Adubação Nitrogenada

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18/04/2024

Universidade de São Paulo Classes de adubação IMPORTÂNCIA DO NITROGÊNIO


Escola Superior de Agricultura “Luiz de Queiroz” 1. Responde linearmente a altas doses de N

2. 1,0 a 3,5% na planta (6,25 a 25,0 % de PB)


Adubação corretiva - investimento
3. Teor baixo de MO nos solos
Adubação nitrogenada em pastagens Adubação de produção - nitrogenada
4. Baixa taxa de recuperação (10 a 30%)
Adubação de reposição/manutenção 5. Alto custo para obtenção
Marco Antonio Penati
1 kg de N 16800 kcal

1 kg de P2O5 3040 kcal

1 kg de K2O 2100 kcal

Resposta da adubação nitrogenada em pastagens


irrigadas.
20
62% obs. - 30 a 45 kg MS/kg N y = 5,45 + (0,0293 * x) - (2,583 * 10-5 * x2)
2 23 kg MS/ kg N
R = 72%
18 prob F = 0,00%
40% 38,0% n= 382 obs. 32 kg MS/ kg N

Massa seca (Mg ha )


16

-1
35%
50 kg MS/ kg N
14

kg de MS produzida por kg
30%
Freqüência (% )

23,6% 24,3% 12
25%
de N aplicado?
20% 10

11% obs. - > 45 kg MS/kg N 80 kg MS/ kg N


15% 8

10% 7,6%
6
3,7%
5% 2, 9%
4
0% 0 200 400 600 800 1000
5 15 30 45 60 > 60 -1
Dose de Nitrogênio (kg ha )

kg MS/kg N aplicado
Produção de forragem (Mg ha-1) em função de diferentes doses
Fonte: Diversos autores, adaptado de Nitrogênio (kg ha-1) em sequeiro. Oliveira et al. (2003)
por Martha Júnior et al. (2004).
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35 kg MS/ kg N
Fatores que afetam a eficiência da
24

22
40 kg MS/ kg N 39 kg MS/ kg N
adubação nitrogenada
5000 44 kg MS/ kg N
20

Kg/ha/corte de MS
Massa seca forragem (Mg ha-1) 60 kg MS/ kg N
18 4500 61 kg MS/ kg N
16
4000 124 kg MS/ kg N
14
Comparação entre a resposta a adubação nitrogenada (800 kg/ano) em capim
100 kg MS/ kg N 3500 Tanzânia irrigado manejado em diferentes resíduos pós-pastejo (Penati, 2002)
12

10
3000 y = 16,949x + 2639,7
y = 7,61 + (0,0314*x) - (1,956 * 10-5 * x2)
2
Resíduo pós-pastejo (cm)
8
R = 88%
prob F = 0,00%
2500 R20,8386 =
19 34 46
6 2000
4
Resposta a adubação N (kg MS/kg N) 28 39 33
0 30 60 90 120 150
2
0 200 400 600 800 1000
-1
Dose de Nitrogênio (kg ha ) Kg/ha/corte de N
Resposta do capim Tanzânia à adubação nitrogenada durante o período
Produção de forragem (Mg ha-1) em função de diferentes de verão – média de 4 cortes. Fonte: Queiroz Neto et al. (2001)
doses de Nitrogênio (kg ha-1) irrrigado. Oliveira et al. (2003) Projeto CAPIM

Influência da frequência de corte sobre as


características de produção e qualidade dos
componentes da planta de capim elefante Fatores que afetam a eficiência da
adubação nitrogenada  1 UA/ha consumindo 9,9 kg de MS/dia
Freq.
t/ha de MS
Folhas % PB % Fibra por 183 dias = 1812 kg de MS
Corte Folhas Haste Folhas Haste
Respostas das pastagem degradada de Braquiária decumbens
Semanas total por corte % da MS estabelecida em solo arenoso às adubações  1812 kg MS / 0,7 (corresponde a 70%
4 17,5 2,5 70 13,8 9,6 31,1 31,3 Tratamentos Produção (Kg MS/ha/corte) de eficiência de pastejo) = 2588 kg de
6 12,8 2,7 65 10,0 5,8 32,9 33,1 60 N + 90 P2O5 + 80K2O + 50 FTE 4262ª
MS
45 N + 90 P2O5 + 80K2O + 50 FTE 4498ª
8 16,9 4,8 54 9,2 4,5 33,3 34,1
30 N + 90 P2O5 + 80K2O + 50 FTE 4066ª
10 18,7 6,7 49 8,3 4,5 33,4 34,4
0 N + 90 P2O5 + 80K2O + 50 FTE 2775b
Quanto produz de MS por kg de N?
12 21,2 9,1 47 8,0 4,1 33,5 36,4 0 N + 0 P2O5 + 0 K2O + 0 FTE 1320c
14 33,9 17,0 35 7,6 3,4 33,7 38,8
Fonte: Penati e Corsi, dados não publicados

