1 - Agregados para Conscretos e Argamassas

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UFRJ - ESCOLA POLITÉCNICA

Disciplina : Laboratório de Materiais de Construção II

AGREGADOS PARA
Apostila:
CONCRETOS E ARGAMASSAS –
ENSAIOS TECNOLÓGICOS
Professor JORGE SANTOS

Abril de 2022
UFRJ - ESCOLA POLITÉCNICA
Disciplina : Laboratório de Materiais de Construção II

Conteúdo

1. CONCEITUAÇÃO 1

2. NORMAS TÉCNICAS ENVOLVIDAS 1

3. CLASSIFICAÇÃO 2
3.1. Quanto à origem 2

3.2. Quanto às dimensões 2

3.3. Quanto a massa unitária 3

4. ENSAIOS TECNOLÓGICOS 3
4.1. Amostragem (NBR 16915) 4

4.2. Determinação da umidade 8

4.3. Agregado miúdo- Determinação da densidade e da absorção de água (NBR 16916) 8

4.4. Agregados - da composição granulométrica (NBR NM 248) 13

4.5. Agregados - Determinação do inchamento de agregado miúdo - Método de ensaio (NBR


6467) 20

5. ESPECIFICAÇÕES (CARACTERÍSTICAS EXIGÍVEIS NA RECEPÇÃO E


PRODUÇÃO DOS AGREGADOS) 24
5.1. Condições Gerais 24

5.2. Condições Específicas 25

6. REFERÊNCIAS BIBLIOGRAFICAS 29

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1. CONCEITUAÇÃO
Agregados

É o material granuloso, duro e preferencialmente inerte, proveniente da alteração de


rochas, encontrado ou produzido em forma e volume irregulares, com dimensões e
caraterísticas adequadas ao uso em argamassas, concretos, lastro de ferrovias,
revestimentos betuminosos, gabiões, etc. No caso do uso em concretos e argamassas, os
agregados necessáriamente serão inertes e apresentarão resistência mecânica superior a
resistência da pasta de cimento.

Agregado miúdo

Agregados cujos grãos passam pela peneira com abertura de malha 4,75 mm,
ressalvados os limites estabelecidos na tabela 2, em ensaio realizado de acordo com a
ABNT NBR NM 248, com peneiras definidas pela ABNT NBR NM ISO 3310-1 (ABNT NBR
7211:2019).

Agregado graúdo

Agregados cujos grãos passam pela peneira com abertura de malha de 75 mm e ficam
retidos na peneira com abertura de malha de 4,75 mm, ressalvados os limites
estabelecidos na tabela 6, em ensaio realizado de acordo com a ABNT NBR NM 248, com
peneiras definidas pela ABNT NBR NM ISO 3310-1 (ABNT NBR 7211:2019).

2. NORMAS TÉCNICAS ENVOLVIDAS


O quadro 1 apresenta a relação das principais normas técnicas inerentes a padronização,
especificação e descrição de métodos de ensaios de agregados para concretos e
argamassas. Especial destaque deve ser dado para a NBR 7211 que estabelece as
especificações requeridas para os agregados.

Quadro 1 – Relação das principais normas relativas a ensaios tecnológicos em agregados

Norma Técnica Assunto

NBR 7211/2019 Agregados para concreto - Especificação

NBR 16915/2021 Agregados - Amostragem

NBR 9775/2011 Determinação da umidade pelo frasco de areia.

NBR 16097/2012 Solo – Determinação do teor de umidade – métodos expeditos.

NBR 16972/2021 Agregados - Determinação da massa unitária e do índice de vazios

NBR 16916/2021 Agregado miúdo - Determinação da densidade e da absorção de água

NBR NM 248/2003 Agregados - Determinação da composição granulométrica.

NBR 6467/2006 Agregados - Determinação do inchamento de agregado miúdo - Método de ensaio

Fonte: o autor, 2022 (extraído do site da ABNT. https://www.abntcatalogo.com.br/)

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3. CLASSIFICAÇÃO

3.1. Quanto à origem

3.1.1. Naturais

São os agregados encontrados prontos na natureza, tais como: areia de rio, cascalho,
seixo rolado, pedregulhos, etc.

3.1.2. Artificiais

São agregados que são submetidos a beneficiamento para a sua adequação ao uso.
Como exemplo podemos citar o pó de pedra (areia artificial) e a a pedra britada (brita).

3.2. Quanto às dimensões


Utilizando-se as definições preconizadas pela norma NBR 7211 (ABNT, 2019) temos:

Agregado miúdo - Agregado cujos grãos passam pela peneira com abertura de malha de
4,75 mm, ressalvados os limites estabelecidos na Tabela 2, em ensaio realizado de
acordo com a ABNT NBR NM 248, com peneiras definidas pela ABNT NBR NM ISO
3310-1.

Agregado graúdo - Agregado cujos grãos passam pela peneira com abertura de malha
de 75 mm e ficam retidos na peneira com abertura de malha de 4,75 mm, ressalvados os
limites estabelecidos na Tabela 6, em ensaio realizado de acordo com a ABNT NBR NM
248, com peneiras definidas pela ABNT NBR NM ISO 3310-1.

Utilizando-se a terminologia corrente:

Filler - É o material que passa na peneira 200 (0,075mm)

Pedrisco ou areia artificial - É o material obtido por fragmentação de rocha passando na


peneira de 4,8 mm.

Seixo rolado - É o agregado graudo natural encontrado fragmentado na natureza, quer


no fundo do leito dos rios, quer em jazidas.

Brita ou pedra britada - É o agregado graúdo artificial obtido pela trituração de rocha. As
britas são classificadas comercialmente conforme descrito na tabela 1.

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Tabela 1 – Tipos de agregados graúdos

Denominação Dimensão máxima característica

brita zero = 4,8 mm a 9,5mm

brita 1 = 9,5 mm a 19 mm

brita 2 = 19 mm a 38 mm

brita 3 = 38 mm a 50 mm

brita 4 = 50 mm a 76 mm

pedra de mão =  76 mm

Fonte: o autor

3.3. Quanto a massa unitária


Podem ser classificados conforme descrito na tabela 2.

Tabela 2 – Classificação dos agragdos quanto a amassa unitária

classificação massa unitária exemplos

agregados leves =  1 ton/m3 pedras pomes, vermiculite,


argila expandida

agregados normais = 1 a 2 ton/m3 areias quartzosas, seixos,


britas de gnaisse, granito

agregados pesados =  2 ton/m3 barita, magnetita, limonita

Fonte: o autor

4. ENSAIOS TECNOLÓGICOS
Este capítulo tem por objetivo a descrição sintética dos métodos de ensaios e das suas
análises. Tratam-se dos ensaios requeridos para a determinação das principais
características e propriedades dos agregados. Para cada ensaio aqui abordado há uma
norma técnica da ABNT que é mencionada como referência no texto desta apostila, estas
normas devem ser objeto de consulta pelo aluno uma vez que a apostila apresenta
apenas a síntese dos mesmos.

