Cetro - Centro de Especialização E Treinamento de Odontologia

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CETRO – CENTRO DE ESPECIALIZAÇÃO E TREINAMENTO DE

ODONTOLOGIA

ERIKSON BRENER GONÇALVES BRAGA

TRATAMENTO DE MÁ-OCLUSÃO DE CLASSE II COM EXTRAÇÃO DENTÁRIA

Belo Horizonte
2022

ERIKSON BRENER GONÇALVES BRAGA


TRATAMENTO DE MÁ-OCLUSÃO DE CLASSE II COM EXTRAÇÃO DENTÁRIA

Monografia apresentada ao curso de


Especialização Lato Sensu da Faculdade
CETRO, como requisito parcial para
conclusão do Curso de Especialização em
Ortodontia.
Área de concentração: Ortodontia
Orientador: Prof: Eliane Carvalho

Belo Horizonte
2022
CETRO – CENTRO DE ESPECIALIZAÇÃO E TREINAMENTO DE
ODONTOLOGIA

Monografia intitulada "Tratamento de má-oclusão de classe II com extração


dentária" de autoria do aluno Erikson Brener Gonçalves Braga, aprovada pela
banca examinadora constituída pelos seguintes professores:

_________________________________________________
– Centro de especialização e treinamento de Odontologia - (CETRO) –Orientador

__________________________________________
Nome do examinador -Instituição a qual pertence

Belo Horizonte, 02 de Junho de 2022

BRAGA, Erikson Brener Gonçalves


Tratamento de má-oclusão de classe II com
extração dentária / Erikson Brener Gonçalves Braga. 2022

25 F.

Orientador: Eliane Carvalho


Monografia (especialização) – Centro de
Especialização e Treinamento de Odontologia (CETRO), 2022
1. Má-oclusão de classe II. 2. Extração dentária.
I. Título. II.
RESUMO
Na vivência diária ortodôntica com que os profissionais se deparam no
consultório, a má oclusão de classe II é o problema mais comumente encontrado
nos pacientes. O tratamento indicado a cada paciente passa por grandes variáveis,
como por exemplo, a idade do paciente, o grau de motivação, a severidade do caso
e ate mesmo a condição financeira do paciente é levada em consideração. Dentre
os tratamentos possíveis e mais comumente utilizados, a extração dentária e
amplamente difundido e é uma pratica comum nos consultório, mas para ser
indicada a extração, deve se fazer um diagnóstico correto e um plano de tratamento
completo e que contemple do inicio ao fim do tratamento, sendo considerados os
pros e contra da mecânica ortodôntica com extrações dentaria. Este trabalho tem
como objetivo, em uma revisão bibliográfica, passar por pontos importantes na
escolha e variáveis consideráveis para o tratamento da classe II. Pode se concluir
nesse trabalho que o tratamento de classe II, com extrações dentarias e uma opção
de escolha interessante, sendo um tratamento com uma boa estabilidade após a
finalização, porem sendo necessário uma criteriosa avaliação e diagnostico.

Palavras chave: Classe II, Extrações, ortodontia


ABSTRACT
In the daily orthodontic experience that professionals face in the office, class
II malocclusion is the most common problem found in patients. The treatment
indicated for each patient depends on large variables, such as the patient's age, the
degree of motivation, the severity of the case and even the patient's financial
condition is taken into account. Among the possible and most commonly used
treatments, tooth extraction is widely spread and is a common practice in the office,
but to be indicated for extraction, a correct diagnosis must be made and a complete
treatment plan that includes from beginning to end of the procedure. Treatment,
considering the pros and cons of orthodontic mechanics with dental extractions. This
work aims, in a literature review, to go through important points in the choice and
considerable variables for the treatment of class II. It can be concluded in this work
that the class II treatment, with dental extractions, is an interesting choice, being a
treatment with good stability after completion, but requiring a careful evaluation and
diagnosis.

Keywords: Class II, Orthodontic, Extractions


LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS

SIGLA – SIGNIFICADO

MPO- Mini parafuso ortodôntico


NT- Nitinol
SUMÁRIO

1 – INTRODUÇÃO----------------------------------------------------------------------------------8
2 – PROPOSIÇÃO---------------------------------------------------------------------------------10
3 - REVISÃO DE LITERATURA ---------------------------------------------------------------11
3.1 - Variáveis para o tratamento da classe II --------------------------------------11
3.2 - Tratamento com duas extrações ------------------------------------------------12
3.3 - Extrações assimétricas ------------------------------------------------------------13
3.4 - Extrações apoiadas em mini-implantes ---------------------------------------16
3.5 Extrações Atípicas --------------------------------------------------------------------18
3.6 Estabilidade ----------------------------------------------------------------------------20
4 – DISCUSSÃO-----------------------------------------------------------------------------------23
5 – CONCLUSÃO----------------------------------------------------------------------------------24
5 – REFERENCIAS BIBLIOGRAFICAS -----------------------------------------------------25
8