Brito et al, 1966


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52 kg de N /UA/ha 40 kg de N /UA/ha


50 kg de MS por 1 kg de N
52 kg de N /1,4 cab (330 kg PV) /ha 40 kg de N /1,4 cab/ha
2588 kg MS / 50 kg de MS = 52 kg de N
1,4 cab x 0,7 kg GDP x 183 dias= 179 kg PV 1,4 cab x 0,5 kg GDP x 183 dias= 128 kg PV

52 kg de N /UA/ha 179 kg PV = 6,0 @/ha 128 kg de PV = 4,3 @/ha

52 kg de N/ 6,0 @ = 8,7 Kg de N/@ 40 kg de N/ 4,3 @ = 9,3 Kg de N/@

50 kg de N /UA/ha
Índices produtivos e econômicos de 46 módulos Custo da arroba em função da resposta da planta a
intensivos durante o período chuvoso – Safra 2016/17 adubação nitrogenada
Dados resumidos e agrupados por nível de adubação
1,4 cab x 0,7 kg GDP x 183 dias= 179 kg PV Margem
kg MS/ por kg por kg Consumo Produção Diária Por @ Por @
Nível de Custo Produção das Taxa de lotação GMD Eficiência
águas Kg de N de N de MS kg MS/cab. por cab adubo Total2
179 kg de PV = 6,0 @/ha Adubação (kg/cab/ Kg de Kg de
(@/ha) (@/ha) (@/ha) (UA/ha) (cab/ha)
kg de N/ha dia) N/UA N/@ 30 R$ 12,50 R$ 0,42 6,6 8,8 R$ 3,67 R$ 157,14 R$ 224,49
0 3,4 6,4 3 1,5 2 0,509 35 R$ 12,50 R$ 0,36 6,6 8,8 R$ 3,14 R$ 134,69 R$ 192,42
---- ----
42 6,6 12 5,4 2,5 3,9 0,493 40 R$ 12,50 R$ 0,31 6,6 8,8 R$ 2,75 R$ 117,86 R$ 168,37
16,8 3,5
40 kg de N /UA/ha 123 8,7 13,3 4,6 2,7 3,3 0,638 45,6 9,2
45 R$ 12,50 R$ 0,28 6,6 8,8 R$ 2,44 R$ 104,76 R$ 149,66

184 13,9 21,7 7,8 3,9 5 0,69 50 R$ 12,50 R$ 0,25 6,6 8,8 R$ 2,20 R$ 94,29 R$ 134,69
47,2 8,5
1,75 cab x 0,5 kg GDP x 183 dias= 160 kg PV 236 17,2 27,9 10,7 4,4 5,8 0,764 53,6 8,5
55 R$ 12,50 R$ 0,23 6,6 8,8 R$ 2,00 R$ 85,71 R$ 122,45
60 R$ 12,50 R$ 0,21 6,6 8,8 R$ 1,83 R$ 78,57 R$ 112,24
310 20 36,7 16,7 4,9 7,3 0,801 63,3 8,4
160 kg de PV = 5,3 @/ha 132 11,6 17,8 6,9 3,2 4,4 0,652 41,3 7,4

• Adubo 20-05-10 = R$ 2500,00 por tonelada. GPV = 0,70 kg/cab/dia. Eficiência de


pastejo de 75%. Animal com 300 kg de peso vivo. 2. Custo do adubo representa 70% do
Projeto MT Corsi
custo total.
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Parâmetros avaliados
Resposta da planta forrageira a adubação nitrogenada Composição dos concentrados experimentais
20,0 80,0 T1 T2 T3
Parâmetro
(8,7% PB) (13,4% PB) (18,1% PB)
18,0
70,0

