Elaine Ferreira Lopes

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EDUCAÇÃO INCLUSIVA: PROCESSO DE INCLUSÃO DE CRIANÇAS COM

TRANSTORNO ESPECTRO AUTISTA NO ENSINO REGULAR

Elaine Ferreira Lopes

1. INTRODUÇÃO
O presente trabalho visa abordar a importância da educação inclusiva na
atualidade, mostrando como é necessária para que as crianças com transtorno
espectro autista possa ter um desenvolvimento efetivo em todos os aspectos, além da
compreensão de respeitar e valorizar as diferenças.
Nesta perspectiva, apresenta-se os desafios no processo de inclusão das
crianças com transtorno espectro autista, que necessitam de professores
comprometidos em auxiliar no seu desenvolvimento e na ampliação da sua linguagem,
com acolhimento e afetividade para que possam se desenvolver efetivamente.
Este trabalho tem como objetivo principal compreender o processo de
inclusão da criança com transtorno espectro autista no ensino regular, mostrando
como a ludicidade e as novas tecnologias podem contribuir para a aprendizagem,
enfatizando que a relação professor e aluno é imprescindível, devendo ter afetividade
para propiciar o desenvolvimento infantil.
Portanto, diversificar as estratégias e abordagens de ensino é de suma
importância para proporcionar a criança com transtorno espectro autista, uma
aprendizagem significativa onde possa ser protagonista de seu aprendizado,
ampliando sua autonomia a tendo mais independência para as atividades cotidianas.

2. DESENVOLVIMENTO
Atualmente a educação inclusiva é uma realidade em muitas escolas, sendo
um novo método de ensino desafiador para os profissionais da educação, com muitos
obstáculos a serem superados até ser realmente efetiva na prática.
Nesta perspectiva, as escolas necessitam de mudanças para receber e
acolher toda e qualquer criança, independente se tem deficiência e/ou transtornos,
propiciando um ensino de qualidade e equidade, onde todas possam ter um
desenvolvimento infantil efetivo e adequado.
Portanto, a educação inclusiva é um método de ensino que surgiu para
promover o desenvolvimento integral de todas as crianças, acolhendo não apenas as
crianças com deficiência, mas sim toda e qualquer criança, criando situações de
aprendizagens significativas onde possam se devolver efetivamente.
Sabe-se que, atualmente, vem tendo um aumento considerável de crianças
com transtorno espectro autista no ensino regular, e o processo de inclusão tem
muitos desafios a serem superados para que realmente sejam incluídos, sendo
preocupante, pois há muitas necessidades de adequações para que o
desenvolvimento infantil aconteça de forma adequada.
Diante deste contexto, é fundamental um trabalho em equipe para que a
criança com transtorno espectro autista possa ser incluída de forma adequada,
necessitando de uma equipe multidisciplinar e ainda a parceria com a família.
Com isso, Cruz (2014, p.60) diz “cabe exatamente ao processo educacional
destas pessoas a tentativa de desenvolvimento dessas insuficiências através do que
são capazes de realizar, investindo no processo de interação com o grupo social.”
Portanto, a escola tem o papel social de acolher a criança com transtorno
espectro autista, propiciando situações de aprendizagens significativas, independente
de suas particularidades, com práticas diversificadas que auxiliem no seu
desenvolvimento em todos os aspectos cognitivo, afetivo, social e psicomotor.
Sendo assim, para que a criança com transtorno espectro autista seja incluída,
ressalta-se que o primeiro passo é ampliar sua socialização, ou seja, trabalhar a
interação da criança com as demais, buscando diferentes estratégias de convivência,
já que a grande maioria dos autistas tem dificuldades em socializar-se.
Segundo Sant’ana e Santos (2015, p.112):

O processo de inclusão escolar das pessoas com autismo deve acontecer por
meio de práticas pedagógicas voltadas ao cotidiano do aluno, tendo por base
suas experiências e ações do dia a dia, para a promoção do desenvolvimento
da criança como pessoa e não como deficiente. Para isso, além do que
simplesmente colocá-la dentro do espaço escolar, é preciso proporcionar uma
aprendizagem significativa, baseada em suas potencialidades e práticas
cotidianas.
Portanto, para auxiliar no processo de inclusão da criança com transtorno
espectro autista, a rotina no ambiente escolar é imprescindível, pois contribui para o
seu desenvolvimento, diminuindo as dificuldades de convivência com outras crianças,
sua interação com o ambiente e sua adaptação na escola.
Pode-se afirmar que não existe um modelo pronto para atuar com a criança
com transtorno espectro autista, onde é fundamental ter diferentes estratégias e
abordagens de ensino para que tenha participação ativa no processo de
aprendizagem, nas atividades, nas interações, assegurando assim, o
desenvolvimento de suas habilidades.
De acordo com Silva (2012, p.75), “as crianças com autismo leve ou somente
traços autísticos, na maioria das vezes, acompanham muito bem as aulas e os
conteúdos didáticos-pedagógicos.
Com isso, uma estratégia que pode ser utilizada pelo professor é fazer
adaptações nas atividades, utilizando diferentes materiais, como jogos, brinquedos,
brincadeiras, figuras, facilitando a compreensão dos conteúdos propostos e inserindo
as atividades na rotina da criança com transtorno espectro autista.
Ressalta-se que, uma outra estratégia que pode ser utilizada pelo professor
para auxiliar no desenvolvimento da criança com transtorno espectro autista é pedir
que ajude em tarefas dentro da sala de aula, sentindo-se útil e interagindo com os
demais, conscientizando a todas as crianças da importância de valorizar as diferenças
e respeitar o próximo.
E, também, como estratégia de ensino, a tecnologia pode ser um grande aliado
do professor no desenvolvimento da autonomia e linguagem da criança com transtorno
espectro autista, como as tecnologias assistivas e comunicação alternativa.
Diante disso, Brito e Purificação (2012, p.39) diz:

