A Escada de Jacó Na Maçonaria

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A Escada de Jacó na Maçonaria e o Círculo

misterioso

INTRODUÇÃO : A Escada de Jacó ou Jacob,


existente no Painel da Loj:. de Apr;., é uma
importante alegoria que a maçonaria, como fiel
guardiã de antigas tradições, adotou como ligação
do plano material em que vivemos com o plano
superior que aspiramos.Mas antes de nos
adentrarmos na interpretação da simbologia da
Escada de Jacó, precisamos conhecer as origens
desta simbologia e o porquê está presente na
maçonaria, sendo uma passagem Bíblica, ligada às
tradições judaico-cristãs.A maçonaria não é
religião. Isso está claro em sua filosofia e
ritualística. Não é religião porque entendemos que
as religiões são estágios decadentes de filosofias
superiores, são dogmatizações a serviço do poder
temporal, é caricaturas de algo esotérico
vulgarizado no mundo exotérico . É certo que o
vulgo não pode entender verdades transcendentes
e as religiões são um freio social e uma evasão,
coisas infelizmente necessárias para as massas
incapazes de aprender uma Filosofia mais profunda
só ao alcance de uns poucos iniciados.Quanto mais
se estuda a origem e evolução da Humanidade, com
base a ciências como a antropologia, a arqueologia,
a lingüística, etc., mais o período histórico recua,
desnorteando a chamada ciência oficial.Na
maçonaria acontece o mesmo. Embora alguns lhe
dêem uma idade muito recente (no século XVIII)
precisamente na Inglaterra, é evidente que neste
tempo houve apenas uma reorganização para
adaptar-se à realidade moderna. É mais do que
óbvio que a idade da maçonaria se perde na noite
dos tempos. A semelhança dos símbolos e da
filosofia, entre a maçonaria e antigas ordens
existentes no Egito, Grécia, Roma, Mesopotâmia,
China, Índia e civilizações pré-colombianas não é
mera coincidência.Ninguém poderá duvidar (e o
iniciado muito menos) de que o fio da tradição
espiritual tem continuado a exercer sua função
construtiva ao longo da História humana, ora em
períodos de clandestinidade lutando contra forças
opressoras, ora em períodos de liberdade, mas
ainda mantendo alguns aspectos secretos da
herança ancestral.Assim como existem várias
teorias sobre o surgimento do homem (da criação
direta e especial de Deus chamada de
Criacionismo, da evolução casual e sem finalidade
chamada de Evolucionismo, e da evolução
planejada e dirigida por uma Inteligência Superior
´Deus` chamado de Esoterismo), também a
Maçonaria contêm várias teorias sobre sua criação
e evolução. Leadbeater afirma que escrever sobre a
história da Maçonaria seria um empreendimento
colossal, pois seriam necessários conhecimentos
enciclopédicos e muitos anos de pesquisas. Por
outro lado, grande parte dos conhecimentos,
segredos e filosofia hoje presentes na Ordem nos
foram legados por tradição oral, devido ser uma
Instituição secreta e reservada que fora perseguida
na maior parte de sua existência.As grandes
filosofias esotéricas, de tradição milenar, (das
quais a Maçonaria é no mínimo herdeira) aceitam a
evolução como um grande drama da Natureza,
planejado e dirigido pelo Criador até se chagar ao
Homem; por sua vez, a História é um drama de
povos em conflito, obedecendo a um Plano já
determinado, mas o Criador intervém quando
alguém provoca desvios desse Plano. Assim foi que
Ele fez através dos Iluminados Moises, Abrahão,
Noé, Jacob, Jesus, etc., como nos contam as
Escrituras. Nesse Plano, o Homem tem como
missão evoluir da matéria ao espírito, do corpo à
essência. Nosso caminho é a volta ao Criador,
através da ascensão espiritual. E a ascensão
espiritual se dá através da prática da Virtude e da
Moral, como abordaremos mais tarde.Como
conhecimentos históricos e científicos progrediram
na área da pesquisa humana, e especialmente no
espírito crítico das Escrituras, ao estudo da
Maçonaria os métodos científicos foram
gradualmente aplicados e por isso hoje se conta
com um vasto cabedal de informações mais
interessantes e exatas sobre a história da Ordem.
