Cinesiologia e Biomecânica Da Coluna
Cinesiologia e Biomecânica Da Coluna
Cinesiologia e Biomecânica Da Coluna
PROPÓSITO
Compreender a artrocinemática, a osteocinemática, as ações musculares e as forças atuantes
sobre a coluna vertebral para a prescrição correta de exercícios para o desempenho, a
reabilitação e o tratamento de lesões.
OBJETIVOS
MÓDULO 1
MÓDULO 2
MÓDULO 3
INTRODUÇÃO
Neste conteúdo, vamos aprender a identificar as estruturas ósseas e ligamentares da coluna
vertebral, bem como as ações executadas pelos músculos fixados nessa região.
O estudo está pautado em uma abordagem cinesiológica e biomecânica que irá explorar os
aspectos artrocinemáticos e osteocinemáticos da coluna vertebral, buscando uma aplicação
prática desse conhecimento.
Vamos identificar também as diferenças nas forças e nos torques que atuam na coluna,
principalmente sobre a aplicação da carga de tração mecânica.
MÓDULO 1
Biomecânica
Cinesiologia
CINESIOLOGIA
A nomenclatura de cinesiologia pode ser explorada de duas maneiras (veja na imagem logo
abaixo).
1
A primeira maneira aborda a cinesiologia como o estudo científico do movimento humano.
Nesse caso, o termo é relativamente abrangente e utilizado para descrever qualquer forma de
avaliação anatômica, fisiológica, psicológica ou mecânica do movimento humano.
2
A segunda maneira aborda a cinesiologia como uma descrição do conteúdo de uma classe em
que o movimento humano é avaliado pelo exame de sua origem e suas características
(HAMILL et al., 2016).
Ambas as análises fazem parte do contexto histórico da inclusão da cinesiologia nos currículos
das universidades brasileiras. Nesse contexto, enfatiza-se as características que tangem o
sistema musculoesquelético em seu ponto de vista anatômico, suas ações articulares e ações
musculares durante qualquer tipo de movimento, muitas vezes sendo chamadas de anatomia
funcional do corpo humano.
BIOMECÂNICA
Hamill et al. (2016) trabalham o termo biomecânica de forma abrangente para descrever o
conteúdo previamente tratado pela cinesiologia, bem como os conteúdos resultantes do
crescimento e desenvolvimento da área de estudos em biomecânica (imagem acima).
CINEMÁTICA
ATENÇÃO
Para que aconteça uma compreensão integral do movimento humano, é necessária a utilização
de recursos. São exemplos de recursos, nesses casos, instrumentos para aquisição de
imagens, como câmeras de alta frequência ou, dependendo da aplicação, câmeras de
smartphone, desde que tenham boa resolução.
VARIÁVEIS CINEMÁTICAS PARA AQUISIÇÃO DAS IMAGENS
Uma diversidade de variáveis cinemáticas pode ser utilizada para aquisição das imagens,
devendo ser processadas e analisadas até que se possa chegar a alguma conclusão parcial.
De modo geral, há 11 tipos de variáveis:
TEMPO
O controle do tempo de aquisição de qualquer tipo de sinal deve ser registrado, pois é o
pontapé inicial para calcular qualquer variável em qualquer circunstância. Existem inúmeras
unidades de medidas de tempo – hora, minutos, segundos, mês, anos, séculos. Para o sistema
internacional de medidas, no entanto, fica padronizada a unidade segundos para expressar o
tempo.
É importante, com isso, ter o controle dos segundos gastos em qualquer atividade, em
qualquer tipo de sinal, para posterior registro e análise.
POSIÇÃO LINEAR
Relaciona-se a posição em que um corpo ocupa no espaço e, provavelmente, o seu
deslocamento seguirá a mesma linearidade. A posição linear é exatamente o espaço ocupado
pelo corpo.
Por exemplo, ao analisarmos uma flexão de cotovelo no instante 90° de flexão, a posição
ocupada pelo segmento corporal é a sua posição linear. Essa posição linear está relacionada à
linearidade com que o deslocamento desse corpo acontecerá.
DESLOCAMENTO LINEAR
Refere-se a qualquer tipo de modificação posicional linear, e esse deslocamento se dá pela
distância em linha reta entre a posição inicial e final do deslocamento. Trata-se de uma
grandeza vetorial que possui direção e sentido.
Ao utilizarmos uma pista de atletismo de 400 metros, por exemplo, e considerando que um
atleta deu uma volta completa, saberemos que seu deslocamento linear será de 0m, pois a
posição inicial é igual à posição final.
DISTÂNCIA LINEAR
Refere-se à totalidade do percurso realizado por qualquer corpo no espaço. O percurso não
precisa, necessariamente, ser em linha reta, tendo em vista se tratar de uma grandeza escalar.
ACELERAÇÃO LINEAR
Deriva da velocidade pelo tempo, mas só existirá caso a velocidade linear não seja constante.
