3 - Micologia - 29 Abril

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Fatores de Risco/Prevenção

 capacidade de produzir infeção, isto é, de ser


patogénico
 O processo de patogénese inclui:
◦ 1. Encontrar um reservatório (humano, animal ou o
ambiente)
◦ 2. Ser transportado até ao hospedeiro (humano)
◦ 3. Aderir, colonizar e/ou invadir o hospedeiro
◦ 4. Multiplicar-se ou completar o seu ciclo de vida no
hospedeiro
◦ 5. Escapar aos mecanismos de defesa do hospedeiro
◦ 6. Causar dano no hospedeiro
◦ 7. Abandonar o hospedeiro e regressar ao reservatório
ou a um novo hospedeiro
 Os conhecimentos sobre os mecanismos de
patogénese fúngica são ainda diminutos.
 As infeções fúngicas são geralmente
acidentais, pode-se apresentar de forma:
◦ subclínica,

◦ clínica,

◦ as respostas imunes podem ser passageiras ou


prolongadas, sendo celulares e/ou humorais
 Vias de entrada
◦ Os fungos infetam o organismo humano através de
diversas “portas” de entrada:
 pele, árvore respiratória, tracto gastrointestinal, canal
vaginal

◦ Os fungos ganham acesso aos tecidos do


hospedeiro, via implantação traumática ou inalação
 Embora a maioria das doenças fúngicas
resultem de encontros acidentais com os
agentes, muitos fungos desenvolveram ao
longo da evolução, mecanismos que
facilitam a sua multiplicação no hospedeiro
◦ os dermatófitos

◦ Candida albicans

◦ os fungos sistémicos Histoplasma capsulatum,


Blastomyces dermatitidis e Paracoccidioides
brasiliensis,
 Fatores que facilitam a invasão e
estabelecimento de infeção
◦ Gerais
 O tamanho do organismo:
 A capacidade do organismo crescer e/ou multiplicar-se
 Nos fungos dimórficos, a conversão de soma miceliano
em soma leveduriforme no hospedeiro animal
 A produção de toxinas
 Exprime o grau de patogenicidade de uma
estirpe.
◦ Comensalismo???

◦ No que respeita aos fungos patogénicos para o


homem, há espécies, como Sporothríx schencki
em que a virulência das estirpes parece ser factor
relevante na provocação da doença.
◦ Há, no entanto, outras, em que o fenómeno é
menos evidente (Candida albicans).
 A resistência do hospedeiro.
◦ O homem possui elevada resistência natural.
 excepções à infecção por Coccidioides immitis, .

