Estudo de Caso-5

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Estudo de caso

Universidade Tiradentes
PRÁTICA INTEGRADA DO CUIDAR
Docente: Prof. Dra Priscila Laise dos Santos
Discentes: Alícia Passos Fonseca e Auane
Almeida Costa
Introdução

Estudo de caso é uma estratégia de pesquisa científica que analisa um fenômeno atual em seu
contexto real e as variáveis que o influenciam. Trata-se de um estudo intensivo e sistemático
sobre uma instituição, comunidade ou indivíduo que permite examinar fenômenos complexos.
O estudo visa conhecer em profundidade o “como” e os “porquês” para alcançar unidades e
identidades próprias, assumindo-se como uma investigação particular, procurando descobrir o
que nele há de mais essencial e característico. (PEREIRA, et al., 2005).

A disciplina de Prática Integrada do Cuidar trás o estudo de caso para avaliação didática com
o intuito de aprimorar o conhecimento crítico dos seus discentes através da coleta de dados e
análise deles na área de estágio. Tendo como campo o Hospital de Cirurgia, instituição situada
no município de Aracaju, que atua com serviços de referência para o Sistema Único de Saúde
em atendimentos ambulatoriais de média e alta complexidade para todo o estado de Sergipe
e é referência em cirurgias cardíacas, vasculares, neurocirurgia e oncologia.
OBJETIVOS

 Geral:
Compreender a questão de saúde da paciente e,
ao mesmo tempo, desenvolver teorias que
expliquem, avaliem e transformem a situação.

 Objetivos Específicos:
Analisar o quadro clínico da paciente;
Avaliar a fisiopatologia da paciente;
Estabelecer um plano de cuidados;
Analisar os aspectos fisiopatológicos da
DAOP;
Realizar o Processo de Enfermagem.
IDENTIFICAÇÃO
DO PACIENTE
Nome: M.R.V.R
Idade: 65 anos
Sexo: Feminino
Estado civil: Casada
Raça: Parda
Procedência: Hospital Regional de
Itabaiana
Data de admissão: 07/10/2023
Instituição: Hospital de Cirurgia
Unidade de internação:
Ala A Leito: 11
MOTIVOS DE
INTERNAÇÃO
 Paciente relata que pisou em uma
“cabeça de frade”, o que fez com
que o pé ferisse e ficasse com muita
dor. Ao chegar no Hospital de
Nossa Senhora da Glória, foi feito
um Raio X e, logo após, ela foi
mandada para casa. Como estava
com muita dor no pé, foi para o
Hospital Regional de Itabaiana,
onde foi realizada uma raspagem e,
posteriormente, encaminhada ao
Hospital de Cirurgia, pois o médico
informou que não tinha muito
conhecimento para tratar o
problema (SIC)
HISTÓRIA DA DOENÇA ATUAL:
 PO de BY PASS Femoro Popliteo Supra Articular MIE + Debridamento de lesão
em calcâneo MIE e suspeita de DAOP

 HISTÓRIA FAMILIAR : Paciente informa que a mãe morreu de Diabetes.

 HISTÓRIA DA DOENÇA PREGRESSA :Diabética, Hipertensa e Ex-Tabagista.


Paciente informa que há alguns anos fez cateterismo na perna direita, pois tinha
machucado a mesma.
DIAGNÓSTICO CLÍNICO E REVISÃO DE
LITERATURA
 O By Pass Femoro Poplíteo Supra Articular refere-se a um procedimento cirúrgico em que é
criado um desvio ao redor de uma obstrução ou estreitamento nas artérias principais da coxa e da
parte superior da perna (femoro poplítea), especificamente acima da articulação do joelho (supra-
articular). Este procedimento é frequentemente realizado para restaurar o fluxo sanguíneo
adequado quando as artérias estão obstruídas devido a doença arterial periférica.

 O Debridamento de lesão em calcâneo refere-se ao processo de remoção de tecido morto,


contaminado ou não saudável ao redor de uma ferida no calcâneo, que é o osso do calcanhar. Este
procedimento é comumente realizado em casos de úlceras ou feridas crônicas no calcanhar que
não cicatrizam adequadamente e que tem como objetivo promover a cicatrização da ferida,
removendo material necrótico que pode servir como um ambiente propício para infecções.

