico aprofundaremos o conhecimento sobre a via, visto
que o veículo e usuário serão apresentados em temas mais à frente do conteúdo.
A via, segundo o Anexo I do CTB, é definida como a superfície por onde transitam veículos,
pessoas e animais, compreendendo a pista, a calçada, o acostamento, a ilha e o canteiro central.
Para efeito do CTB, as ruas, avenidas, logradouros, caminhos, passagens estradas e rodovias,
as praias abertas à circulação pública, e as vias internas pertencentes aos condomínios constituídos
por unidades autônomas são consideradas vias terrestres e seu uso deve ser regulamentado pelo
órgão ou pela entidade com circunscrição sobre elas, de acordo com as peculiaridades locais e
circunstâncias especiais.
As vias, segundo o art. 60 do CTB, são assim classificadas:
Art. 60 - As vias abertas à circulação, de acordo com sua utilização, classificam-se em:
I - vias urbanas
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a) via de trânsito rápido;


b) via arterial;
c) via coletora;
d) via local.

II - vias rurais:

b) estradas.
Podemos utilizar o Anexo I do CTB para entendermos melhor a diferença entre as vias.
É interessante conhecer a classificação das vias, tendo em vista que, nas vias onde não
exista sinalização, a velocidade máxima permitida será de acordo com o art. 61 do CTB que prevê:

VIAS
URBANAS RURAIS
Via de Trânsito Rápido 80 Km/h Rodovia de pista simples: 100 Km/h - A u t o m ó v eis,
Via Arterial 60 Km/h camionetas e motocicletas; e
Via Coletora 40 Km/h 90 Km/h - Demais veículos.
Via Local 30 Km/h Rodovia de pista dupla: 110 Km/h - A u t o m ó v eis,
camionetas e motocicletas; e
90 Km/h - Demais veículos.

Estradas: 60 Km/h

Por fim, entende-se por malha viária o conjunto das vias do município, classificadas e
hierarquizadas. Essa tem como função a mobilidade e acessibilidade, considerando os aspectos de
infraestrutura, do uso e da ocupação do solo, dos modais de transporte e do tráfego veicular. Na
malha viária, incluem-se, além das vias de trânsito rápido, arterial, coletora e local, as ciclovias,
ciclofaixas, passeios, calçadas, corredores e faixas exclusivas do transporte coletivo, entre outras.
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SISTEMA VIÁRIO
Sistema viário é o conjunto de estradas e rodagens de uma região ou Estado. O sistema
viário compreende as vias e os elementos da sinalização viária que se utilizam, tais como placas,
marcas viárias, equipamentos de controle luminoso e eletrônicos em geral, dispositivos auxiliares,
destinados a ordenar ou dirigir o trânsito de pedestres e veículos. É também espaço onde são
instaladas as redes de distribuição e coleta de energia elétrica, telefonia, água, esgoto, lixo, etc.
Para que o sistema viário tenha funcionalidade, é necessário realizar a gestão de todos os
seus elementos. Para compreendermos melhor sobre esta gestão, apresentaremos a seguir o tema
Gerenciamento de Tráfego.

GERENCIAMENTO DE TRÁFEGO: é o processo de ajuste ou adaptação do uso de um sistema


