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Brazilian Journal of Health Review 25012

ISSN: 2595-6825

Extração do segundo pré-molar erupcionado na região do palato com


indicação ortodôntica: relato de caso

Extraction of second premolar erupted in the palate region with


orthodontic indication: a case report
DOI:10.34119/bjhrv6n5-541

Recebimento dos originais: 08/09/2023


Aceitação para publicação: 13/10/2023

Thayná Salgado de Oliveira


Graduanda em Odontologia
Instituição: Centro Universitário Fametro
Endereço: Av. Constantino Nery, 1937, Chapada, Manaus - AM
E-mail: [email protected]

Gabriela de Souza Pinheiro


Graduanda em Odontologia
Instituição: Centro Universitário Fametro
Endereço: Av. Constantino Nery, 1937, Chapada, Manaus - AM
E-mail: [email protected]

Raíssa Ariane Souza de Oliveira


Graduanda em Odontologia
Instituição: Centro Universitário Fametro
Endereço: Av. Constantino Nery, 1937, Chapada, Manaus - AM
E-mail: [email protected]

Hannah Marcelle Paulain Carvalho


Residente em Cirurgia e Traumatologia Bucomaxilofacial
Instituição: Centro Universitário Fametro
Endereço: Av. Constantino Nery, 1937, Chapada, Manaus - AM
E-mail: [email protected]

Paulo Victor de Araújo Martinho


Mestre em Ciências Odontológicas
Instituição: Centro Universitário Fametro
Endereço: Av. Constantino Nery, 1937, Chapada, Manaus - AM
E-mail: [email protected]

RESUMO
Este estudo aborda o desafio clínico de gerenciar uma condição complexa: um segundo pré-
molar erupcionado ectopicamente no palato. A condição apresentada não apenas representa um
desafio devido à sua complexidade, mas também devido às complicações associadas e à
necessidade de uma abordagem meticulosa e interdisciplinar para o tratamento. O tratamento
requer a colaboração entre cirurgiões-dentistas para garantir a execução correta das opções de
tratamento disponíveis. Este relato de caso explora essas opções de tratamento em detalhes,
concentrando-se especialmente na exodontia - o processo de extração de dentes. Isso é
destacado como uma opção potencialmente necessária em situações mais severas, onde outras

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abordagens de tratamento podem não ser suficientes ou adequadas. O estudo também aborda a
importância do diagnóstico precoce e intervenção na gestão de tais casos. A detecção e
intervenção precoces são cruciais para minimizar as complicações físicas e as consequências
psicossociais possíveis que o paciente possa enfrentar, como a ansiedade associada à condição
e ao tratamento. Além disso, a intervenção precoce pode ajudar a evitar complicações que
podem ocorrer se a condição não for tratada de maneira oportuna. Finalmente, este estudo busca
contribuir para a prática clínica no gerenciamento de casos de erupção ectópica, promovendo
uma compreensão mais aprofundada do processo de erupção dentária e dos fatores que podem
influenciar sua ocorrência. Através da análise detalhada do caso apresentado e da discussão das
opções de tratamento disponíveis, esperamos fornecer aos profissionais da área insights
valiosos para lidar com esses casos desafiadores e complexos.

Palavras-chave: erupção ectópica, exodontia, má oclusão, abordagem interdisciplinar,


diagnóstico precoce.

ABSTRACT
This study addresses the clinical challenge posed by an ectopically erupted second premolar
located in the palate. Such a condition is not only intricate due to its inherent complexity but
also due to the potential complications and the necessity for a detailed, interdisciplinary
treatment approach. Effective management demands collaboration among dental professionals
to ensure the precise execution of the available treatment options. This case report delves into
these treatments, with a particular emphasis on exodontics - the extraction of teeth. This method
is underscored as a possible necessity in extreme cases where alternative treatments might be
insufficient or inappropriate. The paper also underscores the significance of early diagnosis and
timely intervention. Rapid identification and action are paramount to mitigate physical
complications and potential psychosocial impacts, such as patient anxiety linked to both the
condition and its treatment. Moreover, early action can avert complications arising from
delayed treatment. Ultimately, this study aims to enrich clinical practices concerning ectopic
eruption cases by enhancing the understanding of the tooth eruption process and factors
influencing its trajectory. Through an in-depth analysis of the presented case and a thorough
discussion of treatment alternatives, we aim to offer invaluable insights to professionals
confronting such intricate and challenging cases.

