6167-Texto Do Artigo-22065-1-10-20220216
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Introdução
Nos últimos anos discussões sobre a sexualidade feminina, e movimentos que lutam
contra dominação do corpo feminino têm ganhado a cada dia mais espaço na sociedade.
Mui-tas escritoras têm se destacado ao abordar o erótico em seus textos. Angélica Soares
em A paixão emancipatória, afirma que a forma como os textos contemporâneos tem
apresentado o erótico trazem novos olhares, percepções e um novo imaginário relacionado
a isso, e que “a dimensão da sexualidade [...] é forte componente das preocupações e da
luta pela emancipa-ção feminina” (SOARES, 1999, p. 119).
A literatura de autoria feminina fundamentada, muitas vezes, nas teorias
feministas, possibilitou uma conscientização e uma maior liberdade de criação por parte
das autoras. Nes-ta pesquisa, pretende-se entender o texto erótico de escrita feminina,
como uma forma de libertação da sexualidade feminina e de construção da identidade.
As mulheres na Literatura assumiram um grande papel ao falar do novo, da
sexualidade, do erotismo e do amor. Neste sentido, uma escritora ao trazer o tema da
eroticidade, reafirma uma forma de resistência ao preconceito e a dominação patriarcal,
dando poder a autonomia e a liberdade feminina, uma forma de emancipação feminina e
literária, a partir do erotismo dos corpos e da linguagem, como afirma Michel Foucault, “o
que me parece essencial é a exis-tência, em nossa época, de um discurso no qual o sexo, a
revelação da verdade, a inversão da lei do mundo, o anúncio de um novo dia e a promessa
de uma certa felicidade estão ligados entre si” (FOUCAULT, 2019, p. 12).
O erotismo é inerente ao ser humano, já que, se fundamenta na constituição de sua pró-
pria existência. Portanto, atualmente, as mulheres conseguem falar sobre sexo e relatar os an-
seios mais íntimos femininos com um pouco mais de liberdade. Por meio da escrita é possível
apresentar um erotismo revolucionário, que rompe obstáculos e amplia o espaço feminino na
literatura e na sociedade. “O grande investimento poético no erotismo pelas mulheres parece--
me ter muito a ver com esse momento de intenso trabalho de conscientização da necessidade de
ruptura dos paradigmas repressores” (SOARES, 1999, p. 119).
Logo este trabalho pretende relacionar a característica humanizadora da literatura com
à construção da identidade cultural de uma sociedade, ao tentar proporcionar aos
leitores o interesse, por meio do ponto de vista feminino, pela literatura erótica.
Georges Bataille em O erotismo (1987), afirma que o indivíduo busca alcançar o
erotis-mo, para se completar, já que, na contemporaneidade os seres são vistos como
descontínuos. E ao buscar o estado erótico o ser busca a continuidade, a completude.
Octavio Paz completa, em A chama dupla: amor e erotismo (1994), que o erotismo é como
uma invenção da natureza e da cultura humana, o que denota os seres incompletos que
somos, colocando o desejo amo-roso como uma busca eterna por se completar.
Para a realização deste trabalho, no primeiro momento foi feito um estudo sobre o
tema proposto: as relações entre erotismo e identidade feminina na contemporaneidade. A
impor-tância da escrita feminina como forma de emancipação. A possibilidade de construção
da iden-tidade feminina através do uso do corpo no erotismo. Ainda, abordaremos conceitos
sobre o desejo e a sexualidade feminina, dialogando, principalmente, com Angélica Soares
(1999), Georges Bataille (1987), Octávio Paz (1994), entre outros.
No segundo momento, foi percorrido o caminho erótico da leitura da poesia de
Lia Tes-ta, por meio da obra Guizos da carne: pelos decibéis do corpo (2014), foram
escolhidos alguns poemas desta obra ímpar da autora, em que percebemos o papel da
poesia e do poeta na contemporaneidade ao explorar a sexualidade. Procurou-se
entender os caminhos percorridos pela autora na escrita do texto erótico, e como o
texto se coloca a serviço da libertação da sexualidade, a favor do erotismo.
importantes.