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4.1. Amostragem (NBR 16915)

4.1.1. Introdução

A amostragem é de extrema importância para a representatividade do material a ser


analisado. Amostras não representativas, ou seja, retiradas sem observar as diretrizes
normativas relativas a formação da amostra, podem comprometer os resultados
promovendo anomalias por exemplo, no cáculo da dosagem do concreto.

A NBR 16915 estabelece diretrizes para a amostragem de agregados desde a sua


extração e redução até o armazenamento e transporte das amostras representativas de
agregados para concreto, destinadas a ensaios de laboratório.

Amostra de campo - É a porção representativa de um lote de agregados, coletada nas


condições prescritas nesta norma (NBR 16915), seja na fonte de produção;
armazenamento ou transporte. A amostra de campo é formada reunindo-se várias
amostras parciais em número suficiente para os ensaios de laboratório.

Lote de agregados - É a quantidade definida de agregado produzido, armazenado ou


transportado sob condições presumidamente uniformes. Sua dimensão não deve
ultrapassar a 300 m3 de agregados de mesma origem ou, nos processos contínuos, a
quantidade correspondente a 12h ininterruptas de produção. No caso específico de
pequenas obras, onde o volume de concreto não superar a 100 m3, ou não corresponder
a área de construção de mais de 500 m2 e nem a tempo de execução de mais de duas
semanas, a dimensão do lote não deve ultrapassar a 80 m3 de agregados de mesma
origem. No caso de obras de grande porte, onde a dimensão do lote é muitas vezes
superior ao indicado, este limite pode ser alterado em comum acordo entre as partes.

Amostra parcial - É a parcela de agregado obtida de uma só vez do lote de agregado,


em um determinado ou local, obedecendo a um plano de amostragem.

Amostra de ensaio - é a porção obtida por redução da amostra de campo. Conforme


NBR 16915, utilizada em ensaios de laboratório.

A NBR 16915 apresenta em seu item 4 considerações gerais sobre a amostragem. Trata-
se de diretrizes específicas para as responsabilidades de cada interveniente no processo
de amostragem, recomendações para a garantia da conformidade das amostras parciais
e alertas quanto a importância da representatividade da amostra a ser encaminhada ao
laboratório.

4.1.2. Procedimentos de amostragem

4.1.2.1.Depósitos comerciais e obras

O material pode ser encontrado em pilhas, silos ou sobre veículos de transportes ou


correias transportadoras. Sempre que possível a amostra deve ser coletada no local de
origem do matéria. Quando não for possível a amostra deve ser coletada no local de
destino no veículo de transporte, antes do seu descarregamento.

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a) Amostragem em pilhas

Para o agregado graúdo ou mistura de graúdo e miúdo, recomenda-se o uso de


equipamento mecânico capaz de formar pilha de amostragem, pequena e separada,
composta por materiais extraídos de diversos níveis e locais da pilha principal, na qual
podem ser coletadas diversas amostras parciais para formar a amostra de campo. Não
havendo equipamento mecânico disponível, as amostras de campo devem ser formadas
por pelo menos três amostras parciais, obtidas no topo, no meio e na base da pilha, tanto
na superfície quanto no seu interior. Uma tábua inserida verticalmente na pilha, sobre o
ponto de amostragem, previne maior segregação.

Nas pilhas de agregado miúdo, a camada exterior que estiver sujeita à segregação deve
ser removida (aproximadamente 0,3 m ou mais) e a amostra deve ser coletada abaixo
desta camada em pelo menos três amostras parciais, obtidas no topo, no meio e na base
da pilha. Alternativamente, podem ser introduzidos tubos de amostragem nas pilhas para
formar a amostra composta.

b) Amostragem em unidades de transporte

Em vagões ferroviários, caminhões ou barcaças deve ser utilizado equipamento mecânico


capaz de extrair o material a diversos níveis e lugares ao acaso.

Na ausência deste equipamento utilizar a sistemática de pelo menos três trincheiras para
a coleta de amostras.

4.1.2.2.Amostragem no fluxo de descarga de agregados (comportas de


silos ou descarga de correias)

Obter pelo menos três amostras parciais selecionadas ao acaso de várias descargas
intermitentes.

4.1.3. Número e dimensão das amostras


Tabela 3 – Quantidade de amostras a serem coletadas para ensaios físicos ou
quimicos
Número Quantidade total da amostra de campo
Tamanho nominal do mínimo de (mínimo)
agregado (mm) amostras
parciais em massa (kg) em volume (dm³)

 9,5 3 40 25
> 9,5  19 3 40 25
> 19  37,5 3 75 50
> 37,5  75 3 150 100
Fonte: ABNT, NBR 16915 (2021)

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Tabela 4 – Quantidade de amostras a serem coletadas para estudos em concreto (dosagem
e comprovação de resistência)

Massa total da amostra de


Tipo de agregado Emprego
campo (mínima) (kg)

Apenas um agregado 200


Miúdo
Dois ou mais agregados 150 (por unidade)

Apenas um tipo/graduação 300


Agregado graúdo
Duas ou mais graduações 200 (por unidade)

Fonte: ABNT, NBR 16915 (2021)

4.1.4. Remessa de amostras

As amostras destinadas aos ensaios devem ser remetidas em sacos, containers, caixas
ou outros recipientes limpos e adequados, que garantam a integridade da amostra
durante o manuseio e transporte.

4.1.5. Identificação da amostra de campo

As amostras deverão ser individualmente e convenientemente identificadas mediante uma


etiqueta ou cartão, contendo os seguintes dados:

a) designação do material,

b) número de identificação de origem;

c) ponto de coleta;

d) massa da amostra;

e) quantidade do material que representa, quando aplicável;

f) local e data da amostragem;

g) responsável pela coleta.

4.1.6. Redução das amostras

A redução pode ser realizada utilizando um separador mecânico (procedimento A,


recomendável) oupor quarteamento (Procedimento B). Outros procedimentos podem ser
utilizados, desde que garantam a representatividade da amostra de ensaio.

4.1.6.1.Procedimento A – Separador mecânico

 Aparelhagem

a) Separador mecânico para agregado graúdo com no mínimo oito calhas de igual
abertura (ver figura 1).

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b) Separador mecânico para agregado miúdo com no mínimo doze calhas de igual
abertura.

c) Recipidentes para receber as porções da amostra.

Figura 1 – Separador mecânico. Fonte: ABNT – NM 27, 2000.

 Procedimento

a) Colocar a amostra de campo do separador distribuindo uniformemente de forma


que ela passe livremente pelas calhas e caia nos recipientes dispostos embaixo
das mesmas;

b) Reintroduzir a porção da amostra em um destes recipientes no separador quantas


vezes forem necessárias para reduzir a amostra ao ensaio pretendido.

