Fases Do Civil Declarativo Ordinário Final
Fases Do Civil Declarativo Ordinário Final
Fases Do Civil Declarativo Ordinário Final
1- Introdução............................................................................................................................2
2. Objectivos................................................................................................................................3
2.1. Objectivo Geral.................................................................................................................3
2.2. Objectivos Específicos......................................................................................................3
3. Metodologia.............................................................................................................................3
4. Processo civil declarativo ordinário.........................................................................................4
5. Fases do processo civil declarativo ordinário...........................................................................4
5.1. A fase dos articulados........................................................................................................5
5.1.1. A petição inicial..........................................................................................................5
5.1.4. O pedido.....................................................................................................................7
5.1.5. Cumulação de pedidos:(artigo 470)............................................................................8
6. A citação..................................................................................................................................9
6.1. Citação de pessoas singulares e coletivas..........................................................................9
6.1.2. Efeitos da citação (artigo481).....................................................................................9
7. A contestação (artigo 486ͦ ).....................................................................................................10
10.Conclusão..............................................................................................................................16
11.Referência Bibliografia.........................................................................................................17
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1- Introdução
O código de processo civil estabelece e define as diversas fases ou etapas por que passa
uma acção em tribunal, numa sequência lógica e ordenada de todos os actos que são em
norma praticados no processo, quer pelas partes quer pelo juiz da causa, embora este
esquema seja ordenado não quer dizer que sempre assim aconteça. Nem sempre no
decurso de uma acção tem lugar todas essas fases ou momentos. Pode acontecer que o
processo termine logo no despacho saneador, ou porque a meio do processo as partes
chegam a um acordo ora porque o réu não contesta,etc.
Conclui-se que o processo declarativo comum ordinário tem os seus formalismos cujas
disposições se aplicam subsidiariamente as restantes formas processuais, como os
Articulados que é a fase introdutória do pleito, que é iniciada com a presentação da
petição inicial em juízo e prossegue com a citação do reu para contestar.
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2. Objectivos
3. Metodologia
Para a elaboração de presente trabalho recorreu-se a pesquisa bibliográfica
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4. Processo civil declarativo ordinário
Processo civil comum trata-se de litígios entre privados, sendo a intervenção de estado
mínima, isto difere bastante do processo penal, que por estar ligado ao interesse público
requer uma intervenção de Estado bastante significativa. Isto significa que no processo
civil teremos uma maior liberdade das partes, em comparação com o processo penal.
(MENDES, 1987, Pg 456)
O processo cívil comum tem, essencialmente, quatro fases que não são estanques, o que
quer dizer que podem ter diversas funções.
A fase dos articulados - tem essencialmente como função a alegação dos factos pelas
partes processuais. Os articulados correspondem ao momento inicial do processo e vão
apresentar o caso. É esta, no fundo, a função dos articulados. Os textos iniciais são
juntos ao processo e vão conter as matérias do processo. Nesta fase são as partes o papel
principal;
A fase intermédia - O juiz tem o papel principal e vai ler tudo o que as partes
apresentaram no processo e vai, no fundo, ver se faz sentido, se estão reunidos os
pressupostos processuais, se há temas que já podem ser decididos, se o processo está em
condições de andar, o que é que falta provar e marcar a produção de prova e a audiência
final. Esta fase é chamada, por alguns autores, de “saneamento e condensação”. O que
importa mesmo é para que é que serve e não tanto a sua designação.
A fase da instrução - tem como intenção principal provar. Vai juntar as provas
necessárias para provar os factos essenciais que ainda faltam provar. Pode ter de se
nomear peritos para dizerem o que é que acham daquele facto. Pode ser uma inspeção
judicial, ou seja, é o próprio juiz que vai observar a prova: vai ver o local do acidente, a
obra, etc. Quando as partes juntam os documentos aos articulados, já estão a fazer prova
dos factos a que esses documentos se referem
A fase do julgamento - Depois das alegações há a sentença que irá pôr fim ao processo.
A finalidade desta última parte é decidir o caso. É aquele momento em que também se
produz prova.