viário existente para atingir determinados objetivos, sem a construção viária substancial. Para o
gerenciamento do tráfego, algumas técnicas são utilizadas, a saber:
• alterações físicas no sistema viário;
• mão única (binários de trânsito), limites de velocidade, proibição de movimentos, entre
outros;
• informações aos usuários;
• cobrança pelo uso da estrutura urbana, como estacionamentos rotativos, dissuasórios e
pedágios;
• medidas físicas como realocação do espaço, alterações de interseções, alterações na
superfície para controle de velocidade, provisão de travessias e mobiliário urbano.
Vale acrescentar que entendemos por mobiliário urbano todo o sistema de sinalização,
informação, iluminação pública, energia, comunicação, segurança e transporte, ornamentação e
acessórios implementados no espaço público.
Visando a um melhor planejamento da cidade e da circulação, a engenharia necessita de
conhecimentos práticos para a elaboração de estudos e projetos de gerenciamento. Esses
conhecimentos incluem a coleta de dados, a análise de dados e o detalhamento do Projeto.
Para a elaboração do Projeto, são seguidos alguns passos, como os citados a seguir:
• elaboração do mapa de localização: planta que pode ser um cruzamento ou várias vias
formando a área de influência de trânsito;
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• classificação funcional do sistema viário e uso do solo: delimita a área a ser estudada e
classificam-se as vias quanto à sua função;
• circulação e movimentos nas interseções principais: na planta deverá ser anotado o
sentido de direção existente da área e, nas interseções, os movimentos possíveis a fim de identificar
o fluxo dos veículos e dos pedestres;
• contagens: são as quantificações dos fluxos de movimentos de veículos e pedestres. Um
documento de suma importância nesse sentido é o Plano Diretor do município, que é um
planejamento do desenvolvimento municipal.
Considerando as ações pertinentes à engenharia de tráfego, podemos destacar algumas
regulamentações específicas estabelecidas pelo CONTRAN que definem competências e
normatizam a utilização de sinalização viária. Dentre elas, podemos citar:
• Art. 24 do CTB, incisos II e III: define a competência do Município para planejar,
regulamentar e operar o trânsito de veículos, de pedestres e de animais e promover a segurança do
ciclista, bem como para implantar, manter e operar o sistema de sinalização, os dispositivos e os
equipamentos de controle viário.
• Capítulo VIII, art. 91 a 95 do CTB, da Engenharia de Tráfego: estabelece que o CONTRAN
regulamentará normas para a engenharia de tráfego em todo o território nacional. Define ainda
que nenhum projeto de edificação que possa se transformar em polo gerador de tráfego poderá ser
aprovado sem anuência do órgão com circunscrição sobre a via e sem que conste área para
estacionamento e indicação de vias de acesso adequadas. Define também quanto à autorização
para obras e eventos na via pública.

Principais problemas enfrentados pela engenharia de tráfego

A primeira atitude do técnico de engenharia de tráfego é identificar quais são os principais


problemas do trânsito da cidade. Os mais frequentes são problemas de: FLUIDEZ, MOBILIDADE,
SEGURANÇA, ACESSIBILIDADE e QUALIDADE DE VIDA DA POPULAÇÃO.
• Fluidez: Refere-se à facilidade de circulação de veículos. Está ligada à diminuição do
tempo gasto no deslocamento dos veículos, medidas que promovem maior fluidez.
• Mobilidade: Refere-se à facilidade de deslocamentos de pessoas, veículos e animais, por
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meios motorizados ou não motorizados.


• Segurança: A segurança deve se estender a todos os que circulam nas vias públicas,
pedestres, condutores e passageiros, redução da velocidade regulamentada da via, implantação de
ondulação transversal (lombadas), adequação geométrica, melhoria da sinalização.
• Acessibilidade: é a facilidade com que os locais da cidade são acessados pelas pessoas
ou bens, medida pelo tempo, custo e esforço envolvidos, criação de vagas de estacionamentos para
pessoas com deficiência e idosos, implantação de paradas de ônibus adequadas, criação de rampas
de acesso para pessoas com mobilidade reduzida, regulamentação de estacionamento para carga e
descarga. Acessibilidade relaciona-se à facilidade de acesso aos locais da cidade.
• Qualidade de Vida: está diretamente relacionada à defesa do meio ambiente e ao
respeito às funções de cada via, principalmente as vias de zonas residenciais. Envolve também a
compatibilização entre o uso do solo e o volume e a composição do tráfego que nele passam. As
ações de engenharia de tráfego precisarão definir os detalhes dos principais problemas do trânsito
das cidades. É de fundamental importância mensurar as medidas possíveis de forma a reduzir os
impactos negativos na qualidade de vida no trânsito durante o processo de implantação das
melhorias.