4.1.6.2.Método B – Quarteamento

 Aparelhagem

a) Pá côncava ou reta;

b) Colher de pedreiro;

c) Vassoura ou escova;

d) Encerado de lona (aproximadamente 2,0 por 2,5m),

 Procedimento

a) Colocar a amostra de campo sobre uma superfície rígida, plana e lisa onde não
ocorra perda de material ou contaminação;

b) Homogeneizar a amostra revolvendo-a pelo menos três vezes;

c) Na ultima revolvida, juntar a amostra formando um cone, com a ajuda de uma pá


achatar o cone formando um tronco de cone, cuja base deve ter diâmetro de quatro
a oito vezes a altura do tronco de cone, conforme ilustrado na figura 2;

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d) Dividir a amostra achatada em quatro partes iguais, eliminar duas partes e agrupar
as outras duas, em sentido diagonal. Varrer os espaços vazios entre um monte e
outro para não perder os finos;

e) Repetir esta operação até reduzir a quantidade de amostra necessária para a


realização do ensaio.

Figura 2 – Quarteamento sobre superfície rígida, plana e limpa. Fonte: ABNT- NBR 16915 (2021).

4.2. Determinação da umidade

4.2.1. Introdução

Para a determinação da umidade existem vários métodos, nesta apostila estão descritos
os métodos:
a) Método do frasco de areia;
b) Método do “speedy”;
c) Método da frigideira.

4.2.2. Método do frasco de areia (NBR 9775)

4.2.2.1. Aparelhagem

a) balança com resolução de 0,1% da massa da amostra em ensaio. capacidade de 1


Kg, sensível a 1 g ou menos;

b) frasco de Chapman;

c) funil.

4.2.2.2. Amostra

a) 500 g do agregado miúdo, úmido;

b) Coletar amostra de acordo com ABNT NBR 16915;

c) A amostra coletada deve ser reduzida para a realização dos ensaios de acordo
com a ABNT NBR 16915.

4.2.2.3. Metodologia de execução

a) Encher o frasco de Chapman com água até o limite de referência (200 ml);

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b) Com o auxílio do funil, colocar as 500(+ - 1) g do agregado miúdo úmido no frasco;

c) Com uma ligeira inclinação do frasco, imprimir fortes torções, de forma a expulsar o
ar existente entre as partículas do agregado. Deverá ser evitado salpicos de areia
no gargalo do frasco acima do nível deslocado;

d) Deixar o frasco descansar por alguns minutos;

e) Anotar a medida (L) do volume do líquido deslocado no frasco.

4.2.2.4. Cálculo dos resultados

h=  500 - ( L - 200 ) ] x 100


 ( L - 700 )

h = porcentagem de umidade;

 = é a densidade na condição saturada de superfície seca (SSS) do agregado miúdo


expresso, em gramas por mililitro (g/ml). (determinada conforme ABNT NBR 16916).

L = leitura do frasco (água + agregado miúdo) em ml.

Calcula-se o coeficiente de umidade com uma casa decimal. O resultado do ensaio será a
média de duas determinações. Os resultados não devem diferir entre si mais que meia
unidade percentual.

4.2.3. Determinação da umidade - Médodos expeditos

4.2.3.1. Método do Umidímetro “speedy” (NBR 16097)

A umidade neste processo é determinada pela pressão do gás resultante da ação da


água contida na amostra sobre o carbureto de cálcio que se introduz no aparelho.

O preparo da amostra é requerido para outros solos, de no caso da areia, objeto desta
apostila, a norma dispensa o preparo da amostra para a realização do ensaio.

O umidímetro trata-se de aparelho constituído por uma câmara e um manômetro


conjugado.

O teor de umidade é determinado pela pressão resultante da reação da água contida na


areia com o gás carbureto de cálcio com a umidade da areia.

É um ensaio expedito e por isso rápido, fácil de ser utilizado na obra.

O úmidimetro deve ser calibrado para cada tipo de solo a ser testado. Para tanto, deve-se
estabelecer uma correlação entre a leitura obtida no manômetro em Kgf/cm2 e o teor de
umidade expresso em porcentagem (%) obtida pela secagem da areia em estufa.

4.2.3.2. Aparelhagem

a) conjunto “speed” (recipiente metálico com tampa, manômetro, escova para


limpeza, espátula, esferas de aço);

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b) balança com capacidade de 200 g e resolução de 0,1 g;

c) ampolas de vidro com cerca de 6,5 g de carbureto de cálcio (CaC2).

d) Estufa com capacidade de manter a temperatura no intervalo de 105 mais ou


menos 5oC

4.2.3.3. Amostra

O peso da amostra a ser utilizada é estimado pela umidade que se admite a amostra
possuir, de acordo com a tabela 5 (especificada em cada aparelho):

Tabela 5 – Exemplo de peso da amostra (específica para cada aparelho)

Umidade estimada (%) Peso da amostra (g)


5 20
10 10
20 5
30 ou mais 3
Fonte: o autor, 2020

4.2.3.4. Metodologia de execução

a) pesa-se a amostra e coloca-se na câmara do aparelho “Speedy”;

b) introduz-se na câmara duas esferas de aço e em seguida a ampola de carbureto


de cálcio, deixando-a deslizar com cuidado pelas paredes da câmara, a fim de se
evitar que se quebre;

c) fecha-se o aparelho, agita-se repetidas vezes para quebrar a ampola, o que se


verifica ter ocorrido pelo surgimento da perssão assinalada no manômetro;

d) lê-se a pressão manométrica, após esta se apresentar constante, o que indica que
toda água existente na amostra reagiu com o carbureto.

Observação: Se a leitura manométrica for menor do que 0,2 Kg/cm2, o ensaio deve ser
repetido com peso de amostra imediatamente superior ao empregado, conforme item
7.2.3.2. Se a leitura for maior do que 1,5 Kg/cm2, repete-se o ensaio com um peso
imediatamente inferior.

f) entra-se na tabela de aferição própria do aparelho com a leitura manométrica e


o peso da amostra utilizada no ensaio; obtem-se a percentagem de umidade em
relação à amostra total úmida. A tabela 5 (especificada em cada aparelho)
serve como exemplo:

Tabela 5 – Exemplo de tabela para uso do umidímetro

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(tipo Speed)
Leitura do
manômetro % de água contida na amostra
Kg/cm2
20g 10g 5g
0,1 - 1,2 2,5
0,2 - 2,3 4,8
0,3 2,5 3,5 7,0
0,4 3,1 4,6 9,3
0,5 3,7 5,8 11,6
0,6 4,2 6,9 13,8
0,7 4,7 8,1 16,1
0,8 5,3 9,3 18,5
0,9 5,9 10,4 20,6
1,0 6,5 11,5 23,0
1,1 7,1 12,7 25,2
1,2 7,7 13,8 27,4
1,3 8,3 15,0 29,5
1,4 8,9 16,2 31,8
1,5 9,4 17,3 33,0
1,6 10,0 18,4 35,2
1,7 10,6 19,5 37,5
1,8 11,2 20,7 39,7
1,9 11,8 21,8 42,0
2,0 12,4 23,0 44,3
Fonte: o autor, 2020

Observação: A calibração do equipamento constará das seguintes atividades:

a) Prepara sete porções da areia com teores de umidade crescente, sendo três
porções abaixo da umidade ótima esperada, uma porção na umidade ótima
esperada e três porções abaixo da umidade ótima esperada. Cada porção deve ter
uma quantidade suficiente para a realização do ensaio no aparelho speed e para a
determinação do teor de umidade na estufa.

b) Realizar as determinações do teor de umidade no speed e na estufa.

c) Com os resultados determinado no manômetro e os % de umidade determinados


na estufa estabelecer um gráfico com a correlação.

