Camilo PCC 2023 - 083306

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INSTITUTO SUPERIOR DE ARTES E CULTURA

Faculdade de Artes
Licenciatura em Artes Plásticas
IIº Semestre, IIIº Ano
Cadeira: Património Cultural e Conservação

Tema: Ficha de leitura sobre origens dos monumentos

Discente: Docente:
Camilo Enoque Obadias Bila Dr. Lopes Massango

Matola, Setembro de 2023


Introdução

Neste trabalho, apresento de uma forma detalhada às abordagens sobre as origens dos
monumentos, que, em linhas gerais facilitam na identificação dos pontos chaves do
desenvolvimento e a autonomia dos patrimónios. Entretanto, este trabalho é fruto de uma leitura
minuciosa e eficaz do material partilhado.
Referências Bibliográficas

CHOAY, Françoise, As Questões do Património: Antologia para um combate, Edições 70, Lisboa,
2011, pág. (15-39).

CHOAY, Françoise, A Alegoria do Património, Edições 70, Lisboa, 2010, pág. (11-31)
Resumo

A nossa sociedade, que está constantemente em transformação, nos deparamos com situações
explícitas que fazem os nossos modos viventes permanentes que facilitam as gerações vindouras
a ter contacto com as mesmas. Por isso, a este princípio, refere-se ao Património todo bem da
herança que passa, de acordo com as leis, dos pais e das mães para os filhos. Este conceito surge
na França nos meados do século XX e em diante na Itália e Inglaterra, também que foram
introduzidas os primeiros esboços de conceitos sobre os monumentos históricos. Contudo, estes
conceitos estão associados ao movimento artístico Renascimento.
O termo monumento derivado do latim, que significa advertir, recordar e sustenta a memória viva.
Na alegria do património, refere-se a todo artefacto edificado por uma sociedade para se
recordarem e fazer recordar as gerações vindouras.

Segundo Choay, monumento é todo artefato deliberadamente concebidos e realizados por uma
comunidade humana, no sentido de fazer lembrar á memória viva, orgânica e afetiva dos seus
membros, pessoas, crenças, ritos ou regras sociais constitutivos da sua identidade. Em comparação
com a alegoria do património, importa referir que o monumento tem finalidade de fazer reviver no
presente um passado engolido pelo tempo e que exige um conjunto de objectividade e congelado
pelo saber que obriga uma conservação incondicional. A destruição positiva, quando uma
sociedade dá permissão para demolição de um monumento que perdeu o seu significado memorial
e identificadora, enquanto que a destruição negativa é referente a demolição de uma cultura externa
apartir dos seus monumentos, basta demolir os monumentos.

Seguidamente, os textos estabelecem aqui uma ligação, que de alguma forma aniquilaram o
desenvolvimento dos monumentos, o facto da invenção da tipografia que colocou alguns feitos em
desuso como a arquitetura, conhecida como a parte chave para a construção dos monumentos.
Segundo Victor Hugo, afirma que a invenção da impressa mortalizaram os monumentos, que
aferiram novas formas de conservação do passado derigido á sensibilidade mais abstracta.
Quatrunere, também salienta também que, pode se designar um edifício que construído para
eternizar a recordação das coisas memoriais que se tornaram magníficas das cidades e que se
aplicam a diversos edifícios.

A priori, o monumento histórico designa da construção intelectual, com significação abstrato de


saber, relacionado coma arte invocando uma estética de uma experiência que existe. Presumem
que foi na Itália no século XIX que elaboraram os primeiros esboços sobre a concepção
monumental histórico mas que veio a ser desenvolvido e enriquecido por alguns países europeus
mais próximos.

Segundo Garin citado por CHOAY, (...), a revolução cultural marca a globalidade das dimensões
societárias verificadas ao longo da história na sequência de certos acontecimentos, transformação,
evoluções de ordem mental e técnica. Deste modo, o termo monumento é associado às artes visuais
perante as renovações técnicas que marcaram a evolução de vários campos de estudo. Contudo, a
primeira revolução cultural marca o relaxamento Italiano dominado pelos ideias do teocentrismo
(Deus, centro de todas coisas), dividido pelas sociedades católicas cristãs europeias, por isso, neste
contexto às artes plásticas como um conjunto de práticas técnicas determinavam o belo, na
preservação dos monumentos antigos investidos.

Segundo Viollet citado por CHOAY (pág. 31), defendia que para conservar um edifício, a forma
correta é encontrar a sua funcionalidade nas técnicas modernas. O termo Património mais usado
na França para designar monumentos históricos e seguidamente em 1959, por André Malraux,
aprovou o termo Património cultural, referente a civilização. Nas ideias de Malraux, não pode
haver cultura se não há lazer, sendo cultura um objecto de consumo que é distribuído pelos
animadores. Enquanto para Ruskin, os monumentos do passado são sagrados e intocáveis, por isso,
não podem ser restaurado porque estaríamos a espera de uma destruição que um edifício pode
sofrer, em contrapartida Viollet, ignora a cultura de manutenção, então reafirma que ao restaurar
um edifício é como se estivéssemos a deixá-lo num bom estado e que nunca tinha existido.

Em diante, na Inglaterra surgiu um termo Heritage, sinônimo do património com um valor


axiológico do bem de herança. Mais uma revolução cultural fluiu nos meados do século XX, que
visava resgatar o que a II Guerra Mundial tinha destruído, novos poderes foram propostos para
que o envolvimento progressivo das sociedades humanas, a ruptura com a duração e o uso de
memória viva normalizada perante as culturas mediantes as sua diferenças. Mais tarde, nos anos
70 do século XX, os monumentos históricos estavam relacionados a uma parte de herança
evolucionista interligados por anexo de novos bens.

Conclusão

Após ter lido, os textos referentes a introdução do património, constatei que, os patrimónios que
estava sociado a uma herança familiar, hoje é notório que ao ser invocado e convocado nos faz
reviver o passado. Entretanto, durante a leitura, fiquei descontente quando CHOAY, relata que,
em 1931 realizou-se o a primeira conferência internacional sobre a conservação artística e
histórica, dos monumentos que todos os participantes eram sem exceção todos europeus. Então, a
este posicionamento a minha crítica reside em repudiar este facto e parece que somente os europeus
continham monumentos ou de quê todos monumentos existentes a nível mundial são dirigidos por
eles, e idem para a segunda conferência, portanto, os europeus não podem privatizar os encontros
internacionais a favor deles, porque os outros continentes tem os seus contributos em prol dos
assuntos debatidos. Concordo com Ruskin, que debruça sobre a conservação dos monumentos
passados como sagrados e intocáveis, a este ponto de partida, os monumentos históricos devem
sim ser considerados sagrados e intocáveis para garantir a sua originalidade e facilitar a
transmissão de informação ou conhecimento para as gerações vindouras. Realçar que, entre
séculos XII e XVIII, um arquiteto francês á serviço do Luís VIII, propôs uma destruição dos
edifícios incluindo igrejas da capital francesa feitas na arquitetura gótica. Perante este proposta,
notei que havia ausência de conservação e valorização dos edifícios, consequentemente esses
mesmos edifícios tiveram que ser preservados por algumas individualidades particulares como
coleções.

Em linhas gerais, creio que estes todos pontos debatidos eenvolta dos monumentos, devem ser
aplicáveis em todos países para garantir o conhecimento e a difusão dos mesmos, que
consideramos os monumentos como um universo cultural.

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