Integrais Duplas Meu
Integrais Duplas Meu
Integrais Duplas Meu
(Licenciatura em Matemática)
Universidade Rovuma
Nampula
2024
Amido Ernesto Semente
(Licenciatura em Matemática)
Universidade Rovuma
Nampula
2024
Índice
Introdução ............................................................................................................................... 4
Objectivos ............................................................................................................................... 4
Objectivos Gerais .................................................................................................................... 4
Objectivos Específicos ............................................................................................................ 4
Integrais duplos ....................................................................................................................... 5
Propriedades do Integral Duplo .............................................................................................. 6
Integrais Duplos Inferior e Superior ....................................................................................... 7
O Integral Duplo por Integração Interada ............................................................................... 8
Interpretação Geométrica do Integral Duplo ........................................................................ 10
Integrabilidade de funções contínuas .................................................................................... 10
Integridade de funções limitadas com descontinuidades ...................................................... 13
Integrais duplos em regiões mais gerais ............................................................................... 14
O Teorema de Fubini ............................................................................................................ 18
Aplicação a áreas e volumes ................................................................................................. 19
Outras aplicações dos integrais duplos ................................................................................. 19
Teorema de Green no plano .................................................................................................. 22
Mudança de variáveis num integral duplo ............................................................................ 24
Coordenadas polares ............................................................................................................. 25
Integrais triplos ..................................................................................................................... 26
Propriedades do integral triplo .............................................................................................. 27
Cálculo de integrais triplos ................................................................................................... 28
Aplicações dos integrais triplos ............................................................................................ 28
Mudança de coordenadas em integrais triplos ...................................................................... 29
Coordenadas cilíndricas ........................................................................................................ 30
Coordenadas esféricas ........................................................................................................... 31
Integrais de Linha ou Curvilíneos ......................................................................................... 32
Definição e propriedades ...................................................................................................... 32
Integrais de linha em relação ao comprimento de arco......................................................... 35
Aplicação do integral de linha Trabalho de uma força ......................................................... 36
Conclusão.............................................................................................................................. 37
Bibliografia ........................................................................................................................... 38
4
Introdução
No presente trabalho vamos debruçar sobre as integrais múltiplas e de linha, bem as integrais
múltiplas de linha são fundamentais na matemática e na física, permitindo a analise de funções
em várias dimensões e ao longo de curvas complexas. Enquanto as integrais simples trabalham
com uma única variável, as integrais múltiplas estendem esse conceito para duas ou mais
variáveis, fornecendo uma maneira de calcular volumes, áreas e outros conceitos geométricos
em espaços de dimensões superiores.
Por outro lado, as integrais de linha são usadas para calcular quantidades como trabalho e fluxo
ao longo de curvas em espaços tridimensionais.
Neste trabalho, exploramos conceitos fundamentais por de trás dessas integrais, suas aplicações
e técnicas de calculo.
Objectivos
Objectivos Gerais
Objectivos Específicos
Integrais duplos
Definição 1: Seja ℛ um retângulo definido pelo produto cartesiano dos intervalos fechados
[𝑎, 𝑏] e [𝑐, 𝑑]:
Figura 1
Definição 2: Uma função 𝑓 definida num retângulo ℛ diz-se ser uma função em escada se
existir uma partição 𝑃 de ℛ, tal que 𝑓 seja constante em cada um dos rectângulos abertos de 𝑃.
Uma função em escada tem os pontos de contorno dos retângulos bem definidos, mas esses
pontos não são relevantes para a teoria de integração.
Intuitivamente, se 𝑃1 e 𝑃2 são partições de ℛ, tal que seja constante nos retângulos abertos de
𝑃1 e 𝑔 constantes nos de 𝑃2 , então a função 𝛼𝑓 + 𝛽𝑔, 𝛼, 𝛽 ∈ ℝ, é constante nos rectangulos
𝑃1 ∪ 𝑃2 (refinamento de 𝑃1 e 𝑃2 ).
Ou seja:
Proposição 1: Se 𝑓 e 𝑔 são duas funções em escada num dado rectângulos ℛ, então a
combinação linear 𝛼𝑓 + 𝛽𝑔, 𝛼, 𝛽 ∈ ℝ, é também uma função em escada.
Seja 𝑃 = 𝑃1 × 𝑃2 uma partição do rectângulos ℛ, em 𝑛 × 𝑚 retangulos abertos. Designaremos
por ℛ𝑖𝑗 o retângulo determinado por [𝑥𝑖−1 , 𝑥𝑖 ] e [𝑦𝑖−1 , 𝑦𝑖 ] e seja 𝑎𝑖𝑗 o valor constante de 𝑓 no
ℛ𝑖𝑗 .