SINALIZAÇÃO VIÁRIA E FISCALIZAÇÃO ELETRÔNICA

SINALIZAÇÃO VIÁRIA
A sinalização pode ser considerada um fator crítico na gestão da mobilidade urbana se
levarmos em consideração que, se a sinalização for inadequada, a sinergia entre os usuários poderá
ser prejudicada. O sistema de sinalização de trânsito pode ser entendido como o conjunto de sinais
e informações direcionados a condutores e pedestres, permitindo a fluidez no trânsito e
proporcionando segurança, conforto e eficiência nos deslocamentos dos usuários.
Segundo o art. 87 do CTB, os sinais de trânsito classificam-se em: verticais; horizontais;
dispositivos de sinalização auxiliar; luminosos; sonoros; gestos do agente de trânsito e do condutor.
É imprescindível ao Agente da Autoridade de Trânsito conhecer integralmente a sinalização
de trânsito tendo em vista que ele, além de executar gestos e sinais, precisa de uma sinalização
eficiente para executar a fiscalização dentro do princípio constitucional da legalidade.
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Na concepção e implantação de sinais de trânsito, os seguintes princípios devem ser


respeitados (CONTRAN, 2007):
• LEGALIDADE: obedecer ao Código de Trânsito Brasileiro e à Legislação complementar;
• PADRONIZAÇÃO: seguir um padrão legalmente estabelecido, situações iguais devem ser
sinalizadas com o mesmo critério;
• SUFICIÊNCIA: permitir fácil percepção por parte do usuário sobre o que realmente é
importante, com adequada quantidade de sinais;
• CLAREZA: transmitir mensagens de fácil compreensão;
• PRECISÃO E CONFIABILIDADE: precisa ser confiável, corresponder à situação existente e
ter credibilidade;
• VISIBILIDADE E LEGIBILIDADE: ser vista a distância necessária, ser lida em tempo hábil
para tomada de decisão; e
• MANUTENÇÃO E CONSERVAÇÃO: estar permanentemente limpa, conservada, fixada e
visível.

O Capítulo VII do CTB trata da sinalização necessária para orientar os condutores e os


pedestres quanto a forma correta de circulação, garantindo melhor fluidez no trânsito e maior
segurança para veículos e pedestres. Esse capítulo é complementado pela Resolução nº 160 do
Conselho Nacional de Trânsito (CONTRAN), que aprova o Anexo II do Código de Trânsito Brasileiro.
Art. 87 Os sinais de trânsito classificam-se em:
I - Verticais.
III - Horizontais.
IV - Dispositivos de sinalização auxiliar.
V - Luminosos.
VI - Sonoros.
VII - Gestos do agente de trânsito e do condutor.

Art. 89 A sinalização terá a seguinte ordem de prevalência:


I - As ordens do agente de trânsito sobre as normas de circulação e outros sinais.
II - As indicações do semáforo sobre os demais sinais.
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III - As indicações dos sinais sobre as demais normas de trânsito.


Art. 90 Não serão aplicadas as sanções previstas neste Código por inobservância à
sinalização quando esta for insuficiente ou incorreta.
§ 1º O órgão ou entidade de trânsito com circunscrição sobre a via é responsável pela
implantação da sinalização, respondendo pela sua falta, insuficiência ou incorreta colocação.
§ 2º O CONTRAN editará normas complementares no que se refere à interpretação,
colocação e uso da sinalização.

Sinalização vertical

Esse tipo de sinalização viária utiliza placas em que o meio de comunicação (sinal) está na
posição vertical, fixada ao lado ou suspensa sobre a pista, transmitindo mensagens de caráter
permanente e, eventualmente, variáveis, por meio de legendas e/ou símbolos conhecidos e
legalmente instituídos.
a) Sinalização de regulamentação
Tem por objetivo informar aos usuários as condições, proibições, obrigações ou restrições
no uso das vias. Suas mensagens são imperativas, e o desrespeito a elas constitui infração.
Sua forma padrão é a circular, e suas cores são vermelho, preto e branco. Alguns dos sinais
mais importantes que o motorista deve conhecer são:

Constituem exceção, quanto à forma, os sinais R-1 – Parada Obrigatória e R-2 – Dê a


preferência.

