Aula 7 - Estados de Consciência 2024

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ESTADOS DE CONSCIÊNCIA Prof. Ms.

Elenice Paulineli
Processos Psicológicos Básicos

CONSCIÊNCIA E ATENÇÃO
“Consciência é o conhecimento das sensações, dos pensamentos e dos sentimentos que
experimentamos em dado momento.
A consciência é nossa compreensão subjetiva tanto do ambiente a nosso redor quanto de nosso mundo
interno particular, inobservável às pessoas de fora.” (Feldman, 2015, p.180).
-É uma das funções psíquicas com a qual estabelecemos contato com a realidade, através do qual
tomamos conhecimento direto e imediato dos fenômenos que nos cercam.
Ex: Quando aprendemos um conceito de comportamento complexo - guiar um carro – a
consciência focaliza nossa concentração no carro e no tráfego, e com a prática, guiar se torna
automático e não exige mais atenção total... Liberando a consciência para focalizar outras coisas.)
Todos os dias, nós nos envolvemos em uma série de atividades cognitivas- concentrar-se,tomar
decisões, planejar memorizar, devanear, refletir, dormir sonhar,etc.
“... a marca registrada da consciência desperta normal é a natureza altamente seletiva da atenção.
A natureza seletiva da atenção pode ser notada na quantidade de processos que ocorrem sem
chamar nossa atenção consciente.”(Morris e Maisto, 2004, p. 125).
CONSCIÊNCIA DESPERTA ➔abrange todos os pensamentos, sentimentos
e percepções que ocorrem quando estamos acordados e razoavelmente
alertas.
Geralmente a consciência desperta é orientada por ações ou planos e
ocorre em sintonia com o ambiente externo. “...

A marca registrada da consciência desperta normal é a natureza altamente


seletiva da atenção. A natureza seletiva da atenção pode ser notada na
quantidade de processos que ocorrem sem chamar nossa atenção
consciente.”(Morris e Maisto, 2004, p. 125).

Percepção fora da nossa consciência ➔ Registramos e reagimos a estímulos


que não percebemos conscientemente; desempenhamos tarefas (que temos
prática) de forma automática; mudamos nossas atitudes e reconstituímos
nossas lembranças, sem pensar nisso.
Por ex: raramente temos a percepção dos processos vitais: respiração,
batidas do coração, andar de bicicleta sem prestar atenção no movimento
que se faz.
Quando fazemos um trajeto conhecido- processo automático que não
prestamos atenção ao redor.
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Portanto, a marca registrada da consciência desperta
normal É A NATUREZA SELETIVA DA ATENÇÃO.
A natureza seletiva da atenção pode ser notada na
quantidade de processos que ocorrem sem chamar nossa
atenção.

Por ex: raramente temos a percepção dos processos vitais:


respiração, batidas do coração, andar de bicicleta sem
prestar atenção no movimento que se faz.
Quando fazemos um trajeto conhecido- processo
automático que não prestamos atenção ao redor.

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Processos Psicológicos Básicos
Lembrando o que é Atenção.....
• envolve ser capaz de focar seletivamente algumas coisas e
evitar outras.
• Atenção seletiva:
• as pessoas tem capacidade limitada para informação
sensorial.
• Elas fazem uma triagem da informação que chega, para
permitir a entrada apenas do material mais importante.
• Para compreender o ambiente devemos
selecionar apenas as informações mais
importantes → filtro
• Embora sejam diferentes, atenção e consciência
muitas vezes andam de mãos dadas.
ESTADOS DO CÉREBRO E A CONSCIÊNCIA
Para a maioria dos psicólogos atuais, consciência é nossa percepção de nós
mesmos e do ambiente à nossa volta.
A consciência nos permite reunir informações de variadas fontes, ao refletirmos
sobre o passado e planejarmos o futuro; também mantém nossa atenção
concentrada quando aprendemos um conceito ou comportamento complexo.

