Introduçao A Psicologia PPB Is

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1.Introdução

O presente trabalho, surge no âmbito de avaliação na cadeira de Introdução à


psicologia, como forma de responder as demandas do processo estudantil. O trabalho
reflete em torno dos processos psicológicos básicos, ou seja, a sensação e a percepção
como funções mentais importantes para a nossa aprendizagem e desenvolvimento.
Trata-se de um trabalho feito a partir de contribuições (de estudantes de psicologia do
HEFSIBA Instituto Superior Cristão) recolhidas de diversas fontes que lhe serão
mencionadas oportunamente. No entanto, pedimos antecipadamente desculpas por
eventuais erros e omissões e convidamos todos a acrescentarem suas observações e
sugestões.

1.1. Objectivos
No que diz respeito aos objectivos, o presente trabalho segue-se dos seguintes
objectivos: gerais e específicos.

1.1.1. Objectivo geral


 Conhecer o processo de aprendizazem

1.1.2. Objectivos específicos


 Distinguir percepçao da sensaçao.
 Analisar o processo de aprendizagem atraves dos PPB.
 Resumir o impacto dos sentidos no processo de aprendizagem.
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2. Sensação e Percepção

Dentre as funções mentais básicas, podemos destacar: a sensação; a percepção; a


atenção; a memória; a afetividade; o sentimento; a consciência; o pensamento; a
linguagem e a inteligência. Neste contexto, vamos estudar apenas duas dessas funções: a
Sensação e a Percepção.

Segundo AUBIN (2010, p.3), o processo através do qual aprendemos e conhecemos


envolve dois momentos distintos:

 Sensação: resulta do primeiro contato com a realidade, captação pura e simples


de um estado bruto e imediato, cujo papel principal é proporcionar à percepção
os dados de que necessita. Realizada através dos sentidos.

 Percepção: a percepção é um processo psicofisiológico através do qual o sujeito


organiza e interpreta os estímulos do meio que foram captados através de órgãos
dos sentidos (sensação), permitindo-nos identificar os objetos e acontecimentos
significativos.
Desse modo, a função da sensação pode ser classificada como sendo de natureza
objetiva. Diferentemente da percepção que é tida como subjetiva.

“A sensação consiste na detecção de estímulos físicos ou externos e transmissão dessa


informação ao cérebro. Os estímulos físicos podem ser ondas de som ou luz, moléculas
de alimento ou odor, ou alterações de temperatura e pressão. A sensação é a experiência
básica desses estímulos. Não envolve a interpretação daquilo que experimentamos. ”
(GAZZANIGA, 2014, p. 212)

“A percepção consiste no processamento, na organização e na interpretação adicional


da informação sensorial. A percepção resulta em nossa experiência consciente do
mundo. Embora a essência da sensação seja a detecção, a essência da percepção é a
construção de informação útil e significativa sobre uma sensação em particular. ”
(GAZZANIGA, 2014, p. 212)
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Expliquemos este fenômeno com base na perspectiva do Gazzaniga (2014, p. 211):

Imagine que você tenha esguichado acidentalmente em suco de toranja em seu rosto. O
que as suas sensações lhe dizem? Você sente um cheiro forte, sente a umidade fria em
sua pele e experimenta um gosto intenso em sua língua. Os seus sistemas sensoriais
detectaram essas características do suco. Esse processo é a sensação.

Ao receber um esguicho no rosto, você associa as sensações (cheiro forte, sensação


úmida e gosto acentuado) com a percepção do suco de toranja.

2.1. Movimento da sensação à percepção

Digamos que você esteja diante de um semáforo e a luz verde se acende. Essa luz é
detectada por neurônios especializados existentes no olho, os quais transmitem sinais ao
seu cérebro. Como resultado dessas etapas, você tem a sensação da energia (luz).
Quando o seu cérebro processa os sinais neurais resultantes, você tem a experiência da
luz verde e registra o significado dessa luz (Siga!). Como resultado dessas etapas
adicionais, você percebe a luz e o sinal. (GAZZANIGA, 2014, p. 212).