O processo inicia-se com a fase dos articulados. Os articulados são as peças em que as
partes expõem os fundamentos da ação e da defesa e formulam pedidos correspondentes
(artigo 467ͦ ) . É-lhes dado o nome de articulados porque têm que vir numerados em
artigos, tendo que vir como tal numerados. (MENDES, 1987, Pg 461)
O processo inicia-se com a petição inicial, considerando-se a ação proposta logo que
seja recebida na secretaria a respetiva petição inicial (artigo 467ͦ.) Desta forma
constitui-se a instância e passa a dizer-se que a ação está pendente.
Para além disto, é impedida a caducidade do direito que se quer fazer valer.
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A iniciativa do autor é insubstituível, pois só ais cabem solicitar a tutela jurisdicional,
que não pode ser oficiosamente concedida
5.1.2. Os requisitos
Os requisitos da petição inicial são os seguintes (artigo 467 ͦ alínea a),b),c), d) e e)):
As alegações de facto consistem nos factos constitutivos da situação jurídica que se quer
fazer valer.
Basicamente, é a história por trás do direito. Através das alegações de facto, o autor
observa o ónus da substanciação.
As alegações de direito, são as razões do direito pelas quais o autor entende que o seu
pedido merece acolhimento. Trata-se de aplicar o direito aos factos constitutivos da
causa de pedir. Ao contrário do que acontece com a causa de pedir, as alegações de
direito não condicionam o conteúdo da sentença: o juiz permanece livre, podendo ir
para além do direito disposto pelo autor. Prevalece aqui o princípio jura novit curia, de
acordo com o qual o juíz conhece o direito, de modo que o advogado não precisa de
informar o fundamento legal: dando os factos a conhecer, o juiz informará do direito.
Isto quer dizer que as alegações de direito não são obrigatórias.
5.1.3. A estrutura
1. Designação do Tribunal;
2. Cabeçalho ou introito (identificação das partes e da forma de processo);
3. Fundamentação da ação por artigos (causa de pedir);
4. Indicação do pedido;
5. Requerimento probatório;
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6. Indicações suplementares (valor da causa, documentos, cópias e duplicados e
comprovativo do pagamento da taxa de justiça);
7. Assinatura da petição
O artigo 148º determina que os articulados são apresentados em duplicado (uma para a
secretaria e outra para entregar à parte contrária). Se o número de réus for superior,
aumentam-se os duplicados.
5.1.4. O pedido
O pedido é aquilo que o autor pretende do tribunal, que quer que o tribunal decida
contra o réu. O pedido tem que ser explícito, isto é, estabelecer expressamente a
pretensão da ação. Para além disto, requer-se a providência processual adequada à tutela
do seu interesse.
Por um lado, o autor afirma ou nega uma situação jurídica subjetiva, ou um facto
jurídico, de direito material; ou manifesta a sua vontade de constituir uma
situação jurídica nova com base num direito potestativo;
Por outro, requer ao tribunal a providência processual adequada à tutela do seu
interesse;
No momento da petição inicial ainda não se sabe o que vai ficar provado, sendo que só
os factos que o juiz considere como provados poderão ser utilizados. Nesta situação de
incerteza pode tornar-se difícil formular um pedido, mas como este é obrigatório nãos e
pode deixar de fazê-lo.
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b) Quando não seja ainda possível determinar, de modo definitivo, as
consequências do facto ilícito, ou o lesado pretenda usar a faculdade do artigo
569º, CC acerca da indicação do montante dos danos;
c) Quando a fixação do quantitativo esteja dependente da prestação de contas ou de
outro ato que deva ser praticado pelo réu;
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6. A citação
Entregue a petição inicial, há que dar conhecimento ao réu da ação que contra ele foi
proposta, possibilitando-lhe o direito de defesa. Para isto, é feita a citação, que consiste
no ato pelo qual se dá conhecimento ao réu de que foi proposta uma ação contra si
(artigo 480ͦ)
Idealmente, conseguiria sempre fazer-se a citação, mas isto nem sempre é possível. Há
citações em que não se consegue encontrar o réu ou em que este não quer mesmo
deixar-se citar, casos em que acaba por ter de se ficcionar uma citação: considera-se a
citação efetuada, apesar de esta não ter sido feita na realidade, produzindo efeitos,
mesmo que depois o réu venha a provar que não tinha conhecimento da ação.
