Documento de Orientacao e Estudo
Documento de Orientacao e Estudo
Documento de Orientacao e Estudo
#Professores
3 O PAPEL DO FORMADOR................................................................................................... 12
3.2 Formador...................................................................................................................... 13
2/58
SUMÁRIO
6 ACOMPANHAMENTO PEDAGÓGICO: OBSERVAÇÃO ....................................................23
8 AVALIAÇÃO.........................................................................................................................34
8.2 Certificação..................................................................................................................34
CONSIDERAÇÕES FINAIS......................................................................................................35
REFERÊNCIAS.........................................................................................................................36
Divisões de turmas..........................................................................................................40
Gravação de aulas.........................................................................................................44
Cadastro de tarefas........................................................................................................52
3/58
APRESENTAÇÃO
Estimulando ainda mais a troca de saberes entre os educadores da rede, a SEDUC-SP, por
meio da EFAPE¹, desenvolveu o Programa Multiplica SP #Professores². A iniciativa permite a
formação entre pares, buscando soluções e aprimorando estratégias de forma colaborativa, a
partir do aprendizado e da troca de experiências sobre a prática cotidiana de ensino e apren-
dizagem, ou seja, é a rede formando a rede.
O Programa Multiplica SP #Professores conta com três campos de formação, sendo que cada
um será responsável pela orientação, pela mediação e pelo acompanhamento do campo sub-
sequente: Formador EFAPE, no âmbito da EFAPE, PEC Multiplica (Diretoria de Ensino), no âm-
bito das 91 Diretorias de Ensino do estado de São Paulo, e Professor Multiplicador, docente que
atua em sala de aula. O PEC Multiplica e o Professor Multiplicador participam semanalmente
de formações, cujo alicerce são os roteiros formativos elaborados pela EFAPE. Tais roteiros têm
como objetivo proporcionar ao Professor Cursista o estudo e a vivência de práticas e estraté-
gias pedagógicas, tendo como base os materiais pedagógicos da SEDUC-SP, os resultados da
Prova Paulista e o uso de metodologias ativas e recursos tecnológicos. O Professor Cursista é um
docente que atua em sala de aula e participa das formações mediadas pelo Professor Multipli-
cador, conforme veremos adiante.
Assim, o objetivo do programa é o aprimoramento das práticas pedagógicas e a formação co-
laborativa entre docentes como estratégia para a melhoria das aprendizagens dos 3,5 milhões
de estudantes das 5,4 mil escolas estaduais de São Paulo.
4/58
1 BREVE HISTÓRICO DA ESCOLA
DE FORMAÇÃO EFAPE
A Escola de Formação e Aperfeiçoamento dos Profissionais da Educação do Estado de São
Paulo (EFAPE) atua na formação dos profissionais da Secretaria da Educação do Estado de São
Paulo (SEDUC-SP), com foco na atuação prática e incorporando as novas tecnologias como
ferramentas de formação continuada.
A EFAPE foi criada, em 2009, pelo Decreto n.º 54.297, como parte do Programa Mais Quali-
dade na Escola, com o objetivo de garantir a qualificação de profissionais para o exercício do
magistério e da gestão do ensino básico, desenvolvendo estudos, planejamento, avaliação e ge-
renciamento da execução dos programas de formação, aperfeiçoamento e educação continuada.
Em 2011, a partir do Decreto n.º 57.141, que reorganizou a Secretaria, a EFAPE (Escola de
Formação e Aperfeiçoamento dos Professores do Estado de São Paulo “Paulo Renato Costa
Souza”, como denominada na época), e foi elevada à categoria de Coordenadoria.
Em 2019, a EFAPE foi reestruturada por meio do Decreto nº 64.187. A partir desse decreto, o
nome da escola foi alterado para Escola de Formação e Aperfeiçoamento dos Profissionais da
Educação do Estado de São Paulo “Paulo Renato Costa Souza” e, consequentemente, sua sigla
passou a ser EFAPE. A alteração do nome indica, claramente, que a escola atende a todos os
quadros da SEDUC-SP.
5/58
Quadro 1: Missão, visão e valores
Promover o desenvolvimento profissional dos(as) servidores(as) da edu-
cação do estado de São Paulo, por meio de formação continuada, para
Missão que possam desempenhar suas atividades com maior eficiência, eficácia
e efetividade, de forma a contribuir para a melhoria da qualidade da
educação pública paulista.
Ser referência nacional e internacional em formação continuada para
Visão os(as) profissionais da educação básica, de forma a promover, até 2030,
a oferta de ações formativas.
Construir e realizar atividades de formação con-
tinuada que possibilitem o desenvolvimento dos
saberes científicos, filosóficos, sociológicos, an-
Excelência nas
tropológicos, históricos, entre outros, articulados à
ações formativas
atuação dos(as) profissionais da educação básica
do estado de São Paulo, estimulando práticas re-
flexivas, colaborativas e investigativas.
Apresentar foco e comprometimento com os resul-
tados, em consonância com a visão, a missão e os
Compromisso e
demais valores da instituição, o que implica atuar
credibilidade
de forma ética, empática e colaborativa, promo-
Valores profissional
vendo ambientes de confiança e respeito dentro e
fora da instituição.
Equidade e respeito Atender toda e qualquer diversidade, garantindo
à multiplicidade o direito de cada indivíduo, a fim de reconhecer e
étnica, social e respeitar as diferenças em seu contexto histórico-
cultural -social, político, cultural e econômico.
Atuar com criatividade e flexibilidade, estar
aberto ao novo, propor diferentes caminhos e
Inovação e
estratégias, por meio de novas ideias, visando à
proatividade
melhoria dos processos de trabalho e da oferta
de ações formativas.