Keywords: ectopic eruption, extraction, malocclusion, interdisciplinary approach, early


diagnosis.

1 INTRODUÇÃO
A má oclusão é uma desordem do complexo craniofacial que afeta os maxilares,
músculos faciais e a língua, resultando da interação entre fatores ambientais e hereditários e
causando alterações estéticas e funcionais, com potenciais consequências psicossociais para o
paciente1,2. Dentre os muitos problemas que podem emergir em decorrência dessa condição,
um dos mais desafiadores é o caso de um segundo pré-molar erupcionado na região do palato,
o tema central deste trabalho.

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No contexto odontológico, o processo de erupção dentária é complexo e envolve uma


série de eventos orquestrados que permitem que o dente passe do desenvolvimento subgengival
para sua posição funcional na cavidade oral3. No entanto, a falta de espaço é um dos principais
fatores que levam à má oclusão, resultando em erupções ectópicas4.
A ocorrência de um segundo pré-molar erupcionado no palato, embora complexa, é uma
situação que ilustra a profundidade dos desafios enfrentados na prática odontológica. Este tipo
de erupção ectópica pode levar a complicações como deslocamento de dentes adjacentes, perda
de espaço, e possivelmente reabsorção radicular dos dentes adjacentes5,6.
O sucesso na gestão de casos como o apresentado neste estudo depende da compreensão
detalhada do processo de erupção dentária, bem como dos fatores que podem influenciar a
ocorrência de erupções ectópicas. Os fatores genéticos e ambientais desempenham um papel
importante, e a identificação e o entendimento destes podem ajudar a prever, e possivelmente
prevenir, erupções ectópicas7.
Planos de tratamento mais conservadores podem incluir apenas pequenos desgastes
entre os dentes, porém, em situações mais severas, a exodontia pode se tornar uma opção
necessária para a obtenção do espaço necessário para o alinhamento e nivelamento de todos os
dentes4. A exodontia, portanto, deve ser considerada uma parte integral do arsenal terapêutico
em odontologia, especialmente quando a erupção ectópica apresenta complicações
significativas para a saúde oral do paciente8.
No presente estudo, é analisado um caso específico de exodontia de um segundo pré-
molar erupcionado na região do palato. Esta prática, referente ao processo de extração de
dentes, é comum na odontologia, mas apresenta desafios particulares em casos de erupções
ectópicas9. A prática requer uma abordagem meticulosa, considerando não apenas o
procedimento em si, mas também a gestão pós-operatória e a planificação do tratamento
subsequente8.
Finalmente, além do problema funcional associado a tais erupções, a questão estética
também pode ser uma grande preocupação para os pacientes, especialmente quando a alteração
de posição dos dentes anteriores é visível durante a fala e o sorriso. Assim, o diagnóstico
precoce, a intervenção eficaz e o tratamento são fundamentais não apenas para a saúde bucal,
mas também para o bem-estar geral do paciente.
O objetivo é não apenas apresentar, discutir as decisões clínicas tomadas e avaliar o
resultado do tratamento, mas também enfatizar a importância do diagnóstico precoce e da
intervenção para minimizar complicações5. Além disso, cada caso requer uma análise cuidadosa
das necessidades individuais do paciente, a anatomia oral única, e o desenvolvimento dentário4.