b) Sinalização de advertência
Tem por finalidade alertar os usuários da via para condições potencialmente perigosas,
indicando sua natureza. Sua forma-padrão é quadrada, devendo uma das diagonais ficar na posição
vertical, e as cores são amarelo e preto.
Esteja especialmente atento às placas de advertência que indicam as travessias de pedestres
e de escolares, bem como à sinalização indicativa de área escolar.
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Ao circular com o ônibus por rodovias e estradas, fique atento às placas que sinalizam curvas
perigosas, estreitamentos e entroncamentos, como mostram os exemplos a seguir.

c) Sinalização de indicação

Tem por finalidade identificar as vias e os locais de interesse, bem como orientar condutores
de veículos quanto aos percursos, destinos, distâncias e serviços auxiliares, podendo também ter
como função a educação do usuário. Suas mensagens possuem caráter informativo ou educativo.
As placas de indicação estão divididas nos seguintes grupos:
• Placas de Identificação: que posicionam o condutor ao longo do seu deslocamento, ou
com relação a distâncias ou ainda aos locais de destino.
• Inserir banco de imagem – placa_cidade_distância
• Placas de Orientação de Destino: que indicam ao condutor a direção a ser seguida para
atingir determinados lugares, orientando seu percurso e/ou distâncias.
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Sinalização horizontal
Utiliza linhas, marcações, símbolos e legendas, pintados ou apostos sobre o pavimento das
vias. Tem como funções:
• Organizar o fluxo de veículos e pedestres.
• Controlar e orientar os deslocamentos em situações com problemas de geometria,
topografia ou frente a obstáculos.
• Complementar os sinais verticais de regulamentação, advertência ou indicação. Em
casos específicos, tem poder de regulamentação.
Marcas Longitudinais Separam e ordenam as correntes de tráfego, definindo a parte
da pista normalmente à circulação de veículos, a sua divisão em
faixas reversíveis, a separação de fluxos opostos, faixas de uso
exclusivo de um tipo de veículo, além de estabelecer as regras
de ultrapassagens e transposição.
Marcas Transversais Ordenam os deslocamentos frontais dos veículos e os
harmonizam com os deslocamentos de outros veículos e dos
pedestres, assim como informam os condutores sobre a
necessidade de reduzir a velocidade, e indicam travessia de
pedestres e posições de parada.
Marcas e Canalização Orientam fluxos de tráfego e um via, direcionando a circulação
de veículos. Regulamentam as áreas de pavimento não
utilizáveis.

Marcas de delimitação e Delimitam e propiciam melhor controle das áreas onde é


controle de proibido ou regulamentado o estacionamento e a parada de
estacionamento e/ou veículos, quando associados à sinalização vertical de
parada regulamentação. Em casos específicos, têm poder de
regulamentação.
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Inscrições no Pavimento Melhoram a percepção do condutor quanto às condições de


operação da via, permitindo-lhe tomar a decisão adequada, no
tempo apropriado, para as situações que se representarem.

De acordo com o art. 181 do CTB, estacionar o veículo no passeio ou sobre faixa destinada a
pedestre, sobre ciclovia ou ciclofaixa, bem como nas ilhas, refúgios, ao lado ou sobre canteiros
centrais, divisores de pista de rolamento, marcas de canalização, gramados ou jardim público:
• Infração - grave.
• Penalidade - multa.
• Medida administrativa - remoção do veículo.

Dispositivos auxiliares

São elementos aplicados ao pavimento da via, junto a ela ou nos obstáculos próximos, de
forma a tornar mais eficiente e segura a operação da via. São constituídos de materiais, formas e
cores diversos, dotados ou não de refletividade, com as funções de:
• Incrementar a percepção da sinalização, do alinhamento da via ou de obstáculos à
circulação.
• Reduzir a velocidade praticada.
• Oferecer proteção aos usuários.
• Alertar os condutores quanto a situações de perigo potencial ou que requeiram maior
atenção.

