19 - BEL Teologia Pastoral Aconselhamento de Casais
19 - BEL Teologia Pastoral Aconselhamento de Casais
19 - BEL Teologia Pastoral Aconselhamento de Casais
- O Casal e o Relacionamento
Bacharelado - em
TEOLOGIA
PASTORAL
Aconselhamento de Casais - 2
SUMÁRIO
1- ACONSELHAMENTO DE CASAIS, PRÉ E CONJUGAL ............................................. 4
1.1. O CASAMENTO ........................................................................................................4
2- ASPECTOS BÁSICOS DO ACONSELHAMENTO DE CASAIS .................................... 5
2.1. DEIXAR/PARTIR.......................................................................................................5
2.2. UNIR ......................................................................................................................7
2.3. TORNAR UMA SÓ CARNE ...........................................................................................7
3- COMPLICAÇÕES DA RELAÇÃO DA FAMÍLIA......................................................... 7
3.1. DO CASAMENTO − GÊNESIS 3.1-34............................................................................8
4- O MODELO BÍBLICO PARA O CASAMENTO, HOJE................................................ 8
4.1. O MODELO ORIGINAL CONFIRMADO POR JESUS ............................................................9
4.2. PRIMAZIA DO CASAMENTO CONFIRMADA PELOS APÓSTOLOS............................................9
4.3. DEFINIÇÃO DE RELACIONAMENTO ...............................................................................9
5- O CONTEXTO DA FAMÍLIA BRASILEIRA ............................................................ 10
5.1. A FORMAÇÃO DA FAMÍLIA BRASILEIRA .......................................................................10
5.2. NOS ANOS 1550 ....................................................................................................11
5.3. DOS ANOS 1600 A 1700 ........................................................................................11
5.4. DOS ANOS 1800 A 1900 ........................................................................................11
5.5. NOS ANOS 1900....................................................................................................11
6- INTRODUÇÃO A TEOLOGIA DO ACONSELHAMENTO DE CASAIS ........................ 12
6.1. CINCO BASES TEOLÓGICAS PARA O ACONSELHAMENTO DE CASAIS ................................12
6.2. IMPLICAÇÕES DO COMPROMISSO COM UMA TEOLOGIA DE ACONSELHAMENTO DE CASAIS ..13
6.3. O ACONSELHAMENTO PRÉ-CONJUGAL .......................................................................13
6.4. A IMPORTÂNCIA DO CASAMENTO E DA FAMÍLIA DO CONSELHEIRO...................................14
6.5. NECESSIDADES BÁSICAS DO SER HUMANO .....................................................16
7- INVENTÁRIO DO FATOR DE TRAÇOS DA PERSONALIDADE (IFTP) ..................... 17
8- AVALIAÇÃO DO IFTP......................................................................................... 19
9- AVALIAÇÃO DO INVENTÁRIO DO FATOR DE TRAÇOS DE PERSONALIDADE....... 21
9.1. APLICAÇÃO NA MUDANÇA ........................................................................................22
10 - INVENTÁRIO DE CONSCIÊNCIA SEXUAL ........................................................ 24
10.1. RACIONAL .............................................................................................................24
10.2. CONTEÚDO ...........................................................................................................24
10.3. CONCLUSÃO DO ICCS ............................................................................................31
10.4. PROBLEMAS SEXUAIS NO ACONSELHAMENTO E NO LUGAR DO ACONSELHAMENTO ............31
11 - CASAMENTO SEM ELÃ................................................................................... 33
11.1. CAUSA DE UM CASAMENTO SEM ELÃ .........................................................................33
11.2. CARACTERÍSTICAS DE UM CASAMENTO SEM ELÃ..........................................................34
11.3. CASO PARA ESTUDO − O CASAMENTO SEM ELÃ ..........................................................34
12 - EXPECTATIVAS SOBRE OS PAPÉIS DOS CÔNJUGES ...................................... 39
12.1. EXPERIÊNCIA DE EXPECTATIVAS ...............................................................................39
12.2. TIPOS DE PAPÉIS E DE EXPECTATIVAS .......................................................................40
12.3. EXPERIÊNCIA COM O INVENTÁRIO DE COMPARAÇÃO DE CONCEITO DE PAPÉIS ..................40
12.4. INVENTÁRIO DE COMPARAÇÃO DE CONCEITOS DE PAPEIS..............................................41
12.5. EXEMPLO DE DESTRUTIVIDADE DE EXPECTATIVAS ERRADAS .........................................42
12.6. QUANDO É QUE AS EXPECTATIVAS TORNAM-SE PROBLEMAS? .......................................42
Instituto de Teologia Logos – “Preparando cristãos para a defesa da fé!”