16,0 Peso das vacas, kg 466,91 460,45 458,03 % MS Total


60,0
Ingredientes
14,0
T1 T2 T3
DEL médio 171 136 176 Milho moído fino 95,4 83,8 72,2
%PB e Ton/ha de MS

Kg de MS/ Kg de N
50,0
12,0
Consumo de Farelo de soja 0,00 11,6 23,2
6,8 6,8 6,8
10,0 40,0 concentrado, kg/dia Mineral 4,6 4,6 4,6
8,0
30,0
Leite, kg/dia 19,5 19,2 19,6 Composição do concentrado
6,0 PB (% MS) 8,7% 13,4% 18,1%
20,0
Gordura, % 3,53 3,47 3,43
4,0

10,0
Proteína, % 3,22 3,26 3,35 (Danés, 2008 – dados não publicados)
2,0

0,0 0,0
NUL, mg/dL 8,43 10,45 13,05
0 125 250 500 1000

%PB Kg MS/ha Kg MS/Kg N Caseína, % 2,59 2,61 2,67

(Danés, 2008 – dados não publicados)

ASSIMILAÇÃO DO NITROGÊNIO Mineralização/Nitrificação ASSIMILAÇÃO DO NITROGÊNIO


O NH+4 é tóxico à planta - Ureídeos 1. O nitrato se acumula no vacúolo celular

2. O N é incorporado ao tecido através da NH3.


Mineralização
NH3 + H20 NH+4 + OH- 3. O NO-3 NH3

Nitrossomos/Nitrococcus
NH+ 4 + 2 H20 NO- 2 +8H+6 e-
Nitrato redutase
Nitrobacter NO-3 NO-2
NO-2 + H20 NO- 3 + 2 H + 2 e-
Nitrito redutase
NO-2 NH3
Quando predomina NH4: baixa concentração de oxigênio, pH
alcalino e solos com alto teor de alumínio
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6000
Fatores que afetam a eficiência da
Dez 99
Redução no ganho de peso devido ao dispêndio energético do adubação nitrogenada
Taxa de Acúmulo (kg MS/ha)

Abr 00
5000
animal para eliminação do nitrogênio em excesso (custo-uréia)
4000 Mar 00
(Corsi et al. 2007)
3000
• Doses de nitrogênio
Fev 00
2000
Jan 00 Mai 00 Proteína
NDT
Efic. Microbiana Proteína degradável Custo-uréia* • Umidade do solo
Bruta (%) no rúmen (g/dia) (kg PV/cab/dia)
1000
Ago 00
10 55 11 130,2 0,097
• Manejo correto das pastagens
0
Jul 00
Jun 00 13 65 13 177,8 0,100 • Adubação desequilibradas - lei dos mínimos
16 65 13 413,0 0,147
18 20 22 24 26 28
19 65 13 642,1 0,225
• Perdas por imobilização
NNP

*Custo- uréia para um macho nelore castrado de 340 kg de acordo com o CNCPS (The Cornell
Associação do NNP com a taxa de acúmulo de matéria seca, para ciclos Net Carbohydrate and Protein System), (Sniffen et al., 1992; Fox et al., 1992; Russel et al.,
de pastejo em diferentes meses do ano (r2=0,64; p<0,0092). Calculado a 1992).
partir dos dados de Balsalobre (2001) e Penati (2001) Santos e Lanna, comunicação pessoal
Fonte: Corsi et al., 2007

Imobilização de N
Fonte natural de N Fonte natural de N
• Relação C/N maior que 33:1 favorece a imobilização do N aplicado,
enquanto que relações de 17:1 têm ritmo de imobilização e a) Fezes e urinas (ciclagem) a) Fezes e urinas (ciclagem)
mineralização semelhantes e relações entre 17:1 e 10:1 proporcionam
mineralização de N (Luz, 2004) b) Resíduo e perdas (Ciclagem)
N: 90 – 96% retorna ao sistema - gado de corte
• Priming effect: N extra que está no solo e pode ser absorvido após a
adição de fertilizantes (maior em solos férteis e com substâncias orgânicas) c) Matéria orgânica (3 a 5% de N e disponibiliza 72 – 87% retorna ao sistema - gado de leite
(Jenkinson et al., 1985; Mary et al., 1993) entre 3 a 5% por ano).
• Imobilização pode ocorrer na matéria orgânica e na formação do
sistema radicular d) Consorciação com leguminosas