Sinalização semafórica
Composta de indicações luminosas acionadas alternada ou intermitentemente por meio de
sistema elétrico/eletrônico, cuja função é controlar os deslocamentos.
Existem dois grupos:
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• Sinalização Semafórica de Regulamentação — tem a função de efetuar o controle do


trânsito em um cruzamento ou seção de via, pelas indicações luminosas, alternando o direito de
passagem dos vários fluxos de veículos e/ou pedestres.
• Sinalização Semafórica de Advertência — tem a função de advertir a existência de
obstáculo ou situação perigosa, devendo o condutor reduzir a velocidade e adotar as medidas de
precaução compatíveis com a segurança para seguir adiante.

Sinalização de obras

Tem como característica a utilização dos sinais e elementos de Sinalização Vertical,


Horizontal, Semafórica, e de Dispositivos e Sinalização Auxiliares, combinados de forma que:
• Os usuários da via sejam advertidos sobre a intervenção realizada e possam identificar
seu caráter temporário.
• Sejam preservadas as condições de segurança e fluidez do trânsito e de acessibilidade.
• Os usuários sejam orientados sobre caminhos alternativos.
• Sejam isoladas as áreas de trabalho, de forma a evitar a deposição e/ou lançamento de
materiais sobre a via.

Sinalização complementar

Conjunto de sinalização composto por faixas de cor ou mensagens complementares à


sinalização básica, das quais esta última não é dependente. A sinalização complementar tem a
finalidade de:
I – Complementar, por meio de um conjunto de faixas de cor, símbolos ou mensagens
escritas, a sinalização básica, nas seguintes situações:
a) Indicação continuada de rotas de saída;
b) Indicação de obstáculos e riscos de utilização das rotas de saída;
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c) Mensagens específicas escritas que acompanham a sinalização básica, onde for


necessária a complementação da mensagem dada pelo símbolo.
II – Informar circunstâncias específicas em uma edificação ou áreas de risco, por meio de
mensagens escritas;
III – Demarcar áreas para assegurar corredores de circulação destinados às rotas de saídas e
acesso a equipamentos de combate a incêndio e alarme, em locais ocupados por estacionamento
de veículos, depósitos de mercadorias e máquinas ou equipamentos de áreas fabris;
IV – Identificar sistemas hidráulicos fixos de combate a incêndio.

Gestos
De acordo com a Resolução CONTRAN nº 160/04, os gestos utilizados na sinalização viária se
dividem em:
a) Gestos de Agentes da Autoridade de Trânsito
As ordens emanadas por gestos de agentes da autoridade de trânsito prevalecem sobre as
regras de circulação e as normas definidas por outros sinais.
b) Gestos de Condutores
Sinais que os condutores realizam quando vão executar alguma manobra.

Sinais sonoros
Somente devem ser utilizados em conjunto com os gestos dos agentes. Eles prevalecem
sobre as regras de circulação e as normas de trânsito.

Sinais de apito Significado Aplicação


Um silvo breve Siga Liberar o trânsito na direção ou no sentido
indicado pelo agente.

Dois silvos breves Pare Indicar parada


obrigatória.
Um silvo longo Diminua a Utilizar quando for necessário diminuir a
marcha marcha dos veículos.
22

FISCALIZAÇÃO ELETRÔNICA

Em 27 de abril de 2011, por meio da Portaria 407, o Departamento Nacional de Trânsito