A aceleração indica o quanto a velocidade variou para realizar um deslocamento de qualquer
corpo.
POSIÇÃO ANGULAR
Similar à posição linear, mas reflete diretamente a posição de algum corpo ou segmento que
realizará um deslocamento angular, assumindo um desenho de parábola.
DESLOCAMENTO ANGULAR
Similar ao deslocamento linear, mas reflete o deslocamento com variações angulares.
VELOCIDADE ANGULAR
Similar à velocidade linear, mas reflete a inclusão de derivações das posições angulares.
TRAJETÓRIA
Desenho esquemático e tridimensional da parte de qualquer corpo que se desloca no espaço.
Se um ponto luminoso for fixado em qualquer parte do segmento (proximal ou distal), será
formado um caminho luminoso no espaço ao realizar o deslocamento (capturado por
sequências de imagem). Esse caminho luminoso reflete a trajetória de deslocamento desse
corpo.
CADÊNCIA
Similar à velocidade, mas diretamente relacionada a um ritmo ou a uma frequência constante.
Em outras palavras, a cadência é similar à realização de um movimento durante uma
velocidade constante, sem que exista aceleração, variação.
MOVIMENTO
MOVIMENTO LINEAR
A primeira classificação estabelece o movimento linear, também chamado de movimento
translacional ou de translação. É caracterizado pelo movimento ao longo de um trajeto
específico que respeita uma linearidade ou não curvilíneo. Dessa maneira, todos os pontos do
corpo ou objeto avaliado cobrem a mesma distância exatamente no mesmo intervalo de tempo,
caracterizando a linearidade.
MOVIMENTO ANGULAR
A segunda é chamada de movimento angular e, habitualmente, acontece em torno de algum
ponto específico, de modo que as diferentes regiões desse corpo ou objeto não se
movimentam na mesma distância e no mesmo intervalo de tempo, sem linearidade. Os
movimentos angulares sempre ocorrerão em torno de um eixo de rotação imaginário, sendo
posteriormente associado ao movimento linear.
ANATOMIA
No cenário prático, outra discussão constante diz respeito à ideia clássica do estudo e da
análise da anatomia e, mais recentemente, da sua aplicabilidade prática quando relacionada
com o movimento.
Para Hamill et al. (2016), a anatomia tradicional é a ciência que estuda a estrutura do corpo
estático, sendo considerada a mãe das demais ciências do movimento. Em outras palavras,
essa definição nos remete ao estudo originado na época do Renascimento e se relaciona
diretamente com a genealogia do termo anatomia.
Imagem: Shutterstock.com
Hamill et al. (2016) também apresentam o contexto da anatomia funcional, como vimos no
fluxograma sobre representação esquemática da cinesiologia e da biomecânica. Trata-se de
um estudo mais simplificado e funcional, como o termo sugere. Essa funcionalidade se dá uma
vez que, diferentemente do conceito clássico, a anatomia funcional possui a totalidade de sua
visão na descrição do movimento, estudando os componentes necessários para que ele
aconteça.
ARTROCINEMÁTICA DA COLUNA
VERTEBRAL
A artrocinemática é vista como uma área de estudo da cinemática cujo principal objetivo é
investigar os movimentos acessórios que ocorrem entre superfícies durante movimentos
fisiológicos. Em outras palavras, a artrocinemática avalia os movimentos intra-articulares.
Desse modo, existem dois tipos de movimentos acessórios, que iremos descrever a seguir:
Movimentos componentes
Movimento acessório
MOVIMENTOS COMPONENTES
Os movimentos componentes são aqueles que que acompanham o movimento ativo, mas
que não estão sob controle voluntário de quem o faz. Por exemplo, no cíngulo do membro
inferior (articulação do quadril), o fêmur precisa deslizar (anterior, posterior, superior e
inferiormente) dentro da fossa do acetábulo.
Imagem: Shutterstock.com
Articulação do quadril
MOVIMENTO ACESSÓRIO
ATENÇÃO
Essa mobilização articular, na maioria das vezes, é descrita como um movimento acessório
passivo ou como um alongamento sustentado, realizado pela aplicação de uma força externa
em velocidade lenta, a qual permite que o sujeito pare o movimento quando quiser.
TIPOS DE MOVIMENTOS
Rolamento
Deslizamento
Rotação
Desse modo, a maioria dos movimentos articulares é originada da combinação desses três
movimentos.
ROLAMENTO
O rolamento é caracterizado pelo movimento de uma face articular sobre a outra, como se
fosse o deslizamento de uma bola (imagem abaixo). As articulações sinoviais esferoides são
exemplos de articulações que realizam esse movimento, por possuírem uma cabeça em uma
das extremidades.
DESLIZAMENTO
O movimento de deslizamento é considerado como um movimento linear de uma face articular
em paralelo à face adjacente (imagem abaixo).
