Onus Da Prova Trabalhista
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COLEÇÃO DE EMENTAS
CAMPINAS - VOLUME 31
TRIBUNAL REGIONAL DO TRABALHO DA 15ª REGIÃO
COLEÇÃO DE EMENTAS
Campinas - v. 31 - 2017
© Coleção de Ementas, 2012
Organização
Seção de Pesquisa e Publicações Jurídicas: Assessoria da Escola Judicial:
Laura Regina Salles Aranha Lara de Paula Jorge
Elizabeth de Oliveira Rei
Daniela Vitória Cassiano Gemim
Capa
Marisa Batista da Silva
Anual
v. 31, 2017
_______________________________________________________
VERBETES
TRT da 15ª Região______________________________________________________ 5
ABONO ESPECIAL POR ASSIDUIDADE E REFLEXOS. INDEVIDO. A MM. Juíza de Origem, Dra. Ana
Missiato de Barros Pimentel, bem decidiu a questão posta nos autos: “A reclamante alega que a Lei
Complementar n. 1.000/2009 incorporou o abono especial de assiduidade de 3% ao salário e a partir de
então o reclamado não mais pagou o benefício, o que deveria ocorrer em parcela destacada. Requer,
portanto, o pagamento do benefício desde abril de 2009. Todavia, não lhe cabe razão, pois a partir da
incorporação de uma verba ao salário, ocorre sua extinção, com a majoração do salário no mesmo valor
ou mesmo percentual da verba, não mais cabendo seu pagamento em parcela destacada. Diante disso, é
improcedente este pedido”. Mantém-se. TRT/SP 15ª Região 001109-03.2014.5.15.0071 RO - Ac. 1ª Câmara
729/17-PATR. Rel. Olga Aida Joaquim Gomieri. DEJT 26 jan. 2017, p. 3845.
AÇÃO
AÇÃO CIVIL PÚBLICA. EFEITOS DA DECISÃO. As decisões proferidas em Ações Civis Públicas que
envolvem direitos individuais homogêneos, coletivos ou difusos produzem efeitos erga omnes, atingindo
todos os trabalhadores da empresa contra quem foi prolatada, independentemente da localidade onde
prestam serviços. A limitação territorial do alcance da decisão esvaziaria o sentido desse importante
instrumento processual, eis que o destinatário do comando sentencial estaria, em tese, condicionado à
conduta determinada na decisão apenas em determinadas localidades, criando situação de injustificada
desigualdade. AÇÃO CIVIL PÚBLICA. CUMPRIMENTO DA SENTENÇA. Em razão dos efeitos territorialmente
ilimitados das sentenças dessa natureza, o seu cumprimento pode ser exigido em qualquer localidade nas
quais haja prestação de serviços por empregados abrangidos pela situação descrita no julgado, não havendo,
ACIDENTE
ACIDENTE DO TRABALHO. MOTOBOY ATINGIDO POR “BALA PERDIDA”. FATO DE TERCEIRO. CASO
FORTUITO OU DE FORÇA MAIOR. EXCLUDENTE DE RESPONSABILIDADE DO TOMADOR. Em regra,
a responsabilidade civil do tomador de serviços por acidente de trabalho é subjetiva, sendo, então, mister
que estejam presentes o tripé: dano, nexo causal e culpa (inteligência do art. 7º, inciso XXVIII, da CF, e arts.
186 e 927, caput, do Código Civil). No caso de a atividade ser considerada de risco, a responsabilidade será
objetiva, sendo necessária apenas a presença do dano e do nexo causal (parágrafo único do art. 927 do
Código Civil). Preenchidos os mencionados requisitos, o tomador é responsável pelos danos causados a
seu trabalhador, salvo se forem constatadas circunstâncias excludentes da responsabilidade, como o caso
fortuito ou de força maior, culpa exclusiva da vítima e fato de terceiro. No caso concreto, o de cujus, durante
as suas atividades de motoboy prestados em favor da 1ª ré, acabou se deparando com uma perseguição
policial a bandidos, sendo atingido por uma “bala perdida”, o que culminou em seu falecimento. O episódio,
por mais trágico que tenha sido, não tem relação direta com o trabalho e foge de qualquer controle ou
diligência do tomador. Trata-se de caso fortuito ou força maior, praticado por terceiro desconhecido, sendo,
portanto, excludente de responsabilidade do tomador. Recurso ordinário dos reclamantes a que se nega
provimento. TRT/SP 15ª Região 000544-58.2011.5.15.0131 RO - Ac. 6ª Câmara 17.936/17-PATR. Rel. Ana
Paula Pellegrina Lockmann. DEJT 21 set. 2017, p. 14479.
ACORDO
ACORDO JUDICIAL. CLÁUSULA PENAL. PARCELA PAGA COM ATRASO. EQUIDADE. ART. 413 DO CC.
O acordo judicial é para ser cumprido na forma ajustada e homologada. Havendo inadimplemento deve
incidir a cláusula penal convencionada. Num acordo de vinte parcelas e apenas uma paga em atraso, deve
incidir a cláusula penal respectiva sobre a parcela que fora paga com atraso e não sobre a totalidade do
acordo, por questão de equidade, uma vez que a obrigação principal foi cumprida integralmente, conforme
preconiza o art. 413 do Código Civil. Recurso do exequente parcialmente provido. TRT/SP 15ª Região
117800-66.2009.5.15.0139 AP - Ac. 10ª Câmara 35.136/16-PATR. Rel. Edison dos Santos Pelegrini. DEJT
26 jan. 2017, p. 14600.
CLÁUSULA PENAL. PARCELA DE ACORDO PAGA EM ATRASO. A cláusula penal incide sobre a parcela do
acordo paga em atraso, na medida em que a penalidade deve ser equitativa, mormente quando as demais
prestações foram quitadas pontualmente. A incidência da multa convencional sobre o valor total da avença
afigura-se-nos exacerbada, tendo em vista que apenas uma parcela, de três, fora depositada na sexta-feira,
disponibilizada na segunda-feira, bem como a obrigação principal restou satisfeita. Inteligência do art. 413
do CC/2002. TRT/SP 15ª Região 001484-34.2012.5.15.0116 AP - Ac. 10ª Câmara 18.425/17-PATR. Rel.
Edison dos Santos Pelegrini. DEJT 10 out. 2017, p. 17278.
ACÚMULO DE FUNÇÕES
ADICIONAL
ADICIONAL DE INSALUBRIDADE. Constatada por perícia técnica a exposição ao ruído acima do limite
máximo de tolerância fixado pelo Ministério do Trabalho, sem o uso dos equipamentos de proteção individual
adequados, é devido o pagamento do adicional de insalubridade no grau médio, nos termos previstos na
NR-15. TRT/SP 15ª Região 000262-98.2012.5.15.0029 RO - Ac. 3ª Câmara 9.674/17-PATR. Rel. Helcio
Dantas Lobo Junior. DEJT 18 maio 2017, p. 4075.
ADICIONAL DE INSALUBRIDADE. DIREITO. Constatado, pela prova pericial, não infirmada por outros
elementos, o labor em condições insalubres e a insuficiência dos Equipamentos de Proteção Individual
fornecidos para a neutralização/eliminação do agente insalubre, é devido o adicional previsto no art. 192
da CLT. TURNOS ININTERRUPTOS DE REVEZAMENTO. ALTERNÂNCIA EM PERÍODOS VARIÁVEIS.
CARACTERIZAÇÃO. Demonstrado que o trabalhador se ativou em turnos, compreendendo os períodos
diurno e noturno, com alternância em períodos variados, resta caracterizado o labor em turnos ininterruptos
de revezamento, previsto no art. 7º, XIV, da CF, fazendo jus o trabalhador ao pagamento, como extras, das
horas laboradas após a 6ª diária e 36ª semanal, e respectivos reflexos. ACORDO DE COMPENSAÇÃO
DE JORNADA. PRESTAÇÃO HABITUAL DE HORAS EXTRAS. DESCARACTERIZAÇÃO. Comprovada a
prestação habitual de horas extras, resta descaracterizado o acordo de compensação de jornada, nos moldes
preconizados pelo item IV da Súmula n. 85 do C. TST. HORAS EXTRAS. MINUTOS RESIDUAIS. PREVISÃO
EM NORMA COLETIVA. A partir da vigência da Lei n. 10.234/2001, que fixou em cinco minutos, observado o
máximo de dez minutos diários, o tempo de tolerância para marcação do cartão ponto, não prevalece o ajuste
coletivo fixando tempo superior. Apurado que o tempo de marcação do cartão superava o limite legal (art. 58,
§ 1º, da CLT), a totalidade do tempo deve ser considerado como jornada extraordinária. Súmula n. 366 do C.
TST. INTERVALO INTRAJORNADA. NATUREZA SALARIAL. REFLEXOS. A verba decorrente da supressão
do intervalo intrajornada ostenta natureza salarial, justificando os reflexos nas demais verbas trabalhistas
devidas ao trabalhador. Aplicação da Súmula n. 437, III, do C. TST. DESPESAS. ASSISTÊNCIA MÉDICA
E ODONTOLÓGICA. DESCONTO. AUSÊNCIA DE AUTORIZAÇÃO. ILEGALIDADE. Não comprovado
que o reclamante autorizou os descontos decorrentes de assistência médica e odontológica em folha de
pagamento, devida a devolução dos respectivos valores. TRT/SP 15ª Região 001000-21.2014.5.15.0125
RO - Ac. 9ª Câmara 4.653/17-PATR. Rel. Luiz Antonio Lazarim. DEJT 16 mar. 2017, p. 23146.
ADICIONAL DE INSALUBRIDADE. LAUDO PERICIAL. GRAU MÉDIO. Não havendo provas capazes de
infirmar o laudo pericial que concluiu pela existência de agentes insalubres e/ou perigoso, em grau médio,
indevido o pagamento de adicional em grau máximo, ante a falta de provas. Recurso não provido. TRT/
SP 15ª Região 001009-34.2014.5.15.0011 RO - Ac. 3ª Câmara 16.082/17-PATR. Rel. Helcio Dantas Lobo
Junior. DEJT 17 ago. 2017, p. 7261.
ADICIONAL DE PERICULOSIDADE. Demonstrado pela prova pericial que o trabalhador não realizava
seu labor em área de risco, indevido o pagamento do adicional de periculosidade. TRT/SP 15ª Região
001877-18.2012.5.15.0161 RO - Ac. 9ª Câmara 18.717/17-PATR. Rel. Luiz Antonio Lazarim. DEJT 10 out.
2017, p. 17316.
SEXTA PARTE. EXTENSÃO AOS EMPREGADOS PÚBLICOS DE AUTARQUIA ESTADUAL. ART. 129 DA
CONSTITUIÇÃO DO ESTADO DE SÃO PAULO. O adicional intitulado sexta parte, previsto no art. 129
da Constituição do Estado de São Paulo, é devido aos servidores estatutários e celetistas, integrantes da
administração pública direta, fundacional e autárquica. OJ Transitória n. 75 da SDI-1 do TST. SEXTA PARTE.
BASE DE CÁLCULO. VENCIMENTOS INTEGRAIS. ALCANCE. Vantagens concedidas pelo empregador,
ente público, mediante normatização própria, devem obedecer aos limites em que foram instituídas.
AUXÍLIO ALIMENTAÇÃO. SEXTA PARTE. INTEGRAÇÃO. O auxílio alimentação pago por força do contrato
de trabalho ostenta natureza salarial, devendo integrar a remuneração do trabalhador para todos os efeitos
legais, nos termos da Súmula n. 241 do C. TST. HONORÁRIOS ADVOCATÍCIOS. NÃO CABIMENTO.
Ausente a assistência sindical, indevida a verba de honorários advocatícios - Súmulas n. 219 e 329 do C.
TST. TRT/SP 15ª Região 000415-46.2014.5.15.0067 RO - Ac. 9ª Câmara 18.743/17-PATR. Rel. Luiz Antonio
Lazarim. DEJT 10 out. 2017, p. 17322.
ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA
AGRAVO DE PETIÇÃO. COISA JULGADA. Não há que se falar em prosseguimento do feito quando já
existe decisão transitada em julgado, extinguindo a execução e declarando satisfeitos os créditos, sob pena
de violação ao disposto no art. 5º, XXXVI, da CF/1988. Agravo de petição não conhecido. TRT/SP 15ª
Região 048800-06.2009.5.15.0033 AP - Ac. 1ª Câmara 11.802/17-PATR. Rel. Olga Aida Joaquim Gomieri.
DEJT 13 jun. 2017, p. 129.