4.2.3.5. Cálculo dos resultados

Para determinar a umidade “h”, em relação ao peso da amostra seca, utiliza-se a fórmula:
h1
h= x 100
100 - h1
h = teor de umidade em relação ao peso da areia seca, em percentagem;
h1 = umidade dada pelo aparelho “Speedy” em relação a amostra total úmida em
percentagem.

4.2.3.6. Método da Frigideira

A determinação da umidade mediante o emprego da frigideira é um método empírico que


por sua simplicidade possibilita a utilização em obras, mesmo quando não equipadas de
laboratórios.

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4.2.3.7. Aparelhagem

a) Frigideira tamanho médio;

b) balança com capacidade de 1 Kg e resolução de 0,5 g;

c) espátula ou colher metálica de cabo comprido;

d) fogareiro à gás;

e) placa de vidro transparente.

4.2.3.8. Amostra para ensaio

 200 g de areia úmida

Observação: Para solos contendo mais de 20% de material retido na peneira com
abertura de malha de 4,75mm, utilizar uma quantidade de amostra de 300g. Para solos
com mais de 20% de material retido na peneira com abertura de malha de 19mm, utilizar
uma quantidade mínima de 500g de amostra.

4.2.3.9. Metodologia de execução

a) Determinar a tara “T” do conjunto frigideira mais espátula ou colher;

b) Colocar a amostra úmida (200 g) na frigideira;

c) Pesar o conjunto e determinar a massa bruta úmida “mbh” (amostra úmida,


frigideira, espátula ou colher)

d) Aquecer a amostra em fogo baixo, revolvendo continuamente com a espátula ou


colher para facilitar a secagem e evitar a queima do material;

e) O aquecimento deve ser interrompido quando, ao colocar a placa de vidro um


pouco acima da amostra, não se observar vapor de água sob o vidro;

f) Determinar a massa do conjunto (solo seco, frigideira, espátula ou colher),


reaquecer por mais alguns minutos e determinar novamente a massa do conjunto.
Repetir esse procedimento até não haver variação de massa, registrando a massa
final obtida como massa bruta seca “mbs”.

4.2.3.1. Cálculo dos resultados


mbh - mbs
h% = x 100
mbs - T
onde:
h = umidade (%);
mbh = massa do conjunto solo úmido mais frigideira mais espátula ou colher, expressa em
gramas (g);
mbs = massa do conjunto solo seco mais frigideira peso da amostra seca mais espátula ou
colher, expressa em gramas (g).
T = tara do conjunto frigideira mais espátula ou colher, expressa em gramas (g).

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Observação: o teor de umidade deve ser expresso em %, com resolução de 0,1%.

4.3. Agregado miúdo - Determinação da densidade e da absorção de


água (NBR 16916)

4.3.1. Introdução

Objetiva a determinação da densidade na condição seca, na condição saturada superfície


seca e da absorção de água de agregados miúdos destinados ao uso em concretos.

Densidade do agregado na condição seca - é a relação entre a massa do agregado seco


e seu volume, sem considerar os poros permeáveis à água.

Densidade do agregado na condição saturada superfície seca – quociente entre a massa


do agregado na condição saturada superfície seca e o volume dos seus grãos, incluindo o
volume dos poros permeáveis e impermeáveis, e excluindo os vazios entre os grãos.

Agregado na condição saturada superfície seca – condição de umidade do agregado


correspondente ao estado físico em que os poros permeáveis estão preenchidos com
água, sem que haja umidade superficial livre.

Agregado na condição seca – condição de umidade do agregado que corresponde ao


estado físico em que os poros permeáveis não estão preenchidos com água e não há
umidade superficial livre.

OBS.: Os termos densidade e massa específica são equivalentes.

4.3.2. Aparelhagem
a) Balança com resolução mínima de 0,1 % da amostra do ensaio.

b) Frasco de vidro com tampa e capacidade de 500 ± 25 ml, até a marcação superior da
tampa do frasco, considerando o conjunto montado, boca do frasco com diâmeytro
internode (50± 5) mm e diâmetro interno do tubo da tampa de (11± 1) mm (Figura 3).

c) Molde tronco cônico metálico com 40 ± 3 mm de diâmetro superior; 90 ± 3 mm de


diâmetro inferior e 75 ± 3 mm de altura e com espessura mínima de 1 mm.

d) Haste metálica de compactação com 340 ± 15 g de massa e tendo superfície de


compactação circular de 25 ± 3 mm de diâmetro.

e) Estufa com capacidade de manter a temperatura no intervalo de 105 ± 5 °C.

f) Bandeja metálica (dimensão adequada para secar a amostra).

g) Peneiras com abertura nominal de 150μm e 4,75mm, ou com outras dimensões,


conforme seja necessário, de acordo com a NBR NM ISO 3310-1.

h) Espátula de aço.

i) Circulador de ar quente regulável.

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j) Dessecador.

Figura 3 - Frasco de vidro, podendo suas dimensões serem alteradas, desde queatendidos os requisitos de
capacidade do frasco e diâmetros internos da boca do frasco e do tubo da tampa . Fonte: ABNT, 2021.

4.3.3. Preparação da amostra para ensaio

a) A amostra deve ter aproximadamente 2,5 kg, suficiente para a realização dos ensaios
que devem ser realizados em duplicata.

b) Colocar a amostra na bandeja, cobrir a amostra com água e deixar descansar por 24±
4 horas. Retirar a amostra da água e estender sobre uma superfície plana, submetendo-a
a uma suave corrente de ar suave, revolvendo a amostra com frequência para assegurar
uma secagem uniforme. Prosseguir a secagem até que os grãos de agregado miúdo não
fiquem fortemente aderidos entre si.

c) Colocar o agregado miúdo no molde tronco-cônico sem comprimi-lo. Aplicar


suavemente na superfície 25 golpes com a haste metálica de compactação. Levantar
verticalmente o molde. Se houver umidade superficial, o agregado se conservará com a
forma do molde.

d) Nesse caso, continuar a secagem, revolvendo a amostra constantemente e realizar


ensaios em intervalos frequentes, até que o cone de agregado miúdo desmorone ao ser
retirado do molde. Neste momento o agregado terá chegado a condição de saturado
superfície seca.

Observação: caso o agregado desmorone na primeira tentativa de retirada do cone,


significa que a amostra já secou além do ponto de superfície seca do agregado. Nesse
caso a amostra deverá ser umedecida com alguns mililitros de água, homogeneizada,
permanecer em repouso em recipiente tampado por 30 minutos. Em seguida o processo
de secagem e ensaio deve ser reiniciado.

