Felizarda Estudos Literarios
Felizarda Estudos Literarios
Felizarda Estudos Literarios
Estudos Literários
Maputo
2023
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Introdução
O presente trabalho insere-se na cadeira de Estudos Literários, do qual pretende-se
discutir alguns conceitos associados à literatura.
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MEU PEQUENO DICIONÁRIO DE ESTUDOS LITERÁRIOS
2. Erudição/erudito
2.1. Erudição – é uma instrução vasta e variada, adquirida sobretudo pela leitura e pelo
estudo, direccionada a um conhecimento de cunho académico ou mesmo literário.
2.2. Erudito – quem tem erudição, excesso de cultura e conhecimento, geralmente
obtidos através da leitura.
3. Criatividade/imaginação/talento
3.1.Criatividade - pode ser definida como uma competência de valor e aplicabilidade
universais, descrita como a capacidade de um individuo imaginar, criar, produzir ou
inventar conceitos e coisas inéditas. Segundo esta fonte, a criatividade também pode
ser entendida como a ponte entre o pensamento abstracto e o seu correspondente
tangível (Dicionário Wikipédia Online).
3.2. Imaginação
3.3. Talento
Segundo o Dicionário Infopédia, a palavra talento provem do latim “talentum”, cujo
significado está relacionado com a aptidão ou a inteligência. Assim, o talento é a
capacidade inata para exercer determinada ocupação ou para desempenhar uma
actividade de forma hábil, com destreza e perfeição (Dicionário Wikipédia Online).
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4. Obra de arte/criação
4.1. A obra de arte
De acordo com o E-Dicionário Online, uma obra de arte é um produto que transmite
uma ideia ou uma expressão sensível, na medida em que, trata-se uma criação que
projecta ou reflecte a intenção de um artista. Destacam-se como principais
características de uma obra de arte: (i) Geralmente é algo feito manualmente; (ii) É algo
que é marcado por informações conceituais ou estéticas, que pode apresentar
características de uma dada época ou de um movimento artístico do qual o individuo
que elaborou faz parte;
4.2. Criação
5. Literatura oral
FONSECA (1996:19) define a literatura oral como formas literárias transmitidas pelo
sistema verbal oral, em que é possível reconhecer um discurso capaz de transmitir
sensações, emoções e saberes capazes de orientar o indivíduo em sua conduta social. Na
perspectiva desse autor, o uso da expressão “literatura oral” depreende a necessidade de
análises que extrapolem as convenções clássicas da teoria literária, incluindo a mescla
de géneros, cuja análise deve partir da consideração de traços relevantes na
caracterização dessa forma de representação cultural.
No que se refere à sua funcionalidade, FONSECA (1996:25) afirma que a literatura oral
está vinculada a diferentes perspectivas ancoradas na forte relação social de seu
conteúdo e de seus narradores. Dentre suas funções, é possível referenciar: a instrutiva,
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que se pauta no desenvolvimento da memória, individual e colectiva; a pedagógica, que
sistematiza e exemplifica regras de comportamento e conduta social; a cultural, que
difunde o conhecimento do sistema de valores, as respectivas visões de mundo e os
modelos culturais de um povo; além da recreativa, que promove o entretenimento da
comunidade em questão.
6. Estética/beleza/prazer
6.1.Estética
De acordo com COVANE (s/d) o termo estética vem do grego aisthesis, com o
significado de “faculdade de sentir”, “compreensão pelos sentidos”, “percepção
totalizante”. Neste sentido, para ALVES (1997:131), a estética “designa
simultaneamente: a capacidade humana de captação do que nos rodeia através dos
órgãos dos sentidos; o sentimento de agrado ou de desagrado que acompanha as nossas
percepções”.
No Dicionário Wikipédia online pode-se ler que a estética é uma ciência que remete
para a beleza e também aborda o sentimento que alguma coisa bela desperta dentro de
cada individuo.