Em conseqüência disto e de outras linhas de
investigação, existem quatro escolas ou correntes
principais do pensamento maçônico, organizadas
não como escolas, mas como quatro segmentos
importantes de conhecimento. Cada uma delas
aproxima-se da Maçonaria de uma forma peculiar.
Cada uma delas tem seu cânone de interpretação
dos símbolos e cerimônias maçônicas, e cada
escritor moderno é influenciado particularmente por
uma delas. Por isso na Maçonaria há tantas
divergências interpretativas.Não é objetivo deste
trabalho, fazer uma análise da história da
Maçonaria, nem aprofundar-se na interpretação das
chamadas escolas de pensamento filosófico que a
norteiam. Mas de forma resumida (e para
fundamentar o que vamos tratar a seguir)
apresentaremos as referias Escolas ou linhas de
pensamento:Escola Autêntica ou Histórica – Por
este pensamento, as antigas tradições da Ordem
foram minuciosamente examinadas à luz de
registros autênticos ao alcance do historiador,
principalmente sobre atas de Lojas e documentos
legais e todos os registros acessíveis. Como os
registros escritos sobre Maçonaria especulativa,
antecedem pouco ao seu renascimento em 1717, ao
passo que as atas mais primitivas subsistentes de
qualquer Loja operativa, pertencem ao ano de
1598 , os defensores desta Escola, apontam como
origem da Maçonaria as Lojas e Corporações da
Idade Média, e supor que os elementos
especulativos (símbolos, alegorias, etc.) foram
exertados posteriormente ao tronco operativo. A
escola admite que se aceitarmos o fato de que o
simbolismo e cerimonial da Maçonaria é anterior a
1717, não há, praticamente , nenhum limite quanto
a idade a que se lhe atribuir. Por isso esta Escola
não busca a origem dos Mistérios além dos
construtores medievais;Escola Antropológica ou
Primitiva - Esta Escola de pensamento está
aplicando as descobertas antropológicas num
estudo da história da Maçonaria e com notáveis
resultados. Os atropologistas reuniram uma vasta
soma de informações sobre costumes religiosos e
iniciáticos de muitos povos, antigos e modernos, e
os estudiosos maçônicos tem encontrado neste
campo uma série de sinais e símbolos, tanto dos
graus especulativos como dos operativos, em
pinturas murais, esculturas, gravuras e edifícios
das principais raças do mundo. Inclusive
semelhanças de culturas e cultos em civilizações
que não haveriam de ter tido contato físico. Neste
sentido, esta escola de pensamento, confere
Maçonaria muito maior antiguidade do que a
atribuída aos históricos, bem como fazem analogias
com os antigos Mistérios de muitas nações com
cerimônias análogas às empregadas nas atuais
Lojas Maçonicas. Das investigações antropológicas
resulta bem claro que, quaisquer que sejam os elos
na cadeia de descendentes, nós, maçons somos os
herdeiros de uma antiqüíssima tradição que, por
incontáveis tradições, tem estado associada com
os mais sagrados mistérios do culto
religioso.Escola Mística ou Teológica - Esta terceira
Escola do pensamento maçônico, perquire os
mistérios da Ordem de um ponto de vista do plano
para o despertar espiritual e o desenvolvimento
interior do homem. Os pensadores desta filosofia,
analisando suas próprias experiências espirituais,
declaram que os graus da Ordem são símbolos de
certos estados de consciência, que tem que ser
despertados ao iniciado de forma individual se ele
espera atingir e conquistar os tesouros do espírito.