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4.3.4. Procedimento
a) Pesar 500,0 ± 0,1g da amostra preparada do agregado miúdo (mB, massa da amostra
em condição saturada superfície seca) colocar no frasco de vidro e registrar a massa do
conjunto (mC).

b) Encher o frasco com água até próximo da marcade 500ml. Movê-lo de forma a eliminar
as bolhas de ar e depois colocá-lo em um banho mantido a temperatura constante de 23 ±
2 oC.

c) Após 1 hora, aproximadamente, completar com água até a marca de 500 mL e


determinar a massa total com precisão de 0,1 g (mD, massa da amostra em condição
saturada superfície seca, mais massa do frasco, mais a massa da água).

d) Tomar concomitante ao descrito na letra “a” deste procedimento, (500± 0,1) g da


amostra preparada conforme 4.3.3, na condição saturada superfície seca, colocar em
uma bandeja e secá-la a 105 ± 5 °C durante pelo menos 24h ou até massa constante (±
0,5 g). Esfriar a temperatura ambiente em dessecador e pesar com precisão de 0,1 g
(mA).

4.3.5. Cálculos

4.3.5.1.Densidade do agregado na condição seca

𝑚𝐴
𝜌𝑠 =
𝑉 − 𝑉𝑎

Onde:

ρs = Densidade do agregado na condição seca, em gramas por centímetro cúbico.

mA = Massa da amostra seca em estufa a (105±5) °C, em gramas (g).

V = Volume do frasco em cm3.

Va = Volume de água adicionada ao frasco de acordo com a seguinte fórmula, em


centímetros cúbicos:

Va = (mD – mC) / ρa

Onde:

mC = massa do conjunto formado pela massa amostra na condição saturada superfície


seca, mais a massa do frasco, em gramas (g).

mD = massa do conjunto formado pela massa amostra na condição saturada superfície


seca, mais a massa do frasco, mais a massa da água, em gramas (g).

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ρa = densidade da água, na temperatura do banho em gramas por centímetro cúbico
(g/cm³).

4.3.5.2. Densidade do agregado saturado superfície seca

ρSSS = mB / (V – Va)

Onde:

ρSSS= Densidade do agregado na condição saturado superfície seca, em gramas por


centímetro cúbico (g/cm³).

mB = Massa da amostra na condição saturada superfície seca, determinada em “4.3.4.a”,


em gramas.

V = Volume do frasco em centímetros cúbicos.

Va = Volume de água adicionada ao frasco, determinado em “4.3.5.1” , em centímetros


cúbicos.

4.3.5.3.Absorção de água
𝑚𝐵 − 𝑚𝐴
𝐴𝑏𝑠 = 𝑥 100
𝑚𝐴

Onde:

Abs = é a absorção de água em porcentagem (%).

mA = Massa da amostra seca em estufa a (105±5) °C, em gramas (g).

mB = Massa da amostra na condição saturada superfície seca, determinada em “4.3.4.a”,


em gramas.

4.3.6. Concordância de resultados e relatórios

Os resultados devem ser a média de duas determinações, que não devem diferir em mais
de 0,02 g/cm3 para a densidade e 0,2% para a absorção de água de agregado com
absorção menor que 2,0%.a

4.4. Agregados - Determinação da composição granulométrica (NBR NM


248).

4.4.1. Introdução
Estabelece o método para a determinação da composição granulométrica de agregados
miúdos e graúdos para o concreto.

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Série normal e série intermediária - Conjunto de peneiras sucessivas, que atendem a
NM- ISO 3210-1 ou 2, com as seguintes aberturas de malha (ver tabela 8):
Tabela 8 – Série de peneiras normal e intermediária

Fonte: ABNT – NBR NM 248, 2003.

Dimensão máxima característica - Grandeza associada à distribuição granulométrica do


agregado, correspondente à abertura nominal, em mm, da malha da peneira da série
normal ou intermediária, na qual o agregado apresenta uma porcentagem retida
acumulada igual ou imediatamente inferior a 5 % em massa.

Módulo de finura - Soma das porcentagens acumuladas em massa de um agregado, nas


peneiras da série normal, dividida por 100”.

4.4.2. Aparelhagem

a) série de peneiras, denominada série normal, acrescidas das peneiras intermediárias


utilizadas para auxílio na fixação do diâmetro máximo e para maior detalhe
granulométrico, que atenda a NM-ISO 3310 - 1 ou 2.

b) tampa e fundo para as peneiras.

c) balança com resolução de 0,1 % da massa da amostra de ensaio.

d) estufa para secagem capaz de manter a temperatura no intervalo 105 ± 5 oC.

e) peneirador mecânico (opcional).

f) escova ou pincel de cerdas macias.

4.4.3. Amostra para ensaio

a) Coletar amostra de agregado conforme a NBR 16915.

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b) Da amostra enviada ao laboratório, depois de umedecida para evitar segregação e de
cuidadosamente misturada, deverão ser formadas 2 (duas) amostras M1 e M2 de acordo
com a NBR 16915, com as seguintes massas mínimas (ver tabela 9):

Tabela 9 - Massa mínima, por amostra de ensaio


Dimensão máxima Massa mínima da amostra
nominal do agregado de ensaio (Kg)
(mm)
 4,75 0,3*
9,5 1
12,5 2
19 5
25 10
37,5 15
50 20
63 35
75 60
90 100
100 150
125 300
(*) após secagem.
Fonte: ABNT NBR NM 248 (2001).

4.4.4. Procedimento

a) Secar as amostras de ensaios em estufa, esfriar a temperatura ambiente e determinar


suas massas (m1 e m2). Tomar a amostra de massa m1 e reservar a de massa m2.

b) Limpar as peneiras e encaixa-las de forma a criar um único conjunto de peneiras, com


abertura de malha em ordem crescente da base para o topo, Prover um fundo de peneiras
adequado ao conjunto.

c) Colocar a amostra “m1” sobre a peneira superior do conjunto. Colocar parcialmente a


amostra para evitar a formação de camadas muito espessas em cada peneira. Se o
material apresenta quantidade significativa de material pulverulento, ensaiar previamente
as amostras conforme NBR 16973 e considerar o teor de material pulverulento no cálculo
da composição granulométrica.

Observação: o acúmulo de material sobre uma peneira impede o igual acesso de todos os
grãos a tela, durante a sua agitação, como também pode provocar a deformação
permanente da tela. De forma a evitar esses problemas, para peneiras com aberturas
inferiores a 4,75mm, a quantidade retida sobre cada peneira na operação completa de
peneiramento, não deve exceder a 7 kg/m2 de superfície de peneiramento. Para peneiras
com abertura de malha iguais ou maiores que 4,75 mm, a quantidade de material sobre a
tela deve ser calculada pela expressão:

M = 2,5 x a x s

Onde:

M = máxima quantidade de material sobre cada peneira em gramas.

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A = abertura da malha em milímetros.