O tempo todo, transitamos entre vários estados de consciência, incluindo a


consciência normal da vigília e vários estados alterados
Processos Psicológicos Básicos
Consciência
DUPLO PROCESSAMENTO
Muitas descobertas da neurociência
cognitiva apontam para regiões do
cérebro específicas, que se tornam
ativas com determinadas experiências
conscientes

Para muitos de nós, são as evidências


crescentes de que temos, por assim dizer,
duas mentes, cada qual sustentada por
seu próprio equipamento neuronal.
EXEMPLO DUPLO PROCESSAMENTO
Se você dirige, considere como você passa para a faixa da direita. Os motoristas
sabem disso inconscientemente, mas não são capazes de explicar com exatidão
(Eagleman, 2011).
A maioria diz que gira o volante para a direita, e depois o endireita – o que, na
verdade, os jogaria para fora da estrada.
Na realidade, um motorista experiente, depois de se deslocar para a direita, gira
o volante em igual medida à esquerda, e só depois o recoloca no centro.
Moral da história: O cérebro humano é um dispositivo que converte conhecimento
consciente em conhecimento inconsciente.
DUPLO PROCESSAMENTO OU PROCESSAMENTO
DUAL
Uma das maiores ideias da neurociência cognitiva recente é a de que grande parte do
trabalho do nosso cérebro ocorre nos bastidores, fora do nosso campo de visão.

A percepção, a memória, o pensamento, a linguagem e as atitudes operam, todos, em dois


níveis – uma “via principal” consciente, deliberada, e outra “subterrânea”, inconsciente,
automática.
A principal é reflexiva; a subterrânea é intuitiva (Evans & Stanovich, 2013; Kahneman, 2011).
Os pesquisadores, hoje, dão a isso o nome de PROCESSAMENTO DUAL- é o principio de que
a informação é frequentemente processada de maneira simultânea em vias separadas, CS e
ICS-
EX; Ver um pássaro voando-processamento cognitivo- Beija flor, mas tem outras informações
no nosso subprocessamento- cor, forma, movimento etc.
ESTADOS DO CÉREBRO E A CONSCIÊNCIA
Eis outra descoberta estranha (e provocativa):
Experimentos mostram que, quando você move o punho conforme sua vontade,
a decisão de movê-lo é experimentada de forma consciente cerca de 0,2
segundo antes do movimento real (Libet, 1985, 2004).

Até aí, nenhuma surpresa. Suas ondas cerebrais, porém, dão um salto cerca de
0,35 segundo antes da percepção consciente da decisão!

A conclusão assombrosa é a seguinte: A consciência às vezes chega quando


a decisão já está tomada.
A consciência às vezes
chega atrasada para a
pessoa que toma a decisão.
ATENÇÃO SELETIVA
Como a atenção seletiva direciona nossas percepções?

O processamento paralelo inconsciente é mais rápido que o


processamento consciente sequencial, mas ambos são imprescindíveis

Processamento paralelo → permite à mente administrar atividades


rotineiras
Processamento serial → é melhor para solucionar novos problemas,
que requerem atenção focada
TESTE
Se você for destro, desenhe um círculo perfeito com o pé direito
em sentido anti-horário, escrevendo o número 3 repetidas vezes
com a mão direita – ao mesmo tempo.

Ou tente algo igualmente difícil: Dê três batidas ritmadas com a


mão esquerda, enquanto dá quatro batidas com a direita
ATENÇÃO SELETIVA
Por meio da atenção seletiva, nossa consciência focaliza, como um feixe de
luz, apenas um aspecto muito limitado de tudo aquilo que vivenciamos.

Estima-se que nossos cinco sentidos assimilem 11 milhões de bits de


informação por segundo, dos quais só processamos conscientemente cerca de
40 (Wilson, 2002). Ainda assim, a via inconsciente da mente, de maneira
intuitiva, faz vasto uso dos outros 10.999.960 bits.
DESATENÇÃO SELETIVA
No nível da percepção consciente,
somos “cegos” a tudo, exceto um
minúsculo fragmento da gama de
estímulos visuais.