Exemplifiquemos este processo descrito por Halpern (2014, p. 212).

Estímulo
Exemplo: uma luz verde emite propriedades físicas na forma de fótons (ondas
luminosas).
Sensação
Receptores sensoriais nos olhos do motorista detectam o estímulo.
Codificação sensorial
O estímulo é transduzido (traduzido em sinais elétricos que são transmitidos para o
cérebro).
Percepção
O cérebro do motorista processa os sinais neurais e constrói uma representação da luz
verde à frente. O cérebro interpreta a representação da luz como um sinal para continuar
dirigindo.
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A sensação e a percepção estão integradas na experiência. Ao mesmo tempo, a


experiência guia a sensação e a percepção. Em outras palavras, o
processamento da informação sensorial é uma via de mão dupla. O
processamento de baixo para cima é baseado nas características físicas do
estímulo. Você reconhece um jorro de suco de toranja com base em sua
experiência do cheiro forte, da umidade fria e do sabor acentuado. O
processamento de cima para baixo é o modo como o conhecimento, as
expectativas ou as experiências passadas moldam a interpretação da
informação sensorial. Ou seja, o contexto afeta a percepção: aquilo que
esperamos ver (nível superior) influencia aquilo que percebemos (nível
inferior). É improvável que enxerguemos um objeto azul com forma de maçã
como uma maçã verdadeira, pois sabemos por experiência anterior que as
maçãs não são azuis. (GAZZANIGA & HALPERN, 2014)

No entanto, podemos na perspectiva acima, que o primeiro tipo refere-se àquelas que se
originam a partir de sensações externas, por exemplo, quando em ambiente frio
passamos a tremer. No segundo caso, tratam-se de percepções que temos a partir de um
fenômeno interno, tal como sentir frio e tremer em função do medo que surge ao avistar
um cachorro na iminência de um ataque.

“A sua percepção depende de qual interpretação faz sentido no contexto da palavra em


particular. Do mesmo modo, é possível ler V0C3 N4O T3M D1F1CULD4D3 P4R4
L3R 1550, mesmo que não tenha sentido. A habilidade de dar sentido aos estímulos
“incorretos” por meio do processamento de cima para baixo faz com que a revisão
daquilo que nós mesmos escrevemos possa ser muito difícil. ” (GAZZNIGA, 2014, p.
221).

3. Adaptação sensorial
Os nossos sistemas sensoriais são ajustados para detectar as alterações que ocorrem ao
nosso redor. É importante que consigamos detectar essas alterações, porque elas exigem
respostas. Menos importante é continuar respondendo a estímulos inalterados. A
adaptação sensorial é a diminuição da sensibilidade a um nível constante de
estimulação.

Gazzaniga (2014) ainda comenta este aspecto da adaptação sensorial:


Imagine que você está estudando e uma obra é iniciada em terreno próximo. Quando os
equipamentos começam a funcionar, o barulho parece particularmente alto e
perturbador. Decorridos alguns minutos, o ruído aparentemente desaparece ao fundo.
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Pesquisadores notam com frequência que diante da presença contínua de um estímulo,


as respostas dos sistemas sensoriais que o detectam tendem a diminuir com o passar do
tempo.
De modo similar, quando um estímulo contínuo cessa, os sistemas sensoriais em geral
também respondem fortemente. Se o barulho da construção de repente for interrompido,
você provavelmente perceberá o silêncio.
Por causa da adaptação sensorial, as pessoas que vivem perto de barulhos constantes se
tornam menos conscientes do ruído.

4. Visão

A visão é o sentido humano que responde a estímulos luminosos e é considerado o


sentido mais aperfeiçoado na nossa espécie.
Segundo Gazzaniga & Halpern (2014), se adquirimos conhecimento por meio dos
nossos sentidos, então a visão é sem dúvida a fonte mais importante de conhecimento. A
visão nos permite perceber a informação a determinada distância. Um lugar parece ser
seguro ou perigoso? Uma pessoa lhe parece amigável ou hostil? Não surpreende, então,
que a maior parte do estudo científico sobre a sensação e percepção esteja voltada para a
visão. De fato, grande parte do cérebro está envolvida na visão. Algumas estimativas
sugerem que até metade do córtex cerebral pode participar de algum modo na percepção
visual.