Imagem: Lippert (2011, p. 27).
Movimento artrocinemático de deslizamento.
ROTAÇÃO
O movimento de rotação é caracterizado como um giro da faceta articular móvel sobre a faceta
articular “fixa” (adjacente), conforme a imagem a seguir.
REGRA DO CÔNCAVO-CONVEXO
Em outras palavras, a faceta articular que possui característica côncava sempre se moverá na
mesma direção do movimento que está sendo produzido pela articulação. Por outro lado, a
faceta articular com característica convexa sempre se moverá na direção oposta do movimento
que está sendo produzido.
Imagem: Shutterstock.com
UNCOVERTEBRAIS
Conexão entre os corpos vertebrais das vértebras cervicais. Vejamos:
Imagem: Shutterstock.com
Articulações uncovertebrais.
ZIGOAPOFISÁRIAS (FACETAS)
CRANIOVERTEBRAIS
As articulações craniovertebrais são divididas em atlantoccipital e atlantoaxial. A atlantoccipital
é formada pela massa lateral do atlas e os côndilos occipitais do crânio, e possui a função de
permitir a flexão, extensão e inclinação lateral da cabeça. É essa articulação que permite, por
exemplo, que seja feito o movimento de sim com a cabeça. Já a articulação atlantoaxial está
localizada entre as vértebras C1 e C2, e permite a realização do movimento de rotação da
cabeça (quando dizemos não, por exemplo).
Imagem: Shutterstock.com
Articulações craniovertebrais.
COSTOVERTEBRAIS
São articulações sinoviais que conectam as vértebras torácicas e as costelas.
ARTICULAÇÃO COSTOCORPORAL
É a conexão da cabeças das costelas com as facetas costais e permite que as costelas se
movimentem (rotacionem, subam e desçam) durante os movimentos respiratórios.
ARTICULAÇÃO COSTOTRANSVERSA
É formada pela conexão entre o tubérculo costal e o processo transverso de sua vértebra
correspondente entre T1 e T10.
INTERVERTEBRAIS
São representadas pela conexão entre os corpos vertebrais adjacentes das vértebras e têm a
função de manter a coluna vertebral unida como uma única unidade.
SACROILÍACA
É formada pela conexão entre o sacro da coluna vertebral e os ossos ilíacos. Tais estruturas
são conectadas entre as superfícies auriculares e as tuberosidades dos respectivos ossos.
ATENÇÃO
É uma articulação de baixa mobilidade, responsável pela transmissão do peso dos segmentos
superiores para os segmentos inferiores do corpo.
OSTEOCINEMÁTICA DA COLUNA
VERTEBRAL
É comum trazer o movimento para o imaginário da contração muscular que gera um
deslocamento de um osso sobre o outro e, por consequência, externa os movimentos
articulares voluntários que conhecemos – flexão, extensão, abdução, adução, rotação medial,
rotação lateral e circundução.
Estáticas (isométricas)
Quando os músculos realizam contrações dinâmicas, eles puxam os ossos, que estão fixados
e modulam a amplitude de movimento daquela articulação. Os movimentos osteocinemáticos
são realizados inúmeras vezes ao longo do dia, sempre quando realizamos qualquer tipo de
movimento, desde as atividades da vida diária, passando pelas atividades exercidas no
trabalho, até as atividades físicas esportivas.
Dito de outra maneira, representa o quanto de pressão o sujeito acredita que estão impondo
nele, em uma escala de 0 a 10.
Essa sensação final do movimento pode ser classificada como normal ou anormal.
Normal
Anormal
A sensação final do movimento anormal é caracterizada por essa limitação fisiológica abrupta.
Esse fato ocorre, principalmente, porque as duas estruturas ósseas (proximal e distal) que
compõem a articulação entram em contato. Por exemplo, o bloqueio articular fisiológico que o
processo espinhoso impõe ao movimento de extensão de tronco (imagem a seguir).
Imagem: Shutterstock.com
Sensação final do movimento anormal.
Por outro lado, a sensação final do movimento anormal é caracterizada pela mesma
interrupção abrupta, mas essa interrupção costuma ser percebida antes do arco completo do
movimento. Usando o mesmo exemplo de extensão de tronco, caso o movimento encontre
qualquer tipo de bloqueio tecidual antes do arco completo, é caracterizado como sensação final
do movimento anormal.
Algumas estruturas possibilitam que aconteça esse tipo de restrição, como as estruturas
passivas (cápsula articular) e as estruturas ativas (ligamento, tendões, músculos e fáscia).
Esse entendimento de avaliação é importante para entender se o indivíduo está realizando o
movimento fisiologicamente amplo ou se está restrito.
RESPOSTA
Essa resposta dá aos profissionais de Educação Física e Fisioterapia subsídios para contornar
a restrição por meio da aplicação de diferentes técnicas, como liberação miofascial,
alongamentos, técnicas de músculo energia, cinesioterapia, treinamento de força, entre outras.