www.institutodeteologialogos.com.br | [email protected]
Aconselhamento de Casais - 3
12.7. SELEÇÃO DE TRAÇOS DE FAMÍLIA .............................................................................42
12.8. SELEÇÃO DE TRAÇOS DE FAMÍLIA .............................................................................42
12.9. EXEMPLO DE EXPRESSÃO DE EXPECTATIVA ................................................................45
13 - PROBLEMAS COM A FAMÍLIA DO CÔNJUGE .................................................. 45
13.1. PROBLEMAS COM FAMILIARES DO CÔNJUGE: QUESTIONÁRIO DIAGNÓSTICO .....................46
14 - INDICADOR DE ATITUDE NO CASAMENTO..................................................... 49
14.1. ORIENTAÇÃO .........................................................................................................49
14.2. GRADAÇÃO PARA O FATOR-E ...................................................................................50
15 - OUTROS MATERIAIS ÚTEIS PARA O ACONSELHAMENTO DE CASAIS ............. 53
15.1. QUESTIONÁRIO PRÉ-CONJUGAL ...............................................................................54
15.2. ORÇAMENTO DOMÉSTICO ........................................................................................56
1- ACONSELHAMENTO DE
CASAIS, PRÉ E CONJUGAL
Em se tratando de um curso de aconselhamento de casais, casamento e
família, a revelação terá precedência sobre o método científico de conhecimento. No
pensamento secular a revelação sequer é considerada como método de leitura do
aconselhamento ou do aconselhamento. Para nós, revelação, especialmente da
revelação da Palavra de Deus, é a fonte primária de conhecimento e o princípio
hermenêutico da revelação na natureza (1 Tm 3.16-17; Hb 4.12-13; 11.3, 6; Rm
1:18-25). As ciências naturais podem ser importantes e razoavelmente confiáveis
ainda que o método científico seja altamente paradigmático em sua pressuposição
de fatos puros (os objetos do conhecimento), os quais não poderão ser considerados
finais sem Deus (o sujeito do conhecimento).
Entretanto, quando se trata das ciências sociais, surgem diversos problemas:
• A mente do pesquisador é distorcida pelo pecado;
• A mente do pesquisador é distorcida pelos seus próprios conceitos
filosóficos;
• É impossível entender todas as variáveis num dado conjunto; e
• É impossível de se entender a estrutura de um conjunto para se escrutinar
todas as variáveis.
Especialmente, não há padrão para o casamento e para relacionamentos à
parte da Escritura, cuja revelação apresenta dados vindos da mão do Criador. Nela,
temos as descrições estruturais, o processo do aconselhamento, comunicação, e
reconciliação com Deus e uns com os outros.
1.1. O Casamento
A. A Instituição do Casamento
• Uma leitura de Gênesis 1.25-26 e 2.18-25.
Há uma parte importante de Gn 2.18-25 que, geralmente, é vista como sendo
dispensável para a compreensão do texto: vs.19-30. Diz ali que Deus trouxe todos
os animais que havia criado, para que Adão lhes desse nome. O fato de que essa
descrição é posta, exatamente, entre duas declarações sobre o que não ia bem com
a solidão de Adão é algo muito significante. Deus queria que Adão percebesse
experimentalmente a presença de uma fêmea para cada espécie de animal, mas não
para ele− não havia uma pessoal igual que ele pudesse considerar como uma
parceira. Certamente, a criação do homem já havia sido considerada como sendo
boa; o que não era bom era que Adão estivesse só.