6/58
2 PROGRAMA MULTIPLICA SP
#PROFESSORES
O Programa Multiplica SP #Professores é uma iniciativa da SEDUC-SP, por meio da EFAPE,
que surgiu da necessidade premente de olhar as práticas de sala de aula a partir da valorização
dos saberes e das práticas dos professores, pautando-se no trabalho colaborativo entre pares,
em que o formador também é professor do mesmo componente e da mesma etapa de ensino.
O objetivo do Programa Multiplica SP #Professores contempla o processo de melhoria da
aprendizagem do estudante, por meio do aperfeiçoamento contínuo da prática de ensino do
professor e da consolidação de espaços efetivos de formação.
O trabalho cotidiano em sala de aula exige ações específicas pautadas em constantes tomadas
de decisões sobre metodologias, procedimentos, técnicas, estratégias, objetos do conhecimen-
to, habilidades e competências. Neste processo, o professor vai desenvolvendo competências e
habilidades experienciadas em sua profissão, necessárias de ser compartilhadas e fortalecidas.
Nessa perspectiva, pensar no desenvolvimento profissional, por meio de aprendizagens dire-
cionadas, levou à estruturação de ações formativas em que o aprimoramento profissional e a
aprendizagem ocorrem junto aos pares que atuam no mesmo componente curricular e na mes-
ma etapa de ensino.
É imprescindível destacar que o trabalho colaborativo entre pares possibilita abordar conteúdos
de forma mais contextualizada, considerando as especificidades das atividades de sala de aula.
Dessa forma, criam-se espaços favoráveis de trocas, reflexões, diálogos e desenvolvimento de
metodologias e estratégias para a melhoria da aprendizagem significativa dos estudantes.
Para isso, o Programa Multiplica SP #Professores se dará entre Formadores EFAPE, Forma-
dores DE, Professores Multiplicadores e Professores Cursistas, de forma sistematizada, impulsio-
nando o desenvolvimento profissional com foco em atividades desenvolvidas em sala de aula.
7/58
As formações ocorrerão de forma remota e síncrona, em horário de serviço, no tempo/espaço
da Aula de Trabalho Pedagógico Coletivo (ATPC) ou das Atividades Pedagógicas de caráter
formativo, possibilitando um espaço potente e contínuo de interação e colaboração entre os
profissionais para a melhoria da prática pedagógica.
Os Formadores EFAPE elaboram os roteiros formativos a ser utilizados e formam os Formadores
DE, que, por sua vez, formarão os Professores Multiplicadores, que, por fim, mediarão as for-
mações junto aos Professores Cursistas, conforme a Figura 1 a seguir:
8/58
Desse modo, a partir dos saberes docentes adquiridos com a prática pedagógica, o processo
de ensino e aprendizagem de adultos, neste caso professores, não é o mesmo daquele desem-
penhado com crianças e adolescentes.
No processo de formação continuada, a prática pedagógica do professor, suas vivências e
experiências são fundamentais para o seu desenvolvimento, visto que parte do princípio de
trabalhar o seu cotidiano (Knowles, 2011). Por essa perspectiva “andragógica”, o aluno é
participante assíduo de seu próprio processo de aprendizagem, a partir das trocas com seu pro-
fessor, que desempenha um papel de facilitador desse processo” (Ferreira, 2022, s.p.).
Em se tratando da prática pedagógica, a busca do conhecimento é entendida como um proces-
so de formação continuada, denominada por Imbernón (2004) como formação permanente.
Sobre isso, dentre outros eixos de atuação, o autor destaca:
(i) a capacidade do professor de gerar conhecimento pedagógico por meio da prática educati-
va e (ii) a troca de experiências entre iguais para tornar possível a atualização em todos os cam-
pos de intervenção educativa e aumentar a comunicação entre os professores (2004, p. 48).
Nesse sentido, visando à formação continuada dos educadores da rede estadual paulista, com
vistas à melhoria da prática docente, o Programa Multiplica SP #Professores valoriza os sabe-
res dos professores e oportuniza momentos de trabalho colaborativo, por meio de formações entre
pares, a fim de partilhar os sucessos e os desafios da docência, além de ideias e conhecimentos.
Na concepção dessa ação formativa, ainda referente à formação entre pares, é imprescindí-
vel compreender que se constituir formador é processual, o que significa, entre outras coisas,
tempo, investimento pessoal e disponibilidade para rever-se (Pelissare, 2007). Nesse sentido,
o papel do formador é mediar e facilitar, intencionalmente, o diálogo e a troca de experiências
nos espaços formativos, propiciando aos outros e a si mesmo reflexões sobre essa prática.
Para sustentar a presente ação formativa, é essencial fundamentá-la em bases sólidas que via-
bilizarão, com êxito, as formações propostas. Essas bases são denominadas como pilares do
Programa Multiplica SP #Professores: Saberes Docentes, Prática Pedagógica e Trabalho Co-
laborativo. A Figura 2, a seguir, apresenta um exemplo acerca dos pilares educativos:
9/58
Figura 2 – Pilares do programa
O esquema representa o processo formativo docente, cujos pilares estabelecem uma relação de
auxílio mútuo. Inicialmente, a trajetória do educador parte dos saberes advindos da formação
inicial. Tais saberes fundamentam a prática docente, que, por sua vez, apresenta novas situa-
ções e novos desafios, dada a dinâmica do cotidiano escolar.
Por fim, é na troca com o outro, ou seja, no trabalho colaborativo, que essas situações e/ou
esses novos desafios serão discutidos com o intuito de identificar soluções e planejar ações, pos-
sibilitando, assim, a ampliação dos saberes docentes. Esse percurso cíclico tem como recurso,
em todos os momentos, a escuta, isto é, o diálogo, que possibilita o fortalecimento de cada um
dos pilares.