A sexualidade e o corpo de uma pessoa, essencialmente, fazem parte de sua
constitui-ção, “a sexualidade e o desejo do sujeito encontram-se intrinsecamente
ligados ao sentido que esse indivíduo constrói de sua própria identidade” (MAFRA, 2006,
p. 2). Com isso, ao discutir sobre o corpo e o erotismo em relação a identidade, pode-se
entender que, também na se-xualidade, são muitas as identidades que se constroem, e
como afirma Stuart Hall (2001), a identidade está se transformando constantemente,
então, essa construção identitária estável, não é certa, fixa ou contínua.
Paz, ao discorrer sobre as muitas dimensões do amor e do erotismo, aponta que,
na atividade erótica, o indivíduo sai de sua descontinuidade para se entregar ao outro
numa ex-periência mística:
A partir desta percepção o erotismo atua como uma produção cultural de identidade na
sociedade, construindo e descontruindo ao mesmo tempo. Paz ainda afirma que o erotismo está
além da sexualidade porque implica em uma busca psicológica, uma característica da hu-
manidade, que nos animais encontra-se apenas o instinto de perpetuação da espécie, “é uma
invenção humana e não praticada por nenhum dos outros mamíferos” (PAZ, 1994, p. 106).
A definição de Paz, se aproxima à de Georges Bataille (1987), uma vez que, para
Bataille, o homem diferencia-se dos animais por sua capacidade de transformar o sexo
em uma ativi-dade erótica, “o erotismo é na consciência do homem aquilo que põe nele
o ser em questão” (BATAILLE, 1987, p. 20).
Para Anthony Giddens, em A transformação da intimidade, por meio do erótico é
possí-vel compartilhar sensações, ideias e experiências.
38).
No livro Guizos da carne: pelos decibéis do corpo, obra poética publicada em 2014,
temos uma coletânea de poemas que falam do erótico com uma naturalidade e
linguagem únicas. “O livro de Lia Testa toca no sensível tema da eroticidade, com a
autora nos guiando pelos caminhos da poesia, na qual usa a metáfora com requinte,
vivacidade e beleza” (RIBEIRO, 2014, p. 274).
No prefácio do livro, Eliana Yunes chama a atenção ao falar de suas impressões
acerca do texto de Lia: “Este livro de poesias nada tem de estreante, maduro domínio do
dizer que atravessa o corpo anunciando forças inominadas brotando com coragem e
engenho. Lia, poe-tisa, abre passagem à poesia” (YUNES, 2014, p.8).
No início da obra, é possível perceber a utilização de uma linguagem figurativa,
trazen-do a duplicidade de sentidos no poema fato cacófato desaforado ato: “como a boca
dela e a língua te tinha contado tudo / fato é que é essa fada / luta pela dona pelos buracos
das ruas / a cerca dela do caco do caso e do acaso [...]” (TESTA, 2014, p. 9). O poema dá a
entender que esta mulher (a fada/safada) é dona de si e pode ser quem quiser, uma mulher
que luta e uma mulher que não está preocupada com ajuizamentos sociais.
O erotismo é percebido por meio do jogo de sentidos em “como a boca dela” e a “lín-gua”,
aqui as palavras “comer” e “língua” estão associadas ao ato sexual. A ideia de duplicidade em
“cerca dela”, a cacofonia em “cadela”, aponta para uma certa autonomia da mulher; “caso” pode
simbolizar um relacionamento passageiro e “acaso” denotar o espírito livre desta mulher.
A autora brinca com as imagens, utiliza versos livres e poemas concretos. No
poema concreto da página dez, (em forma de seta para baixo) a primeira palavra que
aparece é “efê-mero”, sugerindo reflexões sobre a passagem e fluidez da vida: “[...] hoje
amanhã não sou / homem adiante bicho / bicho-gente que come / o sol a pino o sal da
terra gota errante [...]” (TESTA, 2014, p. 10). O ser humano é visto como um bicho, um
animal, com seus anseios, suas necessidades instintivas, primitivas, incontroláveis, que
“se alimentam do fogo original: a sexu-alidade. Amor e erotismo regressam sempre à
fonte primordial, a Pã e ao seu alarido que faz tremer a selva” (PAZ, 1994, p. 150).
