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República de Angola

Ministério da Educação
Governo da província do Bié
Administração Municipal do Chinguar

Escola de Magistério Salomão Kawaia

TÍTULO: Actividades Didácticas para Desenvolver Habilidades da


Oralidade na 3.ª Classe na Escola Primária da Missão Católica
n°123, Chinguar/Bié

Trabalho de fim do curso como requisito para obtenção do grau de


técnico médio em ciências pedagógicas no curso: Ensino Primário

AUTORES: Henrique Nunda

Firmina Chilenhê Buta

Florência Filomena Ezequiel

CHINGUAR, 2024


República de Angola

Ministério da Educação

Governo da província do Bié

Administração Municipal do Chinguar

Escola de Magistério Salomão Kawaia

TÍTULO: Actividades Didácticas para Desenvolver Habilidades da


Oralidade na 3.ª Classe na Escola Primária da Missão Católica
n°123, Chinguar/Bié

Trabalho de fim do curso como requisito para obtenção do grau


técnico médio em ciências pedagógicas no curso: ensino primário

AUTORES: Henrique Nunda

Firmina Chileñyi Buta

Florência Filomena Ezequiel

Orientador: Rildo Policarpo Lote Amaral

CHINGUAR, 2024


FICHA CATALOGRÁFICA

AUTORES

SALUSSEMO, Henrique Nunda

BUTA, Firmina Chileñhe

EZEQUIEL, Florência Filomena

TÍTULO: Actividades Didácticas para Desenvolver Habilidades da


Oralidade na 3.ª Classe na Escola Primária da Missão Católica n°123,
Chinguar/Bié

Trabalho de fim do curso como requisito para obtenção do grau


técnico médio em ciências pedagógicas no curso: Ensino Primário

ORIENTADOR: Rildo Policarpo Lote Amaral

Palavras-chave: Actividades, Didácticas, Oralidade, Língua Portuguesa.

O presente trabalho contém.... páginas.


FICHA DE APROVAÇÃO

Autores:

SALUSSEMO, Henrique Nunda

BUTA, Firmina Chilenhê

EZEQUIEL, Florência Filomena

TÍTULO: Actividades Didácticas para Desenvolver Habilidades da


Oralidade na 3.ª Classe na Escola Primária da Missão Católica
n°123, Chinguar/Bié

Objectivo: Propor um conjunto de actividades didácticas para Desenvolver


Habilidades da Oralidade na 3.ª Classe na Escola Primária da Missão Católica
n°123, Chinguar/Bié.

Data de aprovação____;_____________________;_______

Corpo de júri

Presidente:______________________;__________________________

1º Vogal:________________________;__________________________
2º Vogal:________________________;__________________________
3º Vogal:________________________;__________________________
Secretário: ______________________;__________________________


Dedicatória

À minha Mãe (Celeste Tuayungue), aos meus irmãos (Isaac Paulo, José
Rodrigues, Arminda Katyavala, Domingos Bule), aos meus tios (Amaral Abias,
Abraão Samaquēlo e Euvira Katyavala), aos meus padrinhos (Rito Sanoloti e
Rodrina Chivala).

Henrique Nunda


Dedicatória

À minha Mãe (Altânia Raquel), aos meus tios (Abraão Sacupia e Sipriana
Nalesso) e à minha avó (Anita Raquel).

Firmina Chile


Dedicatória

Aos meus pais (Isaias Sopite Ezequiel e Rosalina Kahova).

Florência Filomena Ezequiel


RESUMO

O presente trabalho tem como objectivo de Propor um conjunto de actividades


didácticas que desenvolvem a oralidade no Ensino Primário, nos alunos da
1ªclasse, na Escola Primária da Missão Católica nº123, Chinguar/Bié. Sendo a
oralidade é um importante instrumento no processo de comunicação. A
oralidade compreende as duas dimensões ouvir e falar. Estas relacionam-se
com as vertentes recetiva (ouvir/compreensão oral) e reprodutiva (falar) da
comunicação oral. Isto significa, em especial, que estimular a perceção auditiva
desempenha um papel relevante e de igual valor no desenvolvimento de
competências comunicativas. A boa comunicação oral e escrita faz parte
dessas competências essenciais e deve ser promovida através da abordagem
transversal do ensino/aprendizagem da língua portuguesa (LP), envolvendo a
área curricular disciplinar do mesmo nome (ensino de Português) e as
restantes áreas curriculares, disciplinares e não disciplinares (ensino em
Português). Neste contexto, cabe igualmente a reflexão sobre as
representações da LP que advêm da forma como esta é ensinada/aprendida. A
Língua Portuguesa assume um papel de absoluta relevância como promotora
de saberes instrumentais indispensáveis à aquisição de outros saberes
relacionados com a formação integral do aluno.

Palavras-chave: Oralidade, actividades, Língua Portuguesa.


ABSTRACT

The present work aims to propose a set of didactic activities that develop
orality in primary education, in the 1st class students, in the primary school of
the Catholic Mission nº123, Chingar/Bié. Being orality is an important
instrument in the communication process. Orality comprises the two
dimensions to hear and speak. These are related to the receptive (listening/oral
understanding) and reproductive (talking) aspects of oral communication. This
means, in particular, that stimulating auditory perception plays a relevant and
equally valuable role in the development of communicative skills. Good oral and
written communication is part of these essential skills and must be promoted
through the transversal approach to teaching/learning in the Portuguese
language (LP), involving the disciplinary curricular area of the same name
(teaching of Portuguese) and the other curricular, disciplinary areas and non-
disciplinary (teaching in Portuguese). In this context, it is also important to
reflect on the representations of the LP that come from the way it is
taught/learned. The Portuguese language assumes a role of absolute relevance
as a promoter of instrumental knowledge indispensable to the acquisition of
other knowledge related to the integral formation of the student.

Keywords: orality, actividads, Portuguese language.


AGRADECIMENTOS

À Deus dador das nossas vidas, por ter permitido que este dia fosse uma
realidade, e ainda pela saúde e protecção que nos tem proporcionado;

Aos nossos pais, que nos têm apoiado incondicionalmente em todos os


momentos, nos apoiando com toda paciência, dedicação e zelo;

À nossa renomada Professora e Orientadora, Natércia Pinto Adalberto, com


toda paciência em nos ensinar e nos orientar no Processo de Ensino e
Aprendizagem e, em especial neste trabalho.

Ao Exmo° Director e Orientador deste trabalho, Rildo Policarpo Lote Amaral,


pelo apoio incondicional e trabalho arduo na materialização deste trabalho
científico;

À coordenação da Escola de Formação de Professores do Magistério Salomão


Kawaia, assim como aos professores Jacinto Ngongoyavo, Simão Firmino,
Celita dos Santos, Tadeu Tchindjongolo, Lino Mitissi, Natércia Pinto, Landu
Matias, Albertina Calique, Ernesto Ulundo, Sabino Tchendovava, Valdemar Bule,
Celso Tchipiquita, Trifena Gaspar, Emílio Cambanje e aos demais professores,
por nos terem auxiliado na conclusão e apresentação deste mágno projeto
científico;

Aos nossos ilustres companheiros de batalha: Felícia Catarina, Bartolomeu


Palata, Filipe Muteca, Altino Gouveia, Alberto Cassoma, e aos demais colegas;

À todo pessoal que de forma directa e indirecta contribuiram significamente


para a nossa formação.