B. A Razão do Casamento. Deus criou o casamento para desfazer a solidão e
para prover intimidade. Numa palavra, para prover companhia. O propósito de
Deus para o casamento inclui o reflexo da Sua imagem que cada cônjuge projeta
para o outro.Adão e Eva, sendo iguais na humanidade, e individualmente,
diferentes, deveriam experimentar uma união amorosa que realçasse a
responsabilidade moral da individualidade e a interdependência ética da igualdade
(veja W. M. Gomes, Coração e Sexualidade, Brasília, Refúgio, 1999). Homem e
mulher foram criados à imagem de Deus. Uma dos reflexos dessa analogia é a de
Instituto de Teologia Logos – “Preparando cristãos para a defesa da fé!”
www.institutodeteologialogos.com.br | [email protected]
Aconselhamento de Casais - 5
que Deus jamais é só, mas é, eternamente, três (Trindade), e assim, o homem não
poderia estar só. Ele precisava de expressão e de extensão, como Herman Bavinck
disse (Our Reasonable Faith, Baker Book House, 1984, pp. 188-189).
O Dr. Wayne Mack disse que unidade (como vista na unidade da Trindade de
Deus e em nossa união com Cristo) é o centro do casamento. Gn 2.24 estabelece o
princípio de “deixar” e “unir”; Mt 19.5-6 estabelece o princípio de “um homem e
uma mulher”; Gn 2.24 e Ef 5.31 fundem esses princípios na expressão ”uma só
carne”. Mack oferece três diferentes idéias gerais sobre essa unidade: uma união
compreensiva, uma parceria plena e uma identificação completa (notas de classe,
Westminster, 29/09/1986).
C. O Significado da Palavra “Auxiliadora”. A única indicação em Gn 2.18-25
sobre a função da mulher é a de que ela foi criada para ser uma auxiliadora na
dispersão da solidão. Isso nada tem de depreciativo para a mulher nem sugere que
ela seja uma serva do homem, mas uma companheira, uma provedora de um senso
de relacionamento − de fato, essa é a missão da mulher: a de gerar relacionamentos
que reflitam a gloria de Deus. A mulher deveria refletir o caráter relacional de Deus
para o homem, e este, em troca, deveria refletir o caráter gracioso de Deus por meio
de “nomear” ou liderar os passos nos caminhos dessa relação.
Como Tremper Longman e Dan Allender colocaram isso (Aliados Íntimos,
S.Paulo, Sepal, 2000), casamento não é apenas uma mera conveniência para vencer
a solidão nem só um expediente para perpetuação da raça. É mais do que isso;é o
espelho da relação com Deus.
Assim como Adão foi criado para refletir a gloria de Deus, assim também Eva
foi criada para refletir a gloria de Deus refletindo a gloria de Adão − para prover
conhecimento experimental do tipo de relação que nós deveríamos ter com Deus.
2- ASPECTOS BÁSICOS DO
ACONSELHAMENTO DE
CASAIS
Gênesis 2.18-25.
2.1. Deixar/Partir
A. Deus criou o homem à Sua imagem para refletir a Sua glória e para gozá-lo
para sempre − e a mulher foi criada do homem para prover companhia ao homem, e
no processo, refletir a gloria de Deus e goza-lo para sempre em companhia do
homem.
B. Gn 1.24 descreve como a unidade do casamento deveria ser estabelecida
desde então até agora.
• Homem e mulher deveriam deixar pai e mãe. Com freqüência, problemas de
casamento e de família vêm da falta de habilidade para deixar os pais.
o Deixar geograficamente. Alguns casais que se distanciam dos pais
conseguem obter uma partida geográfica; outros, perto ou longe
jamais deixam geograficamente, porque jamais transformam os laços
geográficos. (Ver Gn.12.1). Quando tal partida geográfica não é
Instituto de Teologia Logos – “Preparando cristãos para a defesa da fé!”
www.institutodeteologialogos.com.br | [email protected]
Aconselhamento de Casais - 6
processada, a tendência do casal é de se comportar como se estivesse
no lugar de origem.
o Deixar psicologicamente:
• Do ponto de vista do filho, partir se torna problemático. Alguns
deles poderão apresentar:
• Dependência excessiva em relação aos pais. Isso pode ser
visto de diversas maneiras: o modo como a mãe fazia as
compras ou cozinhava, a maneira como o pai geria as
finanças, como os pais resolviam os problemas, etc.
