Estudo Completo
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Escribas: Eles acreditavam que Deus tinha os castigado por não lerem e
estudarem a lei, sendo assim, se dedicaram a estudar o antigo
testamento e eram considerados mestres e autoridades na interpretação
das escrituras.
Septuaginta: A tradição judaica afirma que, como a língua predominante
da época era o grego, o rei, Ptolomeu Filadelfo reuniu 72 estudiosos
rabinos para traduzirem o antigo testamento para o grego em 72 dias.
Assim, a palavra grega “septuaginta” significa a tradução dos setenta.
Fariseus: Provavelmente surgiram com a revolta dos Macabeus, o nome
fariseu indica “separaram-se” assim como os Macabeus queriam fazer
com o império grego de Antioco Epífanes. Eles interpretavam a lei
rigorosamente de acordo com a tradição oral e obrigava os demais a
seguirem seus ensinos. Embora não fosse alto o número de fariseus,
muitos tinham extrema simpatia por eles.
Saduceus: Esses judeus consumiram bastante da cultura grega e se
tornaram políticos no meio do povo. Eles rejeitavam o antigo testamento
como palavra de Deus, e apenas criam no pentateuco/Torá e por isso
rejeitavam crenças como a ressurreição (Atos 23:6-8).
CONHECENDO A JESUS E OS SEUS ENSINOS
Para quem foi escrito este evangelho? Este evangelho muito provavelmente
foi escrito para a igreja de Antioquia, composta por Judeus e gentios. Conforme
podemos observar em Atos 15.
Jesus
Mateus 2:6 Local de nascimento Miquéias 5:2
Mateus 2:15 Retorno do Egito Oséias 11:1
Mateus 8:17 Cura das enfermidades Isaias 53:4
Mateus 12:18-21 O mestre que se fez Isaias 42:1-4
servo
Mateus 13:34 As parábolas Salmos 78:2
Mateus 21:5 A entrada em Jerusalém Zacarias 9:9
Mateus 21:42 Sua rejeição Salmos 118:22
Mateus 22:44 Sua divindade Salmos 110:1
Mateus 26:31 O abandono Zacarias 13:7
Mateus 26:64 A sua segunda vinda Daniel 7:13
Mateus 27:34,48 A crucificação, o vinho Salmos 69:21
com fel e vinagre
Mateus 27:35 A divisão das suas Salmos 22:18
vestes
Mateus 27:39-40 A zombaria contra ele Salmos 22:7
Mateus 27:46 O clamor de Jesus ao Pai Salmos 22:1
Mateus 27:57-60 Seu sepultamento Isaias 53:9
Mateus 28:19-20 Seu anuncio entre as Isaias 66:18
nações
só. Por último, prometeu retornar com seu reino estabelecido com seus
seguidores fieis, afim de concretizar o plano da salvação de uma vez por todas.
Porém, devemos lembrar que assim como todo o restante das escrituras, as
genealogias são também palavras inspiradas por Deus. Com isso não quero
dizer que devemos ficar discutindo sobre elas e perdendo muito tempo, pois
Paulo exorta: “Mas não entres em questões loucas, genealogias e contendas, e
nos debates acerca da lei; porque são coisas inúteis e vãs.” (Tito 3:9). Mas sugiro
que devemos dar o devido credito na medida em que o Espirito Santo nos
capacitar a observar e aprender tudo quanto for edificante para o nosso estudo.
Livro da geração de Jesus Cristo, filho de Davi, filho de Abraão. Mateus 1:1
“Digo, pois, que Jesus Cristo foi ministro da circuncisão, por causa da verdade de
Deus, para que confirmasse as promessas feitas aos pais;” (Romanos 15:8)
Abraão foi o homem que gerou Israel, e Israel sempre foi representado
por reis, sacerdotes e profetas. Cristo representa a si mesmo, Ele é
quem é rei, sacerdote e profeta, sendo assim, a ultima representação de
Israel entre os homens e Deus. Cumprindo o papel que Deus teria
estabelecido ao seu povo.