Os autores


EPÍGRAFE

“Os limites da minha linguagem são os limites do meu


mundo”
(Wittgenstein)

11
Sumário
1 INTRODUÇÃO ⑬
1.1 Justificativa do tema ⑬
1.2 Situação problemática ⑭
Objecto de Estudo ⑭
Campo de Acção ⑮
1.3 Perguntas Científicas ⑮
1.4 Tarefas de Investigação ⑮
1.5 Ideia a defender ⑮
1.6 Metodologias de investigação ⑮
2 Capítulo I: Fundamentos Teóricos e Metodológicos Sobre o Processo de
Ensino e Aprendizagem da Oralidade ⑲
2.1 A epistemologia genética de Jean Piaget ⑳
2.2 Assimilação ⑳
2.3 Acomodação 21
2.4 Equilibração 21
2.5 Teoria Histórico-cultural de Vygotski 21
2.5.1 A criança e o desenvolvimento da fala 22
2.6 Situação Sociolinguística de Angola 23
2.7 Ensino-Aprendizagem da Língua Portuguesa. 25
2.8 Conceito de Oralidade 26
2.9 Ensino-Aprendizagem da Oralidade 27
2.10 Fases e etapas do ensino-aprendizagem da oralidade 27
2.10.1 Oralidade inicial 27
2.10.2 Oralidade não inicial 27
2.11 Metodologias de ensino - aprendizagem da oralidade 28
2.11.1 Método Resposta Física Completa (RFC) 28
2.11.2 Método a partir de actos da fala 29
2.11.3 Método a partir do diálogo 29
2.11.4 Método natural 29
2.12 Estratégias/Técnicas 30
2.13 Oralidade na Sala de Aula 30
2.14 O papel da oralidade no ensino fundamental 31
3 Capítulo II: Relatório Final do Estágio 33
3.1 Relatório 34

12
3.1.1 Objetivo Geral 34
3.1.2 Objetivos Específicos 34
2.1. Caracterização da Escola de Formação, “Magistério Salomão Kawaia”35
2.2. Caracterização da Escola de Estágio (Escola Primária da Missão Católica
n°123). 35
2.3. Objectivos do Estágio 36
Objectivo Geral 36
3.3.1 Objectivos Específicos: 36
2.4. Programação e Planificação das actividades 37
2.5.Aulas Observadas pelos Estagiários 40
2.6. Aulas Ministradas Pelos Estagiários 41
4 CAPÍTULO IV- PROPOSTAS E SOLUÇÕES 50
4.1 Recomendações 53
4.2 CONCLUSÃO 54
4.3 Anexos 54
4.4. Referências bibliográficas.....................................................................55

13
INTRODUÇÃO
A línguagem oral é um dos aspectos fundamentais da nossa vida, pois é por
meio dela que nos socializamos, construímos conhecimentos, organizamos
pensamentos, experiências e possibilita a inserção da criança a um novo
mundo e mais complexo. Assim, ela amplia as possibilidades de inserção e
participação da criança nas diversas práticas sociais.

A linguagem oral constitui um dos eixos básicos do ensino-aprendizagem da


Língua Portuguesa no Ensino Primário, dada a sua importância para a
formação do sujeito, na interação com as outras pessoas, na orientação das
acções das crianças, na construção de conhecimentos e no desenvolvimento
do pensamento crítico, esta fase é denominada de oralidade que é a primeira
habilidade a ser praticada no ensino e aprendizagem de uma SL e visa
desenvolver halidades de ouvir, compreender e falar que são bases para
iniciação da leitura e da escrita.

O ensino-aprendizagem da língua portuguesa é visto como um processo difícil


por lidarmos com situações em que os alunos principalmente residentes em
zonas rurais e longíncuas têm-no como SL, e os residentes em áreas urbanas e
semiurbanas apresentarem um português de certa influenciado pelas línguas
locais; dai que as novas formas de ensinar e aprender a língua portuguesa deve
ser no actual contexto social uma das principais preocupações dos docentes,
as mesmas devem ter em o desenvolvimento consciente da leitura e escrita.

A abordagem anterior será continuada na fundamentação teórica. Assim,


espelha-se os elementos inerentes ao desenho teórico da pesquisa.

Título: ‘‘Conjunto de Actividades Didácticas para Desenvolver Habilidades da


Oralidade nos alunos da 3.ª Classe, na Escola Primária da Missão Católica
n°123, Município do Chinguar/Bié’’.

Justificativa do tema
O motivo da escolha do tema deve-se ao facto de reconhecermos que no
ensino primário, a oralidade na sala de aula, muitas vezes restringe-se às
intervenções espontâneas por parte dos alunos. E mesmo quando solicitados
pelo professor não se compreende quais as estratégias de planificação e de

14
avaliação utilizadas pelo mesmo.

Outro motivo é o facto de que no decorrer do nosso curso tivemos a disciplina


de Metodologia de Ensino de Língua Portuguesa que aborda a questão da
oralidade na escola e na aula, o que nos despertou uma certa curiosidade e
interesse para o estudo desse assunto. Sendo assim tem-se um duplo
interesse nessa empreitada, ou seja, por um lado aprofundaremos os nossos
conhecimentos e por outro enriqueceremos as nossas bagagens para o
exercício da futura profissão.

Situação problemática
A pesquisa foi realizada na 3.ª Classe da Escola primária da Missão Católica nº
123, Chinguar/Bié, onde muitos alunos apresentam as seguintes dificuldades:

 Dificuldades da leitura de algumas palavras difíceis;

 Dificuldades da pronúncia de algumas palavras;

 Pouco conhecimento de algumas letras do Alfabeto Português;

 Insuficiência de materias didácticos.

Diante dessas dificuldades, houve a necessidade de apresentar soluções


através de um conjunto de actividades didácticas que permitem desenvolver
habilidades da oralidade nos alunos da 3.ª classe na Escola primária da Missão
Católica n°123, Município do Chinguar/Bié.

A oralidade é a primeira habilidade a ser praticada no ensino-aprendizagem


duma língua e visa desenvolver as capacidades de ouvir, compreender e falar,
que são as bases para a iniciação da leitura e da escrita.

Assim sendo, levantou-se o seguinte problema científico: Como desenvolver


didácticas da oralidade nos alunos da 3.ª classe da escola primária da Missão
Católica do Chinguar, província do Bié? Com este tema visa contribuir para um
maior êxito no ensino e aprendizagem da oralidade, apresentando e discutindo
teorias, abordagens e métodos de ensino da mesma, propor estratégias que
possam incentivar alunos e professores à prática e valorização da modalidade
oral dentro ou fora da sala de aula..

15
Objecto de Estudo: Processo de ensino-aprendizagem da Língua Portuguesa
na 3.ª Classe.

Campo de Acção: Processo de Ensino-aprendizagem da Oralidade, na 3.ª


Classe da Escola primária da Missão Católica n°123, Chinguar/Bié.

Perguntas Científicas
1) Quais são os fundamentos teóricos que sustentam o Processo de
Ensino-Aprendizagem no ensino primário?

2) Qual é o estado actual dos alunis da 3ª classe da Escola primária da


Missão Católica, no que diz respeito à Oralidade?

3) O que fazer para reduzir a dificuldade de oralidade na Escola Primária da


Missão Católica?

Tarefas de Investigação
1) Sistematização dos fundamentos teóricos que sustentam o processo de
ensino-aprendizagem da Oralidade no Ensino Primário.

2) Diagóstico do estado actual da oralidade nos alunos da 3.ª classe da


Escola primária da Missão Católica nº 123.

3) Elaboração de acções didácticas que visam reduzir a dificuldade de


oralidade nos alunos da 3ª classe nos alunos da Escola primária da
Missão Católica n°123.

Ideia a defender
A exposição de actividades didácticas poderá melhorar as habilidades da
oralidade na 3.ª Classe da Escola primária da Missão Católica n°123,
Chinguar/Bié.

Metodologias de investigação
Quanto a natureza é uma pesquisa aplicada , nela o investigador é movido
pela necessidade de contribuir para fins práticos mais ou menos imediatos,
buscando soluções para problemas concretos (Cervo et al., 2007).

Quanto a abordagem do problema é uma pesquisa quantitativa, ela é


caracterizada pelo emprego de quantificação tanto nas modalidades de colecta

16
de dados quanto no tratamento destas por meio de técnica estatística. O
pressuposto é que tudo pode ser quantificável e traduzido em números, isto é,
opiniões e informações para organizar e classificar os dados através do uso
dos métodos estatísticos (Siena, 2007).

Quanto aos objetivos, este projeto centra-se na pesquisa descritiva – aquele


tipo de pesquisa que consiste em observar, registar, analisar e correlacionar
factos ou fenómenos (variáveis) sem manipulá-los. Procura descobrir, com a
maior precisão possível, a frequência com que o fenómeno ocorre, sua relação
e conexão com outros, sua natureza e suas características (Cervo et al., 2007).

Quanto os procedimentos técnicos trata-se de uma pesquisa bibliográfica,


documental e de levantamento.

Pesquisa bibliográfica é desenvolvida com base no material já elaborado,


constituído principalmente de livros e artigos científicos (Gil, 2002).

Pesquisa documental vale-se de materiais que não recebem ainda um


tratamento analítico, ou que ainda podem ser reelaborados de acordo com os
objetivos da pesquisa Gil, 2002).

