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Mito
Quando foi criado, em 2004, com a sanção da Emenda Constitucional n.
45, o CNJ recebeu a missão de fazer basicamente o controle
administrativo e financeiro do Poder Judiciário, assim como assegurar o
cumprimento dos deveres funcionais dos magistrados.
Uma vez que todos, sem exceção, têm o direito ao acesso à Justiça, o
Estado garante aos cidadãos com poucos recursos financeiros um
advogado público; o chamado defensor público. A Defensoria é uma
instituição pública que presta assistência jurídica gratuita àquelas
pessoas que não possam pagar por esse serviço.
Podem recorrer à Defensoria os necessitados, grupos minoritários
hipossuficientes, assim como crianças e adolescentes. A ideia é a do
exercício dos direitos humanos e fundamentais. A Defensoria também
atua na realização de acordos extrajudiciais (quando ainda não se
tornaram processos). Acesse aqui o Núcleo de Atendimento da
Defensoria Pública estadual.
A área de atuação do MPF pode ser observada por meio da leitura do art.
109 da CF/88, que dispõe sobre a competência para julgar e processar da
Justiça Federal. Todos os demais interesses sociais e individuais
indisponíveis, não relacionados com as pessoas mencionadas no art.
109, são atribuições do Ministério Público estadual. Igualmente, os réus
de crimes não mencionados no referido art. 109, são acusados pelo
Ministério Público estadual.
1. Delimitação da pesquisa
Etimologicamente, unidade, do latim unitas, unitatis, indica a
qualidade ou estado do que é uno, sendo figurativamente
empregada para apontar a união ou a concórdia. É signo
linguístico eminentemente polissêmico, que tem absorvido
uma pluralidade de significados a partir de sua flexibilidade
semântica, como são os de homogeneidade, uniformidade,
coordenação, harmonia, indivisibilidade e, principalmente, de
padrão de medida convencionalmente utilizado para a
comparação de grandezas que apresentem as mesmas
características.
4. A influência exógena
Da unidade do Ministério Público brasileiro também decorre o
seu caráter nacional. A Constituição de 1988, no auge de sua
unidade orgânico-sistêmica, após disciplinar os aspectos
básicos da “Organização do Estado” (Título III), tratou, no
título seguinte, da “Organização dos Poderes”, ocasião em que
traçou uma disciplina nitidamente diferenciada para os
Poderes Legislativo e Executivo (Capítulos I e II) e para o
Poder Judiciário e o Ministério Público (Capítulos III IV, Seção
I) – vide GARCIA, 2008: 43.
A disciplina do Legislativo é especificamente voltada ao plano
federal, sendo ali reguladas as competências do Congresso
Nacional e de suas Casas, as prerrogativas dos Parlamentares e
o processo legislativo federal. Técnica idêntica foi adotada em
relação ao Executivo, onde somente o Presidente da República
e os órgãos que lhe são correlatos tiveram suas atribuições
disciplinadas pelo texto constitucional.
Ao tratar do Judiciário, a Constituição adotou uma técnica
nitidamente distinta. Inaugurando o Capítulo III do Título II,
são relacionados todos os órgãos do Poder Judiciário,
vinculados à União ou aos Estados, clara demonstração do
caráter nacional da magistratura, conclusão que é robustecida
com o extenso rol de princípios veiculados pelo art. 93 e pelas
garantias e vedações constantes do art. 95, isso sem olvidar a
existência de um órgão comum de controle, o Conselho
Nacional de Justiça (CNJ).
Especificamente em relação ao Ministério Público, constata-se
a adoção de uma técnica idêntica àquela utilizada para o
Judiciário. O art. 128 relaciona todos os órgãos da Instituição,
quer vinculados à União, quer aos Estados, o que permite seja
alcançada conclusão idêntica àquela prevalecente em relação à
Magistratura. Sujeita todos os ramos da Instituição aos
princípios do art. 127, havendo expressa remissão ao art. 93
(art. 129, § 4º), e estende a todos as mesmas garantias e
vedações constantes do art. 128, § 5º. Não bastasse isso, ainda
criou um órgão comum para o controle externo, o Conselho
Nacional do Ministério Público (CNMP).
Conclusões
1) O princípio institucional da unidade do Ministério Público
deve ser densificado com inclusão da variedade, reconhecendo-
se a autonomia existencial entre o Ministério Público da União
e os congêneres estaduais;
2) o Ministério Público Estadual, enquanto Instituição dotada
de autonomia existencial, pode formular pretensões perante a
Justiça Federal e esgotar as instâncias recursais;