Memorial Descritivo Completo - Trecho Após o Lago

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ESTADO DE MATO GROSSO

PREFEITURA MUNICIPAL DE SORRISO

MEMORIAL DESCRITIVO

Objeto: Implantação de Ciclovia


Local: Av. Blumenau
Trecho: a Partir do Lago do Rota do Sol
até a Rua de Acesso

2021
ESTADO DE MATO GROSSO
PREFEITURA MUNICIPAL DE SORRISO

MEMORIAL DESCRITIVO PARA CICLOVIAS

INTRODUÇÃO

A bicicleta é um meio de transporte de baixo custo, capaz


de ampliar o acesso da população às oportunidades de trabalho,
lazer, equipamentos públicos e serviços existentes nas
cidades. Traz benefícios à saúde, diminuindo a incidência de
doenças relacionadas ao sedentarismo e ajudando a melhorar as
condições gerais de vida da população. Sua inserção na matriz
de transportes colabora com a qualidade ambiental, reduzindo
emissões de gases de efeito estufa e poluentes locais. Além
disso, ajuda a promover laços de solidariedade e cidadania ao
facilitar o contato dos cidadãos com o território e com os
demais habitantes.
Além da implantação de infraestrutura, é fundamental que
uma política cicloviária contemple outros elementos capazes de
auxiliar na transformação dos hábitos de mobilidade e uso da
cidade por parte da população. Para a implantação da rede
cicloviária faz-se necessário um estudo local e planejamento.
O Plano de Mobilidade Urbana é uma exigência do
Ministério das Cidades no sentido de que os municípios
planejem suas obras objetivando maior prazo de duração. O
Município de Sorriso deu início aos trabalhos de Elaboração do
seu Plano de Mobilidade Urbana.
Para a Elaboração do Plano de Mobilidade Urbana são
abordados tópicos como a importância da construção de uma
visão comum, feita em parceria com os moradores e demais
atores envolvidos, e os benefícios do Plano de Mobilidade para
a cidade. A integração das politicas e práticas de mobilidade
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com outras áreas, como planejamento urbano, meio ambiente,


desenvolvimento econômico, inclusão social, saúde e segurança,
é outro assunto de destaque.
Uma das implantações da Mobilidade Urbana são as
Ciclovias e Ciclofaixas.
O presente documento tem por finalidade fornecer os
elementos técnicos compreendendo: as especificações, os
quantitativos, e o orçamento com vistas à licitação e execução
da Obra de Revestimento da Ciclovia, com extensão de 2.187,00m
e largura de 1,25 m de cada pista. As obras previstas englobam
os serviços de pavimentação, e obras complementares, conforme
projetos.
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CONCEITO

Uma ciclovia é um espaço destinado especificamente para a


circulação de pessoas utilizando bicicletas. Há vários tipos
de ciclovia, dependendo da segregação entre ela e a via de
tráfego de automóveis:
 Tráfego compartilhado: não há nenhuma
delimitação entre as faixas para automóveis ou bicicletas, a
faixa é somente alargada de forma a permitir o trânsito de
ambos os veículos.
 Ciclofaixa: é uma faixa das vias de tráfego,
geralmente no mesmo sentido de direção dos automóveis e na
maioria das vezes ao lado direito em mão única. Normalmente
nestas circunstâncias, a circulação de bicicletas é integrada
ao trânsito de veículos, havendo somente uma faixa ou um
separador físico, como blocos de concreto, entre si.
 Ciclovia: é segregada fisicamente do tráfego
automóvel. Podem ser unidirecionais ou bidirecionais e são
regra geral adjacentes a vias de circulação automóvel ou em
corredores verdes independentes da rede viária.

ACESSO A CICLOVIA

O Projeto das Ciclovias foi desenvolvido pelo Plano de


Mobilidade Urbana.
O início e o fim da ciclovia deverão ser constituídos de
rampas que poderão ser utilizadas por ciclistas para
adentrarem a ciclovia, bem como, para a travessia do canteiro
central por parte dos cadeirantes e pedestres. As rampas
deverão seguir a norma de Acessibilidade a edificações,
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mobiliário, espaços e equipamentos urbanos - NBR 9050/2004.


