Formação de Tutores EAD
Formação de Tutores EAD
Formação de Tutores EAD
MANCHETE DO MDULO...........
EDUCAO A DISTNCIA
Vamos Refletir?
Glossrio
Blogs* : uma pgina da
Web, cuja estrutura permite a atualizao rpida a
partir de artigos conhecidos como posts.
Ciberespao** : Espao ou
conjunto das comunidades
de redes de comunicao
entre computadores, sendo
a internet a mais conhecida.
BIOGRAFIA
Pierre Lvy
filsofo. Nasceu
em 1956, na cidade
de Tnis (Tunsia). Realizou seus
estudos na Frana,
doutorou-se em Sociologia e em Cincias da Informao
e da Comunicao.
Lecionou em vrias
universidades de
Paris e Montreal. Atualmente
professor da UQTR
(Universit du
Qubec TroisRivires), na cidade
de Quebec, Canad. Presta servio
a vrios governos,
organismos internacionais e grandes
empresas sobre as
implicaes culturais das novas
tecnologias. autor
de uma dezena de
obras filosficas
sobre a cultura do
mundo virtual e as
novas tecnologias.
Gerao da Tecnologia
A gerao de crianas e jovens, definida
por Prensky (2001) como Gerao Digital e
por Buckingham (2000), Gerao Net, tem
como caracterstica principal a realizao de
vrias atividades simultaneamente ao mesmo
tempo, como a construo e compartilhamento de arquivos como vdeos, fotos, msicas e
outros documentos; a criao de blogs*, a construo e mediao de comunidades virtuais e
outras formas de atuao no mundo virtual. .
Enfim, vivem imersos no Ciberespao**.
Pesquisadores, alardeiam que a tecnologia est transformando profundamente a educao, desafiando as definies existentes
de conhecimento, oferecendo novas maneiras de motivar aprendizes relutantes e proporcionando incessantes oportunidades de criatividade e inovao.
H um conjunto de afirmaes pretensiosas como estas
que existem desde muito antes do advento dos computadores. Os
primeiros defensores do uso de filmes e da televiso na educao,
por exemplo, fizeram previses igualmente fantsticas de que esses
meios trariam mudanas profundas na natureza da aprendizagem e,
sem dvida, de que a prpria escola, em breve, se tornaria redundante. Sancho e Hrnandez (2006) ponderam afirmando que se a
Educao dependesse somente das tecnologias, j teramos encontrado as solues para a melhoria da qualidade h muito tempo.
No entanto, o uso cotidiano das TICs (Tecnologias da Informao e Comunicao) faz emergir um novo saber-fazer, um
novo modo de se relacionar com as pessoas.com a informao e com
as formas de construo do conhecimento. Pierre Lvy (1999) em
seu livro A Inteligncia Coletiva, disserta sobre a magia dos mundos virtuais ao alcance de todos:
A fuso das telecomunicaes, da informtica, da imprensa, da edio, da televiso, do cinema
e dos jogos eletrnicos em uma indstria unificada
da multimdia o aspecto da revoluo digital que
os jornalistas mais enfatizam. Mas no o nico,
nem talvez o mais importante. Alm de certas repercusses comerciais, parece-nos urgente destacar os
grandes aspectos civilizatrios ligados ao surgimento
da multimdia: novas estruturas de comunicao, de
regulao e de cooperao, linguagens e tcnicas intelectuais inditas, modificao das relaes de tempo e espao, etc. (p.13)
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(http://empreendedorismoms.files.wordpress.com/2009/06/www.jpg)
Glossrio
Behaviorismo o conjunto
das teorias psicolgicas
(dentre elas a Anlise do
Comportamento, a Psicologia Objetiva) que postulam
o comportamento como o
mais adequado objeto de
estudo da Psicologia.
b) Conversa Didtica
Segundo esta teoria, os desenvolvedores dos cursos de
EaD so responsveis pela criao de materiais instrucionais dialgicos, nos quais os textos impressos e digitais devem possuir
uma linguagem simples, porm, no reducionistas do contedo
levando em considerao os objetivos educacionais da formao.
Holmberg (2001) utiliza como metfora para a construo destes materiais pedaggicos a simulao de uma conversa com
o aprendiz, visando facilitar a compreenso dos temas a serem
apreendidos, incentivando o autoestudo.