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O manejo da dor, as complicações pós-operatórias, bem como a preparação para futuras


intervenções ortodônticas são considerações importantes10.
Este trabalho pretende lançar luz sobre esta importante questão através do estudo de um
caso clínico, e espera-se que as lições aprendidas possam ser úteis para outros profissionais da
área. A natureza complexa da exodontia, a necessidade de uma abordagem interdisciplinar e a
importância do diagnóstico precoce são temas que serão explorados em profundidade neste
estudo11.

2 RELATO DE CASO
2.1 APRESENTAÇÃO DO CASO
Um paciente do sexo masculino, em condições saudáveis, procurou assistência na
Clínica Odontológica da Faculdade Metropolitana (FAMETRO) de Manaus-AM, relatando
desconforto estético e funcional associado a um pré-molar erupcionado na região palatina
(Figura 1). A principal insatisfação do paciente era o incômodo ocasionado pelo referido dente,
cujo exame clínico confirmou estar em posição de infra oclusão. Durante a coleta da história
clínica, solicitou-se ao paciente que efetuasse exames radiográficos complementares, como
radiografia panorâmica e periapical, com o propósito de identificar o grau de interação com o
dente adjacente.

Figura 1. Visualização de um segundo pré-molar com erupção ectópica na área palatina. A seta indica o
deslocamento proeminente do dente 25.

Fonte: autores

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Na consulta inicial, o paciente informou que não possuía distúrbios sistêmicos e não
apresentava lesões orais. Uma avaliação conjunta com um profissional especializado em
Ortodontia indicou que o paciente exibia uma mordida cruzada, anterior e posterior, juntamente
com apinhamento dentário nos arcos mandibular e maxilar. O hemiarco esquerdo demonstrou
características de Classe II, caracterizado por um excesso de projeção dos dentes anteriores
superiores e uma retrusão dos dentes inferiores, resultando em um desalinhamento entre os
dentes superiores e inferiores, conhecido como overjet ou trespasse horizontal.

2.2 INVESTIGAÇÃO
O diagnóstico inicial guiou a elaboração de um plano terapêutico no qual a exodontia
emergiu como a intervenção primária recomendada. A avaliação pré-operatória incluiu uma
análise cuidadosa das radiografias, que se mostraram cruciais para entender a interação entre o
dente afetado e as estruturas dentárias e ósseas adjacentes. As radiografias panorâmicas e
periapicais confirmaram o diagnóstico inicial de deslocamento oclusal do dente 25 (Figura 2A-
C). A análise detalhada desses exames possibilitou também a identificação e localização das
raízes do dente, etapa imprescindível para a formulação do planejamento cirúrgico.

Figura 2. A) Radiografia panorâmica dentária do paciente; B) Radiografia periapical enfocando o dente 25; C)
Detalhe da erupção do segundo pré-molar na região palatal. As setas indicam o deslocamento proeminente do
dente 25 em todas as imagens.

Fonte: autores

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A decisão de proceder com a exodontia foi baseada na posição ectópica do dente e no


desconforto persistente relatado pelo paciente, ambos fatores que impactam negativamente a
qualidade de vida do indivíduo. Além disso, o deslocamento oclusal observado nas imagens
radiográficas poderia aumentar a probabilidade de complicações a longo prazo, tais como lesões
periodontais e reabsorção óssea, caso a condição não fosse adequadamente tratada. Portanto,
considerando a situação clínica particular do paciente, a exodontia apresentou-se como a
estratégia mais eficaz e menos prejudicial, visando garantir a preservação da saúde oral e o
bem-estar do paciente.