AGRAVO DE PETIÇÃO. UNIÃO. EXECUÇÃO FISCAL EXTINTA PELO JUÍZO DE 1º GRAU. AUSÊNCIA
DE MANIFESTAÇÃO DA FAZENDA, NO PRAZO, ACERCA DO CUMPRIMENTO DO PARCELAMENTO
ADMINISTRATIVO DO DÉBITO FISCAL. OFENSA AO ART. 794, I, DO CPC/1973, REPELIDA. Foi
conferida oportunidade para a Fazenda se manifestar, nos autos, deixando de fazê-lo no prazo (30 dias)
que lhe foi assinalado. Tal prazo, por óbvio, é peremptório e revela-se adequado ao volume de serviços da
União, pois bem superior aos prazos legais concedidos aos particulares. Mantém-se. TRT/SP 15ª Região
000301-19.2011.5.15.0098 AP - Ac. 1ª Câmara 506/17-PATR. Rel. Olga Aida Joaquim Gomieri. DEJT 26
jan. 2017, p. 3815.
ARREMATAÇÃO
ARREMATAÇÃO. PREÇO VIL. INOCORRÊNCIA. Indene de violação o preceito do art. 794 da CLT,
ficando a nulidade do ato em alegações subjetivas do agravante. ARREMATAÇÃO. NULIDADE. NÃO
CARACTERIZAÇÃO. PRINCÍPIOS INFORMATIVOS DA EFETIVIDADE DA PRESTAÇÃO JURISDICIONAL.
Não se declara nulidade da arrematação que busca dar efetividade a entrega final da prestação jurisdicional,
quando o valor da alienação não caracteriza preço vil e o devedor não atuou com as cautelas necessárias
para saldar sua dívida, em respeito ao princípio da razoável duração do processo - art. 5º, inciso LXXVIII, da
CF/1988, e o dever de cooperação - art. 6º do CPC/2015. TRT/SP 15ª Região 034400-24.2006.5.15.0087
AP - Ac. 9ª Câmara 9.435/17-PATR. Rel. Luiz Antonio Lazarim. DEJT 16 maio 2017, p. 766.
ASSISTÊNCIA JUDICIÁRIA
AUXÍLIO ALIMENTAÇÃO
BANCÁRIO
BANCÁRIO. CARGO DE CONFIANÇA. A exceção prevista no art. 224, § 2º, da CLT, não é tão restrita
quanto à do art. 62 do mesmo estatuto. Assim, temos que os cargos de confiança, previstos no art. 224, §
2º, da CLT, podem caracterizar-se por: assinaturas autorizadas, valores de alçada, distribuição, fiscalização,
coordenação ou supervisão de outras atividades bancárias, controle (ainda que secundário) de horário e
ausências de funcionários, responsabilidade pela abertura ou fechamento de agências, acesso às chaves
do cofre, senhas de acesso restrito, acesso a dados cadastrais e até mesmo pela percepção de gratificação
de função superior a um terço de seu salário efetivo sem a necessidade de que todas essas atribuições se
verifiquem cumulativamente. Sentença que se mantém. AUXÍLIO ALIMENTAÇÃO. PREVISÃO EM NORMA
COLETIVA E ADESÃO DA EMPRESA AO PROGRAMA DE ALIMENTAÇÃO DO TRABALHADOR - PAT.
NATUREZA INDENIZATÓRIA (INTELIGÊNCIA DA ORIENTAÇÃO JURISPRUDENCIAL DA SBDI1 N. 133
DO COLENDO TRIBUNAL SUPERIOR DO TRABALHO). O auxílio alimentação, quando previsto em norma
coletiva que expressamente declara sua natureza jurídica, ou quando a empresa comprova sua adesão ao
Programa de Alimentação do Trabalhador (Pat), possui natureza indenizatória, e não salarial. Mantém-se.
TRT/SP 15ª Região 001449-80.2013.5.15.0038 RO - Ac. 1ª Câmara 8.910/17-PATR. Rel. Olga Aida Joaquim
Gomieri. DEJT 11 maio 2017, p. 5902.
BANCÁRIO. HORAS EXTRAS. NORMA COLETIVA. SÁBADO NÃO TRABALHADO. DIVISOR APLICÁVEL.
A questão relativa ao divisor aplicável aos bancários, no caso da existência de previsão coletiva estipulando
a repercussão das horas extras sobre o sábado, foi objeto de análise no Incidente de Recursos de Revista
Repetitivos, nos autos do processo IRR-849-83.2013.5.03.0138, que tramitou na Colenda Suprema Corte
Trabalhista. Através de decisão, de caráter vinculante, prolatada no dia 21.11.2016, a Subseção I Especia-
lizada em Dissídios Individuais daquela Corte estabeleceu que a inclusão do sábado como dia de repouso
semanal remunerado, no caso do bancário, não altera o divisor a ser aplicado para cálculo das horas extras,
o qual é definido com base na regra geral prevista no art. 64 da CLT, sendo 180 e 220, para as jornadas nor-
mais de seis e oito horas. Deste modo, considerando-se que a reclamante estava submetida a uma jornada
diária de oito horas, deve ser adotado o divisor 220. TRT/SP 15ª Região 000571-89.2012.5.15.0039 RO - Ac.
5ª Câmara 5.768/17-PATR. Rel. Lorival Ferreira dos Santos. DEJT 30 mar. 2017, p. 13127.
BEM DE FAMÍLIA
BEM DE FAMÍLIA. ALCANCE. O bem de família, protegido pela Lei n. 8.009/1990. restringe-se àquele em
que o casal reside na constância do casamento, não alcançando imóvel que os próprios cônjuges, no formal
de partilha da separação, estabeleceram sua alienação. TRT/SP 15ª Região 000678-88.2010.5.15.0012 AP
- Ac. 9ª Câmara 12.904/17-PATR. Rel. Luiz Antonio Lazarim. DEJT 29 jun. 2017, p. 16079.
BEM DE FAMÍLIA. IMÓVEL UTILIZADO PARA MORADIA DA FAMÍLIA DO EXECUTADO. VALOR SUPE-
RIOR À DÍVIDA TRABALHISTA. IMPENHORABILIDADE. A Lei n. 8.009/1990 garante a impenhorabilidade
ao bem utilizado como moradia permanente da entidade familiar, independente de ser o único de proprie-
dade do executado, não comportando exceção mesmo quando o valor do imóvel é muito superior ao valor
da dívida trabalhista. TRT/SP 15ª Região 000966-27.2011.5.15.0133 AP - Ac. 4ª Câmara 9.134/17-PATR.
Rel. Rita de Cássia Penkal Bernardino de Souza. DEJT 11 maio 2017, p. 8225.
BEM DE FAMÍLIA. LEI N. 8.009/1990. IMPENHORABILIDADE. Caracterizado o uso do imóvel como bem
de família, a impenhorabilidade decorre da aplicação da vedação contida na Lei n. 8.009/1990. TRT/SP 15ª
Região 001832-12.2013.5.15.0021 AP - Ac. 9ª Câmara 18.520/17-PATR. Rel. Luiz Antonio Lazarim. DEJT
10 out. 2017, p. 17297.
BLOQUEIO DE BENS
BOLSA DE ESTUDOS. BENEFÍCIO POSTULADO COM BASE EM NORMA COLETIVA NÃO JUNTADA
AOS AUTOS. INDEFERIDO. Não há como prosperar a condenação ao pagamento de benefício estabelecido
em norma coletiva, quando a parte autora não procede à respectiva juntada com a inicial. Mantém-se. TRT/
SP 15ª Região 000313-41.2012.5.15.0084 RO - Ac. 1ª Câmara 6.011/17-PATR. Rel. Olga Aida Joaquim
Gomieri. DEJT 10 abr. 2017, p. 106.
CÁLCULO ATUARIAL
CÁLCULO DE LIQUIDAÇÃO
CARGO DE CONFIANÇA
CARGO DE CONFIANÇA. INCIDÊNCIA DA EXCEÇÃO PREVISTA NO ART. 62, II, DA CLT. FIDÚCIA
ESPECIAL NÃO CARACTERIZADA. HORAS EXTRAS. PERTINÊNCIA. Para que o trabalhador não usufrua
as vantagens do trabalho prorrogado, é insuficiente a natureza da função ou estar o empregado liberado
dos controles de horário. Deve receber uma contraprestação compatível com o nível de responsabilidade
exigido, justificando o salário recebido às maiores responsabilidades e atribuições que detém. Assim, o
simples fato de o art. 62, II, da CLT, equiparar ao gerente os diretores e chefes de departamento ou filial
não significa dizer que a exceção legal prevista no art. 62, II, da CLT, comporta empregado subordinado
a superior hierárquico, nos exatos contornos da hipótese ora analisada. Na hipótese, as provas coligidas
deixam evidente que embora o demandante exercesse função de destaque, de modo algum exerceu cargo
de confiança, daqueles de mando e gestão, em substituição ao empregador, e que inclusive podem colocar
em risco a própria existência do negócio. Recurso da reclamada a que se nega provimento. TRT/SP 15ª
Região 000015-84.2014.5.15.0082 RO - Ac. 6ª Câmara 35.481/16-PATR. Rel. Fábio Allegretti Cooper. DEJT
26 jan. 2017, p. 8004.
CARGO DE CONFIANÇA. ART. 62, II, DA CLT. NÃO CONFIGURAÇÃO. A caracterização do cargo de
confiança está no elemento fiduciário, representado pelo exercício de atribuições relevantes na estrutura
organizacional da empresa, atuando o trabalhador como verdadeiro representante do empregador.
Verificado que embora o empregado tivesse atribuições diferenciadas, não era a autoridade máxima do
estabelecimento, tampouco detinha poderes expressivos de mando, gestão ou cargo de confiança previsto
no art. 62, II, da CLT. CONTRIBUIÇÃO ASSISTENCIAL/ CONFEDERATIVA. DESCONTO. AUTORIZAÇÃO.
INVALIDADE. RESTITUIÇÃO. CABIMENTO. Não goza de validade autorização do trabalhador firmada no
início do contrato de trabalho, em face da Súmula Vinculante n. 40 do STF, que entende válido o desconto
somente aos empregados associados do sindicato de classe. TRT/SP 15ª Região 001660-64.2013.5.15.0120
RO - Ac. 9ª Câmara 35.306/16-PATR. Rel. Luiz Antonio Lazarim. DEJT 26 jan. 2017, p. 14632.
CARGO DE GERÊNCIA. ART. 62, INCISO II E PARÁGRAFO ÚNICO, DA CLT. NÃO ENQUADRAMENTO.
HORAS EXTRAS. O enquadramento na exceção do art. 62, II, da CLT exige não apenas a demonstração
dos efetivos poderes de mando e gestão, como também a comprovação do recebimento de remuneração
superior a 40% do salário efetivo. Precedente desta C. Câmara. Na hipótese dos autos, além de esses
requisitos não terem sido comprovados, ficou evidenciada a quitação de horas extras em diversos meses,
circunstância que revela a existência de controle da jornada do trabalhador e afasta a incidência da exceção
do referido dispositivo celetista, impondo o pagamento pelo sobrelabor. Recurso do reclamante parcialmente
provido, no particular. TRT/SP 15ª Região 001581-51.2013.5.15.0002 RO - Ac. 4ª Câmara 4.150/17-PATR.
Rel. Eleonora Bordini Coca. DEJT 16 mar. 2017, p. 8310.
CARGO EM COMISSÃO
CERCEAMENTO DE DEFESA
CERCEAMENTO DO DIREITO DE PROVA. PROVA PERICIAL DEFICIENTE. Havendo nos autos justificá-
vel controvérsia acerca da origem ocupacional da doença desenvolvida pelo trabalhador, faz-se necessária
a apuração mediante prova pericial, para a verificação dos reais fatores de risco ergonômico. A elaboração
de laudo técnico deficiente justifica a reabertura da fase de instrução processual, para que seja substituída a
prova pericial. TRT/SP 15ª Região 001009-77.2012.5.15.0084 RO - Ac. 8ª Câmara 7.674/17-PATR. Rel. Luiz
Roberto Nunes. DEJT 27 abr. 2017, p. 15393.