1 INTRODUÇÃO
A cada dia, mais e mais pessoas desejam um sorriso harmonioso, e um dos
métodos mais aplicados para isso é o tratamento ortodôntico, que tenta individualizar
cada má oclusão para que seja escolhido o tratamento mais eficaz. A classificação de
Angle é definida como a posição de uma arcada em relação à outra no sentido
anteroposterior. Tem-se tradicionalmente a classificação da má oclusão como um
instrumento de grande importância para um bom diagnóstico, planejamento e
tratamento ortodôntico. (CAMARA; 2010)
A má-oclusão de classe II é descrita como uma projeção dos molares em
sentido anteroposterior, podendo ou não estar associada à uma diferença entre as
bases ósseas. De todos os diagnósticos de má-oclusão dentaria, a classe II é a mais
comum nos casos tratados pelos ortodontistas, exigindo do profissional, o
conhecimento das características importantes para seu diagnóstico e
consequentemente para o tratamento, como por exemplo, o fato da Classe II estar
associada a uma questão dental ou esquelética, e, ainda, se o problema tem seu foco
na maxila, na mandíbula ou na sua junção das duas. Vale ainda levar em consideração
que a correção da má oclusão de Classe II, embora não seja a mais frequente na
população, constitui a maior prevalência dos casos de pacientes que procuram
tratamentos ortodônticos. (GIMENEZ et al 2007)
Entende-se que geralmente a má oclusão de Classe II tem como etiologia o
retrognatismo mandibular, a protusão maxilar ou a combinação de ambos tendo sua
predominância de origem genética que afeta a harmonia facial em vários graus. Deste
modo, um ortodontista é frequentemente confrontado com uma variedade de
ferramentas, técnicas e protocolos de tratamento projetados para corrigir o mesmo
tipo de má-oclusão. (FREITAS; 2008)
Essa gama de variedades corriqueiramente gera duvidas principalmente entre
os profissionais menos experientes, ocasionando dúvidas e hesitações sobre a
escolha da abordagem mais adequada para cada caso, levando em consideração que
a taxa de sucesso do tratamento da má oclusão de classe II pode ser notavelmente
afetada por fatores como o protocolo de tratamento, a gravidade da má oclusão, a
idade do paciente e seu nível de adesão ao tratamento.
O protocolo com extrações consiste, basicamente, em extrair quatro pré-
molares ou apenas dois pré molares no arco superior, enquanto o tratamento sem
extrações pode ser realizado utilizando-se a ancoragem extrabucal, aparelhos
9

ortopédicos funcionais, os elásticos de Classe II associados a aparelhos fixos ou, mais


recentemente, os distalizadores intrabucais. (JANSON, 2019)
A extração de pré-molares é geralmente usada para o tratamento da má
oclusão de Classe II porque alcança sucesso independente do padrão facial e relação
maxilomandibular. A indicação está baseada na severidade da má oclusão inicial,
alcançando uma estabilidade de tratamento satisfatória com tempo de tratamento
adequado, não afetando a atratividade facial, aparência e as medidas do tecido mole
ao longo do tempo. Protocolos incluem extrações de dois, três, ou quatro pré-molares
(CONTE; 2017).
10

2 PROPOSIÇÃO
Este estudo teve como objetivo, em uma revisão de literatura, fazer uma síntese
sobre o tratamento da má oclusão de classe II com extrações dentarias.
11

3 REVISÃO DE LITERATURA

BRUSOLA publicou um artigo ainda 1989, que já dizia que as extrações de pré-
molares, como forma de tratamento, para diminuir o apinhamento dos dentes
anteriores e corrigir a protrusões dentárias são recomendadas desde o século XVIII.
Embora alguns autores, como Angle, alertassem que resultados satisfatórios somente
seriam possíveis mediante a manutenção de todos os dentes presentes, outros,
advogavam uma opinião contrária, passando a utilizar essa prática. Entre as principais
indicações de exodontias dentarias na má oclusão de Classe II estão: 1- a biprotrusão,
mais comumente aquelas que possuem protrusão do lábio superior, com os dentes
inferiores e a mandíbula bem posicionada, a presença de apinhamento; correção da
relação molar; crescimento vertical.
BRUNHARO et al. (2006) em um estudo, dizia sobre a classe II esquelética,
uma alteração que pode ocorrer devido a diferentes disposições dos ossos basais,
tais como, mandíbula retruida, maxila protuida e/ou uma combinação das duas
características ósseas. O protocolo com extrações consiste, basicamente em extrair
quatro pré-molares, sendo dois superiores e dois inferiores, ou apenas dois pre
molares no arco superior.

