Modulo 3
Modulo 3
Modulo 3
Psiquismo
Mestrado - SAPDH
1. O que é Psiquismo
Significado do Psiquismo
Emoções da Psique
Nível Afetivo-Emocional
Se, por outro lado, ele tiver que se defender na maior parte do
tempo, porque se sente ameaçado, então terá que ativar suas
habilidades nesse sentido e haverá pouco espaço para
experimentar.
2. ESTRUTURA DO PSIQUISMO
Psicose
Estrutura do Psiquismo
O primeiro esboço de eu
Contudo, Rorty (1999) nota muito agudamente que não é tanto esse
mecanicismo que torna a psicanálise perturbadora, mas a
postulação de um inconsciente tão inteligente, engenhoso – capaz
de atos falhos, chistes, sintomas elaborados – que “é
necessariamente linguístico” (p. 200). O inconsciente excederia,
portanto, a tradição que faz do homem sede de opostos, de um pólo
“elevado” (alma, razão) que deve controlar, purificar o pólo “baixo”
(o instinto, a paixão, a animalidade). Para a reflexão filosófica, a
psicanálise traria desta maneira uma questão original, de cunho
ético, mais desconcertante que um novo mecanicismo: a noção de
que o sujeito não coincide consigo mesmo, de que se acha
irremediavelmente marcado por uma Spaltung, uma divisão
subjetiva. Por conseguinte, o relato que tecemos de nossa própria
existência não pode ser unificado, forçando-nos ao dever ético de
reconhecermos o inconsciente enquanto interlocutor, parceiro
conversacional, na expressão cunhada por Rorty, na narrativa, na
redescrição que fazemos de nós mesmos.
A máquina e o sujeito
Das Ding
Para concluir
A concomitância dependente
Parte I
Prazer – Desprazer, e
Prazer – Desprazer
Introjeção – Projeção
Sadismo – Masoquismo
Eros – Tânatos
Parte II
O caminho para o alto não é nada sem o caminho para baixo (fr.69).
Se um parasse, o outro pararia também, e o mundo desapareceria,
pois este necessita dos dois para construir uma realidade
aparentemente estável. Todos os outros ditos dessa espécie [o
autor se refere aqui a outros fragmentos de conteúdo semelhante]
devem ser explicados da mesma forma. Se não houvesse frio, não
haveria calor, pois uma coisa só pode aquecer-se caso – e na
medida em que – já esteja fria (1994, p. 139).
Estrutura do psiquismo
Ego - Ou Eu é o centro da consciência, é a soma total dos
pensamentos, idéias, sentimentos, lembranças e percepções
sensoriais. É a parte mais superficial do indivíduo, a qual,
modificada e tornada consciente, tem por funções a comprovação
da realidade e a aceitação, mediante seleção e controle, de parte
dos desejos e exigências procedentes dos impulsos que emanam
do indivíduo.
1-Introdução.
2-Sublimação.
3-Repressão.
4-A Racionalização.
5-A Projeção.
6-Deslocamento.
7-A Identificação.
8-A Regressão.
9-O Isolamento.
10-Formação Reativa.
11- A Substituição.
12-A Fantasia.
13-A Compensação.
14-Expiação.
15-Negação.
16-Introjeção.
a) Inibição do objetivo
b) Dessexualização
c) Absorção completa de um instinto nas respectivas sequelas
d) Alteração dentro do ego;
A TRANSMISSAO GERACIONAL
VIAS DE TRANSMISSÃO
Para Correa, que interroga "como um sujeito pode ser atingido pela
história que pertence ao outro? Desde uma perspectiva clínica,
como este fantasma se transforma em uma espécie de organizador
do psiquismo do paciente?", são os diversos mecanismos de
identificação que estão na base do processo.
O mecanismo de identificação, nas suas mais variadas formas e
desdobramentos, alcança o estatuto de alicerce ou fundação das
transmissões psíquicas. Há, porém, diferenças entre os conceitos
clássicos de identificação e o significado que adquirem na
transgeracional idade. Freud partia do princípio de que nosso
aparelho psíquico se es-trutura dentro de um contexto
intersubjetivo, em que o herdado tem um papel de destaque. Em
vários momentos de sua obra, estabeleceu elos entre a psicologia
individual e a grupal, onde é possível entrelaçar os conceitos de
identificação, transmissão, estruturação psíquica e psicopatologia 8.
