FISIOLOGIA
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Classificação
Categorias Indicadores Padrões Nota
Pontuação
do Subtotal
máxima
tutor
Capa 0.5
Índice 0.5
Estrutura
Aspectos Introdução 0.5
organizacionais Discussão 0.5
Conclusão 0.5
Bibliografia 0.5
Contextualização
(Indicação clara do 1.0
problema)
Descrição dos
Introdução 1.0
objectivos
Metodologia
adequada ao 2.0
objecto do trabalho
Articulação e
domínio do
discurso académico
2.0
Conteúdo (expressão escrita
cuidada, coerência /
coesão textual)
Análise e Revisão
discussão bibliográfica
nacional e
2.0
internacional
relevante na área de
estudo
Exploração dos
2.0
dados
Contributos
Conclusão 2.0
teóricos práticos
Paginação, tipo e
tamanho de letra,
Aspectos
Formatação paragrafo, 1.0
gerais
espaçamento entre
linhas
Normas APA Rigor e coerência
Referências 6ª edição em das
4.0
Bibliográficas citações e citações/referências
bibliografia bibliográficas
Folha para recomendações de melhoria: A ser preenchida pelo tutor
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Índice
Introdução.............................................................................................................................. 5
b) Metodologia .................................................................................................................... 5
c) Estrutura ......................................................................................................................... 5
1.4.5. Intensidade............................................................................................................. 11
Conclusão ............................................................................................................................ 14
O trabalho foi desenvolvido em uma série de etapas dentre as quais citamos: pesquisas
bibliográficas baseada em referências teóricas como livros, internet e revistas acadêmicas
que possibilitaram um suporte na construção do trabalho. É de salientar que o trabalho é
qualitativo-exploratório.
c) Estrutura
Quanto à estrutura, o trabalho apresenta um tema. Porém, a produção textual é precedida com
a introdução, onde estão definidos os objectivos, a metodologia e o desenvolvimento. Não
menos importante, os elementos pré-textuais e pós-textuais são devidamente apresentados.
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1. Noção de adaptação fisiológica
a) A adaptação é uma propriedade do ser humano, partilhada também por outros seres
vivos e que lhes permitem suportar a “dura tarefa“ de se manterem vivos,
ultrapassando as dificuldades que constantemente o põem à prova, na sua relação com
um meio em permanente mudança, nomeadamente nas situações particulares de
empenhamentos mais intensos, como pode ser o caso da actividade desportiva e, neste
caso particular, o desempenho desportivo.
b) Adaptações fisiológicas: estão relacionadas com mudanças no metabolismo dos
organismos. Quando ocorrem mudanças no ambiente, alguns órgãos desses seres vivos
funcionam de forma diferente.
c) Anatomia é a ciência que se ocupa do estudo da estrutura, da forma e da morfologia
dos diferentes elementos constituintes do corpo humano.
O estudo da anatomia não é dissociável do da fisiologia. Esta estuda a função, o
funcionamento “normal” dos diferentes constituintes do corpo humano, entendidos como
estruturas dinâmicas.
Decorrente dos dois parágrafos anteriores, entende-se o facto de o presente texto sobrelevar
uma perspectiva anatomofisiológica. Clarificando um pouco melhor a questão terminológica,
podemos referir que o estudo morfofuncional do organismo humano se pode fazer a vários
níveis: o químico, o ultra estrutural celular, o celular, o dos tecidos, o dos órgãos e o dos
sistemas.
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A nível químico, consideram-se as diferentes reacções e interacções ao nível dos átomos e das
moléculas. A estrutura química de uma molécula é determinante da sua função. Um pouco
mais adiante compreenderemos a importância da bioquímica no estudo da resposta adaptativa
em treino desportivo.
O nível ultra estrutural celular (organelos), objecto de estudo apenas com o auxílio de
microscopia electrónica, compreende os diferentes constituintes da célula. A célula é
constituída por organelos. Por exemplo, o núcleo é um organelo que contém a informação
responsável pela hereditariedade. A mitocôndria é um organelo onde se processam as
reacções aeróbias geradoras de energia.
O nível celular compreende o estudo da célula enquanto unidade básica estrutural e funcional.