Eles dão testemunho de outra natureza muito mais
elevada acerca da validade de nossos ritos
maçônicos, testemunho que pertence antes à
religião do que à ciência. O objetivo do misticismo é
a união consciente com Deus e a Oficina visa
retratar a senda para esse objetivo, oferecendo o
roteiro que oriente a marcha do buscado do
Supremo. Tais seguidores estão mais interessados
na interpretação do que na pesquisa histórica. O
objetivo é viver a vida indicada pelos Símbolos da
Ordem para poderem atingir a realidade espiritual
de que esses símbolos são sombras. O método
místico busca a união estática com o Supremo,
através da oração e da prece.Escola Oculta ou
Esotérica – O principal e distintivo postulado é a
eficácia sacramental do cerimonial maçônico,
quando devida e regularmente executado. Assim
talvez possamos chamá-la de escola sacramental
ou oculta. Pode ser definido como o estudo e
conhecimento do lado oculto da natureza, por meio
dos poderes existentes em todos os homens, mas
ainda adormecidos na maioria da humanidade.
Esses poderes podem ser acordados e treinados no
estudante oculto por longa e cuidadosa disciplina e
meditação. O escopo do ocultista é alcançar a
união com Deus por meio do conhecimento e da
vontade, treinar toda a natureza, física, emocional e
mental, até que se torne uma perfeita expressão do
divino espírito interno, e possa ser empregado
como um instrumento eficiente no grande Plano que
Deus criou para a evolução da espécie humana, que
está representado pela Maçonaria pela construção
do Santo Templo. Para o ocultista é de grande
importância a exata observância de uma forma, e
pela utilização da magia cerimonial ele cria um
veículo através do qual possa a luz divina baixar e
difundir-se em auxílio do mundo, invocando, para
isso, a ajuda dos Anjos, espíritos da natureza e
outros habitantes dos mundos invisíveis.
Os Essênios
Eram originários do Egito, e durante a dominação
do Império Selêucida, em 170 a.C., formaram um
pequeno grupo de judeus, que abandonou as
cidades e rumou para o deserto, passando a viver
às margens do Mar Morto, e cujas colônias
estendiam-se até o vale do Nilo. No meio da
corrupção que imperava, os essênios conservavam
a tradição dos profetas e o segredo da Pura
Doutrina. De costumes irrepreensíveis, moralidade
exemplar, pacíficos e de boa fé, dedicavam-se ao
estudo espiritualista, à contemplação e à caridade,
longe do materialismo avassalador. Segundo alguns
estudiosos, foi nesse meio onde passou Jesus, no
período que corresponde entre seus 13 e 30
anos(veja link Jesus). Os essênios suportavam com
admirável estoicismo os maiores sacrifícios para
não violar o menor preceito religioso. Procuravam
servir à Deus, auxiliando o próximo, sem imolações
no altar e sem cultuar imagens. Eram livres,
trabalhavam em comunidade, vivendo do que
produziam. Em seu meio não havia escravos.
Tornaram-se famosos pelo conhecimento e uso das
ervas, entregando-se abertamente ao exercício da
medicina ocultista. Em seus ensinos, seguindo o
método das Escolas Iniciáticas, submetiam os
discípulos à rituais de Iniciação, conforme
adquiriam conhecimentos e passavam para graus
mais avançados. Mostravam então, tanto na teoria
quanto na prática, as Leis Superiores do Universo e
da Vida, tristemente esquecidas na ocasião. Alguns
dizem que eles preparavam a vinda do Messias.
Eram uma seita aberta aos necessitados e
desamparados, mantendo inúmeras atividades onde
a acolhida, o tratamento de doentes e a instrução
dos jovens eram a face externa de seus objetivos.
Muitos estudiosos acreditam que a Igrja Católica
procura manter silêncio acerca dos essênios,
tentando ocultar que recebeu desta seita muitas
influências. Não há nenhum documento que
comprove a estada essênia de Jesus, no entanto
seus atos são típicos de quem foi iniciado nesta
seita. A missão dos seguidores do Mestre
Verdadeiro foi a de difundir a vinda de um Messias e
nisto contribuíram para a chegada de Jesus. Na
verdade, os essênios não aguardavam um só
Messias, e sim, dois. Um originário da Casa de Davi,
viria para legislar e devolver aos judeus a pátria e
estabelecer a justiça. Esse Messias-Rei restituiria
ao povo de Israel a sua soberania e dignidade,
instaurando um novo período de paz social e
prosperidade. Jesus foi recebido por muitos como a
encarnação deste Messias de sangue real. No alto
da cruz onde padeceu, lia-se a inscrição: Jesus
Nazareno Rei dos Judeus. O outro Messias
esperado nasceria deum descendente da Casa de
Levi. Este Salvador seguiria a tradição da linhagem
sacerdotal dos grandes mártires. Sua morte
representaria a redenção do povo e todo o
sofrimento e humilhação por que teria que passar
em vida seria previamente traçado por Deus. O
Messias-Sacerdote se mostraria resignado com seu
destino, dando a vida em sacrifício. Faria purgar os
pecados de todos e a conduta de seus atos seria o
exemplo da fé que leva os homens à Deus. Para
muitos, a figura do pregador João Batista se
encaixa no perfil do segundo Messias. Até os
nossos dias, uma seita do sul do Irã, os mandeanos,
sustenta ser João Batista o verdadeiro Messias.