Pesquisa de Levantamento :

Segundo Prodanov e Freitas (2013), as pesquisas deste tipo caracterizam-se


pela interrogação directa das pessoas cujo comportamento se deseja conhecer
através de algum tipo de questionário. Basicamente, procede-se à solicitação
de informações a um grupo significativo de pessoas acerca do problema
estudado para, em seguida, mediante análise quantitativa, obterem-se as
conclusões correspondentes aos dados colectados (Gil, 2002, p.50).

No presente projeto científico, utilizarão-se métodos teóricos, impíricos, e


estatísticos .

Métodos teóricos

Analítico-sintético: analítico é um procedimento teórico mediante o qual um


todo complexo se decompõe nas suas diversas partes e qualidades; já a
síntese estabelece mentalmente a união entre as partes previamente
analisadas e possibilita a descoberta das relações essenciais e as

17
características gerais entre elas ( Ramos e Naranjo, 2014).

Este método servirá para compreender de forma minuciosa o processo de


ensino-aprendizagem da oralidade, através de dados empíricos coletados, bem
como, analisar e sintetizar diferentes contributos bibliográficos.

Indutivo-Dedutivo: indutivo é um procedimento mediante o qual, a partir de


fatos singulares, se passa para prospeções gerais, o que ajuda a formulação da
hipótese; dedução é um procedimento que se apoia nas acersões
generalizadoras a partir das quais se realizam demonstrações ou inferências
particulares ( Ramos e Naranjo, 2014).

Este método servirá para inferir sobre as específicidades do processo de


ensino-aprendizagem da oralidade, partindo das particularidades do objeto em
estudo e consequentemente chegar às conclusões e recomendações.

Métodos empíricos

Observação: consiste na pecepção directa do objecto de investigação,


permitindo conhecer a realidade mediante a percepção directa dos objectos e
fenómenos (Ramos e Naranjo, 2014).

Inquérito por questionário: é um instrumento básico da observação, no


inquérito e na entrevista, nela formula-se uma série de perguntas que permitem
medir uma ou mais variáveis (Ramos e Naranjo, 2014).

Este método possibilitará observar os factos através da avaliação que o


inquirido fará aos alunos e professores, limitando-se a investigação às
avaliações subjetivas.

Estrutura do trabalho: O presente trabalho encontra-se organizado da seguinte


forma:

Introdução inicial que apresenta os seguintes pontos: ...

Fundamentação Teórica”, subdivide-se em … tópicos:…

“Da teoria à prática” destina-se à caracterização da amostra, e à análise e


tratamento de dados recolhidos através de questionário aplicado aos
professores de língua portuguesa e por fim apresentamos propostas de
actividades que se bem planejadas e conduzidas podem dinamizar a aula,

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contribuindo desse modo para uma maior optimização do ensino da oralidade.

Por fim apresentamos as considerações finais sobre o estudo, as


recomendações, propostas de soluções, a bibliografia consultada e seguem no
anexo os questionários aplicados aos professores e o guião de observação das
aulas.

19
Capítulo I: Fundamentos Teóricos e Metodológicos Sobre o
Processo de Ensino e Aprendizagem da Oralidade

20
De acordo com Vygotski (1998), o aprendizado acontece à partir de duas
variáveis: o processo e o produto. O processo se trata daquilo que o aluno já
conhece, e o produto é o que o aluno já possui, mais os conteúdos ensinados
pelo professor que se transformam em novos conceitos. (Nunes, 2015)

A aprendizagem de uma criança é determinado pelas acções psíquicas. Sendo


assim vamos tratar das teorias de desenvolvimento da criança, na qual
faremos uma abordagem sobre a construção de conhecimentos.

A epistemologia genética de Jean Piaget


O objectivo central de sua obra foi investigar como o ser humano constroi o
conhecimento, isto é, como o sujeito passa de um estado de menos
conhecimento para um estado de maior conhecimento. Por isso, sua teoria é
denominada epistemologia genética, quer dizer, estudo da gênese do
conhecimento. (Nunes, 2015, p. 20)

Por conseguinte, preocupou-se em explicar como, ao longo da vida, o homem


vai construindo suas estruturas de pensamento, partindo de níveis de pequena
complexidade, típicos de um bebê, para níveis tão complexos como a
capacidade de pensar abstratamente, inclusive, produzindo grandes avanços
científicos. (Nunes, 2015, p. 19).

Para Piaget, o conhecimento se refere à acção do sujeito de estruturar,


organizar e explicar o mundo, a partir de suas vivências e experiências. Deste
modo, o conhecimento é construído na permanente interação indivíduo-meio.
(Nunes, 2015, p. 20)

A construção de conhecimentos para Piaget são de 3 fases: Assimilação,


Acomodação e Equilibração.

1.1 Assimilação
Na assimilação, o sujeito entra em contato com a realidade externa, trazendo
para as estruturas mentais que já possui, os dados/informações sobre aquilo
que está desejando conhecer. Por exemplo, uma criança de 8 anos se depara
com um livro novo. Ao ler o texto, ela traz para as suas estruturas de
pensamento aquelas informações que ali estão, ou seja, palavras, frases e
gravuras. Ela está assimilando material com o qual entrou em contacto.

21
1.2 Acomodação
Muitas vezes os esquemas de acção da criança (ou mesmo do adulto) não
conseguem assimilar determinada situação. Neste caso, o organismo (mente)
desiste ou se modifica. No caso de modificação, ocorre o que Piaget chama de
acomodação. É através das acomodações (que, por sua vez, levam à
construção de novos esquemas de assimilação) que se dá o desenvolvimento
cognitivo. (Nunes, 2015)

Não há acomodação sem assimilação, pois acomodação é reestruturação da


assimilação. O equilíbrio entre assimilação e acomodação é a ADAPTAÇÃO à
situação.

1.3 Equilibração
Piaget (1976) afirma que a equilibração é um processo regulador o qual
permite que novas experiências e elementos exteriores sejam, com sucesso,
incorporados às estruturas mentais e cognitivas pelas quais os indivíduos
intelectualmente se adaptam e organizam o meio. (Nunes, 2015)

1.4 Teoria Histórico-cultural de Vygotski


De acordo com a teoria histórico-cultural de ( Vygotsky 2001), o
desenvolvimento do ser humano ocorre por meio de relações humanas. Ao
nascer, a criança atribuirá ligações associativas mediante o contexto social em
que está inserida. Com isso, a fala é o meio mais fácil para se obter uma
comunicação compreensiva com os adultos. (Sahina apud Vygotsky 2001).

Para isso, Vigotsky (1984) busca expressar aspectos relacionados ao papel


que o ambiente físico e social exerce no desenvolvimento de um indivíduo,
assim como a utilização de instrumentos e o desenvolvimento da linguagem.

1.4.1 A criança e o desenvolvimento da fala


O desenvolvimento infantil é um importante tema estudado por Vigotsky. Em
suas pesquisas, Vigotsky (1984) destaca o desenvolvimento intelectual do ser
humano, assim como a sua relação com a fala. Assim, na concepção do
pesquisador são as características do comportamento humano que irão formar
seu intelecto. (Siqueira, 2022, pp. 3-4)

Nessa conformidade, Vigotsky (1984) realizou estudos no qual identificou que

22
as crianças utilizam da fala para o desenvolvimento de suas tarefas práticas,
na mesma proporção em que necessitam de suas mãos e de seus olhos, visto
que o desenvolvimento da actividade prática das crianças está diretamente
relacionado à construção da fala. Para ele:

[...] A fala da criança é tão importante quanto a acção para atingir um


objectivo. As crianças não ficam simplesmente falando o que elas
estão fazendo; sua fala e acção fazem parte de uma mesma função
psicológica complexa, dirigida para a solução do problema em
questão. (2) Quanto mais complexa a acção exigida pela situação e
menos directa a solução, maior a importância que a fala adquire na
operação como um todo (VIGOTSKY, 1984, p.21).