A cegueira por desatenção é um


efeito colateral daquilo em que somos
realmente bons: concentrar a atenção
apenas em partes do ambiente
circundante.
DESATENÇÃO SELETIVA
A atenção é incrivelmente seletiva. Sua mente consciente só está em um lugar de
cada vez.
Também pode ocorrer a surdez para mudança.
Em um experimento, 40 % das pessoas concentradas em repetir uma lista de
palavras que uma pessoa falava deixaram de perceber que esta foi substituída
(Vitevitch, 2003).
Certos estímulos, no entanto, são tão poderosos, tão marcantemente distintos, que
experimentamos o chamado pop-out (“o que se destaca”).
Não escolhemos atentar para esses estímulos; eles atraem nossos olhos e exigem
nossa atenção. Do mesmo modo, quando a entrevistadora, ao telefone, era trocada
por um colega homem, praticamente todos os entrevistados notaram.
ESTADOS ALTERADOS DE CONSCIÊNCIA:

Diferem de nossa consciência desperta normal na


medida em que nos desprendemos, em diversos graus,
de nosso ambiente externo.

Certos estados alterados- como dormir, devanear e


sonhar acontecem rotineiramente, até de modo
espontâneo.

Outros estados são induzidos por drogas que afetam a


mente, como álcool, e outros por meio de meditação e
hipnose.
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ALTERAÇÕES COTIDIANAS DA CONSCIÊNCIA

SONO;

SONHO;

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SONO

Os seres humanos passam cerca de um terço da vida imersos em


um estado alterado de consciência conhecido como o sono.

Sono: um estado natural de repouso, caracterizado pela redução


dos movimentos voluntários do corpo e menor percepção do
ambiente que nos cerca.

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POR QUE TEMOS A NECESSIDADE DE DORMIR?

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QUAIS AS FUNÇÕES DO SONO?

Nossos padrões de sono variam de pessoa para pessoa.


Mas por que temos essa necessidade de dormir?
Os psicólogos acreditam que o sono pode existir por cinco razões:
1) O sono protege
2) O sono ajuda nossa recuperação
3) O sono ajuda a restaurar e reconstruir lembranças desvanecidas das experiências
do dia
4) O sono alimenta o pensamento criativo
5) O sono favorece o crescimento
SONO
Quando nosso corpo anseia por sono mas não consegue dormir, começamos a
sentir um extremo mal-estar.
Se tentarmos permanecer acordados, inevitavelmente seremos derrotados. Na
batalha do cansaço, o sono sempre vence. Ex: provas de resistências

O sono ocupa cerca de um terço de nossas vidas – por volta de 25 anos, em


média. Se puderem dormir livremente, os adultos, em sua maioria, dormirão pelo
menos nove horas por noite (Coren, 1996).

Com essa quantidade de sono, acordamos renovados, mantemos um humor


melhor, apresentamos mais eficiência em termos de desempenho e mais
precisão no trabalho.
SONO: ESTÁGIOS
1. primeiro estágio: estado de transição entre a vigília e
o sono, caracterizado por ondas cerebrais
relativamente rápidas de baixa amplitude.
2. segundo estágio: sono mais profundo do que o da
primeira etapa, caracterizado por um padrão de
ondas mais lentas e regulares, com interrupções
passageiras de “fusos do sono”.
3. terceiro estágio: caracterizado por ondas cerebrais
lentas, com cristas e vales maiores no padrão de
ondas do que no segundo estágio.
4. quarto estágio: estágio mais profundo do sono,
durante o qual somos menos responsivos à estimulação
externa.
5. REM - quinto estágio - sono de movimento rápido
dos olhos: sono que ocupa 20% do tempo de sono
total de um adulto, caracterizado por aumento da
frequência cardíaca, da pressão arterial e da
frequência respiratória, além de ereções, movimentos
dos olhos e experiência de sonhar.
Sono: estágios
CICLOS CIRCADIANOS – RELÓGIO BIOLÓGICO

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RITMO CIRCADIANO
O corpo se mantém mais ou menos sincronizado com o ciclo de 24 horas do dia e da noite
por meio de um relógio biológico chamado ritmo circadiano (do latim circa, “cerca de”, e
diem, “dia”)

A temperatura corporal aumenta à medida que a manhã se aproxima, atinge o pico


durante o dia, cai um pouco momentaneamente no início da tarde (quando muitos
dormem a sesta) e começa a cair de novo ao entardecer.

