Natanieldasilvaferreira TCC
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Rio Tinto – PB
2022
Nataniel da Silva Ferreira
Rio Tinto – PB
2022
Nataniel da Silva Ferreira
BANCA EXAMINADORA
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Prof. Dr. Wendhel Raffa Coimbra (Orientador) – UFPB/CCAE
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Prof. Me. Agnes Liliane Lima Soares de Santana – UFPB/CCAE
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Prof. Dr. Carlos Alberto Gomes de Almeida ) – UFPB/CCAE
AGRADECIMENTOS
Muito obrigado!
“A alegria não chega apenas no encontro
do achado, mas faz parte do processo de
busca. E ensinar e aprender não pode dar-
se fora da procura, fora da boniteza e da
alegria”.
Youth and Adult Education is a teaching modality aimed at people who for some reason
were not able to study at the right age, showing itself as a chance for these subjects
to complete their studies. In this perspective, the teacher needs to develop a teaching
methodology that considers the students' previous knowledge and also awakens in
them the will to study, fighting the lack of interest and the dropout, the main difficulties
found in EJA teaching. Thus, this work had the general objective of investigating the
perceptions of teachers about the teaching of mathematics in Youth and Adult
Education, in order to understand the paths and mishaps of everyday life in the
classroom of this teaching modality. And as specific objectives: a) To outline a profile
of the teachers of YA who work in the school where the research was carried out, and
their conceptions about this teaching modality; b) To understand their pedagogical
proposal, highlighting their planning and teaching strategies; and c) To find out the
main difficulties faced by the Mathematics teachers in YA. The theoretical framework
that supported this work is found in the current legislation, such as the LDB (Law no.
9.394/96), the Federal Constitution (1988), Parecer CNE/CEB nº11/2000, the
Curricular Proposal for Youth and Adult Education (2002), and works by authors such
as Fonseca (2009), Santos and Oliveira (2015), and Freire (1996), among others. The
methodology employed in this study was qualitative and exploratory in nature, carried
out through a field research with teachers who teach in EJA in the city of Itapororoca -
PB. A questionnaire was elaborated for the teachers participating in this research,
applied during the months of July to August 2022. As a result, it was realized that the
teaching pathway in EJA needs to be developed through contextualized and
interdisciplinary learning, and the obstacles encountered by teachers are in the
demotivation on the part of students and school dropout.
1. INTRODUÇÃO
1.2. JUSTIFICATIVA
1.3. OBJETIVOS
2. REVISÃO DE LITERATURA
com matrícula no Ensino Médio, com duração de dois anos e meio, também em
consonância com os artigos da LDB que legislam sobre a faixa etária para cada nível
de ensino.
Com isso, a Educação de Jovens e Adultos possui caráter reparador,
equalizador e qualificador, segundo o parecer CNE/CEB 11/2000, sendo um
documento essencial para que se entenda o universo e as especificidades da EJA
enquanto reconhecimento do direito à escola, negado à população com mais de 15
anos e que não se encontra na idade correta para a conclusão dos estudos na
Educação Básica e também legitima as Diretrizes Curriculares Nacionais para a
Educação de Jovens e Adultos.
Este parecer determina que a função reparadora, significa além da entrada do
jovem e do adulto nos circuitos civis, mas a restauração do direito a uma escola de
qualidade que lhes foi negado, assim como o reconhecimento de sua igualdade
ontológica a todo ser humano e que “Desta negação, evidente na história brasileira,
resulta uma perda: o acesso a um bem real, social e simbolicamente importante”
(BRASIL, 2000, P. 7).
Reitera dizendo que não se deve confundir a função de reparação com uma
função de suprimento. Pode-se explicar essa teoria na concepção de reparação como
um reparo por alguma falta, e a de suprimento como a de satisfazer uma necessidade.
Contudo, através da leitura do documento, percebe-se que a EJA não significa apenas
a satisfação de uma necessidade do ser humano, a de estudar, vai muito além. Chega
ao sentido de reparar a oferta do que antes foi negado, considera um histórico de
marginalização do jovem e adulto analfabeto em uma sociedade excludente para com
estes.
Quanto a função equalizadora, esta dá cobertura aos trabalhadores, donas de
casa, migrantes, aposentados e encarcerados através da reentrada no sistema
educacional que demandam uma equalização, pois se constitui como uma reparação
tardia, buscando novas inserções no mercado de trabalho e em todos os espaços
sociais, completa dizendo que:
Ou seja, por que não aproveitar todos os saberes que os alunos trazem de suas
vivências cotidianas e utilizá-los em sala de aula? Em uma mesma sala de aula pode-
se encontrar um comerciante, que trabalha com dinheiro diariamente, um agricultor,
que sabe o tamanho de sua terra, que planta e colhe, o que também dá margem para
a matemática, e assim por diante. Há possibilidades de tornar a matemática agradável
aos alunos e essa uma das tarefas do professor.
3. CONSIDERAÇÕES METODOLÓGICAS
4. RESULTADOS E DUSCUSSÃO
Ainda que não seja uma questão propriamente nova, somente nas últimas
décadas o problema da formação de educadores para a EJA ganhou dimensão
mais ampla. Esse novo patamar em que a discussão se coloca relaciona-se à
própria configuração do campo da Educação de Jovens e Adultos. Nesse sentido,
a formação dos educadores tem se inserido na problemática mais ampla da
instituição da EJA como um campo pedagógico específico que, desse modo,
requer a profissionalização de seus agentes (SOARES, 2008, p. 85).