3.1 Variáveis para o tratamento da classe II

FINK e SMITH em 2002 publicaram uma revisão de literatura, onde falaram que
quando se opta pelo protocolo de tratamento com as quatro extrações, se espera uma
maior duração do tratamento ortodôntico, visto que esta forma de tratamento tem
maiores exigências mecânicas. Entretanto o tratamento com duas extrações
superiores ocasiona em uma menor duração do tratamento, o que incide numa maior
colaboração do paciente. Para GRABER (2000), que realizou um estudo sobre o
tratamento com extrações de dois primeiros pré-molares superiores, e disse só deve
ser considerado quando o paciente possui um bom arco inferior e não apresenta mais
crescimento.
JANSON et. al (2012) publicaram um artigo onde analisaram as variáveis
relevantes do tratamento da má oclusão de classe II. Vários fatores influenciam no
protocolo de tratamento como, por exemplo, a severidade da má oclusão, idade do
paciente, grau de colaboração com o tratamento. Estudos recentes têm demonstrado
12

que para uma mesma idade e grau de severidade, o protocolo de tratamento de má


oclusão de classe II, com extrações de dois pré-molares superiores, apresenta maior
eficiência do que o protocolo de tratamento de 4 pré-molares ou sem extrações. O
tratamento de uma classe II completa sem apinhamento é realizada com extrações de
dois pré-molares superiores, o seguimento anterior do arco deverá ser distalizado
equivalente a largura de um pré-molar para que os caninos ocupem uma relação
classe I, enquanto os molares permanecem em classe II. Quando essa mesma má
oclusão e tratada com extrações de 4 pré-molares, o segmento posterior superior
deverá ser distalizado 3,5mm, enquanto o segmento antero superior deverá ser
distalizado 10,5 mm para que os molares e caninos alcancem a relação de classe I,
totalizando 14 mm de distalização do arco superior. Entretanto se essa mesma má
oclusão for tratada sem extrações, o segmento póstero e antero superior deverão ser
distalizados 7mm cada um, para que os molares e caninos apresentem uma relação
de classe I ao final do tratamento fazendo um total de 14 mm de distalização total do
arco superior. Concluiu-se então que em relação ao protocolo de tratamento com
quatro pré-molares ou sem extrações requer uma quantidade de movimentação dos
dentes superiores para distal, além de exigir do paciente um maior grau de
colaboração com o uso de aparelhos de reforço de ancoragem, resultado dai a maior
taxa de sucesso do tratamento de classe II, com apenas duas extrações.

2.2 Tratamento com duas extrações

BIBIANO em 2012 publicou um caso clínico quanto ao tratamento da má


oclusão de classe II, com extração de dois pré-molares superiores. A Paciente A.S.M.,
12 anos, gênero feminino, veio para o atendimento na clínica ortodôntica, a sua queixa
principal era o mau posicionamento dos dentes superiores. No exame extrabucal,
diagnosticou uma assimetria facial dentro dos padrões de normalidade, uma boa
harmonia dos terços faciais com uma leve inclinação da linha bipupilar e linha do
sorriso, perfil facial levemente convexo com selamento labial passivo. Na análise
intrabucal, observou-se uma má oclusão de Classe II, um trespasse vertical de 3mm,
trespasse horizontal 1mm e apinhamento dentário significativo na arcada superior e
brando na arcada inferior pós o diagnóstico da má oclusão da classe II completa. Se
viu também, um desvio da linha média dentária superior de 3mm para o lado direito,
linha média dentária inferior coincidente com o plano sagital mediano e curva de Spee
13

acentuada. Foi proposto para a paciente como forma de tratamento, a exodontia de


dois pré molares superiores (14 e 24), depois de feita a extração, a instalação do
aparelho e o uso de elástico (3/16) para a correção da classe II. Inicialmente, foi
realizada as extrações dos dentes 14 e 24, logo em seguida, foram instalados os
acessórios ortodônticos pré-ajustados da prescrição Roth, com slot 022”x.030”. Na
fase de alinhamento e nivelamento, foi utilizada a seguinte sequência de fios NT.014”,
.016”, .018”, .019”x.025”. Após a exodontia dos dentes 14 e 24, foi feita a instalação
do aparelho superior e o uso de elástico de Classe II para fechamento de espaços.
Depois de feita a correção da má oclusão, foi realizada a remoção do aparelho e
instaladas as contenções, sendo a placa de Hawley superior e 3X3 no arco inferior.
De acordo com o estudo de caso, pode-se constatar a efetividade da correção da linha
média e da má oclusão de classe II dentária através de tratamento ortodôntico com
extrações de dois pré-molares.
ZANILATTO et. al (2013) publicaram um caso clinico sobre o tratamento da má
oclusão de classe II com extração de pré-molares superiores. O paciente E.S do sexo
masculino iniciou o tratamento ortodôntico aos 16 anos, com o diagnóstico de má
oclusão de classe II, divisão 1º, ele apresentava arco dentário inferior estável e sem
presença de apinhamento, porém sua curva de spee apresentava uma profundidade
de 3 mm bilateral. O paciente também apresentava biprotusão maxilar associado a
uma má oclusão classe II esquelética, com incisivos superiores e inferiores
vestibularizados e produzidos. O plano de tratamento constituiu-se em: bandas nos
primeiros e segundos molares superiores e inferiores e colagem de braquetes direta,
superior e inferior. Alinhamento e nivelamento foram feitos com fios de NT. Foi
realizado uma barra palatina e extraídos os dentes 14 e 24. Utilizou-se um arco
retangular 19x25 e aparelho extrabucal como forma de ancoragem posterior e
retração dos dentes e ao finalizar o tratamento, as contenções foram feitas. Os autores
concluíram que o arco dentário inferior deve se apresentar de forma estável para o
tratamento com extrações de pré-molares superiores e relação intermaxilar em classe
II deve ser significativa. E é de suma importância o controle de ancoragem e habilidade
na retração.