6
Se 𝑓 é positiva, o volume 𝑉 do paralelepípedo com base ℛ𝑖𝑗 e altura 𝑎𝑖𝑗 é dado por:
Ou, abreviadamente,
Definição 3: Seja 𝑓 uma função em escada, que toma o valor constante 𝑎𝑖𝑗 no rectangulo aberto
]𝑥𝑖−1 , 𝑥𝑖 [ × ]𝑦𝑖−1 , 𝑦𝑖 [ de um rectângulos ℛ. O integral duplo de 𝑓 em ℛ define-se por:
𝑛 𝑚
Tal como para integrais definidos em ℝ, o valor do integral definido não se altera se a
participação de 𝑃 for substituída por uma partição mais fina. Assim, o valor do integral é
independente da escolha da participação 𝑃, desde que 𝑓 seja constante nos retângulos abertos
de ℛ.
1. (Linearidade) ∀𝒂𝟏 , 𝒂𝟐 ∈ ℝ,
∬ 𝑓(𝑥, 𝑦) 𝑑𝑥𝑑𝑦 ≥ 0.
ℛ1
Seja 𝑓 uma função definida e limitada num rectangulo ℛ. Isto é, existe 𝑀 > 0 tal que
Então 𝑓 pode ser limitada superiormente e inferiormente por duas funções em escada, 𝑠 e 𝑡,
onde 𝑠(𝑥, 𝑦) = −𝑀 e 𝑡(𝑥, 𝑦) = 𝑀, ∀(𝑥, 𝑦) ∈ ℛ, por exemplo.
𝐼 = ∬ 𝑓(𝑥, 𝑦)𝑑𝑥𝑑𝑦.
ℛ
Teorema 1: Toda a função 𝑓 limitada bum rectangulo ℛ tem integral inferior e superior, tal
que
A função é integral em ℛ se, e só se, os integrais inferir e superior são iguais e, neste caso:
Como as definições anteriores são análogas ao caso dos integrais definidos em ℝ, todas as
propriedades referidas na proposição 1 são validas integrais duplos em geral.
Teorema 2: Seja 𝑓 uma função definida em ℛ = [𝑎, 𝑏] × [𝑐, 𝑑] e admita-se que 𝑓 é integrável
𝑏
em ℛ. Para ca 𝑦 fixo em [𝑐, 𝑑], admita-se que ∫𝑎 𝑓(𝑥, 𝑦)𝑑𝑥 existe e é igual a 𝐴(𝑦).
𝑑
Se ∫𝑐 𝐴(𝑦)𝑑𝑦 existe, então será igual ao integral duplo
9
∬ 𝑓(𝑥, 𝑦)𝑑𝑥𝑑𝑦.
ℛ
Ou seja
𝑑 𝑏
∬ 𝑓(𝑥, 𝑦)𝑑𝑥𝑑𝑦 = ∫ [∫ 𝑓(𝑥, 𝑦)𝑑𝑥] 𝑑𝑦.
𝑐 𝑎
ℛ
𝑑 𝑏
∫ 𝑠(𝑥, 𝑦)𝑑𝑥 ≤ 𝐴(𝑦) ≤ ∫ 𝑡(𝑥, 𝑦)𝑑𝑥.
𝑐 𝑎
𝑑
Vimos que ∫𝑐 𝐴(𝑦)𝑑𝑦 existe, pode integrar-se ambas as desigualidadess relativamente a 𝑦 em
[𝑐, 𝑑]. Então
𝑑
∬ 𝑠(𝑥, 𝑦)𝑑𝑥𝑑𝑦 ≤ ∫ 𝐴(𝑦)𝑑𝑦 ≤ ∬ 𝑡(𝑥, 𝑦)𝑑𝑥𝑑𝑦.
𝑐
ℛ ℛ
Visto que 𝑓 é integrável em ℛ, pela definição 2, o único numero com essas propriedades é o
integral duplo de 𝑓 em ℛ. Então
𝑑
∫ 𝐴(𝑦)𝑑𝑦 = ∬ 𝑓(𝑥, 𝑦)𝑑𝑥𝑑𝑦.
𝑐
ℛ
𝑑 𝑏
∬ 𝑓(𝑥, 𝑦)𝑑𝑥𝑑𝑦 = ∫ [∫ 𝑓(𝑥, 𝑦)𝑑𝑥] 𝑑𝑥,
𝑐 𝑎
ℛ
𝑑
Sendo a igualdade valida se supusermos que ∫𝑐 𝑓(𝑥, 𝑦)𝑑𝑦 existe para cada 𝑥 fixo em [𝑎, 𝑏] e é
integrável em [𝑎, 𝑏].
10
Figura 2
𝑏
Para cada 𝑦 fixo no intervalo [𝑐, 𝑑] o integral 𝐴(𝑦) = ∫𝑎 𝑓(𝑥, 𝑦)𝑑𝑥 é a área da secção plana de
𝑆, definida por um plano paralelo ao plano XOZ.
𝑑
Como a área 𝐴(𝑦) é integrável em [𝑐, 𝑑] a integral ∫𝑐 𝐴(𝑦) 𝑑𝑦 é igual ao volume do
paralelepípedo formado por 𝑆.