No poema homônimo ao título da obra, a temática é desencadeada em um constante
jogo de metáforas, o que atrai a atenção por meio da escolha de palavras e significados:
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Guizos da carne
I
a epiderme tem guizos
de carne
a epiderme tem derme
de orgias
a epiderme não dorme
de dia
a epiderme come o tempo
de noite
a epiderme mora na língua
de quatro
a epiderme se perde
na escrita a epiderme morde o corpo
da onça
e da moça
devagar
guizos da carne
II
eriçada a epiderme chia
chama oriki orixá
canto de lava na derme
onde os guizos da carne
comem devagar a moça
a onça da moça
pela ponta da boca
pela porta da sola
Pela ponta da língua
Sopro em estado de fala nômade
(TESTA, 2014, p. 11)
No texto erótico a sintonia começa quando o poema termina, pela palavra, tanto
o au-tor, quanto o leitor buscam a identificação. Diferentemente da realidade
dominadora que o envolve, o poeta, se liberta por meio da linguagem.
No poema matadora de touros, podemos perceber no eu lírico uma mulher que se
vê como agente de sua satisfação pessoal, seu prazer e desejo são fundamentais: “bela
centaura, égua esquiva de corpo torso / bruta, cega, insensata, voraz [...] / lascas de
couro, / testículos, fibras, membros, / o corpo alheio pisoteado / é de pó e aço o seu
desejo / - a faca segue até as goelas - / o corpo cai”. (TESTA, 2014, p. 13). Neste poema é
possível alcançar a associação de vida e morte ao prazer sexual, vista por Bataille (1987),
a expressão “o corpo cai” dá a ideia de transcendência provocada pelo gozo, o prazer e o
nada, todas as sensações e nenhuma ao mesmo tempo.
Ainda no poema matadora de touros (TESTA, 2014, p. 13), a descrição do corpo masculi-no
mostra que este serve, tão somente, para que o eu lírico feminino se descubra, perceba sua
sexualidade, compreenda o estranhamento que sente, a partir de um corpo que se transforma. E
que segura de si, toma as rédeas da vida nas próprias mãos. Não é mais o corpo passivo e
reprimido (BATAILLE, 1987), mas o corpo ativo que domina a situação e usa o corpo masculino
apenas como fonte de seu prazer, quebrando, assim, a visão tradicional de erotismo.
Na obra há a ideia de que ambos os indivíduos envolvidos num ato sexual deveriam
satisfazer um ao outro: “para comer uma putinha equalizada / ao fluxo das ondas de um rio
rápido / posicione-se em frequências não estáticas / pule para baixo para cima / use apetre-
chos pontiagudos / não acalme os ruídos indesejados / e faça um vis-à-vis / a dois a três a
seis ou/ a dez decibéis no eixo x e y” (TESTA, 2014, p. 18). A palavra “decibéis” ligada a
intensidade, aponta para corpos ágeis e entregues em uma mesma sintonia/frequência.
Divergindo do pensamento patriarcal em que a mulher satisfazia o homem e que
o desejo e o prazer eram exclusivamente do sexo masculino, no poema a entrega de
ambos é apresentada como algo recíproco: “quando dois corpos ocupam / o mesmo
espaço / estalos nos países baixos” (TESTA, 2014, p. 19). Corpos estes que estão
“perfeitamente inseridos na dinâmica natural, os corpos dos amantes se conectam e se
complementam, na entrega plena e recíproca” (SOARES, 1999, p. 122).
Por meio dos textos é possível inferir o erotismo para além da reprodução humana,
no momento em que permite a liberação do desejo e a mulher como sujeito da cena erótica.
“O sexo, não mais dividido e discriminador, é agora transcrito como uma ação realizada a
dois” (SOARES, 1999, p. 124). Indicando seu caráter desconstrutor da representação
estereotipada e repressiva, assinalando uma nova “realidade erótica em que os instintos
vitais acabassem descansando na gratificação sem repressão” (MARCUSE, 1972, p. 136).
No poema maya a associação do eu lírico a um bicho, revela que a mulher deseja ser
levada pelo instinto, que ela é dona de seu próprio sexo: “maya”: “é bicho e gente na sua dança
/ batuqueira bandalheira roda gira move / é gente e bicho na sua dança / é gente gente na sua
vadiagem / mata come cava colhe / miríades de beleza maquiada / é bicho que come bicho /
tamborilando no couro na carne [...]” (TESTA, 2014, p. 20). A beleza da mulher é intensificada por
sua participação ativa no ato amoroso. “A atuação transformadora da mulher é indício, no
poema, de outro modo de rompimento da tradição opressiva” (SOARES, 1999, p. 123).