3.3 Extrações assimétricas


14

JACOME (2019) publicou um caso clínico sobre o tratamento de má oclusão


de classe II subdivisão com extração assimétrica para correção de desvio de linha
média superior. O paciente F F I de 14 anos, tinha como queixa principal o desvio de
linha média. Ao realizar exame e análise extrabucal notou-se a presença de um perfil
convexo, mandíbula retruida e selamento labial passivo. A linha média superior
dentária estava desviada para a direita. Na análise intrabucal notou-se má oclusão
dentaria de classe II completa subdivisão esquerda. Foram propostos dois tipos
tratamentos diferentes ao paciente. O primeiro deles sendo, a extração de um pré-
molar superior, dente 24. E já segunda opção de tratamento, foi sugerido o tratamento
com o uso de elástico. Foi explicado ao paciente e responsável os riscos e benefícios
de cada opção, então o paciente e optou pela primeira opção de tratamento. Foram
instalados os acessórios ortodônticos pré-ajustados da prescrição Roth. Iniciou-se a
fase de alinhamento e nivelamento com fios NT. A extração foi realizada e em seguida
a retração inicial de canino com elásticos com corrente. Durante a fase de alinhamento
utilizou-se os fios 0,16 e 0,18 com curva e sem curva. Durante o tratamento também
foram realizados desgastes interproximais. Em seguida no arco superior iniciou-se o
processo fechamento de espaço no arco com retração dos dentes anteriores no fio
0,19x 0,25, com torque vestibular resistente e elástico em cadeia de molar a molar
junto com elástico classe II para o reforço ancoragem. Não houve grandes alterações
no componente maxilar, porém obteve um bom crescimento mandibular. Com relação
às alterações do componente vertical, não houve grandes mudanças. Nas relações
dento alveolares obteve vestibularizaçao e protusão dos incisivos superiores. O
overbite diminuiu de 4 mm a 1 mm e o perfil manteve as características do início,
apesar da convexidade ter melhorado. Conclui-se com o artigo que a escolha do
protocolo de tratamento com extrações dentarias assimétricas, promove uma relação
oclusão equilibrada.
JACOMIMI et. al em 2019, publicaram um artigo sobre o tratamento ortodôntico
corretivo de uma má oclusão de classe II de Angle, subdivisão, com extrações
assimétricas. A má oclusão de classe II subdivisão é caracterizada pela presença de
relação sagital posterior de disto oclusão em apenas um lado. O principal fator
etiológico é o componente dento alveolar. A linha média superior geralmente está
coincidente com a linha média da face e quando não, o desvio é mínimo, já a linha
média inferior encontra-se desviada para o lado da classe II. Paciente do sexo
masculino, com 13 anos, foi realizado o diagnostico e indicação e a documentação foi
15

requisitada. Observou-se no exame extra oral um padrão mesofacial com simetria,


selamento labial passivo, linha do sorriso normal. No exame intra-oral observou-se má
oclusão de classe II, 2ª divisão direita, mordida profunda e assimetria da arcada
inferior, com desvio da linha média para a direita. A correção ortodôntica da assimetria
dos caninos inferiores e consequentemente da linha média inferior, requer a obtenção
de espaço do lado esquerdo, então optou-se pela exodontia do primeiro pré-molar
inferior esquerdo, e na arcada superior havia necessidade não só do o alinhamento
dos caninos, mas também de intrusão dos incisivos e correção da inclinação axial
desses dentes sem que ocorresse o aumento do trespasse horizontal e maior projeção
labial superior, para que não haja prejuízo para o perfil facial. Sendo assim os
primeiros pré-molares foram os dentes de predileção. As etapas do tratamento se
constituíram na extração dos primeiro pré-molares superiores e do primeiro pré-molar
inferior esquerdo. Aparelho fixo prescrição Roth, foi instalado e uma barra palatina
também foi feita. Foram realizados os alinhamentos segmentados em três partes. A
sequência das duas arcadas foi 0,18NT, aço 0,16, aço 0,18 e 17x25 aço. Durante
esse alinhamento superior foram realizadas as retrações dos caninos com elástico em
cadeia, e uma a retração do canino inferior esquerdo através da mecânica de
deslizamento com elástico em cadeia foi iniciada na adaptação do arco de aço 0,18.
Obtida as relações, os dentes foram amarrilhados. O resultado obtido apresentou
relação mais harmônica do contorno facial, sem protusão labial, excelente
intercuspidação com chaves dos caninos, coincidência das linhas medias e boa
relação das bases ósseas. Conclui-se que a ortodontia associada a extrações
assimétricas de três pré-molares é uma abordagem terapêutica valiosa no caso da má
oclusão de classe II subdivisão.
MATOS em 2019 afirmou que a Classe II Assimétrica é considerada uma má
oclusão muito presente na vida de um Ortodontista, embora não seja a mais comum
das más oclusões de Classe II que os profissionais encontram no consultório. As más
oclusões de Classe II, subdivisão, apresentam dificuldades no tratamento ortodôntico
devido à relação oclusal assimétrica e a dificuldade em se diagnosticar os fatores
responsáveis pela má oclusão. Um caso clínico foi feito, para avaliar o tratamento de
classe II assimétrica. A paciente J.F.G.F., 30 anos tinha como principal queixa os
dentes espaçados (Diastemas). Na análise facial apresentava proporção entre os
terços faciais, perfil ligeiramente côncavo, Selamento labial passivo e no sorriso
forçado, o lábio superior cobria a margem cervical dos incisivos superiores. No exame
16