Perroni Apud Augusto (2011), aponta três fases do desenvolvimento narrativo


na criança:

Na 1ª fase, a presença do adulto é fundamental no momento de


contar histórias e no jogo de contar, assumindo um papel de ouvinte.
Na 2ª fase, ela se apoia no discurso do adulto e através de perguntas
feitas pelo adulto dando significado a fala e compondo uma
pronarrativa. Ainda na segunda fase, a criança se separa da fala do
adulto e através de memorização e conhecimento ela relata
experiências pessoais. E na 3ª fase, a criança passa a narrar
autonomamente reconhecendo-se como próprio locutor. Partindo
dessa perspetiva podemos entender que o papel do professor é
fundamental para assegurar a construção da narrativa, podendo
organizar situações que promova as primeiras pronarrativas. (Farago,
2015, p. 128)

Deste modo, o desenvolvimento da oralidade significa para ela uma habilidade


imprescindível para o convívio social nas mais diversas instâncias:

1.5 Situação Sociolinguística de Angola


Angola é um país multilingue, onde além das línguas vernáculas (línguas
africanas locais) e suas variedades, a maior parte delas de origem Bantu, mas
algumas não Bantu, pertencentes à família das línguas «khoisan» e
disseminadas na região sul do país, surge o português como língua oficial.
Circulam ainda outras línguas estrangeiras, tais como o lingala, o francês, o
espanhol ou o inglês. ( COSTA, 2019, p. 7)

23
 Língua oficial, língua reconhecida pelo Estado e que o representa nas
relações internacionais. Frequentemente utilizada na Educação, na
Justiça, na Administração, na Imprensa.

 Língua estrangeira é uma língua não materna normalmente aprendida e


utilizada em sala de aula.

Sabemos, contudo, que a situação linguística neste país é complexa.


Relativamente às línguas angolanas de origem Bantu, as mais utilizadas entre a
população são: o kikongo (1.144.000 falantes); o umbundu (4.000.000) e o
kimbundu (3.000.000), mas também o cokwe, o mbunda e o kwanyama.
(COSTA , 2019).

1.4 Estatuto da Língua Portuguesa em Angola

A Língua Portuguesa é em Angola a Língua Oficial, de escolaridade e de


comunicação nacional e internacional. É a língua veicular, através da qual se
emitem e recebem mensagens e a base para a aquisição de conhecimentos
técnico-científicos e de valores éticos, cívicos e culturais. Ela desempenha
também a função de veículo para a transmissão e aquisição de conhecimentos
implícitos e explícitos, instrumento de integração, meio de apoio e articulação
de todas as disciplinas. ( COSTA, 2019, p. 9)

Em Angola, as razões que levaram à adopção da língua portuguesa como


língua veicular e oficial, como a seguir se demonstra, também estão na base
da sua escolha para língua de escolarização. Ela serve, desde o nível primário
ao superior, de veículo e de matéria de ensino, Helena Miguel (2003:32).

É de salientar que a escolarização, neste país, é o factor-chave para o acesso a


certas formas valorizadas do português. E é por esta razão que cabe à escola
o papel primordial na ampla divulgação e promoção da mesma. Todavia, na
prática, esta divulgação confronta-se com vários obstáculos, o mais premente
dos quais se situa no subdesenvolvimento do sistema educacional que não se
encontra à altura de aplicar e ampliar o uso da norma do português. Segundo a
autora citada, as deficiências do sistema escolar angolano são muito
evidentes. A questão linguística é apontada como um dos factores de maior
impacto no insucesso escolar.

24
1.6 Ensino-Aprendizagem da Língua Portuguesa.
O processo de ensino da Língua Portuguesa caracteriza-se pelo estudo das
múltiplas linguagens, seus múltiplos impactos discursivos e sociais. Em função
disso, comunicação e interação com diversas linguagens são competências
que devem ser desenvolvidas ao longo da vida, e o período escolar é vital para
essa ampliação, principalmente no que se refere à linguagem escrita na norma
padrão. (Furtado, 2013).

O ensino da Língua Portuguesa se constitui em um dos trabalhos educativos


que se efetivam na escola básica e que tem como uma de suas finalidades
desenvolver a capacidade de falantes e usuários da língua na leitura e na
escrita de textos em diferentes gêneros e domínios discursivos. (Schwartz,
2020)

Os documentos oficiais que vêm apresentando as orientações para o


trabalho de ensino da Língua Portuguesa na escola (como os
Parâmetros Curriculares Nacionais, as Diretrizes Curriculares para o
Ensino Fundamental e Médio, as Orientações Curriculares Nacionais e,
mais recentemente, a Base Nacional Comum Curricular) são
praticamente consensuais no sentido de que o ensino da Língua
Portuguesa na escola deve ter como objetivo ampliar conhecimentos
linguísticos de crianças, jovens e adultos. Tais documentos oficiais
vêm fazendo isso principalmente a partir da organização em torno de
competências e habilidades, a despeito das críticas que essa
perspectiva teórica tem ensejado por parte de diferentes intelectuais
do campo especializado. (Schwartz, 2020, p. 347).

A transversalidade da língua portuguesa manifesta-se, por um lado, através do


desenvolvimento, nos alunos, de competências importantes para o seu
sucesso escolar e a sua integração socio-profissional através do processo de
ensino/aprendizagem associado à área curricular disciplinar de Língua
Portuguesa e, por outro lado, através do contributo que o ensino/aprendizagem
nas outras áreas curriculares disciplinares e nãodisciplinares poderá dar para o
melhor domínio da língua portuguesa, uma vez que esta é a língua veicular em
que todo trabalho escolar se processa (Sá, 2006).

De acordo com a Base Nacional Comum Curricular (BNCC, 2018), o ensino da


Língua Portuguesa articula-se através de quatro eixos de ensino: a leitura, a

25
produção escrita, a oralidade e a análise linguística. (BNCC, 2018)

1.7 Conceito de Oralidade


O termo oralidade apresenta vários significados, não tendo um único sentido.
Em Dolz, Schneuwly e Haller (2013: 127), “o termo oral do latim os, oris (boca)
refere-se a tudo aquilo que se transmite pela boca. Em oposição ao escrito, o
oral se refere à linguagem falada, realizada pelo aparelho fonador”. Ainda de
acordo com os referidos autores, “a voz humana é, ao mesmo tempo,
produzida e ouvida pelo próprio emissor e esse aspecto deve ser levado em
consideração para a produção oral. Dessa forma, a voz não produz apenas
vogais e consoantes, mas também elementos prosódicos como a entoação e a
pausa”. (Dias, 2021, p. 13)

Segundo Tembe, Maxaieie & Matabel (2019: pg.53) dizem que a oralidade é a
capacidade desenvolvida por homens e mulheres para estabelecer conceitos,
ideias e termos com significados específicos que permitem uma interacção
social.

Marcuschi (2010:25) enfatiza que a “oralidade é a prática de uso da língua


natural por meio da produção sonora, em diversos géneros de texto orais, nos
mais diferentes contextos e níveis de formalidade. Nela, estaria inclusa a fala
(forma de produção textual por meio de sons articulados e de significados),
acompanhada de outros aspectos como a prosódia, os gestos, a expressão
facial, os movimentos corporais, entre outros”.

1.8 Ensino-Aprendizagem da Oralidade


No ensino da oralidade, para haver compreensão oral, é necessário saber ouvir.
Ouvir a voz é um processo que passa por várias etapas e que é regulado por
regras de organização. (Tembe, 2019)

É importante frisar que o desenvolvimento da oralidade deve estar presente em


todo o processo do ensino-aprendizagem, em particular, no ensino primário,
onde o aluno acumula vocabulário que lhe permite ter a capacidade de adequar
as suas produções a diferentes intenções comunicativas. (Tembe, 2019, p. 50)

1.6.2 Fases e etapas do ensino-aprendizagem da oralidade


As aulas de oralidade não são apenas para os alunos que não “sabem” falar o

26
Português. Elas têm lugar ao longo de todo o processo de ensino-
aprendizagem e estão organizadas em duas fases: a oralidade inicial, e a
oralidade não inicial. (Tembe & Matabel, 2019, p. 54)

1.6.3 Oralidade inicial


A oralidade inicial é a fase de aquisição do vocabulário básico que vai auxiliar o
aluno na descodificação e produção de mensagens simples na língua veicular
do ensino-aprendizagem. Esta fase apresenta uma etapa apenas, cujo nome
coincide com o da fase. Nesta etapa, o professor tem a missão levar os alunos
a aprender as primeiras palavras da língua. (Tembe, 2019, p. 54)

1.6.4 Oralidade não inicial


Segundo (Matabel, 2019, p. 54) A oralidade não inicial é a fase em que os
conhecimentos adquiridos na fase anterior são usados para motivar e apoiar a
aprendizagem da leitura e da escrita e, ainda, para o desenvolvimento da
compreensão e expressão orais. Esta fase é composta por quatro etapas,
nomeadamente:

 1.ª Etapa: Oralidade na iniciação da leitura e da escrita – é a etapa em


que os alunos fazem a interligação da oralidade e da escrita, isto é, os
alunos começam a registar por escrito o que já sabem dizer oralmente.