10/58
2.3 Prática pedagógica
Para compreender a natureza da prática pedagógica, é necessário levar em conta a subjetivida-
de de cada educador, isto é, embora ele tenha referências e considere o contexto educacional
em que está inserido, não é somente alguém que aplica conhecimentos produzidos por outros ou
somente um agente determinado por mecanismos sociais. É, portanto, protagonista no sentido
estrito da palavra, “um sujeito que assume sua prática a partir dos significados que ele mesmo
lhe dá, um sujeito que possui conhecimentos e um saber-fazer provenientes de sua própria ativi-
dade e a partir dos quais ele a estrutura e a orienta” (Tardif, 2012, p. 230).
A consolidação do conhecimento profissional se dá a partir da prática educacional. Desse
modo, essa prática constitui-se um dos pilares da formação entre pares por ser um elemento
chave para o processo de ação – reflexão – ação (São Paulo, 2019; 2020).
11/58
3 O PAPEL DO FORMADOR
O papel do formador refere-se às responsabilidades atribuídas que resultam na atuação e no de-
senvolvimento de conhecimentos curriculares e metodológicos, de práticas profissionais, de ações
engajadoras direcionadas aos profissionais da educação, no âmbito da formação continuada.
O formador orienta o trabalho docente no sentido de fortalecer e alinhar as diversas políticas
de ensino comprometidas com o desenvolvimento de processos de formação para o aperfeiçoa-
mento contínuo das práticas dos professores, com vistas à melhoria da qualidade da educação.
Tardif (2012) explica que o saber dos docentes não é um conjunto de conteúdos cognitivos defi-
nido de uma única vez, mas um processo que se constrói ao longo de uma carreira profissional,
visto que o docente aprende progressivamente a dominar o seu ambiente de trabalho, ao mes-
mo tempo em que se insere nele e o interioriza, por meio de regras de ação, que se tornam parte
integrante de sua consciência prática.
Assim, o formador que na essência é um docente protagonista de vivências e experiências, bem
como produtor de conhecimentos e de processos criativos, pode colaborar e compartilhar com
outros as aprendizagens já desenvolvidas, as quais, certamente, ampliam a formação em servi-
ço dos demais profissionais.
12/58
As dimensões se articulam por meio de competências e habilidades que favorecem o desenvol-
vimento profissional docente. Logo, o formador, por meio dessas dimensões, estabelece uma
relação junto a outros profissionais da educação, demonstrando conhecimento do conteúdo e
das metodologias de aprendizagens, capacidade de planejar e domínio de técnicas e estraté-
gias pedagógicas.
Para além disso, é necessário que o formador, tendo em vista o trabalho colaborativo, aprimo-
re também habilidades interpessoais para atuar na formação entre pares, proporcionando um
ambiente facilitador do processo de ensino e aprendizagem, uma vez que se caracteriza como
agente de transformação, seja no campo cognitivo, no social ou no cultural.
3.2 Formador
No âmbito do Programa Multiplica SP #Professores, tem-se, conforme as seções abaixo, os
seguintes agentes: Formador EFAPE, PEC Multiplica, Professor Multiplicador e Professor Cursis-
ta.
13/58
3.2.2 PEC Multiplica
No âmbito do Programa Multiplica SP #Professores, o formador da Diretoria de Ensino (DE) –
Professor Especialista em Currículo – é responsável pela formação, orientação, mediação, pelo
feedback formativo e pelo acompanhamento das ações realizadas pelo Professor Multiplicador.
As atividades desenvolvidas na formação serão realizadas em horário de serviço, quando os
professores participarão das ações formativas propostas pela EFAPE, sendo essas semanais e
desenvolvidas de maneira remota, em horário pré-agendado e com câmera aberta, possibili-
tando a identificação de todos os participantes e, também, o diálogo formativo, o que abran-
gerá solicitações, dúvidas e devolutivas.
Nesse programa, o PEC Multiplica precisará acompanhar a frequência e a avaliação dos Pro-
fessores Multiplicadores, registrar os cronogramas semanais nas agendas de trabalho, disponi-
bilizadas na plataforma virtual de sua(s) respectiva(s) turma(s), e disponibilizar o roteiro forma-
tivo elaborado pela EFAPE.
Assim, deverá acompanhar a plataforma e fortalecer as ações de acordo com o fluxo, as tur-
mas, a frequência e a avaliação dos Professores Multiplicadores, para que esteja sempre orga-
nizada e atualizada, de modo a viabilizar a construção das relações de trabalho colaborativo
entre os Professores Multiplicadores.
Também deverá elaborar e entregar documentações, associadas ao desenvolvimento das atividades
de caráter pedagógico, frente ao que for desenvolvido nas formações com os formadores EFAPE.
E, ainda, realizar o feedback formativo, aprimorando junto aos Professores Multiplicadores as
ações formativas e direcionando-os de acordo com o objetivo dos encontros formativos.
Quando houver necessidade, deverá informar ao formador EFAPE sobre qualquer impedimento
relacionado às atividades formativas e/ou a necessidade de substituição, enturmação ou rema-
nejamento de Professor Multiplicador ou Professor Cursista. Caberá também ao PEC Multiplica
substituir o Professor Multiplicador sempre que houver necessidade.
14/58
3.2.3 Professor Multiplicador
No âmbito do Programa Multiplica SP #Professores, o Professor Multiplicador, docente que
atua em sala de aula, é responsável pela formação, orientação, mediação e pelo acompanha-
mento das ações realizadas pelo Professor Cursista.
Os momentos destinados à formação do Professor Multiplicador serão realizados em horário
de serviço referente a duas ATPC ou Atividades Pedagógicas, quando serão desenvolvidas as
ações formativas propostas pelo PEC Multiplica, sendo essas semanais, realizadas de maneira
remota, em horário pré-agendado e com câmera aberta.