O pensamento fica mais afiado, e a memória, mais precisa quando estamos no pico diário
da atividade circadiana.

Se virarmos a noite trabalhando ou cumprindo um plantão noturno, vamos nos sentir mais
exaustos no meio da noite, mas talvez ganhemos um novo gás quando chegar nosso horário
normal de acordar.
Processos Psicológicos Básicos

Ritmos circadianos: os ciclos da vida

✓ são complexos e envolvem uma variedade de comportamentos.


✓ Exemplo: a sonolência ocorre não apenas à noite, mas também
durante o dia em padrões regulares - a maioria de nós sente
sonolência no meio da tarde – independentemente de termos ingerido
um almoço pesado.
✓ a quantidade relativa de luz e sombra, que varia com as estações do
ano, também influencia a regulação dos ritmos circadianos.
✓ O humor das pessoas também parece seguir padrões regulares.
EFEITOS DA PRIVAÇÃO DE SONO
A privação de sono também prevê depressão.
Pesquisadores que estudaram 15,5 mil adolescentes de 12 a 18 anos constataram que
aqueles que dormiam cinco horas ou menos por noite apresentavam risco de
depressão 71 % maior do que os que dormiam oito horas ou mais (Gangwisch et
al., 2010).
“A privação de sono tem consequências – dificuldade nos estudos, diminuição da
produtividade, tendência a cometer erros, irritabilidade, fadiga”, adverte Dement
(1999, p. 231).
Um grande débito de sono “faz você ficar estúpido” e também pode fazer você
engordar -aumenta a quantidade do hormônio grelina, que estimula a fome, e diminui a
quantidade de sua parceira, a leptina, que suprime a fome (Shilsky et al., 2012).
-aumenta também o cortisol, o hormônio do estresse, que estimula o corpo a fabricar gordura.
EFEITOS DA PRIVAÇÃO DE SONO

A privação de sono também afeta nossa saúde física.


EX: Quando uma infecção se instala, em geral dormimos mais, ativando nosso
sistema imunológico. A privação de sono pode suprimir as células de defesa
que combatem as infecções virais e o câncer

A privação de sono retarda as reações e aumenta o número de erros em


tarefas que exigem atenção visual como por ex: como aquelas envolvidas
na revista de bagagem em aeroportos, cirurgias e também afeta as resposta
dos motoristas, pilotos e operadores de equipamentos- respostas lentas
(Caldwell, 2012; Lim & Dinges, 2010).
PRINCIPAIS DISTÚRBIOS DO SONO
Um em cada dez adultos e um em cada quatro adultos de idade avançada
reclamam de INSÔNIA – problemas persistentes para adormecer ou
continuar dormindo (Irwin et al., 2006).
O resultado é cansaço e um maior risco de depressão (Baglioni et al.,
2011).
Os paliativos mais comuns para a insônia verdadeira – comprimidos para
dormir e álcool – podem agravar o problema, reduzindo o sono REM e
deixando a pessoa letárgica no dia seguinte.
Esses métodos também podem resultar em tolerância – estado em que são
necessárias doses crescentes para se obter efeito.
DISTÚRBIOS DO SONO
NARCOLEPSIA (de narco, “torpor”, e lepsia, “crise”) → tem ataques súbitos de
uma sonolência avassaladora, geralmente de menos de cinco minutos.

Em casos graves, a pessoa pode mergulhar direto em um breve período de sono


REM, com a perda de tensão muscular que o acompanha.