 2.ª Etapa: Oralidade na consolidação da leitura e da escrita – nesta


etapa os alunos trabalham a oralidade ao serviço da consolidação da
leitura e da escrita.

 3.ª Etapa: Oralidade no desenvolvimento da leitura e da escrita – nesta


etapa os alunos trabalham a oralidade ao serviço do desenvolvimento da
leitura e da escrita.

 4.ª Etapa: Oralidade pela oralidade –nesta etapa trabalha-se a oralidade


para que o aluno adquira capacidade crescente de compreensão e
expressão orais.

1.7 Metodologias de ensino - aprendizagem da oralidade


Contudo, para melhor descrever a proficiência da utilização de metodologias
pedagógicas orais, segundo Marcuschi:

27
Não se ensina a fala no mesmo sentido em que se ensina à escrita,
pois a fala é adquirida espontaneamente no contexto familiar, e a
escrita é geralmente apreendida em contextos formais de ensino. A
escola pode ensinar certos usos da oralidade, como, por exemplo, a
melhor maneira de se desempenhar em público, num microfone,
numa conferência, etc.(2007, p. 33).

Segundo (Matabel, 2019, pp. 55-66) No ensino-aprendizagem de uma língua


segunda (L2), pode-se recorrer a uma diversidade de métodos e
estratégias/técnicas, tais como:

1.7.1 Métodos:

 Método da Resposta Física Completa (RFC);

 Método a partir de actos de fala; POR

 Método a partir do diálogo;

 Método natural.

1.7.2 Método Resposta Física Completa (RFC)


Método Resposta Física Completa é um método que associa a linguagem oral
(fala) com a actividade motora.

A Resposta Física Completa é um método activo e participativo de ensino de


uma segunda língua, que parte da figura do professor para chegar à interacção
com os alunos. Este método é eficaz porque envolve os alunos na
aprendizagem do vocabulário em estudo, ou seja, os alunos não só dizem
como também fazem o que estão a dizer, o que facilita a compreensão.
(Matabel, 2019, p. 55)

1.7.3 Método a partir de actos da fala


Método a partir de actos de fala é um método participativo que consiste no uso
de uma frase ou sequência de frases para transmitir uma informação,
expressar uma acção ou exteriorizar um sentimento, de modo a corresponder a
uma intenção comunicativa de forma adequada. Este método permite a
aquisição e desenvolvimento de expressões e de estruturas frásicas da língua.
(Matabel, 2019, p. 57)

1.7.4 Método a partir do diálogo

28
Método a partir do diálogo é o uso de diálogo apresentado em cartazes com
imagens, como material de base. Estas devem ilustrar situações de
comunicação familiares e ter as crianças como protagonistas. Este método
desenvolve a capacidade de organização, colaboração e expressão de ideias;
desenvolve a espontaneidade, promove a interacção entre os alunos e entre
estes e o professor, cultiva o sentido de respeito pelas ideias dos outros e
evita a inibição. (Matabel, 2019, p. 58)

1.7.5 Método natural


O método natural consiste na aprendizagem da oralidade feita através da
exposição à língua sem, contudo, haver uma preocupação em sistematizar os
conteúdos da aprendizagem. Este método respeita as etapas de aquisição de
uma língua por parte das crianças. Para que haja sucesso na sua aplicação, o
professor deverá expor à língua através de recursos e metodologias que
tornam a aprendizagem mais lúdica e acessível em contextos naturais de uso.
O mérito deste método assenta no facto de promover a aprendizagem da
língua no contexto em que ela é falada ou usada, permitindo uma comunicação
espontânea. (Tembe, 2019, p. 60)

1.8 Estratégias/Técnicas
De acordo com (Matabel, 2019, p. 61) Técnicas de ensino são os modos de
colocar o aluno em contacto com os conteúdos a serem aprendidos. Veja a
seguir algumas:

 Expressão dramática;

 Leitura de imagens;

 Dramatização;

 Exposição oral / seminário;

 Debate;

 Reconto

 Canção;

 Lengalengas e trava-línguas. . .

29
1.9 Oralidade na Sala de Aula
Na sala de aula, o professor assume o papel de mediador, apoiando as crianças
na aprendizagem de um novo conhecimento.

É preciso que o ensino da oralidade tenha espaço em sala de aula, permitindo


ao aluno um espaço de contato também com a língua padrão. Sobre essa
afirmação, Ramos (1997), nos diz que o trabalho com a oralidade é colocar o
texto falado como um caminho para se chegar ao texto escrito, ou seja, a uma
modalidade podendo dialogar com a outra.

Segundo Santos, Mendonça e Cavalcanti (2007) falam sobre como o professor


deve servir de ponte no trabalho com a oralidade na sala de aula, olhando não
apenas para as conversas dos alunos mas, principalmente, fazer uso e valorizar
a grande riqueza que a oralidade proporciona, “um trabalho consistente com a
oralidade em sala de aula não diz respeito a ensinar o aluno a falar, nem
simplesmente propor apenas que o aluno converse com o colega sobre um
assunto qualquer. Trata-se de identificar, refletir e utilizar a imensa riqueza e
variedade de usos da língua na modalidade oral. (Santos et al, 2007: 89).

Para que as nossas crianças saibam falar Português, que é a língua


de ensino e que é uma língua desconhecida para a maioria delas,
temos de as deixar falar, errar, tentar de novo, até falarem bem, tal
como acontece com os nossos filhos lá em casa, quando aprendem a
língua materna. Temos que começar a olhar o erro como algo positivo
– só erra quem tenta e, quem tenta, está a aprender. Para isso, é
preciso tempo e carinho, tempo para os alunos falarem, carinho para
se sentirem motivados a continuar a aprender. (Waddington & Veloso
2010:5)

Por falta de técnicas e objetivos o trabalho com a oralidade torna-se rotineiro


na sala de aula, sem finalidade e conteúdo. O professor tem que criar um
ambiente tranquilo a fim de estimular os alunos levando-os a comunicar suas
ideias, Apud Augusto 2007)

1.10 O papel da oralidade no ensino fundamental


A linguagem oral é um instrumento fundamental para que as crianças possam
ampliar suas possibilidades de inserção e participação nas diversas práticas
sociais.

30
A linguagem oral é um dos aspetos fundamentais da nossa vida, pois é por
meio dela que nos socializamos, construímos conhecimentos, organizamos
nossos pensamentos e experiências, ingressamos no mundo. Assim, ela
amplia nossas possibilidades de inserção e de participação nas diversas
práticas socias.

Corrêa (2001) nos diz que a fala (oralidade), está presente em diferentes
esferas sociais e assume, nessas esferas, papel crucial nas interações
humanas, com maior frequência, inclusive que a escrita.

No geral, a posição assumida pelos professores é a de o que é preciso ensinar


nas escolas que é a modalidade escrita da língua porque, segundo eles, a fala
sai naturalmente e espontânea fluindo naturalmente, enquanto a escrita é
formal e necessita de todo um cuidado com regras gramaticais e com a sua
estrutura. Corrêa (2001).

A língua oral seja anterior à escrita, esta acaba por constituir-se como o centro
do estudo da língua, visto que se acredita ainda que a escola é o lugar, do
aprendizado da escrita, o advento dos estudos linguísticos e a consolidação da
conceição de língua como interação, foram responsáveis por inserir diversas
modificações no ensino tradicional de língua materna. BEZERRA (2007)

Dentro dessas modificações destacam-se as preocupações com a Oralidade,


sua relevância para o ensino de língua e para o cotidiano dos alunos a fim de
que sejam desenvolvidas neles as habilidades adequadas para o uso
satisfatório desta modalidade e o desenvolvimento mais efetivo da
competência discursiva. Dessa forma, reconhecida a sua importância, propõe-
se com tal estudo visualizar como está inserida a temática da Oralidade na
constituição dos Livros Didáticos. Recurso que de forma mais recorrente, se
não único, é utilizado pelas escolas públicas na condução do processo de
ensino-aprendizagem de língua portuguesa, visando investigar como se dá a
elaboração das atividades de oralidade nos livros. BEZERRA (2007).

31
Capítulo II: Relatório Final do Estágio

32
Relatório
É o documento que visa fornecer informações relativas as experiências que o
estagiário adquiriu durante um determinado tempo. Deve fornecer informações
sobre o local onde foi realizado o estágio, o período de duração e as
actividades desenvolvidas.