Também deverão ser projetadas rampas longitudinais de acesso à
ciclovia nas aberturas de retorno no canteiro, assim como,
rampas transversais de acesso à ciclovia nos cruzamentos.
O traçado será bidirecional, desta forma o ideal é
utilizar largura de 2,50 metros podendo em pequenos trechos
mudar para 2,00 m de largura para o contorno dos obstáculos
como pórticos, semipórticos, postes ou árvores mais robustas.
Antes do início da execução de cada trecho da
pavimentação, deverão ser averiguadas, junto às
concessionárias de serviço de água e esgoto, eletricidade e
telefonia, as possíveis interferências em suas instalações
para adequação do projeto.
Para a execução das rampas deverão ser obedecidos os
seguintes itens:
 Os três planos que compõem a rampa deverão ser
rigorosamente definidos;
 As interseções dos planos do passeio, da face da
guia e da aba deverão resultar em linhas retas;
 Quando a rampa for implantada em trecho de rua de
via em curva, a linha AB, conforme demonstrada em perspectiva,
deverá acompanhar a curvatura da guia;
O corte no piso existente, acompanhando o traçado da
rampa a executar, deverá ser feito mecanicamente, com
instrumento tipo Makita ou similar a fim de garantir o
acabamento finalexigido.
Abaixo segue a figura a qual corresponde a rampa
transversal e longitudinal de acesso a ciclovia
respectivamente.
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PLANEJAMENTO CICLOVIÁRIO

O planejamento cicloviário baseia-se na premissa de


incentivar o uso da bicicleta como meio de transporte em uma
cidade ou região. O enfoque vai além das ciclovias e visa
enxergar o uso da bicicleta dentro do contexto urbano
existente para atender as necessidades reais dos ciclistas. O
bom planejamento cicloviário necessita de segurança viária
para circulação bem como de infraestrutura adequada de
estacionamento para bicicletas.
O planejamento e desenho da infraestrutura cicloviária
tem de ser pensado em conjunto, garantindo o deslocamento
seguro para todos os usuários, não somente os ciclistas. As
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rotas devem ser projetadas a fim de minimizar o tempo e o


esforço necessário para o deslocamento por bicicletas.
Para que mais pessoas utilizem a bicicleta como meio de
transporte, é fundamental queas vias sejam confortáveis, sendo
que para chegar ao seu destino os ciclistas façam poucas
paradas, tendo piso de qualidade, com largura adequada,
protegida das intempéries sempre que possível e que nunca
sejam forçados a desmontar sua bicicleta ao longo do seu
deslocamento.
A atratividade da ciclovia requer um grande esforço do
seu planejamento, mas faz-se necessária para que quem não
utiliza a bicicleta como meio de transporte se sentirá
convidado afaze-lo.
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EXECUÇÃO DA CICLOVIA

Serviços Preliminares:

Deverá ser instalada placa de obra com 12,50m2 em local


visível e apropriado. O modelo da placa deverá ser obtido
junto a FISCALIZAÇÃO, que definirá o conteúdo das informações
necessárias a serem apresentadas.
Serão realizados serviços Topográficos para a locação de
toda a ciclovia com demarcação de suas bordas e eixo através
de estacas na Avenida Blumenau. Após o Estaqueamento da
Ciclovia, a Prefeitura Municipal através do Departamento de
Obras, irá realizar a demolição, remoção e reinstalação das
interferências existentes para implantação da ciclovia, as
quais não são interferências impactantes, dentre elas citamos
as principais: meio fio existentes que serão demolidos,
árvores que serão replantadas e mobiliários urbanos que serão
reinstalados.

Drenagem:
A drenagem da ciclovia será superficial, com declividade
de 2% no pavimento, determinando o escoamento da água para a
lateral, no terrapleno.

Pavimentação:

Dos Serviços a Executar:


 Terraplanagem;
 Regularização do Subleito;
 Base;
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 Imprimação;
 Pintura de Ligação;
 Revestimento Asfáltico – Concreto Betuminoso
Usinado a Quente;

Escavação Mecânica de Material:

Será realizada a escavação (espessura=15cm) e carga de


material removendo o material constituinte do terreno nos
locais onde a implantação da geometria projetada requer a sua
remoção bem como a remoção de meio fio nos cruzamentos com as
vias para que seja implantada as rampas de acesso a ciclovia.
A escavação dos cortes deve obedecer aos elementos
técnicos fornecidos pelo projeto de terraplenagem e nas notas
de serviço. O desenvolvimento dos trabalhos deve otimizar a
utilização adequada, ou rejeição dos materiais extraídos.