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c) Independncia e Autonomia
As teorias acerca da independncia e autonomia enfatizam o estudo ou a aprendizagem independente. Gunawardena e
McIsaac (2004) destacam os seguintes elementos essenciais para
a aprendizagem independente:
1) Responsabilidade do estudante pela prpria
aprendizagem
Embora este item seja apontado como uma caracterstica
primordial para os alunos que desejam estudar pela modalidade EAD, necessrio que a coordenao pedaggica oferea,
no incio do curso ou no incio de cada disciplina, informaes
que sero essenciais para que o aluno tenha responsabilidade e
autonomia sobre sua aprendizagem, como o planejamento das
atividades, os prazos para sua realizao e os materiais de apoio
que sero disponibilizados. ,
2) Disponibilidade para instruo
Este item parece ser controverso, tendo em vista ser a principal caracterstica da EAD a flexibilidade relacionada a tempo
e espao. Entretanto, durante o desenvolvimento das disciplinas
do curso, ser necessrio estabelecer uma forma de comunicao
entre o aluno e o professor que dar as orientaes necessrias
para o estudo. Geralmente, este tipo de relacionamento entre os
agentes do processo ensino-aprendizagem tratado como tutoria, cujas vertentes sero apresentadas no decorrer do curso. Mas,
o importante aqui enfatizar que o aluno que estuda no regime
de EAD deve ter disponibilidade para, em algum momento, participar das atividades propostas pela tutoria, como uma tarefa em
grupo ou emitir rplica de uma postagem em um frum.
3) Combinao de mtodos e meios
importante oferecer nos cursos de EAD uma combinao de mtodos de estudos e meios de interao e comunicao
com o alunos. Existem cursos que precisam se adequar, at mesmo, s questes de fuso horrio dos alunos.
4) Adaptaes s diferenas individuais
Na EaD, importante levar em considerao as diferentes realidades dos alunos, a fim de no prejudicar sua aprendizagem , como, por exemplo, evitar o uso de regionalismos que
podem interferir no entendimento das mensagens enviadas e
comunicao das atividades propostas.
5) Variadas opes para iniciar os estudos
Embora este elemento seja desejvel na EaD, importan11
SAIBA MAIS
te frisar de sincronizar o incio de um curso de acordo com a disponibilidade do aluno exige que a estrutura de EAD oferecida tenha
uma equipe pronta para viabilizar essa necessidade educacional.
d) Distncia Transacional
Em 1986, Moore combinou a perspectiva de Otto Peters
com a perspectiva do terico Wedemeyer, que consistia na aprendizagem centrada no aprendiz e na interao entre os agentes de
ensino (professor-aluno), e formulou a teoria da distncia transacional. A maior contribuio desta teoria a definio de distncia, no como um fenmeno geogrfico, mas como um fenmeno
pedaggico que pode ocorrer em qualquer modalidade de ensino,
seja presencial ou a distncia, visto que pode existir em qualquer
relao pedaggica. Para Moore, a distncia ocorre quando o curso,
processo de formao, est mais voltado para a estrutura do que
para a relao dialgica entre o professor e o aluno.
e) Controle
O controle definido como uma oportunidade e habilidade em influenciar a mediao educacional, sua inteno
desenvolver vises de independncia: o foco principal de uma
educao a distncia.
O ponto chave desta abordagem proporcionar ao aprendiz independncia em alcanar os objetivos de aprendizagem
previamente estabelecidos.
f) Interao
Este tpico tem merecido ateno especial dos tericos
do campo da Educao e das relaes sociais. Primeiramente,
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BIOGRAFIA
o conceito de interao surgiu na Fsica, foi incorporado pelos
estudos de Psicologia Social, e atualmente, pelo campo da Informtica e tecnologias.