Quem sofre de narcolepsia – 1 em cada 2 mil pessoas, estima o Centro de


Narcolepsia da Stanford University (2002) – deve, portanto, viver com uma dose
extra de cautela.
Como um fator de risco no trânsito, “o sono só perde para o álcool”, diz a
Associação Americana de Distúrbios do Sono, e aqueles que sofrem de narcolepsia
estão especialmente em risco (Aldrich, 1989).
DISTÚRBIOS DO SONO
Embora 1 em cada 20 de nós sofra de APNEIA DO SONO.
Apneia significa “sem respiração”, e quem sofre desse mal para intermitentemente
de respirar durante o sono.
Após cerca de um minuto sem ar, a baixa oxigenação do sangue deixa a pessoa
agitada e ela desperta o suficiente para aspirar ar por alguns segundos, em um
processo que se repete centenas de vezes a cada noite, privando-a do sono de
ondas lentas.
Quem sofre de apneia não recorda esses episódios na manhã seguinte. Ela pode
provocar fatiga e depressão e a maioria das pessoas não tem consciência do
problema,geralmente as pessoas reclamam do barulho provocado - ronco.
(Peppard et al., 2006).
DISTÚRBIOS DO SONO
TERRORES NOTURNOS - atingem sobretudo as crianças, que podem se
sentar ou caminhar, falar de forma incoerente, ter a frequência respiratória
e a frequência cardíaca dobradas e aparentar pavor (Hartmann, 1981).
Raras vezes elas despertam completamente durante um episódio e recordam
pouca coisa, ou nada, na manhã seguinte – no máximo, uma imagem fugaz e
assustadora.
Terrores noturnos não são pesadelos (que, como outros sonhos, costumam
acontecer durante o sono REM, de madrugada); em geral ocorrem nas
primeiras horas do estágio Não REM-3.
HIPNOSE
Na Europa da metade do sec. 18- Anton Mesmer- médico
vienense colocava seus pacientes em transe a fim de curar
doenças o que ficou conhecido como Mesmerismo- hoje→
Hipnose

No sec. XIX médicos utilizavam para tratar certas


doenças mentais.

Hoje- discordância sobre a definição de hipnose e se ela


de fato pode ser ou não considerada como um estado
alterado da consciência.

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HIPNOSE – uma interação social em que uma pessoa (o
hipnotizador) sugere a outra (o sujeito) que certas
percepções, sentimentos, pensamentos ou comportamentos
ocorrerão espontaneamente.

Estudiosos da hipnose concordam em que o poder não


reside no hipnotizador, mas na abertura do sujeito à
sugestão.
A hipnose é uma extensão da consciência normal ou um
estado alterado?
Alguns pesquisadores crêem que fenômenos hipnóticos
refletem o trabalho da consciência normal e o poder da
influência social - Hipnose como fenômeno social.
Eles apontam o poder com que nossas interpretações e
nosso foco atencional influenciam nossas percepções
comuns.
Pessoas - gostam do hipnotizador, confiam e assim
permitem que ele dirija suas atenções e fantasias.
“As ideias do hipnotizador tornam-se o pensamento
do sujeito-” os pensamentos do sujeito produzem
experiências/cpto. Hipnótico( bons sujeitos hip.)
HIPNOSE- VÁRIOS ENTENDIMENTOS SOBRE.

Alguns pesquisadores acreditam que o estado hipnótico


acontecem por causa de uma mudança na atividade cerebral que
altera o estado de consciência da pessoa.

Outros acreditam que, sob hipnose, o cérebro funciona exatamente


como em qualquer outro momento enquanto estamos acordados, e
que outros processos normais – como uma imaginação ativa –
ficam trabalhando também.

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Hipnotizadores não tem o poder de controlar a mente.
Empregam a capacidade das pessoas de se concentrarem
em imagens e comportamento.
A susceptibilidade das pessoas à hipnose depende de
quanto elas respondam a sugestões.

Qualquer um pode experimentar a hipnose?


A pessoa que consiga voltar sua atenção para dentro e
liberar sua imaginação é capaz de experimentar algum grau
de hipnose.

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A hipnose pode ser terapêutica?
Hipnoterapeutas tentam auxiliar seus pacientes no aproveitamento
de seus próprios poderes de cura. Sugestões pós-hipnóticas (
sugestão dada durante a hipnose e seguida depois que o sujeito não
estiver mais hipnotizado) já ajudaram aliviar dores, stress e a
controlar sintomas e comportamentos indesejados.

Ex mulher com problemas de pele- imaginar-se nadando em liquido


curativo e no sol – feridas desapareceram.