Segundo Beltrão, Beltrão apud Santos et al, o Relatório é uma descrição de


factos passados, analisados com objectivo de orientar o serviço interessado ou
o supervisor imediato para determinada acção. (2003, p.37)

Objetivo Geral
 Ter contato com a realidade profissional/empresarial da área de
produção cultural, possibilitando a aplicação dos conhecimentos
adquiridos no decorrer da formação acadêmica.

Objetivos Específicos
 Desenvolver habilidades e atitudes necessárias para aquisição de
competências profissionais;

 Complementar a formação acadêmica;

 Trabalhar com profissionais experientes;

 Aplicar de forma prática os conhecimentos adquiridos na graduação;

 Preparação para o início das atividades profissionais;

 Executar tarefas relacionadas com a área de interesse.

33
2.1. Caracterização da Escola de Formação, “Magistério Salomão
Kawaia”
A Escola de Magistério Salomão Kawaia do Chinguar está localizado na rua
Sacadura Cabral, no mesmo perímetro da Repartição Fiscal, fazendo fronteira
com as seguintes localidades:

 A Norte: Pela Escola Primária nº 81, Justo Mussili

 A Sul: Pelo bairro Cemitério

 A Este: Pelo campo de Futebol 11 e pelo Hospital Municipal

 A Oeste: Pelo bairro São José

2.1.1. Corpo directivo actual.

 Director: Rildo Policarpo Lote Amaral

 Subdirector Pedagógico: Miguel Hossi Ulipopeli

 Subdirector Administrativo:

 Coordenador do curso: Simão Mandavela Firmino

 Coordenador de Práticas Pedagógicas: Valdemar Bule e Tadeu Pedro

 Coordenador de turno: Jacinto Capitão

 49-Professores

 05-Auxiliares de limpeza

 04-Seguranças

2.2. Caracterização da Escola de Estágio (Escola Primária da Missão


Católica n°123).
A escola como instituição educativa transmite conhecimentos, valores e
desenvolvem as habilidades, as capacidades que permitem ao aluno obter
competências essenciais para a sua integração social.

A Escola Da Missão Católica n°123, localiza-se na parte Sul da Sede municipal,


fazendo fronteira com as seguintes localidades:

 A Norte: Parque Municipal

 A Sul: Escola Primária do Bairro Estima

34
 A Este: Pelo campo de futebol 11

 A Oeste: Escola Primária do Bairro Canata

2.2.1. Corpo directivo da escola:

 Directora: Maria Luiza Camissombo

 Director Pedagógico: Albino Teixeira Kuvalela

 Chefe de secretaria: Alexandre Caluaco

2.2.2. Corpo Docente

Masculino Feminino M/F Total de docentes

5 15 20 20

2.2.3.Alunos Matriculados no ano lectivo 2023/2024

Ensino pré-escolar e Ensino Primário

Classes Turmas M F M/F

Iniciação 2 29 38 67

1ª Classe 2 40 41 81

2ª Classe 1 36 27 63

3ª Classe 3 64 60 124

4ª Classe 2 46 61 107

5ª Classe 3 76 49 125

6ª Classe 2 44 45 89

Total 15 335 321 656

2.3. Objectivos do Estágio:

Objectivo Geral: Proporcionar um espaço físico e pedagógico ao formando em


educação primária como meio de aplicação e consolidação do conhecimento

35
teórico e metodológico obtido nas três primeiras classes de sua formação.

Objectivos Específicos:
 Observar o Processo de Ensino e Aprendizagem nas escolas primárias;

 Analisar as formas de concepção e realização do Processo de Ensino e


Aprendizagem nas seis classes e em diferentes disciplinas do Currículo
do Ensino Primário;

 Aplicar, através das aulas práticas e de toda actividade pedagógica


inerente ao Processo de Ensino e Aprendizagem, todo o conhecimento
teórico e metodológico obtido nas ciências e disciplinas pedagógicas
objecto da sua formação;

 Desenvolver as habilidades didácticas;

 Analisar e resolver problemas pedagógicos resultantes da sua actuação


como professor(a) e na gestão de uma turma;

 Desenvolver a capacidade de crítica e autocrítica como meio de


crescimento e solidificação do seu conhecimento profissional.

2.4. Programação e Planificação das actividades


A intencionalidade e sistematicidade como características principais da
actividade pedagógica têm a programação, seu momento de Acção que será
ministrado no decurso de duas semanas lectivas. A programação é o acto de
programar, nela faz-se o dosificação do conteúdo que será ministrado no
decurso de duas semanas lectivas.

Nas Escolas Primárias, a programação é uma actividade que se realiza


quinzenalmente.

A planificação refere-se ao acto de planificar. Nesta actividade, o professor,


subordinado a uma programação quinzenal tem o dever de racionalizar todas
acções diárias a serem executadas pela turma em sua tutela num intervalo de
tempo bem definido.

Estas acções ficam expressas no documento denominado Plano de Aula.


Assim, nós na qualidade de professores estagiários as nossas planificações
eram por vezes individuais e sempre que estivéssemos em frente dos alunos

36
entregávamos os nossos planos de aulas aos nossos orientadores e
professores tutores.

Número de actividades/reuniões e Escola do Magistério Salomão


data Kawaia

Apresentação dos estagiários


Participação do aluno mestre na
escola de aplicação
1ª (31 de Outubro de 2023)
Elaboração de Relatório
Conclusão e outros...

2ª (27 de Fevereiro de 2024) Reunião com a Direcção da Escola


Superior Pedagógica do Cuito

Seminário de apresentação dos


estagiários na escola da aplicação;
22 de Abril de 2024
Ensaios;
Contribuições e outros...

N° de Actividades Data Escola da Missão


Católica n°123

Recepção dos
estagiários e
1ª 31 de Outubro de 2023
apresentação sobre a
escola

2ª 16 de Maio de 2024 Encerramento

N° de Data Coordenação de
Actividades/Reuniões Práticas Pedagógicas

1ª De 5 à 15 de Setembro Seminário de
de 2023 capacitação
pedagógica

Seminário de
Capacitação e
2ª 28 de Novembro de
elaboração de relatório
2023

Actividade com a
Escola Superior
3ª 27 de Fevereiro de

37
2024 Pedagógica do Cuito

Seminário (Formatação
de textos, paginação,
4ª 16 de Abril de 2024
índice automático,
referências e citações.

Apresentação dos
estagiários
Contribuições das T-
5ª 22 de Abril de 2024
shirts e festa
Ensaios...

N° de planificações Data

1ª 14 de Outubro de 2023

2ª 28 de Outubro de 2023

3ª 18 de Novembro de 2023

4ª 27 de Janeiro de 2024

5ª 10 de Fevereiro de 2024

6ª 23 de Março de 2024

7ª 27 de Abril de 2024

8ª 11 de Maio de 2024

2.4. Caracterização da turma

O nosso estágio realizamos em duas Classes, divididos por trimestre, no


1°Trimestre, trabalhamos com a 3.ªClasse e no 2° e 3°trimestre com a 1ªclasse.

Na 3.ª Classe os alunos eram aproximadamente 45; e na 1.ªClasse


aproximadamente 42 alunos. A turma é um grupo de alunos com uma faixa
etária não muito variável e com uma Professora.

2.4.1.Condições estruturais e materiais das salas de aulas

Como já ficou referido na caracterização que se fez da escola de estágio, a


Missão Católica, foi construído com material de longa duração e possui

38
condições favoráveis a realização do processo de ensino e aprendizagem
como se menciona:

 As salas de aulas possuem quadros a giz, fixados na posição frontal dos


alunos;

 A quantidade de carteiras é proporcional ao número de alunos em cada


sala de aulas;

 A escola e as salas de aulas têm teto falso e o chão mosaicado;

 As paredes do interior das salas de aulas estão pintadas a cor de branco


amarelado.

 Possui janelas de vidros e portas de ferros pintado a cor castanha e


outras de cor à cinza.

2.5.Aulas Observadas pelos Estagiários:

1ª AULA

Data Classe Disciplina Tema Subtema

11/10/202 3ª Matemática Números e Estudo dos


3 Operações números naturais
até 10.000

2ª AULA

12/10/202 3ª Matemática Números e Antecessor e


3 Operações sucessor de um
número

3ª AULA

16/01/202 1ª Língua A minha família As vogais nasais


4 Portuguesa

4ª AULA

Matemática Números, Conjuntos e Estudo dos


Operações números até 10
18/01/202 1ª
4

2.5.1. Pontos positivos das observações feitas

39
 Atendimento às particularidades individuais dos alunos;

 Domínio do conteúdo

 Criatividade

2.5.2 Pontos negativos das observações feitas

 Ausência do rigor no uso do uniforme escolar

 Falta de Motivação e Avaliações nos alunos

 Maltratar os alunos.