Perda ou investimento?
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Taxa de recuperação aparente de nutrientes Quantidade de nutrientes aplicados ao Fonte natural de N


a partir do bolo fecal de bovinos (% em peso, solo através do bolo fecal e urina
em relação ao total defecado no bolo fecal) N P K S Ca Mg Na
a) Fezes e urinas (ciclagem)
Nutriente % recuperada Kg/ha

Urina 510 15 490 31 26 18 34 b) Resíduo e perdas (ciclagem)


N 28
P 15 Fezes 1.040 350 380 150 970 310 80
S 23
K 65 Considerando: urina cobre 0,35 m 2, 2 L por micção; fezes cobre 0,07 m 2, 310 g MS por bolo fecal.
Ca 39 Fonte: Whitehead (2000).

Mg 17

Fonte: Adaptado de Williams e Haynes (1995)

Fatores que afetam a eficiência da Fatores que afetam a eficiência da Características de adubos nitrogenados – Acidificação
adubação nitrogenada adubação nitrogenada Equivalente Equivalente
Adubos N (%) P2O5 (%) S (%) em CaCO3 - em CaCO3 -
Ton Kg N
• Doses de nitrogênio • Perdas por volatilização Uréia 45 - - 840 1,9
• Umidade do solo
Sulfato de -
• Manejo correto das pastagens • Perdas na forma de amônia
amônio 21 24 1100 5,5
• Adubação desequilibradas - lei dos mínimos • Perdas na forma de N2O e N2
• Perdas por imobilização Nitrato de - -
• Perdas por lixiviação amônio 33,5 590 1,8
• Tem mais fatores ?
Nitrocálcio 27 - - 280 1,0
DAP 16 48 - 625 - 775 3,9 - 4,8
MAP 10 50 - 650 6,5
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Fatores que afetam a eficiência da Fatores que afetam a eficiência da Uréia: CO(NH2)2
adubação nitrogenada – maio/2024 adubação nitrogenada – abril/2024
• Ureia – R$ 2.750,00/ton – R$ 6,10/kg de N • Ureia – R$ 2.750,00/ton – R$ 6,10/kg de N
Urease - umidade
• Nitrato de amônio – R$ 2900,00/ton – R$ 8,79/kg de N (a) CO(NH2)2 NH3 + CO2
• Nitrato de amônio – R$ 2900,00/ton – R$ 8,79/kg de N • Sulfato de amônio – R$ 2.425,00/ton – R$ 12,12/kg de N ou R$ 5,51 kg
total de nutrientes (b) NH3 + H2O NH4+ + OH
• Sulfato de amônio – R$ 2.425,00/ton – R$ 12,12/kg de N • Ureia protegida – R$ 3.550,00/ton – R$ 7,89/kg de N
pH > 7,0 pH < 7,0
• MAP – R$ 5.000,00/ton – R$ 10,00/kg de P2O5, ou R$ 8,30 kg total de
• Ureia protegida – R$ 3.550,00/ton – R$ 7,89/kg de N nutrientes.
• Superfosfato simples – R$ 2.500,00/ton – R$ 13,89/kg de P2O5, ou R$ 8,33 (c) NH4+ + O2 NO2- NO3-
• Cama de frango – R$ 300,00/ton – R$ 20,00/kg de N ou R$ 6 a 8,00 por por kg total de nutrientes.
kg de Nutrientes. •Superfosfato triplo – R$ 4650.00/ton – R$ 12,24/kg de P2O5.
• Efeito alcalinizante: estímulo de perdas por volatilização
•Cloreto de potássio – R$ 2.710,00/ton – R$ 4,67/kg de K2O.