 FATORES QUE CONTRIBUEM PARA A PATOLOGIA : Disfunção Endotelial; Dislipidemia; Fatores


inflamatórios e imunológicos; Tabagismo associado
TRATAMENTO
MEDICAMENTOSO

 Nome da medicação: Quetiapina


 Classe farmacológica: Antipsicóticos
 Mecanismo de ação: A quetiapina e seu
metabólito ativo no plasma humano, a
norquetiapina, interagem com ampla
gama de receptores de
neurotransmissores e exibem afinidade
pelos receptores de serotonina e
dopamina D1 e D2 no cérebro.
 Indicação: Transtornos de Ansiedade
TRATAMENTO
MEDICAMENTOSO
 Nome da medicação: Enoxaparina
Sódica
 Classe
farmacológica: Anticoagulante
 Mecanismo de ação: Inibição da
trombina e ativação da
antitrombina, reduzindo a
capacidade do sangue de formar
coágulos e, consequentemente,
ajudam na prevenção de eventos
tromboembólicos.
 Indicação: Tratamento da trombose
venosa
TRATAMENTO
MEDICAMENTOSO
 Nome da medicação: Bromoprida
 Classe
farmacológica: Benzamidas
 Mecanismo de ação: Bloqueia os
receptores da dopamina-2 (D2) no
sistema nervoso central e no trato
gastrointestinal.
 Indicação: Dispepsia (dor ou
desconforto na parte superior do
abdome)
TRATAMENTO
MEDICAMENTOSO

 Nome da medicação: Cloridrato de Tramadol


 Classe farmacológica: Analgésico
 Mecanismo de ação: Inibe a recaptação
neuronal de norepinefrina e as vias
descendentes nociceptivas e potencializa a
liberação de serotonina.
 Indicação: Alívio da dor
TRATAMENTO MEDICAMENTOSO

 Nome da medicação: Dipirona


 Classe farmacológica: Analgésico
 Mecanismo de ação: Inibição da síntese de prostaglandina, diminuindo febre e dor.
 Indicação: Controle da dor
TRATAMENTO
MEDICAMENTOSO
 Nome da medicação: Insulina
 Classe farmacológica:
Hipoglicemiantes
 Mecanismo de ação: Regula os
níveis de glicose no sangue e ajuda
no armazenamento de glicose no
fígado e músculos na forma de
glicogênio.
 Indicação: Tratamento da Diabetes
Mellitus
TRATAMENTO
MEDICAMENTOSO
 Nome da medicação:
Ondansetrona
 Classe farmacológica:
Antagonistas
 Mecanismo de ação: Atua
bloqueando os receptores de
serotonina (5-HT3) no sistema
nervoso central e no trato
gastrointestinal, o que ajuda a
prevenir náuseas e vômitos.
 Indicação: Prevenir náuseas e
vômitos
TRATAMENTO
MEDICAMENTOSO
 Nome da medicação: Maleato de
Enalapril
 Classe farmacológica: Inibidores
da enzima conversora de
angiotensina (IECAs)
 Mecanismo de ação: Inibe a
enzima conversora de angiotensina
(ECA), provocando vasodilatação e
diminuição da retenção de sódio e
água, contribuindo para a redução
da pressão arterial.
 Indicação: Tratamento da
Hipertensão Arterial
Cuidados de
Enfermagem
MONITORAR SINAIS VITAIS
REGULARMENTE