Vivendo em comunidades distantes, os essênios
sempre procuravam encontrar na solidão do deserto
o lugar ideal para desenvolverem a espiritualidade e
estabelecer a vida comunitária, onde a partilha dos
bens era a regra. Rompendo com o conceito da
propriedade individual, acreditavam ser possível
implantar no reino da Terra a verdadeira igualdade
e fraternidade entre os homens. Consideravam a
escravidão um ultraje à missão do homem dada por
Deus. Todos os membros da seita trabalhavam para
si e nas tarefas comuns, sempre desempenhando
atividades profissionais que não envolvessem a
destruição ou violência. Não era possível encontrar
entre eles açougueiros ou fabricantes de armas,
mas sim grande quantidade de mestres, escribas,
instrutores, que através do ensino passavam de
forma sutil os pensamentos da seita aos leigos. O
silêncio era prezado por eles. Sabiam guardá-lo,
evitando discussões em público e assuntos sobre
religião. A voz, para um essênio, possuia grande
poder e não devia ser desperdiçada. Através dela,
com diferentes entonações, eram capazes de curar
um doente. Cultivavam hábitos saudáveis, zelando
pela alimentação, físico e higiene pessoal. A
capacidade de predizer o futuro e a leitura do
destino através da linguagem dos astros tornaram
os essênios figuras magnéticas, conhecidas por
suas vestes brancas. Eram excelentes médicos
também. Nos escritos dos rosacruzes, são
considerados como uma ramificação da Grande
Fraternidade Branca, fundada no Egito no tempo do
faráo Akenaton. Em cada parte do mundo onde se
estabeleceram, eles receberam nomes diferentes,
às vezes por necessidades de se proteger contra as
perseguições ou para manter afastados os
difamadores. Mestres em saber adaptar seus
pensamentos às religiões dos países onde se
situavam, agiram misturando muitos aspectos de
sua doutrina a outras crenças. O saber mais
profundo dos essênios era velado à maioria das
pessoas. É sabido também que liam textos e
estudavam outras doutrinas. Para ser um essênio, o
pretendente era preparado desde a infância na vida
comunitária de suas aldeias isoladas. Já adulto, o
adepto, após cumprir várias etapas de aprendizado,
recebia uma missão definida que ele deveria
cumprir até o fim da vida. Vestidos com roupas
brancas, ficaram conhecidos em sua época como
aqueles que "são do caminho". Foram fundadores
dos abrigos denominados "beth-saida", que tinham
como tarefa cuidar de doentes e desabrigados em
épocas de epidemia e fome. Os beth-saida
anteciparam em séculos os hospitais, instituição
que tem seu nome derivado de hospitaleiros,
denominação de um ramo essênio voltado para a
prestação de socorro às pessoas doentes. Fizeram
obras maravilhosas, que refletem até os nossos
dias. A noticái que se tem é de que a seita se
perdeu, no tempo e memória das pessoas. Não
sabemos da existência de essênios nos dias de
hoje(não que seja impossível), é no mínimo, pelo
lado social, é uma pena termos perdido tanto dos
seus preceitos mais importantes. Seo que nos
restou já significa tanto, imaginem o que mais
poderíamos vir a ter aprendido. Como sempre, é o
máximo que podemos dizer: "uma pena".

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