Elaboração de Projeto de Instalações Elétricas de Baixa Tensão em Edificação Residencial Multifamiliar

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UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO SUL

ESCOLA DE ENGENHARIA
CURSO DE ENGENHARIA CIVIL

Gabriel Andrighetto Teixeira

ELABORAÇÃO DE PROJETO DE INSTALAÇÕES


ELÉTRICAS DE BAIXA TENSÃO EM EDIFICAÇÃO
RESIDENCIAL MULTIFAMILIAR

Porto Alegre
Outubro de 2022
GABRIEL ANDRIGHETTO TEIXEIRA

ELABORAÇÃO DE PROJETO DE INSTALAÇÕES


ELÉTRICAS DE BAIXA TENSÃO EM EDIFICAÇÃO
RESIDENCIAL MULTIFAMILIAR

Trabalho de Conclusão de Curso apresentado à Comissão de


Graduação do Curso de Engenharia Civil da Escola de Engenharia
da Universidade Federal do Rio Grande do Sul, como parte dos
requisitos para obtenção do título de Engenheiro Civil

Orientador: Prof. Sérgio Luiz Cardoso da Silva

Porto Alegre
Outubro de 2022
GABRIEL ANDRIGHETTO TEIXEIRA

ELABORAÇÃO DE PROJETO DE INSTALAÇÕES


ELÉTRICAS DE BAIXA TENSÃO EM EDIFICAÇÃO
RESIDENCIAL MULTIFAMILIAR

Este Trabalho de Diplomação foi julgado adequado como pré-requisito para a obtenção do
título de ENGENHEIRO CIVIL e aprovado em sua forma final pela Banca Examinadora,
pelo/a Professor/a Orientador/a e pela Comissão de Graduação do Curso de Engenharia Civil
da Universidade Federal do Rio Grande do Sul.

Porto Alegre, outubro de 2022

BANCA EXAMINADORA

Prof. Esp. Sérgio Luiz Cardoso da Silva


Universidade Federal do Rio Grande do Sul
Orientador

Prof. Dr. Igor Pasa Wiltuschnig


Universidade Federal do Rio Grande do Sul

Profa. Dra. Lais Zucchetti


Universidade Federal do Rio Grande do Sul
Dedico este trabalho à nossa querida UFRGS, que, mesmo
com tantas dificuldades, consegue se manter ensinando
com excelência a todos.
AGRADECIMENTOS

Agradeço aos meus pais. Meu pai, Claudio, por sempre me cobrar e incentivar na busca pela
melhora. À minha mãe, Carla, por sempre fazer tudo ao seu alcance em prol do meu bem-estar.

Agradeço ao meu irmão, Guilherme, por todos os anos de competição que me fizeram evoluir
e, também, pela parceria que desenvolvemos.

À minha amada Isa, agradeço por me incentivar, escutar minhas reclamações e me mostrar o
melhor caminho diariamente, sempre me mantendo firma em qualquer circunstância.

Agradeço ao professor Sérgio por ter confiado em meu trabalho mesmo quando ele não parecia
deslanchar. Também sou grato por ter me auxiliado ao longo de toda a caminhada com
tranquilidade e sensatez.

À UFRGS agradeço por todas as experiências vividas e adquiridas, pelo ensino de alta
qualidade proporcionado e por toda a vida universitária que tive ao longo do curso.

Aos professores, agradeço por todo o empenho e dedicação para garantir a formação de um
bom engenheiro civil.

À banca avaliadora, agradeço à disponibilidade e disposição para julgar o trabalho desenvolvido


e contribuir com meu aperfeiçoamento.

Aos meus avós e toda minha família, minha profunda gratidão por terem contribuído, cada um
de sua maneira, para que eu chegasse nesse momento de minha vida e tivesse as condições que
possuo hoje.

Agradeço às amizades feitas ao longo da faculdade. Marcelo, meu eterno freguês, e Richard,
companheiro de violão. Impossível esquecer de todos os churrascos e reuniões.

Por fim, agradeço também ao meu amigo/companheiro de apartamento, Mariano. Lá se vão 19


anos de amizade e histórias.
A mente que se abre a uma nova ideia jamais voltará ao
seu tamanho original.
Albert Einstein
RESUMO

Este trabalho visa definir, descrever e aplicar procedimentos para a execução de projeto de
instalações elétricas prediais de baixa tensão com qualidade, funcionalidade e segurança. A
construção civil é um dos grandes pilares econômicos brasileiros e, também por isso, é crescente
a preocupação com obras de maior qualidade e durabilidade, algo que se reflete na necessidade
de projetos e análises bem-feitos. Dentro do acervo de projetos de uma edificação, encontra-se
o projeto de instalações elétricas, o qual é responsável por definir e dimensionar os materiais e
métodos utilizados para conduzir a energia fornecida pela concessionária até o ponto de
utilização final do usuário. Por mais que as edificações difiram em suas características, o
processo de elaboração de projeto elétrico é semelhante e exige atenção aos detalhes. É dever
do projetista garantir o nível de detalhamento e minúcia de forma a disponibilizar condições
para a correta e segura execução da instalação. Levando isso em conta, foi realizado o
lançamento e dimensionamento, baseado na NBR 5410 (ABNT, 2004) e RIC/BT-2017, das
instalações elétricas de um prédio residencial localizado na cidade de Porto Alegre, Rio Grande
do Sul. O edifício contém 20 apartamentos, divididos em 4 pavimentos de moradia e, ainda, 2
pavimentos de estacionamento e outros 2 de serviço. São apresentadas as considerações,
cálculos e tabelas para a obtenção dos elementos. Também são mostrados memorial descritivo,
memória de cálculo, levantamento de quantitativos, orçamentação através do SINAPI e solução
gráfica do projeto. Realizou-se, também, comparação para os cálculos de demanda predial
conforme os 2 regulamentos da concessionária responsável pelo fornecimento de energia no
local de implantação, RIC/BT e sua substituta, NT.004. Foi demonstrado que as alterações
presentes no novo regulamento da concessionária impactam brevemente na solução encontrada
para um projeto, sem alterar o procedimento básico.

Palavras-chave: NBR 5410:2004; Projeto de Instalações Elétricas Prediais de Baixa Tensão;


RIC/BT;
LISTA DE FIGURAS

Figura 1 – Fluxograma de elaboração de projeto de IE de baixa tensão .......................... 19


Figura 2 – Tabela 47 da ABNT NBR 5410:2004 ............................................................. 27
Figura 3 – Tabela 48 da ABNT NBR 5410:2004 ............................................................. 28
Figura 4 – Tabela 58 da ABNT NBR 5410:2004 ............................................................. 28
Figura 5 – Trecho da tabela 33 da ABNT NBR 5410:2004.............................................. 30
Figura 6 – Tabela 36 da ABNT NBR 5410:2004 ............................................................. 31
Figura 7 – Tabela 37 da ABNT NBR 5410:2004 ............................................................. 32
Figura 8 – Tabela 38 da ABNT NBR 5410:2004 ............................................................. 34
Figura 9 – Continuação da tabela 38 e trecho da tabela 39 da ABNT NBR 5410:2004 .. 35
Figura 10 – Continuação da tabela 39 da ABNT NBR 5410:2004 .................................. 36
Figura 11 – Tabela 40 da ABNT NBR 5410:2004 ........................................................... 37
Figura 12 – Destaque da tabela 42 da ABNT NBR 5410:2004 ....................................... 38
Figura 13 – Tabela 43 da ABNT NBR 5410:2004 ........................................................... 39
Figura 14 – Tabela 44 da ABNT NBR 5410:2004 ........................................................... 39
Figura 15 – Tabela 45 da ABNT NBR 5410:2004 ........................................................... 40
Figura 16 – Definição de corrente nominal de dispositivo DR ........................................ 48
Figura 17 – Anexo D do RIC/BT CEEE .......................................................................... 54
Figura 18 – Anexo E do RIC/BT CEEE .......................................................................... 55
Figura 19 – Anexo F do RIC/BT CEEE .......................................................................... 55
Figura 20 – Anexo G do RIC/BT CEEE .......................................................................... 55
Figura 21 – Anexo H do RIC/BT CEEE .......................................................................... 56
Figura 22 – Anexo I do RIC/BT CEEE ........................................................................... 56
Figura 23 – Anexo T do RIC/BT CEEE .......................................................................... 58
Figura 24 – Anexo U do RIC/BT CEEE .......................................................................... 59
Figura 25 – Recorte do Anexo J do RIC/BT CEEE ......................................................... 60
Figura 26 – Item 9.5 do RIC/BT ...................................................................................... 63
Figura 27 – Anexo Z – Figura J do RIC/BT CEEE ......................................................... 64
Figura 28 – Figura 25 do RIC/BT CEEE ......................................................................... 65
Figura 29 – Esquema de aterramento TN-S NBR 5410:2004 .......................................... 66
Figura 30 – Anexo A do RIC/BT CEEE .......................................................................... 68
Figura 31 – Figura 37 do RIC/BT CEEE ......................................................................... 69
Figura 32 – Tabela 3 da NT.004 – CEEE/Equatorial ....................................................... 71
Figura 33 – Tabela 4 da NT.004 – CEEE/Equatorial........................................................ 72
Figura 34 – Tabela 5 da NT.004 – CEEE/Equatorial........................................................ 72
Figura 35 – Tabela 6 da NT.004 – CEEE/Equatorial........................................................ 73
Figura 36 – Tabela 7 da NT.004 – CEEE/Equatorial ....................................................... 73
Figura 37 – Tabela 8 da NT.004 – CEEE/Equatorial ....................................................... 74
Figura 38 – Tabela 9 da NT.004 – CEEE/Equatorial ....................................................... 74
Figura 39 – Tabela 10 da NT.004 – CEEE/Equatorial ..................................................... 74
Figura 40 – Tabela 12 da NT.004 – CEEE/Equatorial ..................................................... 75
Figura 41 – Comparativo entre métodos para cálculo de demanda na UC ...................... 75
Figura 42 – Tabela 22 da NT.004 – CEEE/Equatorial ..................................................... 76
Figura 43 – Tabela 23 da NT.004 – CEEE/Equatorial ..................................................... 77
Figura 44 – Tabela 2 da NT.001 – CEEE/Equatorial ....................................................... 78
LISTA DE SIGLAS

CED – Caixa de Entrada e Distribuição

CEEE – Companhia Estadual de Distribuição de Energia Elétrica

CD – Centro de Distribuição

DPS – Dispositivo de Proteção Contra Surtos

DR – Dispositivo Diferencial-Residual

EPR – Etileno-Propileno

NBR – Norma Brasileira

NT.001 – Norma Técnica 001 – CEEE/Equatorial

NT.004 – Norma Técnica 004 – CEEE/Equatorial

PVC – Policloreto de Vinila

RIC/BT – Regulamento de Instalações Consumidoras de Baixa Tensão


LISTA DE SÍMBOLOS

A – unidade de corrente elétrica (ampere)

Al – metal alumínio

Cu – metal cobre

kVA – unidade de potência utilizada para potência aparente (quilovolt-ampere)

kV – unidade de tensão (quilovolt)

mA – unidade de corrente elétrica (miliampere)

mm – unidade de comprimento (milímetro)

V – unidade de tensão (volt)

VA – unidade de potência utilizada para potência aparente (volt-ampere)

Vca – tensão para sistema com corrente alternada

Vcc – tensão para sistema com corrente contínua

VFF – Tensão Fase-Fase

VFN – Tensão Fase-Neutro

W – unidade de potência utilizada para potência ativa (watts)


SUMÁRIO

1 INTRODUÇÃO .......................................................................................................... 14
2 OBJETIVOS ............................................................................................................... 16
3 ESCOPO ...................................................................................................................... 17
4 ELABORAÇÃO DE UM PROJETO ELÉTRICO ................................................. 20
4.1 Potências mínimas segundo a NBR 5410 – Localização de pontos ............................ 20
4.1.1 Potências e quantidades mínimas em pontos de tomadas................................... 21
4.1.2 Potências e quantidades mínimas em pontos de iluminação .............................. 22
4.1.3 Localização dos Pontos .......................................................................................... 23
4.1.4 Previsão de cargas especiais .................................................................................. 23
4.1.5 Posicionamento do CD ........................................................................................... 23
4.2 Divisão dos pontos de consumo em circuitos ............................................................. 24
4.3 Dimensionamento de condutores ................................................................................ 25
4.3.1 Método da Seção Mínima ...................................................................................... 26
4.3.1.1 Condutores fase ..................................................................................................... 26
4.3.1.2 Condutores neutro ................................................................................................. 27
4.3.1.3 Condutores de proteção ......................................................................................... 28
4.3.2 Método da capacidade de corrente ....................................................................... 28
4.3.2.1 Cálculo da corrente de projeto............................................................................... 29
4.3.2.2 Determinação da capacidade máxima de corrente ................................................ 29
4.3.2.3 Definição de fatores de correção de capacidade de corrente ................................. 37
4.3.2.4 Definição da capacidade de corrente máxima corrigida ....................................... 40
4.3.3 Método da queda de tensão ................................................................................... 41
4.3.3.1 Determinação da queda de tensão ......................................................................... 42
4.3.3.2 Definição da seção do condutor fase ..................................................................... 43
4.4 Dispositivos de proteção ............................................................................................. 43
4.4.1 Dispositivos de proteção contra sobrecorrentes .................................................. 43
4.4.1.1 Tensão de operação ............................................................................................... 44
4.4.1.2 Corrente nominal ................................................................................................... 44
4.4.1.3 Características de abertura..................................................................................... 45
4.4.1.4 Capacidade de ruptura ........................................................................................... 45
4.4.2 Dispositivos de proteção contra choques elétricos ............................................... 46
4.4.2.1 Circuitos com necessidade de instalação de dispositivo diferencial residual........ 46
4.4.2.2 Distribuição de DRs em quadros ........................................................................... 47
4.4.2.3 Dimensionamento de DRs ..................................................................................... 48
4.4.3 Dispositivos de proteção contra sobretensões ...................................................... 49
4.5 Proteções mecânicas .................................................................................................... 49
4.5.1 Determinação do material utilizado ..................................................................... 50
4.5.2 Dimensionamento dos eletrodutos ........................................................................ 50
4.6 Fornecimento de energia ............................................................................................. 52
4.6.1 Cálculo da demanda da edificação........................................................................ 53
4.6.2 Dimensionamento da entrada de serviço .............................................................. 60
4.6.3 Caixa de entrada e distribuição – CED ................................................................ 61
4.6.4 Distribuição entre medidores ................................................................................ 61
4.6.5 Painel de medidores................................................................................................ 62
4.7 Aterramento ................................................................................................................. 67
4.7.1 Esquema de aterramento ....................................................................................... 67
4.7.2 Ligação ao BEP ....................................................................................................... 68
4.7.3 Eletrodo de aterramento ........................................................................................ 68
4.7.4 Condutor de aterramento ...................................................................................... 69
5 REGULAMENTAÇÃO DA CONCESSIONÁRIA ................................................. 71
5.1 Comparativo do cálculo de demanda .......................................................................... 71
5.2 Novo dimensionamento da entrada de serviço ............................................................ 79
6 CONSIDERAÇÕES FINAIS ..................................................................................... 80
REFERÊNCIAS ................................................................................................................ 81
ANEXO A – Anexo F da NBR 5410:2004 ....................................................................... 83
ANEXO B – Tabela 33 da NBR 5410:2004 ..................................................................... 86
APÊNDICE A – Memorial Descritivo .............................................................................. 93
APÊNDICE B – Memória de Cálculo ............................................................................. 107
APÊNDICE C – Levantamento de Quantitativos e Orçamentação ................................ 133
APÊNDICE D – Solução Gráfica ................................................................................... 136
14

1 INTRODUÇÃO

A construção civil é um dos grandes pilares econômicos brasileiros, contribuindo com cerca de
6,2% do PIB nacional de 2017, conforme a Federação das Indústrias do Distrito Federal (FIBRA,
2017). O setor desempenha o papel de uma catapulta para as demais atividades econômicas, seja
diretamente, através de obras de infraestrutura, ou indiretamente, pela criação de polos
populacionais, por exemplo. Dessa forma, é crescente a preocupação com obras de maior
qualidade e durabilidade, algo que se reflete na necessidade de projetos e análises bem-feitos.
Dentro do acervo de projetos de uma edificação, encontra-se o projeto de instalações elétricas, o
qual é responsável por definir e dimensionar os materiais e métodos utilizados na execução do
sistema.

Ainda relacionado a questões econômicas, Campo e Sarmiento (2013) demonstram que se


estabelece relação de causalidade bilateral entre o consumo energético e o produto interno bruto
total de uma nação. Dados compilados pela organização Our World in Data (2022), referentes
aos anos de 1990 a 2015, explicitam que o consumo energético per capita é superior em países
desenvolvidos em relação aos países mais pobres. Essa relação de produção de riqueza versus
consumo energético evidencia a necessidade do uso racional de tal recurso, ou seja, a eficiência
energética. Para isso, é essencial planejar e executar com domínio técnico.

As instalações elétricas prediais são uma fonte potencial de desastres, exigindo muita atenção
por parte de quem as projeta ou executa. Segundo dados da Associação Brasileira de
Conscientização para os Perigos da Eletricidade (ABRACOPEL, 2020), somente no ano de 2019,
pelo menos 821 pessoas morreram em decorrência de acidentes relacionados à energia elétrica e
destes, 697 óbitos causados por choque elétrico diretamente. Apenas observando os impactos à
vida humana, sem considerar prejuízos materiais e das edificações, já fica visível a necessidade
da correta execução das instalações elétricas, bem como sua posterior manutenção.

Além da questão de segurança, outro benefício na elaboração de um projeto de instalações


elétricas normatizado e bem dimensionado está na economia de materiais, tanto durante a
execução primária quanto em manutenções futuras. Componentes bem dimensionados e
trabalhando dentro do seu potencial máximo tem sua vida útil estendida, mantendo o sistema
com funcionamento adequado por mais tempo. Analisando condições de instalação, manutenção

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Gabriel Andrighetto Teixeira. Porto Alegre: EE/UFRGS, 2022
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e consumo de energia elétrica, um correto dimensionamento de elementos das instalações
elétricas de uma edificação predial pode reduzir o custo total de longo prazo em até 17%
(BORNE, 2010).

Considerando todos os pontos levantados é essencial que o engenheiro civil, habilitado


legalmente para atuar em obras na área elétrica de baixa tensão (tensões até 1000 VCA), possua
bom domínio sobre o tema e tenha um olhar crítico no momento da implantação das instalações
sob sua responsabilidade, tanto na fase de projeto quanto nas fases de execução, fiscalização e
manutenção.

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Elaboração de projeto de instalações elétricas de baixa tensão em edificação residencial multifamiliar
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2 OBJETIVOS

Este trabalho visa demonstrar de forma sequencial as etapas para elaboração de um projeto de
instalações elétricas para um edifício residencial multifamiliar na cidade de Porto Alegre. Assim,
serão descritos métodos e procedimentos que se destinam a dimensionar e representar
graficamente os traçados em planta. Como demonstrativo de aplicação do procedimento, será
realizado estudo de caso a partir de pré-projeto arquitetônico existente para, então, idealizar as
instalações elétricas de baixa tensão. Desta forma, busca-se desenvolver um projeto
personalizado, eficaz, seguro e funcional para a edificação, sob o ponto de vista da distribuição
e utilização da energia elétrica.

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Gabriel Andrighetto Teixeira. Porto Alegre: EE/UFRGS, 2022
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3 ESCOPO

Durante a elaboração de um projeto de qualquer natureza, o projetista deve providenciar uma


série de documentos que sejam claros e passem a informação sem deixar dúvidas ao interlocutor.
Por mais que o meio da construção civil exija mão de obra técnica e qualificada, o profissional
executor do projeto pode não possuir total domínio das nomenclaturas e padrões utilizados, sendo
de responsabilidade do projetista a exibição, de forma simples e objetiva, do que foi pensado.
Dessa forma, o projeto consiste em uma sequência básica, demonstrada através do fluxograma
da figura 1:

a) Estudo preliminar do projeto arquitetônico

Antes da concepção do projeto elétrico, deve-se analisar o projeto arquitetônico, buscando


referências quanto às características, localização e viabilidade. Também é necessário levantar as
condições de utilização e anseios do cliente, elencando prioridades para não haver complicação
ou quebra de expectativa no futuro.

b) Estimativa de carga de projeto

Com o projeto arquitetônico avaliado, pode-se realizar a previsão mínima de carga instalada e
demanda para o edifício a partir das dimensões das unidades privativas e dos componentes como
elevadores, bombas e motores que serão instalados. Particularmente para o engenheiro civil que
realiza projeto de instalações elétricas, é importante estimar a carga instalada e a demanda,
conforme regulamento da concessionária, para confirmar se a entrada de energia poderá ser
executada em baixa tensão (tensões até 1000 VCA).

c) Lançamento de pontos em planta

Norteado pelos limites mínimos de potência de iluminação e de pontos de tomadas em ambientes


residenciais, realiza-se o lançamento dos pontos em planta, seguindo também as necessidades do
cliente.

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Elaboração de projeto de instalações elétricas de baixa tensão em edificação residencial multifamiliar
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d) Entrada de energia e alimentadores das unidades

Na sequência é realizado o dimensionamento prévio da entrada de energia e como se dará a


distribuição interna das linhas até às unidades consumidoras. São determinadas as condições do
painel de medidores e dos condutores que farão a distribuição interna do painel, desde a CED
(caixa de entrada e distribuição).

e) Dimensionamento dos condutores e componentes

O dimensionamento dos condutores e componentes é feito a partir da potência dos circuitos.


Define-se, assim, o tipo de condutor, sua seção, tipo de isolação, tensão de isolamento, entre
outras características. Na sequência são determinados disjuntores, DRs e proteções mecânicas
para os condutores, de forma a finalizar o cálculo das instalações internas aos apartamentos e
áreas comuns.

f) Planejamento gráfico

Na sequência é feito o planejamento gráfico do projeto, onde são ajustados os detalhes e


desenhadas pranchas complementares, contendo diagramas unifilares, coluna montante,
detalhamento de medidores, entre outros elementos gráficos.

g) Memorial descritivo

É de responsabilidade do projetista garantir as condições para o executor seguir exatamente o


que foi pensado para o projeto. Para tal, se faz necessária a entrega de memorial descritivo, o
qual especifica materiais e métodos, elucida alguns pontos que possam ser dúbios na
representação gráfica e indica sugestões de boas práticas para a mão de obra executora.

h) Memorial de cálculos

É importante o projetista manter, de forma organizada, arquivo contento os cálculos utilizados


nas soluções de projeto. Tal documento, dá segurança ao projetista em caso de contestação das
decisões do projeto.

i) Lista de materiais e orçamento

O levantamento de materiais é etapa importante na elaboração do projeto, exigindo do projetista


muita atenção, pois eventuais erros impactam fortemente na execução das instalações, seja no

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Gabriel Andrighetto Teixeira. Porto Alegre: EE/UFRGS, 2022
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aspecto financeiro ou de prazo. É importante utilizar uma base de dados sólida para obtenção dos
preços e explicitar a referência de data e local para o orçamento.

Figura 01 – Fluxograma de elaboração de projeto de IE de baixa tensão

(Fonte: o autor, 2022)

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Elaboração de projeto de instalações elétricas de baixa tensão em edificação residencial multifamiliar
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4 ELABORAÇÃO DE UM PROJETO ELÉTRICO

As instalações elétricas são o conjunto de componentes físicos responsáveis por viabilizar o


fornecimento de energia desde a rede pública até o ponto de consumo do usuário final de forma
segura, confiável e econômica. Para tal são empregados procedimentos e materiais normatizados.
No Brasil, todos os projetos de instalações elétricas de baixa tensão são regidos pela ABNT NBR
5410 (ABNT, 2004) - Instalações elétricas de baixa tensão. Além disso, na região de Porto
Alegre, deve-se seguir o regulamento vigente da concessionária de energia (CEEE-Equatorial)
para instalações de baixa tensão.

Considerando que o local de implantação do edifício encontra-se na cidade de Porto Alegre, têm-
se como premissa que o fornecimento de energia em tensão secundária se dá em 220/127 V
(FF/FN).

4.1 Potências mínimas segundo a NBR 5410 – Localização de pontos

Ao iniciar o processo de dimensionamento das instalações elétricas de uma edificação


residencial, é necessário verificar os limites e condições estabelecidos pela norma brasileira para
potências mínimas, tanto para ambientes particulares e domiciliares quanto para ambientes
comuns condominiais. A NBR 5410 (ABNT, 2004) possui limites mínimos de potência aparente
de iluminação e tomadas que precisam ser considerados no momento do projeto. Com isso, a
norma objetiva que as instalações possam atender minimamente às demandas básicas do usuário.

Antes de adentrar no dimensionamento propriamente dito, se faz necessário esclarecer alguns


conceitos importantes da eletricidade, que são: potência aparente, potência útil e fator de
potência. Cargas indutivas, como motores, transformadores, reatores e aparelhos que contém
enrolamentos, precisam de campos magnéticos para funcionar. Para gerar esses campos, é
necessário separar uma parcela da potência total retirada da fonte (rede). Essa potência total
demandada pelo aparelho se chama potência aparente e é medida na unidade de VA (Volt
Ampére). Descontada a potência de geração dos campos, a parcela restante é chamada de
potência ativa e tem a unidade W (Watt). A relação Watt/VA é chamada Fator de Potência (FP).
Portanto, para determinar a potência aparente (VA), basta realizar o quociente entre a potência
ativa ou de trabalho do equipamento (W) pelo fator de potência. Apenas para exemplificação,
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Gabriel Andrighetto Teixeira. Porto Alegre: EE/UFRGS, 2022
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cargas resistivas como chuveiros, torneiras elétricas, entre outros, possuem fator de potência
igual a 1, visto que apenas oferecem resistência à passagem da corrente elétrica, gerando calor
(watts = VA). Não precisam de campos magnéticos para seu funcionamento. Já equipamentos
como aparelhos de ar-condicionado, devido à natureza indutiva, terão fator de potência menor
do que 1.

4.1.1 Potências e quantidades mínimas em pontos de tomadas

A NBR 5410 (ABNT, 2004) trata da previsão de potência para pontos de tomadas em 2 itens
distintos. O primeiro deles, item 4.2.1.2.3, repassa alguns parâmetros a considerar no momento
da definição dos pontos de consumo e de suas respectivas potências, como retratado abaixo.

4.2.1.2.3 Pontos de tomada:

a) em locais de habitação, os pontos de tomada devem ser determinados e dimensionados


de acordo com 9.5.2.2;
b) em halls de serviço, salas de manutenção e salas de equipamentos, tais como casas de
máquinas, salas de bombas, barriletes e locais análogos, deve ser previsto no mínimo
um ponto de tomada de uso geral. Aos circuitos terminais respectivos deve ser
atribuída uma potência de no mínimo 1000 VA;
c) quando um ponto de tomada for previsto para uso específico, deve ser a ele atribuída
uma potência igual à potência nominal do equipamento a ser alimentado ou à soma
das potências nominais dos equipamentos a serem alimentados. Quando valores
precisos não forem conhecidos, a potência atribuída ao ponto de tomada deve seguir
um dos dois seguintes critérios:
- potência ou soma das potências dos equipamentos mais potentes que o ponto
pode vir a alimentar;
- potência calculada com base na corrente de projeto e na tensão do circuito
respectivo.
d) os pontos de tomada de uso específico devem ser localizados no máximo a 1,5 m do
ponto previsto para a localização do equipamento a ser alimentado;
e) os pontos de tomada destinados a alimentar mais de um equipamento devem ser
providos com a quantidade adequada de tomadas.