clínico constatou-se má oclusão de Classe II completa subdivisão direita. Linha média


dentária superior desviada 2mm para a esquerda. Após a realização das análises
clínicas foi proposto à paciente a extração do dente 14, primeiro pré-molar direito para
correção da Classe II completa, juntamente com o uso de elástico de Classe II. Foi
explicado a paciente que seria muito demorado a correção da Classe II usando
somente o elástico. Inicialmente foram instalados os acessórios ortodônticos pré-
ajustados da prescrição Roth. Nas fases de alinhamento e nivelamento foi utilizada a
sequência de fios de níquel-titânio (NT) "012”, 014”, 016”, .018”, .019”x.025”. Foi
pedida então a extração do dente 14, estando numa fase mais avançada do
tratamento. Neste momento a paciente está usando fios. 019x025, NT, o que
favoreceu com o fechamento dos espaços imediatamente após extração. Um mês
após a extração, continuou a mecânica de correção da Classe II com fios de
acentuação e reversão de curva de spee (019x025 aço), elástico corrente e elástico
Classe II do lado direito só no período noturno para ajudar fechamento do espaço e a
correta posição do canino. Poucos meses antes da conclusão do tratamento, foram
incluídos na mecânica os dentes 17,37 e 47. Nesta fase a paciente já estava com o
canino em Classe I e sem diastemas e nem a linha média desviada. Ao final do
tratamento, após a remoção do aparelho pode-se observar que o tratamento
ortodôntico, propiciou correção muito satisfatória do canino superior direito em Classe
I e o molar superior direito em Classe II completa com correção da linha média dentária
superior. Pode-se concluir que os resultados com a extração de um pré-molar
trouxeram a mecânica agilidade e rapidez, evitando o uso prolongado do elástico
intermaxilar de Classe II e com um resultado satisfatório.

3.4 Extrações apoiadas em mini-implantes

MARASSI et al. (2016) realizaram um estudo sobre o uso de mini implantes


como auxiliares na fase de retração da bateria anterior quando há extrações
dentarias. A fase de retração anterior representa uma importante etapa do tratamento
ortodôntico. Um planejamento criterioso é fundamental para o sucesso no uso dos
MPO, especialmente em pacientes com retrusão mandibular. As mecânicas de
fechamento de espaço tendem a aumentar a sobremordida e os ortodontistas
acrescentam dobras de compensação nos fios para controlar esse efeito colateral.
Com os mini implantes instalados usualmente em uma posição mais apical do que os
17