Vygotsky (1989) enfatiza o conceito de interao social,
evidenciando a dialtica entre o indivduo, sociedade, linguagem
e cultura sobre o processo ensino-aprendizagem. Desta forma, a
interao suporta as aes, visto que, atravs das trocas entre os
sujeitos, originam-se as funes mentais superiores, que sofundamentais para a interiorizao do conhecimento e/ou transformao
dos conceitos espontneos em cientficos. Primo (2007) conceitua
interao como a ao entre, opondo viso polarizada da comunicao (emissor/receptor).
g) Contexto Sociocultural
O papel do contexto sociocultural de fundamental importncia para o desenvolvimento dos aprendizes, pois, ao variarmos o
ambiente social, a apropriao do conhecimento tambm ser modificada. O desenvolvimento humano se d a partir da construo
ativa do conhecimento, ressaltando as infinitas possibilidades de
sentidos e significados para uma determinada temtica e enunciado.
De tal modo, o contexto sociocultural afeta a motivao, a atitude,
o ensino e a aprendizagem, principalmente quando o processo de
comunicao mediado por tecnologias, determinando uma relao
diversa da tradicionalmente conhecida pelos indivduos.
Importante
Voc sabia que as teorias abaixo fundamentam o processo de ensino aprendizagem
para a EaD?
A Teoria Construtivista, de Jerome Bruner;
A Teoria da Flexibilidade Cognitiva, de R.
Spiro;
A Teoria da Aprendizagem Significativa, de
D. Ausubel;
A Teoria da Atividade, iniciada por Vygotsky
e disseminada por seus seguidores Leontiev, Engestrom, entre outros;
A Teoria do Conhecimento ou Aprendizagem Situada, de J. Lave.
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Lev Semenovitch
Vygotsky
Pensador importante em
sua rea,foi pioneiro na
noo de que o desenvolvimento intelectual
das crianas ocorre em
funo das interaes
sociais e condies de
vida. Veio a ser descoberto pelos meios acadmicos ocidentais muitos
anos aps a sua morte,
em 1934.
Dicas:
Para conhecer as netiquetas visite os sites:
http://pt.wikipedia.org/
wiki/Netiqueta
http://www.abusar.org/rfc.
htm
h) Presena Social
A presena social considerada um fator preponderante
para a motivao e comunicao dos aprendizes e professores em
um curso na modalidade a distncia. Gunawardena e McIsaac
(2004, p. 363) descrevem-na como um constructo que compreende uma srie de dimenses relacionadas ao contato interpessooal, possibilitando o nvel de intimidade associado ao envolvimento presencial, como por exemplo: face a face, olho no olho,
um sorriso, um abrao...
Tu & McIsaac (2002), entre outros pesquisadores, relacionam a presena social ao nvel de satisfao e percepo da aprendizagem pelo aluno, entrelaando-a a outros fatores como: identidade coletiva, comunicao verbal e no-verbal e equidade social.
NetNetiquetas um conjunto de regras de etiqueta, comportamento que se recomenda adotar na Internet. Pallof e Pratt
(2004) recomendam as netiquetas como diretrizes a serem compartilhadas para o bom
desenvolvimento de um curso on-line, garantindo que a comunicao seja profissional
e respeitosa (p. 189). A netiqueta oferece
informaes necessrias sobre como escrever
no ambiente on-line, para que:
Seja compreendido claramente;
Transmita seus pontos de vista com eficcia;
Evite incomodar algum;
Evite parecer um iniciante na rede.
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Curiosidade
Educao Delivery
Foi a forma que que foi
apelidadaa entrega de
conhecimento educacional
via televiso e rdio. Educao Rpida.
4. Rdio e Televiso
O rdio foi desenvolvido durante a Primeira Guerra Mundial e a televiso, em 1950, como sistemas de delivery. Podem
ser usados para a instruo atendendo a um vasto nmero de
alunos ao mesmo tempo, nos lugares mais distantes, onde at
a correspondncia demora a chegar, proporcionando, tambm,
uma sensao de proximidade entre o aluno e a instituio disseminadora do processo de formao.
Atualmente, com a divulgao da TV a cabo e as antenas
parablicas, estes meios tm sido os mais utilizados na difuso
da informao. O rdio, ainda usado por vrios pases como um
meio suplementar aos materiais impressos e visuais.
Gunawardena e McIsaac (2004) destacam um dos desafios proporcionados pelo ensino difundido pelo rdio e televiso: o aprendiz pode ter dificuldade de refletir sobre a ideia ou
proposta apresentada no decorrer dos programas transmitidos,
e a ausncia de um facilitador da aprendizagem para dirimir as
dvidas, tambm pode ocasionar conflitos. No entanto, quando
o programa gravado em DVD ou VHS, o aluno j possui um
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Curiosidade
controle maior sobre o meio, possibilitando a pausa, o retorno e
outras aes, quando o contedo no estiver muito claro.