 Gestão do tempo e o uso dos meios de ensino

2.6. Aulas Ministradas Pelos Estagiários.:

Firmina Chileñyi Buta

1ªaula (28/02/2023); 3ª Classe

Disciplina: Estudo do Meio

Tema: A estrutura do corpo humano

Subtema: Higiene do sistema respiratório.

Objectivo Instrutivo: Explicar a higiene do sistema respiratório

Objectivo Educativo: Valorizar a higiene do sistema respiratório tendo em


conta a sua importância na preservação.

2ª Aula (02/03/2023)

3ª Classe

Disciplina: Estudo do Meio

Tema: A estrutura do corpo humano

Subtema: Higiene do sistema digestivo

Objectivo Instrutivo: Explicar a higiene do sistema digestivo através da


gravura

Objectivo Educativo: Valorizar a higiene do sistema digestivo tendo em conta


a sua importância na preservação da saúde.

40
3ª Aula (19/10/2022)

3ª Classe

Disciplina: Estudo do Meio

Tema: A estrutura do corpo humano

Subtema: Os tipos de dentição

Objectivo Instrutivo: Identificar os tipos de dentes através da gravura

Objectivo Educativo: Valorizar os tipos de dentes tendo em conta a sua


importância na trituração e cortagem dos alimentos.

4ª Aula (25/01/2023)

3ª Classe

Disciplina: Estudo do Meio

Tema: A estrutura do corpo humano

Subtema: O sistema respiratório

Objectivo Instrutivo: Identificar os órgãos constituintes do sistema


respiratório

Objectivo Educativo: Reconhecer a importância do sistema respiratório na


manutenção do nosso organismo.

5ª Aula (01/02/2024

1ªclasse

Disciplina: Língua Portuguesa

Tema: A minha família

Subtema: Os ditongos nasais

Objectivo Instrutivo: Identificar os ditongos nasais nas palavras

Objectivo Educativo: Reconhecer a importância dos ditongos nasais na


pronúncia correcta das palavras.

41
6ª Aula (20/02/2024)

1ªclasse

Disciplina: Língua Portuguesa

Tema: Eu vou à escola

Subtema: Estudo da letra B

Objectivo Instrutivo: Escrever a letra B

Objectivo Educativo: Valorizar a letra B tendo em conta a sua importância na


escrita das palavras.

7ª Aula (05/03/2024)

1ªclasse

Disciplina: Língua Portuguesa

Tema: Eu vou a escola

Subtema: Estudo da letra D

Objectivo Instrutivo: Formar som com a letra D

Objectivo Educativo: Reconhecer a importância da letra D tendo em conta a


sua utilização na comunicação do aluno.

8ª Aula (07/03/2024)

1ªClasse

Disciplina: Língua Portuguesa

Tema: Eu vou a escola

Subtema: Formação de palavras com os sons (da, de, di, do, du)

Objectivo Instrutivo: Formar palavras com os sons (da, de, di, do, du)

Objectivo Educativo: Reconhecer a importância da formação de palavras


como ponto de partida para a formação de frases.

Aula Exame (09/05/2024)

42
4ªclasse

Disciplina: Estudo do Meio

Tema: Estrutura do corpo humano

Subtema: Sistema Urinário

Objectivo Instrutivo: Identicar os órgão do Sistema Urinário

Objectivo Educativo: Reconhecer a importãncia do sistema urinário tendo em


conta a manutenção da vida humana.

Florência Filomena Ezequiel

3.ªClasse/ 1ª Aula ( 17/10/2023)

Disciplina: Língua Portuguesa

Tema: A comunidade

Subtema: Compreensão do texto

Objectivo Instrutivo: Compreender o texto

Objectivo Educativo: Valorizar a leitura tendo em conta a competência


linguística

2ª Aula (07/11/2023)

3ª Classe

Disciplina: Língua Portuguesa

Tema: A comunidade

Subtema: Leitura e interpretação do texto

Objectivo Instrutivo: Interpretar o texto

Objectivo Educativo: Valorizar a leitura tendo em conta a competência


linguística

3ª Aula (08/11/2023)

3.ªclasse

43
Disciplina: Língua Portuguesa

Tema: A comunidade

Subtema: Ortografia

Objectivo Instrutivo: Ler o texto : A pesca

Objectivo Educativo: Valorizar a escrita de palavras tendo em conta as regras


de ortografia.

4ª Aula ( 09/11/2023)

3ª Classe

Disciplina: Língua Portuguesa

Tema: A comunidade

Subtema: Leitura e Compreensão do oral

Objectivo Instrutivo: Compreender o texto

Objectivo Educativo: Reconhecer a leitura tendo em conta a competência


linguística

5ª Aula ( 16/11/2023)

3.ªclasse

Disciplina: Língua Portuguesa

Tema: Gramática

Subtema: As Sílabas

Objectivo Instrutivo: Identificar as palavras quanto ao número de sílabas.

Objectivo Educativo: Reconhecer a divisão silábica como um meio


fundamental na formação das palavras.

6ª Aula (21/11/2023)

Disciplina: Língua Portuguesa

Tema: A comunidade

44
Subtema: Leitura e Compreensão do texto

Objectivo Instrutivo: Compreender o texto

Objectivo Educativo: Valorizar a leitura e compreensão do texto tendo em


conta as competências linguísticas e comunicativas do dia-a-dia.

Aula exame (14/05/2024)

4ªClasse

Disciplina: Estudo do Meio

Tema: Estrutura do corpo humano

Subtema: Sistema Reprodutor

Objectivo Instrutivo: Identificar os órgãos do sistema reprodutor

Objectivo Educativo: Reconhecer a importância do sistema reprodutor tendo


em conta o desenvolvimento do corpo humano.

Henrique Nunda

1ª Aula (12/10/2023); 3ª Classe

Disciplina: Matemática

Tema: Números e Operações

Subtema: Antecessor e sucessor de um número

Objectivo Instrutivo: Identificar o Antecessor e o sucessor de um número

Objectivo Educativo: Reconhecer o estudo do Antecessor e sucessor tendo


em conta a comparação de elementos e o maior ou menor dos números
naturais.

2ª Aula (08/11/2023); 3ª classe

Disciplina: Matemática

Tema: Números e Operações

Subtema: Comparação de números

Objectivo Instrutivo: Comparar os números naturais usando os sinais ( <,> ou


=)

45
Objectivo Educativo: Utilizar os sinais (<,> ou =) tendo em conta a
comparação de elementos e a ordem crescente dos números naturais.

3ª Aula (17/11/2023), 3ª Classe

Disciplina: Matemática

Tema: Números e Operações

Subtema: Ordenação de números

Objectivo Instrutivo: Ordenar os números naturais de forma crescente.

Objectivo Educativo: Reconhecer o estudo da ordem dos números tendo em


conta o Antecessor e o sucessor dos números, objectos ou pessoas.

4ª Aula (16/11/2023);

1ª Classe

Disciplina: Matemática

Tema: Números, Conjuntos e Operações

Subtema: Estudo dos números até 10

Objectivo Instrutivo: Escrever os números de 1 até 10

Objectivo Educativo: Criar hábitos de contagem com os números naturais


tendo em conta a Ordenação do maior ou menor no conjunto de objectos,
pessoas e coisas

5ª Aula (25/11/2023);

3ª Classe

Disciplina: Matemática

Tema: Números e Operações

Subtema: Adição por decomposição

Objectivo Instrutivo: Efectuar a adição dos números naturais por meio da


decomposição

Objectivo Educativo: Reconhecer o estudo da adição por decomposição


tendo em conta a soma das parcelas que correspondem à mesma classe de
ordem dos números naturais.

6ª Aula (26/11/2023);

46
3ª Classe

Disciplina: Matemática

Tema: Números e Operações

Subtema: Adição por algoritmo sem transporte

Objectivo Instrutivo: Efectuar a adição por algoritmo sem transporte

Objectivo Educativo: Utilizar o algoritmo sem transporte tendo em conta a


soma das parcelas de acordo à ordem de classe sem passar pelo número 9.

7ª Aula (28/02/2024); 1ª Classe

1ª Classe

Disciplina: Estudo do Meio

Tema: A habitação

Subtema: Localização da habitação

Objectivo Instrutivo: Descrever a localização da sua casa.