Numa outra abordagem, COVANE (s/d) explica que a estética tem uma ligação com
arte pois, de acordo com este autor considera-se que o objecto artístico é aquele que se
oferece ao sentimento e a percepção. Por isso, enquanto disciplina filosófica, a estética
está voltada para as teorias da criação e percepção artísticas.
COVANE (s/d) acrescenta que, como experiência, a estética pode desdobrar-se em três
dimensões distintas, designadamente: (i) estética da natureza: experiência estética do ser
humano quando, na admiração da natureza, e sujeito de determinados sentimentos ou
vivências, tais como o prazer, o deleite, a maravilha, o espanto que o conduzem a
contemplação; (ii) estética da criação artística: experiência do artista da fase da criação;
uma experiência tantas vezes marcada pela reflexão, pelo silencio, pelo isolamento e;
(iii) estética da obra da arte: experiência do espectador na contemplação da obra da arte,
também designada por experiência estética da recepção.
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6.2. Beleza
6.3. Prazer
Refere-se à experiência que se sente bem, que envolve o gozo de algo. O prazer
contrasta com a dor ou sofrimento, que são formas de sentir mal. Está intimamente
relacionado ao valor, desejo e acção (Dicionário Wikipédia Online).
7. Homogéneo/heterogéneo
7.1. Homogéneo – aquilo que pertence ou que está relacionado a ou com um género, ou
seja, faz referência àquilo que possui características ou propriedades iguais. Em
literatura, a palavra o homogéneo é usada quando se faz a comparação entre dois ou
mais textos que possuem pontos em comum (funções, formatos, tipos ou estruturas
parecidas). (Dicionário Wikipédia Online).
7.2. Heterogéneo - pode assumir o significado de diferença, diversidade, pluralidade ou
variedade. Portanto, a palavra é usada quando se quer referir, em um determinado
contexto, que uma situação, objecto ou circunstância é variada, não uniforme, com
desigualdades ou que possui diferentes elementos do grupo. (Dicionário Wikipédia
Online).
8. Peculiar/particularidade
8.1. Peculiar – algo característico, especial, único ou próprio de uma pessoa ou coisa.
em alguns casos, a palavra peculiar pode ter um sentido depreciativo, sendo usada
como sinónimo de estranho, esquisito ou invulgar.
8.2.Particularidade – característica única, singular ou especial de algo.
9. Iluminismo
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10. Epistemologia
12. Polissemia/plurissignificação
12.1. Polissemia – qualidade de uma palavra que tem muitos significados;
12.2. Plurissignificação – variedade de sentidos ou multiplicidade de significados
(interpretações) que um texto pode apresentar, especialmente se tratando de um
texto literário.
13. Estático/estagnação
13.1. Estático – do grego statikos, que significa ao equilíbrio da força, paralisado,
firme ou em repouso
13.2. Estagnação – falta de progresso ou de movimento.
14. Ininterrupto – referente a algo contínuo, constante ou permanente.
15. Ruptura -é o acto ou efeito de romper ou violar tratados ou pactos.
16. Movimento literário/corrente literária
17. Inequívoco/refutação/objecção
17.1. Inequívoco – algo que não admite engano, duvida e sem ambiguidade. Portanto,
algo expresso claramente;
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17.2. Refutação – contestação dos argumentos adversários, destruindo o que foi
afirmado;
17.3. Objecção – argumento ou dúvida com que se réplica ou se impugna.
18. Estrutura – refere-se ao modo como algo foi construído, organizado ou está
disposto. Portanto, trata-se de uma base.
19. Tipologia textual – refere-se aos tipos de textos criados em determinados contextos
e que vão depender da intenção e necessidade de comunicação das pessoas.
Portanto, a tipologia textual está associada à estrutura, ou seja, à maneira como o
discurso está organizado a partir de suas características preponderantes.