2.3 TRATAMENTO
Com o diagnóstico assegurado e o esquema terapêutico delineado, o paciente foi
encaminhado para procedimento de exodontia. Procedeu-se com a antissepsia externa e interna
da cavidade oral utilizando polvidona-iodo e clorexidina 0,12%, respectivamente, seguido pelo
bochecho pelo paciente durante um minuto.
O processo de exodontia incorporou tanto técnicas cirúrgicas abertas quanto fechadas.
Para o procedimento anestésico, realizou-se o bloqueio do nervo palatino maior (Figura 3A) e
do nervo alveolar superior médio (Figura 3B) empregando anestésico à base de
lidocaína+epinefrina na proporção de 1:100.000. Foi administrada uma única ampola do
anestésico para cada nervo bloqueado.

Figura 3. A) Administração da anestesia no nervo palatino maior, um passo crucial para assegurar o conforto do
paciente e B) procedimento de anestesia do nervo alveolar superior médio, fundamental para a minimização da
dor durante o procedimento.

Fonte: autores

A incisão foi realizada com bisturi nº 15c no cabo de bisturi nº 03, com uma incisão
intrassucular (papilar) ao redor do dente no sulco gengival. O retalho foi confeccionado do

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elemento 23 ao 26 (Figura 4A), e o descolamento dos tecidos foi realizado com o descolador
de Molt 5-6.

Figura 4. A) Demonstração do retalho mucoperiosteal preparado, estendendo-se do dente 23 ao dente 26 e B)


Utilização do descolador de Molt para separar cuidadosamente os tecidos moles adjacentes ao dente e
implementação da alavanca Seldin reta para luxação do dente, facilitando sua extração.

Fonte: autores

O dente foi luxado com a alavanca seldin reta (Figura 4B) e o fórceps nº 150 (Figura 5),
realizando um movimento apical e de extrusão para retirada do elemento dentário.
Posteriormente, o dente extraído (Figura 6A-B).

Figura 5. Uso do fórceps 150 para extrair o dente afetado de maneira segura e eficiente.

Fonte: autores

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Figura 6. A) Exame visual do alvéolo após a conclusão dos procedimentos de limpeza e B) visualização do dente
extraído após a conclusão da extração.

Fonte: autores

Foi realizada irrigação com soro fisiológico a 0,9% (Figura 7A), proporcionando
visibilidade para a sutura. A inspeção e a curetagem do alvéolo foram realizadas com uma
cureta de Lucas nº 89 (Figura 7B) e eventuais espículas ósseas foram regularizadas com uma
lima para osso.

Figura 7. A) Irrigação do sítio cirúrgico com soro fisiológico 0,9% para limpar a área e promover a cicatrização e
B) Realização da curetagem do alvéolo com a cureta de Lucas, um passo necessário para limpar e preparar a área
para a cicatrização.

Fonte: autores

O procedimento foi finalizado com a realização de uma sutura interpapilar (Figura 8A)
utilizando fio de seda 3.0. O corte do fio foi realizado com uma tesoura Spencer. O controle do
sangramento foi efetivado através do uso de gaze, uma pinça hemostática Kelly curva e uma
pinça dente de rato na extremidade do vaso.

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Figura 8. A) Aplicação de suturas interpapilares para otimizar o processo de cicatrização e reduzir o incômodo
do paciente e B) Imagem ilustrativa do progresso uma semana após a cirurgia, com a cabeça da seta indicando
uma cicatrização bem-sucedida.

Fonte: autores

2.4 MANEJO PÓS-OPERATÓRIO


O paciente foi submetido a uma revisão clínica uma semana após a intervenção cirúrgica
para remoção dos pontos. Durante a visita, o paciente não relatou qualquer tipo de
complicações. Conforme informado pelo sujeito, o período pós-operatório transcorreu sem
intercorrências, sem a ocorrência de eventos adversos ou contratempos. Este desfecho positivo,
tanto em relação à recuperação pós-operatória do paciente quanto à eficácia da exodontia,
destaca a importância de uma avaliação cuidadosa, planejamento cirúrgico meticuloso e
execução competente do procedimento.
O gerenciamento pós-operatório é crucial para o sucesso do procedimento. Além de
garantir a ausência de complicações, como infecções e hemorragias, permite monitorar o
processo de cicatrização e detectar precocemente possíveis anormalidades. Através de revisões
periódicas e orientações sobre higiene oral e dieta, foi possível facilitar um período de
recuperação suave e sem contratempos para o paciente.
Por fim, observou-se uma cicatrização apropriada e o êxito do procedimento (Figura
8B). Essa constatação reforça a necessidade de um acompanhamento pós-operatório eficaz e
minucioso, capaz de validar o sucesso da intervenção e garantir o bem-estar do paciente,
princípios fundamentais na prática odontológica.