Para áreas privativas residenciais, por sua vez, utiliza-se o item 9.5.2.2 da mesma norma. Nele,
são descritos os métodos para definição do número de tomadas a adotar em cada um dos cômodos
da residência, bem como suas respectivas potências.

Assim, são realizadas as seguintes considerações:

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Elaboração de projeto de instalações elétricas de baixa tensão em edificação residencial multifamiliar
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a) Para áreas molháveis ou molhadas, tais como cozinhas, lavanderias e banheiros, deve-
se prever a instalação de um ponto de tomada para cada 3,5 metros ou fração de
perímetro do ambiente. Para exemplificar, uma cozinha com 6 metros de perímetro
exige minimamente a instalação de 2 pontos de tomada. Para banheiros, deve-se
considerar a instalação de uma tomada junto ao lavatório, enquanto para cozinhas e
semelhantes, o mínimo de 2 pontos de tomada sobre bancada de pia;
b) Em relação à potência dos pontos previstos nos ambientes molháveis, deve-se
considerar potência aparente de 600 VA nos 3 primeiros pontos, e, a partir do 4º ponto,
100 VA;
c) Para os demais cômodos da residência, tais quais dormitórios, sala de estar e jantar e
circulação, deve-se adotar um ponto de tomada para cada 5 metros ou fração de
perímetro do ambiente, considerando potência aparente de 100 VA para cada ponto.
Exemplificando, para uma sala de estar de 12 metros de perímetro, a quantidade
mínima exigida pela norma seria de 3 pontos de tomada.

4.1.2 Potências e quantidades mínimas em pontos de iluminação

A determinação da quantidade e potência dos pontos de iluminação de uma residência se dá


através de norma específica que avalia as condições ambientais, tarefas que serão executadas no
ambiente, características da edificação, entre outros fatores. A NBR 5413, que tratava do assunto,
foi extinta, sendo hoje utilizada a NBR ISO 8995-1:2013. Como alternativa, a NBR 5410
(ABNT, 2004) possibilita no seu item 9.5.2.1 que o dimensionamento seja realizado diretamente
através da adoção de critérios mínimos. São eles:

a) Todos os ambientes da residência demandam a presença de um ponto de iluminação


em teto comandado por interruptor;
b) Para todos os ambientes deve ser prevista uma carga de, pelo menos, 100 VA para
iluminação;
c) Para o cálculo assertivo da potência a considerar em cada ambiente, analisa-se a área
do ambiente em questão. Para os primeiros 6 m² de cada ambiente, deve-se considerar
os 100 VA citados anteriormente, acrescendo 40 VA a cada 4 m² inteiros. Para
exemplificar, se um cômodo possui 10,5 m², a potência aparente de iluminação
prevista deverá ser de 140 VA.

Cabe aqui ressaltar que a potência mínima de iluminação (100 VA) não significa potência de
lâmpada, conforme nota do item 9.5.2.1.2 da NBR 5410 (ABNT, 2004). Esse é um valor mínimo
necessário para efeito de dimensionamentos.

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4.1.3 Localização dos Pontos

Calculada a quantidade e potência mínima de pontos de tomada e potência mínima da iluminação


de cada ambiente, define-se a localização dos pontos. Para o posicionamento das tomadas, é
necessário estar atento no sentido de entregar conforto, segurança e qualidade ao usuário.
Algumas questões a considerar:

a) A primeira questão é a presença de tomadas em todas as paredes de dormitórios e


salas. Dessa forma, por mais que haja uma alteração no layout proposto pela
arquitetura, o morador ainda pode contar com o atendimento das instalações elétricas
existentes;
b) É de boa prática a previsão de mais de um ponto de tomada em locais que
normalmente possuem muitos aparelhos instalados. Em salas de estar, por exemplo,
onde tem-se aparelho de televisão, home theater, modem de internet, entre outros
aparelhos, o que acaba demandando a previsão de vários pontos de tomadas para
evitar uma sobrecarga posterior com a utilização de extensões;
c) Visando reduzir a necessidade de infraestrutura e garantir um aspecto simétrico à
instalação, busca-se aproveitar os alinhamentos entre tomadas e interruptores.

Por fim, realiza-se o estudo de tomadas de uso específico. Estas tomadas são designadas, em
geral, para aparelhos de localização fixa ou com potências de operação maiores (corrente acima
de 10 A). Deve-se, juntamente com o cliente, analisar o custo x benefício da previsão de pontos
de consumo específicos pela residência, de forma a suprir as necessidades e garantir o conforto
do usuário final sem onerar desnecessariamente a instalação.

4.1.4 Previsão de cargas especiais

Para projetos prediais de instalações elétricas, é particularmente importante a avaliação quanto à


utilização de alguns equipamentos de alta demanda. Aparelhos como elevadores, bombas e
grandes motores impactam de maneira elevada nas condições de alimentação da edificação e no
modo como ela será projetada. Dessa forma, é importante definir previamente na concepção do
projeto, quais serão as cargas especiais do edifício e onde ficarão instaladas.

4.1.5 Posicionamento do CD

Após o lançamento dos pontos de consumo, deve-se definir o posicionamento do centro de


distribuição (CD) dentro da unidade.

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Com esse intuito, observa-se alguns critérios importantes, conforme NBR 5410 (ABNT,2004):

a) Evitar ambientes de ocupação longa, como dormitórios ou locais de lazer;


b) Evitar ambientes úmidos, como cozinhas, banheiros e áreas de serviço;
c) É conveniente seguir o critério técnico para definir o local do CD, posicionando-o
próximo às cargas de maior potência sempre que possível.

4.2 Divisão dos pontos de consumo em circuitos

Com a potência definida, parte-se para a divisão e configuração dos circuitos. Para tal, há uma
série de regras e boas práticas dispostas na NBR 5410 (ABNT, 2004), dentre as quais, destacam-
se:

a) Item 4.2.5.2:
A divisão da instalação em circuitos deve ser de modo a atender, entre outras, às
seguintes exigências:

a) Segurança — por exemplo, evitando que a falha em um circuito prive de alimentação


toda uma área;

b) Conservação de energia — por exemplo, possibilitando que cargas de iluminação


e/ou de climatização sejam acionadas na justa medida das necessidades;

c) Funcionais — por exemplo, viabilizando a criação de diferentes ambientes, como os


necessários em auditórios, salas de reuniões, espaços de demonstração, recintos de lazer
etc.;

d) De produção — por exemplo, minimizando as paralisações resultantes de uma


ocorrência;

e) De manutenção — por exemplo, facilitando ou possibilitando ações de inspeção e de


reparo.

b) Item 4.2.5.5:
Os circuitos terminais devem ser individualizados pela função dos equipamentos de
utilização que alimentam. Em particular, devem ser previstos circuitos terminais
distintos para pontos de iluminação e para pontos de tomada.

c) Item 9.5.3.2:
Os pontos de tomada de cozinhas, copas, copas-cozinhas, áreas de serviço, lavanderias
e locais análogos devem ser atendidos por circuitos exclusivamente destinados à
alimentação de tomadas desses locais.

Dessa forma, ao projetar a instalação elétrica de hotéis, motéis e residências, realiza-se a


separação dos pontos de consumo procurando manter um equilíbrio na potência estimada para
cada circuito. Busca-se, assim, que a corrente de projeto fique em torno de 10 A, ou seja, cerca
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de 1200 VA para um circuito monofásico 127 V. Cabe ressaltar que, para ambientes industriais,
é interessante seguir o mesmo critério visando a desoneração e facilidade da instalação, caso seja
possível.

A alimentação de tomadas de uso específico, por sua vez, se dá através de circuitos exclusivos,
conforme o item 9.5.3.1 da NBR 5410 (ABNT, 2004). Por se tratar de equipamentos que
normalmente possuem uma potência maior, se fazem necessários alguns cuidados no sentido de
diminuição da corrente, como por exemplo, a adoção de circuito em duas fases (FFT), com tensão
de operação em 220 V. Através dessa escolha, todos os componentes do circuito podem ser
dimensionados para suportar correntes menores do que no caso destes circuitos trabalharem com
apenas uma fase. Assim, gera-se economia e maior segurança para a instalação.

4.3 Dimensionamento de condutores

Divididos os pontos de consumo entre os diferentes circuitos propostos e interligados por


eletrodutos (já contendo os condutores), inicia-se o dimensionamento das linhas elétricas
(compostas por condutores fase, neutro e terra ou fase, fase e terra).

Existem diversas opções de condutores no mercado, divergindo na parte metálica, no material de


isolação/proteção e no formato.

Em relação à parte metálica, existem duas opções de destaque que podem ser analisadas: cobre
e alumínio. O alumínio é um material cerca de 75% mais barato que o cobre, porém, sua maior
resistividade, faz com que, em instalações residenciais, seja indicado o uso do cobre.

Tratando-se do material de isolação, usualmente são avaliadas duas opções: condutores com
isolação em PVC (regidos pela NBR NM-247-3:2002) e condutores com isolação em EPR/XLPE
(regidos pela NBR-15977:2011). Os condutores em PVC normatizados chegam a uma
temperatura de trabalho em serviço contínuo de até 70ºC, enquanto em EPR a temperatura
suportada chega aos 90ºC. A maior capacidade de suportar elevações de temperatura faz com
que os cabos isolados com EPR consigam transmitir maior corrente e, consequentemente, sejam
dimensionados com seções menores (para a mesma potência). Porém, por questões de custo,
normalmente opta-se pela utilização de cabos com isolação PVC para instalações elétricas
residenciais.

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Por fim, os condutores podem ser utilizados, na parte metálica, em formato maciço (fio) ou em
formato flexível (cabos), compostos por inúmeros condutores mais finos. A maior diferença
gerada pelo número de fios que compõem um cabo está na flexibilidade. Fios ou cabos maciços
são rígidos, condição que acaba restringindo seu uso em instalações embutidas em que os
circuitos precisam passar por curvas para chegar ao destino. Por isso, para instalações
residenciais, comumente são adotados cabos de cobre de classe II à IV de encordoamento, os
quais possuem a flexibilidade adequada para o trabalho elétrico.

Definindo o tipo do condutor, inicia-se o dimensionamento. Para tal, serão abordados 3 métodos
distintos: seção mínima, capacidade de corrente e queda de tensão. A seção a ser adotada para
cada circuito será a maior entre os 3 métodos.

4.3.1 Método da Seção Mínima

A NBR 5410 (ABNT, 2004) delimita a seção mínima passível de utilização em instalações
elétricas de baixa tensão, independentemente do tipo de edificação.

4.3.1.1 Condutores fase

A tabela 47 da NBR 5410 (ABNT, 2004) limita a seção mínima dos condutores fase, dependendo
de suas características e das características do circuito alimentado. Pode-se observar pela figura
2 que, para as condições de contorno adotadas, é estipulada a seção mínima de 1,5 mm² para
circuitos de iluminação e 2,5 mm² para circuitos de tomadas;

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Figura 02 – Tabela 47 da ABNT NBR 5410:2004

(ABNT NBR 5410:2004, p.113)

4.3.1.2 Condutores neutro

Para o condutor neutro, a NBR 5410 (ABNT, 2004) dispõe do item 6.2.6.2.6., onde são dadas as
condições básicas de dimensionamento e é indicada a tabela 48, a qual é reproduzida abaixo, para
o dimensionamento do condutor neutro em casos gerais de circuitos alimentadores trifásicos.
Dentre as condições para utilização da tabela, consta que a corrente das fases não pode conter
uma taxa de terceira harmônica e múltiplos superior a 15%, algo que é ocasionado normalmente
pela utilização de muitos equipamentos eletrônicos na instalação elétrica, como é usual nos dias
de hoje. Caso essa condição se confirme, o dimensionamento do condutor neutro para o circuito
se dá através do anexo F da NBR 5410 (ABNT, 2004), reproduzido no anexo A do presente
trabalho.

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Figura 03 – Tabela 48 da ABNT NBR 5410:2004

(ABNT NBR 5410:2004, p.115)

4.3.1.3 Condutores de proteção

Para condutores de proteção, a determinação da seção mínima é guiada pela tabela 58 da NBR
5410 (ABNT, 2004), a qual pode ser acompanhada abaixo.

Figura 04 – Tabela 58 da ABNT NBR 5410:2004

(ABNT NBR 5410:2004, p.150)

4.3.2 Método da capacidade de corrente

O dimensionamento baseado na capacidade de condução de corrente é o método que considera


mais variáveis. Nele são levados em conta, entre outros, fatores de correção impactados pela
temperatura ambiente, a qual varia entre diferentes cidades, e a quantidade de circuitos que
dividem o mesmo eletroduto.

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4.3.2.1 Cálculo da corrente de projeto

Inicialmente, é necessário calcular a corrente de projeto para cada um dos circuitos analisados.
Para tal, utiliza-se a equação 1, proveniente dos conceitos básicos de eletricidade.

Ib = S / U (equação 1)

Onde:
Ib = Corrente de projeto calculada para o circuito (A);
S = Potência aparente, resultante da soma, em VA, da potência de todos os pontos de consumo
do circuito;
U = Tensão de operação do circuito, que corresponde à tensão fase/neutro em circuitos
monofásicos, tensão de linha para circuitos bifásicos e tensão de linha para circuitos trifásicos
(nesse caso multiplicada pelo fator √3)

4.3.2.2 Determinação da capacidade máxima de corrente

A capacidade de corrente dos condutores de diferentes seções é obtida através das tabelas 36, 37,
38 e 39 da NBR 5410 (ABNT, 2004) e consiste na corrente máxima em serviço contínuo e nas
condições padrão de compartilhamento de tubulações e temperatura (conforme item 6.2.5.2.1).
Para a análise das tabelas supracitadas, é preciso, primeiramente, consultar a tabela 33 da norma
(representada em parte na figura 5, e que delimita o tipo de linha elétrica). Ela pode ser consultada
na íntegra no anexo B e trata dos diferentes métodos de instalação das linhas elétricas.

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Figura 05 – Trecho da tabela 33 da ABNT NBR 5410:2004

(ABNT NBR 5410:2004, p. 90)

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Figura 06 – Tabela 36 da ABNT NBR 5410:2004

(ABNT NBR 5410:2004, p. 101)

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Figura 07 – Tabela 37 da ABNT NBR 5410:2004

(ABNT NBR 5410:2004, p. 102)

Nas figuras 6 e 7 acima (tabelas de condução 36 para isolação PVC e 37 para isolação EPR ou
XLPE) aparecem várias colunas, sendo a primeira a que contém a seção dos condutores (cobre
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ou alumínio) e as demais para indicar as capacidades de corrente em cada método de instalação
das linhas elétricas (A1, A2, B1, ...). Além disso, cada coluna se subdivide em duas subcolunas,
sendo uma para 2 condutores carregados (circuitos FN ou FF) e outra para 3 condutores
carregados (circuitos trifásicos – FFFN, em que se supõe que a corrente de neutro seja zero ou
mínima). No caso de instalações contendo cargas não lineares (eletrônicos, por exemplo), nas
quais a corrente de neutro pode ser significativa em relação às correntes de fase, a configuração
fica com quatro condutores carregados (coluna não existente). Uma das alternativas para
solucionar é usar os valores da coluna de dois condutores carregados, porém aplicando um fator
de correção, como se fossem dois circuitos agrupados (vide item 4.3.2.3.2 à frente).

Os métodos de referência E, F e G das figuras 8, 9 e 10 (tabelas 38 e 39 da norma) são utilizados


para linhas aéreas.

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Figura 08 – Tabela 38 da ABNT NBR 5410:2004

(ABNT NBR 5410:2004, p. 103)

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Figura 09 – Continuação da tabela 38 e trecho da tabela 39 da ABNT NBR 5410:2004

(ABNT NBR 5410:2004, p. 104)

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Figura 10 – Continuação da tabela 39 da ABNT NBR 5410:2004

(ABNT NBR 5410:2004, p. 105)

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4.3.2.3 Definição de fatores de correção de capacidade de corrente

Seguindo as recomendações da NBR 5410 (ABNT, 2004), é necessário aplicar fatores de


correção para a capacidade de corrente máxima de um condutor considerando questões

ambientais e definições de projeto.

O fator de correção pela temperatura é geral para a instalação, visto que toda a edificação está
sujeita à temperatura ambiente, excetuando-se situações previstas de aumento de temperatura
localizada (como locais que deverão resistir por maior tempo a incêndios). Para sua determinação
compara-se a temperatura ambiente com o tipo de isolação dos condutores através da tabela 40
da NBR 5410 (ABNT, 2004) (a qual é parcialmente visível abaixo).

Figura 11 – Tabela 40 da ABNT NBR 5410:2004

(ABNT NBR 5410:2004, p. 106)

O segundo fator está apresentado no item 6.2.5.5 da NBR 5410 (ABNT, 2004). Trata-se do
agrupamento de circuitos dentro do mesmo conduto, seja ele composto por eletrodutos,
eletrocalhas ou afins. Diferente do coeficiente anterior, o coeficiente de compartilhamento é
particular para cada circuito. Observa-se os percursos pré-determinados dos circuitos e avalia-se
o trecho crítico (pior caso) em relação ao número de circuitos que compartilham o mesmo
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conduto. Feito isso, usa-se as tabelas 42, 43, 44 e 45 da NBR 5410 (ABNT, 2004), as quais
podem ser observadas abaixo (figuras 12, 13, 14 e 15, respectivamente), para determinar o
coeficiente. No caso de ambiente residencial, circuitos instalados em eletrodutos embutidos em
alvenaria/concreto, deve-se utilizar a primeira linha da tabela 42, com até 4 circuitos no
eletroduto (sinalizada no retângulo vermelho). Com isso, pode-se manter os diâmetros da
tubulação dentro de um intervalo de 25 mm (3/4”) à 32 mm (1”)

Figura 12 – Destaque da tabela 42 da ABNT NBR 5410:2004

(ABNT NBR 5410:2004, p. 108)

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Figura 13 – Tabela 43 da ABNT NBR 5410:2004

(ABNT NBR 5410:2004, p. 109)

Figura 14 – Tabela 44 da ABNT NBR 5410:2004

(ABNT NBR 5410:2004, p. 109)

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Figura 15 – Tabela 45 da ABNT NBR 5410:2004

(ABNT NBR 5410:2004, p. 110)

4.3.2.4 Definição da capacidade de corrente máxima corrigida

A determinação da seção do condutor para cada circuito através do método da capacidade de


corrente é feita através da seguinte forma: a capacidade de condução de corrente encontrada nas
tabelas da norma (item 4.3.2.2) se refere às condições chamadas “padrão”, ou seja, temperatura
ambiente em 30ºC (fator de correção de temperatura, FCT = 1) e agrupamento unitário, ou seja,
um circuito somente no eletroduto (fator de correção por agrupamento, FCA = 1). As correntes
das tabelas da norma nas condições padrão, definem a chamada corrente Iz. Aplicadas correções
considerando a situação real de instalação do circuito, obtém-se as correntes Iz corrigidas, que
podem ser chamadas de Izc (nomenclatura usual, não normativa). Adota-se, então, a seção de
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condutor que possua capacidade de corrente corrigida (Izc) superior à corrente de projeto
calculada (Ib). Ou seja, Ib deve ser sempre menor (ou, no máximo igual) à Izc.

Nos casos em que haja aumento anormal da corrente de projeto no circuito (sobrecorrente), é
necessária sua interrupção antes que chegue ao limite Izc. Para isso são adotados elementos de
seccionamento. Para isso, normalmente são utilizados nas instalações residenciais os
disjuntores*, que são conectados em série no circuito, provocando a abertura caso sua corrente
nominal (Id) é ultrapassada. Assim a equação Ib < Id < Izc deve sempre ser atendida.

* Esse assunto será novamente retomado quando da especificação dos disjuntores.

4.3.3 Método da queda de tensão

A queda de tensão consiste em um processo de diminuição da tensão de alimentação ao longo do


condutor devido a sua impedância (combinação de resistência e reatância). Segundo Haro (2015),
a utilização de equipamentos fora da sua tensão nominal acaba, ao longo do tempo, por reduzir
sua vida útil e prejudicar seu funcionamento. Dessa forma, por ser um processo que acaba
gerando perdas energéticas e diminuindo a vida útil da instalação e seus componentes, a NBR
5410 (ABNT, 2004) prevê limites máximos de queda de tensão para trechos específicos e para a
instalação como um todo. Conforme NBR 5410 (ABNT, 2004), são eles:

a) 7%, calculados a partir dos terminais secundários do transformador MT/BT, no caso


de transformador de propriedade da(s) unidade(s) consumidora(s);
b) 7%, calculados a partir dos terminais secundários do transformador MT/BT da
empresa distribuidora de eletricidade, quando o ponto de entrega for aí localizado;
c) 5%, calculados a partir do ponto de entrega, nos demais casos de ponto de entrega
com fornecimento em tensão secundária de distribuição;
d) 7%, calculados a partir dos terminais de saída do gerador, no caso de grupo gerador
próprio;
Item 6.2.7.2:
Em nenhum caso a queda de tensão nos circuitos terminais pode ser superior a 4%.

Já o regulamento da concessionária de distribuição reforça alguns limites em relação à entrada


de energia da edificação:

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a) 2% para centro de medição alimentado diretamente por um ramal de baixa tensão,
desde a rede de distribuição secundária até o disjuntor geral;
b) 2% para centro de medição alimentado por subestação de transformação ou
transformador, desde a derivação secundária destes, até o disjuntor geral do painel de
medidor;
c) 2% para mais de um centro de medição, a partir da derivação da rede de distribuição
ou secundário do transformador até o disjuntor geral de cada centro.

4.3.3.1 Determinação da queda de tensão

A determinação da queda de tensão em cada um dos circuitos ocorre a partir de uma dedução da
lei de Ohm combinada com a equação da resistência apresentada ao longo de um condutor, as
quais são:

Lei de Ohm:

∆V = RI (equação 2)

Sendo:

∆V = Tensão elétrica (V);


R = Resistência elétrica do condutor (Ω); *
I = Corrente elétrica (A).

* Para as seções de condutores mais usuais em instalações residenciais (1,5mm² a 6mm²), as reatâncias dos
cabos podem ser desconsideradas.

Resistência ao longo de um condutor:

R = (ρL)/A (equação 3)

Sendo:
R = Resistência elétrica (Ω);
ρ = Resistividade do material (Ω.m);
L = Distância total entre a fonte e a carga (m);
A = Seção do condutor (mm²).
Igualando as duas expressões e transformando para termos percentuais da tensão total do sistema,
têm-se:

∆V /I = (ρL)/A (equação 4)

∆V% = (∆V / V) x 100

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∆V% = (100 ρ 2L I) / (VA) (equação 5)

Onde:
∆V% = Queda de tensão ao longo do condutor (%);
L = Distância entre o disjuntor e o ponto de consumo *

* Nota: a distância “L” é multiplicada por 2, visto que se trata de um percurso de ida e volta.

4.3.3.2 Definição da seção do condutor fase

Com a equação 5 em mãos, basta aplicá-la para as particularidades de cada um dos circuitos
analisados. Dessa forma, se obtém a área de condutor (seção) necessária para manter o sistema
abaixo dos limites máximos estabelecidos pela norma e concessionária.

4.4 Dispositivos de proteção

Todas as instalações elétricas estão sujeitas sobrecorrentes (sobrecarga e/ou curto-circuitos) e/ou
sobretensões. Além disso, também podem ocorrer acidentes com choque elétrico. Assim, se faz
necessária a atuação de mecanismos de proteção para evitar que essas variações venham a
danificar os componentes do sistema ou causar riscos à integridade física e financeira do usuário.
Com esse intuito, são empregados dispositivos de proteção contra sobrecorrentes (disjuntores),
dispositivos de proteção contra choques elétricos (DR) e dispositivos de proteção contra surtos
(DPS).

4.4.1 Dispositivos de proteção contra sobrecorrentes

Os dispositivos de proteção contra sobrecorrentes são dispositivos que provocam a abertura do


sistema elétrico em caso de anormalidade na corrente nominal prevista. Para essa finalidade, nas
instalações em ambientes residenciais, são utilizados os disjuntores em caixa moldada, do tipo
termomagnéticos, cuja atuação está descrita abaixo.

Nas sobrecorrentes ocasionadas por sobrecargas (acréscimo de carga, além do que foi previsto
em projeto) atua um mecanismo de desligamento térmico. Ao ultrapassar a corrente de alavanca

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do disjuntor, inicia o aquecimento de um par bimetálico. Passado algum tempo (calculado), os
metais se separam, abrindo o circuito.

Nas sobrecorrentes ocasionadas por curtos-circuitos, situação em que a corrente aumenta


abruptamente, atingindo várias vezes a corrente nominal (que passa no disjuntor), atua o relé
eletromagnético, cujo mecanismo é acionado por um enrolamento por onde passa a corrente
anormal.

Devido a essas duas formas de atuação, o disjuntor é chamado termomagnético.

O dimensionamento desse dispositivo se dá a partir da definição de 4 fatores: tensão de trabalho


do circuito, corrente nominal, característica de abertura do disjuntor (curva do disjuntor) e
capacidade de ruptura.

4.4.1.1 Tensão de operação

A tensão de trabalho é definida no momento da proposição dos circuitos. Como retratado no item
4.2, circuitos gerais com baixa potência demandada operam em fase e neutro. Já para circuitos
com potência mais elevada é melhor utilizar duas fases, visando reduzir a corrente, para maior
segurança da instalação

4.4.1.2 Corrente nominal

Para a determinação da corrente nominal do disjuntor, realiza-se, primeiramente, o cálculo da


corrente de projeto, chamada Ib, a partir da potência prevista para o circuito. A corrente nominal
(de alavanca) do disjuntor deve ser maior do que a corrente de projeto, com uma folga para evitar
aberturas indevidas.

A corrente nominal do disjuntor também deve ser menor do que a máxima corrente que o
condutor suporta sem que a temperatura para serviço contínuo seja ultrapassada. Essa corrente
máxima, chamada Iz está indicada em tabelas da norma NBR 5410 (ABNT, 2004) para condições
padrão de instalação dos condutores (por exemplo, temperatura ambiente em 30ºC,
compartilhamento de eletrodutos unitário, ou seja, somente um circuito no eletroduto...). Em
outras condições que não sejam as padrão, deve-se aplicar alguns fatores de correção, conforme
item 4.3.2.4 do presente trabalho, que levam em conta as condições reais de instalação dos
circuitos, originando uma corrente máxima corrigida, chamada de Iz corrigida (ou Izc).