• Alianças excessivas. Um cônjuge poderá manter uma
aliança com os pais e não estar em contacto com o par.
• Maledicência. Isso inclui falar aos pais sobre os
problemas do cônjuge ou com o cônjuge acerca dos
problemas dos pais, ou ainda, tomar o lado dos pais
contra o cônjuge.
• Parcialidade. Isso significa a preferência pelos pais de
um dos parceiros em detrimento dos pais do outro. Às
vezes, haverá razões para isso: perícia, sabedoria;
contudo, deverá haver honra e condescendência em
qualquer caso.
• Do ponto de vista dos pais também poderá haver problemas:
• Expectativas erradas. Por exemplo, a expectativa de que
o casal tenha de vir para um lanche, semanalmente, e
quando isso não acontece, há frustração.
• Interferência direta de parte de ambos ou de um dos pais
por cause de ciúme, maledicência, controle, etc.
• Problemas mais sutis da partida. Obviamente, os problemas
mencionados não são problemas em si mesmos, mas se
transformam em problemas quando dominam o relacionamento
do novo casal e impedem a sua inclusividade.
• Estrutura familiar: desejo consciente ou inconsciente de
seguir os moldes da família de origem, modelar pai, mãe,
ou o relacionamento de ambos.
• Estilo de vida familiar:
o Imitação da família (costumes, rotinas)
2.2. Unir
A palavra hebraica usada para “unir”, dabaq, tem o sentido de se juntar a,
habitar com, ligar-se a.
A. O cônjuge assume prioridade sobre a família de origem, pais, irmãos,
orientação cultural, e até mesmo, sobre desejos pessoais. Cada parceiro terá de ser
sensível sobre essas relações na própria vida e na vida do outro, mas o cônjuge
deverá ter prioridade sobre todas elas.
B. Há alguns aspectos a serem vistos a fim de se atingir essa união:
• Transpiração. O processo de se unir ao parceiro(a) não é fácil nem
espontâneo.
o Compromisso. Cada membro da nova unidade deverá se doar ao
companheiro(a) em termos de objetivos (em curto, médio e longo
prazo).
o Trabalho. A relação conjugal implica em ministério.
Entendimento um do outro.
Gozo da singularidade do relacionamento.
Planejamento para a vida (ambos, em curto e longo prazo)
Solução de problemas de modo bíblico.
Comunicação verbal e comportamental no Espírito.
• Pluralidade. Isso significa incorporar as personalidades e as percepções na
nova unidade de carne − a nova unidade é uma pluralidade.
• Paixão. Há alguns termos bíblicos para se descrever o amor: (1) agape, o
tipo de amor “intransitivo” descrito em 1 Co. 13; (2) epithumia, o qual
envolve desejo, estímulo sexual; eros, o qual sugere o amor físico; philo, o
qual implica as afeições ternas; e storge, usado para se descrever os laços
familiares.
A paixão existe quando expressamos todos esses tipos de amor. Unir-se ao
cônjuge significa colocar todos os nossos amores sobre essa pessoa − fazendo o bem
para ela, buscando perdão quando falhamos, e buscando maneiras de implementar
a relação amorosa.
3- COMPLICAÇÕES DA RELAÇÃO
DA FAMÍLIA
Instituto de Teologia Logos – “Preparando cristãos para a defesa da fé!”
www.institutodeteologialogos.com.br | [email protected]
Aconselhamento de Casais - 8
3.1. Do Casamento − Gênesis 3.1-34
A. A Decisão de Pecar. Eva tomou a decisão autônoma de ouvir à serpente, e
Adão tomou a decisão omissa de ouvir à sua esposa. Ambos tomaram a decisão de
não ouvir à palavra de Deus. Assim, ocorreu a Queda, e o relacionamento do
casamento começou seu processo de deterioração.
B. Quatro Conseqüências do Pecado no Casamento
• Homem e mulher passaram a se esconder um do outro (v.1). Esconder-se,
aqui, é visto figurativamente como uma necessidade de cobrir as partes
vitais, mas sua vergonha era, na verdade, uma indicação da separação de
Deus e um do outro − o que significa isolamento. Eles perderam algo que a
companhia de Deus lhes oferecia. Sua nudez era símbolo de sua
transparência. Eles começaram a perder intimidade.