Talvez o ensino principal que Mateus está querendo enfatizar aos seus
leitores é o de que, Deus muda gerações os mais improváveis descendentes
fazem parte dessa lista de familiares do Messias. Mentirosos, idolatras, reis
infiéis, prostitutas e todos os tipos de pecadores. Através disso, Deus envia o
Seu Filho amado.
A chegada do Rei foi dessa forma, Mateus se interessa em deixar claro que o
nascimento de Jesus Cristo fosse compreendido plenamente. Os evangelhos
não falam muito sobre a infância de Jesus, mas retratam bem sobre seu
nascimento. Como já vimos no estudo anterior, as mulheres não tinham tanta
proeminência como os homens, e Deus fez questão de contar elas na
genealogia de seu filho, inspirando Mateus. Agora, Mateus novamente começa
por uma mulher e essa é a própria mãe do Messias. A história parece ser um
pouco complicada, pois precisamos avaliar alguns pontos do que ele cita no
primeiro versículo do nosso estudo.
CONHECENDO A JESUS E OS SEUS ENSINOS
“Ora, o nascimento de Jesus Cristo foi assim: Que estando Maria, sua mãe,
desposada com José, antes de se ajuntarem, achou-se ter concebido do
Espírito Santo.” (Mateus 1:18)
Agora que a história começa a ficar complicada, pois, quando o texto diz que
Maria “achou-se gravida” quer dizer que sua gravidez estava começando a ficar
visível. Só que, José e Maria não haviam tido relações ainda, estavam com o
contrato firmado, mas não haviam consumado o casamento morando juntos e
possuindo intimidade física. José percebeu sua gravidez, e provavelmente, as
pessoas logo também perceberiam. Maria não contou nada para José,
provavelmente o Espirito Santo a compeliu a aguardar o momento oportuno,
então José não ficou sabendo de sua própria boca o que aconteceu, nisso, José
também se espantou com o estado qual ela se encontrava. Por isso vemos que
no versículo seguinte José tem uma atitude.
“Então José, seu marido, como era justo, e a não queria infamar, intentou
deixá-la secretamente.” Mateus 1:19
José aqui é retratado como um homem justo, não porque ele era
realmente alguém nitidamente justo, mas porque buscava uma vida de piedade
através da lei, foi considerado assim um homem religioso e conhecedor das
escrituras uma vez que sua atitude é muito nobre em relação a sua época. Pela
CONHECENDO A JESUS E OS SEUS ENSINOS
lei ele poderia ter condenado Maria, segundo deuteronômio 22:23-24, mas
por conta da reputação de Maria, a qual ele provavelmente amava, decidiu
optar por outra parte da lei. A cláusula misericordiosa também punia o
pecado, pois como vimos, ele suspeitando que ela havia cometido fornicação e
sabendo que isso é uma transgressão a lei de Deus, algo então devia ser feito, o
que sucede então é que José em busca pela justiça e pelo amor decide tomar a
atitude particular de se divorciar de Maria, como permitido em Deuteronômio
24:1.
No entanto a história prossegue, e o texto (Vs. 20) diz que José sonhou
e um Anjo do Senhor apareceu para ele e contou toda a história da gravidez de
sua parceira. Isso demonstra que Deus continuou trabalhando de maneira
sobrenatural para que nada atrapalhasse a chegada de Jesus e sempre no exato
momento. O anjo do Senhor sempre apareceu no antigo testamento,
conectando as histórias e agora ele faz menção a José como Filho de Davi
autenticando a sua linhagem real, outra conexão é a do sonho. Deve-se notar
que quando Deus agiu de maneira sobrenatural na vida dessas pessoas pelo
Sonho, o testemunho do Espirito selou em seus corações (como neste caso) a
veracidade do que estava sendo dito. Provavelmente ao ouvir sobre sua
linhagem e conhecendo as escrituras, Deus fez com que se lembrasse da grande
promessa de que através de sua descendência é que o Reino de Deus seria
estabelecido.