Perdas por volatilização Perdas por volatilização Perdas por volatilização


• CTC: • Solos úmidos: a volatilização acompanha o processo de evaporação da
 quanto maior a CTC, maior a capacidade do solo reter NH4+ 25
água
20
Perdas N-NH3 (%)

 valores menores que 100 mmolc .dm-3 indicam solos com • Hidrólise aumenta de acordo com a umidade do solo até
potencial para perdas de amônia 15
aproximadamente o valor de 20% (Bremer e Mulvaney, 1978)
10

• pH: 5 • Orvalho noturno: equivale a uma chuva de 0,5 mm (Freney et al., 1991),
 afeta o equilíbrio da reação de formação de amônio/amônia 0 proporciona a hidrólise mas não a incorporação
0 5 10 15
Dias após à aplicação
NH3 + H2O NH4+ + OH
1% 5% 21% 37%
Quando o solo seca novamente as perdas por volatilização já podem ter
pH > 7,0 pH < 7,0
Perdas de N-uréia em função da umidade do solo e dias da aplicação ocorrido ou ser potencializadas
Kresge & Sarchell (1960), citado por Vitti et al. (1984)
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Perdas por volatilização Perdas por volatilização Ano 1 Ano 2


50
40

Vola tiliza çã o de N-NH 3


Antes da irrigação Depois da irrigação • Pluviosidades de 10 – 20 mm são suficientes para a incorporação da uréia e 40

(% do N a plica do)
40 redução, ou até eliminação de perdas (Hargrove, 1988) 31
30
Perdas N-NH3 (%)

30 27
30 24
21
20
20 • Solos com maior cobertura morta no solo precisam de maiores índices de 15 14
pluviosidade (Lara Cabezas et al., 1997)
10 10

0 0
0 2 4 6 8 25 50 100 200
• Maiores perdas são durante os primeiros 3 dias, sendo normalmente a maior
Profundidade da incorporação (cm )
contribuição vinda do primeiro dia após a adubação (Martha Jr, 2001; Dose de N-fertilizante (kg/ha/corte)
Cantarella e Marcelino, 2007) Fonte: Primavesi et al. (2001).
Volatilização de N-uréia aplicada em profundidades antes e depois da irrigação

Shankaracharya & Mehta (1971), citado por Vitti et al. (1984)

Recuperação do fertilizante N15 (% do total aplicado) nos diversos


Escolha técnica da fonte de nitrogênio com base em componentes da pastagem de capim elefante no final do verão e início do Fontes de ureia protegida – Inibidores da
sua eficiência agronômica em pastagens tropicais outono em função da adubação com uréia (TU) ou sulfato de amônio (TSA)
urease
(Martha Júnior, 1999).

Tratamento Planta Solo Total


Autor Fontes Eficiência agronômica da uréia Parte aérea Sistema Litter + solo • Tecnologia do revestimento com Cu e Bo
(prod MS uréia/prod MS fonte radicular
alternativa) FV B - evita contato direto com a ureia
Martha Júnior (1999) Uréia 77 TU 21,27 11,74 22,79 55,80
Cu – reduz atividade de fungos
Sulfato de amônio TSA 26,01 14,08 29,40 69,48
Primavesi et al. (2001) Uréia 70 IO • Tecnologia da enzima NBPT - reduz a atividade de urease.
Nitrato de amônio TU 18,17 11,43 21,98 51,58
• Tecnologia com o Duromide - reduz a atividade de urease.
TSA 22,49 20,63 37,26 80,39
Fonte N * ns ns ns
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Fontes de ureia protegida – Liberação