TRANSMISSAO INTERGERACIONAL
TRANSMISSAO TRANSGERACIONAL
Para Aulagnier:
(...) a ação desse narcisismo de morte se dá através de um radical
desinvestimento afetivo e representacional. O desinvestimento
ameaça qualquer encontro, qualquer objeto, qualquer experiência
que, para ter uma existência psíquica, implique a possibilidade de
uma atividade de ligação. Qualquer trabalho de desinvestimento
bem-sucedido não deixa traço algum que possa indicar que algo
existiu, que algo ocorreu. Esse algo é substituído pelo vazio.
Nenhuma saudade, nenhum traço de um objeto perdido. Nada de
representações recalcadas (apud Trachtenberg, 2005, p. 61).
CRIPTA E FANTASMA
Todas as palavras que não puderam ser ditas, todas as cenas que
não puderam ser rememoradas, todas as lágrimas que não
puderam ser vertidas, serão engolidas, assim como, ao mesmo
tempo, o traumatismo, causa da perda. Engolidos e postos em
conserva. O luto indizível instala no interior do sujeito uma sepultura
secreta (Abraham e Torok, 1995, p. 248).
CASO CLINICO
Outro evento da época foi uma relação incestuosa entre seu filho e
a filha, que tinham 15 e 12 anos na ocasião. Só ficou sabendo anos
mais tarde, quando a filha, durante um retiro religioso, contou para
um pastor da igreja, pedindo-lhe ajuda para falar aos pais. A reação
da paciente foi enviar os filhos para dois retiros para jovens
diferentes (ela e a filha recolheram-se juntas em um deles). Não
sabe explicar a decisão de então isolar os filhos, por quase um ano,
já que o incesto ocorrera muitos anos antes. Diz que talvez
"suspeitasse" que a filha ainda pudesse ter algum interesse sexual
pelo irmão.
Aos 22 anos, o filho saiu de casa. Mais adiante, a filha saiu para se
casar, dizendo que jamais voltaria àquela casa. A paciente mantém
hoje um relacionamento mais próximo somente com a filha mais
nova, que também mora e administra outra fazenda terapêutica, ao
lado da de Vera. Essa filha (Elisa), ao saber do relacionamento da
mãe com Pedro, também se afastou da mãe.
No segundo ano de psicoterapia, Vera menciona estar observando
modificações de comportamento em uma das netas, de 5 anos. Diz
estar preocupada, mas "não sabe bem por quê". A neta vem
apresentando comportamentos hipersexualizados, dançando,
rebolando e utilizando linguajar que não é comum na família,
estando "muito apegada" a outro dos internos da fazenda.
Vera não sabe explicar por que se afastou da família adotiva, com a
qual morou por 10 anos. Somente uma vez os procurou: estava
com um forte prurido vulvar e achou que o pai, ginecologista,
poderia tratá-la. Conta, ressentida, que a mãe se recusou a atendê-
la como paciente, "mas que já esperava ser rejeitada pela mãe".
DISCUSSAO
Embora a denúncia da filha não possa ter sido ignorada, pôde, por
outro lado, ser "enterrada" em uma "cripta" do grupo familiar, não
falada, e levando, finalmente, à deterioração dos vínculos familiares
que se estendeu até hoje e que atualmente ameaça a implosão final
do que restou da família se a paciente vier efetivamente a se casar
com seu filho adotivo - ou se for permitido que as netas sejam
abusadas pelos demais dependentes químicos com quem convivem
na fazenda. Afinal, eles são também "filhos adotivos" da paciente,
que ficam excitando suas "irmãzinhas" (como ocorreu entre seus
filhos biológicos) e a família, novamente, escotomizando a provável
repetição de uma perversa e iminente situação de incesto
transgeracional.
CONSIDERAÇOES FINAIS
5.CONSIDERAÇÕES FINAIS