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Torna estáveis os elementos essenciais da causa: a instância fica definida quanto
aos sujeitos, ao pedido e à causa de pedir
Inibe o réu de propor contra o réu uma ação destinada à apreciação da mesma
questão jurídica
Faz cessar a boa-fé do possuidor
O prazo pode, ainda, ser estendido através de requerimento do réu até ao limite máximo
de 30 dias, quando o juiz considere que ocorre motivo ponderoso que impeça ou
dificulte anormalmente ao réu ou ao seu mandatário judicial a organização da defesa.
Relativa: Apesar de não ter contestado, o réu intervém no processo, nem que
seja apenas para constituir mandatário por procuração.
Absoluta: O réu não intervém de modo algum no processo. Nestes casos, o
tribunal é obrigado a verificar se a citação foi feita com as formalidades legais e
ordena a sua repetição quando encontre irregularidades. (artigo 483 ͦ)
A revelia pode ainda ser, quanto aos efeitos que produz: (artigo 484 ͦ)
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O princípio da concentração da defesa é o princípio segundo o qual toda a defesa
deve ser feita na contestação.
Isto é, o réu está obrigado a apresentar todos os seus argumentos na contestação, o que
significa que se quiser apresentar uma defesa mais à frente noutro momento processual
em relação ao que apresentou na contestação, só o poderá fazer se tratarem de factos
supervenientes ou exceções de conhecimento oficioso (questões processuais).
O que alegar posteriormente e fora das exceções não será permitido (artigo 573º). Há,
então, um efeito preclusivo do ónus, no sentido em que se não apresentar aqui todos os
argumentos, preclude a possibilidade de o fazer.
O ónus da impugnação é o ónus e acordo com o qual o réu tem de tomar uma posição
definida quando ao alegado pelo autor. Isto significa uma de três coisas: ou diz que os
factos são verdadeiros, ou que são falsos, ou que não sabe (artigo 490º/1). Os factos que
não forem impugnados, consideram-se admitidos por acordo (artigo 490º/2).
A partir do momento em que há reconvenção passam a existir dois autores e dois réus: o
autor do pedido principal e o autor do pedido reconvencional e o réu do pedido principal
e do pedido reconvencional. Na relação reconvencionalo réu é denominado reconvinte,
enquanto o autor é o reconvindo.
O réu não é obrigado a deduzir reconvenção relativamente a pedido que tenha contra o
autor e esteja relacionado com a causa de pedir: pode fazê-lo naquela ação, ou pedi-la
depois numa ação autónoma.
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Quando o pedido do réu emerge do facto jurídico que serve de fundamento
à ação ou à defesa: quando a causa de pedir da reconvenção é idêntica à causa
de pedir da ação, o pedido reconvencional é admissível. Por exemplo: uma ação
de cumprimento contratual em que a causa de pedir é o contrato, se a parte
contrária disser que desse contrato também resulta uma outra obrigação temos a
mesma causa de pedir para os dois pedidos. Há uma identidade de causa de
pedir. Esta alínea também prevê a situação em que temos exceções perentórias.
Se o reu se defendeu por exceção perentória, ele pode fundamentar um pedido
reconvencional nessa exceção. Por exemplo, o réu defendeu-se dizendo que a
culpa no incumprimento não é sua, mas do autor e por isso também teve danos.
Está a fundamentar o pedido de responsabilidade contratual. A exceção
perentória refere-se a termo “à defesa”. Como a defesa pode ser uma exceção
perentória e esta se caracteriza pela introdução de novos factos, faz sentido que a
reconvenção seja aqui permitida.
Quando o réu se propõe tornar efetivo o direito a benfeitorias ou despesas
relativas à coisa cuja entrega lhe é pedida: por exemplo, alguém foi
arrendatário de uma casa, e teve que fazer obras na casa. Entretanto sai da casa,
não paga as rendas e o senhorio propõe uma ação e na reconvenção o réu diz que
paga as rendas se lhe forem pagas as benfeitorias. Quando se alega a causa de
pedir desta reconvenção tem de se alegar que as benfeitorias são necessárias.