Transporte do Material Escavado

O material proveniente da escavação chamado de Bota-Fora


será depositado em local apropriado com DMT de 2,0km. Este
local será indicado pela fiscalização conforme necessidade de
aproveitamento em outras obras Municipais. A unidade de
transporte de material escavado é o metro cúbico pela
distância de transporte. A distância de transporte é a menor
distância real entre os centros de gravidade de corte e aterro
ou depósito de materiais excedentes.
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Regularização do Subleito

O preparo do subleito deve oferecer ao concreto o suporte


adequado e as condições de manter sua espessura constante em
toda a área pavimentada. Portanto é importante fazê-lo com
muita atenção. A profundidade é de 10 cm para o subleito e
deve ser regularizado e compactado fechando a superfície mais
que possível.

Execução da Base

A base é a camada granular de pavimentação executada


sobre o subleito devidamente regularizado e compactado.
 São indicados os seguintes tipos de
equipamentos para a execução de Base granular: Motoniveladora
pesada com escarificador;
 Carro tanque distribuidor de água;
 Rolos compactadores tipo pé-de-carneiro, liso-
vibratório e pneumático;
 Grade de discos; pulvimisturador ;
 Central de mistura.
A execução da base compreende as operações de mistura e
pulverização, umedecimento ou secagem dos materiais, em usina
ou na pista, seguidas de espalhamento, compactação e
acabamento, realizadas na pista devidamente preparada, na
largura desejada, nas quantidades que permitam, após a
compactação, atingir a espessura projetada Os cuidados para a
preservação ambiental referem-se à disciplina do tráfego e
estacionamento dos equipamentos. Deve ser proibido o tráfego
desordenado dos equipamentos fora do corpo estradal, e em
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locais de passeio público para evitar danos desnecessários à


vegetação e interferências na drenagem natural e propriedades
particulares e na mobilidade urbana. As áreas destinadas ao
estacionamento e aos serviços de manutenção dos equipamentos,
devem ser localizadas de forma que, resíduos de lubrificantes
e, ou, combustíveis, não sejam levados até cursos d’água.
A base será executada com 12cm de espessura e a jazida
que dispõem do material para a execução da base está
localizada a 12,00 km da Ciclovia.

Execução da Imprimação

A imprimação consiste na aplicação de camada de material


betuminoso sobre a superfície de base granular concluída,
antes da execução de um revestimento betuminoso qualquer,
objetivando conferir coesão superficial, impermeabilizar e
permitir condições de aderência entre esta e o revestimento a
ser executado.
O ligante betuminoso não deve ser distribuído quando a
temperatura ambiente for inferior a 10 ºC, nem em dias de
chuva. Todo carregamento de ligante betuminoso que chegar a
obra deverá ter certificado de análise além de apresentar
indicações relativas do tipo, procedência, quantidade do seu
conteúdo e da distância de transporte entre a refinaria e o
canteiro de serviço.
A taxa de aplicação “T” é aquela que pode ser absorvida
pela base em 24 horas, devendo ser determinada
experimentalmente, no canteiro da obra. As taxas de aplicação
usuais são da ordem de 0,8 a 1,6 l/m², conforme o tipo e
textura da base e do ligante betuminoso escolhido,
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especificado em planilha de quantitativo de projeto. Para a


ciclovia a taxa será de 1,2l/m².
Para a varredura da superfície da base, usam-se, de
preferência, vassouras mecânicas rotativas, podendo,
entretanto a operação ser executada manualmente. O jato de ar
comprimido poderá, também, ser usado. A distribuição do
ligante deve ser feita por carros equipados com bomba
reguladora de pressão e sistema completo de aquecimento que
permitam a aplicação do ligante betuminoso em quantidade
uniforme. Os carros distribuidores do ligante betuminoso,
especialmente construídos para este fim, devem ser providos de
dispositivos de aquecimento, dispondo de tacômetro,
calibradores e termômetros com precisão de 1 °C, em locais de
fácil observação e, ainda, possuir aspergidor manual para
tratamento de pequenas superfícies e correções localizadas. As
barras de distribuição devem ser do tipo de circulação plena,
com dispositivo de ajustamentos verticais e larguras variáveis
de espalhamento uniforme do ligante.
O depósito de ligante betuminoso, quando necessário, deve
ser equipado com dispositivo que permita o aquecimento
adequado e uniforme do conteúdo do recipiente. O depósito deve
ter uma capacidade tal que possa armazenar a quantidade de
ligante betuminoso a ser aplicado em, pelo menos, um dia de
trabalho.
Após a perfeita conformação geométrica da base, proceder
a varredura da superfície, de modo a eliminar todo e qualquer
material solto. Antes da aplicação do ligante betuminoso a
pista poderá ser levemente umedecida. Aplica-se, a seguir, o
ligante betuminoso adequado, na temperatura compatível com o
seu tipo, na quantidade certa e da maneira mais uniforme. A
temperatura de aplicação do ligante betuminoso deve ser fixada
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para cada tipo de ligante, em função da relação temperatura x