DIREITO DE DEFESA. CERCEAMENTO. NÃO CARACTERIZAÇÃO. Não caracteriza ofensa ao direito de de-
fesa quando, havendo provas preexistentes no processo, a parte não requeira e/ou justifique a necessidade,
para solução da lide, de produção de outras provas. EXECUÇÃO TRABALHISTA. SÓCIO RETIRANTE. RES-
PONSABILIDADE. CABIMENTO. FRAUDE. Não tem incidência a aplicação das regras dos arts. 1.030 e 1.032
do Código Civil, quando comprovada e caracterizada a fraude e má-fé do sócio retirante em deixar de participar
do quadro societário, passando a gerir a sociedade de forma oculta e paralela. TRT/SP 15ª Região 000365-
71.2013.5.15.0029 AP - Ac. 9ª Câmara 18.656/17-PATR. Rel. Luiz Antonio Lazarim. DEJT 10 out. 2017, p. 17302.
CERTIDÃO
CLUBE
COISA JULGADA
COMISSÃO
ESTORNO DE COMISSÕES. IMPOSSIBILIDADE. Segundo o art. 466 da CLT, ultimada a transação, nasce
o direito do empregado em perceber a comissão pela venda. A inadimplência por parte do cliente faz parte
do risco do negócio, que não pode ser transferido ao empregado. Caso contrário, estaríamos admitindo
CONCESSIONÁRIA
CONSÓRCIO
CONTRATO
CONTRIBUIÇÃO
CONTRIBUIÇÕES PREVIDENCIÁRIAS. FATO GERADOR. JUROS E MULTA. Fato gerador, para efeito
de recolhimento das contribuições previdenciárias, é a sentença judicial, ainda que homologatória de
acordo. Assim, cabe ao devedor quitar os tributos previdenciários no mesmo prazo assinalado pelo art.
880 da CLT para o pagamento do crédito trabalhista. TRT/SP 15ª Região 000381-78.2012.5.15.0152 AP -
Ac. 9ª Câmara 9779/17-PATR. Rel. Luiz Antonio Lazarim. DEJT 18 maio 2017, p. 24918.
COOPERATIVA
DANO MORAL
DANO MORAL. BANALIZAÇÃO. INDENIZAÇÃO INDEVIDA. O instituto da indenização por dano moral se
banalizou, em mais da metade das reclamações atuais a reivindicam por qualquer motivo, o empregador
não pode mais estabelecer e cobrar metas, exigir produtividade, admoestar os faltosos e desidiosos, a
introspecção da chefia e colegas ofende. A sensibilidade do trabalhador está exacerbada, não admite ser
fiscalizado e cobrado, olvidando que são poderes conferidos ao empregador pelo art. 2º da CLT, quem
assume o risco da atividade deve e pode exigir produtividade e disciplina no ambiente de trabalho, sob pena
de sucumbir frente à concorrência, caso deixe ao talante de cada empregado trabalhar como lhe aprouver,
sem sequer chamar sua atenção quando necessário. TRT/SP 15ª Região 001773-16.2013.5.15.0153 RO -
Ac. 4ª Câmara 10.727/17-PATR. Rel. Dagoberto Nishina de Azevedo. DEJT 25 maio 2017, p. 7841.
DANO MORAL. DOENÇA OCUPACIONAL. PERDA AUDITIVA. NEXO CAUSAL NÃO DEMONSTRADO.
INDENIZAÇÃO INDEVIDA. A prova dos autos não é suficientemente conclusiva a ponto de que seja
reconhecida a existência de nexo de causalidade entre a doença desenvolvida pelo obreiro e o trabalho por
ele executado em prol da reclamada, seja porque restou evidenciado, de forma irrefutável, que ao reclamante
eram regularmente fornecidos EPIs aptos a neutralizar o fator de risco ruído (protetores auriculares), seja
porque, por ocasião da perícia técnica para a aferição de eventuais agentes insalubres, não foi verificada a
exposição do autor a pressão sonora acima dos limites de tolerância fixados na NR-15 do MTE. Destaque-
se, ainda, que, por ocasião da perícia médica, o próprio obreiro referiu ter laborado, dos 14 aos 17 anos,
como mecânico, e que pratica aeromodelismo há 12 anos (fl. 481-v.). É notório que, na função de mecânico,
o trabalhador está exposto, diuturna e permanentemente, a ruídos intensos provenientes de motores de
automóveis, e que a prática de aeromodelismo implica na exposição a elevados níveis de pressão sonora
por horas a fio, dada a estridência do som produzido pelos propulsores dos protótipos. Logo, o fato de
a perda auditiva do reclamante - que não lhe suprime ou reduz sua capacidade laborativa, diga-se - ter
sido diagnosticada na vigência do pacto laboral havido com a ré, não significa que o labor em favor da
mesma tenha influenciado, de alguma forma, no quadro clínico do reclamante, sobretudo considerando-se
DANO MORAL. DOENÇA OCUPACIONAL. PERDA AUDITIVA. NEXO CAUSAL NÃO DEMONSTRADO.
INDENIZAÇÃO INDEVIDA. A prova dos autos não é suficientemente conclusiva a ponto de que seja
reconhecida a existência de nexo de causalidade entre a doença desenvolvida pelo obreiro e o trabalho por
ele executado em prol da reclamada, seja porque restou evidenciado, de forma irrefutável, que ao reclamante
eram regularmente fornecidos EPIs aptos a neutralizar o fator de risco ruído (protetores auriculares), seja
porque não se considerou que o obreiro manuseava os equipamentos ruidosos de forma eventual, o que
interfere sobremaneira na aferição do quão o labor do obreiro poderia afetar, ou não, sua audição. Reforma-
se. TRT/SP 15ª Região 002998-38.2011.5.15.0025 RO - Ac. 1ª Câmara 718/17-PATR. Rel. Olga Aida Joaquim
Gomieri. DEJT 26 jan. 2017, p. 3843.
DANO MORAL. INDENIZAÇÃO. DOENÇA PROFISSIONAL. CABIMENTO. Apurado que a execução dos
serviços sem as devidas medidas de segurança e proteção à higidez física do trabalhador contribuiu para
o agravamento da doença adquirida pelo empregado, impõe ao empregador a obrigação de indenizar.
Incidência da responsabilidade preconizada pelo art. 7º, XXVIII, da CF/1988. HONORÁRIOS PERICIAIS.
REDUÇÃO. NÃO CABIMENTO. Não merece reparo o valor arbitrado a título de honorários periciais que
representa razoável remuneração pelos serviços prestados pelo auxiliar do Juízo. TRT/SP 15ª Região
001919-25.2013.5.15.0002 RO - Ac. 9ª Câmara 10.037/17-PATR. Rel. Luiz Antonio Lazarim. DEJT 18 maio
2017, p. 24934.
DANO MORAL. VALOR DA INDENIZAÇÃO. Na fixação do quantum indenizatório deve o Juiz adotar critério
de razoabilidade e proporcionalidade entre a lesão de ordem moral sofrida, seus efeitos extrapatrimoniais
porventura perceptíveis, o grau da culpa do lesante e a capacidade econômica do réu. TRT/SP 15ª Região
000409-93.2012.5.15.0007 RO - Ac. 3ª Câmara 6.747/17-PATR. Rel. Helcio Dantas Lobo Junior. DEJT 10
abr. 2017, p. 214.
DANOS MORAIS. NÃO CARACTERIZADO. Não se verificando dos autos qualquer atitude do empregador
que importasse em humilhação do reclamante, ou que viesse a ofender-lhe a honra, a dignidade, a hones-
tidade, a intimidade ou quaisquer outros direitos de sua personalidade, não há que cogitar em indenização
por danos morais. TRT/SP 15ª Região 002152-64.2012.5.15.0161 RO - Ac. 5ª Câmara 16.021/17-PATR.
Rel. Ana Paula Pellegrina Lockmann. DEJT 17 ago. 2017, p. 11734.
EXTRAVIO DA CTPS. CULPA DA RECLAMADA. NEGLIGÊNCIA. DANO MORAL DEVIDO. Em que pese
a ausência de provas de retenção dolosa da CTPS obreira ou má-fé e comprovado que o extravio
ocorreu por culpa da ré, é desta o dever de indenizar, nos termos do art. 52 da CLT. TRT/SP 15ª Região
000219-54.2014.5.15.0042 RO - Ac. 4ª Câmara 221/17-PATR. Rel. Ana Cláudia Torres Vianna. DEJT 26
jan. 2017, p. 6148.
DECISÃO
JULGAMENTO EXTRA PETITA. CARACTERIZAÇÃO. A lide deve ser solucionada nos limites em que foi
proposta - art. 141 do CPC/2015, caracterizando julgamento extra petita a sentença que extrapola os limites
da postulação inicial - art. 492 do CPC/2015. TRT/SP 15ª Região 001711-98.2012.5.15.0059 RO - Ac. 9ª
Câmara 4.605/17-PATR. Rel. Luiz Antonio Lazarim. DEJT 16 mar. 2017, p. 23135.
DEPÓSITO
DOCUMENTO SERÔDIO. VIOLAÇÃO AO DEVIDO PROCESSO LEGAL. Princípio pétreo dos estados
democráticos de direito e que se mantêm sob o império da lei e está consagrado em nossa Constituição no
art. 5º, inciso LV. No âmbito infraconstitucional, seara onde as regras processuais são estabelecidas, sempre
com o norteamento constitucional da igualdade, a apresentação de documentos está estabelecida na CLT,
nos arts. 787 (reclamante) e 845 (reclamado). Documentos novos somente são admitidos para fazer prova
de fatos posteriores aos articulados nas peças básicas (petição inicial e contestação), ou para contrapor-
se a documentos apresentados após os momentos próprios, não se conhecendo daqueles serodiamente
apresentados (Súmula n. 8/TST). TRT/SP 15ª Região 002875-14.2013.5.15.0011 RO - Ac. 4ª Câmara
237/17-PADM. Rel. Dagoberto Nishina de Azevedo. DEJT 9 ago. 2017, p. 312.
DIFERENÇA SALARIAL
DIREITO DO TRABALHO
DIREITO DO TRABALHO. MULTA DO ART. 467 DA CLT, SOBRE AQUELA DE 40% DO FGTS. VERBA
RESCISÓRIA INCONTROVERSA NÃO QUITADA. CABIMENTO. É cediço que a multa de 40% do FGTS, tal
como prevista no § 1º do art. 18 da Lei n. 8.036/1990, deve ser considerada uma parcela rescisória. Assim
se extrai do § 3º do dispositivo legal mencionado. Posto isto, tem-se que a majoração explicitada no art. 467
da CLT deve ser calculada com base em todas as verbas rescisórias incontroversas devidas e não quitadas
em primeira audiência, inclusive sobre a multa sob comento. MULTA DO ART. 477, CLT. PAGAMENTO
IMPERFEITO. DESCABIMENTO. A sentença deferiu o pagamento da multa em questão, considerando que
as verbas rescisórias não foram pagas integralmente. O preceito legal que dá fundamento ao pedido se
reporta “ao pagamento das parcelas constantes do instrumento de rescisão”, não se referindo ao pagamento
imperfeito, como é o caso dos autos. Não há, pois, lugar para a incidência da multa. TRT/SP 15ª Região
001397-44.2013.5.15.0116 RO - Ac. 7ª Câmara 2.967/17-PATR. Rel. Luciane Storel da Silva. DEJT 2 mar.
2017, p. 10763.
DOENÇA
DOENÇA DO TRABALHO. INDENIZAÇÕES POR DANOS MATERIAIS E MORAIS DEVIDAS. O dano moral
visa ressarcir a violação de aspectos íntimos da personalidade, ou seja, ressarce a dor sofrida pelo trabalhador,
que foi gerada pela doença e nexo causal em razão das condições de trabalho a que estava submetido.
Nesse prisma, constatado que a reclamante é portadora de doença do trabalho, oriunda das condições de
trabalho que lhe eram impostas na reclamada, devida é a reparação por danos morais sofridos. Da mesma
forma, constatada a incapacidade laboral, deve o empregador ser responsabilizado pela reparação dos
DOENÇA OCUPACIONAL. INDENIZAÇÃO POR DANOS MATERIAIS E MORAIS. NEXO CAUSAL NÃO
COMPROVADO. Não caracterizado o nexo de causalidade entre as atividades desenvolvidas na empresa e
a alegada doença do reclamante, diante da constatação que se trata de doença não ocupacional, afasta-se
a possibilidade de condenação da reclamada ao pagamento de indenização por danos morais ou materiais.
TRT/SP 15ª Região 001494-42.2010.5.15.0086 RO - Ac. 3ª Câmara 12.042/17-PATR. Rel. Helcio Dantas
Lobo Junior. DEJT 13 jun. 2017, p. 141.
DOENÇA OCUPACIONAL. INDENIZAÇÃO POR DANOS MATERIAIS E MORAIS. NEXO CAUSAL NÃO
COMPROVADO. Não caracterizado o nexo de causalidade entre as atividades desenvolvidas na empresa e
a doença do reclamante, consistente em má formação cardíaca, afasta-se a possibilidade de condenação da
reclamada ao pagamento de indenização por danos morais ou materiais decorrentes da alegada patologia.
TRT/SP 15ª Região 001931-22.2013.5.15.0040 RO - Ac. 3ª Câmara 16.078/17-PATR. Rel. Helcio Dantas
Lobo Junior. DEJT 17 ago. 2017, p. 7261.