No desenvolvimento das atividades com o Professor Cursista, conforme o Edital EFAPE nº
05/2023, o docente de unidade escolar de tempo parcial, com carga horária igual ou superior
a 17 (dezessete) horas, atuará como Professor Multiplicador de 2 (duas) turmas de Professo-
res Cursistas, sendo responsável por 6 (seis) aulas semanais, distribuídas em 4 (quatro) aulas
síncronas de tutoria com Professores Cursistas e 2 (duas) assíncronas de preparo e estudo para
tutoria. As aulas deverão ser realizadas durante as Aulas de Trabalho Pedagógico em Local de
Livre Escolha (ATPL) ou Atividade Pedagógica Diversificada (APD) que integram a carga horária
docente/jornada de trabalho, sendo essas ATPL ou APD compensadas, conforme o edital.
O docente de unidade escolar de tempo parcial, com carga horária menor que 17 (dezessete)
horas, atuará no Programa como Professor Multiplicador com 2 (duas) turmas de Professores
Cursistas, sendo responsável por 6 (seis) aulas semanais, distribuídas em 4 (quatro) aulas sín-
cronas de tutoria com Professores Cursistas e 2 (duas) assíncronas de preparo e estudo para
tutoria. Essas aulas não poderão ser realizadas durante as Aulas de Trabalho Pedagógico em
Local de Livre Escolha (ATPL) ou Atividade Pedagógica Diversificada (APD) que integram a car-
ga horária docente/jornada de trabalho.
O docente designado no Regime de Dedicação Exclusiva (RDE) do Programa Ensino Integral –
PEI atuará como Professor Multiplicador com 1 (uma) turma de Professores Cursistas designados
no RDE do PEI, sendo 3 (três) aulas semanais de interação com os Professores Cursistas, distribu-
ídas em 2 (duas) aulas síncronas e 1 (uma) assíncrona. Essas aulas deverão ser realizadas em 4
(quatro) horas semanais, não ultrapassando o limite de 44 (quarenta e quatro) horas semanais
e fora do horário regular de trabalho previsto para atuação no Programa Ensino Integral. Tam-
bém deverá ser assegurado ao Professor Multiplicador 2 (duas) aulas semanais de momentos
de formação ministradas pelo PEC Multiplica a ser realizadas durante as Aulas de Trabalho Pe-
15/58
dagógico Coletivo previstas na jornada de trabalho, as quais poderão ser realizadas em local
diverso da unidade escolar.
No âmbito das atividades, o Professor Multiplicador fará reuniões semanais a partir dos roteiros
formativos para orientação dos materiais digitais, e demais ações, realizadas em horário de
serviço pré-agendado, de maneira remota e com câmera aberta, possibilitando a identificação
de todos os participantes.
O Professor Multiplicador acompanhará a frequência e a avaliação dos Professores Cursistas,
registrando nas turmas da plataforma virtual as agendas de trabalho, o acompanhamento das
atividades e disponibilizando os materiais de apoio. Assim, deverá monitorar a plataforma para
que esteja sempre organizada e com todas as atualizações pertinentes, objetivando o bom de-
senvolvimento das ações formativas.
Deverá mediar didática e pedagogicamente as atividades, tendo como referência o conteúdo es-
pecífico dos roteiros formativos, bem como orientar e avaliar as atividades propostas, atendendo
às solicitações, e entregar documentações ao PEC Multiplica e ao Formador EFAPE, no prazo
solicitado. Quando houver necessidade, deverá informar ao PEC Multiplica sobre qualquer impe-
dimento relacionado às atividades formativas, bem como sobre a desistência de Professor Cursista.
16/58
4 ENCONTRO FORMATIVO:
ATUAÇÃO PROFISSIONAL
No âmbito da formação continuada do Programa Multiplica SP #Professores, evidencia-se a
importância da netiqueta nos momentos formativos, da postura epistemológica da investigação
e observação da prática pedagógica. Para isso, essa e as próximas seções se debruçarão sobre
tais dimensões.
17/58
4.2 Encontro formativo: netiqueta
Em geral, nos espaços sociais que transitamos, existem legislações, normas, combinados e con-
tratos sociais que pautam o nosso agir, tendo em vista a convivência e as interações entre as
pessoas. O mesmo ocorre no espaço virtual, que também possui normas para as interações
entre os pares.
A formação síncrona mediada por tecnologia trouxe consigo pontos de atenção, não apenas no
que diz respeito aos aspectos técnicos e didáticos, mas também aos relacionados às regras de
netiqueta. Neste sentido, é fundamental compreender a importância desses diferentes elemen-
tos, bem como refletir pedagogicamente sobre as consequências que uma exposição inadequa-
da pode gerar.
Os autores Litto e Formiga (2009) reforçam a importância da formação em ambiente virtual,
com vistas a atentar-se a fatores técnicos e pedagógicos para o bom andamento do encontro
formativo, evitando ações equivocadas e promovendo um ambiente propício ao aprendizado.
No âmbito dos aspectos técnicos, uma conexão estável (internet) e o uso adequado de dispo-
sitivos e ferramentas tecnológicas são fundamentais para garantir uma experiência de aprendi-
zado eficiente.
Já os aspectos didáticos, como a organização do conteúdo, a interatividade e a adaptação às
necessidades dos participantes, contribuem para o engajamento e a compreensão desses sujei-
tos. Assim, as regras de netiqueta, como o atendimento ao código de vestimenta, posicionar-se
em uma angulação correta frente à câmera, evitar distrações oriundas do ambiente, expressar-
-se de forma cordial e gentil, bem como respeitar o tempo de fala dos outros pares, ajudam a
criar um ambiente profissional, formativo e respeitoso.
Assim, nesse processo formativo, os participantes do Programa Multiplica SP #Professores
têm um importante papel e responsabilidade, tendo em vista a adoção de valores e atitudes que
contribuam para a troca entre pares e para as práticas colaborativas, de forma ética e constru-
tiva (Velloso; Lannes; Barros, 2013).