Pesquisas mostraram eficiência da hipnose no tratamento da


obesidade, porém não foram eficazes para drogas, álcool e tabaco.

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SONHOS
Sequência de imagens, emoções e
pensamentos que atravessam a
mente de uma pessoa adormecida.

Sonhos são notáveis por suas imagens


alucinatórias, descontinuidades e
incongruências e pela aceitação
delirante do conteúdo pelo sonhador
e suas posteriores dificuldades de
lembrá-lo.
DROGAS E CONSCIÊNCIA
O uso de drogas também pode causar uma alteração na consciência
TOLERÂNCIA E ADICÇÃO
Algumas pessoas desenvolvem um transtorno por uso de substância, com
grande prejuízo para si mesmas.

Essas substâncias são as drogas psicoativas, substâncias químicas que


alteram a percepção e o comportamento(humor) mediante suas ações nas
sinapses neurais.

O efeito geral de uma droga depende não só de seus efeitos biológicos, mas
também das expectativas do usuário, que variam conforme os contextos
sociais e culturais (Ward, 1994).
TOLERÂNCIA E ADICÇÃO
Quando o Uso de Uma Substância se Caracteriza como um Transtorno?
Segundo a American Psychiatric Association, o diagnóstico de transtorno por
uso de substância pode ser feito quando esse uso se mantém a despeito de
prejuízos significativos que causa à pessoa.

As mudanças cerebrais resultantes podem persistir depois que o uso da


substância é abandonado (provocando, assim, fortes anseios quando a pessoa
é exposta a gente e situações que despertem lembranças do uso da droga).
O QUE SÃO TOLERÂNCIA, DEPENDÊNCIA E ADICCÇÃO?
O uso contínuo de álcool e de outras drogas psicoativas produz
TOLERÂNCIA-

o cérebro do usuário adapta sua química para compensar o


efeito da droga, assim ele passa a necessitar de doses cada vez
mais elevadas para experimentar o mesmo efeito, ou seja, o
efeito reduzido propiciado pelo uso regular da mesma dose de
uma droga leva ao usuário a necessitar de doses mais elevadas.

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Síndrome de abstinência

desconforto e angústia que se seguem á


descontinuidade do uso de uma droga que causa
adiccção

Adicção

desejo e uso compulsivo de uma droga mesmo


tendo conhecimento das consequências adversas da
mesma.
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Dependência física

Necessidade fisiológica de determinada droga, marcada por


incômodos sintomas de abstinência quando ela é descontinuada

Dependência psicológica

A dependência psicológica refere-se a um estado de mal-estar que se


manifesta após a pessoa interromper o uso de uma droga, ou seja, a
ausência de determinada substância promove uma reação negativa no
cérebro.
Isso ocorre porque, enquanto uma pessoa está sob efeitos de uma droga, há
uma diminuição da tensão, da ansiedade, elevação da euforia e outras
sensações agradáveis. Porém, o cérebro condiciona esses efeitos à presença
da substância no organismo.
Entretanto, a manutenção do vício apenas disfarça as reais causas do
sofrimento psicológico do indivíduo, ocupando temporariamente um vazio
que tende a se tornar ainda maior, tornando o problema ainda mais grave.
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por ex: Usar droga para aliviar emoções negativas
TIPOS DE DROGAS PSICOATIVAS

As três principais categorias de


drogas psicoativas são as
DEPRESSORAS, ESTIMULANTES E
ALUCINÓGENAS.
Todas elas atuam nas sinapses
cerebrais, estimulando, inibindo ou
simulando a atividade dos
mensageiros químicos do próprio
cérebro, os neurotransmissores.
DEPRESSORES
Depressores são drogas como o álcool, os barbitúricos (tranquilizantes) e os
opioides, que acalmam a atividade neuronal e desaceleram as funções corporais.
Álcool:
Desaceleração do processamento neuronal
Interrupção da memória
Redução da autoconsciência e do autocontrole
Efeitos da expectativa: Quando a pessoa acredita que o álcool afeta o
comportamento social de certas maneiras e acredita que bebeu álcool, ela agirá de
acordo (Moss & Albery, 2009) Ex: beber para ficar extrovertido
DEPRESSORES