Objectivo Educativo: Valorizar a habitação tendo em conta a segurança,


conforto e protecção contra a chuva, o sol e animais selvagens.

8ª (06/03/2024)

1ª Classe

Disciplina: Estudo do Meio

Tema: A habitação

Subtema: Compartimentos da habitação

Objectivo Instrutivo: Identificar os comportamentos da habitação

Objectivo Educativo: Valorizar a habitação tendo em conta a segurança, o


conforto e protecção da chuva, do sol e dos animais selvagens.

Aula Exame (07/05/2024)

4ªclasse

Disciplina: Lìngua Portuguesa

Tema: A Saude

Subtema: Leitura e Compreensão oral do texto: Os vícios

Objectivo Instrutivo: Explorar a informação do texto tendo em conta a

47
compreensão oral

Objectivo Educativo: Evitar o consumo do alcoolismo como meio de


preservação da saúde para um bem-estar físico, mental e social

2.5.3 Pontos positivos das aulas dadas.


 Desenvolvimento das capacidades de direcção e gestão de uma turma;
 Desenvolvimento da capacidade de adequação do conteúdo da aula aos
objectivos e utilização de métodos, meios e instrumentos de ensino
programados;
 Desenvolvimento de habilidades e capacidades da auto-crítica;
 Melhoramento da escrita no quadro e na folha de papel com a
introdução do projecto de caligrafia.
2.5.4 Pontos negativos das aulas dadas
 Chegada tardia dos alunos na escola e salas de aulas;
 Atraso e ausência em certo momento dos professores tutores nas aulas
dos alunos estagiários;
 Pouca capacidade de controlo ou gestão da turma face aos
comportamentos desviantes de alguns alunos.
2.6. Aspetos Positivos e Negativos registados na escola de estágio
A docência é uma atividade essencialmente de relações humanas em que os
atores da mesma para além das relações pedagógicas também têm a
oportunidade de cultivar um conjunto de valores indispensáveis a convivência
social.
2.61 Aspetos positivos
 Boa relação entre professores estagiários e professores efetivos;
 Fácil adaptação dos estagiários no meio social escolar e boa
convivência com todo colectivo de professores, alunos e trabalhadores
administrativos.
2.6.2 Aspetos Negativos
 Falta de pontualidade e assiduidade da Professora e dos alunos,
contribuindo no início tardio das aulas.
2.7. Encerramento das atividades do estágio...

48
CAPÍTULO IV- PROPOSTAS DE SOLUÇÕES

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Para a solução dos problemas da prática com a oralidade, propomos alguns
exercícios estruturais de transformação, que contribuem para a melhoria da
oralidade no ensino primário. Selecionamos um método apresentado
anteriormente e uma técnica para a execução da mesma actividade.

Método a partir de actos de fala

Método a partir de actos de fala é um método participativo que consiste no uso


de uma frase ou sequência de frases para transmitir uma informação,
expressar uma acção ou exteriorizar um sentimento, de modo a corresponder a
uma intenção comunicativa de forma adequada. Este método permite a
aquisição e desenvolvimento de expressões e de estruturas frásicas da língua

Técnica de Leitura de Imagens

A leitura de imagens é a interpretação de uma gravura, desenho, fotografia, etc.,


ou seja, é dizer o que a imagem representa. Esta técnica desenvolve as
capacidades de observação rigorosa e especificada dos elementos
constituintes da imagem, a imaginação, o vocabulário e a expressão oral.

https//ead.mined.gov.mz

a) O que vêem na imagem?

R: Estamos a ver uma menina

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b) Onde está ela?

R: Ela está perto da escola

c) O que está ela a fazer?

R: Ela está indo à escola

d) O que se faz na escola?

R: Na escola estudamos e aprendemos a ler, a escrever e a fazer contas.

e) Como se chama a nossa escola?

R: A nossa escola chama-se escola primária vamos aprender.

f) O que devemos fazer para manter a nossa escola sempre limpa?

R: Devemos limpar as salas, janelas, carteiras e quadro bem como depositar o


lixo no cesto.

https//ead.mined.gov.mz

 Onde estão as pessoas que vêem na imagem?

R: As pessoas estão na sala de aula.

 O que estão a fazer?

R: Eles estão a estudar

 Quem está em frente do alunos?

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R: É a Professora Isabel

 E, nós, onde é que estamos?

R: Nós também estamos na sala de aula

 O que estamos a fazer?

R: Nós estamos a estudar

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Recomendações

Com os estudos feito sobre a Oralidade, queremos dizer que na


Escola da Missão Católica, existe alunos que têm dificuldades na
distinção de algumas letras do Alfabeto e pronúncia da algumas
palavras.

O ensino da oralidade deve estar presente em todo processo de ensino


aprendizagem; para que se desenvolva as capacidades de ouvir, compreender e
falar, que são as bases para a aquisição de uma língua.

Os professores precisam de privilegiar os aspectos linguísticos,


extralinguísticos e paralinguísticos, desenvolvendo actividades pedagógicas
que sirvam na vida quotidiana.

Todavia, recomenda-se:

Aos professores da Escola Primária da Missão Católica a criarem ambientes


que favoreçam a aprendizagem da Oralidade, utilizando diferentes métodos e
estratégias de ensino da mesma habilidade.

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CONCLUSÃO

Ao longo deste estudo, debruçámo-nos sobre o Conjunto de Actividades


Didácticas para Desenvolver Habilidades da Oralidade na 3.ª Classe, na
Escola Primária da Missão Católica nº123 Chinguar aprendizagem de língua
portuguesa em Angola, trazendo o que alguns teóricos dizem sobre a oralidade
no ensino de uma língua, em especial no que respeita a uma LNM. Destacamos
as valências que esta competência tem, mas que não está a ser devidamente
aproveitada pelos intervenientes do sistema educativo, principalmente pelos
professores e alunos.

O estudo revelou-nos que a leitura em voz alta é a atividade mais praticada


pelos professores para incentivar a prática de oralidade em detrimento de
outras estratégias que podiam ser também utilizadas com alguma frequência,
como debates, entrevistas, exposição oral, dramatização, entre outras. Como já
se viu, a leitura em voz alta é uma atividade limitada quando se fala de
oralidade, pois não permite que o aluno a pratique espontaneamente.

Por fim, com a realização deste trabalho, esperamos que estas reflexões e
contribuições sejam profícuas e possam servir de base para outros estudos. O
sistema educativo anogolano enfrenta vários desafios, necessitando do apoio
de todos os intervenientes do sector. A prática de oralidade na língua de ensino
é fundamental para se poderem trabalhar outras proficiências; aliás, a oralidade
precede outras competências e quando não dominamos a língua de ensino
temos dificuldades que prejudicam as nossas competências técnicas.

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ANEXOS

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Referências Bibliográficas

1994, L. (s.d.). O PEA_IMPORTÂNCIA DA DIDÁCTICA. FIPED, 1-3.

Ana Costa, F. B. (2019). Manual de Língua Portuguesa para Professores do


Ensino Primário. Luanda-Angola: 2ªedição.

BNCC. (2018). Educação é a base. São Paulo-Brasil: UNDIME.

Dias, C. (2021). A prática da oralidade no ensino e aprendizagem da Língua


Portuguesa. Guiné Bissau: Fundação Calouste Gulbenkian.

Furtado, M. M. (2013). Ensino da Língua Portuguesa: A aprendizagem através


de processos didáticos de Normas, Fala e Escrita. Paraná: Caderno PDE.

Matabel, T. &. (2019). Didáctica-língua primeira. Maputo-Moçambique:


Associação progresso.

Nunes, A. X. (2015). psicologia do desenvolvimento. Fortaleza-Ceará: UECE.

Quivuma. (2014). lexicologia aplicada ao léxico em português -língua não


materna. Lisboa: Colibri.

Sahina, V. a. (2001). Actividades didáticas para desenvolver habilidades da


oralidade no ensino primário. Bié-Angola: Biblioteca-Chinguar.

Schwartz, D. &. (2020). Ensino-Aprendizagem da Língua Portuguesa na


Educação básica. Textos linguísticos,Vitória, v.14 n27, 347.

Siqueira, V. a. (2022). A teoria de Vygotsky. Revista científica eletrônica de


Psicologia da fAEF, 3 E 4.

Tembe, M. &. (2019). Manual de Didática de Língua Portuguesa-língua Segunda.


Maputo-Moçambique: Associação progresso.

Xavier, A. A. (2015). Psicologia do desenvolvimento. Fortaleza~Ceará: UECE.

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