A) Craniovertebral
B) Intervertebral
C) Zigoapofisária
D) Sacroilíaca
E) Uncovertebral
A) Craniovertebral
B) Intervertebral
C) Costovertebral
D) Sacroilíaca
E) Uncovertebral
GABARITO
São articulações sinoviais que conectam as facetas articulares superiores e inferiores. Desse
modo, possuem a função de facilitar os movimentos de flexão e extensão da coluna cervical e
torácica, além de permitir os movimentos de rotação da coluna torácica.
MÓDULO 2
COLUNA VERTEBRAL
Anatomicamente, a coluna vertebral é uma estrutura composta por 33 vértebras de diferentes
tamanhos, que possuem duas funções primordiais e importantes. Trata-se das funções de
sustentação e flexibilidade. Há, ainda, a possibilidade de uma terceira função, se
considerarmos a função protetora da medula espinhal e dos órgãos nobres, como o
coração e os pulmões (imagem abaixo).
Imagem: Shutterstock.com
Coluna vertebral.
A coluna vertebral, além das vertebras, compreende outros componentes articulares, como
ligamentos e os discos intervertebrais. Os discos intervertebrais são anéis fibrosos que se
localizam entre uma vértebra e outra, principalmente na localização anatômica chamada de
corpo. As principais funções dos discos intervertebrais são: não permitir o cisalhamento entre
as extremidades ósseas, amortecer as forças e dar mobilidade à coluna vertebral.
ATENÇÃO
Estruturalmente, a coluna vertebral é considerada uma barra elástica modificada, que fornece
suporte rígido com concomitante flexibilidade. Como dito, a coluna vertebral possui
anatomicamente 33 vértebras. Entre elas, 24 possuem mobilidade característica e estão
localizadas nas regiões cervical, torácica e lombar, contribuindo para os movimentos
segmentados do tronco.
A divisão dessas 33 vértebras está disposta em diferentes regiões com diferentes estruturas de
forma curvilínea, conforme apresenta a imagem acima. Fazem parte dessa divisão as regiões
cervical, torácica, lombar e sacro/cóccix.
Já na região lombar, encontramos 5 vértebras que possuem maior tamanho e uma curvatura
lordótica.
Por fim, observamos a região sacrococcígea, formada também por 9-10 vértebras fundidas e
imóveis, sendo 5 vértebras do sacro e 4-5 vértebras do cóccix.
Mesmo com essa divisão didática, a imagem acima, da coluna vertebral, nos indica que essas
regiões são contínuas, de forma que uma começa onde outra termina.
A união de duas vértebras adjacentes e um disco intervertebral que as separa – com exceção
das vértebras Atlas (C1) e Áxis (C2) – recebe o nome de unidade funcional da coluna
vertebral (segmento móvel). Esse segmento móvel ainda é dividido, didaticamente, em parte
anterior e parte posterior.
Imagem: Shutterstock.com
Flexão e extensão.
CORPO VERTEBRAL
Anatomicamente, a região frontal dos corpos vertebrais é mais espessa e, por esse motivo, é
capaz de absorver uma maior quantidade de carga. O corpo vertebral é composto basicamente
por tecido esponjoso, que é circundado por uma camada cortical rígida e possui uma borda
mais elevada para auxiliar a inserção do disco, de músculos e de ligamentos.
A superfície do disco é revestida com cartilagem hialina, auxiliando a inserção dos discos nas
placas terminais. Veja, na imagem, como o corpo vertebral de vertebras lombares é
desenvolvido e preparado para suportar cargas.
Imagem: Shutterstock.com
Corpo vertebral.
DISCO INTERVERTEBRAL
O disco intervertebral está localizado entre duas vértebras e tem a principal função de
separação dessas vértebras e a absorção de choque, principalmente de cargas compressivas
axiais. Esse disco é capaz de suportar força, inclusive compressiva e de torção, auxiliando na
manutenção da saúde e funcionalidade da coluna vertebral.
Um disco recebe a carga total e vai reduzindo (distribuindo, dissipando) ao longo da coluna.
A carga “desce” para os discos subjacentes.
Imagem: Shutterstock.com
Disco intervertebral.
NÚCLEO PULPOSO
O núcleo pulposo é uma estrutura em forma de anel e com característica fibrosa, localizada
dentro do anel fibroso. Possui formato esférico, consistência gelatinosa, está localizado nas
regiões central – nas vértebras cervicais e torácicas – e posteriores – nas vértebras lombares.
A constituição do núcleo pulposo é basicamente de água (80 a 90%) e de colágeno (15 a 20%),
estando o núcleo preparado para resistir à pressão. No entanto, pode ser acometido por
alguma condição clínica proveniente da desidratação do disco, como a famosa hérnia de disco.
Vejamos, na imagem abaixo, uma coluna saudável e uma hérnia de disco.