viscosidade, escolhendo-se a temperatura que proporcione a
melhor viscosidade para espalhamento. A tolerância admitida
para a taxa de aplicação do ligante betuminoso definida pelo
projeto e ajustada experimentalmente no campo é de 0,2 l/m².
Deve-se imprimar a pista inteira em um mesmo turno de trabalho
e deixá-la, sempre que possível, fechada ao tráfego. Quando
isto não for possível, trabalha-se em meia pista, executando a
imprimação da adjacente, assim que a primeira for permitida ao
tráfego. O tempo de exposição da base imprimada ao tráfego é
condicionado ao comportamento da mesma, não devendo
ultrapassar 30 dias. A fim de evitar a superposição ou
excesso, nos pontos inicial e final das aplicações, colocam-se
faixas de papel transversalmente na pista, de modo que o
início e o término da aplicação do ligante betuminoso situe-se
sobre essas faixas, as quais serão, a seguir, retiradas.
Qualquer falha na aplicação do ligante betuminoso deve ser,
imediatamente, corrigida. A preservação do meio ambiente nos
serviços de execução da imprimação envolvem o estoque e
aplicação de ligante betuminoso. Deve-se adotar os cuidados
seguintes: Evitar a instalação de depósitos de ligante
betuminoso próxima a cursos d’água. Impedir o refugo de
materiais já utilizados na faixa de domínio e áreas lindeiras
adjacentes, ou qualquer outro lugar causador de prejuízo
ambiental. Na desmobilização desta atividade, remover os
depósitos de ligante e efetuar a limpeza do canteiro de obras,
recompondo a área afetada pelas atividades da construção.
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Execução da Pintura de Ligação

Pintura de ligação é a pintura asfáltica executada com a


função básica de promover a aderência ou ligação da superfície
da camada pintada com a camada asfáltica a ser sobreposta. É
aplicável em camadas de base, em camadas de ligação ou
intermediárias de duas ou mais camadas asfálticas na
construção de pavimentos flexíveis e ainda, sobre antigos
revestimentos asfálticos, previamente à execução de um
reforço, recapeamento e rejuvenescimento superficial com lama
asfáltica, micro revestimento e reperfilagens com misturas
asfálticas a frio ou a quente.
a) O ligante asfáltico não deve ser distribuído
quando a temperatura ambiente for inferior a 10ºC, ou em dias
de chuva, ou quando a superfície a ser pintada apresentar
qualquer sinal de excesso de umidade.
b) Todo carregamento de ligante asfáltico que
chegar a obra deve apresentar, por parte do
fabricante/distribuídos, certificado de resultados de análise
de ensaios de caracterização exigidos nesta norma,
correspondente a data de fabricação ou ao dia de carregamento
para transporte com destino ao canteiro de serviço, se o
período entre dois eventos ultrapassar 10 dias. Deve trazer
também a indicação clara de sua procedência, do tipo,
quantidade do seu conteúdo e distância de transporte entre o
fornecedor e o canteiro de obra.
c) É responsabilidade da executante a proteção dos
serviços e materiais contra a ação destrutiva das águas
pluviais, do tráfego e de outros agentes que possam danificá-
los.
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O ligante asfáltico empregado na pintura de ligação