DOENÇA OCUPACIONAL. INDENIZAÇÃO POR DANOS MORAIS. NEXO CAUSAL NÃO COMPROVA-
DO. Não caracterizado o nexo de causalidade ou concausalidade, entre as atividades desenvolvidas na
empresa e a alegada doença do reclamante, afasta-se a possibilidade de condenação ao pagamento de
indenização por danos morais, período de estabilidade provisória e reintegração, conforme postulado.
TRT/SP 15ª Região 000334-54.2013.5.15.0125 RO - Ac. 3ª Câmara 270/17-PATR. Rel. Helcio Dantas
Lobo Junior. DEJT 26 jan. 2017, p. 6157.
DOENÇA OCUPACIONAL. COLUNA E OMBRO. NEXO CAUSAL. INDENIZAÇÃO POR DANO MORAL
E MATERIAL. CABIMENTO. Comprovado que as atividades laborais atuaram como fator decisivo para o
surgimento da doença que acometeu o empregado, assim como a culpa do empregador no evento danoso,
uma vez que não foram tomadas todas as medidas e os cuidados necessários para preservar as condições
ergonômicas no ambiente de trabalho, considerados os aspectos individualizados do trabalhador, exsurge
ao empregador a obrigação de indenizar o abalo moral e material imposto ao trabalhador. INTERVALO
INTRAJORNADA. SUPRESSÃO. PAGAMENTO. A supressão do intervalo intrajornada defere ao trabalhador
o pagamento integral do intervalo alimentar e seus reflexos. Súmula n. 437, I e III, do C. TST. HONORÁRIOS
ADVOCATÍCIOS. NÃO CABIMENTO. Ausente a assistência sindical, indevida a verba de honorários
advocatícios - Súmulas n. 219 e 329 do C. TST. TRT/SP 15ª Região 002143-12.2012.5.15.0094 RO - Ac. 9ª
Câmara 18.766/17-PATR. Rel. Luiz Antonio Lazarim. DEJT 10 out. 2017, p. 17327.
DOENÇA OCUPACIONAL. NEXO DE CAUSALIDADE O Nexo Técnico Epidemiológico, embora não possa
estabelecer o nexo causal, é um indicativo de que a autora esteve sujeita a riscos, afastando a necessidade
de realizar a vistoria do local de trabalho, transferindo para empregadora o ônus de demonstrar a existência
de outras causas para a doença manifestada. TRT/SP 15ª Região 000076-72.2013.5.15.0051 RO - Ac. 4ª
Câmara 252/17-PATR. Rel. Ana Cláudia Torres Vianna. DEJT 26 jan. 2017, p. 6154.
DONO DA OBRA
ECT
ELETRICITÁRIO
EMBARGOS
EMPREGADO
EMPRESA
ENQUADRAMENTO SINDICAL
EQUIPARAÇÃO
ESTABILIDADE
EXECUÇÃO
EXECUÇÃO TRABALHISTA. ART. 475-J CPC/1973 (ART. 523, § 1º, DO CPC/2015). INAPLICABILIDADE.
A aplicação dos dispositivos do Direito Comum no processo do trabalho submete-se ao regramento previsto
EXECUÇÃO TRABALHISTA. ART. 523, § 1º, DO NCPC. INAPLICABILIDADE. Em razão de haver no proces-
so do trabalho regramento próprio para a execução, disciplinando a citação e o pagamento da dívida (arts.
880 a 883 da CLT), não há que se falar em omissão da legislação trabalhista e aplicação subsidiária do que
dispõe o art. 523, § 1º, do NCPC (art. 475-J do antigo Código). TRT/SP 15ª Região 185100-45.2008.5.15.0021
AP - Ac. 8ª Câmara 15.007/17-PATR. Rel. Luiz Roberto Nunes. DEJT 3 ago. 2017, p. 14421.
EXECUÇÃO. AGRAVO DE PETIÇÃO. MATÉRIA INOVATÓRIA. PRECLUSÃO. Em sede recursal não merece
apreciação matéria inovatória, não suscitada pela parte no momento processual oportuno, ante a aplicação
do instituto da preclusão. CONTRIBUIÇÃO PREVIDENCIÁRIA. SISTEMA “S”. INCOMPETÊNCIA. Nos
moldes do art. 114, inc. VIII, da CF, a competência da Justiça do Trabalho para a execução de contribuições
destinadas à Seguridade Social está adstrita àquelas previstas no art. 195, inciso I, alínea “a”, e II, da
CF. TRT/SP 15ª Região 225900-52.2007.5.15.0021 AP - Ac. 9ª Câmara 18.533/17-PATR. Rel. Luiz Antonio
Lazarim. DEJT 10 out. 2017, p. 17300.
EXECUÇÃO. LIQUIDAÇÃO. TÍTULO EXECUTIVO. LIMITES. O título executivo deve ser liquidado nos limites
em que foi constituído, sob pena de ofensa à coisa julgada. TRT/SP 15ª Região 000384-21.2013.5.15.0080
AP - Ac. 9ª Câmara 9.823/17-PATR. Rel. Luiz Antonio Lazarim. DEJT 18 maio 2017, p. 24929.
EXECUÇÃO. TÍTULO EXECUTIVO. LIQUIDAÇÃO. ALCANCE. COISA JULGADA. O título executivo deve
ser liquidado nos limites e alcance em que foi constituído, sob pena de ofensa à coisa julgada. TRT/SP 15ª
Região 092600-10.2005.5.15.0103 AP - Ac. 9ª Câmara 18.531/17-PATR. Rel. Luiz Antonio Lazarim. DEJT
10 out. 2017, p. 17300.
INAPLICABILIDADE DO ART. 475-J DO CPC/1973. ART. 523, § 1º, DO CPC/2015. A aplicação dos
dispositivos do Direito Comum no processo do trabalho submete-se ao regramento previsto no art. 769 da
CLT, de modo que havendo determinação na CLT para a execução em 48 horas, sob pena de penhora (arts.
880/883 da CLT), não há lacuna a ser preenchida, sendo inaplicável o teor do art. 475-J do CPC/1973 - art.
523, § 1º, do CPC/2015. TRT/SP 15ª Região 002770-88.2010.5.15.0125 AP - Ac. 9ª Câmara 9.792/17-PATR.
Rel. Luiz Antonio Lazarim. DEJT 18 maio 2017, p. 24922.
EXTINÇÃO DO PROCESSO
FAZENDA PÚBLICA
CUSTAS PROCESSUAIS. FAZENDA PÚBLICA. ISENÇÃO. Sendo a agravante uma fundação pública,
órgão da administração pública indireta, está isenta do pagamento das custas processuais, por aplicação
direta do art. 790-A, I, da CLT. MULTA DO ART. 523, § 1º, DO CPC (ART. 475-J DO CPC/1973). INAPLI-
CABILIDADE À FAZENDA PÚBLICA. Por expressa disposição legal, contida no § 2º do art. 534 do Código
Processo Civil em vigor, a multa prevista no § 1º do art. 523 do CPC/2015, correspondente ao art. 475-J do
CPC/1973, não se aplica à fazenda pública. Agravo de petição a que se dá provimento para excluir da exe-
cução a multa de 10% prevista na legislação processual civil. TRT/SP 15ª Região 001658-32.2011.5.15.0131
AP - Ac. 5ª Câmara 8.199/17-PATR. Rel. Ana Paula Pellegrina Lockmann. DEJT 4 maio 2017, p. 3551.
ENTE PÚBLICO. CONVÊNIO. CONDENAÇÃO SUBSIDIÁRIA. A delegação de atribuições típicas pelo ente
público a empresas que contratam trabalhador pelo regime da CLT gera responsabilidade subsidiária do
primeiro pelo adimplemento de direitos trabalhistas, principalmente quando é o ente público, como no caso,
quem orienta, financia, avalia e fiscaliza a realização das atividades pela entidade contratada. Recurso da
reclamante a que se dá provimento. TRT/SP 15ª Região 000757-32.2014.5.15.0140 RO - Ac. 9ª Câmara
35.630/16-PATR. Rel. Maria Inês Corrêa de Cerqueira César Targa. DEJT 26 jan. 2017, p. 14637.
FÉRIAS
FUNDAÇÃO
HONORÁRIOS
HONORÁRIOS PERICIAIS. REDUÇÃO. NÃO CABIMENTO. Não merece redução a verba de honorários
periciais arbitrados de forma moderada e que atende aos princípios da razoabilidade e proporcionalidade,
representando justa remuneração aos serviços prestados pelo perito judicial. TRT/SP 15ª Região
001830-19.2010.5.15.0095 AP - Ac. 9ª Câmara 12.913/17-PATR. Rel. Luiz Antonio Lazarim. DEJT 29
jun. 2017, p. 16081.
HORAS IN ITINERE. NEGOCIAÇÃO COLETIVA. A prefixação, por meio de norma coletiva, de tempo de
trajeto em até 50% daquele efetivamente gasto pelo trabalhador atende aos princípios da proporcionalidade
e razoabilidade. CONTRIBUIÇÃO ASSISTENCIAL/CONFEDERATIVA. PRECEDENTE NORMATIVO N. 119
DA SDC DO C. TST. E SÚMULA VINCULANTE N. 40 DO E. STF. Somente a contribuição sindical tem
origem legal, a cujo pagamento está obrigado o empregado, independentemente de filiação ou previsão
em norma coletiva da categoria (arts. 578 e seguintes da CLT). As disposições normativas que obrigam aos
descontos a título de contribuição confederativa e assistencial, independentemente de filiação do empregado
à entidade sindical, ofendem o princípio insculpido no inciso V do art. 8º da Constituição Federal. TRT/SP
15ª Região 000500-96.2013.5.15.0154 RO - Ac. 9ª Câmara 13.550/17-PATR. Rel. Thelma Helena Monteiro
de Toledo Vieira. DEJT 6 jul. 2017, p. 21950.
HORAS IN ITINERE. NORMA COLETIVA. VALIDADE. Comprovado que o tempo prefixado na norma
coletiva não é inferior a 50% (cinquenta por cento) do tempo total de percurso, é válida a previsão
normativa, nos termos da Tese Prevalecente n. 1 deste Regional. TRT/SP 15ª Região 000350-
15.2014.5.15.0079 RO - Ac. 9ª Câmara 18.513/17-PATR. Rel. Luiz Antonio Lazarim. DEJT 10 out. 2017,
p. 17295.
HORAS EXTRAS HABITUAIS. SUPRESSÃO. SÚMULA N. 291 DO TST. NÃO CONFIGURAÇÃO. Não
tendo a prova documental evidenciado a supressão do labor extra, habitualmente prestado, inaplicável a
indenização prevista na Súmula n. 291 do C. TST. TRT/SP 15ª Região 001259-68.2014.5.15.0140 RO - Ac.
9ª Câmara 35.299/16-PATR. Rel. Luiz Antonio Lazarim. DEJT 26 jan. 2017, p. 14631.
HORAS EXTRAS. ADICIONAL NOTURNO. DIFERENÇAS. PROVA. NÃO CABIMENTO. É ônus probatório
do trabalhador demonstrar, objetiva e matematicamente, a existência de diferenças de adicional noturno e
de horas extras, não quitadas pelo empregador, não podendo o deferimento do pedido ficar em avaliação
subjetiva do julgador. TRT/SP 15ª Região 001767-63.2013.5.15.0135 RO - Ac. 9ª Câmara 4.656/17-PATR.
Rel. Luiz Antonio Lazarim. DEJT 16 mar. 2017, p. 23147.
HORAS EXTRAS. AJUSTE TÁCITO PARA COMPENSAÇÃO DE HORÁRIO (NÃO TRABALHADO AOS
SÁBADOS). VÁLIDO, NOS TERMOS DO ART. 443 DA CLT. NÃO APLICAÇÃO, AO CASO, DA SÚMULA
N. 85 DO C. TST. INDEVIDAS. Como muito bem decidiu o MM. Juiz de 1ª Instância, Dr. Sidnei Pontes
Braga, no Processo n. 0011466-26.2014.5.15.0044: “Em que pese o respeito ao entendimento exarado na
Súmula n. 85 do TST, entendemos que o ajuste tácito de compensação de horário é plenamente válido,
face aos termos do art. 443 da CLT, uma vez que é manifestamente benéfico ao empregado trabalhar horas
a mais durante a semana para não trabalhar aos sábados, permitindo-lhe mais tempo de lazer e convívio
familiar, e tal situação o empregado sabe muito bem quando é contratado e de plano prefere assim trabalhar,
sendo-lhe muito conveniente (cômodo) atuar desta forma e depois questionar a validade de tal situação e
pretender receber horas extras além da oitava diária. Além disso, a alegação de alteração contratual em
prejuízo do empregado é totalmente descabida, uma vez que a jornada do autor continuou a mesma, não
lhe acarretando nenhum prejuízo a simples assinatura de um acordo de compensação que na realidade
já existia, não havendo sequer alteração contratual. Desta forma, entendemos como válido o acordo de
compensação firmado entre as partes, de forma verbal até a assinatura do documento de fls. 205 e por
escrito após tal assinatura, incumbindo ao autor, diante do pagamento de horas extras, inclusive confessado
em réplica, apresentar diferenças em seu favor, em relação às horas extras prestadas e não compensadas
ou não pagas; contudo, nenhuma prova produziu neste sentido. Face ao exposto, indeferem-se os pedidos
de itens ‘c’ e ‘d’ de fls. 8”. Recurso provido. TRT/SP 15ª Região 000757-11.2013.5.15.0029 RO - Ac. 1ª
Câmara 749/17-PATR. Rel. Olga Aida Joaquim Gomieri. DEJT 26 jan. 2017, p. 3850.