Nesta alínea, o pedido tem que ser o pedido de entrega de uma coisa. Um
exemplo de despesas pode ser o empréstimo de um carro em que a pessoa que o
está a utilizar tem de o levar ao mecânico. Quando o proprietário pede o carro de
volta, o réu pede as despesas que teve com o carro de volta.
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de 15mil. A compensação faz-se até aos 10mil, o valor que se abate, ficando a
sobrar 5mil. Os 5mil são, então, o valor que se vai pedir na reconvenção.
Quando o contra crédito seja inferior ao crédito principal, e ficar tudo provado, o
réu é condenado a pagar a diferença. Se o crédito for 10mil e o contra crédito
7mil, o réu é condenado a pagar 3mil ao autor. Neste segundo caos não se pode
deduzir por exceção perentória, tem de se fazer reconvenção.
Isto foi, durante muitos anos, uma querela doutrinária. Este novo código toma
posição por uma das doutrinas defendidas. A indemnização independentemente
de ter efeito extintivo ou acrescer valor à ação tem de ser conduzida como
reconvenção. A ideia é que há um novo objeto no processo. Hoje em dia é claro
que a compensação tem de ser deduzida por via de reconvenção mesmo quando
não haja nenhum pedido de compensação e aconteça nos casos em que apenas se
reconhece o crédito e se opere a compensação e modo a diminuir o pedido
principal. O que a lei diz é que seja só para compensar, ou só para compensar o
excesso faz-se o pedido de reconvenção.
Quando o pedido do réu tende a conseguir, em seu benefício, o mesmo efeito
jurídico que o autor se propõe obter;
A reconvenção pode ser inepta tal como a petição inicial, mas a consequência não será,
obviamente, a nulidade de todo o processo, mas apenas a da própria reconvenção, com a
consequente absolvição do reconvindo na instância reconvencional.
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A contestação é sempre notificada ao autor, haja ou não lugar a réplica.
Vai caber ao autor verificar se, perante a contestação apresentada pode, ou não haver
réplica. Não havendo lugar a réplica, o autor pode alterar o requerimento de prova
constituída inicialmente apresentado, no prazo de 10 dias a contar a notificação da
contestação (artigo 502 ͦ)
É apresentada pelo autor, o que quer dizer que o autor tem dois momentos para se
pronunciar, enquanto o reu tem apenas um. No entanto, a réplica só é permitida nos
casos específicos mencionados no artigo 501º:
Quando haja reconvenção: para que o autor possa deduzir defesa quanto à
matéria da reconvenção, não podendo a esta opor nova reconvenção;
Nas ações de simples apreciação negativa: para que o autor impugne os factos
constitutivos que o réu tenha alegado e para alegar os factos impeditivos ou
extintivos do direito invocado pelo réu;
Os articulados supervenientes são assim denominados porque surgem fora da fase dos
articulados, isto é, supervenientemente a esta.
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506/1). O encerramento da discussão é o fim da apresentação dos meios de prova, sito é,
quando se ouve a última testemunha. Daí para a frente, o que existe é o julgamento.
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10.Conclusão
Conclui-se que num processo declarativo comum ordinário é acompanhado por diversas
fases ou etapas por que passa uma acção em tribunal e nem sempre o no decurso de uma
acção tem lugar todas fases ou momentos.
Existe nesse caso quatro espécies de articulados; os normais que é a petição inicial,
apresentada pelo autor, marcando o inicio da acção e a contestacão, na qual o reu aduz a
sua defesa; os eventuais que são a réplica para o autor e a treplica param o reu. Dizem-
se eventuais, porque ao contrário dos normais, estes podem ter sempre lugar e por fim
os Articulados supervenientes, esses destinam-se a permitir traze ao processo factos que
tenham ocorrido depois da apresentação dos articulados, ou de as partes só tenham
tomado conhecimento apos aquela apresentação. Assim a sentença vai poder tomar em
consideração esses factos objectiva e subjectivamente supervenientes, a fim de que a
decisão final da acção corresponda a situação existente no momento do encerramento da
discussão.
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11.Referência Bibliografia
MENDES, João De Castro. Direito Processual Cívil: Volume II, Coimbra Livraria
Almeida, 1987
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