18/58
5 ENCONTRO FORMATIVO:
VIVÊNCIAS PEDAGÓGICAS
No âmbito dos encontros, a utilização do roteiro formativo (RF) – articulado ao Material Digi-
tal, às técnicas e à Prova Paulista – é substancial, tendo em vista que tais articulações permitem
a reflexão sobre as práticas e os processos pedagógicos, o que contribui, consequentemente,
para a formação continuada e a melhoria das aprendizagens.
19/58
5.1.1 Material Digital e técnicas de aula
O Material Digital propõe ser, para o professor, um instrumento para a aula, com o objetivo de
emponderá-lo e complementar a dinâmica das atividades em sala. O Material Digital também
é editável, para que cada docente, se assim quiser, possa ajustá-lo à realidade de suas turmas,
de forma que seja acessível, engajador e permanente.
Em sua estrutura didática, o instrumento sugere ao docente a organização em três frentes: 1 –
Para Começar (contexto); 2 – Foco no Conteúdo (aprofundamento e prática); e 3 – Aplicando
(replicação em contextos diferentes).
E, para contribuir com a prática docente, o Material Digital contém várias técnicas pedagógicas
que podem ser consultadas na obra de Lemov (2023) intitulada Aula nota 10, para que o professor
realize as adequações necessárias, de acordo com o contexto no qual suas turmas estão inseridas.
20/58
Quadro 2: Seções do roteiro formativo
Seção Objetivo
Recepção
Tem como objetivo receber os participantes (DE, Multiplicador
e Cursistas).
Acolhimento
Sensibilização à temática
Tem como objetivo fazer uma introdução e sensibilização à te-
mática que será trabalhada no encontro.
21/58
Tem como objetivo indicar materiais complementares que possam
Saiba mais
colaborar para que os participantes aprofundem as temáticas.
Tem como objetivo também adicionar fontes utilizadas para a
Referências
elaboração do roteiro.
Tem como objetivo avaliar o encontro, indicando pontos positivos
Avaliação do encontro
e pontos de atenção para o planejamento dos próximos passos.
Fonte: Elaborado pela equipe formativa (2023).
22/58
6 ACOMPANHAMENTO
PEDAGÓGICO: OBSERVAÇÃO
Tendo em vista os pilares do Programa Multiplica SP #Professores, os encontros formativos
também priorizam a observação, para o aprimoramento da prática pedagógica e a melhoria
do processo de ensino e aprendizagem.
23/58
terminados aspectos da realidade. Assim, não se resume apenas ao ver e ouvir, mas destina-se
a examinar fatos e/ou fenômenos com os objetivos de estudá-los.
Para o autor, a observação pode ser chamada de não estruturada ou assistemática, bem como
define-se por espontânea, informal etc. Ainda pode se apresentar como sistemática, o que se
define como estruturada, planejada e controlada. Para isso, alguns instrumentos podem ser
usados, como o roteiro de observação, o checklist (com tópicos a serem seguidos) e/ou ainda
rubricas.
Tem-se, em consequência, a grande vantagem de permitir que haja análises de questões que
não são passíveis de ser avaliadas por outras técnicas. Há, porém, a preocupação de não per-
mitir que se tenha a subjetividade de quem avalia. Neste sentido, como afirma Bortoni-Ricardo,
a observação e a coleta de dados:
não deve[m] ser apenas um processo intuitivo, que consistiria simplesmente em fazer observa-
ções em determinado ambiente e tomar notas. Ela[s] deve[m] ser um processo deliberado, no
qual o pesquisador tem de estar consciente das molduras de interpretação daqueles a quem
observa e de suas próprias molduras de interpretação, que são culturalmente incorporadas e
que ele traz consigo para o local da pesquisa (2008, p. 58).
Assim, a observação, a partir da coleta de dados por meios variados, possibilita a construção
de asserções (Gil, 2002), tendo em vista os objetivos de ensino e aprendizagem; possibilita
também, segundo Santos (2016), a obtenção de dados necessários para realizar avaliação,
bem como a curadoria dos instrumentos de avaliação. É nessa perspectiva que a observação,
como técnica para a coleta de dados, será usada para o percurso de ações formativas.
É possível, então, como veremos adiante, pensar em algumas questões e certos aspectos que
darão subsídios à prática de observação.
24/58
6.2.1 Procedimentos da observação
Fundamentada na investigação pedagógica, como mencionado acima, a prática da observa-
ção é um valioso instrumento para que o formador/professor percorra um caminho metodoló-
gico, cuja análise do processo de ensino e aprendizagem forneça evidências sólidas. Para isso,
alguns aspectos devem ser tomados atentamente:
• Defina o objetivo: antes de iniciar a observação, estabeleça um objetivo geral, por meio de
um enunciado, advindo de uma pergunta exploratória. Além desse, podem ser postulados
objetivos específicos para que se facilite a geração de asserções (Bortoni-Ricardo, 2008);
• Escolha do contexto adequado: é fundamental que sejam determinados o momento e
o contexto nos quais será realizada a observação, de modo que o momento selecionado
seja relevante para a compreensão do desenvolvimento do conjunto das atividades;
• Seja objetivo: é importante fazer a observação do modo mais imparcial possível, evitan-
do julgamentos e opiniões pessoais, que possam prejudicar o desenvolvimento das ações
formativas. Sabemos, fundamentando-nos em Bortoni-Ricardo (2008), que o objeto ob-
servado é compreendido por meio do olhar do observador, por isso é preciso atenção a
como e de que maneira estamos realizando a observação;
• Escolha a ferramenta adequada: para que não haja contratempo que prejudique a ob-
servação, é necessário ter selecionado previamente a ferramenta que dará suporte aos
registros das observações;
• Escute atentamente: em todos os momentos do trabalho pedagógico, é essencial, como
veremos adiante, uma escuta ativa como alicerce para a prática da observação;
• Sistema de registro adequado: após a escolha da ferramenta adequada, há de se aten-
tar ao modo como serão tabulados esses dados, para que se possa, de fato, focar nos
dados mais relevantes e que contribuirão para a práxis pedagógica;
• Reflita sobre as observações: após a observação realizada, é essencial que haja um
momento de reflexão sobre o que foi registrado para que seja possível analisar os dados
coletados, de modo a construir o trajeto da práxis pedagógica.