controlada Tabela 2 - Massa de forragem, em matéria seca, em função dos tratamentos adotados (Kg/ha)
-1
Tratamentos Kg MS . ha
Julho Agosto Setembro Outubro Total
Tabela 9 - Médias de volatilização de nitrogênio do fertilizante em porcetagem da dose aplicada.
H (Testemunha) 3,07 c 8,02 b 6,46 c 143,5 c 161,1 c
Os materiais mais comuns utilizados para o revestimento dos grânulos de ureia e assim Tratamentos
% da dose aplicada
A (Cama de frango) 13,00 bc 67,03 b 42,85 c 307,5 bc 430,4 bc Maio Julho Setembro Total
promover a liberação lenta do nutriente são:
B (Uréia (mai)) 143,32 a 330,99 a 189,71 a 711,2 ab 1375,2 a H (Testemunha) 0.00% 0.00% 0.00% 0,00% c
____ ____
D (Uréia (mai/set)) A (Cama de frango) 5.22% 5,22% bc
41,59 bc 103,75 b 67,69 abc 923,7 a 1136,7 a
(i) fontes orgânicas de baixa solubilidade como ureia formaldeído e isobutyledene-diureia B (Uréia (mai)) 6.18%
____ ____
6,18% bc
F (Uréia (mai/jul/set)) 6,61 bc 118,80 b 73,36 abc 685,1 ab 883,9 ab
(IBDU), estercos ou outros resíduos vegetais; D (Uréia (mai/set)) 10.11%
____
51.85% 30,98% a
C (Uréia Inib. Urease (maio)) 79,86 ab 336,11 a 177,58 ab 534,3 abc 1127,9 a F (Uréia (mai/jul/set)) 17.39% 23.28% 85.52% 42,06% a
E (Uréia Inib. Urease (maio/set)) 29,15 bc 92,99 b 57,67 bc 849,0 a 1028,8 ab C (Uréia Inib. Urease (maio)) 2.75%
____ ____
2,75% c
(ii) fontes inorgânicas como enxofre e outros elementos e,
G (Uréia Inib. Urease (maio/jul/set)) 5,82 bc 148,69 ab 67,78 abc 720,2 ab 942,5 ab E (Uréia Inib. Urease (maio/set)) 7.12%
____
26.04% 16,58% b
Médias seguidas pela mesma letra, na mesma coluna, não diferem entre si no teste de Tukey (p>0,05). G (Uréia Inib. Urease (maio/jul/set)) 17.11% 23.16% 56.42% 32,23% a
(iii) polímeros sintéticos de diversas naturezas Médias seguidas pela mesma letra, na mesma coluna, não diferem entre si no teste de Tukey (p>0,05).

Resende Jr & Corsi, 2008


Resende Jr & Corsi, 2008
(TRENKEL, 2010).

Perdas de N por volatilização dos tratamentos testemunha, 50


Perda acumulada de N-NH3 dos tratamentos testemunha, 50 kg de N ha-
Volatilização total de N-NH3 (kg ha-1) das fontes: ureia convencional (UC), kg de N ha-1 de ureia e 50 kg de N ha-1 de ureia tratada com
1 de ureia e 50 kg de N ha-1 de ureia tratada com NBPT, durante as
nitrato de amônio (NA), ureia revestida com polímero (UP) e ureia tratada NBPT, durante as horas após a adubação.
horas após a adubação.
com inibidor de uréase (NBPT) aplicados em pastagens formadas com
Urochloa brizantha cv. Marandu . Chagas et al (2017)

Santos (2013) Santos (2013)


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Taxa de acumulo de MS (kg ha-1 dia-1)


Testemunha Ureia Ureia + BPNP
Ureia Ureia + BPNP
Biomassa seca do capim-Marandu submetidas a estratégias de Testemunha Ureia Ureia + BPNP
adubação nitrogenada nos tratamentos testemunha (Test), ureia Taxa de acúmulo de matéria seca do capim-Marandu submetidas Recuperação aparente de nitrogênio (%) pela biomassa da parte
(U) e ureia tratada com NBPT (U+NBPT) no período de abril a a estratégias de adubação nitrogenada no período de abril a aérea para as diferentes fontes de N em capim-Marandu.
maio de 2012. Letras diferem os tratamentos entre si, Tukey 5%. maio de 2012. Letras diferem os tratamentos entre si, Tukey 5%.
Santos (2013) Santos (2013)
Santos (2013)

Produção de massa seca (total e folhas) de capim decumbens Sulfato de amônio: (NH4)2 SO4 Sulfato de amônio: (NH4)2 SO4
adubado com doses e fontes de nitrogênio