Isto é, para funções não negativas, o volume do conjunto das imagens de 𝑓 obre o domínio ℛ,
é dado pelo integral duplo:
∬ 𝑓(𝑥, 𝑦)𝑑𝑥𝑑𝑦
ℛ
i. 𝑓 é derivável em ℛ;
ii. O valor do integral pode obter-se por integração unidimensional internada,
𝑑 𝑏 𝑏 𝑑
∬ 𝑓(𝑥, 𝑦)𝑑𝑥𝑑𝑦 = ∫ [∫ 𝑓(𝑥, 𝑦)𝑑𝑥] 𝑑𝑦 = ∫ [∫ 𝑓(𝑥, 𝑦)𝑑𝑥] 𝑑𝑥
𝑐 𝑎 𝑎 𝑐
ℛ
Demo: (i) O Teorema 1 mostra que se 𝑓 é limitada em ℛ então 𝑓 admite uma integral superior
e um integral inferior. Para provar o teorema basta demonstrar que 𝐼(𝑓) = 𝐼 (̅ 𝑓).
11
Isto é, notado por 𝑀𝑘 (𝑓) o valor máximo absoluto de 𝑓 e por 𝑚𝑘 (𝑓) o valor mínimo absoluto
de 𝑓, em ℛ𝜅 , temos
Sejam agora 𝑠 e 𝑡 duas funções em escada definidas no interior de cada ℛ𝜅 da forma seguinte
𝑛 𝑛
∬ 𝑡(𝑥, 𝑦)𝑑𝑥𝑑𝑦 − ∬ 𝑠(𝑥, 𝑦)𝑑𝑥𝑑𝑦 = ∑[𝑀𝑘 (𝑓) − 𝑚𝑘 (𝑓)] 𝐴(ℛ𝜅 ) < ℇ ∑ 𝐴(ℛ𝜅 )
ℛ ℛ 𝑘=1 𝑘=1
= ℇ𝐴(ℛ𝜅 ).
𝑏
Para cada 𝑦 fixo em [𝑐, 𝑑] o integral simples ∫𝑎 𝑓(𝑥, 𝑦)𝑑𝑥 existe, pois a função integrada é
continua em ℛ.
𝑏
Seja 𝐴(𝑦) = ∫𝑎 𝑓(𝑥, 𝑦)𝑑𝑥. Pretende-se provar que 𝐴(𝑦) é continuo em [𝑐, 𝑑] (por (i)).
𝑏
𝐴(𝑦1 ) − 𝐴(𝑦) = ∫ [𝑓(𝑥, 𝑦1 ) − 𝑓(𝑥, 𝑦)] 𝑑𝑥,
𝑎
Pelo que
𝑏
|𝐴(𝑦1 ) − 𝐴(𝑦)| ≤ ∫ |𝑓(𝑥, 𝑦1 ) − 𝑓(𝑥, 𝑦)| 𝑑𝑥,
𝑎
Onde 𝑥0 é o ponto de [𝑎, 𝑏] no qual |𝑓(𝑥, 𝑦1 ) − 𝑓(𝑥, 𝑦)| atinge o seu valor máximo.
Fazendo 𝑦 → 𝑦1 então 𝑓(𝑥, 𝑦) → 𝑓(𝑥, 𝑦1 ), pelo que 𝐴(𝑦) → 𝐴(𝑦1 ), ou seja, 𝐴(𝑦) é continuo
em 𝑦1 .
Deste modo
𝑑 𝑑 𝑏
∫ 𝐴(𝑦)𝑑𝑦 = ∫ [∫ 𝑓(𝑥, 𝑦)𝑑𝑥] 𝑑𝑦
𝑐 𝑐 𝑎
13
∬ 𝑓(𝑥, 𝑦)𝑑𝑥𝑑𝑦.
ℛ
No teorema anterior provamos que o integral duplo de 𝑓 sobre ℛ existe se 𝑓 for continua em
todos os pontos de ℛ. Agora provamos que o integral também existe se 𝑓 tem descontinuidades
em ℛ, desde que o conjunto das descontinuidades não seja demasiado grande.
Proposição 3: (i) Qualquer conjunto finito de pontos do plano tem medida nula.
(ii) A reunião de um número finito de conjuntos limitados de medida nula tem também
medida nula.
Teorema 3: Seja 𝑓 uma função definida limitada em ℛ = [𝑎, 𝑏] × [𝑐, 𝑑]. Se o conjunto dos
pontos de descontinuidades 𝑓 em ℛ é um conjunto de medidad nula, então o integral
Nestes retângulos definem-se 𝑠(𝑥, 𝑦) e 𝑡(𝑥, 𝑦) funções em escada tais que 𝑠(𝑥, 𝑦) = −𝐿 e
𝑡(𝑥, 𝑦) = 𝐿.
𝑝𝑜 𝑝𝑜
Até então definimos integrais duplos para domínio de integração retangulares. Vamos estender
estes conceitos a domínios mais gerais.
𝑓(𝑥, 𝑦) 𝑠𝑒 (𝑥, 𝑦) ∈ 𝑆
𝑓̃(𝑥, 𝑦) = {
0 𝑠𝑒 (𝑥, 𝑦) ∈ ℛ\𝑆
Isto é, estende-se 𝑓 a todo retângulo ℛ, fazendo com que seja nula no exterior de 𝑆.