25/58
6.3 Rubrica de observação
Entende-se aqui que rubrica é um instrumento de acompanhamento de observação dos en-
contros formativos, apresentado em forma de tabela. As rubricas objetivam, tanto de modo
quantitativo, quanto qualitativamente, o levantamento e a coleta de dados sobre os processos
formativos, tendo em vista as três dimensões das competências docentes: conhecimento profis-
sional, prática profissional e engajamento profissional.
Quadro 3: Dimensões das competências docentes
A partir dessas dimensões, temos a seguinte métrica: atendeu plenamente, atendeu parcial-
mente, não atendeu, não observado e observações. Os três primeiros itens – atendeu ple-
namente, atendeu parcialmente e não atendeu – dizem respeito ao nível de atendimento a
cada item, a partir da fundamentação expressa anteriormente.
Já o item não observado indica que não foi possível observar, uma vez que aquele descritor
não abrange as ações e o período avaliado. E o item observações abrange os comentários que
podem ser acrescentados aos itens avaliados de modo qualitativo.
26/58
Desta forma, a observação, a escuta, o diálogo e a devolutiva (conforme veremos mais
adiante) estão relacionadas às três dimensões, à proposta do roteiro e do Material Digital e
às técnicas que fundamentam e orientam a prática do ensino e da aprendizagem, como pode
ser verificado no Quadro 4:
27/58
6.3.2 Prática profissional
Quadro 5: Rubrica de observação do encontro formativo – Prática profissional
Atendeu Atendeu Não Não
Dimensão Área Descritor plenamente parcialmente atendeu observado Observações
5. Realiza as ações de for-
mação de modo remoto,
com a câmera aberta,
visando a um enquadra-
mento adequado
e à plena participação
de todos.
6. Realiza as ações de for-
mação em local cuja ilumi-
nação esteja adequada.
Netiqueta
7. Realiza as ações de
formação, tendo em vista
que o som e a acústica
estejam adequados
para que todos possam
compreender os diálogos
e as reflexões.
8. Realiza as ações de
formação, garantindo o
Prática
código de vestimenta.
profissional
9. Realiza as atividades
de acordo com as orien-
tações propostas (enca-
minhamentos, mediações
didáticas etc.) no
roteiro formativo.
10. Comunica-se de modo
claro e objetivo com
foco nas atividades,
Encontro sem dispersões.
formativo
11. Utiliza metodologias
ativas plugadas e des-
plugadas de ensino
e aprendizagem.
12. Proporciona tempo para
as vivências das ativida-
des propostas, tendo em
vista a gestão de tempo
das atividades.
28/58
Atendeu Atendeu Não Não
Dimensão Área Descritor plenamente parcialmente atendeu observado Observações
13. Emite devolutivas
objetivas, por meio da
escuta ativa, a partir das
atividades realizadas.
14. Promove a reflexão dos
participantes a partir da
prática pedagógica.
15. Propõe estratégias para
Devolutiva
Prática o aperfeiçoamento da
(feedback e
profissional prática pedagógica dos
feedforward)
participantes.
16. Acompanha, de forma
contínua, como os par-
ticipantes realizam as
orientações propostas
para o aperfeiçoa-
mento da sua prática
pedagógica.
29/58
Atendeu Atendeu Não Não
Dimensão Área Descritor plenamente parcialmente atendeu observado Observações
22. Registra nas turmas da
plataforma virtual as
agendas de trabalho, o
acompanhamento das
atividades, a disponibi-
lização de materiais de
Engajamento
apoio para os parti-
cipantes, mantendo a
Engajamento plataforma organizada
profissional e atualizada.
23. Trata os participantes de
maneira equitativa.
24. Acompanha a frequên-
cia e a avaliação dos
Acompanha- participantes.
mento 25. Responde e atende às
solicitações dentro do
prazo solicitado.
30/58
7 ACOMPANHAMENTO
PEDAGÓGICO: DIÁLOGOS
E DEVOLUTIVAS
7.1 A escuta ativa e o diálogo formativo
Historicamente, no Ocidente, estamos acostumados a dar mais valor ao falar e pouco ou ne-
nhum valor ao escutar (Alves, s.d.). Essa é uma perspectiva que deixa em evidência quem fala
e que pouco acolhe a opinião do outro, não estabelecendo, assim, um diálogo. Em contrapar-
tida, a escuta requer um grau de introspecção e abertura para receber a mensagem e somente,
então, o diálogo acontece.
Nesse sentido, cabe distinguir que ouvir é uma ação sensorial, enquanto escutar é muito mais do
que isso, visto que mobilizamos emoções e conhecimentos e interagimos por meio de perguntas,
retomando o que foi falado a fim de melhor compreender. A escuta como ato social, contextual
e dialógico não é individual, uma vez que são atribuídos significados mediados pela cultura e
pelo contexto social (Adelmann, 2012).
Segundo Moura (2016), “o bom escutador deve respeitar o interlocutor e ser curioso – abrir-se
a outra visão de mundo. [...] Ou seja, é necessário transitar do lugar em que se vê uma única
verdade oposta ao diferente, em direção a um posicionamento de abertura para escutar outras
verdades; abrindo-se ao diálogo e colocando em xeque suas próprias certezas” (Sclavi, 2003,
apud Moura, 2016, p. 11). O propósito não é apenas escutar para registrar uma opinião ou
emitir juízo de valores, é compreender o que está além da aparência, portanto, uma escuta
ativa.