Assim o disjuntor deve ter sua corrente nominal indicada observando a equação 6:
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Ib < Id < Izc (equação 6)

Sendo:
Ib = Corrente de projeto (A);
Id = Corrente nominal do disjuntor (A);
Izc = Corrente máxima corrigida para o condutor (A).

4.4.1.3 Características de abertura

A característica de abertura, ou curva de atuação de um disjuntor, relaciona o valor da


sobrecorrente detectada no circuito e seu tempo de duração (para causar o desarme do disjuntor).
Alguns aparelhos demandam uma corrente maior para iniciar o seu funcionamento, como a
partida de um motor. Essa é uma situação normal e não deve ser interpretada como curto-circuito.
Dessa forma, nesse caso, o disjuntor deve suportar a oscilação na intensidade da corrente, sem
abrir e sem deixar de proteger o condutor. Considerando o que foi exposto, existem diferentes
curvas de atuação de disjuntores, cada qual com melhor desempenho para tipos distintos de carga.
Para equipamentos resistivos, por exemplo, o disjuntor mais recomendado é o de curva B, o qual
suporta, sem abrir, uma corrente instantânea de curto-circuito de 3 a 5 vezes a corrente nominal
do disjuntor. Para exemplificar, um disjuntor de 10 A suportaria brevemente uma corrente de até
50 A sem ocorrer o desarme. Já disjuntores de curva C suportam correntes instantâneas entre 5 e
10 vezes a corrente nominal. Estes são indicados para circuitos que alimentam equipamentos de
uso geral (iluminação, pequenos motores etc.). Para instalações com muitas cargas indutivas
(motores de maior potência, reatores etc.) costuma-se optar por disjuntores de curva D, que tem
menor sensibilidade às correntes de partida desse tipo de carga. Cabe ao projetista avaliar a
utilização de cada disjuntor e julgar a possibilidade de padronização do sistema, de forma a
facilitar a compra e controle de instalação.

4.4.1.4 Capacidade de ruptura

Delimita a corrente de curto-circuito (cc) simétrico que o disjuntor é capaz de deixar passar, por
um tempo determinado, sem que sofra danos em sua estrutura física. É um dado de fabricante,
simbolizado por Icc, com unidade em kA (kilo ampéres). O valor da corrente de cc na entrada da
instalação é, normalmente, fornecida pela concessionária. Para instalações residenciais

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Elaboração de projeto de instalações elétricas de baixa tensão em edificação residencial multifamiliar
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alimentadas em linha de baixa tensão, normalmente esse valor fica em torno de 10kA (220V).
Adentrando na instalação, ela vai diminuindo, dependendo das impedâncias ao longo do caminho
elétrico, podendo ser determinada no ponto exato de instalação do disjuntor.

4.4.2 Dispositivos de proteção contra choques elétricos

Segundo a NBR 5410 (ABNT, 2004), o dispositivo de proteção a corrente diferencial-residual,


ou simplesmente DR, consiste em um dispositivo ou associação de dispositivos de acionamento
mecânico destinada a provocar a abertura de contatos quando a corrente de fuga (diferencial-
residual) atinge um valor dado em condições especificadas. Ou seja, de maneira geral, quando
há uma fuga de corrente devida a um contato acidental do usuário com uma parte energizada de
um equipamento, por exemplo, o DR realiza a abertura do contato elétrico de acordo com a sua
sensibilidade diferencial, protegendo a instalação e, principalmente, o usuário. De acordo com
Cervelin e Cavalin (2018), a proteção adicional provida pelo uso de dispositivo diferencial-
residual de alta sensibilidade visa casos como os de descuido ou imprudência do usuário.

4.4.2.1 Circuitos com necessidade de instalação de dispositivo diferencial residual

A NBR 5410 (ABNT, 2004) prevê, em seu item 5.1.3.2.2, em quais ocasiões se faz obrigatória a
instalação de dispositivo diferencial-residual da alta sensibilidade, ou seja, com corrente de fuga
para desarme menor ou igual a 30 mA.

a) Circuitos que sirvam a pontos de utilização situados em locais contendo banheira ou


chuveiro;
b) Circuitos que alimentem tomadas de corrente situadas em áreas externas à edificação;
c) Circuitos de tomadas de corrente situadas em áreas internas que possam vir a
alimentar equipamentos no exterior;
d) Circuitos que, em locais de habitação, sirvam a pontos de utilização situados em
cozinhas, copas-cozinhas, lavanderias, áreas de serviço, garagens e demais
dependências internas molhadas em uso normal ou sujeitas a lavagens;
e) Circuitos que, em edificações não-residenciais, sirvam a pontos de tomada situados
em cozinhas, copas-cozinhas, lavanderias, áreas de serviço, garagens e, no geral, em
áreas internas molhadas em uso normal ou sujeitas a lavagens.

É válido ressaltar que podem ser excluídos da necessidade de instalação de DR os circuitos para
alimentação do sistema de iluminação instalado acima de 2,5 m de piso, ou seja, que possua
difícil contato com o usuário. Ainda nesse aspecto, é interessante considerar o equipamento que
será instalado. Luminárias em corpo metálico, por exemplo, estão mais suscetíveis à fuga de
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Gabriel Andrighetto Teixeira. Porto Alegre: EE/UFRGS, 2022
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corrente e consequente choque elétrico. Dessa forma, mesmo acima dos 2,5 m de altura, cabe ao
projetista o julgamento quanto à necessidade do dispositivo.

4.4.2.2 Distribuição de DRs em quadros

Em relação à distribuição dos circuitos e dos DRs, existem 3 formas variantes de instalação e de
proteção de um sistema.

A primeira disposição da instalação é a utilização de um DR único para todos os circuitos. Para


tal, instala-se o DR à jusante do disjuntor geral da unidade, em série, de forma que todos os
circuitos sejam protegidos em conjunto. Em disposição semelhante, englobando todos os
circuitos da instalação, existe a possibilidade da substituição de um disjuntor termomagnético
simples por disjuntor diferencial residual (DDR), o qual assume papel tanto de proteção contra
sobrecorrente quanto contra fugas e choques elétricos. Tal forma de instalação gera economia
com o número de componentes adquiridos e facilita a instalação. Porém, no momento de
funcionamento do dispositivo e abertura do contato elétrico, toda a instalação deixará de
funcionar em conjunto, dificultando a localização do defeito e causando desconforto para o
usuário. Ademais, o DDR possui um preço elevado em relação às alternativas e pouca
disponibilidade no mercado comum.

A segunda composição para instalação de um dispositivo DR é a aplicação individual para cada


circuito em que o dispositivo seja necessário. Dessa forma, não há interferência entre diferentes
circuitos, o desarme do dispositivo gera uma falta de alimentação pontual e torna muito mais
fácil a identificação da origem da irregularidade. Ao mesmo tempo, o uso de DRs individuais
acaba por exigir a instalação de um centro de distribuição consideravelmente maior, visto que o
espaço ocupado no CD por cada um dos circuitos protegidos individualmente será duplicado,
pois o condutor neutro também deve ser conectado ao DR (juntamente com o condutor de fase).
Além disso, a grande quantidade de dispositivos a instalar acaba por ocasionar em aumento de
custos e dificuldade para a instalação.

A terceira formatação de aplicação de DR em uma instalação é a proteção de apenas um grupo


de circuitos presentes no CD. Para tal, o DR deve ser posicionado à jusante do disjuntor geral.
Ainda assim, haverá dificuldade para rastrear a origem da fuga na instalação, bem como o
desconforto para o usuário no desarme em conjunto dos circuitos que necessitam DR.

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Elaboração de projeto de instalações elétricas de baixa tensão em edificação residencial multifamiliar
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4.4.2.3 Dimensionamento de DRs

O dimensionamento do dispositivo DR a ser aplicado em cada um dos centros consiste na


definição da corrente nominal de operação e corrente máxima diferencial-residual para desarme
do dispositivo.

A corrente nominal de um DR é definida pelo disjuntor à montante, de acordo com a figura 16:

Figura 16 – Definição de corrente nominal de dispositivo DR

INTERRUPTORES DR (IDR)
Corrente
Corrente nominal
nominal do
mínima do DR (A)
Disjuntor (A)
10 a 25 25
30, 40 40
50, 60 63
70 80
90, 100 100

(SILVA, 2022)

Conforme Cervelin e Cavalin (2018), a sensibilidade de resposta de um dispositivo DR varia


entre 30 mA e 500 mA, e seu dimensionamento demanda cuidado visto que existem perdas para
a terra inerentes à instalação.

Ainda de acordo com os autores, existem 3 zonas de sensibilidade e consequente proteção para
DRs:

a) Proteção básica (alta sensibilidade): 30mA. Contato direto com partes energizadas
pode ocasionar fuga de corrente elétrica, através do corpo humano, para terra;
b) Proteção supletiva: 100mA a 300mA. No caso de uma falha interna em algum
equipamento ou falha de isolação, peças de metal podem tornar-se "vivas"
(energizadas);
c) Proteção contra incêndio: 500mA. Correntes para terra com este valor podem gerar
arcos/faíscas e provocar incêndio.

Para instalações elétricas residenciais de baixa tensão, o objetivo principal da instalação de DRs
é realmente a proteção da integridade física de pessoas e animais. Dessa forma, conforme
Cervelin e Cavalin (2018), o uso de dispositivos DR com corrente diferencial-residual nominal
igual ou inferior a 30mA (alta sensibilidade) é reconhecido como proteção adicional contra
choques elétricos.
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4.4.3 Dispositivos de proteção contra sobretensões

Além dos disjuntores, que realizam a proteção contra sobrecorrentes, e dos DRs, que realizam a
proteção contra choques elétricos e fugas de corrente em geral, existem os dispositivos criados
para proteger a instalação e seus componentes contra sobretensões. Dentre estes, estão os
dispositivos de proteção contra surtos (DPS). Por definição da NBR 5410 (ABNT, 2004), os
DPSs são destinados a prover proteção contra sobretensões transitórias nas instalações de
edificações, cobrindo tanto as linhas de energia quanto as linhas de sinal. Essas sobretensões
podem ser ocasionadas por enlace eletromagnético ocasionado por descargas atmosféricas que
caem próximas do local da instalação e de linhas elétricas (ou de sinal) e que adentram na
edificação. Também podem ser geradas por manobras elétricas em dispositivos da rede de
distribuição/transmissão (ou nas subestações).

4.5 Proteções mecânicas

De acordo com Cervelin e Cavalin (2018), as proteções mecânicas são os elementos da linha
elétrica destinados a conter os condutores elétricos e protegê-los contra determinadas ações
externas, ou seja:

a) Proteção contra ações mecânicas, químicas, elétricas e térmicas;


b) Proteção contra perigos de incêndio, resultantes do superaquecimento dos condutores
ou de arcos voltaicos;
c) Proporcionar aos condutores um revestimento metálico aterrado (no caso de
eletrodutos metálicos), a fim de evitar o perigo de choque;
d) Proporcionar um percurso para a terra (no caso de eletrodutos metálicos), funcionando
como condutor de proteção e garantindo a equipotencialização da instalação.

Existem diversas opções no mercado brasileiro, variando em tipo, material, resistência e


acabamento. Majoritariamente, nos edifícios residenciais, são utilizados eletrodutos de PVC,
sejam corrugados ou rígidos, embutidos em estruturas de concreto para realizar a ligação entre
caixas de passagem e alimentação de todos os pontos do sistema. A opção por lançamento dos
condutores em eletrocalhas ocorre de forma mais frequente em instalações comerciais ou em
pontos específicos dos edifícios, como as colunas montantes.

Proteções mecânicas mal dimensionadas acabam por dificultar a execução da instalação,


prejudicam a qualidade do produto entregue, diminuem a durabilidade da instalação e causam
riscos à segurança da instalação e do usuário.
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Elaboração de projeto de instalações elétricas de baixa tensão em edificação residencial multifamiliar
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4.5.1 Determinação do material utilizado

As opções de eletrodutos mais comuns no mercado brasileiro são 3: rígidos metálicos, rígidos
em PVC e flexíveis em PVC.

Eletrodutos rígidos metálicos consistem em solução mais cara. São eletrodutos que tem maior
durabilidade, possuem a capacidade de resistência à fogo, e normalmente são utilizados em
instalação aparente por ter maior qualidade estética. Em contrapartida, trata-se de material de
maior dificuldade de trabalho e adequação. São normatizados pelas NBR 5597, NBR 5598 e
NBR 5624 de acordo com suas características.

Eletrodutos rígidos em PVC constituem-se em uma solução intermediária de proteção mecânica.


São eletrodutos de bom desempenho para embutimento em estruturas de concreto armado devido
à resistência mecânica apresentada e à garantia de trajeto retilíneo que a presença de barras
garante. Também podem ser utilizados em instalações aparentes, por mais que sofram com o
processo de deformação ao longo do tempo e necessitem de análise quanto à resistência ao fogo.
São normatizados pela NBR 15465:2007.

Eletrodutos flexíveis em PVC caracterizam a solução mais econômica. Garantem facilidade de


instalação e adaptação, porém trata-se de material mais suscetível a problemas de interrupções,
obstruções e amassamentos que dificultem ou impossibilitem a passagem dos condutores. Como
citado, o grande diferencial desta solução é a questão econômica. Por isso, são muito utilizados,
tanto em colunas de descida desde as caixas de passagem em tetos por alvenaria até os pontos de
tomada e interruptor em paredes quanto embutidos nas estruturas. São normatizados pela NBR
15465:2007.

4.5.2 Dimensionamento dos eletrodutos

Em seu item 6.2.11.1, a NBR 5410 (ABNT, 2004) trata de condições e predefinições que devem
ser consideradas no momento do projeto e dimensionamento dos eletrodutos da instalação. Entre
elas, destacam-se as seguintes:

a) As dimensões internas dos eletrodutos e de suas conexões devem permitir que, após
montagem da linha, os condutores possam ser instalados e retirados com facilidade.
Para tanto:
1) A taxa de ocupação do eletroduto, dada pelo quociente entre a soma das áreas
das seções transversais dos condutores previstos, calculadas com base no
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diâmetro externo, e a área útil da seção transversal do eletroduto, não deve ser
superior a:
i. 53% no caso de um condutor;
ii. 31% no caso de dois condutores;
iii. 40% no caso de três ou mais condutores.
2) Os trechos contínuos de tubulação, sem interposição de caixas ou equipamentos,
não devem exceder 15 m de comprimento para linhas internas às edificações e
30 m para as linhas em áreas externas às edificações, se os trechos forem
retilíneos. Se os trechos incluírem curvas, o limite de 15 m e o de 30 m devem
ser reduzidos em 3 m para cada curva de 90°.
3) Em cada trecho de tubulação delimitado, de um lado e de outro, por caixa ou
extremidade de linha, qualquer que seja essa combinação (caixa–caixa, caixa–
extremidade ou extremidade–extremidade), podem ser instaladas no máximo
três curvas de 90° ou seu equivalente até no máximo 270°. Em nenhuma
hipótese devem ser instaladas curvas com deflexão superior a 90°;
b) Em seu item 6.2.10.2, a NBR 5410 (ABNT, 2004) estabelece que os condutos
fechados podem conter condutores de mais de um circuito quando quatro condições
forem simultaneamente atendidas:
1) os circuitos pertençam à mesma instalação, ou seja, se originem no mesmo
dispositivo geral de manobra e proteção;
2) as seções nominais dos condutores de fase estejam contidas dentro de um
intervalo de três valores normalizados sucessivos. Ou seja, por exemplo, caso
exista um circuito condutor de 2,5 mm² previsto para passagem em certo trecho
de eletroduto, a seção máxima de outro circuito a trafegar no mesmo trecho será
de 6 mm² (2,5 mm², 4 mm² e 6 mm²);
3) todos os condutores tiverem a mesma temperatura máxima para serviço
contínuo;
4) todos os condutores forem isolados para a mais alta tensão nominal presente.

Considerando o disposto, é necessário realizar o dimensionamento de eletrodutos para cada um


dos trechos da instalação, visto que a quantidade de condutores que percorrem cada trecho é
variável. É necessário levar em consideração que a NBR 5410 (ABNT, 2004) determina o
diâmetro mínimo de 20 mm para eletrodutos utilizados em instalações elétricas. Paralelamente,
o projetista pode determinar um limite mínimo de diâmetro acima da norma em busca da
padronização e simplificação da instalação em detrimento do aumento do custo, se assim julgar
cabível. É usual, para as seções mais utilizadas nos circuitos de distribuição, a escolha de
eletrodutos de ¾”.

O procedimento de cálculo da área interna mínima do eletroduto varia com o tipo de isolação do
condutor. Cabe ao projetista determinar o diâmetro externo dos condutores utilizados, seja
através de tabelas provenientes das normas que regem a produção de condutores elétricos no
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Elaboração de projeto de instalações elétricas de baixa tensão em edificação residencial multifamiliar
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Brasil ou diretamente das informações emitidas pelas próprias fornecedoras de condutores
normatizados. Chega-se então, na equação 7, a qual deverá ser empregada para cada um dos
trechos da instalação.

Deletroduto = √((4 × Ni × Ai) / (K × π)) (equação 7)

Sendo:
Deletroduto = Diâmetro interno do eletroduto calculado (mm);
Ni = Número de condutores de cada seção passantes pelo trecho da instalação;
Ai = Área ocupada por cada um dos condutores de diferentes seções, considerando camada de
isolação (mm²);
K = Constante de compartilhamento do eletroduto – 53% para 1 condutor, 31% para 2
condutores e 40% para 3 condutores ou mais.

4.6 Fornecimento de energia

Tão importante quanto o dimensionamento e definição das soluções internas da instalação é a


correta determinação das condições de ligação entre a rede da concessionária e a edificação. Tais
condições são bem determinadas e devem seguir padrões rígidos estabelecidos no manual da
concessionária em questão. Por simples verificação, constata-se que mais de metade de todo o
volume do regulamento de instalações consumidoras de baixa tensão trata somente de formas
distintas de entrada de energia e a composição necessária para levar a energia da rede até o
medidor da unidade consumidora.

Segundo as normas técnicas da concessionária, a entrada de energia consiste na conexão com a


rede externa, dispositivos de proteção, sistema de aterramento e ferragens, preparada de forma a
permitir a ligação de uma ou mais unidades consumidoras.

A determinação das condições de alimentação da edificação depende primeiramente da tensão


de operação da rede da concessionária e da demanda calculada para a edificação. Com esses
valores em mãos, determina-se as especificações dos componentes que serão necessários para o
ramal de entrada de energia, seja ela aérea ou subterrânea e individual ou coletiva.

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4.6.1 Cálculo da demanda da edificação

O processo para definição da demanda em uma edificação residencial consiste em duas etapas
distintas.

A primeira das etapas se dá no cálculo da demanda dos circuitos terminais do condomínio, os


quais funcionarão independente de toda a edificação estar ocupada. É o caso de circuitos de
iluminação e tomadas condominiais, bombas hidráulicas, motores de elevadores e todas as cargas
instaladas em um CD de serviço ou emergência que independem da ocupação dos apartamentos
e da quantidade de moradores para funcionar.

O cálculo da demanda de CDs terminais, no caso da distribuidora CEEE, é contemplado no item


7.2 do seu Regulamento de Instalações Consumidoras de Baixa Tensão (RIC/BT), que será
utilizado para base dos dimensionamentos. Outras concessionárias poderão ter formas diferentes
de cálculo. No RIC/BT considerado está descrito que a demanda total para uma unidade
consumidora consiste na composição de 6 itens, cada qual analisado individualmente e separados
de acordo com a natureza da carga prevista.

D(kVA) = (a + b + c + d + e + f) (equação 8)

Sendo:
a = Demanda de iluminação e tomadas, calculada conforme ANEXO D do RIC/BT;
b = Demanda dos aparelhos para aquecimento (chuveiros, aquecedores, fornos, fogões etc.),
calculada conforme ANEXO I do RIC/BT;
c = Demanda dos aparelhos de condicionador de ar, tipo “janela”, calculada conforme
ANEXOS E e F do RIC/BT;
d = Demanda das unidades centrais de condicionadores de ar, calculadas a partir das
respectivas correntes máximas totais (valores fornecidos pelos fabricantes), considerando o
fator de demanda de 100%;
e = Demanda dos motores elétricos e máquinas de solda a motor, calculada conforme ANEXO
G do RIC/BT;
f = Demanda das máquinas de solda a transformador, aparelhos de eletro galvanização e de
raios-X, calculada conforme ANEXO H do RIC/BT.

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Elaboração de projeto de instalações elétricas de baixa tensão em edificação residencial multifamiliar
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Nos anexos supracitados, são definidos os fatores de demanda a considerar para a instalação.
Para seus cálculos, são levados em consideração a quantidade de equipamentos previstos e
potência total dos diferentes tipos de cargas.

Figura 17 – Anexo D do RIC/BT CEEE

(RIC/BT, 2017, p.72)

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Figura 18 – Anexo E do RIC/BT CEEE

(RIC/BT, 2017, p.73)

Figura 19 – Anexo F do RIC/BT CEEE

(RIC/BT, 2017, p.73)

Figura 20 – Anexo G do RIC/BT CEEE

(RIC/BT, 2017, p.73)

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Figura 21– Anexo H do RIC/BT CEEE

(RIC/BT, 2017, p.74)

Figura 22 – Anexo I do RIC/BT CEEE

(RIC/BT, 2017, p.74)

Com os fatores de demanda definidos, realiza-se o produto de cada fator pela potência total do
tipo de carga relacionado, encontrando-se a demanda total da unidade.

A segunda parcela da demanda total da edificação é relacionada aos apartamentos. Realizar o


dimensionamento da entrada de energia considerando todas as unidades consumidoras operando
com sua carga instalada máxima, e simultaneamente, seria uma situação estatisticamente
improvável de ocorrer. Dessa forma, através de uma análise histórica das unidades atendidas
pelas concessionárias, foram definidos coeficientes que reduzem a carga instalada das unidades
terminais para determinação da demanda de entrada de energia. Ainda, realiza-se a majoração da
demanda final encontrada para os apartamentos, visando garantir o atendimento da instalação ao
possível crescimento de demanda predial futura.

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Dessa forma, têm-se a equação 9:

Dentrada = Dcondominial + Daptos × 1,2 (equação 9)

Sendo:
Dentrada = Demanda total da edificação (kVA);
Dcondominial = Demanda proveniente dos circuitos de serviço e de emergência da edificação
(kVA);
Daptos = Demanda proveniente dos apartamentos ou unidades consumidoras privativas da
edificação (kVA);
Nota: Destaca-se que a demanda dos apartamentos é majorada em 20% prevendo crescimento
vegetativo.

Conforme o anexo T do RIC/BT, a demanda média estimada para cada apartamento dependerá
de sua área privativa, partindo de demanda mínima de 1,76 kVA para unidades com até 80 m².

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Figura 23 – Anexo T do RIC/BT CEEE

(RIC/BT, 2017, p.89)

Em seu anexo U, o RIC/BT ainda possibilita a redução da demanda média prevista para cada
apartamento em razão da quantidade de unidades.

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Figura 24 – Anexo U do RIC/BT CEEE

(RIC/BT, 2017, p.90)

Assim, a demanda dos apartamentos será o produto da potência estatística, estabelecida em


função da área (anexo T) pelo “fator de diversidade”, relacionado com o número de apartamentos
(Anexo U). A parcela referente à demanda do serviço é calculada de forma convencional (com o
uso da equação 8).

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4.6.2 Dimensionamento da entrada de serviço

Obtida a demanda conforme equação 9, lança-se mão do anexo J do RIC/BT para definir os
componentes da entrada de serviço. Nota-se que são dispostas duas tabelas distintas nesse anexo,
uma voltada para entradas de serviço individuais e outra para entradas de serviço para centro de
medição, caso no qual se enquadra um edifício residencial multifamiliar.

Figura 25 – Recorte do Anexo J do RIC/BT CEEE

(RIC/BT, 2017, p.76)

A partir da tensão e demanda, a análise do anexo J retorna as seguintes caracterizações para o


projetista: tipo de fornecimento (codificado pela concessionária), corrente nominal do disjuntor
termomagnético a utilizar na entrada de serviço, definição entre entrada aérea e subterrânea,
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seção de condutor para o ramal de entrada, seção de condutor para aterramento, seção de condutor
de proteção, diâmetro nominal do eletroduto utilizado para entrada de energia, diâmetro nominal
do eletroduto utilizado para aterramento e proteção e seção mínima dos barramentos gerais do
sistema (fases, neutro e proteção).

É necessário especial cuidado para a nota 4 do item 10.3 do RIC/BT. Nela estão dispostas as
condições para determinação da necessidade de instalação de dispositivo de desarme à distância
(DDD) para o disjuntor. Normalmente, em casos em que a entrada de energia está localizada a
uma distância maior da entrada do edifício, a instalação deste dispositivo é solicitada pela
concessionária.

Deve-se atentar que todas as especificações necessárias para os materiais componentes da entrada
de serviço da edificação são discriminadas no item 8 do RIC/BT.

4.6.3 Caixa de entrada e distribuição – CED

A caixa de entrada e distribuição, ou CED, consiste em uma caixa metálica, caracterizada pelo
regulamento da concessionária na sua figura 31, por onde os condutores provenientes da rede da
concessionária chegam e alimentam a edificação. Nela estão posicionados os barramentos das
fases e neutro dos quais sairão os condutores de distribuição entre os medidores das unidades
consumidoras e o disjuntor geral da edificação. Tanto barramentos quanto disjuntor
dimensionados a partir do anexo J do RIC/BT.

4.6.4 Distribuição entre medidores

Visando realizar a ligação entre os barramentos instalados na CED e os medidores das unidades
consumidoras localizados dentro das caixas de proteção, deve-se realizar o dimensionamento dos
condutores que farão a distribuição interna ao painel de medidores. Alguns aspectos gerais
podem ser observados no item 9.5 do RIC/BT. Dentre eles, cabe ressaltar:

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Elaboração de projeto de instalações elétricas de baixa tensão em edificação residencial multifamiliar
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a) Os condutores dos circuitos de distribuição, devem ter a classe de encordoamento 2
(cabo) e seção mínima de 16 mm² em 380/220 V e 25 mm² para 220/127 V;
b) Os condutores destinados a ligação dos medidores, devem ter a classe de
encordoamento 2 (cabo) e seção mínima de 10mm²;
c) Os condutores destinados à ligação dos medidores devem ter seção máxima de
35mm²;
d) Os condutores poderão abastecer até 5 unidades consumidoras residenciais em
sequência;
e) Os medidores condominiais de serviço e emergência deverão ser abastecidos por
condutores individuais.

O item 7.2.3 do RIC/BT trata do método de cálculo do circuito de distribuição. Existem duas
opções para o cálculo da demanda de cada um dos circuitos. A primeira delas consiste em tratar
as unidades consumidoras como uma unidade única e calcular a demanda total de acordo com os
agrupamentos de tipo de carga, processo semelhante ao descrito no item 4.4.1.2.2 deste
documento. A segunda hipótese de cálculo é a simples soma das demandas das unidades
consumidoras multiplicada por um fator de correção o qual será:

a) 0,75 em circuitos que alimentam 2 ou 3 CPs;


b) 0,7 em circuitos que alimentam 4 CPs;
c) 0,65 em circuitos que alimentam 5 CPs;

O processo de dimensionamento dos condutores é o mesmo demonstrado no item 4.3.2 do


presente documento, respeitando, porém, os limites mínimos e máximos de seção previstos no
RIC/BT.