S = superfície efetiva de peneiramento em metros quadrados.

d) Promover a agitação mecânica do conjunto, por um tempo razoável para permitir a


separação e classificação prévia dos diferentes tamanhos de grão da amostra.

e) O peneiramento deve ser contínuo. Findo o primeiro período de peneiramento,


destacar e agitar manualmente a peneira superior do conjunto, com tampa e fundo
encaixados, até que, após 1 minuto de peneiramento, através de qualquer peneira passe
menos de 1 % da massa do material retirado. Repetir este procedimento para cada
peneira.

f) Pesa-se separadamente os materiais retidos em cada peneira com aproximação de 0,1


% do peso da amostra. O somatório de todas as massas não deve diferir mais de 0,3 %
da massa seca da amostra, inicialmente introduzida no conjunto de peneiras.

g) Concluido o peneiramento da amostra M1, procede-se o peneiramento da amostra M2


da mesma forma.

4.4.5. Cálculo dos resultados

O resultado do ensaio representará a média das duas determinações.

Para cada uma das amostras de ensaio, calcular a percentagem retida, em massa, em
cada peneira, com aproximação de 0,1 %.

As amostras devem apresentar necessáriamente a mesma dimensão máxima


característica, e nas demais peneiras, os valores de percentagem retida individualmente
não devem diferir mais de quatro unidades de porcentagem entre si.

Calcular as porcentagens médias, retida e acumulada em cada peneira com aproximação


de 1%,

Determinar o módulo de finura com aproximação de 0,01.

4.4.6. Relatório de ensaio

No certificado deverá constar:

a) As porcentagens médias retidas em cada peneira. Expressão das massas retidas em


porcentagem da massa inicial da amostra, com aproximação de 1 %.

b) As porcentagens retidas acumuladas em cada peneira. Soma das percentagens retidas


na peneira e nas que lhe são subsequente.

c) O módulo de finura com aproximação de 0,01. “Soma das porcentagens acumuladas


em massa de um agregado, nas peneiras da série normal, dividida por 100”.

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𝛴 %𝐴𝐶𝑈𝑀. #𝑁𝑂𝑅𝑀𝐴𝐿
𝑀𝐹 =
100

OBS: Quanto mais grosso o agregado, maior o módulo de finura.

d) A dimensão máxima característica “grandeza associada à distribuição granulométrica


do agregado, correspondente à abertura nominal, em mm, da malha da peneira da série
normal ou intermediária, na qual o agregado apresenta uma porcentagem retida
acumulada igual ou imediatamente inferior a 5 % em massa”.

e) Classificação do agregado, conforme NBR 7122.

4.5. Agregados - Determinação do inchamento de agregado miúdo -


Método de ensaio (NBR 6467)

4.5.1. Introdução

Inchamento é o fenômeno do aumento de volume aparente da areia quando está úmida.

A água forma em torno da areia uma película, que os afasta entre si, produzindo o
aumento do volume.

O inchamento depende da composição granulométrica da areia e do grau de umidade


nela contida.

Com relação a granulometria, quanto mais fina a areia e consequentemente maior a


superfície específica, o inchamento em presença de umidade será maior.

Com relação a umidade o inchamento máximo ocorre, para teores de umidade entre 4 e 6
%, numa faixa de 15 a 35 %, em função da granulometria da areia. A partir do teor de
umidade de 7 %, normalmente o inchamento decresce para praticamente anular-se com a
areia saturada.

Tendo em vista que a areia é normalmente utilizada nas obras, úmida, em decorrência, há
uma grande interferência sobre a sua massa unitária.

Nas obras em que o traço é medido em volume, há de se considerar o fenômeno do


inchamento, pois as quantidades de água e areia definidas, no traço, serão modificadas
em função do coeficiente de umidade e de inchamento da areia.

Outro aspecto importante a ser analisado com relação ao fenômeno do inchamento, é o


econômico. Se por ocasião da aquisição da areia, esta estiver úmida, a quantidade da
areia fornecida será menor do que a realmente adquirida (prevista).

4.5.2. Aparelhagem

a) Encerado de lona com dimensões mínimas de 2,0 m x 2,5 m.

b) balança com capacidade mínima de 50 Kg e resolução de 100 g.

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c) balança com capacidade mínima de 200 g e resolução de 0,01 g.

d) recipiente paralelepipédico de material metálico, com dimensões apropriadas para


agregado miúdo com dimensão máxima nominal inferior ou igual a 4,8 mm conforme
norma NBR 7251.

e) Estufa com capacidade para manter a temperatura de 105 ± 5 oC.

f) proveta graduada a cada 10 ml, de vidro ou plástico, com capacidade mínima de 1000
ml.

g) 10 cápsulas com tampa, com capacidade de 50 ml para acondicionamento e secagem


do agregado miúdo em ensaio.

h) régua rígida com comprimento suficiente para rasar o recipiente paralelepipédico


estabelecido.

i) Pá ou concha de tamanho adequado para encher o recipiente com os agregados em


ensaio.

j) Bandejas metálicas com dimensões mínimas de 500 x 700 mm (opcionais).

k) Misturador mecânico com capacidade volumétrica máxima inferior a três vezes o


volume da amostra a ser homogeneizada (opcional).

4.5.3. Amostragem e preparação da amostra para ensaio

a) A amostragem dos agregados e sua redução para ensaio deve ser realizada de acordo
a norma ABNT NBR 16915, devendo ser enviada ao laboratório em quantidade no mínimo
igual a duas vezes o volume do recipiente de ensaio (para agregados com massa
específica normal, cerca de 45 Kg de amostra).

b) Secar a amostra de agregado durante 24 horas ou até a massa constante, em estufa


com temperatura de 105 ± 5 oC e depois resfria-la até a temperatura ambiente. Considera-
se que a massa é constante quando a diferença entre duas pesagens consecutivas com
período de duas horas entre si de permanência na estufa não excede a 0,01 %.

4.5.4. Procedimento de ensaio

a) A amostra é previamente seca em estufa conforme item 4.7.3.

b) Colocar a amostra seca sobre o encerado de lona ou no misturador mecânico e


homogeneizar a amostra.

c) Determinar a massa unitária segundo a NBR 7251 da areia seca em estufa:

𝑀𝑠
𝛾𝑠 =
𝑉
onde:
 s = massa unitária aparente da areia seca;
Ms = massa em Kg, da areia seca;

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V = volume do recipiente.

d) Em seguida, adiciona-se água sucessivamente para obter teores de umidade próximos


dos valores: 0,5; 1; 2; 3; 4; 5; 6; 7; 9 e 12 %. Após cada adição de água, a amostra deve
ser perfeitamente homogeneizada manualmente, com auxílio do encerado de lona ou no
misturador mecânico.

e) Determina-se a massa unitária da areia segundo a NBR 7251 para os diferentes teores
de umidade. Para cada determinação da massa unitária, determina-se também a
umidade. Para a determinação do teor de umidade, após cada adição de água, deverá ser
coletada amostra, utilizando-se as cápsulas de alumínio. As cápsulas deverão ser
pesadas (mh) e colocadas em estufa para secagem e posterior pesagem (ms).
𝑀ℎ
𝛾ℎ =
𝑉
onde:
 h = massa unitária da areia com teor de umidade determinado;
Mh = massa em Kg, da areia úmida;
V = volume do recipiente.
𝑚ℎ − 𝑚𝑠
ℎ= 𝑥100
𝑚𝑠 − 𝑚𝑐

onde:
h = teor de umidade em %
mh = massa em Kg da areia úmida
ms = massa em Kg da areia seca
mc = massa em Kg da cápsula

4.5.5. Cálculo dos resultados

Determinar o coeficiente de inchamento para os diferentes graus de umidade.