3 DISCUSSÃO
A erupção ectópica de pré-molares, como exemplificado no dente 25 do caso discutido,
posiciona-se como um desafio clínico significativo na odontologia12. Este fenômeno, onde o

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dente emerge deslocado de sua posição usual, solicita não apenas um diagnóstico preciso, mas
também um planejamento terapêutico cuidadoso.
O campo da odontologia beneficia-se imensamente de estudos de casos que oferecem
insights sobre estas apresentações. A prevalência de pré-molares impactados varia
consideravelmente, ressaltando a importância de entender esta condição em diferentes
demografias13,14. A literatura sugere que os pré-molares são o terceiro tipo de dente mais
frequentemente impactado15.
A escolha do tratamento, neste contexto, deve ser baseada não apenas na apresentação
clínica, mas também respaldada por evidências científicas. O debate contínuo na odontologia
acerca das extrações reflete as divergentes filosofias de tratamento. Enquanto para algumas
situações o manejo conservador é priorizado, em casos de apinhamento dental e outras
condições significativo, a extração pode se mostrar a abordagem mais eficaz16,17.
Além disso, é vital reconhecer as ramificações do apinhamento dentário. Suas
consequências vão além do desalinhamento dentário, podendo levar a desafios na manutenção
da higiene oral e subsequentes complicações, como cárie dentária e gengivite18.
A abordagem interdisciplinar, como adotada no caso em questão, destaca-se por sua
eficácia. A colaboração entre diversas especialidades odontológicas permite uma compreensão
holística do paciente, assegurando um tratamento mais abrangente e bem-sucedido16.
Estudos de caso, como o aqui discutido, são vitais para a prática odontológica. Eles
oferecem insights valiosos sobre diferentes apresentações clínicas e orientam os profissionais
sobre abordagens terapêuticas ideais. Em uma profissão onde cada paciente representa um
conjunto único de desafios e necessidades, estudos de caso servem como referência, guiando
os profissionais através de diversos cenários clínicos.
Por fim, estudos de caso como esse contribui significativamente para a odontologia, eles
também sublinham a necessidade contínua de pesquisa. As observações aqui feitas reiteram a
importância de avaliações clínicas aprofundadas e da colaboração interdisciplinar. Além disso,
o estudo indica áreas onde mais investigações são necessárias, em particular no que se refere
ao manejo da dor e às complicações pós-operatórias18. Por tanto, estudos de caso como este
permitem que a odontologia continue aprimorando-se, assegurando que os cuidados oferecidos
atendam aos padrões mais elevados de excelência.

4 CONCLUSÃO
O manejo de pré-molares erupcionados ectopicamente e dentes impactados exige
profundo entendimento e abordagem interdisciplinar na odontologia. As evidências e relatos de

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caso discutidos demonstram a complexidade e a necessidade de um diagnóstico preciso, bem


como um planejamento de tratamento adequado. A literatura e os casos práticos apontam para
a eficácia de abordagens individualizadas, considerando as necessidades únicas de cada
paciente e sua anatomia oral específica. As implicações do apinhamento dentário e os desafios
associados ao tratamento ressaltam a importância contínua de pesquisa, cooperação entre
especialidades odontológicas e educação contínua para garantir resultados ótimos e aprimorar
ainda mais a prática clínica.

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