O conhecimento das características das diferentes células é fundamental para a compreensão
da fisiologia dos tecidos, órgãos e sistemas. Por exemplo, a célula muscular (fibra muscular)
possui características próprias que determinam as características funcionais e adaptativas do
tecido muscular.
A um conjunto de células que possuem unidade estrutural e que desempenham a mesma
função designa-se tecido. Logo, “tecido” é um conjunto de células que contribuem no seu
conjunto para a mesma função e que possuem identidade estrutural. O tecido muscular é disso
um exemplo. No nosso organismo existem vários tipos de tecidos. Os básicos são o epitelial,
o conjuntivo, o nervoso, além do já referido tecido muscular.
Um ou mais tipos de tecidos podem interagir para a efectivação de uma função comum. Neste
caso, estamos na presença de um órgão. Portanto, órgão é um conjunto de um ou mais tipos
de tecidos que actuam para um fim comum. O coração é um órgão, também o é o músculo
cujos constituintes são compostos maioritariamente por tecido muscular e conjuntivo.
Ao conjunto de órgãos que apresentam funções comuns designa-se aparelho. Quando, para
além de apresentar funções comuns, associa a semelhança estrutural, estamos na presença de
um sistema.
Organismo designa o ser vivo considerado como um todo. Como facilmente se depreende, o
organismo humano é complexo, possui uma organização funcional constituída por células,
tecidos, órgãos, aparelhos e sistemas, interdependentes.
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1.2.Relação estímulo – adaptação
De acordo com Plowman (2009), o ser humano tem capacidade para reagir a estímulos.
Quando estes possuem determinadas características, ocorrem fenómenos de adaptação. Por
estímulo entende-se um factor, interno ou externo ao organismo, que determina uma resposta
específica de um sistema, aparelho, órgão ou tecido excitável. Em biologia, são inúmeros os
estímulos capazes de provocar as mais diversas respostas orgânicas: nervosas, endócrinas,
metabólicas, entre outras. Os estímulos internos, regra geral, concorrem para a unificação,
integração e coordenação dos processos orgânicos. Em suma, para a manutenção do equilíbrio
do meio interno: homeostasia.
A importância da estabilidade do meio interno foi enfatizada pelo fisiologista francês Claude
Bernard (1813-1878) que já em 1859 havia postulado a necessidade de manter dentro de
limites estreitos a estabilidade do meio interno do organismo. Referiu ainda que os animais
superiores (complexos pluricelulares), mercê dos mecanismos homeostáticos, poderiam
manter-se vivos mesmo perante significativas variações do meio (condições externas). A
designação de homeostasia, do grego homeo (mesmo) e stasis (estado), coube ao fisiologista
norte-americano Walter Cannon (1871-1945), distinto seguidor dos trabalhos de Bernard.
Neste contexto, entende-se por homeostasia a forma dinâmica como o organismo humano
mantém o seu equilíbrio interno em relação com o meio. No âmbito da actividade física, e
particularmente no do treino desportivo, a adaptação ao esforço desenvolve-se mediante a
utilização de estímulos de origem externa que, quando administrados segundo critérios pré-
estabelecidos, perturbam o equilíbrio homeostático e podem proporcionar o acesso ao
objectivo último do treino, ou seja: um estado de adaptação conducente à obtenção de um
elevado nível de rendimento desportivo.
Segundo Powers (1994), em treino desportivo, o estímulo designa-se carga de treino. Esta
possui características particulares que, uma vez conhecidas e ponderadas, influenciam os
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critérios utilizados na sua administração. As características particulares da carga de treino
podem ser consideradas a dois níveis: as intrínsecas e as extrínsecas.
As intrínsecas não são modificáveis pelo treinador, importando apenas conhecê-las.
Consubstanciam as características que toda e qualquer carga de treino possui na sua estrutura
e que não podem ser alteradas. Os treinadores conhecem-nas por “leis da carga de treino”.
Importa, isso sim, através do conhecimento da sua existência utilizá-las na direcção desejada e
assim influenciar favoravelmente o processo adaptativo.
As extrínsecas são modificáveis pelo treinador. Constituem a base fundamental do processo
prescritivo e caracterizam-se por factores de ordem quantitativa e qualitativa. Os treinadores
conhecem-nas por “componentes da carga de treino”.