Imagem: Shutterstock.com
Disco saudável e disco herniado.
A parte posterior desse segmento móvel contém arcos neurais, articulações intervertebrais,
processos transversos, processos espinhosos e ligamentos. Veremos mais adiante, na tabela,
os principais ligamentos da coluna vertebral, juntamente com suas inserções e ações.
ARCO NEURAL
O arco neural é formado por duas estruturas duplicadas, sendo dois pedículos e duas lâminas,
que formam o forame vertebral da vértebra, ao somarem com o lado posterior desse corpo
vertebral. O forame vertebral é um acidente ósseo extremamente importante, pois é por dentro
dessa estrutura que passará a medula espinhal (estrutura do sistema nervoso central).
SAIBA MAIS
Pelo fato de o osso ser rígido tanto nos pedículos quanto nas lâminas, a resistência que ele
oferece às forças de tensão é relativamente alta. Adicionalmente, incisuras superiores e
inferiores em cada pedículo dão origem ao forame intervertebral, por onde os nervos espinhais
deixam a coluna vertebral e levam a informação para o sistema nervoso central e o sistema
nervoso periférico.
PROCESSO ESPINHOSO
O processo espinhoso está localizado na parte posterior da vértebra e é responsável por sua
comunicação com a vértebra abaixo. Também é no processo espinhoso que diversos músculos
encontram ancoragem para se inserir e, posteriormente, avançar ao longo da estrutura da
coluna vertebral.
PROCESSO TRANSVERSO
O processo transverso se localiza na parte lateral da vértebra e é responsável por limitar
fisiologicamente os movimentos de flexão lateral do tronco. Com isso, impede um curvamento
além do fisiológico. Vejamos:
Imagem: Shutterstock.com
Movimento de flexão lateral do tronco.
Estabiliza o odontoide e o
Cruciforme da Osso odontoide ATÉ o arco do atlas; previne o movimento
Atlas atlas. posterior do dente do áxis
no atlas.
Mantém as costelas
Radiado da Cabeça da costela ATÉ o
ligadas às vértebras
cabeça da costela corpo da vértebra.
torácicas.
SEGMENTO CERVICAL
O segmento cervical da coluna vertebral possui sete vértebras em sua totalidade, sendo que as
duas primeiras vértebras possuem grau de especialidade. A primeira vértebra (C1) é chamada
de atlas e a segunda vértebra (C2) chamada de áxis.
ATLAS
A C1 não possui corpo vertebral e possui um formato anelar com dois arcos – um anterior e
outro posterior. Essa característica é marcante nessa vértebra, devido à sua função de se
articular aos côndilos occipitais por meio da articulação atlantoccipital e de promover os
movimentos de flexão e extensão de cabeça.
ÁXIS
A vértebra C2 também possui uma modificação em seu processo articular superiormente. A
áxis possui uma proeminência óssea na direção cranial que permite que ela se articule com a
C1, formando uma articulação conhecida como atlantoaxial. Essa articulação permite
movimentos rotacionais amplos da nossa cabeça, justamente pelo fato de essa proeminência
óssea funcionar como um pivô e girar no próprio eixo articular.
SEGMENTO TORÁCICO
Os principais movimentos permitidos por esse segmento são de flexão e extensão amplos, e
inclinação lateral mais reduzidos.
Imagem: Shutterstock.com
Movimento de flexão e extensão da coluna.
REGIÃO DA LOMBAR
O último segmento móvel da coluna vertebral – a região da lombar – possui cinco vértebras.
Morfologicamente, as vértebras lombares têm o maior tamanho entre todas as vértebras,
possuindo um corpo extremamente volumoso, principalmente no segmento lateral.
VOCÊ SABIA
Homens possuem um segmento lombar mais alto do que as mulheres, principalmente nas
articulações entre L4-L5 e L5-S1 – regiões mais acometidas pelo quadro de hérnia de disco.
Foto: Shutterstock.com
Rotação da coluna.
ATENÇÃO
A partir dos conceitos básicos da movimentação humana, para que aconteça qualquer tipo de
movimento, é necessário que ocorra, primeiramente, uma contração muscular. A contração
tracionará os ossos aos quais os músculos estão fixados e, com isso, o segmento se deslocará
no espaço.
EXTENSÃO DE TRONCO
Imagem: Shutterstock.com
Todos esses músculos fazem parte da loja posterior e percorrem longitudinalmente (direção
craniocaudal) ao longo de toda a coluna vertebral. Caso esses músculos sejam ativados em
pares, promovem o movimento de extensão de coluna. Caso sejam ativados unilateralmente,
permitem os movimentos de rotação e flexão lateral de tronco.
FLEXÃO DE TRONCO
É importante destacar que o movimento de flexão é mais amplo nas regiões cervical e lombar.
Lembre-se da discussão sobre a presença de processos espinhais diferenciados e a inclinação
da região torácica.