Mesmo assim, estes meios somente possibilitam a comunicao de um para muitos; a interatividade e a construo sobre
aquele material no so permitidas ao sujeito. A preocupao fundamental a de reproduzir e transmitir aulas tradicionais, com
professores apresentando seus materiais em formato audiovisual.
Do ponto de vista das interaes com os alunos, estes
programas so, em geral, acompanhados por materiais impressos, contendo textos e exerccios pedaggicos. As correes dos
exerccios so feitas ora por meio do correio, ora pelo anncio
das respostas corretas nos programas transmitidos, ou ainda pelo
gabarito proporcionado no final do material.
Outras iniciativas criativas e motivadoras em termos de comunicao procuram explorar mais a linguagem destes meios, estabelecendo formatos com discursos (visuais e/ou verbais) mais ricos
e que possibilitam maior identificao e envolvimento dos alunos.
De qualquer forma, so centrados diretamente na figura do professor, na produo de uma linguagem mais elaborada de apresentao
da informao e na transmisso de contedos. As participaes dos
alunos e dos instrutores (professores/tutores) pouco diferem do tradicional ensino por correspondncia: autoinstrucional e com mnima interatividade e dilogo entre os participantes.
Dicas
Acesse o site UAB (Universidade Aberta do Brasil)
www.uab.capes.gov.br
Para finalizar, importante ressaltar que ainda h discusses sobre a organizao das geraes da EaD. Ferrari (2002),
entre outros pesquisadores, afirma a emergncia da 4. Gerao,
que seria a Universidade Virtual:
As estratgias emergentes
no processo de criao de redes de
cooperao sinalizam uma quarta
gerao de EAD, onde o conceito de
universidade virtual operacionalizase no ciberespao. O maior desafio
de natureza comportamental. Hbitos de trabalho em rede esto sendo
desenvolvidos. A integrao s competncias acadmicas e tecnolgicas de outras instituies processase com recursos de colaborao via
rede, exigindo evoluo e criao de
sistemas baseados em plataformas
abertas (Universidade Virtual Brasileira, 2001).
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Referncias Bibliogrficas
BUCKINGHAM, D. WILLETT, R. (eds.). Digital Generations: Children, Young People, and the New Media. Londres:
Routledge, 2006.
FERRARI, F. Anlise de Modelo de orientao de pesquisa: um
estudo de caso no laboratrio de ensino a distncia da Universidade Federal de Santa Catarina. Dissertao de Mestrado, 2002.
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de Janeiro: Vieira & Lent, 2006.
GUNAWARDENA, C.N., MCISAAC, M. S. Distance Education in Handbook of Research on Educational Communications
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London: Routledge, 2002.
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PALOFF, R., PRATT, K. O aluno virtual: um guia para trabalhar com estudantes on-line traduo Vincius Figueira. Porto
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PETERS, O. Digital Learning environments: New possibilities
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PRENSKY, M. Digital Natives, Digital Immigrants. RITLA, 2001
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PRIMO, A. Interao mediada por computador. Sulina: Porto
Alegre, 2007.
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Sobre a Autora
Giselle Cazetta
Analista de Sistemas, com especializao em Redes de
Computadores, Mestre em Educao e doutoranda em Educao. Atua na Assessoria de Tecnologia e Educao a Distncia
- ATED do Departamento de Educao e Cultura do Exrcito
Brasileiro DECEX. Avaliadora ADD HOC do MEC. Pesquisadora da Universidade Aberta do Brasil UAB. Coordenadora de EAD do Ncleo de Ensino a Distncia do COPPEADUFRJ. Atuou como coordenadora do Curso de Formao de
Tutores - SECAD/MEC. Na Academia, professora titular do
Centro Universitrio de Barra Mansa; Professora Convidada no
Latu-Sensu distncia Criptografia e Segurana de Redes do
NEAMI-UFF.
Suas pesquisas recentes so em: metodologia em formao de tutores, design instrucional e Sloodle.
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