AVALIAR OS NÍVEIS DE CONSCIÊNCIA


E SEDAÇÃO

INCENTIVAR O PACIENTE A RELATAR


QUALQUER EFEITO COLATERAL
INCOMUM OU DESCONFORTO

FORNECER INFORMAÇÕES AO
PACIENTE SOBRE A IMPORTÂNCIA DE
SEGUIR AS ORIENTAÇÕES DO MÉDICO
EM RELAÇÃO À MEDICAÇÃO

ATENTAR SOBRE OS 5 CERTOS (NOME,


MEDICAMENTO, DOSAGEM, VIA E
HORÁRIO CORRETOS)
EXAME FÍSICO
 0 EXAME FÍSICO 18/10/ 2023. 15h05min. Feminino, 65 anos, acordada, em Fowler 45,
consciente, orientada no tempo e espaço, verbaliza, deambula com ajuda, acompanhada da filha.
Higiene, coloração, comunicação e nutrição satisfatórias. Alimentação por via oral, sono, diurese e
defecação inalterados (SIC). Nega dor e alergias. Uso de AVC em veia jugular direita. Realizado
exame físico cabeça e pescoço: crânio arredondado, face simétrica, couro cabeludo íntegro,
higiene satisfatória, fios desidratados com coloração natural. Sobrancelha com falhas, abertura
ocular espontânea, pupilas fotorreagentes, escleróticas sem alterações. Nariz centralizado na linha
média, tamanho regular, narinas simétricas e permeáveis, ausência de desvio de septo, higiene
satisfatória. Seis nasais e paranasais inalterados. Pavilhão auricular D e E implantados na altura da
linha ocular. Cavidade auditiva com cerume fisiológico discreto bilateralmente. Lábios simétricos
e róseos, mucosa oral íntegra, gengiva lisa, firme e macia , dentição incompleta por conta do
tabagismo (SIC). Língua móvel, rósea, papilas gustativas visíveis, tonsilas palatinas e úvula sem
alterações. Pescoço com mobilidade adequada, traqueia móvel, pulsos carotídeos rítmicos, fortes e
cheios, tireoide lisa , linfonodos cervicais não palpáveis. Ao exame físico respiratório, tórax
simétrico, sem alterações. Ausculta pulmonar regular com presença de murmúrios vesiculares (+),
øRA em AHT, som claro pulmonar à percussão, sem necessidade de suporte de O2. Ao exame
físico cardiovascular, pele sem alterações, abaulamentos, depressões e edemas. Ictus cordis
palpável, pulsos rítmicos e fortes. BRNF em 2T, normotensa e normocárdica. Abdômen globoso,
sem edema, presença de equimose por causa das injeções (SIC). Ruídos hidroaéreos presentes,
sem dor à palpação. Extremidades aquecidas e sem edemas em MMSS e MMII. SSVV: PA :
130x70 mmHg, FC: 18bpm, FR: 78rpm, T.A: 36ºC, Dor=0 (EN), Peso: 60kg, Altura: 1,66m.
EXAMES LABORATORIAS
E COMPLEMENTARES

Ecocardiograma Transtorácico com


Doppler Colorido:
Exame ultrassonográfico do coração,
que avalia o tamanho das cavidades
cardíacas, a contração cardíaca, o fluxo
de sangue através das suas válvulas e
serve para detectar alterações
estruturais e/ou funcionais do coração.
Impressão Diagnóstica
da paciente M.R.V.R.

 Aumento discreto do átrio esquerdo;


 Função sistólica biventricular preservada;
 Disfunção diastólica do ventrículo esquerdo de grau
I (leve);
 Alterações degenerativas fibro cálcicas das valvas
aórtica e mitral; Insuficiência mitral de grau
esquerdo;
 Insuficiência tricúspide de grau discreto;
 Septo interatrial redundante sem evidência de
passagem de fluxo na análise transtorácica.
EXAMES LABORATORIAIS E
COMPLEMENTARES

 Hemograma Completo:
Exame de sangue mais realizado, que serve
para confirmar/descartar diagnósticos e
monitorar o estado de saúde geral do
paciente. Ele inclui a avaliação dos glóbulos
vermelhos (hemácias ou eritrócitos), brancos
(leucócitos) e plaquetas (trombócitos).

 ERITROGRAMA:
Os resultados das Hemácias, Hemoglobina,
Hematrócito, VCM, HCM e CHCM foram
sem alterações de acordo com os valores de
referência.
RDW alterado, o que significava que
existiam muitas hemácias de tamanhos
diferentes circulando e, provavelmente, com
problemas em suas morfologias.
EXAMES
LABORATORIAIS E
COMPLEMENTARES
 LEUCOGRAMA:
Os resultados dos Leucócitos totais, Mielócitos,
Metamielócitos, Neutrófilos bastonetes,
Neutrófilos segmentados, Linfócitos,
Monócitos e Basófilos sem alterações.
Eosinófilos alterados, o que pode significar
parasitoses ou alergias.

 PLAQUETOGRAMA:
Plaquetas, Potássio e o Sódio estavam
inalterados.
A Ureia estava muito alterada, o que pode
indicar problemas nos rins, como insuficiência
renal, disfunção renal, desidratação,
insuficiência cardíaca, sangramento
gastrointestinal ou certas condições
metabólicas.
DIAGNÓSTICOS E PRESCRIÇÕES DE ENFERMAGEM

D1. Risco de queda em adultos evidenciado por diminuição da mobilidade física

P1. Monitorar regularmente a mobilidade do paciente, observando a marcha, equilíbrio


e coordenação

P2. Incentivar a prática de exercícios com bolas e caminhadas para melhorar a força
muscular, equilíbrio e flexibilidade

P3. Manter grades elevadas no leito

RE: Risco de queda diminuído


DIAGNÓSTICOS E PRESCRIÇÕES DE ENFERMAGEM

D2. Mobilidade física prejudicada relacionada à resistência física insuficiente


evidenciada por instabilidade postural

P1. Instruir e supervisionar o uso adequado de auxílios para mobilidade, como bengalas ou andadores