HORAS EXTRAS. BANCO DE HORAS PREVISTO EM NORMAS COLETIVAS. INDEVIDO SEU PAGA-
MENTO. Depois que a Lei n. 9.601/1998, alterando o art. 59 da CLT, criou o banco de horas (posteriormente
alterado pela MP n. 2.164-41/2001) - instituto que visa impedir o corte de empregados pelas empresas, por
meio do qual as horas extras trabalhadas em um dia são compensadas com a correspondente diminuição
em outro dia -, não há mais se falar em nulidade de qualquer acordo de compensação de jornada. Nessa or-
dem, plenamente regular a compensação de horas em testilha, tendo em vista que feita com habitualidade, e
devidamente registrada nas folhas de marcação de ponto da reclamante. Não há qualquer irregularidade na
compensação, mostrando-se escorreita a utilização do banco de horas pelas partes, cumprindo lembrar que
as normas coletivas coligidas demonstram a pactuação mediante a intervenção dos sindicatos, utilizando-se
da autonomia coletiva privada, que é amplamente prestigiada pela Constituição Federal. Observa-se, ainda,
HORAS EXTRAS. CONTROLES DE PONTO NÃO ASSINADOS PELO EMPREGADO. VALIDADE. ÔNUS
DA PROVA. A ausência de assinatura do empregado nos cartões de ponto não os tornam inválidos, uma
vez que o art. 74, § 2º, da CLT nada dispõe a respeito dessa necessidade, tampouco implica a inversão do
ônus da prova, permanecendo a cargo do reclamante a prova do fato constitutivo de seu direito. Aplicação
do art. 818 da CLT. HORAS EXTRAS. DIFERENÇAS. FATO CONSTITUTIVO DO DIREITO. ÔNUS DA
PROVA. Não tendo a reclamante apontado diferenças de horas extras trabalhadas e não pagas, indevidas
as diferenças pleiteadas. TRT/SP 15ª Região 000341-64.2014.5.15.0140 RO - Ac. 9ª Câmara 9.771/17-
PATR. Rel. Luiz Antonio Lazarim. DEJT 18 maio 2017, p. 24917.
HORAS EXTRAS. DOBRAS PARA COBRIR AS FOLGAS E FALTAS DE COLEGAS. VIGILANTE. SISTE-
MA 12X36. INDEVIDAS. O MM. Juiz da Origem, Dr. José Bispo dos Santos, com brilho, assim dispôs a
respeito: “De forma lacônica, o reclamante alega na exordial que por diversas vezes fazia dobras para
cobrir as folgas e faltas de colegas, porém, em momento algum, especificou a dimensão de tal labor, o
que era ônus seu. O desconhecimento do preposto da reclamada sobre tais aspectos é desprovido de
qualquer relevância, pois, como visto, até o próprio reclamante não soube delinear suas alegações. Em
decorrência, restam afastadas as pretensões alusivas ao recebimento pelo suposto labor em dobras rea-
lizadas”. Mantém-se. TRT/SP 15ª Região 001953-52.2013.5.15.0017 RO - Ac. 1ª Câmara 646/17-PATR.
Rel. Olga Aida Joaquim Gomieri. DEJT 26 jan. 2017, p. 3831.
HORAS EXTRAS. MINUTOS RESIDUAIS. TEMPO À DISPOSIÇÃO. O período entre a anotação do cartão
ponto e o início efetivo de labor deve ser computado na jornada de trabalho se superior ao limite de 10
minutos diários, pois configura tempo à disposição do empregador. É irrelevante perquirir quais atividades
o empregado efetivamente exercia neste interregno. Precedentes deste Regional, inclusive em julgamento
de Incidente de Uniformização de Jurisprudência. Recurso do empregador não provido. TRT/SP 15ª Região
000987-48.2014.5.15.0084 RO - Ac. 4ª Câmara 1.535/17-PATR. Rel. Eleonora Bordini Coca. DEJT 9 fev.
2017, p. 915.
HORAS EXTRAS. MINUTOS RESIDUAIS. O cômputo da jornada de trabalho deve coincidir com os registros
de início e término constantes dos cartões de ponto do trabalhador, observando-se as limitações previstas no
§ 1º do art. 58 da CLT e na Súmula n. 366 do TST, considerando-se que em todo o período anotado - com
exceção daquele usufruído para o intervalo intrajornada - o empregado esteve à disposição do empregador,
nos moldes do art. 4º da CLT. JUSTIÇA GRATUITA. REQUISITOS. Para a concessão dos benefícios da justiça
gratuita basta a apresentação de simples declaração do interessado, nos termos do § 3º do art. 790 da CLT.
ADICIONAL DE PERICULOSIDADE. ELETRICISTA. CABIMENTO. PROVA PERICIAL. Constatado pela prova
pericial que o trabalhador estava exposto a risco permanente na execução dos serviços de eletricista, assiste-
lhe o direito a percepção do adicional de periculosidade. TRT/SP 15ª Região 002317-17.2013.5.15.0084 RO
- Ac. 9ª Câmara 18.765/17-PATR. Rel. Luiz Antonio Lazarim. DEJT 10 out. 2017, p. 17326.
ILEGITIMIDADE DE PARTE
ILEGITIMIDADE DE PARTE. POLO PASSIVO. ARGUIÇÃO POR QUEM FOI INDICADA NA INICIAL
COMO DEVEDORA DA TUTELA POSTULADA. PRELIMINAR REJEITADA. Será parte legítima para com-
por o polo passivo da demanda, a princípio, a pessoa apontada na vestibular como ré, em face de quem
se pleiteia a tutela jurisdicional do Estado. A indicação da recorrente como responsável pelo adimplemento
dos valores perseguidos é fato que legitima sua permanência no polo passivo do feito. Preliminar que se
rejeita no particular. TERCEIRIZAÇÃO. RESPONSABILIDADE SUBSIDIÁRIA. APLICAÇÃO DA SÚMULA
N. 331 DO E. TST. A diretriz estampada no inciso IV da Súmula mencionada contempla hipótese de tercei-
rização de mão de obra na atividade meio da empresa, sufragando o entendimento de que o tomador de
serviço é responsável subsidiário em razão da sua culpa in eligendo e in vigilando, pelas obrigações traba-
lhistas não adimplidas pela empresa prestadora de serviços. Recurso ordinário a que se nega provimento.
TRT/SP 15ª Região 001407-51.2013.5.15.0096 RO - Ac. 2ª Câmara 700/17-PATR. Rel. José Otávio de
Souza Ferreira. DEJT 26 jan. 2017, p. 6095.
INDENIZAÇÃO
INDENIZAÇÃO ADICIONAL. DATA BASE. Dispensado o autor após a data base de sua categoria, é inde-
vida a indenização adicional prevista na Lei n. 7.238/1984. TRT/SP 15ª Região 000461-30.2014.5.15.0004
RO - Ac. 8ª Câmara 34.442/16-PATR. Rel. Luiz Roberto Nunes. DEJT 26 jan. 2017, p. 12273.
INÉPCIA
INÉPCIA DA PETIÇÃO INICIAL. NÃO CARACTERIZAÇÃO. A inicial merece ser considerada inepta quando
houver vício formal grave que obste ou dificulte a defesa ou, ainda, quando impeça uma decisão de mérito
acerca dos pedidos. TRT/SP 15ª Região 001742-93.2013.5.15.0056 RO - Ac. 3ª Câmara 9.625/17-PATR.
Rel. Helcio Dantas Lobo Junior. DEJT 18 maio 2017, p. 4065.
INSALUBRIDADE
INTERVALO DE TRABALHO
INTERVALO DO ART. 253 DA CLT. EXPOSIÇÃO AO FRIO. NÃO CONCESSÃO. PAGAMENTO DEVIDO.
Comprovado que o reclamante, durante a sua jornada de trabalho, prestava serviços sob temperaturas que
atingiam índices abaixo do permitido, faz jus ao pagamento do período suprimido do intervalo previsto no art.
253 da CLT. TRT/SP 15ª Região 002197-96.2013.5.15.0011 RO - Ac. 9ª Câmara 4.662/17-PATR. Rel. Luiz
Antonio Lazarim. DEJT 16 mar. 2017, p. 23148.
INTERVALO PREVISTO NO ART. 384 DA CLT. APLICABILIDADE. Plenamente aplicável a norma contida
no art. 384 da CLT, que assegura à mulher um intervalo de no mínimo 15 minutos antes do início do labor
INTERVENÇÃO
JORNADA DE TRABALHO
HORA NOTURNA REDUZIDA. REGIME 12X36. A edição da Carta Política de 1988 não revogou as
disposições concernentes à redução ficta da jornada noturna, inscritas no art. 73, § 1º, da CLT, pois ao
JORNADA DE TRABALHO. PROVA. ÔNUS DO EMPREGADOR. O poder de direção que o art. 2º da CLT
atribui ao empregador atrai os deveres de organizar a mão de obra quanto à forma e duração de trabalho,
devendo, também por força de lei, manter e, quando necessário, apresentar, os controles de jornada, na
forma especificada no art. 74 da CLT. BANCÁRIO. HORAS EXTRAS. PROVA CABAL DO EXERCÍCIO DO
CARGO DE CONFIANÇA. O gerente bancário excepcionado da duração do trabalho legal, ocupa a função
mais elevada dentro da agência onde trabalha, tem poderes para administração com responsabilidade
gerencial respectiva tão ampla quanto as exigidas para administração de uma agência, é investido de
mandato e percebimento de padrão salarial superior ao dos demais empregados, impondo-se comprovação,
de fato, de poderes de mando e gestão. TRT/SP 15ª Região 000277-79.2014.5.15.0067 RO - Ac. 4ª Câmara
009/17-PADM. Rel. Dagoberto Nishina de Azevedo. DEJT 26 jan. 2017, p. 6174.
JUROS DE MORA
MASSA FALIDA. JUROS DE MORA. APLICAÇÃO DO ART. 124 DA LEI N. 11.101/2005. Os juros de mora
contra a massa falida só não são exigíveis, após a decretação da falência, se o ativo apurado não for suficiente
para o pagamento dos credores subordinados. A existência de saldo suficiente, ou não, e a consequente
aplicação de juros deverá ser analisada no Juízo falimentar. TRT/SP 15ª Região 001361-33.2013.5.15.0041
RO - Ac. 3ª Câmara 149/17-PATR. Rel. Helcio Dantas Lobo Junior. DEJT 26 jan. 2017, p. 6134.
JUSTA CAUSA
DEMISSÃO POR JUSTA CAUSA. ATO ÚNICO. ATO DE IMPROBIDADE. O ato de improbidade ocorre
quando o empregado, em total afronta às regras de conduta que se espera nas relações de trabalho, age no
sentido de lesar o patrimônio de seu empregador ou de terceiros. A atitude do empregado não atinge apenas
o patrimônio de seu empregador, ou de terceiros, mas, sim, retira do contratante a fidúcia que deve nortear
as relações de emprego, havendo preenchimento dos requisitos objetivos e subjetivos caracterizadores do
ato de improbidade. Nesse sentido, a quebra de confiança que enseja a ruptura do contrato de trabalho
por justa causa pode verificar-se através de um único ato, não havendo a necessidade de sopesamento do
tempo de serviço prestado ao empregador com a prática da falta. Recurso provido na hipótese. TRT/SP 15ª
Região 001095-80.2011.5.15.0020 RO - Ac. 3ª Câmara 12.037/17-PATR. Rel. Helcio Dantas Lobo Junior.
DEJT 13 jun. 2017, p. 140.
DISPENSA POR JUSTA CAUSA. DESÍDIA CONFIGURADA. O direito de faltar ao serviço por motivo justo
não desobriga o empregado de justificar a ausência e, no caso, devendo fazê-lo ao menos em sede judicial,
para afastar a desídia apontada pelo empregador. Deveras, é verdade que o reclamante não foi assíduo
ao trabalho. O absenteísmo é manifesto, como dimana dos controles de frequência jungidos aos autos.