4.6.5 Painel de medidores

Conforme o RIC/BT, o painel de medidores consiste em painel destinado à instalação dos


medidores, seus acessórios e dispositivos de proteção. Em outras palavras, consiste em uma
estrutura na qual os componentes do sistema de entrada de energia são fixados e realizam a
distribuição da energia à edificação. A montagem do painel é detalhada de forma minuciosa no
item 9.5 do RIC/BT e, ao menos na cidade de Porto Alegre, é o principal foco dos vistoriadores
da concessionária para aprovação das instalações elétricas.

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O RIC/BT também traz uma série de exemplos de como deverá ser realizada a instalação do
centro de medição em casos que variam desde uma até várias UCs. A disposição dos
componentes do centro de medição projetado deverá seguir padrão semelhante, inclusive com
representação gráfica no mesmo padrão para entrega à concessionária.

Na figura 26, a seguir, está reproduzido um recorte do item 9.5 do RIC/BT CEEE.

Na sequência (figuras 27 e 28) estão exemplos de Agrupamento e de Centros de Medição.

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Figura 26 – Item 9.5 do RIC/BT CEEE

(RIC/BT, 2017, p.26-27)


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Figura 27 – Anexo Z – Figura J do RIC/BT CEEE

(RIC/BT, 2017, p. 116)

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Figura 28 – Figura 25 do RIC/BT CEEE

(RIC/BT, 2017, p. 161)

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4.7 Aterramento

Segundo Cervelin e Cavalin (2018), aterramento significa colocar instalações de estruturas


metálicas e equipamentos elétricos no mesmo potencial ou estabelecer um referencial, de modo
que a diferença de potencial entre a terra e o equipamento (ou a estrutura) seja zero.

Nas palavras de Moreno e Costa (2018):

Aterrar o sistema, ou seja, ligar intencionalmente um condutor fase ou, o que é mais
comum, o neutro à terra, tem por objetivo controlar a tensão em relação à terra dentro
de limites previsíveis. Esse aterramento também fornece um caminho para a circulação
de corrente que irá permitir a detecção de uma ligação indesejada entre os condutores
vivos e a terra. Isso provocará a operação de dispositivos automáticos que removerão a
tensão nesses condutores. O controle dessas tensões em relação à terra limita o esforço
elétrico na isolação dos condutores, diminui as interferências eletromagnéticas e
permite a redução dos perigos de choque para as pessoas que poderiam entrar em
contato com os condutores vivos.

4.7.1 Esquema de aterramento

Dentre as opções de sistema de aterramento, o RIC/BT acaba por direcionar o projetista para o
aterramento TN-S, no qual o condutor neutro e o condutor de proteção são diferentes ao longo
de toda a instalação, unindo-se apenas à montante da CED, próximo ou ligado diretamente ao
barramento de equipotencialização (BEP). Dessa forma, as fases de alimentação abastecem os
pontos consumidores, que por sua vez são aterrados através de condutor específico para este fim.
A disposição final do sistema pode ser observada na figura 29.

Figura 29 – Esquema de aterramento TN-S NBR 5410:2004

(ABNT NBR 5410:2004, p. 15)

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4.7.2 Ligação ao BEP

O ponto inicial dos condutores de aterramento de alimentação representados no esquema se dá


no barramento de equipotencialização da edificação (BEP – Barramento de Equipotencialização
Principal). O BEP, segundo NBR 5410 (ABNT, 2004), é um elemento destinado a servir de via
de interligação de todos os elementos incluíveis na equipotencialização principal da edificação.
Localizado em caixa de passagem metálica protegida, devidamente identificada e fechada de
forma a impedir o acesso de pessoas desautorizadas. Visando ao aterramento, são ligados ao BEP
condutores de aterramento geral provenientes do centro de medição, aterramento de SPDA,
DPSs, estruturas metálicas externas cujo corpo necessite de aterramento e outros itens previstos
em 6.5.4.2 da NBR 5410 (ABNT, 2004). O BEP, por sua vez, deverá ser interligado com a malha
de aterramento da edificação, através de condutor de seção mínima igual a 16 mm² em ligação
mais curta possível. A NBR 5410 (ABNT, 2004) ainda instrui o posicionamento prioritário do
BEP junto à entrada de energia, de forma a possibilitar a ligação direta ou indireta, via DPS.

4.7.3 Eletrodo de aterramento

Para a distribuição das cargas provenientes da instalação à terra, o BEP precisa, ainda, ser ligado
à malha de aterramento da edificação. Tal malha pode ser composta por diversos elementos,
alguns dispostos no anexo A do RIC/BT.

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Figura 30 – Anexo A do RIC/BT CEEE

(RIC/BT, 2017, p. 34)

Visando o aterramento da edificação, parte-se da presença de haste/eletrodo de aterramento


próximo à CED, devidamente protegida por tubo de aterramento e interligado ao BEP. A malha
de aterramento deverá garantir, conforme o item 10.5 do RIC/BT, que a resistência de
aterramento não seja superior à 25 Ω em qualquer época do ano. Tal condição dependerá das
características do solo local. Dessa forma, o sistema de aterramento necessitará passar por teste
de resistência e, em caso de não atingir o limite mínimo, mais hastes devem ser instaladas,
distanciadas em 2 metros no mínimo.

4.7.4 Condutor de aterramento

Conforme o RIC/BT, o condutor de aterramento, o qual realiza a ligação entre o BEP e a malha
de aterramento, será: condutor de cobre, com isolamento para as tensões de 450/750V e que
atenda às exigências das NBR 6148 e NBR 5410 (ABNT, 2004), tão curto e retilíneo quanto
possível, sem emendas ou dispositivos que possam causar sua interrupção. O condutor deve ser

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protegido por eletroduto de PVC rígido conforme dimensionado no item 4.6.2 do presente texto.
A conexão entre o eletrodo e condutor deve ser realizada através de conector adequado conforme
NBR 5410 (ABNT, 2004), realizada dentro de tubo de aterramento que possibilite acesso e
vistoria localizado a menos de 5 m da medição. O eletroduto do condutor de aterramento deve
ser fixado a cada metro e ter sua extremidade superior (dentro da CED, CD, CPO ou CP) vedada
com massa de calafetar, silicone, espuma de poliuretano expansível.

Figura 31 – Figura 37 do RIC/BT CEEE

(RIC/BT, 2017, p. 176)

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5 REGULAMENTAÇÃO DA CONCESSIONÁRIA

Ao longo do desenvolvimento do presente trabalho, a concessionária de fornecimento de energia


elétrica que assumiu o município de Porto Alegre, Grupo CEEE – Equatorial, emitiu a sua
regulamentação para os padrões de entrada de energia. Especificamente para Edificações de
Múltiplas Unidades Consumidoras (chamadas nessa norma, sinteticamente, de EMUC) foi
emitida a Norma Técnica NT-004.

À luz dessa Norma, algumas premissas adotadas no presente trabalho, terão algumas alterações.
No entanto, muda o formato, mas a base técnica é semelhante. Por isso será feito aqui breve
comparativo entre as soluções via RIC/BT e via NT-004, no que ser refere, por exemplo, ao
cálculo da demanda de uma edificação de múltiplas unidades consumidoras (EMUC).

5.1 Comparativo do cálculo de demanda

Em relação ao cálculo da demanda de cada uma das unidades consumidoras a NT.004 adicionou
nova forma de cálculo, também de acordo com o tipo de equipamento, porém chegando a 7
componentes na sua composição. São eles:

a) Demanda referente a iluminação e tomadas, determinadas a partir dos fatores de


demanda obtidos nas tabelas 3 e 4 (figura 32);
b) Demanda referente aos aparelhos eletrodomésticos e de aquecimento. Item foi
dividido em outros 5 subitens, separados da seguinte forma:
b1) Chuveiros, torneiras e cafeteiras elétricas;
b2) Aquecedores de água por acumulação ou passagem;
b3) Fornos, fogões e aparelhos tipo “Grill”;
b4) Máquinas de lavar e secar roupa, máquina de lavar louças e ferro elétrico;
b5) Demais aparelhos (TV, conjunto de som, ventilador, geladeira, freezer,
torradeira, liquidificador, batedeira, exaustor, ebulidor etc.).
c) Demanda dos aparelhos condicionadores de ar, determinadas a partir dos fatores de
demanda provenientes das tabelas 7 e 8 (figuras 36 e 37). Aparelhos de ar-

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condicionado do tipo central não são considerados nas tabelas e devem ter seu fator
de demanda igual a 1;
d) Demanda relativa a motores elétricos, cujos fatores de demanda provêm da tabela 12
(figura 40);
e) Demanda de máquinas de solda a transformador, determinada pela soma dos seguintes
fatores:
i. 100% da potência do maior aparelho;
ii. 70% da potência do segundo maior aparelho;
iii. 40% da potência do terceiro maior aparelho e 30% da potência dos demais
aparelhos;
f) Demanda dos aparelhos de raio X, determinada pela soma dos seguintes fatores:
i. 100 % da potência do maior aparelho;
ii. 10 % da potência do segundo maior aparelho.
g) Motobomba de hidromassagem, com fator de demanda obtido na tabela 9 (figura 38).

Ainda, destaca-se que, para cálculos condominiais, é necessária a utilização da tabela 10 (figura
39) da mesma norma técnica visando determinar os fatores de demanda para elevadores.

Figura 32 – Tabela 3 da NT.004 – CEEE/Equatorial

(NT.004, 2022, p. 97)

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Figura 33 – Tabela 4 da NT.004 – CEEE/Equatorial

(NT.004, 2022, p. 99)

Figura 34 – Tabela 5 da NT.004 – CEEE/Equatorial

(NT.004, 2022, p. 100-101)

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Figura 35 – Tabela 6 da NT.004 – CEEE/Equatorial

(NT.004, 2022, p. 101-102)

Figura 36 – Tabela 7 da NT.004 – CEEE/Equatorial

(NT.004, 2022, p. 103)

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Figura 37 – Tabela 8 da NT.004 – CEEE/Equatorial

(NT.004, 2022, p. 103-104)

Figura 38 – Tabela 9 da NT.004 – CEEE/Equatorial

(NT.004, 2022, p. 104)

Figura 39 – Tabela 10 da NT.004 – CEEE/Equatorial

(NT.004, 2022, p. 105)

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Figura 40 – Tabela 12 da NT.004 – CEEE/Equatorial

(NT.004, 2022, p. 105)

A tendência, com a adoção dos novos cálculos dos fatores de demanda, é que a demanda total
das unidades consumidoras tenha algumas variações, conforme abaixo exemplificadas (figura
41), na comparação RIC/BT e NT-004.

Figura 41 – Comparativo entre métodos para cálculo de demanda na UC


Cálculo de Demanda
RIC/BT NT.004
Potência Demanda Potência Demanda
Natureza da Carga FD Natureza da Carga FD
(VA) (VA) (VA) (VA)
Iluminação 2000 0,52 1040 Iluminação 2000 0,64 1280,00

Tomadas Gerais 3500 0,52 1820 Tomadas Gerais 3500 0,64 2240,00
2 Chuveiros 2 Chuveiros
15000 0,75 11250 15000 0,8 12000,00
(7500VA) (7500VA)
Demanda Total (VA) 14110 Demanda Total (VA) 15520

(Fonte: o autor, 2022)

A NT.004 ainda prevê outro critério para a definição da demanda total da edificação, o critério
da área útil. Esse método se assemelha ao previsto no RIC/BT, quando utiliza os anexos T e U,
porém, com a diferença de aumentar a demanda encontrada para os apartamentos e áreas
condominiais em 40% (ao invés do aumento de 20% conforme prevê o RICBT para o
crescimento vegetativo no consumo dos apartamentos). Dessa forma, o cálculo da demanda
predial pelo critério de área útil é dado pelas equações 10 e 11.

D = (D1 + D2) 1,4 (equação 10)

D1 = S f (equação 11)

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Sendo:
D = Demanda total para a edificação (kVA);
D1 = Demanda dos apartamentos tipo definida pelo critério de área útil (kVA);
D2 = Demanda do condomínio pelo critério de carga instalada (kVA);
S = Demanda diversificada dos apartamentos, conforme figura 42 (kVA);
f = Fator para diversificação da demanda, conforme figura 43.

Figura 42 – Tabela 22 da NT.004 – CEEE/Equatorial

(NT.004, 2022, p. 122)

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Figura 43 – Trecho da tabela 23 da NT.004 – CEEE/Equatorial

(NT.004, 2022, p. 123-124)

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5.2 Novo dimensionamento da entrada de serviço

Para determinação da entrada de serviço e seus componentes, a CEEE/Equatorial emitiu também


a Norma Técnica NT-001. Enquanto a NT.004 é destinada à instalação nas edificações com
múltiplas unidades consumidoras de maneira geral, a NT.001 possui enfoque no fornecimento
de energia em baixa tensão. Para edificações operantes em locais com fornecimento de energia
nas tensões 220/127 V, a NT.001 fornece os dados para dimensionamento da entrada de serviço
através da tabela 2, representada na figura 44 abaixo (nos mesmos moldes do Anexo J do
RIC/BT).

Figura 44 – Tabela 2 da NT.001 – CEEE/Equatorial

(NT.001, 2022, p. 28)


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6 CONSIDERAÇÕES FINAIS

O projetista de instalações elétricas prediais de baixa tensão possui duas ferramentas elucidativas
de grande valia para a elaboração de seus projetos: a NBR 5410 (ABNT, 2004) e o regulamento
da concessionária local (no caso, RIC/BT). Tais documentos norteiam e delimitam de forma
completa os passos de cálculo e as definições que são tomadas pelo projetista. Porém, mesmo
com a existência desses documentos, cabe ao projetista a tomada de decisão final quanto a
inúmeras variáveis presentes na instalação, desde o traçado pelo qual seguirão os condutores até
sua isolação. A expertise que garante segurança e perícia técnica para justificar cada decisão é
algo que se constrói com experiência e, principalmente estudo.

Durante a concepção deste trabalho, o grupo CEEE/Equatorial iniciou a troca da sua


regulamentação. Dessa forma, o RIC/BT, utilizado como uma das bases de informação, acabou
por perder sua validade. Sendo assim, parte das medidas tomadas deixam de valer para novos
projetos. É necessário ressaltar, porém, que as alterações das novas regulamentações vigentes
não impactam em nada o procedimento para elaboração de projeto de instalações elétricas de
baixa tensão aqui descrito, influenciando somente nos valores adotados e na solução final
proposta. Particularmente, a demanda predial e calculada para cada uma das unidades chegaria a
valores diferentes em caso de cálculo seguindo os moldes das novas normas técnicas do grupo
CEEE/Equatorial. Outras alterações são encontradas no detalhamento executivo do painel de
medição, por exemplo.

Ao longo do desenvolvimento do presente trabalho, foi elaborado o projeto de instalações


elétricas para um edifício residencial localizado na cidade de Porto Alegre. Todos os documentos
resultantes da elaboração são apresentados nos anexos abaixo.

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CAMPO, J.; SARMIENTO, V. (2013). The relationship between energy consumption and
GDP: evidence from a panel of 10 latin american countries. Lat. Am. J. Econ., Santiago, v.
50, n. 2, p. 233-255.

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Elétrica a Edificações em Múltiplas Unidades Consumidoras:
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fornecimento-de-energia-eletrica-a-edificacoes-em-multiplas-unidades-consumidoras-rev-
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CERVELIN, S.; CAVALIN, G. (2018). Curso técnico em eletrotécnica, módulo 1, livro 5:


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CPFL, (2020). Fonte: Fornecimento em Tensão Secundária de Distribuição:


http://sites.cpfl.com.br/documentos-tecnicos/GED-13.pdf

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representa 6,2% do PIB Brasil: https://www.sistemafibra.org.br/fibra/sala-de-
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HARO, M. A. (2015). Responsabilidade técnica: consequências da falta de um profissional


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Elaboração de projeto de instalações elétricas de baixa tensão em edificação residencial multifamiliar
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LOPES, W. N. (2019). Responsabilidade técnica: consequências da falta de um profissional


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ANEXO A – Anexo F da NBR 5410:2004

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ANEXO B – Tabela 33 da NBR 5410:2004

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APÊNDICE A – Memorial Descritivo

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Introdução

O presente memorial visa caracterizar e especificar todos os componentes e processos a serem


adotados para a correta e segura execução das instalações elétricas do edifício residencial Vista
do Mar, localizado na Rua Banco da Província, 163, Porto Alegre, Rio Grande do Sul.

Contextualização

O edifício em questão conta com 20 apartamentos, cada qual com 97,74 m² de área privativa.
Além disso, conta com 1.462,08 m² de estacionamento divididos entre 2 pavimentos, 612,63 m²
de áreas condominiais comuns e 425,6 m² de áreas condominiais não transitáveis, chegando a
2.500,23 m² de áreas comuns e 4.455,03 m² de área total construída.

Composição do projeto

O presente projeto é composto pelos seguintes documentos, os quais possuem informações


complementares e consistentes entre si:

• Memorial descritivo com especificação de materiais a utilizar, recomendações de


execução dos serviços e cuidados na aplicação do projeto;

• Relação de quantitativos de materiais para utilização na execução dos serviços;

• Memorial de cálculo demonstrando as opções adotadas para cada um dos sistemas


definidos;

• Representação gráfica de toda a instalação. Dentre as pranchas fornecidas estão:


representação em planta baixa dos pavimentos térreo, 2º, tipo, 8º, 9º e cobertura,
detalhamento da coluna montante, especificação de armário de medidores, diagrama
multifilar de cada um dos centros de distribuição da edificação, diagrama unifilar da
instalação e planta baixa específica da infraestrutura para o sistema de sinais.

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Embasamento

Todos os cálculos e processos adotados no presente projeto possuem embasamento na norma


brasileira atual para instalações elétricas de baixa tensão, NBR 5410 (ABNT, 2004), e no
regulamento de instalações consumidoras de baixa tensão da concessionária de energia local,
RIC-BT/2017 fornecido pela CEEE/Equatorial.

Edificação

Conforme disposto em memorial, a potência instalada da edificação é de 674,57 kW, com uma
demanda de 67,04 kVA.

Entrada de energia

O fornecimento de energia para a edificação em questão é proveniente da rede da concessionária,


localizada à frente do edifício. O fornecimento se dá em tensão secundária, ou seja, em Porto
Alegre, tensão de 220/127 V (Tensão entre fases/Tensão entre fase e neutro).

Ramal de entrada

A ligação entre a rede de fornecimento da concessionária e a edificação se dará por via


subterrânea, através de 4 (quatro) condutores de cobre de 120 mm² de seção, com isolação de
EPR e tensão de isolamento de 0,6/1 kV. Será utilizado eletroduto rígido de PVC roscável com
diâmetro nominal de 75 mm, equivalente a 2.1/2”, como proteção mecânica dos condutores. Rede
protegida com disjuntor caixa moldada de 200 A, curva C, o qual possuirá dispositivo de desarme
à distância. O dispositivo de desarme à distância (DDD) está localizado no acesso sul do edifício,
conforme retratado na planta VMR-ELE-03-R00.

Painel de medição

O painel de medição será instalado em sala própria, localizada no hall do pavimento térreo da
edificação. Todas as características de montagem do painel estão detalhadas no item 9.5 do RIC
BT, disponibilizado pela concessionária de energia de Porto Alegre. Vale destacar:

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• Todos os condutores de interligação interna do painel serão de encordoamento classe II;

• As esperas para medidores de cada uma das unidades consumidoras possuirão


comprimento mínimo de 30 cm, visando possibilitar a ligação da concessionária. A
aprovação da ligação por parte da concessionária é de total responsabilidade da
instaladora contratada;

• Os condutores serão identificados com as mesmas cores utilizadas no ramal de entrada;

• Todas as tampas das caixas de proteção deverão ser identificadas com o número da
unidade consumidora, inclusive a caixa do medidor de serviço e do medidor de
emergência, a qual será marcada na cor vermelha;

• O armário de medidor será dotado de porta venezianada metálica aterrada com pintura
antiferrugem e fechadura ou cadeado padrão da concessionária;

É de obrigação do instalador a conferência dos requisitos presentes no RIC BT.

Ainda internamente ao painel de medição, deverá ser instalado barramento para ligação de todos
os condutores de proteção. Seu posicionamento deverá seguir o projeto. Tal barramento será
conectado com o barramento de equipotencialização principal (BEP) e ramificará um condutor
para proteção de cada uma das unidades consumidoras.

CED

Será centralizado no painel de medidores e compartilhará o mesmo fundo. Suas laterais serão em
chapa metálica com pintura antiferrugem, provido de porta com dobradiças, dispositivo para
lacre e venezianas de ventilação nas laterais. A alavanca de manobra do disjuntor geral será
visível através da tampa e devidamente identificada, de forma a facilitar o desarme do sistema.
Deve seguir as medidas de projeto, as quais são previstas também RIC BT.

Os condutores dos circuitos de distribuição internos ao painel, que ligarão cada uma das unidades
consumidoras aos barramentos da CED, terão seção de 50 mm² para os casos em que alimentam
4 (quatro) unidades, 35 mm² para os casos em que alimentam 3 (três) unidades e 25 mm² para os
casos em que alimentem 2 (duas) ou 1 (uma) unidade, encordoamento classe 2, isolação em EPR
com tensão de isolamento de 0,6/1 kV, trafegarão dentro de eletrodutos de PVC rígido roscável
de DN 50. A conexão com os barramentos será individual. Os barramentos para neutro e fase
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serão em cobre sem pintura, chatos, seção 1" x 1/8" e possuirão 48 cm (quarenta e oito
centímetros) de comprimento, centralizados na CED. Serão fixos no fundo do painel através de
isoladores epóxi.

Grupos de condutores internos:


• Alimentação de 4 (quatro) unidades:

o Apartamentos 501, 502, 503 e 504;

o Apartamentos 601, 602, 603 e 604;

o Apartamentos 701, 702, 703 e 704;

• Alimentação de 3 (três) unidades:

o Apartamentos 303, 304 e 401;

o Apartamentos 402, 403 e 404;

• Alimentação de 2 (duas) unidades:

o Apartamentos 301 e 302;

• Alimentação de 1 (uma) unidade:

o Serviço;

o Serviço de Emergência;

Ramais internos para alimentação das unidades

De cada um dos medidores localizados no armário, sairão 4 (quatro) condutores, sendo 3 (três)
fases e 1 (um) neutro, juntando-se ao condutor de proteção proveniente do barramento de
proteção e seguirão para alimentar o respectivo CD. São 20 (vinte) medidores de apartamentos,
1 (um) medidor de serviço e 1 (um) medidor de emergência. Os condutores que seguirão até os
CDs dos apartamentos deverão possuir seção de 25 mm². Tais condutores possuirão isolação em
EPR e tensão de isolamento de 450/750 V.

Os circuitos alimentadores de cada 2 (dois) apartamentos serão agrupados no mesmo eletroduto


para deslocamento desde o armário de medidor até a caixa de passagem localizada no shaft do
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pavimento de destino. Para tal, serão protegidos por eletroduto de PVC rígido roscável de DN
60. Ao chegar na caixa de passagem do pavimento de destino, serão separados novamente para
alimentar seus respectivos CDs, dessa vez através de eletroduto de PVC rígido roscável de DN
50.

Grupos de alimentadores:

• Apartamentos 301 e 302;

• Apartamentos 303 e 304;

• Apartamentos 401 e 404;

• Apartamentos 402 e 403;

• Apartamentos 501 e 502;

• Apartamentos 503 e 504;

• Apartamentos 601 e 602;

• Apartamentos 603 e 604;

• Apartamentos 701 e 702;

• Apartamentos 703 e 704;

Aterramento

Dentre as diferentes opções fornecidas pela NBR 5410 (ABNT, 2004), para o projeto em questão
será utilizado o esquema TN-S, que prevê separação entre os condutores terra e neutro a partir
do painel de medidores. Assim, todos os circuitos e CDs tratarão o condutor neutro e o condutor
de proteção de forma separada, visto que desempenham papéis distintos.

Dessa forma, a ligação do barramento neutro dentro da CED será disposta conforme a imagem
abaixo.

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Gabriel Andrighetto Teixeira. Porto Alegre: EE/UFRGS, 2022
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No barramento de equipotencialização principal deverão ser conectados todos os


elementos listados abaixo, conforme retratado no item 6.4.2.1.1 da NBR 5410 (ABNT, 2004):

• Armaduras de concreto armado e outras estruturas metálicas da edificação;

• Tubulações metálicas de água, de gás combustível, de esgoto, de sistemas de ar-


condicionado, de gases industriais, de ar comprimido, de vapor etc., bem como os
elementos estruturais metálicos a elas associados;

• Condutos metálicos das linhas de energia e de sinal que entram e/ou saem da edificação;

• Blindagens, armações, coberturas e capas metálicas de cabos das linhas de energia e de


sinal que entram e/ou saem da edificação;

• Condutores de proteção das linhas de energia e de sinal que entram e/ou saem da
edificação;

• Condutores de interligação provenientes de outros eletrodos de aterramento porventura


existentes ou previstos no entorno da edificação;

• Condutor neutro da alimentação elétrica;

• Condutor de proteção principal da instalação elétrica (interna) da edificação – Conectado


em barramento no painel de medidores;

O barramento de proteção a ser posicionado no painel de medidores terá seção de 1" x 1/8", com
48 cm de comprimento e será fixo no fundo do painel através de isoladores epóxi, posicionado
conforme detalhamento do armário de medidores.

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Elaboração de projeto de instalações elétricas de baixa tensão em edificação residencial multifamiliar
100
Complementando o sistema de aterramento e proteção da instalação, deverão ser cravadas 3 (três)
hastes de aço com seção circular de ¾” e 3 (três) metros de comprimento, revestidas por capa de
cobre de 2000 µm. A primeira deve ser posicionada junto à caixa de passagem imediatamente
abaixo da CED, enquanto às demais espaçadas, em linha, em 3 metros.

Por fim, conforme previsto na NBR 5410 (ABNT, 2004), a CED contém dispositivos de proteção
contra surtos incorporados, de forma a evitar danos em caso de sobretensões transitórias na
instalação. Serão 4 (quatro) DPS, ligados a cada uma das fases e ao neutro do sistema trifásico
de alimentação geral. Todos serão conectados ao barramento de equipotencialização do edifício.
Os DPS possuirão nível de proteção máximo de 1,5 kV e tensão de operação máxima de 140 V.

Utilização de DRs

Tanto o quadro de serviço quanto os quadros de distribuição dos apartamentos preveem a


utilização de dispositivo diferencial residual (DR). Os circuitos protegidos por tal dispositivo
estão especificados no detalhamento de cada um dos quadros.

Especificação de materiais

Todos os materiais utilizados na instalação precisam atender aos padrões de qualidade previstos
nas respectivas normas. Abaixo, são explicitados alguns dos materiais previstos para o projeto
em questão, suas características e requisitos mínimos que o fornecedor terá de atender.