ganchos dos molares deve se considerar a retração anterior direta no MPO tendo um
vetor de força mais intrusivo para os incisivos que a mecânica tradicional. Este vetor
de força pode ser controlado modificando a altura de instalação dos mini-implantes.
Em caso em que há necessidade de retração inicial de caninos os MPOs podem ser
instalados já no início no tratamento para auxiliar na melhora do alinhamento e
posteriormente o mesmo pode ser usado na retração. Na retração do arco superior os
locais de instalação em ordem de preferência são: Processo vestibular entre primeiro
molar e segundo pré-molar; Processo alveolar palatino entre os primeiros e segundos
molares utilizando barra palatina; Processo alveolar vestibular entre os primeiros e
segundos molares. Concluiu-se com o trabalho, que os MPOS podem contribuir de
modo significativo com a fase de retração anterior, no entanto os ortodontistas
precisam se familiarizar com as varias particularidades do uso nessa etapa.
OLIVEIRA em 2019 publicou um caso clinico sobre o tratamento de classe II
com extrações apoiado em MPOS. Uma paciente, sexo feminino, 12 anos e 8 meses,
procurou o Instituto Latino Americano de Pesquisa e Ensino Odontológico para
realização de tratamento ortodôntico. Foi diagnosticada no exame com uma má
oclusão de Classe II divisão 1 de Angle, relação de canino de Classe II, perfil
levemente convexo, padrão facial equilibrado, linhas médias coincidentes. O plano de
tratamento escolhido, após análise cefalométrica, análise de modelos, avaliação
intrabucal e extrabucal, foi a utilização de disjuntor palatino para corrigir a atresia
maxilar, realização de extração dos primeiros pré-molares superiores e retração em
massa dos dentes antero superiores utilizando mini implantes como ancoragem. A
finalidade do tratamento foi proporcionar uma sobremordida adequada, melhorar o
perfil facial, estética do sorriso, estabelecer a relação de Classe I de caninos, manter
a relação de Classe II dos molares e obter oclusão adequada. Para atingir esses
objetivos, foi instalado inicialmente um aparelho disjuntor palatino de Haas. Foi
realizada a instalação dos acessórios na arcada inferior com prescrição Edgewise e
iniciado o alinhamento e nivelamento. Na arcada superior, após quatro meses com o
disjuntor palatino, foram colados braquetes nos dentes anterosuperiores e segundos
pré-molares e inserido um fio 0,014 de aço inoxidável destemperado. No quinto mês,
foi removido o aparelho disjuntor palatino de Haas e iniciado alinhamento e
nivelamento da arcada superior. Foram solicitadas as exodontias dos primeiros pré-
molares superiores e a instalação de dois mini-implantes entre as raízes dos segundos
pré-molares e primeiros molares superiores como recurso de ancoragem para
18

realização da retração em bloco. No mês seguinte, iniciou-se a mecânica de retração


no arco superior com a colocação de um fio “0,017 x 0,025” e elástico em corrente dos
ganchos aos mini-implantes com força de 100g. Dois meses após o início da retração
foi realizado torque resistente e curva de spee acentuada no fio para evitar a
verticalização excessiva dos incisivos superiores. Na arcada superior era trocado o
elástico em corrente que era ativado novamente com a força estabelecida de 250g.
No arco inferior foi realizada sequencia normal do tratamento. E ao final do tratamento
os objetivos foram alcançados. A realização do estudo permitiu verificar, a eficácia da
utilização de mini implantes como recurso de ancoragem para retração em massa dos
dentes anterosuperiores em pacientes com má oclusão de Classe II divisão 1.

3.5 Extrações Atípicas

CELORIO et al, (2013) escreveu um artigo sobre exodontia dos segundos


molares para o tratamento de classe II. Pacientes que apresentam padrão vertical de
crescimento com a mordida ligeiramente aberta na região anterior se enquadram
perfeitamente nessa proposta de tratamento com exodontias de segundos molares,
pois o efeito dento alveolar da exodontia desses dentes e a rotação do arco dentário
superior favorece o fechamento da mordida aberta anterior. Assim a remoção dos 2
molares está indicada para os casos de classe II, divisão I, que tenham menos de
meia cúspide de relação com excessiva inclinação vestibular dos incisivos superiores,
presença de terceiro molares da maxila com boa posição, forma e tamanho
adequados. Como vantagens, a exodontia dos segundos molares superiores pode
resolver o problema antero posterior, favorecendo uma abertura do eixo facial em
pacientes com má oclusão de classe II subdivisão 2, com sobremordida profunda. O
tratamento da classe II torna-se mais fácil, pois não há preocupação acerca da
retração dos dentes anteriores, posteriores ou superiores. Conclui-se que exodontia
dos segundos molares não é um procedimento constante nos tratamentos
ortodônticos, pois depende de um diagnostico minucioso, porém quando o caso por
individual cumprir todos os requisitos do diagnostico que devem ser observados,
torna-se uma válida opção para o tratamento de classe II. Uma das vantagens é a não
intercuspidação do perímetro do arco com as exodontias, evitando assim, possíveis
espaços residuais.
19