4.1. Como conseguimos ver?

Estímulo físico: Ondas luminosas refletidas da imagem atravessam a córnea e entram


no olho por meio da pupila. A lente foca a luz na retina.
Sensação: Receptores sensoriais na retina, chamados bastonetes e cones, detectam as
ondas luminosas.
Transdução: Bastonetes e cones convertem ondas luminosas em sinais. Esses sinais
são processados por células ganglionares, que geram potenciais de ação, os quais, por
sua vez, são enviados ao cérebro pelo nervo óptico.
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Percepção: Sinais oriundos de cada campo visual são processados em um lado de cada
retina. Seguem ao longo do nervo óptico e pelo tálamo e são processados no córtex
visual que é oposto ao campo visual

4.1.2. Princípios da Gestalt de organização perceptiva

De acordo com Gazzaniga (2014), a Gestalt é uma palavra alemã que significa
“formato” ou “forma”. Os psicólogos da Gestalt hipotetizaram que a percepção é mais
do que o resultado de dados sensoriais acumulados. Propuseram que o cérebro usa
princípios inatos para organizar a informação sensorial em todos organizados. Esses
princípios explicam por que percebemos “um carro” como oposto a “metal, pneus,
vidro, maçanetas, calotas, para-lamas” e assim por diante. Para nós, um objeto existe
como unidade e não como uma coleção de características.

Segundo Gazzaniga & Halpern (2014), as regras de agrupamento perceptivo da Gestalt


incluem:
Proximidade: Quanto mais perto estiverem duas figuras uma da outra, maior será a
probabilidade de nós a agruparmos e vermos como parte do mesmo objeto.
Similaridade: Tendemos a agrupar figuras conforme a proximidade com que uma se
assemelha a outra, seja quanto ao formato, seja quanto à cor ou à orientação.
Exemplificando, muitas vezes percebemos um bando de aves como uma entidade única,
porque todos os elementos (as aves) são similares e estão em estreita proximidade.

Entretanto, o agrupamento nos permite considerar uma cena como um todo, em vez de
partes individuais.

5. Audição

Segundo Gazzaniga & Halpern (2014), para os seres humanos, a audição é secundária à
visão como fonte de informação sobre o mundo. Trata-se de um mecanismo para
determinar o que está acontecendo em um ambiente e também fornece um meio para a
linguagem falada.
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Ainda segundo Levitin (2006), ouvir música resulta das diferenças de atividade cerebral
e não de ondas sonoras diferenciadas.
Exemplificando, quando você ouve guitarra, bateria e vocal nada contido nas próprias
ondas sonoras revela qual parte da música você está ouvindo. Mesmo assim, é fácil para
a maioria das pessoas captar características separadas em uma música. Por meio da
atividade em diferentes regiões cerebrais, todas as características são reunidas para criar
a experiência da música.
Estímulos: variações na pressão do ar produzem ondas sonoras que chegam à orelha.
Etapas no receptor: essas ondas sonoras se movem pelo ouvido externo e fazem o
tímpano vibrar; em seguida...

Via para o cérebro: esses sinais seguem ao longo do nervo auditivo até o córtex
auditivo primário cerebral.

Percepção resultante: como resultado, você escuta o som.

5.1. A detecção requer certa quantidade de estímulo

Segundo Gazzaniga & Halpern (2014), a experiência perceptiva é construída a partir da


informação detectada pelos órgãos dos sentidos. Há mais de um século, os psicólogos
tentam entender a relação existente entre as propriedades físicas do mundo e o modo
como nós as sentimos e percebemos.
Ernst Weber e Gustav Fechner, examina as nossas experiências psicológicas dos
estímulos físicos. Exemplificando, quanta energia física é requerida para os nossos
órgãos dos sentidos detectarem um estímulo? Quanta mudança é necessária para
percebermos a alteração? Para testar essas coisas, os pesquisadores introduzem
diferenças muito sutis nos estímulos e observam como os participantes respondem. Eles
estudam os limites dos sistemas sensoriais dos seres humanos.
5.2. Limiares sensoriais