Figura 3
A região 𝑆 é limitada (necessariamente) porque 𝜑1 (𝑥) e 𝜑2 (𝑥) são funções continuas logo
limitadas em [𝑎, 𝑏].
Figura 4
Todas as regiões que se considerem, serão de um destes dois tipos, ou poderão ser decompostas
num número finito de partes, cada uma das quias de um destes dois tipos. Analisando os pontos
de descontinuidades temos:
Teorema 4: Se 𝜑 é uma função real continua em [𝑎, 𝑏], então o seu gráfico tem medida nula.
Fixemos 𝜀 > 0 e escolha-se uma partição 𝑃 de [𝑎, 𝑏] com um numero finito de subintervalos
𝜀
tais que a oscilação de 𝜑 em cada subintervalo de 𝑃 seja menor que 𝑏−𝑎.
Figura 5
Logo o gráfico de 𝜑 esta contido numa reunião finita de retângulos, cuja soma das áreas é 𝜀.
Isto prova que o gráfico tem medida nula. O próximo teorema de existência do integral duplo
se 𝑓 for continua no 𝑖𝑛𝑡 𝑆.
esta definida e limitada em 𝑆 e que 𝑓 é continua no interioe de 𝑆. Então ∬𝑅 𝑓(𝑥, 𝑦)𝑑𝑥𝑑𝑦 existe
e pode se calcular por integração repetida:
𝑏 𝜑2 (𝑥)
∬ 𝑓(𝑥, 𝑦)𝑑𝑥𝑑𝑦 = ∫ [∫ 𝑓(𝑥, 𝑦)𝑑𝑦] 𝑑𝑥.
𝑎 𝜑1 (𝑥)
𝑅
Demo: Sejam ℛ = [𝑎, 𝑏] × [𝑐, 𝑑] um retângulo que contem 𝑆 e 𝑓̃ uma função definida com
anteriormente.
17
Uma vez que a fronteira de 𝑆 tem medida nula, 𝑓̃ é derivável em ℛ. Para cada 𝑥 fixo em [𝑎, 𝑏],
𝑑
o integral ∫𝑐 𝑓̃(𝑥, 𝑦)𝑑𝑥𝑑𝑦 existe, pois a função integrada tem, no máximo, dois pontos de
descontinuidades em [𝑐, 𝑑].
𝑏 𝑑
∬ 𝑓(𝑥, 𝑦)𝑑𝑥𝑑𝑦 = ∫ [∫ 𝑓̃(𝑥, 𝑦)𝑑𝑦] 𝑑𝑥.
𝑎 𝑐
ℛ
Se 𝜑1 (𝑥) ≤ 𝑦 ≤ 𝜑2 (𝑥) então 𝑓̃(𝑥, 𝑦) = 𝑓(𝑥, 𝑦), enquanto 𝑓̃(𝑥, 𝑦) = 0 para os restantes
valores de 𝑦 em [𝑐, 𝑑],
Assim
𝑑 𝜑2 (𝑥)
∫ 𝑓̃(𝑥, 𝑦)𝑑𝑦 = ∫ 𝑓(𝑥, 𝑦)𝑑𝑦,
𝑐 𝜑1 (𝑥)
𝑏 𝑑 𝑏 𝜑2 (𝑥)
∬ 𝑓(𝑥, 𝑦)𝑑𝑥𝑑𝑦 = ∫ [∫ 𝑓̃(𝑥, 𝑦)𝑑𝑦] 𝑑𝑥 = ∫ [∫ 𝑓(𝑥, 𝑦)𝑑𝑦] 𝑑𝑥.
𝑎 𝑐 𝑎 𝜑1 (𝑥)
ℛ
𝑏 𝜑2 (𝑥) 𝑑 𝜓2 (𝑦)
∫ [∫ 𝑓(𝑥, 𝑦)𝑑𝑦] 𝑑𝑥 = ∫ [∫ 𝑓(𝑥, 𝑦)𝑑𝑥] 𝑑𝑦.
𝑎 𝜑1 (𝑥) 𝑐 𝜓1 (𝑦)
Em alguns casos um destes integrais pode ser mais fácil de calcular do que o outro, pelo que se
torna vantajoso examina-los antes de se proceder ao calculo.
3
4 𝑥 5 √25+𝑦 2
4
∫ [∫ 𝑓(𝑥, 𝑦)𝑑𝑦] 𝑑𝑥 + ∫ [∫ 𝑓(𝑥, 𝑦)𝑑𝑦] 𝑑𝑥 .
4𝑦
0 0 4
3
18
O Teorema de Fubini
Pela experiência que temos com funções de uma variável sabemos que a definição da integral
como limites de somas de Riemann não é um meio prático para o cálculo efetivo de integrais.
Tanto que para estas funções escalares usamos o Teorema Fundamental do Cálculo para efetuar
o cálculo das integrais definidas, que reduz as integrais ao cálculo de primitivas.
De forma análoga, o cálculo das integrais duplas se reduz ao cálculo de integrais simples, graças
ao Teorema de Fubini que enunciaremos abaixo.