𝛾𝑠 (100 + ℎ)
𝐶𝑖 = 𝑥
𝛾ℎ 100

onde:
Ci = Coeficiente de inchamento
 s = massa unitária da areia seca em Kg/dm3
 h = massa unitária da areia úmida em Kg/dm3
h = teor de umidade da areia em %.

4.5.6. Curva de inchamento

Com os pares de valores (h e Ci) traçar gráfico conforme roteiro indicado a seguir:

a) Utilizar eixo de coordenadas, traçando nas ordenadas “Ci” e nas abcissas “h”.

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b) Plotar os pontos conforme determinado em 7.11.6 (norma).

c) Traçar uma tangente (1) pelo ponto (2), paralela ao eixo das abcissas. O ponto (2) é o
inchamento máximo (Imáx).

d) Une-se o ponto de tangência (2) ao ponto de interseção da curva de inchamento com o


eixo das abcissas (3), determinando a reta (4).

e) Traça-se uma tangente a curva de inchamento (5) paralela à reta (4).

f) O ponto de encontro das duas tangentes (6) terá como coordenadas o inchamento
máximo e a umidade crítica (7).

g) O ponto (8) dará o inchamento correspondente a umidade crítica (Ic).

umidade crítica = ponto a partir do qual o inchamento é praticamente constante

h) O inchamento médio será, portanto:

𝐼𝑐 + 𝐼𝑚𝑎𝑥
𝐼𝑚𝑒𝑑 =
2
Valor médio do inchamento acima da umidade crítica.

Ci

I máx. 6 2 (I máx.) 1

I crítico 8
5

0 7 (h crítica) h
3

Figura 4 – Ilustração da curva de inchamento da areia. Fonte: ABNT – NBR 6467, 2006.

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5. ESPECIFICAÇÕES (CARACTERÍSTICAS EXIGÍVEIS NA
RECEPÇÃO E PRODUÇÃO DOS AGREGADOS)

5.1. Condições Gerais


Os agregados devem ser compostos por grãos de minerais duros, compactos, duráveis e
limpos e não devem conter substâncias de natureza e em quantidades que possam afetar
a hidratação e o endurecimento do cimento, a proteção da armadura contra a corrosão, a
durabilidade ou, quando for requerido, o aspecto visual externo do concreto.

Os agregados não devem conter qualquer material deleteriamente reativo com os álcalis
do cimento em uma intensidade suficiente para causar uma expansão da argamassa e/ou
concreto, exceto nos casos em que o cimento empregado contiver menos que 0,6 % de
equivalente alcalino expresso em Na2O e for adicionado de substâncias que
comprovadamente previnam a expansão prejudicial devido a reação álcali-agregado.

Considera-se expansão excessiva aquela que exceder 0,05% a três meses ou 0,10% a
seis meses.

Agregado total – Agregado resultante da britagem de rochas cujo beneficiamento resulta


numa distribuição granulométrica constituída por agregados graúdos e miúdos ou por
mistura intencioanal dos agregados britados e areia natural ou britada, possibilitando o
ajuste da curva granulométrica em função das características do agregado e do concreto
a ser preparado com esse material.

5.2. Condições Específicas

5.2.1. Agregado miúdo

A amostra representativa deve satisfazer os requisitos prescritos para granulometria,


substancias nocivas e durabilidade.

5.2.1.1.Composição granulométrica

Deve cumprir os limites de somente uma das zonas indicadas na tabela 10 apresentada a
seguir:

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Tabela 10 – Limites de distribuição granulométrica do agregado miúdo

Porcentagem, em massa, retida acumulada


Peneira com
abertura de malha
Limites inferiores Limites superiores
(ABNT NBR NM ISO
3310-1)
Zona utilizável Zona ótima Zona ótima Zona utilizável

9,5 mm 0 0 0 0

6,3 mm 0 0 0 7

4,75 mm 0 0 5 10

2,36 mm 0 10 20 25

1,18 mm 5 20 30 50

600 µm 15 35 55 70

300 µm 50 65 85 95

150 µm 85 90 95 100

Nota 1 – O módulo de finura da zona ótima varia de 2,20 a 2,90.


Nota 2 – O módulo de finura da zona utilizável inferior varia de 1,55 a 2.20.
Nota 3 – O módulo de finura da zona utilizável superior varia de 2,90 a 3,50.

5.2.1.2.Substâncias nocivas

A quantidade de substâncias nocivas não deve exceder os limites máximos em


porcentagem estabelecidos na tabela 11 com relação a massa do material.

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Tabela 11 – Limites máximos aceitáveis de substâncias nocivas no agregado miúdo com relação a
massa do material

Quantidade máxima relativa a


Determinação Método de ensaio
massa do agregado miúdo (%)

Torrões de argila e materiais ABNT NBR 7218 3,0


friáveis

Concreto aparente 0,5


1 ASTM C
Materiais carbonosos
123 Concreto não 1
aparente

Material fino que passa pela ABNT Concreto submetido


3,0
peneira 75 µm por lavagem NBR a desgate superficial
(material pulverulento) 16973
Concretos protegidos
do desgaste 5,0
superficial

A solução obtida no ensaio deve


ABNT NBR NM 49 ser mais clara do que a solução
padrão

ABNT NBR Diferença


2
Impurezas orgânicas 7221 máxima
aceitável entre
os resultados 10
de resistência
a compressão
comparativos
1
( )Quando não for detectada a presença de materais carbonosos durante a apreciação petrográfica,
pode-se prescindir do ensaio de qualificação dos materiais carbonosos (ASTM C 123).

(2) Quando a coloração da solução obtida no ensaio for mais escura que a solução padrão, a utilização
do agregado miúdo deve ser estabelecida pelo ensaio previsto na ABNT NBR 7221.

Fonte: ABNT – NBR 7211, 2019.

Quando material fino que passa através da peneira 75 µm por lavagem, conforme
procedimento de ensaio estabelecido na ABNT NBR NM 46, for constituído totalmente de
grãos gerados durente a britagem da rocha, o svalores constantes na tabela 11 podem ter
seus limites alterados de 3 % para 10 % (para concreto submetido a desgaste superficial)
desde que seja possível comprovar, por apreciação petrografica realizada de acordo com
a ABNT NBR 7389, que os grãos constituintes acima de 150 µm não geram finos que
interferem nas propriedades do concreto. São exemplos de materiais prejudiciais os
materiais micáceos, ferruginosos e argilominerais expansivos.