A persistência do laborista na conduta desidiosa, consubstanciada em reiteradas faltas não justificadas,
constitui desrespeito contumaz em relação às obrigações contratuais. A circunstância é suficientemente
grave a ensejar a quebra de fidúcia entre as partes. Autoriza a aplicação da justa causa prevista na alínea
“e”, do art. 482 da CLT. Correta, pois, a conduta do empregador ao dispensar o reclamante por justo motivo.
Mantém-se. DISPENSA POR JUSTA CAUSA. DESÍDIA CONFIGURADA. A MM. Juíza de 1º Grau, Dra.
Ludmilla Ludovico Evangelista da Rocha, bem decidiu a questão. Veja-se: “Analisando-se detidamente
os autos, constata-se que o obreiro, nos sete meses de trabalho, faltou injustificadamente em diversas
oportunidades. Nota-se, ainda, do processado, que a reclamada advertiu o reclamante, aplicou-lhe suspensão
e mesmo assim o obreiro continuou a faltar. Importa mencionar que a testemunha ouvida a rogo do obreiro
confirmou que ele ausentava-se do trabalho. Verificou-se, ainda, do conjunto probatório, que não é prática
da reclamada não aceitar os atestados médicos apresentados pelos seus empregados (vide depoimento
da testemunha ouvida a rogo do reclamante). Por todo o exposto, e diante do comportamento desidioso do
reclamante, correta a justa causa aplicada. Indefiro, assim, o pedido de reversão da justa causa. Ressalta-
se que, diante da justa causa aplicada, mesmo se tivesse sido reconhecido o nexo de causalidade ou
concausalidade entre a doença e o labor, não teria ele direito à garantia de emprego prevista no art. 118 da
Lei n. 8.213/1991. Destarte, indefiro os pedidos contidos nos itens a, i, j, k, k, m, n de fls. 9 e 10 da petição
inicial”. Mantém-se. TRT/SP 15ª Região 001880-46.2013.5.15.0093 RO - Ac. 1ª Câmara 637/17-PATR. Rel.
Olga Aida Joaquim Gomieri. DEJT 26 jan. 2017, p. 3830.
DISPENSA POR JUSTA CAUSA. GRADAÇÃO DA PENALIDADE. A dispensa por justa causa macula a vida
profissional do trabalhador e sua aplicação somente pode ser admitida quando inequívoca a gravidade do
comportamento do empregado. Por tal razão, o empregador deve adotar procedimentos que evidenciem a
orientação e a gradação da pena. Não pode o autor, assim, ainda que tenha agido com total imprudência, ter
seu contrato rompido por justa causa, já que a conduta motivadora do acidente, além de ser do conhecimento
do seu superior e por ele tolerada, era usualmente adotada por outros empregados. TRT/SP 15ª Região
000548-57.2012.5.15.0100 RO - Ac. 4ª Câmara 255/17-PATR. Rel. Ana Cláudia Torres Vianna. DEJT 26 jan.
2017, p. 6154.
JUSTA CAUSA. IMPROBIDADE. Pratica a falta classificada no art. 482, “a”, da CLT, o empregado que tem
ciência do furto praticado pelo colega de trabalho dentro da empresa e age de forma a acobertá-lo, sem
denunciar ou comunicar o ato aos superiores, existindo, ainda, nos autos, claros indícios de sua participação
no ato delituoso. A infração evidencia desvio de conduta e representa séria violação aos deveres de
fidelidade, de obediência e de boa-fé a que o empregado está sujeito, incompatível com o prosseguimento
da relação de emprego. Reforma-se. DANO MORAL. INDENIZAÇÃO. COMPROVAÇÃO INCONTESTE DE
PRÁTICA DE ATO LESIVO À HONRA E À DIGNIDADE DO TRABALHADOR. IMPRESCINDIBILIDADE.
REVERSÃO DA JUSTA CAUSA. Ao empregador, ante seu poder diretivo, é dada a possibilidade de rescindir
o contrato de trabalho, por justa causa do trabalhador. A dispensa por justa causa, mesmo que venha a ser
revertida judicialmente, quando não provoque nenhum dano efetivo ao empregado, não enseja o direito
à indenização por danos morais. Reforma-se. RESPONSABILIDADE SUBSIDIÁRIA. DONA DA OBRA.
INEXISTÊNCIA. A dona da obra não pode ser responsabilizada solidária ou subsidiariamente por eventuais
créditos decorrentes de demanda envolvendo a empresa construtora contratada e seu empregado. O
contrato firmado entre as empresas para realização de obra certa possui natureza estritamente civil, assunto
alheio a esta Justiça Especializada, que em nenhum momento se confunde com o contrato de trabalho
que se estabelece entre a empresa fornecedora dos serviços e seus funcionários. Mantém-se. TRT/SP 15ª
Região 000430-93.2014.5.15.0041 RO - Ac. 1ª Câmara 17.013/17-PATR. Rel. Olga Aida Joaquim Gomieri.
DEJT 5 set. 2017, p. 149.
REVERSÃO JUDICIAL DA JUSTA CAUSA E DANOS MORAIS. A reversão judicial da dispensa por justa
causa em dispensa imotivada pelo empregador, por si só, não gera direito a indenização por danos morais.
Para serem devidos estes, tem que se demonstrar que o empregador teve uma conduta abusiva quando
da apuração dos fatos capaz de caracterizar uma ofensa à honra ou à imagem do trabalhador. TRT/SP 15ª
Região 000420-43.2014.5.15.0140 RO - Ac. 11ª Câmara 1.894/17-PATR. Rel. Eder Sivers. DEJT 16 fev.
2017, p. 10769.
LEGITIMIDADE
LEGITIMIDADE PASSIVA AD CAUSAM. A legitimidade ad causam, uma das condições da ação, é matéria
de ordem pública e deve ser objeto de análise pelo Julgador in abstrato, no momento em que provocada a
jurisdição. DEMISSÃO POR JUSTA CAUSA. INDENIZAÇÃO POR DANOS MORAIS. A demissão por justa
causa por si só não interfere no pedido de dano moral. TRT/SP 15ª Região 000587-94.2014.5.15.0161 RO
- Ac. 8ª Câmara 10.082/17-PATR. Rel. Luiz Roberto Nunes. DEJT 25 maio 2017, p. 17328.
LIDE TEMERÁRIA. DESLEALDADE PROCESSUAL. Reputa-se litigante de má-fé aquele que altera a
verdade dos fatos pleiteando em Juízo pretensão destituída de qualquer fundamento. Deduzir defesa contra
fato incontroverso, alterar a verdade dos fatos, usar o processo para conseguir objetivo ilegal, opor resistência
injustificada ao andamento do processo, proceder de modo temerário, provocar incidente manifestamente
infundado e recorrer com intuito meramente protelatório, são atitudes típicas do improbus litigator, na forma
dos incisos do art. 80 do Código de Processo Civil, as quais não devem ser toleradas por uma Justiça
comprometida com a prestação jurisdicional. TRT/SP 15ª Região 002200-42.2013.5.15.0014 RO - Ac. 4ª
Câmara 126/17-PADM. Rel. Dagoberto Nishina de Azevedo. DEJT 27 abr. 2017, p. 10494.
MANDADO
MANDADO DE INJUNÇÃO. JUSTIÇA DO TRABALHO. COMPETÊNCIA. Conforme se extrai dos arts. 102,
I, “q” e 105, I, “h” e 114 da Constituição Federal de 1988, a Justiça do Trabalho detém competência para
apreciação deste mandado de injunção, quando o regime adotado pelo Município é o celetista. MANDADO
DE INJUNÇÃO. REVISÃO GERAL ANUAL. SÚMULA VINCULANTE N. 37 DO E. STF. NÃO INCIDÊNCIA.
Tratando a matéria debatida nos autos de revisão geral anual, cujo objetivo é assegurar a irredutibilidade
dos vencimentos pela reposição da variação inflacionária, não incide à hipótese o disposto na Súmula
Vinculante n. 37 do E. STF, que trata de matéria diversa, afeta ao reajuste salarial que se direciona à
revalorização de uma determinada carreira, com aumento real de despesas salariais. REVISÃO GERAL
ANUAL. LEI DE RESPONSABILIDADE FISCAL Os arts. 22, parágrafo único, I, e 71 da LC n. 101/2000 (Lei
de Responsabilidade Fiscal) excepciona a revisão geral anual prevista no art. 37, X, da CF/1988, liberando-a
da observância dos limites previstos em seus arts. 19 e 20. Nesta esteira, a concessão de revisão salarial
apenas aos empregados da Câmara Municipal consubstancia insustentável discriminação e violação do
princípio da isonomia contra os trabalhadores substituídos pelo impetrante. MANDADO DE INJUNÇÃO.
CONCRETIZAÇÃO DOS DIREITOS PREVISTOS NA CONSTITUIÇÃO FEDERAL. MORA LEGISLATIVA.
ACIONAMENTO DO PODER JUDICIÁRIO. O mandado de injunção tem por finalidade viabilizar a fruição
de direitos previstos na Constituição da República, notadamente quando inexistente norma regulamentar
necessária para concretizá-los. No caso, a notória inexistência da necessária lei municipal para efetivar o
direito assegurado pelo art. 37, X, da CF/1988, impossibilita a revisão geral anual dos salários dos servidores
MÉDICO
MOTORISTA
MULTA
MULTA DE 10% DO ART. 523, § 1º, DO NCPC (ART. 475-J, DO CPC/1973), NA EXECUÇÃO TRA-
BALHISTA. INAPLICABILIDADE. Categórica a doutrina do saudoso jurista Valentin Carrion, que assim
dispõe: Não podemos utilizar aqui o recente art. 475-J do CPC, ou seja, cobrar multa de 10% pelo não
pagamento, pois a pena imposta pela CLT é a penhora e não a multa, portanto não existe omissão que
justifique a aplicação subsidiária do CPC, e ainda que o caso fosse de omissão, a norma a ser aplicada
seria a Lei de Execução Fiscal - L. 6.830/1980, CLT, art. 889. (Comentários à CLT. 36. ed. São Paulo:
Saraiva, 2011, p. 838). Reforma-se. TRT/SP 15ª Região 192600-32.2009.5.15.0053 AP - Ac. 1ª Câmara
632/17-PATR. Rel. Olga Aida Joaquim Gomieri. DEJT 26 jan. 2017, p. 3829.
MULTA DE 10% DO ART. 523, § 1º, DO NCPC (ART. 475-J, DO CPC/1973), NA EXECUÇÃO TRA-
BALHISTA. INAPLICABILIDADE. Categórica a doutrina do saudoso jurista Valentin Carrion, que assim
dispõe: Não podemos utilizar aqui o recente art. 475-J do CPC, ou seja, cobrar multa de 10% pelo não
pagamento, pois a pena imposta pela CLT é a penhora e não a multa, portanto não existe omissão que jus-
tifique a aplicação subsidiária do CPC, e ainda que o caso fosse de omissão, a norma a ser aplicada seria
a Lei de Execução Fiscal - L. 6.830/1980, CLT, art. 889. (Comentários à CLT. 36. ed. São Paulo: Saraiva,
2011, p. 838). Reforma-se. CONTRIBUIÇÕES PREVIDENCIÁRIAS. FATO GERADOR. Conforme disposi-
ção constitucional, o que caracteriza o fato gerador das contribuições previdenciárias são os rendimentos
do trabalho pagos ou creditados (alínea “a” do inciso I do art. 195), e não a efetiva prestação dos serviços.
Assim, e considerando-se, ainda, que o direito reconhecido em sentença transitada em julgado se materia-
liza quando da liquidação, de conclusão obrigatória que sobre os créditos previdenciários somente incidirão
juros equivalentes à taxa referencial do Sistema Especial de Liquidação e de Custódia (Selic) e multa de
mora, nos termos da legislação previdenciária, caso seja desconsiderado o prazo legalmente estabeleci-
do, qual seja, até o dia 20 (vinte) do mês subsequente ao pagamento (na forma do art. 30, inciso I, alínea
“b”, da Lei n. 8.212/1991), hipótese em que se caracterizará a mora do devedor. O entendimento de que a
atualização do crédito previdenciário pode ser efetuada desde a época da prestação de serviços - anterior-
mente, portanto, à efetiva quitação dos haveres trabalhistas - abre a absurda possibilidade de a autarquia
previdenciária receber valores superiores àqueles que lhe seriam cabíveis, posto que tais quantias estão
sujeitas a alterações próprias do curso da execução, a qual, é cediço, habitualmente é cheia de percalços.
Chegaríamos, também, ao descalabro de proporcionar a satisfação do acessório - crédito previdenciário
- antes mesmo do principal - crédito trabalhista, em flagrante prejuízo dos laboristas que ingressam nesta
Especializada. Reforma-se, em parte. TRT/SP 15ª Região 000425-24.2011.5.15.0026 AP - Ac. 1ª Câmara
2.231/17-PATR. Rel. Olga Aida Joaquim Gomieri. DEJT 16 fev. 2017, p. 819.