Tubulações

Todas as tubulações internas dos apartamentos serão em PVC flexível corrugado


reforçado (laranja). As tubulações aparentes ou enterradas serão em eletroduto de PVC rígido
roscável classe B.

Tomadas

Todas as tomadas deverão seguir o padrão brasileiro vigente, universal 2P+T, 250 V, modular,
20 A para área de serviço privativa e 10 A para o restante. Deverão respeitar a NBR 14136:2021

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Gabriel Andrighetto Teixeira. Porto Alegre: EE/UFRGS, 2022
101
– Plugues e tomadas para uso doméstico e análogo até 20 A/250 V em corrente alternada –
Padronização. Indicação de linha Liz, da Tramontina, ou semelhante.

Interruptores

Os interruptores serão dos tipos simples, duplo ou paralelo, modulares.

Balizador aéreo

O projeto prevê instalação de balizador aéreo, fixo em haste metálica aterrada, posicionado ao
menos 2 metros acima do ponto mais alto da cobertura. O desligamento diurno da iluminação
deve ser controlado por fotocélula.

Quadros Elétricos

Todos os quadros elétricos serão metálicos, de embutir, pintados com tinta antiferrugem e
providos de tampa. A ligação entre disjuntores se dá através de barramento pente trifásico.
Também estão previstos 2 (dois) barramentos de cobre, um para o condutor de proteção (terra) e
outro para o neutro.

Caixas de Passagem

As caixas de passagem possuem diferentes características que variam conforme sua utilização.
Devem ser normatizadas pelas NBR 5431:2008, NBR 15701:2016, NBR IEC 60670-1:2014 e,
em caso de comportarem energia não medida, seguir os padrões da concessionária CEEE.

• Caixas de passagem embutidas em laje: Caixas metálicas octogonais pintadas com tinta
antiferrugem dimensões 100 x 100 mm, com fundo móvel;

• Caixas de passagem em parede para tomadas e interruptores: Caixas plásticas


retangulares dimensões 100 x 50 mm;

• Caixas de passagem em parede para ponto de luz: Caixas metálicas sextavadas pintadas
com tinta antiferrugem dimensões 75 x 75 mm;

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Elaboração de projeto de instalações elétricas de baixa tensão em edificação residencial multifamiliar
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• Caixas de passagem para entrada de energia: Caixas executadas em alvenaria regularizada
ou concreto, com fundo drenante, tampa em concreto com dispositivo para lacre,
dimensões 500 x 500 x 600 mm (C x L x H);

Condutores

Os condutores deverão ser de cobre, com isolação em PVC/70° para os circuitos terminais e EPR
para os alimentadores, resistentes à propagação de chama (BWF) e possuir tensão de isolamento
de 1/0,6 kV para condutores passantes em eletrodutos enterrados e de distribuição no painel de
medidor e 750/450 V para os demais. Deverão atender às normas NM 280 e NBR 247.

Temperaturas máximas dos condutores com isolação em PVC

• 70°C em regime permanente;

• 100°C em regime de sobrecarga;

• 160°C em regime de curto-circuito.

Temperaturas máximas dos condutores com isolação em EPR

• 90°C em regime permanente;

• 130°C em regime de sobrecarga;

• 250°C em regime de curto-circuito.

Código de cores conforme NBR 5410:2004

• Fase R: Branco;

• Fase S: Vermelho;

• Fase T: Preto;

• Neutro: Azul;

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• Terra: Verde;

• Retorno: Amarelo;

Disjuntores

O disjuntor de entrada de energia será automático, caixa moldada, termomagnético, curva C,


capacidade de interrupção de curto-circuito igual ou maior que 10 kA, atendendo aos padrões da
NBR NM IEC-60947-2.

Os demais disjuntores deverão ser automáticos, DIN/minidisjuntores, termomagnéticos, curva C,


atendendo aos padrões da NBR NM 60898:2004.

Recomendações para instalação

Para a execução das instalações descritas no presente projeto, se faz necessária a contratação de
empresa qualificada, com responsabilidade técnica, domínio total em relação ao campo das
instalações elétricas e com segurança para fornecer todos os materiais conforme especificações
e mão de obra competente.

Instalação de tubulações e caixas

As tubulações deverão seguir precisamente a disposição prevista em projeto, sendo bem-


posicionadas e fixas para não haver desprendimento no momento da passagem dos condutores.
Deve-se tomar cuidado especial durante concretagem de lajes que possuam tubulações embutidas
para não haver interrupções e esmagamentos delas com a movimentação de trabalhadores.
Recomenda-se que sempre haja algum profissional responsável pela infraestrutura elétrica
durante concretagens e atividades que possam impactar nos percursos de circuitos definidos em
projeto.

Tanto para eletrodutos embutidos em alvenaria quanto em laje de concreto, deve-se atentar para
não haver nenhuma curva que altere a trajetória da tubulação em mais do que 90°.

As caixas de passagem em lajes deverão ser bem fixas nas formas e preenchidas com serragem
afim de evitar entrada de concreto e posterior inutilização. Deverão ser limpas após a desforma,
antes da passagem do cabeamento pela infraestrutura.
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Elaboração de projeto de instalações elétricas de baixa tensão em edificação residencial multifamiliar
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As tubulações aparentes deverão ser fixadas em laje através de sistema com barra roscada e
abraçadeira, de forma a garantir a rigidez na fixação e aceitação estética. Em caso de utilização
de eletrocalhas ou perfilados, a fixação deverá ser realizada através do conjunto formado pelo
suporte próprio para o material e barra roscada.

A chegada de eletrodutos em caixas de passagem necessitará sempre a utilização do conjunto


bucha e arruela de alumínio, de forma a manter bom acabamento e fixação. Da mesma forma,
eletrodutos provenientes de eletrocalhas ou perfilados possuirão conector box reto ou semelhante
para a perfeita conexão.

Montagem de quadros

Os quadros deverão ser montados de forma organizada, realizando o agrupamento de condutores


e fixação com abraçadeira plástica. Preferencialmente, a conexão dos condutores com os
disjuntores deverá ser realizada através de terminal elétrico, visando garantir melhor contato
entre as partes.

Todos os disjuntores deverão ser bem alinhados e fixos, juntamente com os barramentos e demais
componentes dos quadros. Condutores que atravessem sem emendas pelas caixas de passagem
localizadas nos shafts dos pavimentos deverão ser fixados no fundo do quadro de forma a facilitar
a passagem dos demais condutores. Após a finalização completa da montagem de cada um dos
quadros, deve-se realizar a verificação do aperto em disjuntores e componentes.

A empresa contratada para realização das instalações elétricas deverá realizar a identificação de
todos os circuitos em cada um dos CDs, de forma clara, que possibilite a operação simples do
usuário posterior. A empresa também terá o compromisso de posicionar lacres nos parafusos de
fixação do CD, de forma a evidenciar a garantia da mão de obra. Por fim, garantirá a fixação da
placa abaixo na região do verso da tampa de cada CD.

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Passagem dos condutores

Os condutores deverão seguir a regra de coloração especificada no presente memorial, bem como
a disposição prevista em projeto. Alterações de percurso, comprimento e trajetos geram graves
riscos à instalação e não são aceitos em nenhuma hipótese. É necessário cuidado por parte do
instalador para evitar danos ao cabeamento utilizado na instalação, recorrendo à guias de
puxamento, talco, parafina ou outro lubrificante que não prejudique a isolação dos condutores.

Todas as emendas serão obrigatoriamente realizadas em caixas de passagem, sendo que é vetada
a presença de emendas desnecessárias ou realizadas diretamente no CD. É necessário que as
emendas sejam estanhadas e isoladas com o auxílio de fita isolante.

Acabamento de caixas e quadros

Todas as caixas de passagem, quadros elétricos, quadros dos sistemas de sinais e afins deverão
ser entregues em perfeitas condições de limpeza e fixação. Os acabamentos elétricos (tomadas,
interruptores e luminárias) precisam estar nivelados e firmes, sem frestas entre o respectivo
acabamento e a superfície à qual está fixado.

O cabeamento necessita estar fixo e devidamente organizado dentro do shaft e em quaisquer


caixas de passagem. As infraestruturas secas, de espera para outros sistemas ou futuras
instalações elétricas serão identificadas e entregues com fio-guia para garantia da integridade da
tubulação.

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Elaboração de projeto de instalações elétricas de baixa tensão em edificação residencial multifamiliar
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Testes e verificações nas instalações

O sistema deve ser inspecionado antes da entrega por parte da instaladora e utilização das
instalações, de forma a analisar visualmente se todos as medidas previstas no presente memorial
e na NBR 5410 (ABNT, 2004) foram cumpridas. É importante que o avaliador possua
experiência na área, julgue de forma crítica e verifique se todos os pontos da instalação atendem
às características de desempenho e segurança. Ao fim da inspeção, deverá ser gerado relatório
com possíveis alterações e documentação de conformidades.

Além da inspeção visual, deverão ser realizados os testes previstos no item 7.3 da NBR 5410
(ABNT, 2004), garantindo a segurança, correta instalação e funcionalidade total do sistema.

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APÊNDICE B – Memória de Cálculo

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Elaboração de projeto de instalações elétricas de baixa tensão em edificação residencial multifamiliar
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Previsão de pontos de consumo e cargas estabelecidas

Abaixo são apresentadas as planilhas contendo os cálculos realizados para determinação da


quantidade e potência mínima dos pontos de iluminação e tomadas, conforme balizado pela NBR
5410 (ABNT, 2004). As planilhas são separadas em apartamento tipo, áreas comuns do térreo e
áreas comuns dos demais pavimentos.

Apartamento Tipo

Cargas Apartamento Tipo


Dimensões Iluminação TUGs TUEs
Ambiente Critério
Pot. unitária Pot. total Pot. unitária Pot. total Pot. unitária Pot. total
Área (m²) Perímetro (m) Quantidade Quantidade Quantidade
(VA) (VA) (VA) (VA) (VA) (VA)
Sala de Mínimo - - 400 6 100 600
26,40 21,20 1 1600 1600
Estar Adotado 2 200 400 7 100 700
Mínimo - - 100 2 600 1200
Cozinha 8,29 11,70 2 2700+1300 4000
Adotado 1 100 100 4 475 1900
Área de Mínimo - - 100 1 600 600
4,78 9,65 2 2500+1500 5000
Serviço Adotado 1 100 100 1 600 600
Mínimo - - 100 1 100 100
Circulação 3,40 9,20 0 0 0
Adotado 1 100 100 1 100 100
Mínimo - - 100 2 100 200
Despensa 6,13 10,25 0 0 0
Adotado 1 100 100 2 100 200
Mínimo - - 220 3 100 300
Dormitório 14,51 15,45 1 1600 1600
Adotado 1 220 220 6 100 600
Mínimo - - 160 3 100 300
Suíte 12,18 14,30 1 1600 1600
Adotado 1 160 160 6 100 600
Sanitário Mínimo - - 100 1 600 600
5,08 9,65 1 7000 7000
Suíte Adotado 2 100+60 160 1 1300 1300
Sanitário Mínimo - - 100 1 600 600
5,08 9,65 1 7000 7000
Social Adotado 2 100+60 160 1 1300 1300

TOTAL ADOTADO Potência Iluminação 1500 Potência TUGs 7300 Potência TUEs 27800

Carga Total da Instalação


Iluminação (VA) 1500,00
TUGs (VA) 7300,00
TUEs (VA) 27800,00
TOTAL GERAL 36600,00

Carga instalada:

Iluminação: 1,5 kVA x 0,92 = 1,38 kW;

TUG’s: 7,30 kVA x 0,80 = 5,84 kW;

TUE’s: 13,80 kVA x 0,80 + 14,00 kVA x 1,0 = 25,04 kW;

Total = 1,38 kW + 5,84 kW + 25,04 kW = 32,26 kW;

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Áreas Comuns Térreo

Cargas Térreo
Iluminação TUGs TUEs Iluminação Emergência
Ambiente
Pot. unitária Pot. total Pot. unitária Pot. total Pot. unitária Pot. total Pot. unitária Pot. total
Quantidade Quantidade Quantidade Quantidade
(VA) (VA) (VA) (VA) (VA) (VA) (VA) (VA)
Estacionamento
17 60 1020 2 100 200 0 0 0 9 50 450
térreo
2x1010VA +
5x200VA +
Acesso frontal 7 1120 0 0 0 5 1x500VA + 2920 0 50 0
2x60VA
2x200VA
Acesso sul 3 60 180 2 100 200 0 0 0 2 50 100

Acesso norte 3 60 180 2 100 200 0 0 0 2 50 100

Hall térreo 8 60 480 4 100 400 0 0 0 4 50 200

Antecâmara
1 60 60 1 100 100 0 0 0 1 50 50
serviço

Sala de quadros 2 60 120 1 100 100 0 0 0 1 50 50

Sala de bombas 2 60 120 1 100 100 2* 8400 8400 1 50 50

Sala telefonia 1 60 60 1 100 100 0 0 0 1 50 50

Shaft escadaria 1 60 60 0 0 0 0 0 0 1 50 50

Escadaria 3 60 180 0 0 0 0 0 0 2 50 100

TOTAL Potência Iluminação


Potência Iluminação 3580 Potência TUGs 1400 Potência TUEs 11320 1200
ADOTADO Emergência

Carga Total da Instalação


Iluminação (VA) 3580
TUGs (VA) 1400
TUEs (VA) 11320
Iluminação Emergência (VA) 1200
TOTAL GERAL 17500

Carga instalada:

Iluminação: 3,58 kVA x 0,92 = 3,29 kW;

TUG’s: 1,40 kVA x 0,80 = 1,12 kW;

TUE’s: 11,32 kVA x 0,80 = 9,06 kW;

Total = 3,29 kW + 1,12 kW + 9,06 kW = 13,47 kW;

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Elaboração de projeto de instalações elétricas de baixa tensão em edificação residencial multifamiliar
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Demais Áreas Comuns

Cargas áreas comuns 2°, 3°, 4°, 5°, 6°, 7°, 8°, 9° e cobertura
Iluminação TUGs TUEs Iluminação Emergência
Ambiente Pot. unitária Pot. total Pot. unitária Pot. total Pot. unitária Pot. total Pot. unitária Pot. total
Quantidade Quantidade Quantidade Quantidade
(VA) (VA) (VA) (VA) (VA) (VA) (VA) (VA)
Estacionamento
27 60 1620 2 100 200 0 0 0 9 50 450
- 2° Pav.
Escadaria - 2° Pav. 3 60 180 0 100 0 0 0 0 2 50 100

Hall - 2° Pav. 2 60 120 0 100 0 0 0 0 2 50 100

Shaft escadaria - 2° Pav.1 60 60 1 100 100 0 0 0 1 50 50

Escadaria - Tipo 3 60 180 0 100 0 0 0 0 2 50 100

Hall - Tipo 1 60 60 1 100 100 0 0 0 1 50 50

Shaft escadaria - Tipo 1 60 60 1 100 100 0 0 0 1 50 50

Hall - 8° Pav. 5 60 300 1 100 100 1* 15800 15800 1 50 50

Shaft escadaria - 8° Pav.1 60 60 1 100 100 0 0 0 1 50 50

9° Pav. 2 60 120 1 100 100 0 0 0 1 50 50

Cobertura 0 60 0 0 100 0 1 100 100 0 0 0

TOTAL Potência Iluminação


Potência Iluminação 2760 Potência TUGs 800 Potência TUEs 15900 1050
ADOTADO Emergência

Carga Total da Instalação


Iluminação (VA) 2760
TUGs (VA) 800
TUEs (VA) 15900
Iluminação Emergência (VA) 1050
TOTAL GERAL 20510

Carga instalada:

Iluminação: 2,76 kVA x 0,92 = 2,54 kW;

TUG’s: 0,80 kVA x 0,80 = 0,64 kW;

TUE’s: 15,90 kVA x 0,80 = 12,70 kW;

Total = 2,54 kW + 0,64 kW + 12,70 kW = 15,90 kW;

Divisão da Instalação em Circuitos

Abaixo são apresentadas as planilhas contendo a divisão de circuitos projetada para cada um dos
centros de distribuição do edifício. Tais circuitos foram definidos com base na similaridade de
suas funções, proximidade dos pontos e tensões máximas para segurança da edificação.

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Apartamento Tipo

Circuitos Apartamento Tipo


Número do
Tipo Localização Tensão (V) Potência (VA)
circuito

1 Iluminação Sala, cozinha e área de serviço 127 630

2 Iluminação Dormitórios, circulação, despensa e sanitários 127 930


3 TUG Sala, despensa e circulação 127 1000
4 TUG TUGs cozinha 127 1200
5 TUG TUG Área de serviço e TUGs cozinha 127 1300
6 TUG Dormitório e suíte 127 1200
7 TUG Sanitário Social 127 1300
8 TUG Sanitário Suíte 127 1300
9 TUE AC Sala de estar 220 1600
10 TUE AC Dormitório 220 1600
11 TUE AC Suíte 220 1600
12 TUE Microondas 220 1300
13 TUE Máquina de lavar louças 220 2700
14 TUE Máquina de lavar roupas 220 1500
15 TUE Secadora de roupas 220 3500
16 TUE Chuveiro social 220 7000
17 TUE Chuveiro suíte 220 7000

CD Serviço

Circuitos Serviço
Número do
Tipo Localização Tensão (V) Potência (VA)
circuito

1 Iluminação Postes externos 127 1000

2 Iluminação Térreo interno centro e sul 127 840


3 Iluminação Térreo serviço + Térreo norte interno e externo 127 960
4 Iluminação Térreo externo sul 127 540
5 Iluminação 2° Pavimento sul 127 960
6 Iluminação 2° Pavimento centro e norte 127 780
7 Iluminação Iluminação shaft escadaria + hall 8° e 9° Pavs. 127 720
8 Iluminação Iluminação escadaria e Hall do térreo até 4° pav. 127 840
9 Iluminação Iluminação escadaria e Hall do 5° ao 7° pav. 127 720
10 TUG Térreo Sul 127 700
11 TUG Térreo norte 127 700
12 TUG Tomadas 2° ao 9° pav. 127 900
13 TUE Portão veículos norte - 0,5 CV 127 1010
14 TUE Portão veículos sul - 0,5 CV 127 1010
15 TUE Portão de pedestres 127 200
16 TUE Quadro de bombas 220 2600
17 TUE Cerca elétrica 127 200
18 TUE CFTV 127 500
19 Iluminação Balizador aéreo 127 100
20 Aclaramento Iluminação de emergência térreo 127 1200
21 Aclaramento Iluminação de emergência 2° pavimento 127 1200
22 Aclaramento Iluminação de emergência 3° ao 9° pav. 127 850

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Elaboração de projeto de instalações elétricas de baixa tensão em edificação residencial multifamiliar
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CD Emergência

Circuitos Emergência
Número do
Tipo Localização Tensão (V) Potência (VA)
circuito

1 Emergência Quadro do Elevador 220 - 3FNT 15800

2 Emergência Bomba Incêndio 220 - 3FNT 5800

Cálculo da Demanda do Edifício

A seguir estão dispostos todos os cálculos realizados para o encontro das demandas do edifício,
conforme item 7.2 do RIC/BT e descrito no corpo do documento principal deste projeto. Nota-
se que, para o apartamento tipo, são calculadas duas demandas distintas, uma para determinação
dos alimentadores e outra para definição da entrada de energia da edificação.

Demandas Individuais

Apartamento Tipo:

Definição dos Fatores de Demanda

Fator de demanda dos circuitos

Potência
Tipo Circuito FD
Somada (VA)
Iluminação e 1, 2, 3, 4, 5,
0,35 10460
tomadas 6, 13 e 14

7, 8, 12, 15,
Aquecedores 0,59 21400
16 e 17
ACs 9, 10 e 11 1 4800

Cálculo da Demanda

D = (a + b + c + d + e + f)

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113
D = (10,46 × 0,35 + 21,40 × 0,59 + 4,8 × 1 + 0 + 0 + 0)

D = 21,087 kVA

Demanda CD Serviço:

Definição dos Fatores de Demanda

Fator de demanda do CD Serviço

Potência
Tipo Circuito FD
Somada (VA)
1, 2, 3, 4, 5, 6, 7, 8, 9,
Iluminação e
10, 11, 12, 15, 17, 18, 0,31 13910
tomadas
19, 20, 21 e 22
Motores 13, 14 e 16 0,8 4620

Cálculo da Demanda

D = (a + b + c + d + e + f)

D = (13,91 × 0,31 + 0 + 0 + 0 + 4,62 × 0,8 + 0)

D = 8,01 kVA

Demanda CD Emergência:

Definição dos Fatores de Demanda

Fator de demanda do CD Emergência


Potência
Tipo Circuito FD
Somada (VA)
Motores EM 1 e EM 2 0,8 21600

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Elaboração de projeto de instalações elétricas de baixa tensão em edificação residencial multifamiliar
114
Cálculo da Demanda

D = (a + b + c + d + e + f)

D = (0 + 0 + 0 + 0 + 21,60 × 0,8 + 0)

D = 17,28 kVA

Demanda Predial

Demanda Proveniente das Áreas Privativas:

Áreas Privativas

Área do
97,74 m²
apartamento
Demanda por
2,12 kVA
apartamento
Número de
20
apartamentos

Fator Diversidade 17,44

Demanda
36,97 kVA
apartamentos total
Crescimento
1,20
Vegetativo
Demanda aptos
44,37 kVA
com crescimento

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115
Áreas Comuns:

Definição dos Fatores de Demanda

Fator de demanda dos circuitos condominiais


Potência
Tipo Circuito FD
Somada (VA)
1, 2, 3, 4, 5, 6, 7, 8, 9,
Iluminação e
10, 11, 12, 15, 17, 18, 0,31 13910
tomadas
19, 20, 21 e 22
13, 14, 16, EM 1 e
Motores 0,7 26220
EM 2

Cálculo da Demanda

D = (a + b + c + d + e + f)

D = (13,91 × 0,31 + 0 + 0 + 0 + 26,22 × 0,7 + 0)

D = 22,67 kVA

Demanda Predial Total:

D (kVA) = Dapartamentos + DÁreas Comuns

D (kVA) = 44,37 + 22,67 = 67,04 kVA

Entrada de Energia

A seguir é detalhado o cálculo realizado para determinar as condições de entrada de energia da


edificação. Todo o procedimento segue as premissas do RIC/BT, bem como o anexo J do mesmo
documento.

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Elaboração de projeto de instalações elétricas de baixa tensão em edificação residencial multifamiliar
116
Definição dos Componentes da Entrada de Energia

Para a demanda predial calculada, 67,04 kVA, e tensão de alimentação em 220/127 V (FF/FN),
têm-se:

Sendo assim, conclui-se que:

• Tipo de fornecimento – D5;

• Tipo de medição – Agrupada;

• Disjuntor geral termomagnético - 3 x 200 A;

• Condutores do ramal de ligação – não há (entrada subterrânea);

• Condutores do ramal de entrada – 4 x 120 mm² (EPR/90ºC 0,6/1 kV)*;

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Gabriel Andrighetto Teixeira. Porto Alegre: EE/UFRGS, 2022
117
• Condutor de aterramento – 1 x 35 mm² (EPR/90ºC 0,6/1 kV)*;

• Condutor de proteção – 1 x 70 mm² (EPR/90ºC 0,6/1 kV)*;

• Eletroduto do ramal de entrada – DN75 (2.1/2”) PVC rígido;

• Eletroduto de aterramento/proteção – DN40 (1.1/4”) PVC rígido;

* Condutores definidos em EPR para manter a concordância com os alimentadores à jusante.

Dimensionamento dos Circuito de Distribuição Interna do Painel de Medidores

Abaixo é possível verificar os cálculos, de acordo com o RIC/BT, para determinação das seções
dos condutores de distribuição e das respectivas proteções mecânicas para abastecimento dos
medidores das unidades consumidoras no painel.

Distribuição Painel de Medidores


Cálculo Tensão Potência Corrente Fator de correção Fator de correção Corrente de projeto Seção Mínima Método da Seção adotada
UCs atendidas
Demanda (V) corrigida (VA) Projeto (A) - Ib agrupamento temperatura corrigida (A) RIC/BT (mm²) corrente (mm²) (mm²)
Demanda ap.
Aps. 301 e 302 380 31631 83,24 1 0,96 86,71 25 16 25
x 0,75
Aps. 303, 304 e Demanda ap.
380 47446 124,86 1 0,96 130,06 25 35 35
401 x 0,75
Aps. 402, 403 e Demanda ap.
380 47446 124,86 1 0,96 130,06 25 35 35
404 x 0,75
Aps. 501, 502, Demanda ap.
380 63261 166,48 1 0,96 173,41 25 50 50
503 e 504 x 0,70
Aps. 601, 602, Demanda ap.
380 63261 166,48 1 0,96 173,41 25 50 50
603 e 604 x 0,70
Aps. 701, 702, Demanda ap.
380 63261 166,48 1 0,96 173,41 25 50 50
703 e 704 x 0,70
Demanda CD
CD Serviço 380 8010 21,08 1 0,96 21,96 25 2,5 25
Serviço
Demanda CD
CD Emergência 380 17280 45,47 1 0,96 47,37 25 6 25
Emergência

Portanto, ficam assim dispostos os ramais internos do painel:

• Aps. 301 e 302: 4 x 25 mm² (EPR/90ºC 450/750 V) – Encordoamento classe II;

• Aps. 303, 304 e 401: 4 x 35 mm² (EPR/90ºC 450/750 V) – Encordoamento classe II;

• Aps. 402, 403 e 404: 4 x 35 mm² (EPR/90ºC 450/750 V) – Encordoamento classe II;

• Aps. 501, 502, 503 e 504: 4 x 50 mm² (EPR/90ºC 450/750 V) – Encordoamento classe
II;

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Elaboração de projeto de instalações elétricas de baixa tensão em edificação residencial multifamiliar
118
• Aps. 601, 602, 603 e 604: 4 x 50 mm² (EPR/90ºC 450/750 V) – Encordoamento classe
II;

• Aps. 701, 702, 703 e 704: 4 x 50 mm² (EPR/90ºC 450/750 V) – Encordoamento classe
II;

• CD de Serviço: 4 x 25 mm² (EPR/90ºC 450/750 V) – Encordoamento classe II;

• CD de Emergência: 4 x 25 mm² (EPR/90ºC 450/750 V) – Encordoamento classe II;

Dimensionamento dos Condutores e Proteções

A seguir estão dispostos os cálculos para dimensionamento dos condutores dos circuitos
terminais e alimentadores.