REIGOTA em 2017 publicou um caso clinico sobre extração atípica de canino


no tratamento classe II. A Paciente G.F.F. 26 anos e 2 meses, gênero feminino,
apresentou-se para tratamento na clínica ortodôntica com queixa principal de
apinhamento anterossuperior e ausência do canino superior esquerdo. No exame
extrabucal observou-se boa simetria facial, selamento labial forçado, perfil convexo e
padrão vertical da face. Na análise intrabucal, diagnosticou-se uma má oclusão de
Classe II completa, um trespasse vertical de 1mm, trespasse horizontal de 1mm, e a
falta dos dentes 23, 36 e 46. A linha média superior era coincidente com o plano sagital
mediano e a linha média inferior apresentava-se desviada para direita em 1mm.
Observou-se também a inclinação vestibular do dente 13, giroversão dos dentes 35,
44 e 45. A primeira opção de tratamento oferecida ao paciente compreendeu a
extração do dente 24 e tracionamento do dente 23. Porém, como o dente 24
encontrava-se em boa posição no arco, uma segunda opção seria realizar a extração
atípica do dente 23. No lado direito, optou-se por extrair o dente 14 para resolução do
apinhamento. Na análise da radiografia panorâmica mostrou ausência dos dentes 36,
46 e o dente 23 impactado. Assim, o plano de tratamento aceito pelo paciente foi
extrair o dente 14 e o dente 23, mantendo o dente 24, já que este se encontrava em
boa oclusão e, uma vez que o canino superior esquerdo estava em uma posição
desfavorável e seu tracionamento seria duvidoso com risco de reabsorção radicular
do dente 22 devido a sua proximidade com a raiz do mesmo. Após a extração do
canino superior esquerdo incluso, o tratamento ortodôntico foi realizado por meio de
bráquetes pré-ajustados Roth e arcos contínuos, alinhamento e nivelamento. Em
seguida, utilizou-se de elásticos de Classe III e de intercuspidação. A finalização se
deu por meio do uso de elástico corrente. O resultado final foi uma oclusão funcional,
estética satisfatória, apresentando estabilidade após um ano de controle.
CONTE (2017) publicou um caso clinico sobre o tratamento da má oclusão de
Classe II em adulto por meio de extrações atípicas. Paciente G.F.F, com 24 anos e 4
meses, do gênero feminino, foi encaminhada para atendimento ortodôntico com a
queixa principal dos dentes caninos para cima. No exame extra bucal foi constatado
simetria facial, com perfil convexo selamento labial passivo e padrão braquifacial. No
exame clínico intrabucal, verificou-se uma má oclusão de Classe II completa lado
esquerdo e ½ Classe II direita, canino superior direito extruido e desvio da linha média.
Foram propostas duas opções de tratamento sendo a primeira, a extração do primeiro
pré-molar superior direito, segundo pré molar superior esquerdo e primeiro molar
20

inferior direito, esse último dente foi eleito devido envolvimento pulpar. Seguiu-se com
fechamento dos espaços superiores e colocação de implante na região do 46. A
segunda opção foi a extração dos dentes 14, 25 e 46, seguido de fechamento dos
espaços superior e inferior e a instalação de mini implante para mesialização do dente
47. A paciente optou para correção da má oclusão da Classe lI pela segunda opção.
Foi instalado aparelho fixo metálico da prescrição Roth seguido da fase de
alinhamento e nivelamento com fios redondos de NT. Após quatro 14 meses de
tratamento foi instalado um mini-implante de 1.6 mm x 9 mm (Neodent) na distal do
dente 45. A mesialização do dente 47 foi realizada no fio de aço 019x. 025 com o uso
de elástico corrente de força média do dente ao mini-implante. Após o fechamento
dos espaços dos dentes com elástico corrente, foi realizada a intercuspidação. Ao final
do tratamento observou-se a correção da Má oclusão de Classe lI e do apinhamento
superior e inferior. O protocolo de extração assimétrica e atípica obteve como
resultado, a correção da má oclusão de Classe II e do apinhamento superior, com
melhor posicionamento dos caninos em infra-vestíbulo-versão e apinhamento inferior,
com diminuição do overjet e overbite.

3.6 Estabilidade

BRAGA et al. (2011) comparou o efeito do tratamento ortodôntico com e sem


extração de quatro primeiros pré-molares e sua relação no perfil tegumentar. O estudo
foi realizado com base em uma amostra de prontuários selecionadosdos arquivos
do Curso de Especialização em Ortodontia da UFRGS. Os critérios para inclusão na
pesquisa foram pacientes leucodermas com má oclusão de Classe II de Angle, sem
agenesia dentária, que possuíam em seus prontuários as tele radiografias laterais pré
e pós-tratamento. Além disso, somente foram selecionados os pacientes tratados sem
extração e com extração de quatro primeiros pré-molares.
O grupo tratado ortodonticamente sem extrações foi constituído por 15 pacientes de
ambos os gêneros (6 do gênero masculino e 9 do feminino), com média de idade pré-
tratamento de 13 anos e pós-tratamento de 16,9 anos. Já o grupo tratado com
extrações dos quatro primeiros pré-molares também foi constituído por 15 pacientes
(8 do gênero masculino e 7 do feminino), com média de idade pré- tratamento de 13,2
anos e pós-tratamento de 18 anos. A partir das tele radiografias laterais pré e pós-
tratamento, foram feitos os traçados os cefalométricos manualmente pelo autor da
21

pesquisa. As estruturas anatômicas traçadas foram o perfil facial tegumentar, região