MULTA DO ART. 477 DA CLT. PAGAMENTO PARCIAL DOS HAVERES RESCISÓRIOS. Esta Relatora
possui entendimento no sentido de que o pagamento parcial das verbas rescisórias não dá ensejo à
MUNICÍPIO
NULIDADE
ÔNUS DA PROVA
LABOR AOS DOMINGOS. DIFERENÇAS. ÔNUS DA PROVA. Alegado o labor aos domingos sem a
contraprestação correspondente e, tendo a empresa juntado cartões de ponto e recibos exibindo a quitação
de horas extras com adicional de 100%, compete ao reclamante demonstrar, ainda que por amostragem,
a existência das diferenças alegadas, por ser fato constitutivo do seu direito. TRT/SP 15ª Região 000533-
97.2013.5.15.0021 RO - Ac. 3ª Câmara 9.672/17-PATR. Rel. Helcio Dantas Lobo Junior. DEJT 18 maio
2017, p. 4075.
PEDIDO DE DEMISSÃO
PENHORA
PETIÇÃO
PETIÇÃO PROTOCOLADA, POR E-DOC, EM JUÍZO DIVERSO DAQUELE EM QUE TRAMITA A AÇÃO.
IRREGULARIDADE. RESPONSABILIDADE DO PETICIONÁRIO. APLICAÇÃO DO ART. 9º, § 2º, E ART. 11, II,
DA INSTRUÇÃO NORMATIVA N. 30/2007 DO C. TST. Nos termos da IN n. 30/2007, compete exclusivamente
ao usuário a equivalência entre os dados informados para envio e os constantes da petição. Também a
ele cabe a obrigação de conferir o recibo informado pelo sistema, no qual constam todas as informações
referentes ao processo e ao destino. Por fim, ainda é possível ao usuário que consulte a qualquer tempo os
documentos enviados e respectivos recibos. A agravante deixou de apresentar os embargos de declaração
no Juízo competente, não se tratando, assim, de mera irregularidade, mas de erro inescusável, causado
pela própria parte, que não suspende o prazo temporal para apresentação da peça cabível. Agravo de
petição não provido. TRT/SP 15ª Região 181300-50.2002.5.15.0043 AP - Ac. 1ª Câmara 17.028/17-PATR.
Rel. Olga Aida Joaquim Gomieri. DEJT 5 set. 2017, p. 151.
PLENÁRIO
PONTO
VIA VAREJO. DIFERENÇAS DE HORAS EXTRAS. CARTÕES DE PONTO. Os cartões de ponto nos quais
constam horários variados de trabalho possuem presunção relativa de veracidade. Todavia, provado por
meio de testemunhas que o trabalhador se ativava em diversas ocasiões antes de registrar a entrada e
após registrar a saída, desincumbindo-se o reclamante de seu ônus probatório (art. 818 da CLT), deve ser
mantida a condenação em diferenças de horas extras. Recurso não provido. TRT/SP 15ª Região 000816-
69.2014.5.15.0059 RO - Ac. 9ª Câmara 10.546/17-PATR. Rel. Thelma Helena Monteiro de Toledo Vieira.
DEJT 25 maio 2017, p. 31631.
PRAZO
CONTAGEM DO PRAZO PRESCRICIONAL. TERMO FINAL. DIA NÃO ÚTIL. ENVIO DA PETIÇÃO POR
MEIO ELETRÔNICO. Conforme interpretação dos arts. 224, § 1º, do NCPC e 775, parágrafo único, da CLT,
considera-se que o término do prazo prescricional bienal, que recaia em dias em que não haja expediente
forense, prorroga-se para o primeiro dia útil subsequente. De outra parte, a Instrução Normativa n. 30/2007
do C. TST dispõe que serão consideradas tempestivas as petições transmitidas até às 24 (vinte e quatro)
horas do seu último dia. No caso dos autos, verifica-se que a presente ação foi ajuizada por meio eletrônico,
sendo recebida no dia 19.12.2013, às 21h55. Nestes termos, o peticionamento eletrônico ocorreu dentro
do prazo prescricional, que se encerraria apenas em 7.1.2014. Mantém-se. TRT/SP 15ª Região 000002-
31.2014.5.15.0003 RO - Ac. 1ª Câmara 8.920/17-PATR. Rel. Olga Aida Joaquim Gomieri. DEJT 11 maio
2017, p. 5904.
PRECATÓRIO
PRECLUSÃO
PRESCRIÇÃO. MATÉRIA PREJUDICIAL NÃO DEVOLVIDA À INSTÂNCIA RECURSAL. A teor dos arts.
1.010, III, e 1.013 do NCPC e em consonância com o princípio da dialeticidade, a matéria passível de
conhecimento pela instância recursal restringe-se àquela impugnada no recurso. Não há como prosperar o
apelo, se a parte deixa de devolver à análise da Instância recursal o decreto prescricional, real fundamento
adotado na sentença para o insucesso da ação. TRT/SP 15ª Região 000203-06.2014.5.15.0138 RO - Ac. 8ª
Câmara 8.756/17-PATR. Rel. Luiz Roberto Nunes. DEJT 11 maio 2017, p. 19766.
PROCESSO DO TRABALHO
PROFESSOR
PROVA
PROVA PERICIAL. REJEIÇÃO. O Juízo não se encontra adstrito à conclusão pericial. Porém, a rejeição da
perícia é uma medida excepcional, devendo ocorrer com base na existência de outros elementos probatórios
contrários e mais convincentes que o laudo, o que não ocorre nos presentes autos. TRT/SP 15ª Região
001692-43.2013.5.15.0161 RO - Ac. 3ª Câmara 14.626/17-PATR. Rel. Helcio Dantas Lobo Junior. DEJT 27
jul. 2017, p. 7838.
PROVA TESTEMUNHAL. DEBATE SOBRE SUA VALIDADE. TROCA CÍCLICA DE FAVORES ENTRE 4
(QUATRO) EMPREGADOS, SENDO QUE TODOS PEDIRAM DEMISSÃO NA MESMA DATA. SUSPEIÇÃO
DA TESTEMUNHA DO AUTOR, COM RECLAMATORIA IDÊNTICA, SENDO QUE TODOS FORAM
PATROCINADOS PELO MESMO ADVOGADO. ACOLHIDA. DEPOIMENTO ANULADO. ART. 447, § 3º,
INCISO II, DO CPC DE 2015. A recorrente sustenta que a testemunha do autor é suspeita, devendo seu
depoimento ser desconsiderado. Alega que houve troca de favores, pois as testemunhas dos feitos 626-
28/2013, 627-13/2013, 628-95/2013 e 2609-62/2013, que tramitam na Vara do Trabalho de Itanhaém,
são todos ex-empregados da recorrente. Afirma que, para escaparem de possíveis arguições de troca de
favores, prestaram depoimento uns para os outros, de forma alternada, de maneira que nunca coincidisse
de dois deles trocarem o depoimento entre si. Aduz que houve um ciclo de testemunhos organizados e
planilhados, de forma a configurar uma troca de favores cíclica. Pois bem. Entendo que a troca de favores
está devidamente comprovada, ante o fato de que os 4 ex-empregados têm ações com pedidos idênticos
e patrocinados pelo mesmo causídico. Há claro interesse na causa, ante o esquema de troca de favores
montado para beneficiar os 4 reclamantes que prestaram depoimentos, tanto como autores, como também
como testemunhas. Sendo assim, no presente feito, a testemunha Carlos Alberto Navarro Orthey, que
possui idêntica ação contra a ré, prestou depoimento suspeito, uma vez que, existiu evidente conflito de
interesses. Situação esta repudiada pelo ordenamento jurídico pátrio, e não abarcada pela Súmula n. 357
RECURSO
RECURSO ORDINÁRIO. ART. 475-J DO CPC (ART. 523, § 1º, DO CPC/2015). INAPLICABILIDADE NO
PROCESSO TRABALHISTA. O dispositivo legal aludido é inaplicável na Justiça do Trabalho, uma vez que
a regra processual civil conflita com relação ao prazo e à cominação contida no art. 880 da CLT, atraindo
a incompatibilidade entre os dispositivos legais, o que impossibilita a aplicação do sistema instituído
no art. 475-J do CPC, atual art. 523 do NCPC, nos exatos termos do art. 769 do texto celetista. Não há
omissão na CLT. Precedentes do C. TST. Recurso provido neste particular. DIREITO DO TRABALHO.
REMUNERAÇÃO. REFLEXOS DO VALOR DAS HORAS EXTRAS NO DESCANSO SEMANAL
REMUNERADO. REPERCUSSÃO EM OUTRAS VERBAS. IMPOSSIBILIDADE. Como é cediço, as horas
extras habitualmente prestadas geram reflexos nas demais verbas: inteligência das Súmulas n. 45, 63, 172
e 376, II, do C. TST. Todavia, é entendimento da Corte Superior Trabalhista, por meio da OJ n. 394 da SDI-1,
que, sob pena de bis in idem, a majoração do DSR pela integração das horas extras habituais não repercute
na gratificação natalina, nas férias acrescidas de 1/3 e no FGTS. Recurso patronal que se dá provimento.
TRT/SP 15ª Região 000324-41.2014.5.15.0071 RO - Ac. 7ª Câmara 3.275/17-PATR. Rel. Luciane Storel da
Silva. DEJT 2 mar. 2017, p. 10801.
RECURSO ORDINÁRIO. DOENÇA OCUPACIONAL. DANO MORAL. Constatada doença ocupacional, com
sequela laboral parcial e permanente, a ocorrência do dano moral é evidente e decorre da própria situação
(in re ipsa). É patente o sofrimento psicológico do trabalhador durante todo o período em que se submeteu
a exames e tratamentos médicos, vendo-se incapacitado permanentemente para o exercício de sua função.
Recurso do empregado provido, no particular. TRT/SP 15ª Região 000849-91.2012.5.15.0071 RO - Ac. 8ª
Câmara 10.077/17-PATR. Rel. José Pedro de Camargo Rodrigues de Souza. DEJT 25 maio 2017, p. 17327.
RECURSO ORDINÁRIO. IMPOSTO DE RENDA. BASE DE CÁLCULO. JUROS DE MORA. NÃO INCIDÊNCIA.
Segundo o art. 404, C. Civil, os juros de mora integram as perdas e danos nas obrigações de pagamento em
dinheiro, o que torna de rigor o reconhecimento de sua natureza indenizatória, circunstância que obsta sua
inclusão na base de cálculo do Imposto de Renda. Inteligência da OJ n. 400 da SDI-1/TST. Recurso patronal
desprovido neste mister. TRT/SP 15ª Região 000077-47.2013.5.15.0022 RO - Ac. 7ª Câmara 8.442/17-
PATR. Rel. Luciane Storel da Silva. DEJT 4 maio 2017, p. 4745.
RECURSO EX OFFICIO
REMESSA NECESSÁRIA. NÃO CONHECIMENTO. Evidenciado, pelos títulos deferidos em sentença, que
o valor da condenação não ultrapassará, em liquidação, os limites previstos no inciso I da Súmula n. 303
do C. TST, a remessa necessária não merece conhecimento. HORAS EXTRAS. DIFERENÇAS DE HORAS
TRABALHADAS E NÃO PAGAS. PROVA. PAGAMENTO DEVIDO. Constatado, mediante o cotejo entre
os cartões de ponto e os comprovantes de pagamento que subsistem diferenças de horas extras, estas
se tornam devidas ao trabalhador. Incidência dos arts. 818 da CLT e 373, I, do CPC. DANOS MORAIS.
JORNADA EXCESSIVA. CARACTERIZAÇÃO. A extrapolação da jornada, acompanhada de elementos que
caracterizem situação degradante de trabalho, com ofensa ao princípio da dignidade da pessoa humana do
trabalhador, impõe ao empregador a obrigação de indenizar. TRT/SP 15ª Região 001347-04.2013.5.15.0153
ReeNec/RO - Ac. 9ª Câmara 9.797/17-PATR. Rel. Luiz Antonio Lazarim. DEJT 18 maio 2017, p. 24923.
REMESSA NECESSÁRIA. NÃO CONHECIMENTO. Evidenciado, pelos títulos deferidos em sentença, que
o valor da condenação não ultrapassará, em liquidação, os limites previstos no inciso I da Súmula n. 303 do
C. TST, a remessa necessária não merece conhecimento. TRT/SP 15ª Região 001817-35.2013.5.15.0056
ReeNec - Ac. 9ª Câmara 18.801/17-PATR. Rel. Luiz Antonio Lazarim. DEJT 10 out. 2017, p. 17335.