Circuitos do Apartamento Tipo

Para o apartamento tipo foi definida a utilização de cabos com isolação PVC/70ºC, isolamento
de 450/750 V e encordoamento classe IV. Para circuitos distribuídos em eletrodutos embutidos,
define-se a referência B1. Além disso, os circuitos terminais do apartamento tipo possuem apenas
2 condutores carregados, seja ele as duas fases ou fase e neutro. Por fim, considerou-se
temperatura ambiente de 35ºC, gerando coeficiente de correção de capacidade de carga igual a
0,94. Dessa forma, têm-se:

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119
Capacidade de corrente de condutores

Métodos de Dimensionamento dos Condutores

Condutores Apartamento Tipo


N máx Fator de Fator de Seção Seção calculada Seção queda
Número do Potência Corrente Comprimento
Tipo Tensão (V) circuitos / correção correção mínima capacidade tensão < 2%
circuito (VA) Projeto (A) - Ib circuito (km)
eletroduto agrupamento temperatura (NBR5410) corrente (mm²) (mm²)
1 Iluminação 127 630 4,96 3 0,7 0,94 1,5 1,5 0,010 1,5

2 Iluminação 127 930 7,32 4 0,65 0,94 1,5 1,5 0,014 1,5

3 TUG 127 1000 7,87 4 0,65 0,94 2,5 1,5 0,012 1,5

4 TUG 127 1200 9,45 3 0,7 0,94 2,5 1,5 0,009 1,5

5 TUG 127 1300 10,24 3 0,7 0,94 2,5 1,5 0,009 1,5

6 TUG 127 1200 9,45 4 0,65 0,94 2,5 1,5 0,013 2,5

7 TUG 127 1300 10,24 2 0,8 0,94 2,5 1,5 0,007 1,5

8 TUG 127 1300 10,24 2 0,8 0,94 2,5 1,5 0,008 1,5

9 TUE 220 1600 7,27 3 0,7 0,94 2,5 1,5 0,011 1,5

10 TUE 220 1600 7,27 4 0,65 0,94 2,5 1,5 0,010 1,5

11 TUE 220 1600 7,27 3 0,7 0,94 2,5 1,5 0,010 1,5

12 TUE 220 1300 5,91 3 0,7 0,94 2,5 1,5 0,009 1,5

13 TUE 220 2700 12,27 3 0,7 0,94 2,5 2,5 0,009 1,5

14 TUE 220 1500 6,82 3 0,7 0,94 2,5 1,5 0,007 1,5

15 TUE 220 3500 15,91 3 0,7 0,94 2,5 4 0,008 1,5

16 TUE 220 7000 31,82 1 1 0,94 2,5 6 0,006 2,5

17 TUE 220 7000 31,82 1 1 0,94 2,5 6 0,007 2,5

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Elaboração de projeto de instalações elétricas de baixa tensão em edificação residencial multifamiliar
120
Definição das Seções dos Condutores

Condutores Apartamento Tipo


Número do Seção mínima Seção calculada capacidade Seção queda Seção fase Seção neutro Seção proteção
Tensão (V)
circuito (NBR5410) (mm²) corrente (mm²) tensão < 2% (mm²) adotada (mm²) adotada (mm²) adotada (mm²)

1 127 1,5 1,5 1,5 1,5 1,5 1,5

2 127 1,5 1,5 1,5 1,5 1,5 1,5

3 127 2,5 1,5 1,5 2,5 2,5 2,5

4 127 2,5 1,5 1,5 2,5 2,5 2,5

5 127 2,5 1,5 1,5 2,5 2,5 2,5

6 127 2,5 1,5 2,5 2,5 2,5 2,5

7 127 2,5 1,5 1,5 2,5 2,5 2,5

8 127 2,5 1,5 1,5 2,5 2,5 2,5

9 220 2,5 1,5 1,5 2,5 2,5 2,5

10 220 2,5 1,5 1,5 2,5 2,5 2,5

11 220 2,5 1,5 1,5 2,5 2,5 2,5

12 220 2,5 1,5 1,5 2,5 2,5 2,5

13 220 2,5 2,5 1,5 4,0 4,0 4,0

14 220 2,5 1,5 1,5 2,5 2,5 2,5

15 220 2,5 4 1,5 4,0 4,0 4,0

16 220 2,5 6 2,5 10,0 10,0 10,0

17 220 2,5 6 2,5 10,0 10,0 10,0

Disjuntores

Disjuntores Apartamento Tipo


Número Seção adotada Corrente Capacidade Disjuntor Fases de Potência Potência Potência
Tensão (V) Recebe DR?
do circuito (mm²) Projeto (A) - Ib corrente (A) adotado alimentação Fase R (VA) Fase S (VA) Fase T (VA)

1 127 1,5 4,96 11,5 1x10A R 630,0 0,0 0,0 Sim

2 127 1,5 7,32 10,7 1x10A R 930,0 0,0 0,0 Sim

3 127 2,5 7,87 14,7 1x10A R 1000,0 0,0 0,0 Não

4 127 2,5 9,45 15,8 1x13A R 1200,0 0,0 0,0 Sim

5 127 2,5 10,24 15,8 1x13A R 1300,0 0,0 0,0 Sim

6 127 2,5 9,45 14,7 1x13A R 1200,0 0,0 0,0 Não

7 127 2,5 10,24 18,0 1x13A S 0,0 1300,0 0,0 Sim

8 127 2,5 10,24 18,0 1x13A T 0,0 0,0 1300,0 Sim

9 220 2,5 7,27 15,8 2x10A R+S 800,0 800,0 0,0 Não

10 220 2,5 7,27 14,7 2x10A R+S 800,0 800,0 0,0 Não

11 220 2,5 7,27 15,8 2x10A R+S 800,0 800,0 0,0 Não

12 220 2,5 5,91 15,8 2x10A R+S 650,0 650,0 0,0 Sim

13 220 4,0 12,27 21,1 2x16A S+T 0,0 1350,0 1350,0 Sim

14 220 2,5 6,82 15,8 2x10A R+T 750,0 0,0 750,0 Sim

15 220 4,0 15,91 21,1 2x20A R+T 1750,0 0,0 1750,0 Sim

16 220 10,0 31,82 53,6 2x40A S+T 0,0 3500,0 3500,0 Sim

17 220 10,0 31,82 53,6 2x40A S+T 0,0 3500,0 3500,0 Sim

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Definição de Dispositivo DR

Adotou-se DR de mesma corrente nominal do disjuntor geral do apartamento, visto que a corrente
de operação em condições normais incidente sobre o DR nunca superará a corrente incidente no
disjuntor geral considerando que o DR está à jusante do disjuntor geral.

DR Apartamento Tipo
Disjuntor Geral 3x63A
DR adotado 4x63A 30mA

Dimensionamento de Proteções Mecânicas

Adotou-se o uso de eletroduto flexível reforçado para instalações embutidas em concreto e


colunas em alvenaria dos circuitos terminais. A partir disso, foram determinadas as dimensões
das proteções mecânicas. Apenas os trechos críticos foram dimensionados, adotando certo DN
para o restante da instalação conforme os resultados encontrados para estes. Para o apartamento
tipo, será utilizado apenas eletroduto flexível reforçado DN25.

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Elaboração de projeto de instalações elétricas de baixa tensão em edificação residencial multifamiliar
122
Proteções Mecânicas Apartamento Tipo
Quantidade de condutores Área ocupada Área
DN mínimo DN
Trecho condutores necessária
necessário adotado
(mm²) (mm²)
1,5 mm² 2,5 mm² 4 mm² 6 mm² 10 mm²

CD - Sala de Estar 2 3 0 0 0 46,4 116,0 1/2" 3/4"

CD - Cozinha 0 4 3 0 0 84,6 211,4 3/4" 3/4"

CD - Serviço 0 4 3 0 0 84,6 211,4 3/4" 3/4"

CD - Despensa 2 7 0 0 0 89,4 223,5 3/4" 3/4"

CD - Circulação 0 3 0 0 0 32,3 80,6 1/2" 3/4"

CD - Chuveiro Social 0 0 0 0 3 82,0 205,0 3/4" 3/4"

CD - Chuveiro Suíte 0 0 0 0 3 82,0 205,0 3/4" 3/4"

CD - Sanitário Social 0 5 0 0 0 53,8 134,4 1/2" 3/4"

Luminárias sala estar 5 5 0 0 0 89,1 222,8 3/4" 3/4"

Luminária sala - Tomada AC 3 5 0 0 0 67,9 169,7 3/4" 3/4"

Luminária cozinha - MLL 0 2 3 0 0 63,1 157,7 3/4" 3/4"


Luminária serviço -
0 0 3 0 0 41,6 103,9 1/2" 3/4"
Secadora
Despensa - Dormitório 2 5 0 0 0 67,9 169,7 3/4" 3/4"

Despensa - Circulação 2 5 0 0 0 67,9 169,7 3/4" 3/4"

Circulação - Suíte 2 5 0 0 0 67,9 169,7 3/4" 3/4"

Dados para Dimensionamento


Ocupação de cabos -
Eletroduto flexível reforçado (laranja)
Isolação PVC 450/750 V

A (mm²) D externo (mm) DN DN polegadas DI (mm) A (mm²)

1,5 3 20 1/2" 14 153,94

2,5 3,7 25 3/4" 18 254,47

4 4,2 32 1" 24 452,39

6 4,8

10 5,9

16 6,9

25 8,8

Circuitos do CD Serviço

Para o CD de serviço foi definida a utilização de cabos com isolação PVC/70ºC, isolamento de
450/750 V e encordoamento classe IV. Para os circuitos enterrados, porém, o isolamento foi
alterado para 0,6/1 kV. Para circuitos distribuídos em eletrodutos embutidos, define-se a
referência B1. Além disso, os circuitos terminais do CD de serviço possuem apenas 2 condutores
carregados, seja ele as duas fases ou fase e neutro. Por fim, considerou-se temperatura ambiente
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Gabriel Andrighetto Teixeira. Porto Alegre: EE/UFRGS, 2022
123
de 35ºC, gerando coeficiente de correção de capacidade de carga igual a 0,94. Dessa forma, têm-
se:

Métodos de Dimensionamento dos Condutores

Condutores Serviço
Número do Potência Corrente N máx Fator de correção Fator de correção Seção mínima Seção calculada capacidade Comprimento Seção queda
Tipo Tensão (V)
circuito (VA) Projeto (A) - Ib circuitos/eletroduto agrupamento temperatura (NBR5410) (mm²) corrente (mm²) circuito (km) tensão < 4% (mm²)
1 Iluminação 127 1000 7,87 6 0,57 0,94 1,5 1,5 0,025 1,5

2 Iluminação 127 840 6,61 4 0,65 0,94 1,5 1,5 0,022 1,5

3 Iluminação 127 960 7,56 4 0,65 0,94 1,5 1,5 0,031 2,5

4 Iluminação 127 540 4,25 4 0,65 0,94 1,5 1,5 0,042 1,5

5 Iluminação 127 960 7,56 3 0,7 0,94 1,5 1,5 0,041 2,5

6 Iluminação 127 780 6,14 3 0,7 0,94 1,5 1,5 0,047 2,5

7 Iluminação 127 720 5,67 3 0,7 0,94 1,5 1,5 0,045 2,5

8 Iluminação 127 840 6,61 3 0,7 0,94 1,5 1,5 0,032 1,5

9 Iluminação 127 720 5,67 3 0,7 0,94 1,5 1,5 0,038 1,5

10 TUG 127 700 5,51 4 0,65 0,94 2,5 1,5 0,022 1,5

11 TUG 127 700 5,51 4 0,65 0,94 2,5 1,5 0,021 1,5

12 TUG 127 900 7,09 4 0,65 0,94 2,5 1,5 0,046 2,5

13 TUE 127 1010 7,95 6 0,57 0,94 2,5 1,5 0,024 1,5

14 TUE 127 1010 7,95 6 0,57 0,94 2,5 1,5 0,023 1,5

15 TUE 127 200 1,57 6 0,57 0,94 2,5 1,5 0,012 1,5

16 TUE 220 2600 11,82 4 0,65 0,94 2,5 2,5 0,009 1,5

17 TUE 127 200 1,57 6 0,57 0,94 2,5 1,5 0,011 1,5

18 TUE 127 500 3,94 6 0,57 0,94 2,5 1,5 0,012 1,5

19 Iluminação 127 100 0,79 4 0,65 0,94 2,5 1,5 0,046 1,5

20 Aclaramento 127 1200 9,45 4 0,65 0,94 2,5 1,5 0,037 2,5

21 Aclaramento 127 1200 9,45 4 0,65 0,94 2,5 1,5 0,038 2,5

22 Aclaramento 127 850 6,69 4 0,65 0,94 2,5 1,5 0,046 2,5

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Elaboração de projeto de instalações elétricas de baixa tensão em edificação residencial multifamiliar
124
Definição das Seções dos Condutores

Condutores CD Serviço
Número do Seção mínima Seção calculada capacidade Seção queda Seção fase Seção neutro Seção proteção
Tensão (V)
circuito (NBR5410) (mm²) corrente (mm²) tensão < 4% (mm²) adotada (mm²) adotada (mm²) adotada (mm²)
1 127 1,5 1,5 1,5 2,5 2,5 2,5

2 127 1,5 1,5 1,5 2,5 2,5 2,5

3 127 1,5 1,5 2,5 2,5 2,5 2,5

4 127 1,5 1,5 1,5 2,5 2,5 2,5

5 127 1,5 1,5 2,5 2,5 2,5 2,5

6 127 1,5 1,5 2,5 2,5 2,5 2,5

7 127 1,5 1,5 2,5 2,5 2,5 2,5

8 127 1,5 1,5 1,5 2,5 2,5 2,5

9 127 1,5 1,5 1,5 2,5 2,5 2,5

10 127 2,5 1,5 1,5 2,5 2,5 2,5

11 127 2,5 1,5 1,5 2,5 2,5 2,5

12 127 2,5 1,5 2,5 2,5 2,5 2,5

13 127 2,5 1,5 1,5 2,5 2,5 2,5

14 127 2,5 1,5 1,5 2,5 2,5 2,5

15 127 2,5 1,5 1,5 2,5 2,5 2,5

16 220 2,5 2,5 1,5 4,0 4,0 4,0

17 127 2,5 1,5 1,5 2,5 2,5 2,5

18 127 2,5 1,5 1,5 2,5 2,5 2,5

19 127 2,5 1,5 1,5 2,5 2,5 2,5

20 127 2,5 1,5 2,5 2,5 2,5 2,5

21 127 2,5 1,5 2,5 2,5 2,5 2,5

22 127 2,5 1,5 2,5 2,5 2,5 2,5

__________________________________________________________________________________________
Gabriel Andrighetto Teixeira. Porto Alegre: EE/UFRGS, 2022
125
Disjuntores

Disjuntores CD Serviço
Número Seção adotada Corrente Capacidade Disjuntor Fases de Potência Potência Potência
Tensão (V) Recebe DR?
do circuito (mm²) Projeto (A) - Ib corrente (A) adotado alimentação Fase R (VA) Fase S (VA) Fase T (VA)
1 127 2,5 7,87 12,9 1x10 R 1000,0 0,0 0,0 Sim

2 127 2,5 6,61 14,7 1x13 S 0,0 840,0 0,0 Não

3 127 2,5 7,56 14,7 1x13 T 0,0 0,0 960,0 Sim

4 127 2,5 4,25 14,7 1x10 R 540,0 0,0 0,0 Sim

5 127 2,5 7,56 15,8 1x13 T 0,0 0,0 960,0 Sim

6 127 2,5 6,14 15,8 1x10 S 0,0 780,0 0,0 Sim

7 127 2,5 5,67 15,8 1x10 T 0,0 0,0 720,0 Não

8 127 2,5 6,61 15,8 1x10 T 0,0 0,0 840,0 Não

9 127 2,5 5,67 15,8 1x10 S 0,0 720,0 0,0 Não

10 127 2,5 5,51 14,7 1x10 R 700,0 0,0 0,0 Sim

11 127 2,5 5,51 14,7 1x10 S 0,0 700,0 0,0 Sim

12 127 2,5 7,09 14,7 1x10 T 0,0 0,0 900,0 Não

13 127 2,5 7,95 12,9 1x10 R 1010,0 0,0 0,0 Sim

14 127 2,5 7,95 12,9 1x10 S 0,0 1010,0 0,0 Sim

15 127 2,5 1,57 12,9 1x10 T 0,0 0,0 200,0 Sim

16 220 4,0 11,82 19,6 2x16 R+S 1300,0 1300,0 0,0 Não

17 127 2,5 1,57 12,9 1x10 R 200,0 0,0 0,0 Não

18 127 2,5 3,94 12,9 1x10 T 0,0 0,0 500,0 Não

19 127 2,5 0,79 14,7 1x10 S 0,0 100,0 0,0 Sim

20 127 2,5 9,45 14,7 1x13 T 0,0 0,0 1200,0 Não

21 127 2,5 9,45 14,7 1x13 R 1200,0 0,0 0,0 Não

22 127 2,5 6,69 14,7 1x10 S 0,0 850,0 0,0 Não

Definição de Dispositivo DR

Adotou-se DR de mesma corrente nominal do disjuntor geral do apartamento, visto que a corrente
de operação em condições normais incidente sobre o DR nunca superará a corrente incidente no
disjuntor geral considerando que o DR está à jusante do disjuntor geral.

DR CD Serviço
Disjuntor Geral 3x32A

DR adotado 4x40A 30mA

__________________________________________________________________________________________
Elaboração de projeto de instalações elétricas de baixa tensão em edificação residencial multifamiliar
126
Dimensionamento de Proteções Mecânicas

Adotou-se o uso de eletroduto flexível reforçado para instalações embutidas em concreto e


colunas em alvenaria dos circuitos terminais. A partir disso, foram determinadas as dimensões
das proteções mecânicas. Apenas os trechos críticos foram dimensionados, adotando certo DN
para o restante da instalação conforme os resultados encontrados para estes. Para as áreas
condominiais internas alimentadas pelo CD de serviço, será utilizado apenas eletroduto flexível
reforçado DN32. Eletrodutos aparentes serão em PVC rígido classe B.

Proteções Mecânicas Condominiais


Quantidade de condutores Área ocupada Área
DN mínimo DN
Trecho condutores necessária
necessário adotado
1,5 mm² 2,5 mm² 4 mm² 6 mm² 10 mm² (mm²) (mm²)

CD Serviço - Shaft Térreo 0 7 0 0 0 75,3 188,2 3/4" 1"

Sala quadros - Sala bombas 0 6 4 0 0 119,9 299,8 1" 1"

Hall serviço até hall 0 7 2 0 0 103,0 257,4 1" 1"

Alimentação CP até shaft 0 7 2 0 0 103,0 257,4 1" 1"

CD Serviço - Acesso sul 0 9 0 0 0 96,8 241,9 3/4" 1"

CD - Postes (1kV) 0 13 0 0 0 320,2 800,5 1 1/4" 1 1/4"*

Poste 1 - Demais pontos 0 6 0 0 0 147,8 369,5 1" 1"*

*Eletrodutos enterrados, PVC rígido classe B protegendo cabos de isolamento 0,6/1 kV

Dados para Dimensionamento


Ocupação de cabos - Ocupação de cabos -
Eletroduto flexível reforçado (laranja)
Isolação PVC Isolação PVC - 0,6/1 kV
A (mm²) D externo A (mm²) D externo DN DN polegadas DI (mm) A (mm²)

1,5 3 1,5 5,1 20 1/2" 14,0 153,94

2,5 3,7 2,5 5,6 25 3/4" 18,0 254,47

4 4,2 4 6,6 32 1" 24,0 452,39

6 4,8 6 7,2 Eletroduto PVC Rígido

10 5,9 10 8,2 DN DN polegadas DI (mm) A (mm²)

16 6,9 16 9,4 20 1/2" 16,1 203,58

25 8,8 25 11,1 25 3/4" 21,0 346,36

32 1" 26,8 564,10

40 1 1/4" 35,0 962,11

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Gabriel Andrighetto Teixeira. Porto Alegre: EE/UFRGS, 2022
127
Circuitos do CD Emergência

Para o CD de Emergência foi definida a utilização de cabos com isolação PVC/70ºC, isolamento
de 450/750 V e encordoamento classe IV. Para circuitos distribuídos em eletrodutos embutidos,
define-se a referência B1. Além disso, os circuitos terminais do CD de emergência possuem 3
condutores carregados, duas fases e um neutro. Por fim, considerou-se temperatura ambiente de
35ºC, gerando coeficiente de correção de capacidade de carga igual a 0,94. Dessa forma, têm-se:

Capacidade de corrente de condutores

Métodos de Dimensionamento dos Condutores

Condutores Emergência
Número Potência Corrente N máx circuitos / Fator de correção Fator de correção Seção mínima Seção calculada Comprimento Seção queda
Tipo Tensão (V)
do circuito (VA) Projeto (A) - Ib eletroduto agrupamento temperatura (NBR5410) (mm²) capacidade corrente (mm²) circuito (km) tensão < 2% (mm²)

1 Tomada 380 15800 41,58 1 1 0,94 2,5 10 0,048 10,0

2 Tomada 380 5800 15,26 1 1 0,94 2,5 1,5 0,011 1,5

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Elaboração de projeto de instalações elétricas de baixa tensão em edificação residencial multifamiliar
128
Definição das Seções dos Condutores

Condutores CD Emergência
Número do Seção mínima Seção calculada Seção queda Seção fase Seção neutro Seção proteção
Tensão (V)
circuito (NBR5410) (mm²) capacidade corrente (mm²) tensão < 2% (mm²) adotada (mm²) adotada (mm²) adotada (mm²)

1 380 2,5 10 10,0 16,0 16,0 16,0

2 380 2,5 1,5 1,5 4,0 4,0 4,0

Disjuntores

Disjuntores CD Emergência
Número Tensão Seção adotada Corrente Capacidade Disjuntor Fases de Potência Potência Potência
Recebe DR?
do circuito (V) (mm²) Projeto (A) - Ib corrente (A) adotado alimentação Fase R (VA) Fase S (VA) Fase T (VA)

1 380 16,0 41,58 63,9 3x50 R+S+T 5266,7 5266,7 5266,7 Não

2 380 4,0 15,26 30,1 3x25 R+S+T 1933,3 1933,3 1933,3 Não

Alimentadores dos Apartamentos

Para os alimentadores provenientes do painel de medição que serão ligados nos CDs dos
apartamentos, foi definida a utilização de cabos com isolação EPR/90ºC, isolamento de 450/750
V e encordoamento classe IV. Para o deslocamento dos medidores até os CDs, os alimentadores
trafegarão por eletroduto de PVC rígido classe B aparente, então define-se a referência B1. Além
disso, os circuitos terminais do CD de emergência possuem 3 condutores carregados, sendo todas
fases. O neutro não é considerado como condutor carregado devido ao equilíbrio do sistema. Por
fim, considerou-se temperatura ambiente de 35ºC, gerando coeficiente de correção de capacidade
de carga igual a 0,96. Dessa forma, têm-se:

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Gabriel Andrighetto Teixeira. Porto Alegre: EE/UFRGS, 2022
129
Capacidade de corrente de condutores

Métodos de Dimensionamento dos Condutores

Condutores Alimentadores Apartamentos


Potência N máx Fator de Fator de Seção calculada Seção queda
Número do Corrente Comprimento
Tensão (V) Demandada circuitos / correção correção capacidade tensão < 3%
apartamento Projeto (A) - Ib circuito (km)
(VA) eletroduto agrupamento temperatura corrente (mm²) (mm²)
301 380 21087 55,49 2 0,8 0,96 16 0,078 25

302 380 21087 55,49 2 0,8 0,96 16 0,076 25

303 380 21087 55,49 2 0,8 0,96 16 0,076 25

304 380 21087 55,49 2 0,8 0,96 16 0,078 25

401 380 21087 55,49 2 0,8 0,96 16 0,084 25

402 380 21087 55,49 2 0,8 0,96 16 0,082 25

403 380 21087 55,49 2 0,8 0,96 16 0,082 25

404 380 21087 55,49 2 0,8 0,96 16 0,084 25

501 380 21087 55,49 2 0,8 0,96 16 0,090 25

502 380 21087 55,49 2 0,8 0,96 16 0,088 25

503 380 21087 55,49 2 0,8 0,96 16 0,088 25

504 380 21087 55,49 2 0,8 0,96 16 0,090 25

601 380 21087 55,49 2 0,8 0,96 16 0,096 25

602 380 21087 55,49 2 0,8 0,96 16 0,094 25

603 380 21087 55,49 2 0,8 0,96 16 0,094 25

604 380 21087 55,49 2 0,8 0,96 16 0,096 25

701 380 21087 55,49 2 0,8 0,96 16 0,102 25

702 380 21087 55,49 2 0,8 0,96 16 0,100 25

703 380 21087 55,49 2 0,8 0,96 16 0,100 25

704 380 21087 55,49 2 0,8 0,96 16 0,102 25

__________________________________________________________________________________________
Elaboração de projeto de instalações elétricas de baixa tensão em edificação residencial multifamiliar
130
Definição das Seções dos Condutores

Condutores Alimentação Apartamentos


Número do Seção calculada capacidade Seção queda Seção fase Seção neutro Seção proteção
Tensão (V)
apartamento corrente (mm²) tensão < 3% (mm²) adotada (mm²) adotada (mm²) adotada (mm²)

301 380 16 25 25 25 25

302 380 16 25 25 25 25

303 380 16 25 25 25 25

304 380 16 25 25 25 25

401 380 16 25 25 25 25

402 380 16 25 25 25 25

403 380 16 25 25 25 25

404 380 16 25 25 25 25

501 380 16 25 25 25 25

502 380 16 25 25 25 25

503 380 16 25 25 25 25

504 380 16 25 25 25 25

601 380 16 25 25 25 25

602 380 16 25 25 25 25

603 380 16 25 25 25 25

604 380 16 25 25 25 25

701 380 16 25 25 25 25

702 380 16 25 25 25 25

703 380 16 25 25 25 25

704 380 16 25 25 25 25

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Gabriel Andrighetto Teixeira. Porto Alegre: EE/UFRGS, 2022
131
Disjuntores

Disjuntores Alimentadores Apartamentos


Número do Seção adotada Corrente Capacidade Disjuntor Fases de Potência Potência Potência
Tensão (V)
apartamento (mm²) Projeto (A) - Ib corrente (A) adotado alimentação Fase R (VA) Fase S (VA) Fase T (VA)

301 380 25 55,49 89,9 3x63A R+S+T 7029,0 7029,0 7029,0

302 380 25 55,49 89,9 3x63A R+S+T 7029,0 7029,0 7029,0

303 380 25 55,49 89,9 3x63A R+S+T 7029,0 7029,0 7029,0

304 380 25 55,49 89,9 3x63A R+S+T 7029,0 7029,0 7029,0

401 380 25 55,49 89,9 3x63A R+S+T 7029,0 7029,0 7029,0

402 380 25 55,49 89,9 3x63A R+S+T 7029,0 7029,0 7029,0

403 380 25 55,49 89,9 3x63A R+S+T 7029,0 7029,0 7029,0

404 380 25 55,49 89,9 3x63A R+S+T 7029,0 7029,0 7029,0

501 380 25 55,49 89,9 3x63A R+S+T 7029,0 7029,0 7029,0

502 380 25 55,49 89,9 3x63A R+S+T 7029,0 7029,0 7029,0

503 380 25 55,49 89,9 3x63A R+S+T 7029,0 7029,0 7029,0

504 380 25 55,49 89,9 3x63A R+S+T 7029,0 7029,0 7029,0

601 380 25 55,49 89,9 3x63A R+S+T 7029,0 7029,0 7029,0

602 380 25 55,49 89,9 3x63A R+S+T 7029,0 7029,0 7029,0

603 380 25 55,49 89,9 3x63A R+S+T 7029,0 7029,0 7029,0

604 380 25 55,49 89,9 3x63A R+S+T 7029,0 7029,0 7029,0

701 380 25 55,49 89,9 3x63A R+S+T 7029,0 7029,0 7029,0

702 380 25 55,49 89,86 3x63A R+S+T 7029,0 7029,0 7029,0

703 380 25 55,49 89,86 3x63A R+S+T 7029,0 7029,0 7029,0

704 380 25 55 90 3x63A R+S+T 7029,0 7029,0 7029,0

Dimensionamento de Proteções Mecânicas

Proteções Mecânicas Alimentadores Apartamentos


Quantidade
de Área ocupada Área
DN mínimo DN
Trecho condutores condutores necessária necessário adotado
(mm²) (mm²)
25 mm²
Grupo de 2 apartamentos
10 817,1 2042,8 2" 2"
(Coluna)
Individual apartamento
5 408,6 1021,4 1 1/4" 1 1/4"
(Distribuição no pavimento)

__________________________________________________________________________________________
Elaboração de projeto de instalações elétricas de baixa tensão em edificação residencial multifamiliar
132
Dados para Dimensionamento
Ocupação de cabos -
Eletroduto Rígido PVC Classe B
Isolação EPR

A (mm²) D externo (mm) DN DN polegadas DI (mm) A (mm²)

1,5 3,8 16 3/8" 13,1 134,78

2,5 4,3 20 1/2" 17,5 240,53

4 4,9 25 3/4" 21,6 366,44

6 6,0 32 1" 27,8 606,99

10 7,6 40 1 1/4" 36,4 1040,62

16 8,7 50 1 1/2" 41,8 1372,28

25 10,2 60 2" 53,2 2222,87

35 11,0

50 12,0

70 14,2

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Gabriel Andrighetto Teixeira. Porto Alegre: EE/UFRGS, 2022
133
APÊNDICE C – Levantamento de Quantitativos e Orçamentação

__________________________________________________________________________________________
Elaboração de projeto de instalações elétricas de baixa tensão em edificação residencial multifamiliar
134
Visando estimar o custo de investimento da implantação do projeto de instalações elétricas
elaborado, foi realizado levantamento de quantitativos e orçamento dos principais serviços a
executar. Para tal, foi utilizada a fonte de dados do SINAPI (Sistema nacional de pesquisa de
custos e índices), atualizada mensalmente para cada um dos estados brasileiros pela Caixa
Econômica Federal mensalmente. A publicação de setembro de 2022 para o estado do Rio
Grande do Sul serviu como referência para os valores.