20. Subjectividade
21. Cognição/conhecimento
21.1. Cognição – função psicológica filosoficamente conservadora actuante na
aquisição do conhecimento e se dá através de alguns processos, como a percepção, a
atenção, a associação, a memoria, o raciocínio, o juízo, a imaginação, o pensamento
e a linguagem.
21.2. Conhecimento – conjunto de informações e habilidades que o individuo adquire
por meio da sua experiência, aprendizagem, crenças ou valores.
22. Diacronia/sincronia
22.1. Diacronia – estudo de factos de acordo com a sua evolução no tempo.
22.2. Sincronia – estudo de factos ou fenómenos semióticos num determinado
momento, independentemente da sua evolução no tempo.
23. Código - colecção de regras, preceitos e fórmulas. Também refere-se ao sistema de
símbolos que permitem interpretar, transmitir uma mensagem ou representar
informação de dados. Em literatura, de acordo com AGUIAR e SILVA (2004) o
código (literário) refere-se ao conjunto finito de regras e convenções que permitem
ordenar e combinar unidades discretas, no quadro de um determinado sistema
semiótico, a fim de gerar processos de significação e de comunicação que se
consubstanciam em textos.
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24. Paradigma – é um conceito das ciências e da epistemologia que define um exemplo
típico, modelo ou padrão de algo.
25. Cânone – Em literatura, refere-se à lista de obras literárias tidas como mais valiosas
ou universais, de acordo com alguns parâmetros.
26. Experiência – conhecimento ou aprendizado obtido através da prática ou vivência
27. Ficção/Ficcionalidade
27.1. Ficção - é imaginação de algo que não existe particularizado na realidade, mas
no espírito de seu criador.
27.2. Ficcionalidade – em literatura refere-se ao conjunto de regras pragmáticas que
prescrevem como estabelecer as possíveis relações entre o mundo constituído pelo
texto literário e o mundo empírico (real). Portanto, constitui uma propriedade
necessária para a existência de textos literários. (Dicionário Wikipédia Online).
28. Realidade/verdade
28.1. Realidade – característica ou particularidade do que é real, ou seja, algo que
existe verdadeiramente.
28.2. Verdade – refere-se a tudo que está intimamente ligado à sinceridade, ou seja,
ausência da mentira.
29. Diálogo – é uma conversação entre duas ou mais pessoas.
30. Conotação/ambiguidade
30.1. Conotação – consiste no emprego de uma palavra, a partir de um sentido
figurado (não literal).
30.1. Ambiguidade
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Referências Bibliográficas
AGUIAR E SILVA, Victor Manuel. Teoria e Metodologias Literárias. [online].
Disponível na Internet via https://scholar.google.com. Consultado no dia 20 de Abril
de 2023.
ALVES, A. R. Dos textos de recepção infantil ao desenvolvimento das
competências no 1.º ciclo do ensino básico [online]. Covilhã: Universidade da Beira
Interior, 1997. Disponível na Internet via https://scholar.google.com. Consultado no
dia 20 de Abril de 2023.
COVANE, L. Módulo de Introdução aos Estudos Literários. Beira: UCM-IED, s.d.
DICIONÁRIO INFOPÉDIA, Consultado no dia 20 de Abril de 2023.
DICIONÁRIO INTEGRAL DE LÍNGUA PORTUGUESA. (2018). Porto: Porto
Editora.
DICIONÁRIO WIKIPÉDIA ONLINE, Consultado no dia 20 de Abril de 2023.
FONSECA, R. Contribuição ao Estudo da Literatura Oral Angolana. Luanda:
Instituto Nacional do Livro e Disco, 1996.
ROSÁRIO, Lourenço Joaquim da Costa. A Narrativa Africana de Expressão Oral.
Lisboa: Instituto de Cultura e Língua Portuguesa; Luanda: Angolê, 1989.
VIANA, C. A ambiguidade e a subjectividade. [online]. Disponível na Internet via
https://scholar.google.com. Consultado no dia 20 de Abril de 2023.
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