O álcool age de maneira acentuada no córtex pré-frontal, o principal responsável


pelas funções cognitivas.
Assim, ele prejudica a capacidade de julgar e tomar decisões, o que explica o
comportamento inconsequente de pessoas embriagadas e acaba trazendo perigos
além dos efeitos da droga.
Perda da massa branca do cérebro a
qual é composta de vários bilhões de
axônios, que são como longos cabos
que conduzem sinais elétricos.
Função de conexão
DEPRESSORES
Como o álcool, as DROGAS BARBITÚRICAS, ou
tranquilizantes, deprimem a atividade do
sistema nervoso.
Alguns barbitúricos, são às vezes prescritos
para induzir o sono e reduzir a ansiedade.
Em doses maiores, podem levar ao prejuízo
da memória e do julgamento, e até à morte.
Se combinados com o álcool – como às vezes
acontece quando se toma um remédio para
dormir após uma noite de bebedeira – o
efeito depressivo total sobre as funções
corporais pode ser letal.
DEPRESSORES
OS OPIOIDES – o ópio e seus derivados – também deprimem o
funcionamento neuronal.
Ao usar opioides, entre os quais se inclui a heroína, as pupilas contraem-se, a
respiração torna-se mais lenta e a letargia se instaura à medida que um
prazer/ alegria substitui a dor e a ansiedade.
Por esse prazer de curto prazo, o usuário pode pagar um preço a longo
prazo: um desejo corrosivo de mais uma dose, uma necessidade de
quantidades progressivamente maiores (à medida que vai desenvolvendo
tolerância) e o extremo desconforto da abstinência.
Os opioides compreendem os narcóticos, como a codeína e a morfina (e a
sintética metadona, um substituto da heroína), que os médicos podem
prescrever para alívio da dor e que também podem levar à adição.
DEPRESSORES
Quando inundado repetidas vezes com um opioide artificial, o cérebro
acaba parando de produzir os seus próprios, que são as endorfinas.

Se o opioide artificial é então abandonado, o cérebro fica em falta do nível


normal desses neurotransmissores analgésicos.

Aqueles que não conseguem ou optam por não tolerar esse estado podem
pagar um preço definitivo – a morte por overdose (superdosagem).
ESTIMULANTES
Os ESTIMULANTES excitam a atividade neuronal e estimulam as funções
corporais.
As pupilas se dilatam, frequências cardíaca e respiratória se elevam, o nível de
açúcar no sangue aumenta (levando à diminuição do apetite). Ocorre também um
aumento da energia e da autoconfiança.

Os estimulantes incluem a cafeína, a nicotina, as anfetaminas, a cocaína, a


metanfetamina e o ecstasy.

Infelizmente, os estimulantes podem causar adição (desejo compulsivo).


Se sua dose usual for cortada, você pode cair em um estado de fadiga, dores de
cabeça, irritabilidade e depressão (Silverman et al., 1992).
ALUCINÓGENAS
Os ALUCINÓGENOS distorcem as percepções e evocam imagens sensoriais na
ausência de estímulos sensoriais (essa é a razão pela qual essas drogas são
também chamadas psicodélicas, que significa “manifestação mental”).
Algumas, como o LSD e a MDMA (ecstasy), são sintéticas. Outras, incluindo a
levemente alucinógena maconha, são substâncias naturais.
Essas sensações são incrivelmente similares às das experiências de quase morte, um
estado alterado de consciência descrito por cerca de 10 % a 15 % dos pacientes
que foram ressuscitados após uma parada cardíaca (Agrillo, 2011; Greyson, 2010;
Parnia et al., 2013).
Muitos relatam ter tido visões de túneis, luzes brilhantes ou seres de luz, repetição
de memórias antigas e sensações extracorpóreas (Siegel, 1980).
REFERÊNCIAS
Myers, David, G. e C. Nathan Dewall. Psicologia, 11ª edição. Disponível em: Minha
Biblioteca, Grupo GEN, 2017. - Cap. 3 - A consciência e a mente de duas vias - (p.
76 - 111)

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