Orçamento Material e Mão de Obra Instalações Elétricas (SINAPI 15/09/2022)


Preço Total
Item Composição SINAPI Descrição Unidade Unitário Total Quantidade
Geral (R$)

1 - DISJUNTORES DIN - - R$ 17.103,34

1.1 93653 DISJUNTOR MONOPOLAR TIPO DIN, CORRENTE NOMINAL DE 10A - FORNECIMENTO E INSTALAÇÃO. AF_10/2020 UN R$ 11,26 76 R$ 855,76

1.2 93654 DISJUNTOR MONOPOLAR TIPO DIN, CORRENTE NOMINAL DE 16A - FORNECIMENTO E INSTALAÇÃO. AF_10/2020 UN R$ 11,84 105 R$ 1.243,20

1.3 93660 DISJUNTOR BIPOLAR TIPO DIN, CORRENTE NOMINAL DE 10A - FORNECIMENTO E INSTALAÇÃO. AF_10/2020 UN R$ 54,12 100 R$ 5.412,00

1.4 93661 DISJUNTOR BIPOLAR TIPO DIN, CORRENTE NOMINAL DE 16A - FORNECIMENTO E INSTALAÇÃO. AF_10/2020 UN R$ 55,28 21 R$ 1.160,88

1.5 93662 DISJUNTOR BIPOLAR TIPO DIN, CORRENTE NOMINAL DE 20A - FORNECIMENTO E INSTALAÇÃO. AF_10/2020 UN R$ 57,71 20 R$ 1.154,20

1.6 93665 DISJUNTOR BIPOLAR TIPO DIN, CORRENTE NOMINAL DE 40A - FORNECIMENTO E INSTALAÇÃO. AF_10/2020 UN R$ 64,27 40 R$ 2.570,80

1.7 93670 DISJUNTOR TRIPOLAR TIPO DIN, CORRENTE NOMINAL DE 25A - FORNECIMENTO E INSTALAÇÃO. AF_10/2020 UN R$ 73,24 1 R$ 73,24

1.8 93671 DISJUNTOR TRIPOLAR TIPO DIN, CORRENTE NOMINAL DE 32A - FORNECIMENTO E INSTALAÇÃO. AF_10/2020 UN R$ 77,59 2 R$ 155,18

1.9 93673 DISJUNTOR TRIPOLAR TIPO DIN, CORRENTE NOMINAL DE 50A - FORNECIMENTO E INSTALAÇÃO. AF_10/2020 UN R$ 92,86 1 R$ 92,86

1.10 Composição Criada DISJUNTOR TRIPOLAR TIPO DIN, CORRENTE NOMINAL DE 63A - FORNECIMENTO E INSTALAÇÃO. UN R$ 104,41 42 R$ 4.385,22

2 - DISJUNTORES CAIXA MOLDADA - - R$ 606,76

DISJUNTOR TERMOMAGNÉTICO TRIPOLAR , CORRENTE NOMINAL DE 200A - FORNECIMENTO E INSTALAÇÃO.


2.1 101896 UN R$ 606,76 1 R$ 606,76
AF_10/2020

3 - DISPOSITIVOS DR - - - R$ 4.089,79

3.1 Composição Criada DISPOSITIVO DR, 4 POLOS, SENSIBILIDADE DE 30 MA, CORRENTE DE 40 A, TIPO AC UN 181,99 1 R$ 181,99

3.2 Composição Criada DISPOSITIVO DR, 4 POLOS, SENSIBILIDADE DE 30 MA, CORRENTE DE 63 A, TIPO AC UN 195,39 20 R$ 3.907,80

4 - CENTROS DE DISTRIBUIÇÃO E CAIXAS DE PASSAGEM - - - R$ 53.615,55

QUADRO DE DISTRIBUIÇÃO DE ENERGIA EM CHAPA DE AÇO GALVANIZADO, DE EMBUTIR, COM BARRAMENTO


4.1 101881 UN R$ 1.121,36 21 R$ 23.548,56
TRIFÁSICO, PARA 40 DISJUNTORES DIN 100A - FORNECIMENTO E INSTALAÇÃO. AF_10/2020
QUADRO DE DISTRIBUIÇÃO DE ENERGIA EM CHAPA DE AÇO GALVANIZADO, DE SOBREPOR, COM BARRAMENTO
4.2 101878 UN R$ 636,19 1 R$ 636,19
TRIFÁSICO, PARA 18 DISJUNTORES DIN 100A - FORNECIMENTO E INSTALAÇÃO. AF_10/2020

4.3 100557 CAIXA DE PASSAGEM PARA TELEFONE 80X80X15CM (SOBREPOR) FORNECIMENTO E INSTALACAO. AF_11/2019 UN R$ 560,19 13 R$ 7.282,47

4.4 Composição Criada CAIXA DE PASSAGEM METALICA DE SOBREPOR COM TAMPA PARAFUSADA, DIMENSOES 60 X 60 X 20 CM UN R$ 294,65 2 R$ 589,30

4.5 Composição Criada CAIXA DE PASSAGEM METALICA DE SOBREPOR COM TAMPA PARAFUSADA, DIMENSOES 40 X 40 X 15 CM UN R$ 171,64 1 R$ 171,64

4.6 Composição Criada CAIXA DE PASSAGEM METALICA DE SOBREPOR COM TAMPA PARAFUSADA, DIMENSOES 30 X 30 X 10 CM UN R$ 124,99 2 R$ 249,98

4.7 Composição Criada CAIXA DE PASSAGEM METALICA DE SOBREPOR COM TAMPA PARAFUSADA, DIMENSOES 20 X 20 X 10 CM UN R$ 87,25 5 R$ 436,25

CAIXA ENTERRADA ELÉTRICA RETANGULAR, EM ALVENARIA COM TIJOLOS CERÂMICOS MACIÇOS, FUNDO COM BRITA,
4.8 97888 UN R$ 476,32 3 R$ 1.428,96
DIMENSÕES INTERNAS: 0,6X0,6X0,6 M. AF_12/2020

4.9 100557 CAIXA DE PASSAGEM PARA TELEFONE 80X80X15CM (SOBREPOR) FORNECIMENTO E INSTALACAO. AF_11/2019 UN R$ 560,19 1 R$ 560,19

CAIXA RETANGULAR 4" X 2" MÉDIA (1,30 M DO PISO), PVC, INSTALADA EM PAREDE - FORNECIMENTO E INSTALAÇÃO.
4.10 91940 UN R$ 15,01 981 R$ 14.724,81
AF_12/2015

4.12 91936 CAIXA OCTOGONAL 4" X 4", PVC, INSTALADA EM LAJE - FORNECIMENTO E INSTALAÇÃO. AF_12/2015 UN R$ 14,24 280 R$ 3.987,20

5 - ACABAMENTOS ELÉTRICOS - - - R$ 90.134,63

TOMADA MÉDIA DE EMBUTIR (1 MÓDULO), 2P+T 10 A, INCLUINDO SUPORTE E PLACA - FORNECIMENTO E INSTALAÇÃO.
5.1 91996 UN R$ 30,89 299 R$ 9.236,11
AF_12/2015
TOMADA MÉDIA DE EMBUTIR (2 MÓDULOS), 2P+T 10 A, INCLUINDO SUPORTE E PLACA - FORNECIMENTO E INSTALAÇÃO.
5.2 92004 UN R$ 51,01 140 R$ 7.141,40
AF_12/2015
INTERRUPTOR SIMPLES (1 MÓDULO), 10A/250V, INCLUINDO SUPORTE E PLACA - FORNECIMENTO E INSTALAÇÃO.
5.3 91953 UN R$ 25,98 108 R$ 2.805,84
AF_12/2015

__________________________________________________________________________________________
Gabriel Andrighetto Teixeira. Porto Alegre: EE/UFRGS, 2022
135
Orçamento Material e Mão de Obra Instalações Elétricas (SINAPI 15/09/2022)
Preço Total
Item Composição SINAPI Descrição Unidade Unitário Total Quantidade
Geral (R$)
INTERRUPTOR PARALELO (1 MÓDULO), 10A/250V, INCLUINDO SUPORTE E PLACA - FORNECIMENTO E INSTALAÇÃO.
5.4 91955 UN R$ 32,14 40 R$ 1.285,60
AF_12/2015
TOMADA MÉDIA DE EMBUTIR (1 MÓDULO), 2P+T 20 A, INCLUINDO SUPORTE E PLACA - FORNECIMENTO E INSTALAÇÃO.
5.5 91997 UN R$ 33,30 160 R$ 5.328,00
AF_12/2015
SUPORTE PARAFUSADO COM PLACA DE ENCAIXE 4" X 2" ALTO (2,00 M DO PISO) PARA PONTO ELÉTRICO -
5.6 91945 UN R$ 9,38 40 R$ 375,20
FORNECIMENTO E INSTALAÇÃO. AF_12/2015
INTERRUPTOR SIMPLES (2 MÓDULOS), 10A/250V, INCLUINDO SUPORTE E PLACA - FORNECIMENTO E INSTALAÇÃO.
5.7 91959 UN R$ 41,24 20 R$ 824,80
AF_12/2015
INTERRUPTOR PULSADOR CAMPAINHA (1 MÓDULO), 10A/250V, INCLUINDO SUPORTE E PLACA - FORNECIMENTO E
5.8 91985 UN R$ 24,75 20 R$ 495,00
INSTALAÇÃO. AF_09/2017
CAMPAINHA CIGARRA (1 MÓDULO), 10A/250V, INCLUINDO SUPORTE E PLACA - FORNECIMENTO E INSTALAÇÃO.
5.9 91987 UN R$ 44,57 20 R$ 891,40
AF_09/2017
INTERRUPTOR PARALELO (1 MÓDULO) COM 1 TOMADA DE EMBUTIR 2P+T 10 A, INCLUINDO SUPORTE E PLACA -
5.10 92029 UN R$ 52,26 40 R$ 2.090,40
FORNECIMENTO E INSTALAÇÃO. AF_12/2015

5.11 97598 SENSOR DE PRESENÇA SEM FOTOCÉLULA, FIXAÇÃO EM TETO - FORNECIMENTO E INSTALAÇÃO. AF_02/2020 UN R$ 69,66 48 R$ 3.343,68

5.12 97595 SENSOR DE PRESENÇA COM FOTOCÉLULA, FIXAÇÃO EM PAREDE - FORNECIMENTO E INSTALAÇÃO. AF_02/2020 UN R$ 107,08 3 R$ 321,24

INTERRUPTOR SIMPLES (1 MÓDULO) COM 1 TOMADA DE EMBUTIR 2P+T 10 A, INCLUINDO SUPORTE E PLACA -
5.13 92023 UN R$ 46,10 5 R$ 230,50
FORNECIMENTO E INSTALAÇÃO. AF_12/2015
POSTE DECORATIVO PARA JARDIM EM AÇO TUBULAR, H = *2,5* M, SEM LUMINÁRIA - FORNECIMENTO E INSTALAÇÃO.
5.14 100619 UN R$ 708,58 5 R$ 3.542,90
AF_11/2019

5.15 12366 POSTE DE CONCRETO ARMADO DE SECAO CIRCULAR, EXTENSAO DE 10,00 M, RESISTENCIA UN R$ 1.447,45 1 R$ 1.447,45

ASSENTAMENTO DE POSTE DE CONCRETO COM COMPRIMENTO NOMINAL DE 9 M, CARGA NOMINAL MENOR OU IGUAL
5.16 100578 UN R$ 449,35 1 R$ 449,35
A 1000 DAN, ENGASTAMENTO SIMPLES COM 1,5 M DE SOLO (NÃO INCLUI FORNECIMENTO). AF_11/2019
LUMINÁRIA TIPO CALHA, DE SOBREPOR, COM 2 LÂMPADAS TUBULARES FLUORESCENTES DE 36 W, COM REATOR DE
5.17 97586 UN R$ 167,53 43 R$ 7.203,79
PARTIDA RÁPIDA - FORNECIMENTO E INSTALAÇÃO. AF_02/2020
LUMINÁRIA TIPO PLAFON CIRCULAR, DE SOBREPOR, COM LED DE 12/13 W - FORNECIMENTO E INSTALAÇÃO.
5.18 103782 UN R$ 36,34 13 R$ 472,42
AF_03/2022
LUMINÁRIA TIPO SPOT, DE SOBREPOR, COM 1 LÂMPADA FLUORESCENTE DE 15 W, SEM REATOR - FORNECIMENTO E
5.19 97593 UN R$ 149,91 224 R$ 33.579,84
INSTALAÇÃO. AF_02/2020
LUMINÁRIA ARANDELA TIPO TARTARUGA, DE SOBREPOR, COM 1 LÂMPADA LED DE 6 W, SEM REATOR - FORNECIMENTO
5.20 97607 UN R$ 116,64 14 R$ 1.632,96
E INSTALAÇÃO. AF_02/2020
LUMINÁRIA ARANDELA TIPO MEIA LUA, DE SOBREPOR, COM 1 LÂMPADA FLUORESCENTE DE 15 W, SEM REATOR -
5.21 97606 UN R$ 103,34 55 R$ 5.683,70
FORNECIMENTO E INSTALAÇÃO. AF_02/2020
LUMINÁRIA DE EMERGÊNCIA, COM 30 LÂMPADAS LED DE 2 W, SEM REATOR - FORNECIMENTO E INSTALAÇÃO.
5.22 97599 UN R$ 26,97 65 R$ 1.753,05
AF_02/2020

6 - CONDUTORES - - - R$ 227.483,20

CABO DE COBRE FLEXÍVEL ISOLADO, 1,5 MM², ANTI-CHAMA 450/750 V, PARA CIRCUITOS TERMINAIS - FORNECIMENTO E
6.1 91924 M R$ 2,71 3792,6 R$ 10.277,95
INSTALAÇÃO. AF_12/2015
CABO DE COBRE FLEXÍVEL ISOLADO, 2,5 MM², ANTI-CHAMA 450/750 V, PARA CIRCUITOS TERMINAIS - FORNECIMENTO E
6.2 91926 M R$ 3,93 12705,1 R$ 49.931,04
INSTALAÇÃO. AF_12/2015
CABO DE COBRE FLEXÍVEL ISOLADO, 4 MM², ANTI-CHAMA 450/750 V, PARA CIRCUITOS TERMINAIS - FORNECIMENTO E
6.3 91928 M R$ 6,39 1067,48 R$ 6.821,20
INSTALAÇÃO. AF_12/2015
CABO DE COBRE FLEXÍVEL ISOLADO, 10 MM², ANTI-CHAMA 450/750 V, PARA CIRCUITOS TERMINAIS - FORNECIMENTO E
6.4 91932 M R$ 14,38 679,2 R$ 9.766,90
INSTALAÇÃO. AF_12/2015
CABO DE COBRE FLEXÍVEL ISOLADO, 16 MM², ANTI-CHAMA 450/750 V, PARA CIRCUITOS TERMINAIS - FORNECIMENTO E
6.5 91934 M R$ 21,98 178,1 R$ 3.914,64
INSTALAÇÃO. AF_12/2015
CABO DE COBRE FLEXÍVEL ISOLADO, 2,5 MM², ANTI-CHAMA 0,6/1,0 KV, PARA CIRCUITOS TERMINAIS - FORNECIMENTO E
6.6 91927 M R$ 5,15 340,12 R$ 1.751,62
INSTALAÇÃO. AF_12/2015
CABO DE COBRE FLEXÍVEL ISOLADO, 25 MM², ISOLAÇÃO EPR, ANTI-CHAMA 450/750 KV, PARA DISTRIBUIÇÃO -
6.7 Composição Criada M R$ 27,85 4437,50 R$ 123.582,60
FORNECIMENTO E INSTALAÇÃO.
CABO DE COBRE ISOLADO, 25 MM² ENCORDOAMENTO CLASSE 2, ISOLAÇÃO EPR, ANTI-CHAMA 0,6/1,0 KV -
6.8 Composição Criada M R$ 29,66 24,00 R$ 711,92
DISTRIBUIÇÃO.
CABO DE COBRE ISOLADO, 35 MM² ENCORDOAMENTO CLASSE 2, ISOLAÇÃO EPR, ANTI-CHAMA 0,6/1,0 KV -
6.9 Composição Criada M R$ 39,69 23,20 R$ 920,84
DISTRIBUIÇÃO.
CABO DE COBRE ISOLADO, 50 MM² ENCORDOAMENTO CLASSE 2, ISOLAÇÃO EPR, ANTI-CHAMA 0,6/1,0 KV -
6.10 Composição Criada M R$ 54,54 34,80 R$ 1.897,91
DISTRIBUIÇÃO.
CABO DE COBRE ISOLADO, 70 MM² ENCORDOAMENTO CLASSE 2, ISOLAÇÃO EPR, ANTI-CHAMA 0,6/1,0 KV -
6.11 Composição Criada M R$ 74,25 4,20 R$ 311,86
DISTRIBUIÇÃO.
CABO DE COBRE ISOLADO, 120 MM² ENCORDOAMENTO CLASSE 2, ISOLAÇÃO EPR, ANTI-CHAMA 0,6/1,0 KV -
6.12 Composição Criada M R$ 125,86 139,80 R$ 17.594,74
DISTRIBUIÇÃO.

7 - ELETRODUTOS - - - R$ 56.763,57

ELETRODUTO FLEXÍVEL CORRUGADO REFORÇADO, PVC, DN 25 MM (3/4"), PARA CIRCUITOS TERMINAIS, INSTALADO EM
7.1 91845 M R$ 9,00 3344,4 R$ 30.099,60
LAJE - FORNECIMENTO E INSTALAÇÃO. AF_12/2015
ELETRODUTO FLEXÍVEL CORRUGADO REFORÇADO, PVC, DN 32 MM (1"), PARA CIRCUITOS TERMINAIS, INSTALADO EM
7.2 91847 M R$ 14,50 507,59 R$ 7.360,06
LAJE - FORNECIMENTO E INSTALAÇÃO. AF_12/2015
ELETRODUTO FLEXÍVEL CORRUGADO, PEAD, DN 40 MM (1 1/4"), PARA CIRCUITOS TERMINAIS, INSTALADO EM LAJE -
7.3 91850 M R$ 13,83 8,92 R$ 123,36
FORNECIMENTO E INSTALAÇÃO. AF_12/2015
ELETRODUTO RÍGIDO ROSCÁVEL, PVC, DN 32 MM (1"), PARA CIRCUITOS TERMINAIS, INSTALADO EM FORRO -
7.4 91864 M R$ 16,67 145,96 R$ 2.433,15
FORNECIMENTO E INSTALAÇÃO. AF_12/2015
ELETRODUTO RÍGIDO ROSCÁVEL, PVC, DN 40 MM (1 1/4"), PARA CIRCUITOS TERMINAIS, INSTALADO EM FORRO -
7.5 91865 M R$ 20,91 343,83 R$ 7.189,49
FORNECIMENTO E INSTALAÇÃO. AF_12/2015
ELETRODUTO RÍGIDO ROSCÁVEL, PVC, DN 50 MM (1 1/2"), PARA CIRCUITOS TERMINAIS, INSTALADO EM PAREDE -
7.6 Composição Criada M R$ 23,29 9 R$ 209,59
FORNECIMENTO E INSTALAÇÃO.
ELETRODUTO RÍGIDO ROSCÁVEL, PVC, DN 60 MM (2"), PARA DISTRIBUIÇÃO, INSTALADO EM FORRO - FORNECIMENTO E
7.7 Composição Criada M R$ 30,34 280 R$ 8.493,84
INSTALAÇÃO.
ELETRODUTO RÍGIDO ROSCÁVEL, PVC, DN 75 MM (2 1/2"), PARA REDE ENTERRADA DE DISTRIBUIÇÃO DE ENERGIA
7.8 93010 M R$ 40,69 21 R$ 854,49
ELÉTRICA - FORNECIMENTO E INSTALAÇÃO. AF_12/2021

TOTAL ORÇADO PARA MATERIAL E MÃO DE OBRA R$ 449.796,84

__________________________________________________________________________________________
Elaboração de projeto de instalações elétricas de baixa tensão em edificação residencial multifamiliar
136
APÊNDICE D – Solução Gráfica

__________________________________________________________________________________________
Gabriel Andrighetto Teixeira. Porto Alegre: EE/UFRGS, 2022
Planta de Situação

Poste de concreto existente


Rua Banco do Comércio
5.80 m

24.50 m

Rua Mutualidade
1029,5 m² 35.50 m
Poste de madeira a ser
substituído por concreto
Rua Banco da Província

9.75 m

29.00 m

66.00 m

Norte

Rua Banco Inglês

Esc. 1/1000
DATA:

ESCALA:
Planta de Localização

12,22 m

Painel de Medição
Rede Secundária Existente (220/127 V)

7,1 m

Norte

Esc. 1/50

DATA:

ESCALA:
Acima
Tomada 2P+T baixa (0,3 m)
60VA 60VA 60VA
SP10
3 SP10 3 SP10 3 SP10

3 3 3

Tomada 2P+T média (1,1 m)

Tomada 2P+T alta (2,1 m)

XXVA Luminária fixa em laje


X XX
(potência prevista/Circuito/Interruptor)
Espera para portão

XXVA Arandela fixa em parede (h = 2,2 m)


Eletroduto em PVC 3
rígido DN32 classe B X (potência prevista/Circuito)
PVC 0,6/1 kV
13
Eletroduto PVC rígido roscável
20 20 aparente

Eletroduto PVC flexível reforçado


embutido em concreto

3
SP11
Eletroduto PVC rígido roscável
200VA 60VA
1 FT1 3 SP11 20 enterrado
20
Eletroduto PVC flexível reforçado
11 3 20
embutido em alvenaria
11

20
3 20
SP Sensor de Presença
11
Eletroduto em PVC
rígido DN32 classe B 11 20 Acesso esquerdo
3
PVC 0,6/1 kV SP9 3 11 20 3 11 20
29 m²
3 11 20 3 11 20 11 20
Interruptor simples
1 13 60VA 60VA
3 SP12
60VA 60VA 60VA 3 SP12 2 SP12
SP9 SP8 SP8'
3 SP8 3 SP8 3 SP8
3 3 20 3 20
11 20 X Relé fotocélula 127 V
20 X (circuito/luminária)
SP7

3 11 20
XXXVA Luminária em poste
2 SP7
X XX
(potência/circuito/interruptor)
3 11 20
D 10
2 2 20
20 Caixa de passagem metálica (ver coluna montante)
60VA
11
3 D
2 10 20 10
11 20
2 2
20 11
200VA
1 FT1 3 11 20 60VA
2 SP6
SP6
60VA
2 SP6
60VA
2 SP7
CD - Centro de distribuição metálico
10xDN60
Ver Coluna Montante

Caixa de passagem
no teto 60x60x15 8 8 20 Notas:
Vem do pavimento superior
Eletrodutos em PVC
rígido DN60 Classe B
2 10 20
20
I - Condutores cuja seção não esteja especificada em
60VA
3 C
Eletrodutos em PVC
rígido DN60 Classe B
60VA
3 B
8 SP17

20
desenho possuirão seção de 2,5 mm²;
Armário de Medidores

Hall de Acesso
54 m² 20 II - Eletrodutos embutidos concreto terão DN32;
Eletroduto em PVC
8 20
rígido DN32 classe B
3 11 20 7 20
PVC 0,6/1 kV SP16 7 E
7 20 E III - Eletrodutos aparentes e enterrados serão em PVC
1 13 3 8
Caixa Passagem
60x60x60 cm com
Eletroduto em PVC rígido
DN75 Classe B
Eletroduto em PVC
rígido DN75 Classe B
Caixa Passagem
60x60x60 cm com
CD Emergência
60VA 20
Caixa de passagem
no teto 60x60x15 60VA
SP5
60VA 60VA rígido roscável classe B;
4
disp. p/ lacre disp. p/ lacre 8 SP16 2 SP5 2 20 2 20 2 SP5 SP15

QF-ELEV
16 IV - Eletrodutos embutidos serão em PVC flexível
QF Bombas 3 11 16 20
#16mm²
Caixa de passagem 15x15
20 #4mm²
20 reforçado (laranja);
DDD
16
#4mm² QF-ELEV 8
2 10 16 20
Eletroduto em PVC rígido #4mm² 60VA
3 C
60VA
3 B
3 11 20
8 SP16
V - Alimentadores serão em EPR 450/750 V;
DN75 Classe B 20
3 11 16 #16mm²
#4mm²
3 11 20 5 6 7 8 9 12 20
#4mm² VI - Circuitos terminais serão em PVC 450/750 V;
CD Serviço