Teorema de Fubini
Então
𝑑 𝑏 𝑑 𝑏 𝑏 𝑑
Exemplo: Calcular
∫ ∫ 𝑦 sen(𝑥𝑦) 𝑑𝑥𝑑𝑦
𝑅
𝜋 𝜋
Onde R é o retângulo de vértices (0, 2 ), (1, 2 ), (1, 𝜋) e (0, 𝜋).
0≤𝑥≤1
ℛ: {𝜋
≤𝑦≤𝜋
2
Assim
𝜋 1
∫ ∫ 𝑦 sen(𝑥𝑦) 𝑑𝑥𝑑𝑦 = ∫ (∫ 𝑦 sen(𝑥𝑦)𝑑𝑥) 𝑑𝑦
𝜋
𝑅 0
2
𝜋
= ∫ (− cos 𝑥𝑦)10 𝑑𝑦
𝜋
2
𝜋
= 1+ .
2
Para uma região 𝑆 como anteriormente definida pelo teorema 4, podemos aplicar o teorema 5
com 𝑓(𝑥, 𝑦) = 1. Assim teremos:
𝑏
∬ 𝑑𝑥𝑑𝑦 = ∫ [𝜑2 (𝑥) − 𝜑1 (𝑥)] 𝑑𝑥,
𝑎
𝑆
Considere uma laminada plana 𝑆, constituídas com uma matéria de densidade conhecida. Ou
seja, existe uma função não negativa, 𝑓(𝑥, 𝑦), definida em 𝑆, que representa a massa por
unidade de área de ponto (𝑥, 𝑦).
20
Quando a densidade varia de ponto para ponto, utilizamos o integral duplo de densidade como
definição da massa total. Isto é, se a função densidade 𝑓 é derivável sobre 𝑆, defini-se a massa
total, 𝑚(𝑆), por
Ao quociente
𝑚𝑎𝑠𝑠𝑎
= ∬ 𝑓(𝑥, 𝑦)𝑑𝑥𝑑𝑦.
𝑎𝑟é𝑎
𝑆
Se 𝑆 é considerado como uma figura geométrica em vez de uma placa, este quociente define o
valor medio da função 𝑓 em 𝑆. Neste caso exige que 𝑓 seja não negativa.
Define-se centro de massa como sendo o ponto (𝑥̅ , 𝑦̅) dado pelas equações
Sendo 𝑎(𝑆) a área de 𝑆. Substituindo com a equação 𝑥̅ 𝑚(𝑆) = ∬𝑆 𝑥 𝑓(𝑥, 𝑦)𝑑𝑥𝑑𝑦 temos
𝑥̅ 𝑎(𝑆) = ∬ 𝑥 𝑑𝑥𝑑𝑦.
𝑆
Analogamente
𝑦̅ 𝑎(𝑆) = ∬ 𝑦 𝑑𝑥𝑑𝑦.
𝑆
Considerando no plano da placa uma recta 𝑟, designa-se por 𝛿(𝑥, 𝑦) a distancia de um ponto
(𝑥, 𝑦) de 𝑆 a 𝑟. Então o número 𝐼𝑟 , definido por
A soma deste dois integrai chama-se momento polar de inercia 𝐼0 em relação a origem:
• O momento polar de inércia depende da localização da origem, mas não das direções
escolhidas para os eixos coordenados.
22
Definição 6: Suponhamos que 𝐶 é descrita por uma função vetorial contínua 𝑎 definida em
[𝑎, 𝑏].
A curva 𝐶diz-se
Observação: Toda a Curva de Jordan 𝐶 decompõe o plano em dois conjuntos abertos conexos
disjuntos, admitindo 𝐶 como fronteira comum. Uma dessas regiões é limitada (interior de 𝐶),
sendo a outra não limitada (exterior de C).
Enunciemos então o Teorema de Green para regiões planas limitadas por curvas de Jordan
seccionalmente regulares:
Considere-se 𝐶 uma curva de Jordan seccionalmente regular, ℛ a reunião 𝐶 com o seu interior
e ℛ ⊂ 𝑆. Então verifica-se a igualdade:
23
𝜕𝑄 𝜕𝑃
∬( − ) 𝑑𝑥𝑑𝑦 = ∮ 𝑃𝑑𝑥 + 𝑄𝑑𝑦,
𝜕𝑥 𝜕𝑦
ℛ
Observações:
𝜕𝑄
∬ 𝑑𝑥𝑑𝑦 = ∮ 𝑄𝑑𝑦,
𝜕𝑥
ℛ
𝜕𝑃
∬ 𝑑𝑥𝑑𝑦 = ∮ 𝑃𝑑𝑥.
𝜕𝑦
ℛ
𝑓(𝑥, 𝑦) = (𝑦⏟+ 3𝑥 , 2𝑦
⏟ − 𝑥),
𝑃 𝑄
𝜕𝑄 𝜕𝑃
∮ 𝑃𝑑𝑥 + 𝑄𝑑𝑦 = ∬ ( − ) 𝑑𝑥𝑑𝑦 = ∬(−2) 𝑑𝑥𝑑𝑦 = −2 𝑎(𝜀) = −4𝜋.