Diferentemente dos músculos extensores, esse conjunto de músculos responsáveis por
promover a flexão do tronco se localiza na loja anterior do tronco. Mais especificamente, os
músculos flexores da região cervical ficam localizados na região anterior do pescoço e cruzam
para a região posterior. Desse modo, são capazes de promover o movimento de flexão por
meio de sua contração.
Imagem: Shutterstock.com
Músculos abdominais.
O movimento de flexão lateral da coluna é promovido por meio da contração bilateral dos
músculos responsáveis por esse movimento. No entanto, há uma maior ação de contração dos
músculos localizados no lado que será realizado o movimento.
O movimento de rotação de tronco é o mais complicado para análise, no que diz respeito à
ação muscular e, principalmente, ao plano e eixo do movimento em que ela acontece. Para que
a rotação de tronco aconteça, é necessário o sinergismo, principalmente, de três músculos:
A) Intertransversário
B) Interespinal
C) Reto abdominal
D) Iliocostal
E) Multífido
GABARITO
Fixado na região anterior do tronco, a principal ação do músculo reto abdominal é realizar a
flexão do tronco.
MÓDULO 3
Tensão
Compressão
Cisalhamento
Torção
Forças combinadas
TENSÃO
A força de tensão possui como principal característica o vetor de tração longitudinal. Em outras
palavras, são dois vetores de força atuando de forma concorrente naquele segmento, gerando
um aumento no espaço articular, quando pensamos na articulação como exemplo (Figura a
seguir).
EXEMPLO
COMPRESSÃO
A força de compressão possui uma ideia similar às cargas de tensão, diferenciando-se apenas
na direção dos vetores. Enquanto os vetores direcionais na tensão produzem uma resultante
que permite o alongamento, os vetores direcionais na compreensão permitem uma redução do
espaço (Figura abaixo).
EXEMPLO
Ao realizar o exercício de agachamento livre, a posição inicial com a barra na região posterior
dos ombros é uma boa sinalização de como uma força de compressão pode atuar na coluna. A
barra está exercendo uma carga axial em um vetor craniocaudal (direção da gravidade),
enquanto a força de reação do solo somada à força muscular dos membros inferiores está
realizando uma carga axial em um vetor caudal-cranial (contra a gravidade).
CISALHAMENTO
A FORÇA DE CISALHAMENTO SE
CARACTERIZA POR SER UMA CARGA EM
ÂNGULO RETO QUE ATUA EM DIREÇÕES
OPOSTAS. A GRANDE CARACTERÍSTICA DA
FORÇA DE CISALHAMENTO – ISSO É
IMPORTANTE TANTO AOS PROFISSIONAIS DE
EDUCAÇÃO FÍSICA COMO AOS DE
FISIOTERAPIA – É QUE ELA PRODUZ UMA
FORÇA COMBINADA CHAMADA DE TORÇÃO.
ESSA RESULTANTE DE TORÇÃO É UMA DAS
PRINCIPAIS CAUSAS DE POTENCIALIZAÇÃO DE
LESÕES NA COLUNA VERTEBRAL (IMAGEM A
SEGUIR).
Imagem: Biomecânica Básica, Hall, S.J., 2016. Adaptado por Luís Rodrigues.
Representação esquemática da força de cisalhamento sob um corpo.
TORÇÃO
A força de torção, assim como a força de cisalhamento apresentada anteriormente, é uma das
principais causas de lesões na coluna vertebral. A força de torção se caracteriza pelo
movimento de rotação de um corpo sobre o seu próprio eixo (imagem abaixo).
Imagem: Biomecânica Básica, Hall, S.J., 2016. Adaptado por Luís Rodrigues.
Representação esquemática da força de torção sob um corpo.
Classicamente, podemos observar esse tipo de força atuando em alguns exercícios que
realizamos no dia a dia de treino. Por exemplo, o movimento de flexão diagonal de tronco, ao
realizar o exercício de abdominal (oblíquos), é tipicamente um exercício que gera força
resultante de torção no segmento Toracolombar da coluna vertebral.
FORÇAS COMBINADAS
As forças combinadas nada mais são do que combinações de diferentes forças agindo sobre o
mesmo corpo e ao mesmo tempo. De modo geral, essas forças são a de compressão e a de
tensão, resultado em um “achatamento” do corpo (imagem a seguir).
Imagem: Biomecânica Básica, Hall, S.J., 2016. Adaptado por Luís Rodrigues.
Representação esquemática das forças combinadas sob um corpo.
ATENÇÃO
Imagine uma bola de tênis. Ao pisarmos nessa bola, estamos promovendo uma carga axial no
sentido cranialcaudal e, por consequência, gerando uma expansão laterolateral da bola. Essa
combinação de deformações no corpo existe para balancear as cargas e, de certo modo,
dissipá-las.