(DENATRAN) aprovou a Cartilha de Aplicação de Recursos Arrecadados com a Cobrança de Multas
de Trânsito, visando dar uniformidade à interpretação das normativas vigentes a respeito da
aplicação da referida receita. Dentre as despesas que podem ser geradas a partir das receitas de
multas de trânsito como, sinalização, engenharia e educação, está a de policiamento e fiscalização.
A referida Portaria, em seu artigo 5º, descreve que pode ser considerado elemento de
despesa em Engenharia de Tráfego e de Campo: os estudos relacionados com a fiscalização
eletrônica.
Pode-se considerar que a fiscalização eletrônica é um meio tecnológico de prevenção e
repressão que visa controlar o cumprimento da legislação de trânsito, por meio do poder de polícia
administrativa. A administração exerce o poder de polícia sobre todas as atividades que possam,
direta ou indiretamente, afetar os interesses da coletividade. Legalmente, o Poder de Polícia é
conceituado na Lei nº 5.172, de 25 de outubro de 1972, que institui Código Tributário Nacional
conforme segue.
Art. 78. Considera-se poder de polícia atividade da administração pública que, limitando ou
disciplinando direito, interesse ou liberdade, regula a prática de ato ou abstenção de fato, em razão
de interesse público concernente à segurança, à higiene, à ordem, aos costumes, à disciplina da
produção e do mercado, ao exercício de atividades econômicas dependentes de concessão ou
autorização do Poder Público, à tranquilidade pública ou ao respeito à propriedade e aos direitos
individuais ou coletivos.
Portanto, o poder de polícia é a atividade em que o estado limita a prática de atos ou
condiciona fatos relacionados às liberdades e à propriedade individual priorizando o interesse
coletivo. Esse poder também é discricionário porque cabe à Administração avaliar. Sob a ótica da
conveniência e da oportunidade, quais atividades irá fiscalizar em determinado momento, nos
limites estabelecidos em Lei. É autoexecutável, pois não depende de autorização judicial para impor
as restrições e sanções de polícia administrativa às atividades lesivas à coletividade.
Um dos elementos utilizados nesse processo é a Fiscalização Eletrônica devidamente
previsto e embasado legalmente.
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Regulamentando esse processo de fiscalização, podemos citar a Resolução CONTRAN 165,


de 10 de setembro de 2004 e suas alterações, que trata da utilização de sistemas automáticos não
metrológicos de fiscalização, nos termos do § 2º do artigo 280 do Código de Trânsito Brasileiro.
Outra normativa importante a respeito do assunto que merece ser citada é a Resolução
CONTRAN 396, de 13 de dezembro de 2011, que dispõe sobre requisitos técnicos mínimos para a
fiscalização da velocidade de veículos automotores, reboques e semirreboques, conforme o Código
de Trânsito Brasileiro. Essa normativa estabelece que:
Art.1° A medição das velocidades desenvolvidas pelos veículos automotores, elétricos,
reboques e semirreboques nas vias públicas deve ser efetuada por meio de instrumento ou
equipamento que registre ou indique a velocidade medida, com ou sem dispositivo registrador de
imagem dos seguintes tipos:
I - Fixo: medidor de velocidade com registro de imagens instalado em local definido e em
caráter permanente;
II - Estático: medidor de velocidade com registro de imagens instalado em veículo parado
ou em suporte apropriado;
III - Móvel: medidor de velocidade instalado em veículo em movimento, procedendo a
medição ao longo da via;
IV - Portátil: medidor de velocidade direcionado manualmente para o veículo alvo.

§ 1º Para fins desta Resolução, serão adotadas as seguintes definições:


a) medidor de velocidade: instrumento ou equipamento destinado à medição de
velocidade de veículos.
b) controlador eletrônico de velocidade: medidor de velocidade destinado a fiscalizar o
limite máximo regulamentado para a via ou trecho por meio de sinalização (placa R-19) ou, na sua
ausência, pelos limites definidos no art. 61 do CTB;
c) redutor eletrônico de velocidade (barreira ou lombada eletrônica): medidor de
velocidade, do tipo fixo, com dispositivo registrador de imagem, destinado a fiscalizar a redução
pontual de velocidade em trechos considerados críticos, cujo limite é diferenciado do limite máximo
regulamentado para a via ou trecho em um ponto específico indicado por meio de sinalização
(placa R-19).
24

§ 2º Quando for utilizado redutor eletrônico de velocidade, o equipamento deverá ser


dotado de dispositivo (display) que mostre aos condutores a velocidade medida.
Nota-se analisando o art. 1º da Resolução 396 do CONTRAN que fica claro quais são os
quatro tipos de instrumentos ou equipamentos utilizados na fiscalização eletrônica de velocidade.
Em seu art. 8º, a mesma Resolução afirma alguns conceitos e definições importantes que se
referem aos veículos:
Art. 8º Quando o local ou trecho da via possuir velocidade máxima permitida por tipo de
veículo, a placa R-19 deverá estar acompanhada da informação complementar, na forma do Anexo
V.
§ 1º Para fins de cumprimento do estabelecido no caput, os tipos de veículos registrados e
licenciados devem estar classificados conforme as duas denominações descritas a seguir: I -
“VEÍCULOS LEVES” correspondendo a ciclomotor, motoneta, motocicleta, triciclo, quadriciclo,
automóvel, utilitário, caminhonete e camioneta, com peso bruto total - PBTinferior ou igual a 3.500
kg.