𝜕𝑥 𝜕𝑦
𝜀 𝜀
Por outro este exemplo mostra que uma área também pode ser expressa como um integral de
linha.
24
continuamente diferenciável num conjunto aberto e conexo 𝑆 do plano, por Teorema acima
citado, uma condição necessária e suficiente para que 𝑓 seja um gradiente, é dada por.
𝜕𝑃 𝜕𝑄
=
𝜕𝑦 𝜕𝑥
𝑏 𝑑
∫ 𝑓(𝑥)𝑑𝑥 = ∫ 𝑓(𝜑(𝑡))𝜑´(𝑡)𝑑𝑡
𝑎 𝑐
Com 𝑐 = 𝜑 −1 (𝑎) e 𝑑 = 𝜑 −1 (𝑏) sob as hipóteses de 𝜑 ter derivada contínua em [𝑐, 𝑑] e que 𝑓
seja contínua no conjunto de valores que toma 𝜑(𝑡) com 𝑡 ∈ [𝑐, 𝑑].
Para o caso bidimensional existem duas substituições a efetuar: uma para 𝑥 e outra para 𝑦.
Assim, em vez da função 𝜑, existirão duas funções, por exemplo, 𝜑 e 𝜓, as quais relacionam 𝑥
e 𝑦 com 𝑢 e 𝑣, do modo seguinte
Figura 6
25
Consideremos apenas aplicações para as quais as funções 𝜑 e 𝜓 são continuas e tem derivadas
𝜕𝜑 𝜕𝜑 𝜕𝜓 𝜕𝜓
parciais continuas , , , .
𝜕𝑢 𝜕𝑣 𝜕𝑢 𝜕𝑣
A fórmula para mudança de variáveis nos integrais duplos pode escrever-se como
𝜕𝜑 𝜕𝜓
𝜕𝑢 𝜕𝑢
𝐽(𝑢, 𝑣) = | 𝜕𝜑 𝜕𝜓
|.
𝜕𝑣 𝜕𝑣
Coordenadas polares
Neste caso escreveremos 𝜌 e 𝜃 em vez de 𝑢 e 𝑣, e definimos a aplicação pelas duas equações:
O jacobiano será
𝜕𝜑 𝜕𝜓
𝜕𝜌 𝜕𝜌 cos 𝜃 sen 𝜃
𝐽(𝜌, 𝜃) = | |=| |.
𝜕𝜑 𝜕𝜓 −𝜌 sen 𝜃 𝜌 cos 𝜃
𝜕𝜃 𝜕𝜃
Figura 7
Note que:
• As curvas 𝜌 são rectas que passam pela origem e as curvas 𝜃 são os círculos centrados
na origem.
• A imagem de um retângulo no plano 𝜌 = 𝜃 é “quadrilátero” no plano 𝑋𝑂𝑌 limitados
por raios e dois arcos de circunferência.
• As coordenadas polares são adequadas quando a região de integração tem fronteiras
ao longo das quais 𝜌 e/ou 𝜃 são constantes (circunferências, sectores circulares…).
Integrais triplos
Seguindo a mesma metodologia que para os integrais duplos, chama-se soma integral de
𝑓(𝑥, 𝑦, 𝑧) relativamente a uma decomposição 𝐷𝑛 = {𝐴1 , 𝐴2 , … , 𝐴𝑛 } de 𝐴 expressão
𝑆 = ∑ 𝑓(𝑥𝑖 , 𝑦𝑖 , 𝑧𝑖 )Δ𝐴𝑖 ,
𝑖=1
Considerando uma sucessão de decomposições com o diâmetro Δ𝐴𝑖 atender para zero, com
limite finito então diz-se que 𝑓(𝑥, 𝑦, 𝑧) é integrável em 𝐴.
∭ 𝑓(𝑥, 𝑦, 𝑧) 𝑑𝑥𝑑𝑦𝑑𝑧.
𝐴
2. Para 𝑘 ∈ ℝ,
a) A sua superfície fronteira é cortada em apenas dois pontos por qualquer recta
vertical que passe por um ponto interior;
b) A sua projeção sobre o plano 𝑋𝑂𝑌 constitui um plano regular como em a) (convexo);
c) Qualquer parte de 𝐴 que se obtenha por secção de planos paralelos a qualquer dos
planos coordenados, verifica as propriedades a) e b).
28
Suponhamos que 𝐴 é limitado por uma superfície 𝑆 cuja equação, na sua parte superior é 𝑧 =
𝜑(𝑥, 𝑦) e, na inferior, 𝑧 = 𝜓(𝑥, 𝑦) cuja projeção no plano 𝑋𝑂𝑌 é a regiao limitada 𝑄.