deve ser do tipo RR-2C, em conformidade com a norma DNER-EM
369.
A taxa recomendada de ligantes asfáltico residual é
de 0,3 l/m² a 0,4 l/m². Para a ciclovia será aplicado a taxa
de 0,5l/m². Antes da aplicação a emulsão deve ser diluída na
proporção de 1:1 com água a fim de garantir uniformidade na
distribuição desta taxa residual. A taxa de aplicação de
emulsão diluída é da ordem de 0,8l/m² a 1,0 l/m².
A água deve ser isenta de teores nocivos de sais
ácidos, álcalis, ou matéria orgânica e outras substâncias
nocivas.
a) Antes da execução dos serviços deve ser
implantada e adequada sinalização, visando a segurança do
tráfego no segmento rodoviário, e efetuada sua manutenção
permanente durante a execução dos serviços.
b) A superfície a ser pintada deve ser varrida, a
fim de ser eliminado o pó e todo e qualquer material solto.
c) Antes da aplicação do ligante asfáltico, no
caso de bases solo-cimento ou de concreto magro, a superfície
da base deve ser umedecida.
d) Aplica-se, a seguir, o ligante asfáltico na
temperatura compatível, na quantidade recomendada e de maneira
uniforme. A temperatura da aplicação do ligante asfáltico deve
ser fixada em função da relação temperatura x viscosidade,
escolhendo-se a temperatura que proporcione a melhor
viscosidade para o espalhamento da emulsão deve estar entre 20
e 100 segundos “Saybolt-Furol” (DNER-ME 004).
e) Após a aplicação do ligante deve-se aguardar o
escoamento da água e a evaporação em decorrência da ruptura.
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f) A tolerância admitida para a taxa de aplicação


“T” da emulsão diluída é de ± 0,2 l/m².
g) Deve ser executada a pintura de ligação na
pista inteira em um mesmo turno de trabalho e deve ser
deixada, sempre que possível fechada ao tráfego. Quando isto
não for possível, trabalhar em meia pista, executando a
pintura de ligação da adjacente, assim que a primeira for
permitida ao tráfego.
h) A fim de evitar a superposição ou excesso, nos
pontos inicial e final das aplicações, devem ser colocadas
faixas de papel transversalmente na pista, de modo que o
início e o término da aplicação do ligante asfáltico estejam
sobre essas faixas, as quais devem ser, a seguir, retiradas.
Qualquer falha na aplicação do ligante asfáltico deve ser
imediatamente corrigida.

Concreto Betuminoso Usinado a Quente

Consiste na aplicação de uma camada de revestimento


asfáltico de 3,00 cm. O revestimento asfáltico será executado
com mistura betuminosa usinada a quente que será aplicada com
vibroacabadora de asfalto, rolo de pneus e rolo de chapa
vibratório para a devida distribuição e compactação da camada
de revestimento. Os serviços de recapeamento da pista serão
executados seguindo as normas técnicas especificadas pelo
DNIT, as quais são disponíveis em seu site na internet.
a) Não é permitida a execução dos serviços em
dias de chuva.
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b) O concreto asfáltico somente deve ser


fabricado, transportado e aplicado quando a
temperatura ambiente for superior a 10°C.
c) Todo o carregamento de cimento asfáltico
que chegar a obra deve apresentar por parte do
fabricante/distribuidor certificado de análise dos
ensaios de caracterização exigidos pela
especificação, correspondente à data de fabricação ou
ao dia de carregamento para transporte com destino ao
canteiro de serviço, se o período entre os dois
eventos ultrapassar de 10 dias. Deve trazer também
indicação clara de sua procedência, do tipo e
quantidade do seu conteúdo e distância de transporte
entre a refinaria e o canteiro de obra.
Os equipamentos necessários à execução dos serviços serão
adequados aos locais de instalação das obras, atendendo ao que
dispõem as especificações para os serviços.
Devem ser utilizados, no mínimo, os seguintes equipamentos:
 Depósito para ligante asfáltico:
o Os depósitos para o ligante asfáltico devem
possuir dispositivos capazes de aquecer o ligante nas
temperaturas fixadas nesta norma. Estes dispositivos também
devem evitar qualquer superaquecimento localizado. Deve ser
instalado um sistema de recirculação para o ligante asfáltico,
de modo a garantir a circulação, desembaraçada e contínua, de
depósito ao misturador, durante todo o período de operação. A
capacidade dos depósitos deve ser suficiente para, no mínimo,
três dias de serviço.
 Silos para agregados:
o Os silos devem ter capacidade total de, no
mínimo, três vezes a capacidade do misturador e ser dividido
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em compartimentos, dispostos de modo a separar e estocar,


