Trabalho - Fundamentos Da Educação A Distância

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Assunto: Fundamentos da Educação a Distância

A partir de Keegan (1986), González (2005, p. 33), quais são os três elementos que costuma
identificar a EAD?

Vários autores apontam características básicas do processo de Educação a Distância que,


apesar da falta de homogeneidade, permitem uma formulação mais clara do conceito:

- Moore e Kearsley (1996) definem EAD como a comunicação entre alunos e professores
mediada por documentos impressos ou por alguma forma tecnológica;
- Sarramona (1986) define a EAD como um processo que exige todas as condições inerentes a
qualquer sistema educacional, a saber: planejamento, orientação do processo e avaliação;
- Aretio (1990) destaca que a EAD é um sistema tecnológico e de comunicação de massa
bidirecional, que substitui a integração pessoal, em aula, de professor e aluno, como meio
preferencial de ensino, pela ação sistemática e conjunta de diversos recursos didáticos e o
apoio de uma organização tutorial, que propiciam a aprendizagem autônoma do aluno.

A partir de Keegan (1986), González (2005, p. 33) costuma identificar a EaD a partir de três
elementos:

1. professor e aluno estão separados no espaço e/ou tempo;

2. o controle do aprendizado é realizado mais intensamente pelo aluno do que pelo instrutor
(professor/tutor) distante no espaço;

3. a comunicação entre alunos e professores é mediada por documentos impressos ou alguma


forma de tecnologia.

Atualmente, a tecnologia é uma parte essencial para a EaD. No entanto, ao pensarmos


nos programas visando à formação do aluno indivíduo, devemos focalizar mais as
necessidades instrucionais dos aprendizes do que a própria tecnologia.

Gunawardena e McIsaac (2004) apontam a EaD como um movimento global, sendo


desenvolvido e disseminado em vários lugares do mundo, unindo pessoas e nações em prol da
formação. Em uma perspectiva histórica do século XX, Peters (2000) identifica o objetivo da
EaD como sendo a formação para o trabalho, nomeando este período de a “Era industrial”.
Recentemente, o foco tem sido o processo ensino-aprendizagem, para o qual se investigam
conteúdos e formas de comunicação particulares e eficazes para esta modalidade.

Tal como ocorre na educação presencial, algumas teorias influenciaram e ainda


influenciam o campo da EaD, são elas: o modelo industrial da Educação a Distância;
Conversa Didática; Independência e Autonomia; Distância Transacional; Controle; Contexto
Sociocultural e Presença Social.

Segundo Keegan (1996), os elementos centrais dos conceitos de EAD são: separação física
entre professor e aluno, que distingue o EAD do ensino presencial; influência da organização
educacional (planejamento, sistematização, plano, projeto e organização rígida), que a
diferencia da educação individual; uso de meios técnicos de comunicação, usualmente
impressos, para unir o professor ao aluno e transmitir os conteúdos educativos; comunicação
de mão-dupla, onde o estudante pode beneficiar-se da iniciativa no diálogo; possibilidade de
encontros ocasionais com propósitos didáticos e de socialização; e participação de uma forma
industrializada de educação, potencialmente revolucionária.

Este tipo de educação/aprendizado transforma a relação tradicional na sala de aula. O conceito


de autoridade do professor e seu domínio sobre o processo de ensino transformam-se em
compartilhamento do aprendizado. Surge uma nova interface entre alunos e professores,
mediada pelas tecnologias computacionais, como a Internet. Neste novo modelo de educação,
os instrutores desempenham mais o papel de facilitadores do que de especialistas, pois os
cursos serão menos estruturados e mais personalizados, cabendo aos próprios alunos cuidar de
sua instrução. Estes conceitos reforçam a ideia de que os alunos aprenderão por fazer e não
por memorização (Maia, 2003).

Dada a situação atual do ensino no Brasil, a EAD poderia ser utilizada como uma forma de
ampliação do alcance dos cursos ministrados pelas Instituições de Ensino, proporcionando
maiores chances de ingresso aos alunos interessados.

Uma vez que aprender se tornará uma atividade a ser prolongada por toda a vida, é preciso
buscar desenvolver um ambiente que permita o compartilhamento de experiências entre os
envolvidos neste processo, a fim de criar comunidades de aprendizagem. O comprometimento
de alunos e professores envolvidos será decisivo neste processo de ensino. Mas, apesar de
toda tecnologia existente e disponível, não devemos nunca deixar de ter em mente que o
elemento fundamental continua sendo o humano.
Referências Bibliográficas

ARETIO, J. Un concepto integrador de ensenansa a distância. In: INTERNATIONAL


CONFERENCE ON DATA ENGINEERING, 8º, 1990. Caracas. Anais. Caracas: ICDE, 1990.

KEEGAN, D. Foundations of Distance Education. London: Routledge, 1996.

MOORE, M. e KEARSLEY, G. Distance Education – A Systems View. Belmont: Wadsworth,


1996. 1ª edição.

SARRAMONA, J. Sistemas no presenciales y tecnologia educativa. Castillejo y otros.


Tecnologia educacional. Barcelona: CEAC, 1986.

GONZALES, M. Fundamentos da Tutoria em Educação a Distância. São Paulo: Avercamp,


2005.
GUNAWARDENA, C.N., MCISAAC, M. S. Distance Education in Handbook of Research
on Educational Communications and Technology: A Project of the Association for
Educational Communications and Technology,Por David H. Jonassen, Association for
Educational Communications and Technology, Lawrence Erlbaum Associates, 2004.
KEEGAN, D. The foundations of distance education. 2 ed.. London: Routledge, 2002.

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