do násio, incisivos superiores e inferiores e a porção anterior da maxila e mandíbula.
Após a realização dos traçados, foram marcados os pontos anatômicos necessários
para as análises cefalométricas selecionadas para avaliar o perfil tegumentar.
Considerou-se, para este estudo, à distância do lábio superior e inferior para Linha E
de Ricketts para Linha S de Steiner e para Linha de Burstone. O ângulo da Linha
HNB e o ângulo nasolabial também foram analisados. A comparação entre as duas
medições realizadas pré e pós, por se tratarem de dados pareados, utilizou-se o teste
de comparações t- student para amostras pareadas. Para a comparação entre os
grupos com extração e sem extração calculou-se uma nova variável composta pela
diferençadas medições Pré e Pós: Diferença = Medida Pós – Medida Pré. No grupo
sem extrações apenas duas medidas apresentaram avanço de lábio, e o ângulo
nasolabial, porém muito discretamente. Todas as demais medidas mostraram recuo
do lábio superior e inferior, entretanto somente duas com diferença estatisticamente
significativa (Linha E – Ls e Linha S – Ls). Todas as medidas do grupo com extrações
indicaram recuo labial superior e inferior. Quando comparadas as alterações no perfil
facial do grupo um e dois se constatou que as maiores ocorreram no grupo com
extrações e de forma estatisticamente significativa apontando para o recuo labial.
SALAZAR em 2016 publicou um artigo sobre a estabilidade da correção da má
oclusão de classe II, realizada com extração de dois e de quatro pré-molares. Existem
vários fatores que influenciam a estabilidade da correção da má oclusão de Classe II,
e as recidivas que acontecem podem ser tanto esqueléticas como dentárias. A recidiva
dentária pode ser atribuída a uma tensão residual no ligamento periodontal, falta de
adaptação funcional à nova posição, à tendência de crescimento e interferências
funcionais. A falta de selamento labial e a postura incorreta da língua apresentam-se
também associadas à recidiva dentária. Além disso, a utilização de elásticos
intermaxilares pode gerar mordida aberta considerada também como causa de
recidiva. Esse fato demonstraria uma atividade muscular desequilibrada,
demonstrando o insucesso do tratamento. O tratamento da Classe II com extrações é
realizado mais freqüentemente no final da dentadura mista, ou numa faixa etária mais
avançada, na dentição permanente completa, quando o potencial de crescimento do
paciente é mínimo ou esta finalizando. Portanto, os resultados obtidos são
dependentes exclusivamente de modificações compensatórias.
22
23

4 DISCUSSÃO

Como podemos ver, nos trabalhos de FINK e SMITH (2002) e JANSON et. al
(2012), existem muitos fatores que podem influenciar na indicação do tratamento da
má oclusão, dentre eles estão a idade, severidade do caso e até mesmo o grau de
comprometimento. Esses estudos nos dizem também que o tratamento com duas
extrações, é um tratamento com uma melhor eficiência, devido a uma possível maior
colaboração do paciente provindo de uma curta duração do tempo de tratamento, e
menos exigências mecânicas. ZANILATTO et. al (2013) e BIBIANO em 2012
concluíram, que por mais que o tratamento com duas extrações seja um efetivo para
a resolução da má oclusão da classe II, o arco dentário inferior deve estar de forma
estável e relação intermaxilar em classe II deve ser expressiva. Deve existir um grande
controle de ancoragem, para que não haja o fechamento do espaço sem a resolução
do problema. JACOME (2019) e JACOMIMI (2019) também mostraram em seus
trabalhos, que existem possibilidades de tratamentos com extrações assimétricas,
dependendo do diagnostico, como por exemplo, onde existam apinhamentos na
região inferior, em pacientes de classe II, com certo grau de severidade, e também a
possibilidade de extrações únicas quando a má oclusão é uni lateral, dando agilidade
e rapidez por menores movimentos mecânicos, como disse MATOS (2019). Os mini-
implantes se tornaram um grande aliado dos ortodontistas no tratamento da classe II
com extrações, como dito por OLIVEIRA (2019) e MARASSI et al. (2016),
principalmente na fase de retração da bateria anterior, fazendo com que assim não
exista a perda de ancoragem e uma maior eficiência na finalização de tratamento. O
pré-molar costuma ser o dente de predileção para extração no tratamento da má
oclusão de classe II, mas isso não é inalterado, como visto por REIGOTA (2017),
CELORIA et al., (2013) e CONTE (2017), que em seus estudos conseguiram concluir
que pode ser possível a extração de algum outro dente, e na finalização, gerando uma
oclusão funcional, estética satisfatória, diminuição do overjet e boa estabilidade. De
acordo com BRAGA et al. (2011), o tratamento da Classe II com extrações é realizado
mais freqüentemente no final da dentadura mista, ou já na permanente, e a
estabilidade e os resultados obtidos com relação a estabilidade são dependentes das
modificações compensatórias realizadas durante o tratamento.
24

5 CONCLUSÃO

Com essa revisão de literatura podemos concluir no que se diz em relação ao


protocolo de tratamento sem extrações exige uma quantidade de movimentação maior
dos dentes superiores para distal, além de ser necessário exigir do paciente um maior
grau de colaboração com o uso de aparelhos de reforço de ancoragem, sendo assim
o tratamento dentário da má a oclusão de classe II com extrações dentarias uma
melhor opção quando indicado. A escolha do protocolo de tratamento com extrações
dentarias, promove uma relação oclusão equilibrada após a finalização do tratamento.

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