P2. Incentivar caminhada da paciente uma vez por dia

P3. Explicar à paciente importância e necessidade de colaborar com as atividades

RE: Mobilidade física melhorada


DIAGNÓSTICOS E PRESCRIÇÕES DE ENFERMAGEM

D3. Risco de lesão por pressão evidenciado por diminuição da atividade física

P1. Realizar mudança de decúbito a cada 2 horas

P2. Realizar avaliações regulares da integridade da pele, principalmente áreas de


pressão, como: calcanhares, sacro, cotovelos e costas

P3. Utilizar roupa de cama adequada, sem costuras ou rugas, para evitar pontos de
pressão adicionais

RE: Ausência de risco de lesão por pressão


DIAGNÓSTICOS E PRESCRIÇÕES DE ENFERMAGEM

D4. Dor aguda relacionada a procedimento cirúrgico evidenciada por relato


verbal de dor

P1. Posicionar a paciente em posição confortável e que amenize a dor

P2. Questionar paciente sobre tipo, qualidade, localização e tempo da dor

P3. Monitorar sinais vitais a cada 6 horas

RE: Ausência de dor


DIAGNÓSTICOS E PRESCRIÇÕES DE ENFERMAGEM

D5. Risco de broncoaspiração evidenciado por limitação respiratória

P1. Avaliar deglutição para identificar eventuais dificuldades ou disfunções

P2. Incentivar ingesta hídrica e de dieta pastosa

P3. Manter cabeceira elevada em Fowler

RE: Risco de broncoaspiração amenizado


PLANO DE ALTA

 O plano de alta é fundamental para


que ocorra da melhor forma
possível o restabelecimento eficaz
da saúde do paciente, através de
ações e medidas que devem ser
tomadas para alcançar objetivos
satisfatórios e manter o quadro
estável de cuidados em suas
residências, por meio de uma boa
comunicação e esclarecimento de
dúvida.
INSTRUÇÕES:
 Orientar a necessidade do cumprimento correto do
horário de cada medicamento;
 Esclarecer da melhor forma possível a duração de
cada fármaco utilizado;
 Orientar a busca de uma dieta balanceada para
auxiliar em uma melhor recuperação e a
necessidade da ingesta líquida para manter uma boa
hidratação corporal;
 Orientar sobre monitoramento respiratório e
incentivar a prática de atividade física para uma
melhor mobilidade;
 Identificar os fatores de risco e atentar-se para pedir
ajuda de um profissional;
 Incentivar a higiene e hidratação da pele;
 Orientar sobre agendamento de consulta para
acompanhamento para avaliação da resposta ao
tratamento.
CONCLUSÃO:
 O Estudo de Caso trouxe uma importante
relevância e enriquecimento acadêmico,
incentivando a construção de um pensamento
crítico para direcionar pensamentos e
observações sobre o processo de enfermagem
para um bom desenvolvimento de plano de
cuidados. Além disso, é importante destacar a
prática de habilidades desenvolvidas no campo
de estágio, ressaltando a necessidade de ações e
direcionamentos humanizados no serviço de
saúde. Portanto, conclui-se o quanto é
significativo um bom cuidado, diálogo e o
tratamento de forma humana para alcançar
objetivos e metas expressivas e gratificantes
para o ambiente hospitalar.
REFERÊNCIAS
 Resumo sobre Doença Arterial Obstrutiva Periférica (DAOP). Comunidade Sanar, 2020. Disponível em
https://www.sanarmed.com/resumo-sobre-doenca-arterial-obstrutivaperiferica-daop-ligas.
 Acesso em 20 nov. 2023. FURP – Memento Terapêutico. Secretaria de Estado da Saúde. 6ª ed., nov/95.
Guia Farmacêutico, 12/01/2021
 Disponível em https://guiafarmaceutico.hsl.org.br/ondansetrona e Acesso em 20 nov. 2023. Bulechek,
Gloria; Butcher, Howard;
 McCloskey, Joanne. Classificação das Intervenções de Enfermagem: NIC. Iowa City, Iowa: Elsevier; 5a
edição (3 setembro 2010) Moorhead, Sue; Swanson, Elizabeth; Johnson, Marion; Maas, Meridean.
 Classificação dos Resultados de Enfermagem: NOC. GEN Guanabara Koogan; 6a edição (25 setembro
de 2020). Herdman, T. Heather; Kamitsuru, Shigemi. Diagnósticos de Enfermagem da NANDA-I:
definições e classificação.
 Porto Alegre: Artmed, 11a edição (2018). Marcondes J. A. M. Diabetes Melito: Fisiopatologia e
tratamento. Revista da Faculdade de Ciências Médicas de Sorocaba. p, 18-26. Acesso em: nov 2023.htm.
Acesso em: nov 2023
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