Segundo Gazzaniga & Halpern (2014), os órgãos sensoriais estão constantemente


adquirindo informação a partir do ambiente. Você não percebe grande parte dessa
informação, que precisa ultrapassar determinado nível para ser detectada. O limiar
absoluto é a intensidade mínima de estimulação que deve ocorrer para experimentar
uma sensação. Em outras palavras, é a intensidade do estímulo que você detectaria com
maior frequência do que ao acaso. O limiar absoluto da audição é o som mais fraco que
uma pessoa consegue detectar em 50% das vezes.
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Exemplificando, a que altura deveria sussurrar alguém que está no recinto ao lado para
que você ouvisse? Nesse caso, o limiar absoluto para estímulos auditivos seria o
sussurro mais baixo que você poderia ouvir em 50% das vezes.

Um limiar de diferença, por vezes chamado diferença imediatamente perceptível, é a


menor diferença entre dois estímulos que você consegue perceber. Em outras palavras, é
a quantidade mínima de alteração requerida para uma pessoa detectar uma diferença. Se
seu amigo está assistindo a um programa de TV enquanto você está lendo e surge um
comercial cujo volume é mais alto que o do programa, é possível que você erga os olhos
percebendo que alguma coisa mudou. O limiar de diferença é a alteração mínima de
volume requerida para você detectar uma diferença.

Alguns autores chamam de sensopercepção a união entre os processos de sensação e


percepção. Sensopercepção seria a união entre a sensação (fenômeno elucidado por uma
estimulação física, química ou biológica) e da percepção (fenômeno que consiste na
tomada de consciência dos estímulos sensoriais (BECKER,2011).

Na percepção relacionamos os dados sensoriais com as experiências já vividas


anteriormente. ‘

“ A percepção é o processo de recepção, seleção, aquisição, transformação e


organização das informações fornecidas pelos nossos sentidos” (BARBER & LEGGE).

6. Determinantes da percepção
De acordo com Maisto e Morris (2004), temos os seguintes determinantes da percepção:
 Mecanismos do percebedor- órgãos receptores, nervos condutores e o cérebro.
 As características do estimulo.
 O estado psicológico de quem percebe.
No entanto, podemos perceber que as condições psicológicas do indivíduo são um fator
crucial no ato da percepção.
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6.1. Características do estimulo


Segundo Aubin (2012), perceber é tomar conhecimento de um objeto. Para isso é
preciso focalizar a atenção sobre ele. A percepção é a seleção de estimulo por meio da
atenção.

Alguns estímulos chamam mais a nossa atenção do que os outros.

6.1.2 Transformação de uma energia em uma energia de natureza diferente

Transdução
Estímulo Físico Estímulo elétrico
Córtex
Neurônio Receptor
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7. Conclusão

Chegado ao final deste trabalho, conseguimos observar a pertinência do estudo dos


processos psicológicos básicos muito em particular da sensação e percepção no
processo de aprendizagem. No entanto, esta é uma temática bastante pertinente pois,
ajuda a aprimorar os nossos conhecimentos sobre este mesmo processo.
O desenvolvimento deste estudo, possibilitou uma compreensão generalizada tal como o
impacto dos nossos sentidos neste processo de aprendizagem, pois é evidente que todo o
conhecimento do mundo exterior depende de nossos sentidos e que parece haver um elo
muito forte entre o ambiente físico e a consciência que temos dele.
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8. Referências bibliográficas

AUBIN, Ana Clara, Processos Psicológicos Básicos I.

MORRIS, C. G; MAISTO, A.A, Introdução a psicologia, 6ª. ed. São Paulo, 2004.

MACHADO, Geraldo Mazela, Cognição percepção e apercepção.

ALVES, Maira Leandra, Percepção.

GAZZANIGA, M; HEATHERTON, T; HALPERN, D, Ciência psicológica, 5ª ed. São


Paulo.

LEVITIN, Daniel, A música no seu cérebro (2006).

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