(NH4)2SO4 + H2O NH4+ + SO42- Desequilíbrio na nutrição nitrogenada e sulfatada


Ano agricola (águas) 2015-2016 2016-2017
Fonte Kg/HA Kg/HA Kg/HA Kg/HA
Absorção ocorre na planta sob a relação de 10-15 N : 1 S
MS TOTAL MS FOLHAS MS TOTAL MS FOLHAS
NH4+ : Absorção radicular ou nitrificação
Nitrato de amônio 9574a 7437a 9197a 6890a
Ureia+Bo+Cu 9518a 7343a 8263b 6423a
Ureia+NBTP 94241 7295a 8527a 6595a NH4+ + O2 NO2 NO3- Sulfato de amônio possui relação de aproximadamente 1:1
Ureia comum 8480b 6749b 7574b 5944b
Doses (kg/ha) NO3- : Absorção radicular ou lixiviação
0 6155c 4933c 3938c 3035c
Sobra sulfato no solo que atua na lixiviação de bases(K, Ca e Mg)
100 9734b 7578b 8737b 6879b
SO42-: Absorção racidular, lixiviação ou redução (H2S)
200 11858a 9107a 12496a 9477a
Meirelles 2017
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Concentração de macronutrientes na parte aérea da grama


Adubação com enxofre estrela cv. Florico (Cynodon nlemfluensis), em função do
período de crescimento.
• 0,15 a 0,20% S nas folhas; 5 a 10 S-SO2-4 mg/dm3 no solo
• Teores > que 0,4% de S na dieta pode acarretar problemas ao N P K Ca Mg S
Dias -1 N:S
animal g kg
• cisteína, cistina, metionina e taurina; componente de todas as 20 33 4,4 38 6,2 4,1 2,5 13,0
proteínas das plantas e participa na composição de vitaminas e 30 24 3,8 38 6,4 3,7 2,3 10,5
coenzimas. 40 24 3,4 36 5,8 3,5 2,4 10,0
• As plantas dependem do enxofre para realizar fotossíntese, 50 20 3,5 34 4,4 3,8 2,2 9,1
respiração, síntese de gorduras e proteínas e fixação simbiótica 60 19 3,2 32 4,6 3,5 2,4 8,0
do nitrogênio 70 18 3,1 29 3,8 3,5 2,2 8,2
Produção de massa seca da parte aérea do capim-braquiária em função de doses de N e S. O teor de S Fonte: Castro (1997), citado por Corsi et al. (2007)
no solo do experimento era de 4,32 mg dm-3.
Fonte: Bonfim-da-Silva (2005), citado por Corsi et al.(2007)

Nitrato de amônio: NO3 NH4 Perdas por lixiviação


Fontes de Enxofre
• Superfosfato simples (12% S) • Nitrato de amônio: fornecimento direto do íon que tem
• Gesso NH4+ : Absorção radicular ou nitrificação baixa adsorção aos colóides do solo

• 15% de S • Camadas aráveis do solo: repelência natural de cargas


• 20 a 50 kg/ha de S = 150 a 350 kg/ha de gesso
• Solos arenosos têm maior potencial de perdas (16,2 – 30,4%
• Sulfato de amônio (24% S) NO3- : Absorção radicular, lixiviação ou desnitrificação do N aplicado ) do que argilosos (5,7 – 9,6%) (Zhou et al., 2006)
•15:1 ----- 88 kg de uréia: 12 kg de SA (42% N)
• Estratégia de mitigação: parcelamento da dose aplicada
•10:1 ----- 83 kg de uréia: 17 kg de AS (40% N)
(Fernandes, 2006) e fonte nitrogenada usada
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Produção de massa seca de capim Tanzânia em função


Teor N-NO3, no solo, após 5 cortes de pastagens de coastcross Perdas de Nitrogênio por Denitrificação do parcelamento da adubação nitrogenada no período
de verão (nov/99 a abr/00)
adubada com diferentes doses de N(1)
1 - Reação química pela ação de microorganismo Tratamento Média de 3 cortes
Dias após o corte kg/ha de MS
Profundidade Testemunha Uréia, kg/ha N NA, kg/ha N
1 2927
250 1000 250 1000
7 3410
2 HNO3 2 HNO2 2 NO N2O N2
14 2763
0 - 40 cm 7,2 12,1 21,4 2,1 72,0
1e7 3010
+ 2H - H20
1 e 14 2852
40 - 100 cm 7,9 10,3 12,7 6,3 86,9 7 e 14 2824
2 - Principal fator : anaeróbiose 1, 7 e 14 2683
100 - 200 cm 11,5 12,2 10,5 7,9 48,4
Fonte: Menezes et al (2001a)

1 - Assumindo densidade aparente do solo de 1,2 kg/dm3. Encharcamento Pagotto, 2001 - demora de 12 a 21 dias para novas
Fonte: Primavesi et al. (2001) Déficit entre Consumo de O2 e Reposição raizes do capim Tanzânia surgirem após o pastejo