◦ variabilidade da susceptibilidade
◦ O elevado grau de resistência inata dos
humanos à invasão fúngica, baseia-se
essencialmente na existência de diversos
mecanismos de proteção que previnem a
entrada dos fungos no tecido do hospedeiro
◦ o crescimento fúngico é reprimido pela
existência de:
 pele intacta
 ácidos gordos não saturados de cadeia longa
 pH tecidual
 flora bacteriana existente no organismo
 taxa de regeneração do epitélio
 epitélio banhado em fluidos que contêm substâncias
antimicrobianas
 Climáticos
◦ Distribuição
◦ Hábitos culturais
◦ atividades
 Geológicos.
◦ A influência da natureza do terreno sobre o
desenvolvimento saprofítico dos fungos patogénicos para o
homem, está mal estudada.
◦ Mas, a coccidioidomicose predomina em regiões onde se
verifica alta concentração salina
◦ e a blastomicose sul-americana em regiões de solo
basáltico.
 Inter-relação com outros seres vivos.
◦ Saprófitas.
 Há algumas espécies, cuja vida saprófita no solo
depende da presença de excrementos de aves, tais
como Candida neoformans e Histoplasma capsulatum.
◦ Algumas espécies de dermatófitos vivem em
comensalismo com animais como é o caso da M.
canis em felinos.
◦ Finalmente, outras espécies de fungos vivem em
comensalismo com o homem
 Meio social.
◦ Considera-se o solo como o principal reservatório
dos fungos patogénicos para o homem,
◦ Meio envolvente / atividades / exposição
 Vestuário
◦ Há algumas espécies, como a tinea pedis, que
surgem mais frequentemente no Inverno,
◦ o que se tem atribuído ao uso, nesta época, de
meias grossas e sapatos fechados,
◦ que permitem as condições de humidade e
temperaturas óptimas para o desenvolvimento do
fungo.
◦ O micetoma e a cromomicose são frequentes em
pessoas que andam descalças.
 Profissão,
◦ Este é o factor de ordem social cuja influência é
mais evidente na ocorrência de micoses.
◦ As actividades rurais contribuem com elevado
contingente para os caos de coccidioidomicose,
aspergilose, micetoma e cromomicose.
◦ Há, também, algumas profissões bem especificas
associadas à infecção por determinadas espécies
de fungos: a criptococose nos criadores de
pombos, a esporotricose nos horticultores,
jardineiros, floristas, etc
 Migrações populacionais.
◦ O turismo, a imigração, o estacionamento de
tropas, são actualmente reconhecidos como
factores importantes no aparecimento de certas
micoses, como a presença de focos endémicos de
tinha por Tricophyton violaceum, no Sul do
continente africano e no Brasil, com origem na
região mediterrânea.
 A gravidade das doenças provocadas pelos
fungos depende:
◦ do tamanho do inóculo
◦ magnitude da destruição tecidual
◦ capacidade de multiplicação da espécie em questão
◦ características imunológicas do hospedeiro
 as infecções provocadas por fungos podem ser
prevenidas:
◦ preservando o estado de saúde do indivíduo saudável,
garantindo um equilíbrio endócrino e imunológico

 nos indivíduos imunodeficientes:


◦ profilaxia com antifúngicos, inibindo a proliferação da
colonização;
◦ proteção ambiental: quartos limpos, roupa desinfetada,
ventilação do quarto controlada, lavagem das mãos do
pessoal hospitalar, alimentação não retardada

 … temos que nos lembrar que os fungos “gostam” de locais


quentes e húmidos
 Secar muito bem as dobras e os vãos de todos os dedos após
os banhos;
 Verificar se os pés estão devidamente secos antes de calcá-
los;
 Deixar o calçado em local bem ventilado e ao sol várias horas
por dia;
 Aplicar talcos ou pós antissépticos dentro dos calçados,
meias e luvas;
 Evitar usar calçado sem meias e preferir sempre as de
algodão;
 Usar tecidos leves de fibras naturais (algodão, linho, etc.),
especialmente as roupas íntimas; evitar assim fibras
sintéticas ou roupas muito apertadas;
 Nunca andar descalço em saunas, academias, clubes, hotéis,
balneários, banheiros públicos;
 Evitar coçar as lesões de pele diretamente com as unhas;
 Manter as unhas sempre curtas e limpas; evite cortá-las
muito rentes à pele ou arredondadas; prefira cortá-las mais
"quadradinhas" nos cantos para evitar que encravem
(principalmente as unhas dos dedos grandes);
 Ao cortar ou arranjar as unhas procurar sempre usar seu
próprio material (tesoura, lixa, alicate, etc.). Nem sempre as
"esterilizações" feitas nos salões são confiáveis;
 Procurar um médico caso note que as unha(s) estão a ficar
oca(s), manchada(s), espessa(s) ou com a formação de uma
massa amarelo-esbranquiçada abaixo dela(s);
 Evitar a utilização de roupas, calçados e objetos (como
alicates, escovas e pentes, esponjas de banho) de outras
pessoas;
 Nunca aplicar álcool, violeta de genciana, pomadas, cremes
ou qualquer medicamento sem o conhecimento/indicação do
seu médico;
 Procurar auxílio médico caso surjam áreas de prurido,
avermelhadas e descamativas, principalmente nas virilhas,
mãos, pés, axilas;
 O surgimento de manchas mais claras nas costas e pouco
descamativas nem sempre é "micose de praia" como tal é
necessário também uma consulta médica.

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