• Homem e mulher se esconderam de Deus (v.8). Quando isso acontece, a
relação matrimonial começa a complicar. Algumas vezes, por causa de
culpa, outras vezes, por causa de frustração, mas sempre contendo ira
contra Deus. Esconder-se de Deus torna a vida entenebrecida, pois a glória
de Deus é a luz de toda revelação (Jo. 1.1-14), incluindo a revelação
familiar.
• Temor (terror) do Senhor (v.10). O bom temor do Senhor que Adão e Eva
não tiveram quando pecaram, foi substituído pelo medo após o pecado.Se
tivessem exercitado o temor do Senhor, teriam experimentado a graça de
Sua justiça, mas porque não o exercitaram, conheceram a ira de Deus.
• Eva culpou a serpente, e Adão culpou Eva e Deus (v.12). Atribuição de
culpa é o oposto operacional de atribuição de companhia.
C. Conseqüências da Queda.
• Relacionamentos prejudicados (v.16).
• Distração do companheirismo (v.17-18,22-24).
• Desilusão com o companheirismo (v.19).
Será interessante observar que a maldição foi um ato gracioso no sentido de
que demonstrou para o homem e a mulher como seria a vida do lado de fora do
Éden. Eva havia exercitado incredulidade, infidelidade e autonomia. Ela iria sofrer
para levar à cabo sua missão de produtora de relacionamentos.Ela mudaria o
objeto do seu desejo, de Deus para o homem, e conseqüentemente, sofreria sua
dominação. Adão,por sua vez, omitiu-se quando à sua missão de nomeador e
guardador, não atentando à sua mulher antes do pecado nem assumindo
responsabilidade depois do pecado. Por isso ele se frustraria com as mesmas coisas
que Deus lhe havia entregado para cultivar e guardar, em especial, o seu
relacionamento com Eva. Isso mostra como a separação de Deus, a fuga de Sua
presença, a rebelião contra a sua autoridade e a perda do Seu poder, deu lugar
para o jogo de poder.
5- O CONTEXTO DA FAMÍLIA
BRASILEIRA
5.1. A Formação da Família Brasileira
A colonização brasileira não resultou de motivações humanitárias ou
religiosas, mas por causa da situação política econômica da Europa. O clima social
6- INTRODUÇÃO A TEOLOGIA DO
ACONSELHAMENTO DE
CASAIS
Tudo o que o ser humano faz tem base teológica. Tudo o que um cristão faz
deveria ter uma boa base teológica bíblica. Veja Tt 2.4.
7- INVENTÁRIO DO FATOR DE
TRAÇOS DA PERSONALIDADE
(IFTP)
O IFTP foi desenvolvido para ser usado por pastores conselheiros. Menos
complexo do que outros testes, o IFTP poderá ser facilmente compreendido por
causa do seu conteúdo bíblico e da facilidade de aplicação e avaliação. É importante
saber que:
A. O IFTP não é um teste psicológico.
• Não analisa nem mede a personalidade.
• Não sugere a necessidade de tratamento psicológico.
B. O IFTP é um excelente instrumento para o aconselhamento bíblico.
• O inventário apresenta ambos, traços positivos e negativos da
personalidade.
• Foi elaborado prover uma expressão visual de como as pessoas percebem a
si mesmas e a outras pessoas significantes em sua vida: Pai, Mãe (ou
responsáveis pela criação), Outro(a) (noiva(o), cônjuge) e Eu (a pessoa cujo
perfil será avaliado).
• Auxilia o aconselhado e o conselheiro cristão a trabalhar no crescimento
espiritual interior e a melhorar os relacionamentos.
• As conclusões não são mecanicamente corretas. Será necessário discutir
cada uma das escolhas e das conclusões. Lembre-se de que pessoas não
são estáticas, mas fluidas e dinâmicas.
C. Aplicação.
• Certifique-se da boa compreensão dos itens A e B, acima.
• Assegure-se do bom entendimento do significado dos termos usados para
descrever os traços de personalidade.
• Explique que a pessoa inventariada não estará expondo ou julgando as
outras pessoas significantes em sua vida, mas apenas expressando sua
percepção a respeito delas.
• Enfatize a necessidade de sinceridade nas respostas.