Nestas condições
𝜑(𝑥,𝑦)
Exemplo:
2 𝑥 𝑦 2 𝑥 2 𝑥
𝑦
𝑧2 𝑦3
∫ ∫ ∫(𝑥𝑦𝑧)𝑑𝑧𝑑𝑦𝑑𝑥 = ∫ ∫ 𝑥𝑦 [ ] 𝑑𝑦𝑑𝑥 = ∫ ∫ 𝑥 𝑑𝑦𝑑𝑥
2 0 2
0 0 0 0 0 0 0
2 𝑥 2
𝑥 𝑦4 1 4
= ∫ [ ] 𝑑𝑥 = ∫ 𝑥 5 𝑑𝑥 = .
2 4 0 8 3
0 0
𝑉 = ∭ 1 𝑑𝑥𝑑𝑦𝑑𝑧.
𝑆
Se o sólido se supõe com densidade 𝑓(𝑥; 𝑦; 𝑧) em cada um dos seus pontos (𝑥; 𝑦; 𝑧) (massa
por unidade de volume), a sua massa 𝑀 é dada por
29
𝑀 = ∭ 𝑓(𝑥, 𝑦, 𝑧) 𝑑𝑥𝑑𝑦𝑑𝑧,
𝑆
1
𝑥̅ = ∭ 𝑥 𝑓(𝑥, 𝑦, 𝑧) 𝑑𝑥𝑑𝑦𝑑𝑧,
𝑀
𝑆
Com
30
𝜕𝑢 𝜕𝑢 𝜕𝑢
| 𝜕𝑥 𝜕𝑦 𝜕𝑧 |
𝜕𝑣 𝜕𝑣 𝜕𝑣
𝐽(𝑢, 𝑣, 𝑤) =
𝜕𝑥 𝜕𝑦 𝜕𝑧
| 𝜕𝑤 𝜕𝑤 𝜕𝑤 |
𝜕𝑥 𝜕𝑦 𝜕𝑧
Coordenadas cilíndricas
Um ponto que em coordenadas cartesianas é dado por (𝑥, 𝑦, 𝑧), ser· escrito em coordenadas
cilíndricas da seguinte forma: o 𝑥 e o 𝑦 serão substituídos pelas suas coordenadas polares, e
mantem-se o 𝑧 inalterado.
𝑥 = 𝜌 cos 𝜃, 𝑦 = 𝜌 sem 𝜃, 𝑧 = 𝑧
𝜕𝑥 𝜕𝑥 𝜕𝑥
| 𝜕𝜌 𝜕𝜃 𝜕𝑧 |
𝜕𝑦 𝜕𝑦 𝜕𝑦 cos 𝜃 −𝜌 sin 𝜃 0
𝐽= = |sen 𝜃 𝜌 cos 𝜃 0| = 𝜌.
𝜕𝜌 𝜕𝜃 𝜕𝑧
| 𝜕𝑧 0 0 1
𝜕𝑧 𝜕𝑧 |
𝜕𝜌 𝜕𝜃 𝜕𝑧
Então
As coordenadas cilíndricas sao utilizadas, sobretudo, quando o domínio D tem simetria axial.
O jacobiano anula-se quando 𝜌 = 0, mas isso não afecta a validade da formula, porque o
conjunto de pontos com 𝜌 = 0 tem medida nula.
31
Coordenadas esféricas
Sendo:
Graficamente
Figura 8
O determinante jacobiano é
𝜕𝑥 𝜕𝑥 𝜕𝑥
| 𝜕𝜌 𝜕𝜑 𝜕𝜃 |
sen 𝜑 cos 𝜃 𝜌 cos 𝜑 cos 𝜃 −𝜌 sen 𝜑 sen 𝜑
𝜕𝑦 𝜕𝑦 𝜕𝑦
𝐽(𝜌, 𝜑, 𝜃) = = | sen 𝜑 sen 𝜃 𝜌 cos 𝜑 sen 𝜃 𝜌 sen 𝜑 cos 𝜃 |
𝜕𝜌 𝜕𝜑 𝜕𝜃 cos 𝜑 −𝜌 sen 𝜑 0
| 𝜕𝑧 𝜕𝑧 𝜕𝑧 |
𝜕𝜌 𝜕𝜑 𝜕𝜃
= −𝜌2 sen 𝜑.
Então
32
∭ 𝑓(𝑥, 𝑦, 𝑧) 𝑑𝑥𝑑𝑦𝑑𝑧
𝐷
As superfícies 𝜑 = 𝑘 são cones circulares com o eixo de simetria coincidente com o eixo 𝑂𝑍.
O exemplo seguinte pode ser considerado como uma demostração para a fórmula conhecida do
volume de uma esfera:
A equação da superfície esférica é dada por 𝑥 2 + 𝑦 2 + 𝑧 2 = 𝑟 2 , sendo a sua projeção no plano
𝑋𝑂𝑌 uma circunferência de equação 𝑥 2 + 𝑦 2 = 𝑟 2 . Como o sólido tem simetria em relação à
origem, pode utilizar-se coordenadas esféricas e calcular o volume apenas num octante:
2 2 2
𝑟 √𝑟 2 −𝑥 2 √𝑟 −𝑥 −𝑦
𝑉 = 8∫ ∫ ∫ 𝑑𝑧𝑑𝑦𝑑𝑥
0 0 0
𝜋 𝜋 𝜋
𝑟 2 2 𝑟 2
𝑟
𝜋 4
= ∫ 𝜌2 𝑑𝜃𝑑𝜌 = 𝜋𝑟 3 .