11 11

20
19 21 22 20
5 6 7 8 9 12 19 21 22 QF-ELEV
Eletroduto em PVC
rígido DN32 classe B
Fotocélula sobre o poste
1 10 20 VII - Circuitos enterrados possuem isolamento de 0,6/1 kV;
20 10
Espera para portão
1
200VA
C B
60VA
#16mm²
60VA 60VA
4
SP3
PVC 0,6/1 kV 1 FT1
3 16 20
2 SP3 2 SP3 2 SP4

15 2 10 16 20 2 10 16 20 2 10 20
Eletroduto em PVC 2 10 16 20
PVC 0,6/1 kV 10
rígido DN40 classe B
1 13 14 15 17 18 2 4 10 20 60VA
#4mm² #4mm² #4mm²
EPR 0,6/1 kV 3 A
#4mm²
2 2
3 10 20 10 20
#120mm² A
10

20
DDD
2 SP4
2 4 10 20 20
Eletroduto em PVC
rígido DN32 classe B SP4
Acesso Direito
PVC 0,6/1 kV 2 2 10 20 2 10 20 29 m² 2 10 20 2 10 20 10 20
1 14
2 60VA 60VA 60VA
SP1 SP1' 60VA 60VA
SP2 2 SP1 2 SP1 2 SP1 SP15
10 20 4 SP15 4 SP15

SP2
2 10 20 4 4

10 4 20
20
Caixa Passagem
60x60x60 cm com
disp. p/ lacre
10
10

Eletroduto em PVC rígido


DN75 Classe B

200VA 60VA
1 FT1 4 SP13

4 20

20
Eletroduto em PVC
rígido DN32 classe B 20 20

PVC 0,6/1 kV
1 14 4 20

20 20

20

4 20 4 20
4 20
Eletroduto em PVC
rígido DN32 classe B
Espera para portão
200VA 60VA 60VA 60VA 60VA 60VA
PVC 0,6/1 kV 1 FT1 4 SP13
SP13
4 SP13 4 SP14
SP14
4 SP14 4 SP14

14 4 20 4 20 4 20

20 20

DATA:

20 20

ESCALA:
FT2
6 FT2
6 6 FT2

Fotocélula 6 21

6
21

Abaixo

Tomada 2P+T baixa (0,3 m)


6 21 6 21 6 21
60VA 60VA 60VA
SP29
6 SP29 6 SP29 6 SP29

Tomada 2P+T média (1,1 m)

Tomada 2P+T alta (2,1 m)


21 21

XXVA Luminária fixa em laje


XX
(potência prevista/Circuito/Interruptor)

XXVA Arandela fixa em parede (h = 2,2 m)


21 21
X (potência prevista/Circuito)

6 21
Eletroduto PVC rígido roscável
aparente

Eletroduto PVC flexível reforçado


embutido em concreto

Eletroduto PVC rígido roscável


enterrado

Eletroduto PVC flexível reforçado


embutido em alvenaria

6 6 12 6 12 6 21 6 21 6 21 SP Sensor de Presença
60VA 60VA 60VA 60VA 60VA
SP28 SP27
6 SP28 6 SP28 6 SP28 6 SP27 6 SP27

Interruptor simples

21 21
X Relé fotocélula 127 V
X (circuito/luminária)

12
XXXVA Luminária em poste
6 X XX
21 21
(potência/circuito/interruptor)

6 12 21 Caixa de passagem metálica


(ver coluna montante)

CD - Centro de distribuição metálico


8 8 21
12

Vem do pavimento superior

60VA
5 SP18 8 SP30 21 Vai ao pavimento inferior
60VA
6 SP27
Notas:
21

8 21 I - Condutores cuja seção não esteja especificada em


21 desenho possuirão seção de 2,5 mm²;
5 8 21
6 12 21 6 12 21 II - Eletrodutos embutidos concreto terão DN32;
7 21 7 21 F
8SP17 7 F

60VA 21 60VA 60VA


SP16
8 SP17 6 SP16 6 SP16
8 12 21 5 6 III - Eletrodutos aparentes e enterrados serão em PVC
rígido roscável classe B;
SP18 21
21
8 5 12 21 IV - Eletrodutos embutidos serão em PVC flexível
Acima reforçado (laranja);
8 SP17
5 21

21
V - Alimentadores serão em EPR 450/750 V;
12

12 VI - Circuitos terminais serão em PVC 450/750 V;


60VA 60VA 60VA 60VA 60VA
SP19 SP20
5 SP18
5
5 SP19
5 12 5 12
5 SP19
5 21
5 SP20
5 21 5 21
5 SP20
VII - Circuitos enterrados possuem isolamento de 0,6/1 kV;

21
5 21

21

SP21

5 21

60VA 60VA 60VA 60VA 60VA


SP22 SP23
5 SP22 5 SP22 5 SP21 5 SP23 5 SP23
5 5 5 5 21 5 21 5 21

21
21

21 21

5 21

5
SP24

60VA 60VA 60VA 60VA 60VA


SP25 SP26
5 SP25 5 SP25 5 SP24 5 SP26 5 SP26
5 5 5 5 5 5

21

DATA:

21

ESCALA:
6 6
1 CA
1600VA 1600VA
6 6 10 6 6 10 6 6
6 6 6 6 6 6 6 6
6 6
#1,5 A
6 10 6 10
H 3 Tomada 2P+T baixa (0,3 m)
6 11 6 11
160VA 6 6 160VA
2 I 2 I

2 2

#1,5 #1,5
1 3 Tomada 2P+T média (1,1 m)
1600VA
11 2 6 220VA 6 6 6 6 220VA
2 6 1600VA
11
6 6
6 2 2 H 2 H 2 6
6 #1,5 #1,5 6
2 6 11 I

#1,5 #1,5
I 2 6 11
#1,5
E #1,5 #1,5 E
Tomada 2P+T alta (2,1 m)
J 6 6 J
2 6 H H 2 6
2 8 3 F H H F 3 2 8
100VA
#1,5 2 3 2 3 #1,5 100VA
2 E
#1,5 2 6 10 2 6 10 #1,5 2 E
2 8 2 8 XXVA Luminária fixa em laje
J 2 #1,5 #1,5 2 J
200VA
7000VA #1,5
1300VA
8
2
6 #1,5 #1,5 6
2 1300VA
8 #1,5 7000VA
XX
(potência prevista/Circuito/Interruptor)
17 17
2 #1,5 2 3 6 2 3 6 #1,5 2 1 A
7000VA 17 3 3 17 7000VA
K 2 100VA 100VA 2 K
16 16
#1,5 K D 2 F 11 #1,5 3 3 #1,5 11 2 F D K #1,5 XXVA Arandela fixa em parede (h = 2,2 m)
#10 1300VA 1300VA #10
7 2 2 7
16 100VA 2 7
3 3
2 7 100VA 16
1 3 9 X (potência prevista/Circuito)
2 D 7 8 7 8 2 D
#1,5 100VA 100VA #1,5
#10 #1,5 2 G 2 G #1,5 #10
G 2 3 6 10 2 3 6 10 G

3 3
Eletroduto PVC rígido roscável
3500VA 1500VA
#1,5 #1,5
1500VA 3500VA
#1,5 5 aparente
15 15 14 14 H H 14 14 15 15
1300VA
5 5 14 15
F
3 3 3 3
F
5 14 15 5 5 12
#4 A
1 9 1 9
A
#4 Eletroduto PVC flexível reforçado
100VA H H 100VA
#4
#4 #1,5 3 3 3 3 #1,5
5 12 embutido em concreto
1 3 9
1 C 1 C
1 1 3 1 3 1 600VA 600VA
600VA 600VA
5
#1,5 #1,5 3 3 3 3 #1,5 #1,5
5
B CA 4 4
4 12 13 3 4 12 13 Eletroduto PVC rígido roscável
4
C C
3
13 2700VA
13
600VA
1 5 #4
200VA
1 A
200VA
1 A
#4
1 5
2700VA
13
600VA
13
#1,5 3 1600VA 1 enterrado
#4 5
5 13
#1,5
1 1 5
5 13
#4 3
#1,5
#4
#1,5 #1,5 100VA Eletroduto PVC flexível reforçado
4 100VA
1 B
1
1600VA 1600VA
1 100VA
1 B
4 #4
#1,5 1 B 5 13 embutido em alvenaria
5 12 #1,5 3 3 1 3 9 1 3 9 3 3 #1,5 5 12
600VA
4
600VA
4 5
CA B
#1,5 #1,5
B CA
5
600VA
4
600VA
4
1
1300VA
5 Ap final 4 Ap final 3 5 1300VA
#4 SP Sensor de Presença
12
1 3 9 1 3 9
12
1 5
#1,5
#25 #25
#1,5 #1,5 600VA 13
200VA 200VA 5 Interruptor simples
1 A 1 A

3 200VA
4 12 13 #1,5 2700VA
1 A
3 1 1 3
13 #4
X Relé fotocélula 127 V
#1,5 #1,5 C
X (circuito/luminária)
3
A
H
1 1
H
A
3
#4
8 SP32
8 22 #1,5
CA
Vem do pavimento superior

Vai ao pavimento inferior


#1,5 CA 3 3 1 3 1 XXXVA Luminária em poste
X XX
8 22 600VA (potência/circuito/interruptor)
8 22
5
8 22 #1,5 #1,5 Caixa de passagem metálica
7 21 7 21 G
3 3 1 9 5 14 15 100VA (ver coluna montante)
5
8 7 G
60VA 21 60VA
8 12 22
SP31
8 SP31

4xDN40
DN40

DN40
SP30
8 SP30

DN40 3 H
A
1 C

DN40
DN40

#1,5 14 15 CD - Centro de distribuição metálico


22 8 DN40 12 22

3
#4
12
F
22 8 SP31
CA 1 1 CA
22
H 1500VA
#4 3500VA Notas:
A #1,5
H
#1,5
H
A 14 15
3 3
I - Condutores cuja seção não esteja especificada em
3 1 1 3 2 3 6 10 desenho possuirão seção de 2,5 mm²;
#1,5 #1,5
3
II - Eletrodutos embutidos concreto terão DN32;
200VA 200VA
#1,5 G 7 8
1 A 1 A
3 100VA
1 3 9 1 3 9 16 III - Eletrodutos aparentes e enterrados serão em PVC
5 #1,5
Ap final 1 Ap final 2
#1,5 5
2 G 2 2 7 rígido roscável classe B;
1300VA 1300VA 100VA
12
5 12
5
#25 #25
5

5 12
12
3
600VA
4
600VA
4 CA B
1 3 9 1 3 9
B CA
600VA
4
600VA
4
11 2 D
#10
4 1 1600VA
3
3 #1,5 #1,5 3 1600VA
3
1 4 #1,5 #1,5 1300VA
IV - Eletrodutos embutidos serão em PVC flexível
100VA 100VA
17 reforçado (laranja);
5 13 1 B #1,5 #1,5 1 B 5 13
2 3 6 7
#4 1 5
1 1
1 5 #4 100VA
D K 2
13 600VA
5
#1,5
3
#1,5 600VA
5
13
2 F 2 K 7000VA V - Alimentadores serão em EPR 450/750 V;
#4
2700VA
13
#1,5 4 12 13
200VA
1 A
3 200VA
1 A 4 12 13 #1,5 2700VA
13 #4 3 #1,5 2 #10 16
1
C
#4
1 3 3 3 3 3 1 3
#4
C

1
#1,5 VI - Circuitos terminais serão em PVC 450/750 V;
600VA
5
#1,5 #1,5 #1,5 #1,5
600VA
5 #1,5 1300VA 2 8
7000VA
1 9 1 9 17 VII - Circuitos enterrados possuem isolamento de 0,6/1 kV;
5 14 15 5 14 15
2 6 10
100VA 3 3 3 3 100VA
5 5
15
1 C
14
A
H 3 3 H
A
14
1 C
15 6 8
#1,5
#4
F
3
#1,5
3
F
#4
2 3 2 J
3500VA
15
#4 1500VA
14
H H 1500VA
14
#4 3500VA
15 #1,5
2 3 6 10
3 3
2 3 6 10 #1,5 2 8 100VA

16 2 7
7 8 G #1,5
2
100VA
2 G
3 3 100VA
2 G
#1,5
2
G 7 8
16 6 #1,5 2 6 2 E
2 7
#1,5
100VA 100VA
3 3
#10 2 D 11 11 2 D
#10
17
1300VA
7
#1,5 #1,5 #1,5 #1,5 1300VA
7 17 H F 3
2 3 6 2 3 6
7000VA
16 #10
2
K 2
K D

2
100VA
2 F
#1,5 3 3 #1,5
100VA
2 F
2
D K
2 K
2
#10
7000VA
16
H #1,5 J
#1,5 #1,5
#1,5 #1,5
2 6 11
7000VA 7000VA
17 2 8 1300VA 1300VA 2 8 17
2 6 10 2 6 10
8
J 2 2 3
6 6
2 3 2 J
8
E
#1,5
2 8 2 8
100VA

2 6 #1,5
#1,5 #1,5
#1,5 2 6
100VA
2
6 6
6
2 E 2 E
#1,5 #1,5
#1,5
3 F H H F 3
#1,5
J
E 2 6 11
H H #1,5
2 6 11
J
E
I 2 6 6
6
2 6 #1,5 I
2
6 6
2
I #1,5 2 6 6
220VA #1,5 6
6 #1,5 220VA 220VA #1,5 6
2 H
1600VA
11
#1,5
2
2 H
6 6 6 6
2 H

2
#1,5 1600VA
11 6 6 #1,5 1600VA
11
6 11
#1,5 6 6 #1,5
6 11
2
160VA 160VA
2 I 6 10 6 10 2 I

6 6
6 #1,5
6 6 6 6 6 6 6 6
6 11
6 6
6 6 1600VA
6 6 1600VA 6 6 160VA
6 10
10 10

2 I

6 6 6 6
6
1600VA 6 6
6
10
DATA:

ESCALA:
Tomada 2P+T baixa (0,3 m)

Tomada 2P+T média (1,1 m)

Tomada 2P+T alta (2,1 m)


Caixa passagem 20x20
XXVA Luminária fixa em laje
XX
(potência prevista/Circuito/Interruptor)

XXVA Arandela fixa em parede (h = 2,2 m)


X (potência prevista/Circuito)
16
Eletroduto PVC rígido roscável
aparente
7 12 22 #4
Eletroduto PVC flexível reforçado
M 22 12 60VA
embutido em concreto
7 M

Eletroduto PVC rígido roscável


enterrado

Eletroduto PVC flexível reforçado


7 12 16 22 embutido em alvenaria

#4 SP Sensor de Presença
7
Vem do pavimento inferior
Interruptor simples

X Relé fotocélula 127 V


X (circuito/luminária)

XXXVA Luminária em poste


X XX
(potência/circuito/interruptor)

60VA Caixa de passagem metálica


7 M (ver coluna montante)

CD - Centro de distribuição metálico

Notas:
I - Condutores cuja seção não esteja especificada em
desenho possuirão seção de 2,5 mm²;
II - Eletrodutos embutidos concreto terão DN32;

7 SP39
7 III - Eletrodutos aparentes e enterrados serão em PVC
rígido roscável classe B;
60VA
7 SP39
IV - Eletrodutos embutidos serão em PVC flexível
reforçado (laranja);

V - Alimentadores serão em EPR 450/750 V;


7
Vai ao pavimento inferior

7 22 SP39 VI - Circuitos terminais serão em PVC 450/750 V;


16 19

7 21
7 22 VII - Circuitos enterrados possuem isolamento de 0,6/1 kV;
#4 7 21 7 L L
Vai ao pavimento superior

21 60VA

7 12 22 7 12 22 7 SP39 DN40
QF-ELEV
QF-ELEV
DN40
#16
#16

7 12 22
12
22

12 22

7
60VA 60VA
7 SP39 7 SP39

Vem do pavimento inferior

Alinhamento balizador aéreo

DATA:

ESCALA:
0.60 m

0.60 m

0.60 m

0.40 m

Caixa de solo em alvenaria


Caixa para aterramento rebocada c/ disp. p/ lacre
tipo tubo N1 (20 x 20 cm) D. interno 60 x 60 x 60 cm
Padrão CEEE - RIC/BT
Figura 32
Malha de aterramento
Hastes aço cobreado 3/4" x 3 m

DATA:

ESCALA:
Diagrama Unifilar
Painel de Medidores

Sistema CD QF
de Emergência Elevadores
Emergência

CED - 600 x 900


QF
Bombas
PPCI

CD QF
Serviço Serviço Bombas

CDT
301 301

CDT
302 302

CDT
303 303

CDT
304 304

CDT
401 401

CDT
402 402

CDT
403 403

CDT
404 404

CDT
501 501

Rede CEEE CDT


502 502

CDT
503 503

CDT
504 504

CDT
601 601

CDT
602 602

CDT
603 603

CDT
604 604

CDT
701 701

CDT
702 702

CDT
703 703

CDT
704 704

Escala 1:20 DATA:

ESCALA:
CD Apartamento Tipo - 36 lugares
CD Serviço - 36 lugares Eletroduto Rígido
PVC DN40
Eletroduto Rígido EPR 450/750V - 25mm²
PVC DN32
EPR 450/750V - 10mm²

3x63 A
3X32 A
13 A
C
Iluminação térreo interno - Centro e Sul 840 W 2
10 A 10 A
C C
17 200 W Central cerca elétrica TUG's sala, despensa e circulação 1000 W 3
10 A 2x10 A
C C
Iluminação shaft + Hall 8° e 9° Pvtos 720 W 7 10 1600 W TUE AC dormitório
10 A 13 A
C C
18 500 W Central CFTV 1200 VA 6
10 A TUG's dormitório e suíte
2x10 A
C C
Iluminação escadaria térreo, 2°, 3° e 4° + Hall 3° e 4° Pvtos 840 W 8 11 1600 W TUE AC suíte
13 A 2x10 A
C C
20 1200 W Aclaramento emergência Térreo TUE AC sala 1600 W 9
10 A 63 A
C 30 mA

Iluminação escadaria e hall 5°, 6° e 7° Pvtos 720 W 9


13 A
C DR
21 1200 W Aclaramento emergência 2° Pvto
10 A
C
TUG's circulação 2° a 9° Pvtos 900 W 12 10 A
10 A C
C
TUG's sala, despensa e circulação 1000 W 1
22 850 W Aclaramento emergência 3° a 9° Pvtos 2x16 A
2X16 A C
C
13 2700 W TUE MLL
Quadros de Bombas 2600 VA 16 10 A
40 A C
30 mA
Iluminação dormitório, circulação, suíte e despensa 610 W 2
2x10 A
DR C
14 1500 W TUE MLR
13 A
C
TUG's cozinha 1200 W 4
10 A 2x20 A
C C
Iluminação postes externos frontais 1000 W 1 15 3500 W TUE secadora de roupas
10 A 13 A
C C
11 700 W TUGs térreo norte TUG's cozinha e serviço 1300 W 5
13 A 2x40 A
C C
Iluminação térreo serviço + norte interno e externo 960 W 3 16 7000 W TUE chuveiro social
10 A 13 A
C C
13 1010 W Portão de veículos norte 1300 W 7
10 A TUG's sanitário social
2x40 A
C C
Iluminação térreo externo sul 540 W 4 16 7000 W TUE chuveiro suíte
10 A 13 A
C C
14 1010 W Portão de veículos sul TUG's sanitário suíte 1300 W 8
13 A
C
Iluminação 2° Pvto sul 960 W 5 2x10 A
10 A C
C
TUE Microondas 1300 W 12
15 200 W Portão de pedestres
10 A
C
Iluminação 2° Pvto centro e norte 780 W 6
10 A
C
19 100 W Balizador aéreo Potência instalada (W)

Vermelho
10 A R 11.810

Branco

Preto

Azul
C
S 12.700
TUG's térreo sul 700 W 10 T 12.150 R S T N
Total 36.660 Sem Escala

Potência instalada (W)


R 5.950
S 6.300
Vermelho
Branco

Preto

Azul

T 6.280
Total 18.530
R S T N
Sem Escala

CD Emergência - 16 lugares
Eletroduto Rígido
PVC DN40
EPR 450/750V - 16mm²

3X63 A
3X50 A
C

Quadro do Elevador 15.800 W 1


3X25 A
C

2 5.800 W Quadro de Combate a Incêndio

DATA:

ESCALA:

Potência instalada (W)


R 7.200
S 7.200
Vermelho
Branco

Preto

Azul

T 7.200
Total 21.600 Sem Escala
R S T N
Balizamento Aéreo
16 7 12 22
19

Cobertura #4mm²

12 22
60VA

7
Caixa passagem
80x80x20 Espera 22
Bóia elétrica Hall condominial
12

7 16

12 19 22 7 21 7 12 22

9° Pavimento #4mm²

12

60VA

7 12 22

60VA

7
Caixa passagem
80x80x20 21 22
Iluminação Shaft
Hall condominial
12
7 16

12 19 21 22
#4mm²

7 21 9 22 9 12 22

8° Pavimento
QF-ELEV

#16mm²
12
DN40

60VA
Ap701 Ap704 9 12 22
Ap702 Ap703
60VA

9
#25mm² #25mm²
#25mm² #25mm²
60VA

7
60VA

9
Tomada 2P+T baixa (0,3 m)
Caixa passagem
80x80x20 21 22 22
DN40 Iluminação Shaft Iluminação Escadaria
Hall condominial
QF CD CD CD CD
ELEVADORES Apartamento Apartamento
7 9 16
Apartamento Apartamento
12
Tomada 2P+T média (1,1 m)
701 702 12 19 21 22
703 704
#4mm²
Legenda 5
Legenda 6
QF-ELEV

7 21 9 22 9 12 22
Tomada 2P+T alta (2,1 m)
7° Pavimento
#16mm²

2xDN60 + 1xDN40 + 2xDN32

12

XXVA
Ap601
Ap602 Ap603
Ap604
60VA

9 12 22 X Luminária fixa em laje (potência prevista/Circuito)


60VA

9
#25mm² #25mm²
#25mm² #25mm²
60VA

7
60VA

9
XXVA Arandela fixa em parede (h = 2,2 m)
Caixa passagem
21 22 22
80x80x20 Iluminação Shaft Iluminação Escadaria X (potência prevista/Circuito)
Hall condominial
CD CD CD CD 12
7 9 16
Apartamento Apartamento Apartamento Apartamento
601 602 Legenda 4 12 19 21 22
603 604 Eletroduto PVC rígido roscável aparente
#4mm²
Legenda 5
Legenda 6
QF-ELEV
Legenda 7

7 21 9 22 9 12 22 Eletroduto PVC rígido roscável embutido


6° Pavimento
#16mm²

4xDN60 + 1xDN40 + 2xDN32


12
em concreto

60VA
Ap501 Ap504 9 12 22
Ap502
60VA
Ap503
Eletroduto PVC rígido roscável enterrado
9
#25mm² #25mm²
#25mm² #25mm²
60VA 60VA

7 9
Ap301 Ap302
Caixa passagem
80x80x20 21 22 22
Iluminação Shaft Iluminação Escadaria Legenda 1
Hall condominial
CD CD CD CD 12
#25mm² #25mm²
7 9 16
Apartamento Apartamento Apartamento Apartamento Ap401 Ap402
Legenda 3
501 502 503 504
Legenda 4
Legenda 5
#4mm²
12 19 21 22
Legenda 2
Legenda 6
QF-ELEV
Legenda 7 #25mm² #25mm²
Legenda 8
7 21 8 22 8 12 22 Ap501 Ap502
#16mm²

5° Pavimento 6xDN60 + 1xDN40 + 2xDN32


12
Legenda 3
#25mm² #25mm²
60VA
Ap401 Ap404 8 12 22 Ap601 Ap602
Ap402 Ap403
60VA

#25mm²
#25mm²
8
#25mm²
#25mm² Legenda 4
60VA 60VA

7 8 #25mm² #25mm²
Caixa passagem
80x80x20 21 22 22 Ap701 Ap702
Iluminação Shaft Iluminação Escadaria

CD CD CD CD
Hall condominial Legenda 5
12
7 8 9 16
Apartamento Apartamento Legenda 2 Apartamento Apartamento #25mm² #25mm²
Legenda 3
401 402 Legenda 4 12 19 21 22
403 404 Ap703 Ap704
#4mm²
Legenda 5
Legenda 6
Legenda 7
QF-ELEV Legenda 6
Legenda 8
Legenda 9 #16mm²
7 21 8 22 8 12 22 #25mm² #25mm²
4° Pavimento 8xDN60 + 1xDN40 + 2xDN32
12
Ap603 Ap604

Legenda 7
60VA
Ap301
Ap302 Ap303
Ap304 8 12 22 #25mm² #25mm²
60VA
Ap503 Ap504
8
#25mm² #25mm²
#25mm² #25mm²
60VA 60VA Legenda 8
7 8
Caixa passagem
80x80x20 21 22 22 #25mm² #25mm²
Iluminação Shaft Iluminação Escadaria
Ap403 Ap404
Hall condominial
CD CD CD CD
Apartamento Apartamento
Legenda 1
Legenda 2 7 8 9 16
Apartamento Apartamento
12
Legenda 9
Legenda 3
301 302 Legenda 4 12 19 21 22
303 304 #25mm² #25mm²
#4mm²
Legenda 5
Legenda 6
Ap303 Ap304
QF-ELEV
Legenda 7
Legenda 8
Legenda 9 7 21 8 21 5 12 21
Legenda 10
#16mm²

3° Pavimento Legenda 10

10xDN60 + 1xDN40 + 2xDN32


12
#25mm² #25mm²

5 12
60VA

8
60VA

5
Notas:
7 21 8 21 12 21 I - Condutores cuja seção não esteja especificada em
desenho possuirão seção de 2,5 mm²;
Caixa passagem
80x80x20
II - Eletrodutos cujo DN não esteja especificado em
60VA

7
60VA

8 Sistema Iluminação Emergência


desenho possuirão DN32;
21 21
Iluminação Shaft Iluminação Escadaria
10xDN60 + 1xDN40 + 3xDN32

5 6 7 16
III - Eletrodutos aparentes e enterrados serão em PVC
Legenda 1
Legenda 2
rígido roscável classe B;
8 9 12
Legenda 3 #4mm²
Legenda 4 12
Legenda 5 19 21 22
Legenda 6
19 21 22
IV - Eletrodutos embutidos serão em PVC flexível
Legenda 7 QF-ELEV
reforçado (laranja);
2° Pavimento 10xDN60 10xDN60
Legenda 8
Legenda 9
Legenda 10 #16mm²
8 9 12

5 6 7 16 QF-ELEV

Caixa passagem Caixa passagem


Caixa passagem #16mm²
#4mm²
60x60x15 60x60x15 80x80x20 DN40 Caixa DN40 Caixa
passagem passagem
30x30x15 30x30x15

CD Serviço CD Emergência

DN40 DN40
#10mm² #16mm²

Painel de Medidores CD Serviço CD Emergência

Térreo

Proveniente da rede da concessionária


PVC rígido roscável classe B Ø75
4 x #120 mm² - 0,6 / 1 kV

DATA:

ESCALA:

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