O uso de tecnologias educacionais foi caracterizado com base em


dois pontos de vista; o primeiro vinculado à utilização dos meios
pelos meios, e o segundo pela família para atender aos problemas
educacionais.

Sendo assim, as tecnologias nas práticas educativas podem contribuir de


forma considerável para assegurar o desenvolvimento de habilidades e capacidades
das crianças com transtorno espectro autista, sendo recursos valiosos para os
professores, dando mais autonomia e independência para realização das atividades.
Atualmente, muitas escolas vêm aderindo as tecnologias assistivas para
auxiliar o professor em suas práticas e nas salas de atendimento educacional
especializado, um recurso valioso não só para as crianças com transtorno es pectro
autista como também para as crianças com deficiência.
Manzini (2005, p.12) diz:

Tecnologia assistiva é uma área do conhecimento, de


característica interdisciplinar, que engloba produtos, recursos,
metodologias, estratégias, práticas e serviços que objetivam
promover a funcionalidade relacionada à atividade e participação
de pessoas com deficiências, incapacidades ou mobilidades
reduzidas, visando sua autonomia, independência, qualidade de
vida e inclusão social. (MANZINI, 2005, p.12)

Compreende-se que, existem muitos estudos que acerca a temática das


tecnologias na educação, onde pesquisadores vem estudando as contribuições desta
ferramenta para a aprendizagem, concluindo que assegura o desenvolvimento infantil
em diferentes aspectos.
É de suma importância adaptações e transformações na área da educação
para tornar o processo de inclusão efetivo em todos os aspectos, ressaltando que é
fundamental assegurar que todas as crianças tenham acesso as tecnologias para não
haver nenhum tipo de exclusão.
Por fim, atuar na área da educação não é uma tarefa fácil, no entanto, com
comprometimento, eficiência e afetividade, utilizando diferentes recursos, os
professores podem auxiliar no desenvolvimento infantil da criança com transtorno
espectro autista

3. CONCLUSÃO
Por meio deste trabalho, compreendeu-se que a educação inclusiva é uma
realidade desafiadora para os profissionais da educação, que lidam com obstáculos
diários para assegurar o desenvolvimento infantil de toda e qualquer criança, visando
a efetividade no processo de inclusão.
Com isso, é suma importância a compreensão do papel do professor e a
necessidade de estar capacitado para atuar com todas as crianças, assegurando o
seu desenvolvimento por meio de práticas diversificadas que propiciem um ensino
inclusivo e uma aprendizagem significativa.
Sendo assim, é essencial utilizar diferentes recursos que promovam o
desenvolvimento de habilidades e capacidades das crianças com transtorno espectro
autista, como as atividades lúdicas como jogos, brinquedos, brincadeiras, as novas
tecnologias, despertando o interesse da criança e tornando-a protagonista de seu
aprendizado.
Com isso, pode-se concluir que, o processo de inclusão de crianças com
transtorno espectro autista é um grande desafio para os profissionais da educação,
que necessitam de um trabalho em equipe para incluí-los de forma efetiva, sem
preconceitos e discriminações, mostrando que toda e qualquer criança tem potencial
para aprender, onde o estímulo do professor é imprescindível para sua aprendizagem.

4. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

BRITO, G.S.; PURIFICAÇÃO, I. Educação e novas tecnologias: um (re)pensar.


Curitiba: Editora Intersaberes. 2012.

CRUZ, Talita. Autismo e Inclusão: experiências no ensino regular. Jundiaí: Editora


Paco. 2014.

MANZINI, E. J. Tecnologia assistiva para a educação: recursos pedagógicos


adaptados. Brasília: MEC. 2005.

SANT’ANA, Wallace; SANTOS, Cristiane. Educação e Transtorno Espectro


Autista. Revista Temporis. Volume 15, número 2. 2015.

SILVA, Luzia Beatriz Barbosa. Mundo Singular: entenda o autismo. São Paulo:
Editora Fontanar. 2012.

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