P2: “Sim, pois permite ao aluno da EJA, desenvolver ainda mais suas
experiências profissionais e cotidianas”.
A partir das respostas dos educadores, pode-se estabelecer uma relação entre
a matemática e a vivência cotidiana na sociedade, e a partir dos conhecimentos
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Então, entende-se que o conteúdo precisa ser significativo ao aluno, precisa ter
uma lógica para eles, para então aprenderem de maneira eficaz. A terceira pergunta
“Em que situações a Matemática lhe parece uma disciplina ou instrumento facilitador
da vida humana”? Como respostas, obteve-se:
A quarta pergunta desta categoria foi “Como você se sente com relação a
formação dos seus alunos na EJA? Você acredita que é uma pessoa importante na
vida deles? Quais são suas expectativas quanto a seus futuros? E as respostas foram:
P4: “Muito feliz. Muitos agradecem e sempre falo para eles não tem
idade para estudar o importante é construir o conhecimento”.
multiplicação e divisão, principalmente quando envolvem o uso das técnicas ‘vai um’
e ‘empresta’” (JANUÁRIO et al, 2011, p. 2), reiterando que a partir dessas dificuldades,
o ensino das quatro operações têm sido desenvolvido a partir da manipulação de
artefatos.
A terceira pergunta desta categoria foi: “Quais as principais dificuldades que
você sente ao ensinar a Matemática a seus alunos?”, e obteve-se as respostas:
P3: “Não, mas faço o possível para trabalhar com uma dinâmica e
material xerocado”.
P1: Busco levar pra sala de aula, mais materiais concretos que deem
mais sentido a matemática cotidiana”.
P3: “Busco levar pra sala de aula, mais materiais concretos que deem
mais sentido a matemática cotidiana, dinâmica e alguns jogos”.
P4), também mencionam sobre a construção civil (P1 e P2), identificando as noções
matemáticas no cálculo da área do perímetro, podendo utilizar o conteúdo aprendido
em seus trabalhos.
O jovem e o adulto que chega à EJA possui saberes que precisam ser
explorados, conforme menciona
5. CONSIDERAÇÕES FINAIS
mente descansar.
Minha escolha para este tema se deu na identificação com a área da Educação
de Jovens e adultos. É uma área que me chama atenção e que posso vir a atuar no
futuro, após concluir minha graduação. Espero que com este meu estudo, consiga
suscitar em outros pesquisadores a vontade de estudar e pesquisar sobre a EJA, pois
a modalidade ainda é escassa, precisando de inovação e de muito comprometimento
profissional com o ensino.
Espero ainda poder contribuir como aporte teórico para outros estudantes de
graduação através da pesquisa realizada, bem como ao sistema educacional da
cidade de Itapororoca, conhecendo as dificuldades dos professores e suas principais
necessidades para oferecerem uma educação de qualidade a estes estudantes,
fazendo-lhes enxergar a boniteza que há no processo inteiro da educação, que
conforme Freire (1996, p. 16) menciona: “A alegria não chega apenas no encontro do
achado, mas faz parte do processo de busca. E ensinar e aprender não pode dar-se
fora da procura, fora da boniteza e da alegria”.
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REFERÊNCIAS
FERREIRA, Daisy de Carvalho. Caderno Temático para a EJA. 2008. Disponível em:
http://www.diaadiaeducacao.pr.gov.br/portals/pde/arquivos/1711-6.pdf. Acesso em:
01/11/2022.
SILVA, José Pedro Leite da. Os jovens e o clima escolar da escola pública no
ensino médio: um estudo de caso do Colégio Estadual de Cachoeira no
Recôncavo da Bahia. Universidade Federal do Recôncavo da Bahia. Curso Superior
de Tecnologia em Gestão Pública. Trabalho de Conclusão de Curso. Cachoeira/ BA,
2018. Disponível em:
https://www.ufrb.edu.br/gestaopublica/images/phocadownload/20172TCCs_concluid
os/SILVA_Jovens_ClimaEscolar_EM_CECA_Cachoeira.pdf. Acesso em: 10/09/2022.
SOARES, Iara de Oliveira Ribeiro; COSTA, Simone Raquel Souza da. Práticas
Interdisciplinares na EJA: uma perspectiva de aprendizagens significativas.
Trabalho de Conclusão de Curso. Brasília – DF: 2015. Universidade de Brasília – UnB.
Disponível em:
https://bdm.unb.br/bitstream/10483/15309/1/2015_IaraDeOliveiraRibeiroSoares_Sim
oneRaquelSousaDaCosta_tcc.pdf. Acesso em: 22/10/2022.
APÊNDICES
10 – Quais as estratégias de ensino que você utiliza para tornar sua aula mais
atrativa aos alunos da EJA?
11 – Você articula o ensino da Matemática com outras áreas de ensino, propondo
a interdisciplinaridade nas aulas?
12 – Como você articula o ensino da Matemática com as situações vivenciadas no
dia-a-dia dos alunos? Dê um exemplo.
13 – Como você se sente com relação a formação dos seus alunos na EJA? Você
acredita que é uma pessoa importante na vida deles? Quais são suas expectativas
quanto a seus futuros?