Para, então, avançar em direção a uma formação participativa e colaborativa, do ponto de
vista da prática, a ação formativa proposta pelo Programa Multiplica SP #Professores es-
tabelece uma mudança significativa e diferente frente aos modelos de formação baseados na
hierarquia, nas tomadas de decisão centralizadas.
Neste sentido, nos encontros formativos, a concepção da formação continuada prioriza a utili-
zação de metodologias que estimulem o diálogo, a troca entre pares, o respeito e a valorização
das diversidades, fortalecendo nossas capacidades de escuta ativa e de fala consciente.
31/58
7.2 Feedback formativo
A palavra feedback tem sua origem no inglês e pode ser traduzida para o português como “de-
volutiva”. O feedback consiste, então, em uma prática importante, pois, por meio dele, é possí-
vel identificar a viabilidade de aperfeiçoamento da prática pedagógica; definir estratégias de
desenvolvimento profissional; rever atividades e alguns aspectos comportamentais; reforçar as
ações assertivas; promover a motivação e a autoestima; orientar sobre o que é esperado, indicar
quais são as metas e os objetivos a alcançar (Dalcorso; Allan, 2011).
De acordo com Moscovici (1997), o feedback torna-se útil quando atende os seguintes requisi-
tos, conforme descrito no Quadro 6:
Quadro 7: feedback
Ter uma proposta de diálogo, sem julgamentos, apenas relatan-
Ser descritivo
do o que foi observado.
Proporcionar ao formador uma reflexão sobre o seu compor-
Ser específico tamento e suas atitudes diante do saber docente, com foco no
diálogo.
Estar pautado nas necessidades do observador e do observa-
do, sem constrangimentos, mantendo a ética, sem deixar de en-
Ser compatível fatizar pontos, tópicos e momentos visíveis a ser trabalhados na
melhoria e na dinâmica do formador, durante a reunião com
seus cursistas.
Deve ser voltado para comportamentos que o observador deva
refletir para a melhoria da sua prática. As fragilidades identifi-
Ser dirigido cadas precisam ser analisadas de forma construtiva e, a partir
disso, definidas metas e estratégias para solucionar as dificul-
dades apresentadas.
Deve ser clara para o formador a importância da devolutiva,
assim observador e observado devem combinar previamente o
Ser solicitado
momento das devolutivas, pois, quando isso acontece, fica mais
fácil a execução do feedback.
32/58
O observador precisa atentar-se para o prazo da devolutiva,
Ser oportuno pois, se passar muito tempo entre o ato de observar e o feedback,
a devolutiva pode perder o sentido, tornando-se ineficaz.
Propor uma comunicação clara e objetiva, favorecendo, desta
forma, a construção de um novo olhar sobre os processos de
Ser esclarecedor
ensino e aprendizagem do adulto professor, contribuindo para
o seu processo formativo.
Fonte: Moscovici (1997).
33/58
8 AVALIAÇÃO
No âmbito do Programa Multiplica SP #Professores, os sujeitos envolvidos nos encontros
formativos serão avaliados de acordo com a proposta do curso. A avaliação, como instrumen-
to, possibilita a coleta de dados e análise com finalidade de propor encaminhamentos para a
melhoria do processo de ensino e aprendizagem.
8.2 Certificação
Os participantes PEC Multiplica, Professor Multiplicador e Cursista, tendo o aproveitamento
de 75% de presença nos encontros além da participação na avaliação referente aos encontros
formativos disponibilizada no (AVA-EFAPE), receberão o certificado do curso.
34/58
CONSIDERAÇÕES FINAIS
O Documento de Orientação e Estudo contempla a participação da EFAPE, no que tange à
implementação do Programa Multiplica SP #Professores. Neste sentido, sua elaboração foi
fundamentada em decretos e resoluções que destacam a atribuição da EFAPE e do Programa,
a fim de destacar a política pública educacional no que diz respeito à formação continuada em
serviço.
O Programa Multiplica SP #Professores prioriza a melhoria da aprendizagem dos estudantes,
por meio do aperfeiçoamento contínuo da prática de ensino do professor e da consolidação de
espaços efetivos de formação, de forma que os fundamentos da formação continuada, como
saberes docentes, prática pedagógica e trabalho colaborativo e formação entre pares, foram
abordados nas seções deste documento.
Também trata das atribuições dos sujeitos envolvidos, como o Formador EFAPE, o PEC Multipli-
ca, o Professor Multiplicador e o Professor Cursista, bem como trata das orientações referentes
ao uso do roteiro formativo, do Material Digital, das técnicas pedagógicas e da Prova Paulista
nos encontros formativos, a fim de desenvolver (i) as competências docentes e (ii) a melhoria da
prática no processo de ensino e aprendizagem.
Outros pontos importantes priorizados foram a observação, a rubrica, as trocas entre pares, o
diálogo formativo e as devolutivas (feedback e feedforward) para o aprimoramento da prática
pedagógica e a melhoria do processo de ensino e aprendizagem. E, por fim, a avaliação como
instrumento de coleta e análise, a fim de encaminhamento e melhoria do Programa Multiplica
SP #Professores.
Desejamos aos envolvidos a excelência no seu percurso formativo.
35/58
REFERÊNCIAS
ADELMANN, K. The Art of Listening in an Educational Perspective: Listening reception in
the mother tongue. UMEA University/Sweden: Education Inquiry, v. 3, n. 4, p. 513-534, 2012.
ALVES, R. Escutatória. Disponível em: https://www.inf.ufpr.br/urban/
2019-1_205_e_220/205e220_Ler_ver_para_complementar/RubemAlves__Escutat%-
C3%B3ria.pdf. Acesso em: 17 maio 2023.
BORTONI-RICARDO, S. M.. O professor pesquisador: introdução à pesquisa qualitativa.
São Paulo: Parábola, 2008.