II - “VEÍCULOS PESADOS” correspondendo a ônibus, micro-ônibus, caminhão, caminhão-


trator, trator de rodas, trator misto, chassi-plataforma, motor-casa, reboque ou semirreboque e
suas combinações.
§ 2° “VEÍCULO LEVE” tracionando outro veículo equipara-se a “VEÍCULO PESADO” para fins
de fiscalização.
Ainda na Resolução CONTRAN nº 396, podemos encontrar os requisitos e procedimentos
para realização de estudo técnico que vise à implantação do referido dispositivo.
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REFERÊNCIAS

BRASIL. LEI Nº 9.503, DE 23 DE SETEMBRO DE 1997. Institui o Código de Trânsito Brasileiro.


Disponível em: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/L9503.htm. Acesso em: 24 out 2017.
.LEI Nº 12.587, DE 3 DE JANEIRO DE 2012. Institui as Diretrizes da Política Nacional de Mobilidade
Urbana. Disponível em: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2011-
2014/2012/lei/l12587.htm. Acesso em: 24 out 2017.
.LEI Nº 5.172, DE 05 DE OUTUBRO DE 1966. Dispõe sobre o Sistema Tributário Nacional. Disponível
em http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/L5172Compilado.htm . Acesso em 24 out 2017.
DENATRAN. Portaria Nº 94, DE 31 DE MAIO DE 2017. Instituir o CURSO DE AGENTE
DE TRÂNSITO. Disponível em: http://www.denatran.gov.br/images/Portarias/2017/
Portaria0942017.pdf Acesso em: 24 out 2017.
CONTRAN. Manual Brasileiro de Sinalização de Trânsito. Disponível em: http://www.
denatran.gov.br/images/Resolucoes/Consolidadas/MANUAL_VOL_I.pdf Acesso em: 24 out 2017.
. Resolução 165, de 10 de setembro de 2004. Regulamenta a utilização de sistemas automáticos
não metrológicos de fiscalização, nos termos do § 2º do artigo 280 do Código de Trânsito Brasileiro.
Disponível em: http://www.denatran.gov.br/images/Resolucoes/ Consolidadas/cons165.pdf. Acesso
em: 24 out 2017.
. Resolução 174, de 23 de junho de 2005. Altera e esclarece dispositivos da Resolução CONTRAN
nº 165/04. Disponível em: http://www.denatran.gov.br/download/Resolucoes/
RESOLUCAO_CONTRAN_174_05.p df Acesso em 24 out 2017.
. Resolução 396, de 13 de dezembro de 2011. Dispõe sobre requisitos técnicos mínimos para a
fiscalização da velocidade de veículos automotores, reboques e semirreboques, conforme o Código
de Trânsito Brasileiro. Disponível em: http://www.denatran.gov.br/download/
Resolucoes/RESOLUCAO_CONTRAN_396_11.pdf. Acesso em: 24 out 2017.
GOMIDE. Mobilidade Urbana, Iniquidade e Políticas Sociais. IPEA. Políticas Sociais −
acompanhamento e análise | 12 | fev. 2006.
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2004. Ministério das Cidades, 2004.
Secretaria Nacional de Transporte e da Mobilidade Urbana. Acessibilidade no transporte coletivo
rodoviário urbano. Ministério das Cidades, 2008.
Secretaria Nacional de Transporte e da Mobilidade Urbana. Mobilidade Urbana Sustentável.
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ONU, World Urbanization Prospects: Highlights. Nova Yorque: United Nations, 2014. 27 p.
Disponível em: HTTP://esa.un.org/unpd/wup/Highlights/WUP2014- Highlights.pdf . Acesso em: 27
mar. 2015.
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