• Esteja certo de que cada aconselhado entenda a maneira de usar as letras
para marcar os valores:
Por exemplo:
8- AVALIAÇÃO DO IFTP
Avalie sua percepção dos traços de personalidade de: pai, mãe (ou
responsáveis), outra/a (noiva(a)-cônjuge) e seus próprios. Seja honesto(a). Pense em
eventos e incidentes que auxiliem a responder.
9- AVALIAÇÃO DO INVENTÁRIO
DO FATOR DE TRAÇOS DE
PERSONALIDADE
Uma boa maneira para relacionar como alguém percebe os outros e a si
mesmo é usar cores diferentes para avaliar as gradações (por exemplo, vermelho
para Pai, verde para Mãe, azul para Outro(a) e preto para Eu.
10 - INVENTÁRIO DE CONSCIÊNCIA
SEXUAL
10.1. Racional
A exposição ao sexo, hoje experimentada, não fornece conhecimento
verdadeiro sobre o corpo, como ele funciona, nem oferece a verdade sobre a
sexualidade.
Pessoas tendem a pensar que, quando se casarem, poderão simplesmente ir
para a cama e fazer o que desejam, sem se darem conta de que as coisas, em um
mundo decaído, não ocorrem de modo espontâneo e natural,mas que tudo sofre a
influência do pecado.
Muitos casais chegam ao leito nupcial com experiências sexuais mundanas.
um ou os dois sem experiência, com informações erradas sobre a sexualidade, e
predispostos ao desapontamento.
10.2. Conteúdo
O ICCS não é um teste psicológico, mas um instrumento para se observar o
conhecimento e a atitude de casais quanto à sexualidade.
12 - EXPECTATIVAS SOBRE OS
PAPÉIS DOS CÔNJUGES
Consciente ou inconscientemente, todos temos expectativas sobre o nosso
casamento e o papel a ser desempenhado pelos cônjuges. Expectativas erradas
poderão trazer complicações ao longo do caminho.
Leia cuidadosamente o texto de Efésios 4.15-5.33 e 1 Coríntios 13.13.
C. Comentários.
• Estes trabalhos são práticos. Por trás de tudo isso está o fato de que, se os
envolvidos estiverem andando no Senhor, os problemas serão redimidos e
as crises serão desfeitas.
• Os casais deveriam aprender os bíblicos princípios gerais do bom
relacionamento como, por exemplo, os de Efésios:
14 - INDICADOR DE ATITUDE NO
CASAMENTO
14.1. Orientação
A. Inventário.
• Este não é um instrumento de contagem de pontos, mas como tem uma
escala de gradação, recebe o nome de Fator-E.
• Este instrumento se presta a gerar discussão.
B. Como usar. A maneira de se usar as respostas é por meio de comparar as
respostas do casal e discutir com cada parceiro(a) sobre aquilo que foi indicado
como possibilidade, levando-os a ver as relações e inter-relações. Ex.: Amor é um
termo abrangente que inclui pensamento, ação e emoção. Se um vê o amor como
senso ação, e o outro vê o amor como um sentimento, cada qual esperará diferentes
tipos de amor do outro. (ver 1 Tm 1.5; Fp 2.2).
C. Procedimento.
• O conselheiro pedirá a cada indivíduo que responda as questões, e após,
pedirá aos parceiros que troquem suas folhas; e/ou
• O conselheiro poderá seguir com eles, tomando tempo para discutir as
várias possíveis atitudes que justifiquem as respostas.
o Observe as discrepâncias
o Focalize nas explicações
o Ajude os aconselhados a entender a entender o que se passa
• O conselheiro poderá empregar tarefas de casa para ajudar os
aconselhados no seu crescimento e desenvolvimento.
D. Respostas e orientação.
As respostas expressadas pelos indivíduos ajudarão o conselheiro a projetar a
direção do aconselhamento.
• O IAC é um inventário e não mede nenhuma dimensão da personalidade −
deve ser usado como um instrumento:
o para obter informação
o para precipitar discussão
o para erguer uma plataforma para desafios e ensinamento
Parte II
Complete as sentenças − Orientação: Você pode usar a outra face da folha se
precisar de mais espaço para expressar suas respostas.