BRASIL. Resolução CNE/CP nº 1/2020 – Diretrizes Curriculares Nacionais para a For-
mação Continuada de Professores da Educação Básica e Base Nacional Comum para
a Formação Continuada de Professores da Educação Básica (BNC – Formação Conti-
nuada). Brasília: MEC.
BUZATO, M. E. K. Letramentos digitais e formação de professores. São Paulo: Portal
Educarede, 2006.
BUZATO, M. E. K. Letramento e Inclusão na Era da Linguagem Digital. IEL/UNICAMP,
mar. 2006.
DALCORSO, C. Z.; ALLAN, L.M. Programa de Liderança: reflexões e práticas para promo-
ver a gestão escolar com foco na melhoria da aprendizagem dos alunos. São Paulo: Conselho
Britânico / Instituto Crescer, 2011.
DELORS, J. et al. Educação: um tesouro a descobrir. São Paulo: Cortez; Brasília, DF: MEC;
UNESCO, 1996.
FERREIRA, T. F.; MAGALHAES JUNIOR, A. G.; NOBREGA-HERRIEN, S. M. Andragogia no
Ensino Superior: a percepção de professores de licenciaturas. Rev. Int. Educ. Super. [on-
line]. 2022, vol. 8, e022029. Disponível em: http://educa.fcc.org.br/scielo.php?pi-
d=S2446-94242022000100217&script=sci_abstract. Acesso em: 15 maio 2023.
FREIRE, P. Pedagogia do oprimido. 17 ed. São Paulo: Paz e Terra, 1987.
GATTI, B. A. (org). Professores do Brasil: novos cenários de formação. Brasília: UNESCO, 2019.
GIL, A. C. Como elaborar projetos de pesquisa. 4. ed. São Paulo: Atlas, 2002.
GOLDSHIMITH, M. What got you here won’t get you there: how successful people be. Lon-
dres: Profile Books LTD, 2008.
36/58
IMBERNÓN, F. Formação docente e Profissional: forma-se para a mudança e a incerteza.
4 ed. São Paulo: Cortez, 2004.
KNOWLES, M. S.; HOLTON III, E. F.; SWANSON, R. A. Aprendizagem de resultados: uma
abordagem prática para aumentar a efetividade da educação corporativa. 2 ed. Trad. Sabine
Alexandra Holler. Rio de Janeiro: Elsevier, 2011.
KURTZ, F. D.; DA SILVA, D. R. (2018). Tecnologias de Informação e Comunicação (TIC) como
ferramentas cognitivas na formação de professores. Revista Contexto & Educação, 33(104),
5-33. Disponível em: https://doi.org/10.21527/2179-1309.2018.104.%p.
LAKATOS E. M.; MARCONI, M. A. Técnicas de Pesquisa. 9. ed. São Paulo: Atlas, 2021.
LEMOV, D. Aula nota 10 3.0: 63 técnicas para melhorar a gestão da sala de aula. 3. ed. Porto
alegre: Penso, 2023.
LITTO, F.; FORMIGA, M. M. M. (orgs.). Educação a Distância: o estado da arte. São Paulo:
Pearson, 2009.
MOSCOVICI, F.; Desenvolvimento interpessoal: treinamento em grupo. Rio de Janeiro: José
Olympio, 2003.
MOURA, M. S. S.; GIANNELLA, V. A arte de escutar: nuances de um campo de práticas e de
conhecimento. Revista Terceiro Incluído, v. 6, n. 1, 2016. p. 9-24.
PELISSARI, C. Os seis desafios do formador. Revista Avisa lá, n. 30, abr. 2007. Disponível
em: https://avisala.org.br/index.php/assunto/reflexoes-do-professor/os-seis-desa-
fios-do-formador. Acesso em: 15 maio 2023.
PRODANOV, C. C.; FREITAS, E. C. de. Metodologia do trabalho científico. 2. ed. Novo
Hamburgo: Feevale, 2013.
SANTOS, A. M. R. Planejamento, avaliação e didática. São Paulo: Cengage Learning, 2016.
SÃO PAULO (Decreto nº 54.297) https://www.al.sp.gov.br/repositorio/legislacao/de-
creto/2009/decreto-54297-05.05.2009.html
SÃO PAULO (Decreto nº 57.141) https://www.al.sp.gov.br/repositorio/legislacao/de-
creto/2011/decreto-57141-18.07.2011.html
SÃO PAULO (Decreto nº 64.187) https://www.al.sp.gov.br/repositorio/legislacao/de-
creto/2019/decreto-64187-17.04.2019.html
37/58
SHULMAN, L.S. Knowledge and teaching: foundations of the new reform. Harvard Educ. Rev.,
v. 57, n. 1, p. 1-23, 1987.
SHULMAN, L. S. Those who understand: knowledge growth in teaching. Educ. Res., v. 15, n. 2,
p. 4-14, 1986.
TARDIF, Maurice. Saberes docentes e a formação profissional. 14. ed. Petrópolis: Vozes, 2012.
VELLOSO, A.; LANNES, D.; BARROS, S. O papel do tutor na EaD. Tutoria a distância: diferen-
tes funções, diferentes competências. Educação Pública, 2013. Disponível em: https://edu-
cacaopublica.cecierj.edu.br/artigos/13/39/o-papel-do-tutor-na-ead-tutoria-a-dista-
circncia-diferentes-funccedilotildees-diferentes-competecircncias. Acesso em: 5 jul. 2023.
38/58
ANEXO – GUIA DE
FUNCIONALIDADES DO
APLICATIVO CMSP
39/58
Divisões de turmas
40/58
41/58
Visão Formador EFAPE
42/58
Visão Professor Multiplicador
ACESSO AOS
CANAIS DE
TURMA - VISÃO
MULTIPLICADOR
43/58
Gravação de aulas
44/58
45/58
46/58
Demais recursos disponíveis
47/58
48/58
49/58
50/58
51/58
Cadastro de tarefas
52/58
53/58
54/58
55/58
56/58
57/58
58/58