TORQUE
Vimos que o movimento humano pode ser classificado por sua linearidade e por sua
angularidade. O movimento final produzido, quando for de rotação, independentemente se com
maior ou menor potência, dependerá da força que o move assim como da força perpendicular a
que essa força está do eixo de giro.
O torque nos fornece valores de cunho quantitativos de como a ação de uma força pode
produzir movimentos rotacionais. Nesse ponto, é importante entender que a maioria dos
movimentos do nosso dia a dia, inclusive gestos esportivos específicos, são movimentos que
acontecem no eixo rotacional.
Por exemplo, girar o volante do carro, trocar o pneu de um carro, chutar uma bola de futebol,
arremessar uma bola de beisebol. Esse contexto faz bastante sentido quando pensamos nos
conceitos mais modernos de análise de movimentos, e incluímos, aqui, a análise ou produção
de força por meio do sistema fascial.
Foto: Shutterstock.com
Desse modo, usando os mesmos exemplos citados, quando giramos o volante do carro e
trocamos o pneu, usamos ambas as mãos e estamos produzindo torque.
Em contrapartida, quando chutamos uma bola de futebol e arremessamos uma bola de
beisebol (unilateralmente), estamos produzindo um momento de força.
EQUAÇÃO DE TORQUE
Carpenter (2005) indica que todo momento de força ou torque são interdependentes da
distância para representar sua magnitude. Essa distância deverá seguir uma disposição
perpendicular com angulação de 90° entre o eixo do movimento e o vetor de força. Tal
informação se apoia na mecânica clássica, na obra de Sir Isaac Newton.
Foto: Shutterstock.com
A 2ª Lei de Newton indica que a força resultante sobre qualquer corpo é necessariamente igual
à variação de sua quantidade de movimento ou de momento anular em determinado espaço de
tempo.
T = F1
Cabe observar o detalhe do sinal quando falamos de torque. Quando a resultante de torque é
produzida no sentido anti-horário, leva um sinal positivo. Quando esse resultando é produzido
no sentido horário, leva um sinal negativo.
Lembre-se de que o vetor de torque sempre será perpendicular (90°) ao plano formado pelos
seus vetores e opostamente direcional ao vetor da força aplicada.
RESISTÊNCIA ÀS CARGAS
As cargas aplicadas à coluna vertebral podem ser geradas por diversos meios, desde o peso
corporal, passando pela força muscular e chegando às cargas externas impostas a esse
segmento. Segundo Hamill et al. (2016), a coluna vertebral, passivamente – ou seja, sem que
aconteça contração muscular –, suporta até cerca de 20N de força. A única exceção é a região
lombar da coluna vertebral, que é capaz de suportar aproximadamente 100N sem que
aconteça contração muscular, como já exploramos anteriormente.
ESTRUTURAS DE RESISTÊNCIA
Quando falamos de coluna vertebral, as estruturas de sustentação desse segmento são os
discos intervertebrais, as articulações dos processos articulares e os ligamentos intervertebrais.
A coluna vertebral é um dos segmentos que mais recebem ação de forças compressivas ao
longo do tempo, principalmente da força da gravidade.
VOCÊ SABIA
COLUNA LOMBAR
Conforme discutimos, o segmento lombar da coluna vertebral foi feito para receber maior força,
e não é à toa que, anatomicamente, sua estrutura foi feita para isso. Devido ao seu
posicionamento no tronco, as vértebras lombares lidam com a maior carga. Para visualização,
18% da carga total é compreendido pelo peso da cabeça e do tronco.
Exemplos simples do dia a dia podem ilustrar como esse aumento pode ocorrer a partir das
variações de posições. O fato de cruzar as pernas pode aumentar entre 35 e 53% a força de
compressão na lombar; realizar agachamento nos calcanhares pode aumentar entre 70 e 75%;
levantar pesos no solo pode aumentar entre 70 e 100%, e movimentos rápidos a fundo podem
aumentar entre 100 e 110% da força compressiva na região da coluna lombar.
Lembra quando comentamos que a força da gravidade é uma força atuante a todo o momento
no nosso corpo?
A carga axial sobre a coluna vertebral incidida pela força da gravidade pode representar,
dependendo da posição, um valor de 700N.
Esses valores já são relativamente elevados, mas podem aumentar para, aproximadamente,
3.000N quando levantamos uma carga extremamente pesada do solo.
A apresentação desses valores não é para indicar alardes ou creditar fragilidade à coluna
lombar. Pelo contrário, a função dessa valorização é demonstrar que a coluna já recebe forças
incididas sobre ela ao longo do tempo e que ela é uma estrutura extremamente forte, que foi
“moldada” para receber e dissipar essas cargas.
DISCO VERTEBRAL
É possível observar, em diversos movimentos normais realizados no dia a dia – considerando a
posição anatômica do tronco –, que diferentes tipos de torques e forças são aplicados nos
planos perpendiculares e paralelos em relação ao disco vertebral.