Avaliação de perdas em fontes de adubação Avaliação de perdas em fontes de adubação Avaliação de perdas em fontes de adubação

Produção de MSV.ha-1 em três cortes


• Pastagem manejada intensivamente em solo de alta
-1

• Fontes utilizadas: fertilidade Tratamento


Produção kg MSV.ha
Ciclo 1 Ciclo 2 Ciclo 3 Média
 Uréia (45% de N) Testemunha 2946,48 2705,97 3130,93 2927,79a
• Aplicação da dose de 100 kg N.ha-1 por corte totalizando 300
 Nitrato de amônio (31% de N) kg N.ha-1.ano-1 Uréia 3463,17 3435,48 3472,46 3457,03a

 Esterco (1,98 % de N e 30 %MS) Nitrato de Amônio 3329,13 3595,01 3381,65 3435,27a


• Avaliação de recuperação aparente de nitrogênio e perdas Esterco 3523,73 4603,98 3493,3 b
3873,67
 Cama de frango (4,6% de N e 75%MS) por volatilização de amônia e lixiviação de nitrato
Cama de Frango 4051,6 3480,93 4104,15 3878,89b
 Ajifer (50 g/L de N e 10 % de MS)
• Uso de tensiômetros, extratores de solução do solo e Ajifer 3031,73 2327,94 3302,98 2887,55a

coletores de amônia Média a a


3390,97 3358,22 3480,91
a

Fonte: Andreucci, 2007


FONTE: Andreucci, 2007 FONTE: Andreucci, 2007
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Avaliação de perdas em fontes de adubação Avaliação de perdas em fontes de adubação Avaliação de perdas em fontes de adubação
• Produção de matéria seca:
• Parcelas adubadas com esterco e cama de frango produziram mais do
Tabela 6. Perda total de nitrogênio nos três períodos de avaliação
que os demais tratamentos (média de 3 cortes) Perdas por volatilização de amônia (%)
Tratamentos Total
• Fontes orgânicas podem ter suas respostas potencializadas em solos com Cama de
Ciclos Ajifer Esterco Nitrato Uréia Testemunha 0,000106
históricos de adubação Frango
aA aC aC aAB aBC
Uréia 0,000256
• Estas fontes podem proporcionar imobilização ao mesmo tempo em que 1 3,15 23,97 26,42 9,68 22,27
Nitrato 0,000136
estimulam a liberação de N previamente imobilizado aA abB bA aA aB
2 0,66 15,88 6,01 0,48 22,50 Esterco 0,000155
aA bB bA aA bC
3 2,70 11,93 2,71 0,51 40,12 Cama de Frango 0,000162
• Produções consideradas baixas quando comparadas a experimentos Ajifer 0,00008
realizados na mesma área em anos anteriores

Ocorrência de déficit hídrico durante o mês de novembro e ZCAS nos


meses de dezembro de 2006 e janeiro de 2007 FONTE: Andreucci, 2007 FONTE: Andreucci, 2007
FONTE: Andreucci, 2007

Avaliação de perdas em fontes de adubação Avaliação de perdas em fontes de adubação

• Conclusões:
• Recuperação aparente de nitrogênio: • Cama de frango e esterco podem ser fontes nitrogenadas interessantes,
mostrando que a falta de uniformidade de aplicação e a variação da
quantidade de nutrientes destas não podem ser consideradas limitantes ao
• As fontes não apresentaram diferença entre si seu uso

• Grande amplitude dos dados prejudicou a avaliação • As perdas por lixiviação, sob as condições apresentadas neste estudo,
estatística (acúmulo da variação de duas determinações, o teor de não resultaram em elevado potencial poluente das fontes utilizadas
N e a produção da forragem)(Menezes, 2004)
• Condições climáticas, principalmente pluviosidade, podem favorecer ou
• Alto teor de N das plantas que não receberam adubação prejudicar o desempenho de fontes nitrogenadas
podem ter reduzido os valores observados
• Em sistemas em que o nível de N das plantas já é considerado adequado
podem ter a recuperação aparente de N alterada
FONTE: Andreucci, 2007 FONTE: Andreucci, 2007

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