REINTEGRAÇÃO
RELAÇÃO DE EMPREGO
RELAÇÃO JURÍDICA HAVIDA ENTRE AS PARTES. CONTRATO DE NATUREZA CIVIL VÁLIDO. PRESTAÇÃO
DE SERVIÇOS AUTÔNOMO. O ato jurídico perfeito, contrato revestido de todas as formalidades legais que
lhe são pertinentes, é de tal importância para a sociedade, que é protegido até em relação ao ordenamento
jurídico posterior, justamente para garantir a segurança das relações das partes - art. 5º, inciso XXXVI, da
Constituição da República -, de forma que, após o ato surtir seus efeitos, não se pode desdizer aquilo a
que se obrigou e pretender sua anulação ab ovo. Equiparado o contrato à lei é que deflui a máxima - pacta
sunt servanda -, segundo a qual os contratos devem ser sempre respeitados, na forma pactuada, enquanto
legalmente constituídos. O trabalhador autônomo pode receber diretrizes do tomador de serviços, pois estas
são próprias da bilateralidade dos contratos deste tipo, não configurando, por isso, a subordinação exigida
para a relação de emprego. Válido contrato de prestação de serviços firmado entre as partes, as condições
estipuladas livremente estão imunes às mudanças bruscas e repentinas. Não se reconhece vínculo de
emprego, pois a autoridade judicial não pode desdizer, reformar e transformar uma situação pactuada e
cumprida na forma estipulada. TRT/SP 15ª Região 162800-63.2009.5.15.0083 RO - Ac. 4ª Câmara 187/17-
PADM. Rel. Dagoberto Nishina de Azevedo. DEJT 3 jul. 2017, p. 219.
VÍNCULO EMPREGATÍCIO. CARACTERIZAÇÃO. Não comprovado que a prestação dos serviços ocorreu de
forma autônoma, impõe-se o reconhecimento do vínculo empregatício protegido pela legislação trabalhista.
TRT/SP 15ª Região 002835-29.2013.5.15.0109 RO - Ac. 9ª Câmara 10.561/17-PATR. Rel. Luiz Antonio
Lazarim. DEJT 25 maio 2017, p. 31634.
VÍNCULO EMPREGATÍCIO. INEXISTÊNCIA. A criteriosa decisão do MM. Juízo a quo conferiu o adequado
enquadramento à questão, ao considerar que não restaram preenchidos os requisitos previstos no art. 3º do
Texto Celetista para o reconhecimento da existência de vínculo de emprego entre as partes, especialmente
no que se refere à presença da não eventualidade. Sentença mantida. TRT/SP 15ª Região 000552-
37.2013.5.15.0140 RO - Ac. 1ª Câmara 8.956/17-PATR. Rel. Olga Aida Joaquim Gomieri. DEJT 11 maio
2017, p. 5914.
DSR. NÃO CONCESSÃO DENTRO DA SEMANA. Por força do art. 7º, XV, da CF, o empregado faz jus ao
repouso semanal, ou seja, o descanso remunerado deve ser dentro da mesma semana (e não na semana
seguinte). Assim, o trabalho em sete dias com concessão de folga compensatória no oitavo dia implica na
obrigação de adimplir o sétimo dia laborado em dobro, na forma prevista pela Lei n. 605/1949. INTERVALO
REPRESENTAÇÃO COMERCIAL
REQUISIÇÃO
RESCISÃO
RESCISÃO INDIRETA. NÃO CONFIGURAÇÃO. Para se considerar configurada a falta grave imputada
ao empregador, autorizadora da rescisão indireta do contrato de trabalho, é necessário que se comprove
a tipicidade da conduta faltosa (art. 483 da CLT), bem como a gravidade do fato praticado, de maneira
que se torne impossível, ou desaconselhável, a manutenção do vínculo de emprego. TRT/SP 15ª Região
000560-48.2013.5.15.0161 RO - Ac. 3ª Câmara 6.751/17-PATR. Rel. Helcio Dantas Lobo Junior. DEJT 10
abr. 2017, p. 215.
RESPONSABILIDADE
REVELIA
REVELIA E CONFISSÃO. ART. 844 DA CLT. A revelia não é pena que se aplica ao reclamado quando não
comparece à audiência, mas, sim, é um fato processual que acarreta alguns efeitos. Entretanto, saliente-
se que, no processo do trabalho a revelia é diferente daquela que ocorre no processo civil, pois aqui o
revel é aquele que não apresenta a defesa. Enquanto no processo do trabalho, a revelia decorre do não
comparecimento do réu à audiência. TRT/SP 15ª Região 000535-57.2014.5.15.0013 RO - Ac. 3ª Câmara
245/17-PATR. Rel. Helcio Dantas Lobo Junior. DEJT 26 jan. 2017, p. 6152.
TÍTULO EXECUTIVO. LIQUIDAÇÃO. INTERPRETAÇÃO. ALCANCE. O título executivo deve ser liquidado
observando-se os limites e alcance em que foi constituído, sob pena de ofensa à coisa julgada. SENTENÇA
DE LIQUIDAÇÃO. LIMITES DO TÍTULO EXECUTIVO. AMPLIAÇÃO. IMPOSSIBILIDADE. Na fase de
liquidação da sentença é vedada a discussão de matéria atinente à causa principal - art. 879, § 1º, da
CLT. TRT/SP 15ª Região 001746-33.2013.5.15.0153 AP - Ac. 9ª Câmara 18.521/17-PATR. Rel. Luiz Antonio
Lazarim. DEJT 10 out. 2017, p. 17297.
TÍTULO EXECUTIVO. LIQUIDAÇÃO. LIMITES. O título executivo deve ser liquidado nos limites em que foi
constituído, não se admitindo inovação, sob pena de ofensa à coisa julgada. JUROS DE MORA. CRÉDITO
TRABALHISTA. INCIDÊNCIA. BASE DE CÁLCULO. Os juros de mora devem incidir sobre o crédito
exequendo, deduzida a quota parte das obrigações previdenciárias devidas pelo empregado. TRT/SP 15ª
Região 001536-81.2013.5.15.0120 AP - Ac. 9ª Câmara 35.325/16-PATR. Rel. Luiz Antonio Lazarim. DEJT
26 jan. 2017, p. 14636.
SERVIDOR PÚBLICO
SERVIDOR PÚBLICO. REVISÃO GERAL ANUAL. ART. 37, X, DA CF. A revisão geral anual da remuneração
do servidor público, preconizada pelo art. 37, X, da CF, não permite diferenciação de índices. A incorporação
de abono, em valor fixo, para todos os servidores ofende o princípio constitucional da paridade de reajuste,
assistindo ao servidor municipal o direito as diferenças salariais. Aplicação das Súmulas n. 68 e 81 deste
Regional. TRT/SP 15ª Região 000554-83.2014.5.15.0071 RO - Ac. 9ª Câmara 4.595/17-PATR. Rel. Luiz
Antonio Lazarim. DEJT 16 mar. 2017, p. 23133.
SERVIDOR PÚBLICO. REVISÃO GERAL ANUAL. ART. 37, X, DA CF. A revisão geral anual da remuneração
do servidor público, preconizada pelo art. 37, X, da CF, não permite diferenciação de índices, assistindo
ao servidor público as diferenças salariais decorrentes do princípio da isonomia. Súmulas n. 68 e 81 do
Regional. TRT/SP 15ª Região 000807-71.2014.5.15.0071 RO - Ac. 9ª Câmara 10.039/17-PATR. Rel. Luiz
Antonio Lazarim. DEJT 18 maio 2017, p. 24934.
SERVIDOR PÚBLICO. REVISÃO GERAL ANUAL. ART. 37, X, DA CF. A revisão geral anual da remuneração
do servidor público, preconizada pelo art. 37, X, da CF, não permite diferenciação de índices. A incorporação
de abono, em valor fixo, para todos os servidores ofende o princípio constitucional da paridade de reajuste,
assistindo ao servidor municipal o direito as diferenças salariais. Aplicação das Súmulas n. 68 e 81 deste
Regional. TRT/SP 15ª Região 001214-77.2014.5.15.0071 RO - Ac. 9ª Câmara 18.811/17-PATR. Rel. Luiz
Antonio Lazarim. DEJT 10 out. 2017, p. 17337.
SIMULAÇÃO
SINDICATO
SÓCIO
SÓCIO RETIRANTE. ALCANCE DOS ARTS. 1.003 E 1.032 DO CÓDIGO CIVIL. Aplica-se ao sócio que
se retira da sociedade o princípio do disregard of the legal entity, consagrado no art. 28 do Código de
Defesa do Consumidor e no art. 50 do Código Civil, desde que ele se tenha beneficiado do trabalho do
reclamante. Os arts. 1.003 e 1.032 do Código Civil não criaram prazo de prescrição ou decadência, mas
apenas elasteceram para dois anos após a saída do sócio o período em que as obrigações da sociedade
são da responsabilidade dele. TRT/SP 15ª Região 058000-36.2009.5.15.0001 AP - Ac. 7ª Câmara 6.946/17-
PATR. Rel. Manuel Soares Ferreira Carradita. DEJT 19 abr. 2017, p. 5359.
TERCEIRIZAÇÃO
TERCEIRIZAÇÃO. Nas terceirizações cabe ao tomador e real beneficiário dos serviços prestados exigir,
acompanhar e fiscalizar o cumprimento das obrigações trabalhistas pela empregadora contratada, sob
pena de ser chamado a responder pelo comportamento omisso por culpa in vigilando (arts. 186 e 187 do
Código Civil), conforme diretriz da jurisprudência dominante (Súmula n. 331, V, do C. TST). Mesmo em se
tratando de pessoa jurídica de direito público deve ser mantido referido entendimento com supedâneo no
art. 37 da CF/1988, pois o fato de ter ocorrido um processo de licitação não a desonera do encargo legal
de fiscalizar a atuação da contratada. A Lei n. 8.666/1993 estabelece normas para licitações e contratos
administrativos no âmbito dos poderes da União, Estados e Municípios, que devem ser interpretadas em
conformidade com os preceitos Constitucionais, notadamente a dignidade da pessoa humana e o valor
social do trabalho, instituídos como fundantes da República, de modo que o disposto em seu art. 71 não
pode ser utilizado incorretamente como escudo de isenção de responsabilidade pela prática de atos lesivos
aos direitos do trabalhador, entendimento que está em consonância com o julgamento proferido pelo E.
STF na ADC n. 16. Acrescente-se que cabe ao tomador o ônus de comprovar o cumprimento dos requisitos
TERCEIRIZAÇÃO. Nas terceirizações cabe ao tomador e real beneficiário dos serviços prestados exigir,
acompanhar e fiscalizar o cumprimento das obrigações trabalhistas pela empregadora contratada, sob
pena de ser chamado a responder pelo comportamento omisso por culpa in vigilando (arts. 186 e 187 do
Código Civil), conforme diretriz da jurisprudência dominante (Súmula n. 331, V, do C. TST). Mesmo em se
tratando de pessoa jurídica de direito público deve ser mantido referido entendimento, com supedâneo no
art. 37 da CF/1988, pois o fato de ter ocorrido um processo de licitação não a desonera do encargo legal
de fiscalizar a atuação da contratada. A Lei n. 8.666/1993 estabelece normas para licitações e contratos
administrativos no âmbito dos poderes da União, Estados e Municípios, que devem ser interpretadas em
conformidade com os preceitos constitucionais, notadamente a dignidade da pessoa humana e o valor
social do trabalho, instituídos como fundantes da República, de modo que o disposto em seu art. 71 não
pode ser utilizado incorretamente como escudo de isenção de responsabilidade pela prática de atos lesivos
aos direitos do trabalhador, entendimento que está em consonância com o julgamento proferido pelo E.
STF na ADC n. 16. Acrescente-se que cabe ao tomador o ônus de comprovar o cumprimento dos requisitos
da Lei n. 8.666/1993, não só quanto às questões documentais, mas do fato como um conjunto, pois é a
parte que expressamente detém a aptidão para a prova, ou seja, as melhores condições para demonstrar
a fiscalização da atuação da empresa quanto ao cumprimento das obrigações legais trabalhistas (carga
probatória dinâmica). Ressalte-se que o reconhecimento da subsidiariedade não implica em transferência
de responsabilidade, face à necessária observância do benefício de ordem, de sorte que não se restringe
apenas aos casos de irregularidade ou fraude na terceirização, abrangendo todas as situações em que o
tomador se beneficiou da força de trabalho e deixou de fiscalizar e acompanhar a atuação da contratada
(Súmula n. 331, VI, C. TST). TRT/SP 15ª Região 001986-35.2013.5.15.0084 RO - Ac. 1ª Câmara 35.010/16-
PATR. Rel. Tereza Aparecida Asta Gemignani. DEJT 26 jan. 2017, p. 3790.
TRABALHO EXTERNO
TURNO DE REVEZAMENTO
URV
VALE-TRANSPORTE