A capacidade de resistir ao torque aplicado tem relação direta com a capacidade viscoelástica,
principalmente do componente elástico, do disco intervertebral. O disco é capaz de resistir a
uma carga compressiva aplicada de igual magnitude à sua capacidade de deformação. Nesse
sentido, sua altura inicial possui extrema importância, de modo que, quanto maior for a altura
do disco antes da carga ser aplicada (pré-carga), maior será sua capacidade de absorção
(ADAMS et al., 1994).
Imagem: Shutterstock.com
Ainda hoje, é um grande desafio para a biomecânica estimar a quantidade de força interna
gerada por músculos e articulações durante movimentos da vida diária. Um simples movimento
de levantar um objeto do chão pode ser analisado de diversas maneiras e, dependendo da
posição do corpo, por exemplo, resultar na diferente aplicação de torques.
A dinâmica inversa é uma técnica biomecânica utilizada em larga escala para determinar a
quantidade de força interna necessária para a realização de determinada tarefa motora
(SOARES et al., 2004; LOSS et al., 2006). Dessa forma, La Torre et al. (2008) calcularam e
compararam os resultados das forças articulares e musculares – utilizando a dinâmica inversa
– para quatro diferentes técnicas de levantamento de pesos do chão.
Por meio das análises antropométricas, cinéticas e cinemáticas obtidas, foi possível determinar
o modelo biomecânico do movimento, em que os torques e as forças foram devidamente
discriminados (imagem abaixo).
Após a análise dos dados, os autores observaram que não houve diferença na força gerada
pelos músculos e pelas articulações durante o levantamento. No entanto, observou-se que
existe uma maior tendência (ver as próximas 2 imagens) de existirem maiores magnitudes de
forças internas nas técnicas de levantamento com as articulações dos joelhos e quadril
flexionados (técnica 3) e cotovelos estendidos, e articulações dos joelhos, quadril e cotovelos
flexionados (técnica 4).
VERIFICANDO O APRENDIZADO
A) Cisalhamento
B) Tração
C) Compressão
D) Combinada
E) Tensão
2. DURANTE A CONTRAÇÃO MUSCULAR, A FORÇA É APLICADA EM UM
DOS PONTOS DE FIXAÇÃO DO MÚSCULO TRACIONANDO UM
SEGMENTO ÓSSEO EM DIREÇÃO AO OUTRO. NESSE SENTIDO,
PODEMOS AFIRMAR QUE A CONTRAÇÃO MUSCULAR APLICA UM TIPO
DE CARGA SOBRE O OSSO DENOMINADA:
A) Cisalhamento
B) Deslizamento
C) Compressão
D) Combinada
E) Tensão
GABARITO
CONCLUSÃO
CONSIDERAÇÕES FINAIS
Neste conteúdo, foi possível conhecer o comportamento segmentar e em conjunto de todas as
regiões da coluna vertebral, bem como entender a composição e a atuação de todo tecido
ósseo e articulações – osteocinemática e artrocinemática – dessa importante região do corpo
humano. Além disso, foram apresentadas as ações musculares e as diferentes formas de
absorção de cargas aplicadas a coluna vertebral.
É importante destacar, por fim, que os torques externos aplicados continuamente sobre a
coluna vertebral poderão desgastar as estruturas articulares – principalmente os discos
intervertebrais. Ademais, a posição do corpo, apesar de não possuir relação direta, terá uma
tendência de influenciar nos torques gerados pelos músculos e articulações para o
desempenho correto do gesto articular.
AVALIAÇÃO DO TEMA:
REFERÊNCIAS
ADAMS, M. A.; MC NALLY, D. S.; CHINN H.; DOLAN P. Posture and the Compressive
Strenght of the Lumbar Spine. Clinical Biomechanics. v. 9, p. 5-14, 1994.
KINGMA, I.; VAN DIEËN, J. H. Lifting over an obstacle: effects of one-handed lifting and hand
support on trunk kinematics and low back loading. Journal of Biomechanics. v. 37, n. 2, p. 249-
255, 2004.
La TORRE, M.; MELO, M.O.; PASINI, M.; ARAÚJO, L. D.; CANDOTTI, C. T.; LOSS, J. F.
Cálculo das forças internas na coluna lombar pela técnica da dinâmica inversa. Revista
Brasileira de Ciências do Esporte. v. 29, n. 2, 27-43, 2008.
LOSS, J. F.; SOARES, D. P.; CAÑEIRO, J. P. T.; ALDABE, D.; RIBEIRO, D. C.; OLIVEIRA, L. G.
de. O uso da dinâmica inversa em situações envolvendo cadeia cinética aberta. Revista
Brasileira de Biomecânica. v. 7, n. 12, p. 23-32, 2006.
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CONTEUDISTA
Thiago Matassoli Gomes
CURRÍCULO LATTES