2 3
0
Definição e propriedades
Seja 𝐼 = [𝑎, 𝑏]
33
Definição 8:
Figura 9
Esta curva admite tangente (derivada) em todos os pontos excepto num número finito de pontos
(bicos).
Definição 9:
Seja 𝛼: [𝑎, 𝑏] → ℝ𝑛 uma linha seccionalmente regular e seja 𝑓 uma função vectorial e limitada
sobre gráfico de 𝛼, 𝐶.
Define-se
∫ 𝑓 𝑑𝛼 = ∫ 𝑓[𝑎(𝑡)] ∙ 𝛼´(𝑡)𝑑𝑡.
𝐶 𝑎
𝑛 𝑏
∫ 𝑓 𝑑𝛼 = ∑ ∫ 𝑓𝑘 [𝑎(𝑡)] ∙ 𝛼𝑘 ´(𝑡)𝑑𝑡.
𝐶 𝑘=1 𝑎
∫ 𝑓 𝑑𝛼 = ∫ 𝑓1 𝑑𝛼1 + ⋯ + ∫ 𝑓𝑛 𝑑𝛼𝑛 .
𝐶 𝐶 𝐶
Algumas propriedades dos integrais de linha são semelhantes às dos integrais de Riemann.
∫ (𝑘1 𝑓 + 𝑘2 𝑔)𝑑𝛼 = 𝑘1 ∫ 𝑓 𝑑𝛼 + 𝑘2 ∫ 𝑔 𝑑𝛼 .
𝐶 𝐶 𝐶
2. Aditividade do integral:
∫ 𝑓 𝑑𝛼 = ∫ 𝑓 𝑑𝛼 = ∫ 𝑓 𝑑𝛼,
𝐶 𝐶1 𝐶1
Sejam: 𝛼(𝑡) uma linha continua definida em [𝑎, 𝑏], 𝑢 uma função real de variável real com
𝑢´(𝑥) ≠ 0, ∀𝑥 ∈ [𝑐, 𝑑] e 𝑢([𝑐, 𝑑]) = [𝑎, 𝑏].
Então a função 𝛽 definida em [𝑐, 𝑑] por 𝛽(𝑥) = 𝛼[𝑢(𝑥)]é uma linha continua com o mesmo
gráfico de 𝛼.
∫ 𝑓 𝑑𝛼 = ∫ 𝑓 𝑑𝛽;
𝐶 𝐶
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∫ 𝑓 𝑑𝛼 = − ∫ 𝑓 𝑑𝛽.
𝐶 𝐶
Demo: A demonstração faz-se apenas para linhas regulares. Para linhas seccionalmente
regulares, basta decompor o intervalo e utilizar a aditividade em relação á linha.
As linhas 𝛼 e 𝛽 estão relacionadas por 𝛽(𝑥) = 𝛼[𝑢(𝑥)], com 𝑢 definida em [𝑐, 𝑑] e 𝛼 em [𝑎, 𝑏].
𝑑 𝑑
𝑢(𝑑) 𝑏
= ± ∫ 𝑓 𝑑𝛼,
𝐶
No primeiro caso 𝛼 e 𝛽 originam 𝐶 com o mesmo sentido, o segundo com sentido oposto.
𝑏 𝑏
Considere-se uma partícula que se move ao longo de uma curva 𝛼 sob a acção de uma força 𝑓.
Exemplo: O trabalho produzido por uma fora constante 𝑓 = 𝑘, ao deslocar uma partícula de
um ponto a para um ponto b; ao longo de qualquer trajetória seccionalmente regular unindo 𝑎 e
𝑏é
𝑘 ∙ (𝑏 − 𝑎).
Demo: Seja 𝑎 = (𝑎1 , … , 𝑎𝑛 ), com 𝑡 ∈ [𝑡0 , 𝑡1 ], uma linha unindo e 𝑏, isto é, 𝛼(𝑡0 ) = 𝑎 e
𝛼(𝑡1 ) = 𝑏, e 𝑘 = (𝑘1 , … , 𝑘𝑛 ).
𝑛 𝑡1 𝑛
Conclusão
Por meio de integrais múltiplas pudemos compreender como calcular volumes e áreas, alem de
explorar suas aplicações. Desta mesma forma ao investigar as integrais de linha, adquirimos
uma compreensão, mas profunda sobre como calcular quantidades de trabalho.
Em suma esse trabalho serviu para destacar a relevância das integrais múltiplas e das integrais
de linha na resolução de problemas complexos, ao mesmo tempo que demonstrou a diversidade
de aplicação desses conceitos em diferentes áreas do conhecimento.
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Bibliografia
Diana Aldea Mendes & Rosário Laureano, Análise Matemática II (Caderno 1 : Integrais Duplos
e Integrais de Linha), IUL, Lisboa, 2001;
ZILL, Dennis. Cálculo com Geometria Analítica. São Paulo: LTC, 2009;