adequadamente, as frações apropriadas do agregado. Cada
compartimento deve possuir dispositivos adequados de descarga.
Deve haver um silo adequado para o fíler, conjugado com
dispositivos para a sua dosagem.
 Usina para misturas asfálticas:
 A usina deve estar equipada com uma unidade
classificadora de agregados, após o secador, dispor de
misturador capaz de produzir uma mistura uniforme. Um
termômetro, com proteção metálica e escala de 90° a 210°
(precisão ±1°C), deve ser fixado no dosador de ligante ou na
linha de alimentação do asfalto, em local adequado, próximo a
descarga do misturador. A usina deve ser equipada, além disto,
com pirômetro elétrico, ou outros instrumentos termométricos
aprovados, colocados na descarga do secador, com dispositivos
para registrar a temperatura dos agregados, com precisão de ±
5°C. A usina deve possuir termômetros nos silos quentes.
 Pode também, ser utilizada uma usina do tipo
tambor/secador/misturador, de duas zonas (convecção e
radiação), provida de coletor de pó, alimentador de Filer,
sistema de descarga da mistura asfáltica, por intermédio de
transportador de correia com comporta do tipo “clam-shell” ou
alternativamente, em silos de estocagem.
 A usina deve possuir silos de agregados
múltiplos, com pesagem dinâmica e deve ser assegurada a
homogeneidade das granulometrias dos diferentes agregados.
 A usina deve possuir ainda uma cabine de
comando e quadros de força. Tais partes devem estar instaladas
em recinto fechado, com os cabos de força e comandos ligados
em tomadas externas especiais para esta aplicação. A operação
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de pesagem de agregados e do ligante asfáltico deve ser semi


automática com leitura instantânea e acumuladora, por meio de
registros digitais em display de cristal líquido. Devem
existir potenciômetros para compensação das massas específicas
dos diferentes tipos de ligantes asfálticos e para seleção de
velocidade dos alimentadores dos agregados frios.
 Caminhões basculantes para transporte de
mistura:
o Os caminhões, tipo basculante, para o
transporte do concreto asfáltico usinado a quente, devem ter
caçambas metálicas robustas, limpas e lisas, ligeiramente
lubrificadas com água e sabão, óleo cru fino, óleo parafínico,
ou solução de cal, de modo a evitar a aderência da mistura à
chapa. A utilização de produtos susceptíveis de dissolver o
ligante asfáltico (óleo diesel, gasolina, etc) não é
permitida.
 Equipamento para espalhamento e
acabamento:
O equipamento para espalhamento e acabamento
deve ser constituído de pavimentadoras
automotrizes, capazes de espalhar e conformar a
mistura no alinhamento, cotas e abaulamento
definidos no projeto. As acabadoras devem ser
equipadas com parafusos sem fim, para colocar a
mistura exatamente nas faixas, e possuir
dispositivos rápidos e eficientes de direção,
além de marchas para frente e para trás. As
acabadoras devem ser equipadas com alisadores e
dispositivos para aquecimento, à temperatura
requerida, para a colocação da mistura sem
irregularidade.
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O equipamento para compactação deve ser constituído por


rolo pneumático e rolo metálico liso, tipo tandem ou rolo
vibratório. Os rolos pneumáticos, autopropulsionados, devem
ser dotados de dispositivos eu permitam a calibragem de
variação da pressão dos pneus de 2,5 kgf/cm² a 8,4 kgf/cm².
O equipamento em operação deve ser suficiente para
compactar a mistura na densidade de projeto, enquanto esta se
encontrar em condições de trabalhabilidade. NOTA: Todo
equipamento a ser utilizado deve ser vistoriado antes do
início da execução do serviço de modo a garantir condições
apropriadas de operação, sem o que, não será autorizada a sua
utilização.
Para a varredura da superfície a ser pintada usam-se
vassouras mecânicas rotativas, podendo, entretanto, a operação
ser executada manualmente. O jato de ar comprimido pode também
ser usado.
A distribuição do ligante deve ser feita por carros com
bomba reguladora de pressão e sistema completo de aquecimento
que permitam a aplicação do ligante asfáltico em quantidade
uniforme.
Os carros distribuidores do ligante asfáltico,
especialmente construídos para este fim, devem ser providos de
dispositivos de aquecimento, dispondo de velocímetro,
calibradores e termômetros com precisão de 1°C, instalados em
locais de fácil observação e, ainda, possuir espargidor manual
para tratamento de pequenas superfícies e correções
localizadas. As barras de distribuição devem ser do tipo de
circulação plena, com dispositivo de ajustamento vertical e
larguras variáveis de espalhamento uniforme do ligante.
O depósito de ligante asfáltico, quando necessário, deve
ser equipado com dispositivo que permita o aquecimento
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adequado e uniforme do conteúdo do recipiente. O depósito deve


ter uma capacidade tal que possa armazenar a quantidade de
ligante asfáltico a ser aplicado em, pelo menos, um dia de
trabalho.

Cassiane Pellizzaro Claus


Eng. Civil RNP 121101517-3

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