Agora o que segue no versículo 21 é que o Anjo anuncia para José duas
coisas:
As ordens dadas por este anjo estão no indicativo, isso quer dizer que eles
deveriam seguir as palavras que estavam sendo pregadas a eles pois faziam
parte dos propósitos de Deus. Jesus significa Jeová Salva e essa palavra tem
origem hebraica no nome de Josué e isso queria dizer que este filho seria o
enviado de Deus para salvar o seu povo dos pecados. Isto não significa que
Jesus veio apenas para o povo de Israel e no decorrer do livro veremos isto,
mas, como vimos na sua genealogia ele é o descendente que seria proclamado
entre todas as nações. Jesus possuía descendência israelita e gentílica, e isso
demonstra que o seu povo não é apenas Israel.
Os judeus podem ter achado que o anjo se referia ao estado político de Israel,
mas o que Mateus vai deixar claro no decorrer do seu livro é que Jesus veio
CONHECENDO A JESUS E OS SEUS ENSINOS
salvar o seu povo não do império Romano, mas sim dos seus pecados. Isso faz
toda diferença na metanarrativa do plano da redenção. Embora Cristo
estabelecesse o reino de Deus para redimir seu povo dos seus pecados, na
frente veremos que a promessa de um Reino político ainda permanece de pé.
1 Tendo Jesus nascido em Belém (Miquéias 5:2) da Judeia, nos dias do rei
Herodes, eis que vieram uns magos do Oriente a Jerusalém.
Os magos falaram para Herodes que O Rei dos judeus havia nascido e
que uma estrela indicava isso. Possa ser uma alusão à Números 24.17.
3 Ao ouvir isso, o rei Herodes ficou alarmado, e, com ele, toda a Jerusalém.
Os escribas como vimos nos estudos anteriores, eram aqueles que liam e
estudavam a lei por crerem que seus antepassados sofreram por
negligenciarem a palavra de Deus. Herodes conhecia a história do
Messias que viria por ser um prosélito e foi consultar os especialistas
para tomar alguma atitude política.
5 Eles responderam: — Em Belém da Judeia, porque assim está escrito por meio
do profeta:
7 Com isto, Herodes, tendo chamado os magos para uma reunião secreta,
perguntou-lhes sobre o tempo exato em que a estrela havia aparecido.
Herodes como um homem cruel que era, começa a traçar um plano para
exterminar a possível ameaça do seu reinado.
9 Depois de ouvirem o rei, os magos partiram; e eis que a estrela que viram no
Oriente ia adiante deles, até que, chegando, parou sobre onde o menino estava.
Deus soberanamente guiou estes magos para que chegassem até Jesus e
lhes prestassem adoração.
12 E, tendo sido avisados por Deus em sonho para não voltarem à presença de
Herodes, os magos seguiram por outro caminho para a sua terra.
Estes versículos nos ensinam algo muito valioso. Jesus deveria ser adorado
por aqueles magos que podem ilustrar os gentios, uma vez que a religião que
eles seguiam era falsa, e que suas práticas se baseavam em esperanças fúteis.
Deus quis por sua soberania guiar estes homens através do que acreditavam,
até o messias verdadeiro, até o menino Jesus. Isso demonstra que nós devemos
redirecionar toda nossa adoração a este mesmo Rei e Senhor sobre todos. Jesus
embora tenha nascido como um menino, ainda assim, era Rei e Senhor do
universo. Enquanto sua mãe o amamentava, ele a sustentava pelo seu poder
infinito. Enquanto seu pai trabalhava, ele providenciava os mantimentos para
sua casa. E enquanto seus inimigos buscavam formas de o matar, ele fazia com
que eles dormissem e acordassem com suas vidas intactas. Jesus embora
estivesse indefeso como um menino, ainda assim era o dono e retentor de toda
a criação. E isso demonstra para nós que a sua vulnerabilidade daquele
momento não deve ser levada com medo ou pena, mas com regozijo, pois não
havia e não há nada neste mundo que possa frustrar os planos de Deus para
cumprir os seus propósitos.