O estilo da linguagem, a descrição, a predileção por minúsculas, os vocábulos eróticos e a
pontuação, denotam a contemporaneidade dos poemas de Testa. A mudança dos sentidos das
palavras, se apresenta como um recurso forte para quebra de expectativa: “:palavras se
incendeiam / no ranger dos dentes: / :palavras se incendeiam / no roçar das horas: / :palavras se
incendeiam / no rasgo do meu ventre: / [...] / uma fala que fode / e a boca goza gostoso / por
dentro por fora / pelos lábios pelas guelras pelas ventana / [...]” (TESTA, 2014, p. 26). No texto de
Testa, a linguagem é usada com preocupação estética e erotismo.
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Em muitos poemas vemos uma linguagem menos formal, mais vulgar, que Bataille
(1987) vê como algo extremamente sensual. O erótico na obra aparece de diferentes
formas, em alguns poemas, é mais sutil, apresentando sua essência na busca pela
completude huma-na, enquanto em outros, o erótico é explicitado em uma explosão de
desejos e entrelaçamento de corpos.
Assim, por meio dos poemas de Testa, percebemos a atuação transformadora da
mu-lher, como escritora da literatura erótica, da mulher dona de si, como indício, de
outro modo do rompimento da tradição opressiva. E é por meio da literatura que as
palavras têm uma im-portância infinita para falar dos anseios mais profundos humanos,
desmistificar, romper com preconceitos e libertar, “a palavra é pescada dentro de cada
palavra / [...] / a palavra foi e não foi nada acredito e dito / por mim não fica palavra
sobre palavra / nenhuma pa.la.vra / viva a palavra / quase” (TESTA, 2014, p. 42).
Considerações Finais
A literatura contemporânea vem trazendo muitas inovações no que concerne ao
uso erótico do corpo feminino. Sem a perda do domínio de seus corpos, sem renunciar
seus dese-jos e sem submissão, as personas narradoras dos poemas estudados
mostram-se como seres autônomos, conscientes de seus desejos, donas de si, em suas
múltiplas identidades. Entende--se que essa mulher busca sua identidade não apenas
em questões éticas, históricas e sociais, mas também a partir de seu próprio corpo.
Assim, a literatura de autoria feminina quebra vários paradigmas: inicialmente ao falar
sobre erotismo, utilizando uma linguagem que por tantos anos foi considerada uma linguagem do
homem sobre o sexo. Em seguida libertando o prazer sexual feminino, mostrando a mulher livre
para se satisfazer sexualmente, sem repressão. Deste modo pode se afirmar enquanto ser
independente, dona de seu próprio corpo e que busca por se conhecer “no exercício erótico, que
é sempre o de uma busca psicológica de autoconhecimento” (SOARES, 1999, p. 129).
Escrever sobre erotismo é discorrer sobre liberdade, é questionar a realidade
social e os contextos de exclusão feminina, em que estas por muito tempo foram
impedidas de sentir o próprio corpo.
Na obra de Testa, observa-se a busca por completude, pelo erotismo dos corpos e
da escrita. Este foi trabalhado tanto por uma linguagem mais explícita, obscena, quanto
por uma linguagem mais subjetiva e subentendida. Testa problematiza o erótico na
contemporaneida-de, trazendo discursos presentes em nosso tempo.
Neste mundo, pós-moderno, de desordem e incertezas em que vivemos (Hall, 2001),
não podemos dizer nada além daquilo que é efêmero e passageiro. A palavra vai nos denotar
justamente o que sentimos e desejamos, no passado, no presente, e a única certeza é a de
que mudamos constantemente, “quero mais, sempre mais / nada de doses homeopatas /
desfruto da vida / a sede da vida / em altas doses” (TESTA, 2014, p. 45).
Referências
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MARCUSE, Hebert. Eros e civilização. Tradução de Álvaro Cabral. Rio de Janeiro: Zahar
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MEIRELES, Cecília. Expressão feminina da poesia na América. In: Três conferências sobre
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RIBEIRO, Antônio Carlos. Resenha: TESTA, Lia. Guizos da carne: pelos decibéis do corpo. São
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Disponível em: https://sistemas.uft.edu.br/periodicos/index.php/entreletras/article/downlo-ad/
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TESTA, Lia. Guizos da carne: pelos decibéis do corpo. São Paulo: Poesia menor, 2014.
YUNES, Eliana. Prefácio. In: TESTA, Lia. Guizos da carne: pelos decibéis do corpo. São Paulo:
Poesia menor, 2014, p. 8.