Powers (1994), as características intrínsecas e extrínsecas da carga de treino podem ser vistas
à luz de uma explicação eminentemente fisiológica. De uma forma puramente didáctica,
podemos referir que, no âmbito das características intrínsecas da carga de treino, reconhece-se
a reversibilidade, a especificidade e a retardabilidade.
Estas características encontram perfeita semelhança e compreensão nos já referidos estímulos
fisiológicos na sua mais ampla acepção. Vejamos.
1.4.1. Reversibilidade
Todo e qualquer estímulo possui um efeito orgânico mais ou menos duradouro. Estímulos
há que provocam um estado de adaptação irreversível, ainda que aplicados uma única vez.
Damos como exemplo algumas infecções virais que, perturbando temporariamente a
homeostasia, permitem um posterior estado de adaptação que se caracteriza pela obtenção
de uma imunidade “vitalícia”. Este é o princípio da vacinação. O treino desportivo, ao
invés, utiliza estímulos que se caracterizam por possuírem uma significativa
reversibilidade, razão pela qual os seus efeitos perduram pouco, sendo necessário reaplicá-
los periodicamente. Toda e qualquer carga utilizada em treino, embora de forma e com
tempos diferentes, comportam reversibilidade.
1.4.2. Especificidade
A carga de treino apresenta características próprias que lhe concedem a possibilidade de
estimularem níveis específicos de adaptação. Neste âmbito, pode ser questionado se a
especificidade é uma característica própria, intrínseca à carga, ou se é algo que o prescritor da
actividade (treinador) modifica, direccionando desta forma o nível de adaptação desejado.
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Estamos convictos de que a especificidade da carga é conferida pela relação existente entre as
suas diferentes componentes, conceitos que clarificaremos um pouco mais adiante. As
componentes, bem como os critérios com que são inter-relacionadas e aplicadas, dependem
exclusivamente das opções metodológicas do treinador. Neste sentido, podemos considerar a
especificidade como característica modificável. No entanto, uma vez estabelecido o estímulo
e o critério de aplicação, a especificidade é algo que é estruturalmente intrínseco à carga ou
estímulo. Qualquer tipo de actividade motora, mesmo não programada, contém especificidade
intrínseca. Aliás, o mesmo ocorre com a reversibilidade, já referida, e com a retardabilidade,
que passaremos a referir.
1.4.3. Retardabilidade
Pate (2004), em treino desportivo, os efeitos da estimulação não se fazem sentir de forma
imediata. Ou seja, existem diferenças temporais, determinadas pela dinâmica (estruturação) da
carga de treino, para que se expressem no organismo os reais efeitos, benéficos ou maléficos,
dessa estimulação. De facto, a periodicidade óptima de estimulação não é a mesma para
todo e qualquer estímulo. Esta questão prende-se com o conceito de adaptação aguda e
adaptação crónica, abordado um pouco mais adiante. Interessa agora realçar que todo e
qualquer estímulo utilizado no processo de treino, provoca alterações homeostáticas que se
caracterizam por ajustamentos imediatos, resposta imediata ao estímulo, e por efeitos
retardados que, manifestando-se em tempos diferentes para cargas também diferentes,
constituem uma característica intrínseca à própria carga que, para efeitos prescritivos, importa
conhecer.
No âmbito das características extrínsecas da carga de treino, importa, como já foi referido,
considerar as suas componentes. Porque as diferentes componentes da carga de treino se
influenciam mutuamente, a sua divisão e apresentação parcelar apenas se justifica no plano
meramente didáctico. Neste contexto, por componentes da carga de treino entendem-se: o
volume, a intensidade, a densidade e a complexidade.
1.4.4. Volume
Traduz a componente quantitativa da carga de treino. Expressa-se, na maior parte dos casos,
através do tempo de permanência do estímulo. Tomemos como exemplo um esforço de
corrida contínua com a duração de 30 minutos. Neste caso, o volume pode ser expresso pelo
tempo de atividade (30 minutos), mas também pode ser expresso pelo número de metros
percorridos. No entanto, se o expressarmos pelo número de metros, não estamos a caraterizar
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apenas o volume, mas também a intensidade a que esse volume foi cumprido. Neste caso,
uma maior intensidade de esforço no decurso dos 30 minutos repercutir-se-á sempre num
maior número de metros percorridos.