5.2.1.3.Durabilidade
a) Em agregados provenientes de regiões litorâneas, ou extraídos de águas salobras, ou
ainda quando houver suspeita de contaminação natural (regiões onde ocorrem sulfatos
naturais como a gipsita) ou industrial (água do lençol freático contaminada por efluentes
industriais), os teores de cloretos e sulfatos não devem exceder os limites estabelecidos
na tabela 12.
26
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b) Para evitar a ocorrência de reações expansivas deletérias devidas a reação álcali-
agregado, deve ser atendido o que estabelece a NBR 15577-1.

Tabela 12 – Limites máximos para a expansão devida a reação álcali x agregado e teores de cloreto e
sulfatos presentes nos agregados
Determinação Método de ensaio Limites
Menor que 0,2% de concreto
simples.
a
ABNT NBR 9917 Menor que 0,1% de concreto
Teor de cloretos (CL)
ABNT NBR 14832
b armado.
Menor que 0,01% de concreto
protendido.
c
Teor de sulfatos (SO4) ABNT NBR 9917 Menor que 0,1%.
a
Agregados que excedam os limites estabelecidos para cloretos podem ser utilizados em concreto, desde
que o teor total trazido ao concreto por todos os seus componentes(água, agregados, cimento, adiçõese
aditivos químicos), verificado por ensaio realizado pelo método ABNT NBR 14832 (determinação no
concreto) ou ASTM C 1218, não exceda aos seguintes limites, dados em porcentagem sobre a massa de
cimento.
- Concreto protendido ≤ 0,06%;
- Concreto armado exposto a cloretos nas condições de serviços da estrutura ≤ 0,15%;
- Concreto armado em condições de exposição não severas (seco ou protegido de umidade nas condições
de serviço da estrutura) ≤ 0,40%;
- Outros tipos de construção de concreto armado ≤ 0,30%.
b
O método ABNT NBR 14832 estabelece com determinar o teor de cloretos em clinquer e cimento
Portland. Neste caso específico, o método pode ser utilizado para ensaio de agreagados.
C
Agregados que excedam o limite estabelecido para sulfatos podem ser utilizados em concreto, desde que
o teor total trazido ao concreto por todos os seus componentes não exceda 0,2 % ou que fique comprovado
o uso de cimento Portland resistente a sulfatos.
Fonte: ABNT – NBR 7211, 2019.

5.2.2. Agregado graúdo

5.2.2.1.Granulometria
5.2.2.1.1.Distribuição granulométrica

Deve atender aos limites indicados na tabela 13.

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Tabela 13 - Limites da composição granulométrica do agregado graúdo.

Peneira com Porcentagem, em massa, retida e acumulada


abertura de malha a
(ABNT NBR NM Zona granulométrica d/D
ISO 3310-1)
4,75/12,5 9,5/25 19/31,5 25/50 37,5/75
75 mm - - - - 0–5
63 mm - - - - 5 – 30
50 mm - - - 0-5 75 – 100
37,5 mm - - - 5 - 30 90 - 100
31,5 mm - - 0–5 75 – 100 95 – 100
b
25 mm - 0–5 5 – 25 87 - 100 -
b b
19 mm - 2 – 15 65 - 95 95 - 100 -
b b
12,5 mm 0–5 40 – 65 92 - 100 - -
b b
9,5 mm 2 – 15 80 – 100 95 - 100 - -
b b
6,3 mm 40 – 65 92 - 100 - - -
b
4,75 mm 80 – 100 95 - 100 - - -
2,36 mm 95 - 100 - - - -
a
Zona granulométrica correspondente a menor (d) e a maior (D) dimensões do agregado graúdo.
b
Em cada zona granulométrica deve ser aceita uma variação de no máximo 5 unidades percentuais em apenas um
dos limites marcados com 2. Essa variação pode também estar distribuída em vários desses limites.
Fonte: ABNT – NBR 7211, 2019.

5.2.2.2.Formas dos grãos


O índice de fiorma dos grãos do agregado não deve ser superior a 3, quando determinado
de acordo com a ABNT NBR 7809.

5.2.2.3.Desgaste
O índice por desgaste por abrasão Los Angeles, determinado segundo a ABNT NBR
16974..

5.2.2.4.Substâncias nocivas
A quantidade de substâncias nocivas não deve exceder os limites máximos em
porcentagem estabelecidos na tabela 14.

Tabela 14 – Limites máximos aceitáveis de substâncias nocivas no agregado graúdo com relação à massa

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Professor: JORGE SANTOS
UFRJ - ESCOLA POLITÉCNICA
Disciplina : Laboratório de Materiais de Construção II
do material
Quantidade máxima
Determinação Método de ensaio relativa a massa do
agregado graúdo (%)
Concreto aparente 1
Torrões de argila e Concreto sujeito a
ABNT NBR 7218 2
materiais friáveis desgaste superficial
Outros concretos 3

a
Concreto aparente 0,5
Materiais carbonosos ASTM C 123
Concreto não aparente 1,0
Material fino que passa
através da peneira 75
ABNT NBR NM 46 1,0
µm por lavagem
b, c
(material pulverulento)
a
Quando não for detectada a presença de materiais carbonoso durante a apreciação petrográfica, pode-se
prescindir do ensaio de qualificação dos materiais carbonoso (ASTM C 123).
B Para agregados produzidos a partir de rochas com absorção de água inferior a 1 %, determinados
conforme a ABNT NBR NM 53, o limite de material fino pode ser alterado de 1 para 2 %.
C Para agregado total, o limite de material fino pode ser composto até 6,5 % desde que seja possível
comprovar, por apreciação petrográfica, realizada de acordo com a ABNT NBR 7389, que os grãos
constituintes acima de 150 µm não indicam a presença de finos que interferem nas propriedades do
concreto. São exemplos de materiais prejudiciais, os materiais micáceos, os ferruginosos e os
argilominerais expansivos.
Fonte: ABNT – NBR 7211, 2019.

6. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
1. ABNT - Conjunto de normas citadas no Quadro 1.

2. ABNT. NBR 7211 – Agregados para concreto – Especificação. Rio de Janeiro , 2019.

3. DALPINO, Carlos Eduardo – Utilização de resíduos da construção civil para a produção


de concreto, São Paulo, Universidade Ahembi Morumbi, 2008.

4. Giacobbe, Silvia e Figueiredo, Antônio Domingues de – Concreto de cimento portland


com borracha de pneus, São Paulo, USP, 2008.

5. NEVILLE, Adam M. - Propriedades do Concreto, São Paulo, PINI, 1997.

6. PETRUCCI, Eladio Gerardo Requião - Materiais de Construção, Porto Alegre, Globo,


1979.

7. SANTOS, Jorge – Agregados para concretos e argamassas. Apostila de Aulas de


Materiais de Construção II, Rio de Janeiro, UFRJ, 2019.

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Professor: JORGE SANTOS

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