1.4.5. Intensidade
Pate (2004), traduz a componente qualitativa da carga de treino. Pode ser expressa de várias
formas. A velocidade a que se realiza determinado exercício ou a magnitude da resistência a
vencer (por exemplo, peso de um haltere) para o caso específico do treino da força são apenas
dois exemplos possíveis, comummente utilizados pelo treinador. Numa perspectiva
fisiológica, identificável com a noção de carga interna, conceito que abordaremos um pouco
mais adiante, também múltiplas são as possibilidades para a caracterização da intensidade,
materializada através da utilização de variadíssimos parâmetros fisiológicos e bioquímicos,
cuja selecção depende do que se pretende caracterizar e que assumem maior ou menor
sofisticação consoante os meios tecnológicos disponíveis. Aqueles que mais se têm vulga-
rizado na vertente aplicativa do treino são a frequência cardíaca, a lactatemia e o consumo de
oxigénio. A percepção subjectiva de fadiga, também designada de percepção subjectiva de
esforço, da terminologia anglo-saxónica perceived exertion, constitui um procedimento que,
quando convenientemente utilizado, pode fornecer importantes indicações globais sobre o
impacto fisiológico da carga de treino. Mais adiante, abordaremos com algum detalhe as
formas enunciadas anteriormente para a caracterização da intensidade.
1.4.6. Densidade
Plowman (2009), Podemos aceder a esta componente da carga de treino através do quociente
entre o tempo útil e o tempo total de treino. A densidade fornece informações complementares
ao volume e à intensidade, uma vez que estabelece uma relação quantitativa entre os períodos
de actividade e as respectivas pausas. Em primeira análise, pode apresentar-se como
redundante às duas componentes referidas anteriormente (volume e intensidade). No entanto,
particularmente no treino das diferentes formas de manifestação da resistência, trata-se de
uma abordagem possuidora de múltiplas potencialidades, pela diversidade possível nas suas
aplicações.
1.4.7. Complexidade
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Conclusão
Feito a pesquisa conclui-se que, a noção de adaptação fisiológica e carga de treino como um
estímulo fisiológico previsível e controlável são fundamentais para o entendimento do
processo de melhoria do desempenho físico. Ao submeter o corpo a uma carga de treino,
estamos desafiando o equilíbrio homeostático, levando o organismo a se adaptar e a se tornar
mais eficiente.
Quando nos exercitamos, estamos aplicando uma carga de estresse ao nosso corpo. Esse
estresse é percebido pelo organismo como uma perturbação do seu estado de equilíbrio
interno, ou homeostase. Em resposta a esse estímulo, o corpo inicia uma série de adaptações
fisiológicas para lidar com o estresse e restaurar o equilíbrio.
Essas adaptações podem incluir o aumento da capacidade cardiovascular, o fortalecimento
muscular, a melhoria da eficiência metabólica, entre outras. Com o tempo e a repetição do
estímulo, o corpo se torna mais capaz de lidar com a carga de treino, resultando em melhorias
no desempenho físico.
É importante entender que a carga de treino precisa ser progressiva e controlada para que as
adaptações fisiológicas ocorram de forma positiva. Isso significa que é necessário ajustar a
intensidade, densidade, volume, complexidade, especificidade, reversibilidade e frequência do
treinamento ao longo do tempo para continuar desafiando o corpo e promovendo melhorias.
Essa compreensão da relação entre a carga de treino, as adaptações fisiológicas e o equilíbrio
homeostático é essencial para atletas, treinadores e profissionais de educação física na
elaboração de programas de treinamento eficazes e seguros.
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Referências bibliográficas
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and clinical implications. Exercise Sport Science Reviews, New York.
Pate, R.P.; Durstine, J.L., (2004:881). Exercise physiology and its role in the clinical
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Plowman, S.A.; Smith, D.L., (2009). Fisiologia do exercício para saúde, aptidão e
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Wilmore, J.H.: Costill, D. L., (2010). Fisiologia do esporte e do exercício Barueri:
Manole.
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